Da reorganização cristã na Europa ao crescimento e afirmação urbanos (séculos IX XI)
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- Martim Bergmann Cunha
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2 Da reorganização cristã na Europa ao crescimento e afirmação urbanos (séculos IX XI) O mosteiro uma vida própria com domínio de tempo e do espaço Os guardiães do saber. O poder da escrita As artes medievais, séc. V XII A Arquitectura Deus, fortaleza da humanidade Dos primórdios da Era Cristã ao Período Bizantino A Arte Paleo-Cristã A Arte Bizantina Renascimento Carolíngio Renascimento Otoniano A Arquitectura Românica Arquitectura Civil O castelo Arquitectura Religosa O Mosteiro A Catedral O Românico em Portugal A Escultura Românica As Artes da Cor A Europa sob o signo de Alá a arte muçulmana em território Europeu
3 Os espaços do Cristianismo Da reorganização cristã da Europa ao crescimento e afirmação urbanos (séculos IX XII) séc. V IX séc. X XV Alta Idade Média Baixa Idade Média
4 Das Invasões bárbaras à queda do Império Romano do Ocidente
5 O que mudou Tempo de Guerras e pilhagens Invasões Medo Instabilidade Insegurança Insegurança nas vias de comunicação Declínio e redução dos centros urbanos Desaparecimento das instituições do Império Romano Depressão Demográfica Declínio do comércio Desenvolvimento Dos Poderes locais Desenvolvimento de uma economia Rural Sociedade Feudal Enfraquecimento da actividade Mercantil Feudalismo Oratores; belatores; laboratores Acentuam-se as desigualdades Classes privilegiadas: Nobreza e Clero
6 O Cristianismo revelou-se o único elemento de unificação entre todas as partes da sociedade. Após um longo período de perseguições afirmou-se como a grande religião do mundo Ocidental: Valores cristãos de igualdade, chocavam com os valores do Império Romano, onde inclusive persistia a escravatura) Reuniu em relativamente pouco tempo grande número de seguidores
7 Datas importantes para a afirmação do Cristianismo Moeda Romana com representação do imperador Teodósio Bispos única autoridade respeitada Mosaico representando o Imperador Constantino Com a ligação que se estreita entre Igreja (a partir de então, Romano Cristã) e o Império, inicia-se uma nova atitude que nega alguns dos mais importantes valores Cristãos.
8 Acção da Igreja na Alta Idade Média Obrigações: Religiosas Pastorais doutrinais Desenvolvimento de técnicas agrícolas (detentores de muitas terras) Desenvolvimento Das artes e literatura MOSTEIROS Centros difusores de cultura Cristandade Mosteiro de Landim A partir do ano 1000 inversão, mudanças:
9 Ano Mil Inversão das circunstâncias Regresso à paz Segurança Estabilidade Desenvolvimento da Agricultura Desenvolvimento do comércio Feiras medievais Recuperação da economia Crescimento demográfico Reanimação económica, social, E cultural das cidades (Burgos) Sempre ligadas à Igreja (Colegiadas e Universidades) Reforço da influência da Igreja junto dos fiéis Ex. Paz de Deus / Tréguas Peregrinações Cruzadas (África e Oriente)
10 Monaquismo Regiam-se segundo regras bastante rígidas (ex. Regra de S. Bento de Núrsia): Incluíam hierarquia Princípios básicos (obediência, silêncio, humildade) Ora et Labora código penal Ordens religiosas, incluindo militares (cruzados) Detentores de grandes riquezas (Impostos e rendas), Corveias Zonas isoladas comunidades auto-suficientes São Bento de Nursia. Afresco do claustro do mosteiro de Subiaco (Italia), século VI. Convento de Arouca
11 Reconstituição de Villa Romana ESPAÇOS (pág. 20/21 manual) Religiosos: Igreja Claustro Dormitórios Refeirórios Escola Scriptorium Oficinas Cozinha Adegas Hierarquia dos espaços = Hierarquia religiosa Exterior Hortas pomares
12 Destruição de edifícios ligados à cultura Invasões - Guerras A cultura passa para segundo plano Outras prioridades Mas simultaneamente Modelo de aula medieval Ruralização Menos acesso ao ensino Prevalência da tradição oral Focos de cultura Com várias influências Liderados por eclesiásticos letrados Revitalização a partir de Carlos Magno ( ) Grandes centros de cultura Abadias mosteiros Aula Palatina Trivium Quadrivium Carlos Magno e o Papa Adriano
13 'Música', 'Joos van Wassenhove' (século XV) As Sete Artes Liberais, figura do 'Hortus deliciarum' de 'Herrad von Landsberg' (século XII) Mapa das Universidades medievais
14 Iluminuras miniaturas Génesis de Viena O Scriptorium Escribas e Copistas Documentos dos mosteiros Copiavam escritos clássicos e religiosos
15 Arte oferta simbólica a Deus Por vezes a cruz aparecia dissimulada quando a religião era perseguida Após a liberalização do culto Liturgia Novos locais de reunião
16 Maria amamentando o Menino Jesus. Imagem do Século II, Catacumba de Priscila, Roma. Basílica Planta Baseada nos Cristãos reunidos em Eclesiae (Assembleia) Morada de deus Local de culto Reunião de fiéis Conduz o olhar para o altar Decoração: Interior ricamente decorado (iconografia) Exterior despojado Ábside, Basílica de Santo Apolinário, Ravena
17 1-nave lateral 2- clerestório 3- ábside 4- altar 5- arcada 6- cúpula 7- cruzeiro 8- transepto 9- nártex 10 naves laterais
18 Plantas centralizadas (circular, poligonal, em cruz Grega) Baptistério (importância da iniciação à vida cristã) Mausoléu Cúpulas de grandes dimensões ao centro Baptistério dos Ortodoxos, Ravena
19 Constantinopla erguia-se enquanto Roma decaía
20 402 Após a morte do imperador Teodósio Divisão do Império Romano Império Romano do Ocidente (cai em 476) Império Romano do Oriente (cai em 1453) Capital muda para Ravena Imperador Honório Capital Constantinopla (antiga Bizâncio) Imperador Justiniano (séc. VI) (Consagração da Arte Bizantina) Bases / Influências Oriente - (Síria, Pérsia) Norte de África (Egipto) Cultura Clássica Hoje em dia já não existem edifícios da Época de Constantino responsável pela capital Cristã em Bizâncio - Constantinopla Santa Sofia de Constantinopla
21 À imagem e semelhança do Império e do Imperador - Justiniano Antémio de Tralles Isidoro de Mileto
22 Planta Mista: longitudinal e centralizada
23 Igreja de São Sérgio e São Baco - Constantinopla Santa Irene de Constantinopla São Vital, Ravena São Marcos, Veneza
24 Inovação cúpula sobre tambor: saliente do Exterior Dimensões mais reduzidas do edifício Tambor
25 Carlos Magno Rei dos Francos (povo bárbaro fundador do Saco Império Romano-Germânico Renovação cultural Palácios Igrejas Mosteiros Influências Clássicas (arte figurativa, realismo) Bizantinas (exteriores austeros, interiores ricamente decorados, monumentalidade)
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27 Alemanha, século X, - governada por Otão, Rei da Saxónia criador do Império Germânico conquista dos reinos divididos no Norte de Itália A Arte Glória do poder: Influências Arte Clássica Arte Carolíngia Arte Bizantina Modelo original planta de dupla cabeceira (ex. São Miguel de Hildesheim) e entradas laterais
28 Primeiro Estilo Internacional da Idade Média Grandes Dinamizadores da Arte Sistema Feudal Castelos Religião Grandes obras monásticas (muitas dedicadas a Ordens Religiosas (ex: Ordem dos templários)
29 Culminar séc. XI (meados) séc. XII (finais) Grandes Construções: Grandes movimentos de Peregrinação Muitos Mosteiros e Igrejas possuíam relíquias de santos Cruzadas (levaram a cultura a vários lugares do mundo) Expressão do renascimento da Vida Económica
30 Torre de Londres Necessidade de uma arquitectura militar Começou por ser apenas uma torre que depois, por influência Assíria evoluiria para o castelo (mais complexo) Local: alto Zona habitacional Zona Funcional Reconstituição de um castelo medieval, 31
31 Castelo de Langeais, França Castelo de Trim, Irlanda Castelo Valère ( Canton du Valais, Suíça) Castelo Lincoln, Inglaterra
32 Abadia de Monte Cassino, Itália Monges e Cavaleiros Austeridade Rubustez Nega a decoração exacerbada no interior e exterior Bíblia dos Pobres Espaços Organizados em torno do Claustro, junto ao lado sul da Igreja (decoração com escultura e jardins) Vida religiosa ( Ora ) Vida comunitária Espaços exteriores ( Labora ) Mosteiro de Saint.Garmain-des- Prés, França
33 Espaços Sala capitular Sacristia Oficinas Dormitórios Igreja Refeirórios Cozinhas Adegas Scriptorium mandatum
34 Abóbada totalmente em pedra Novas soluções: Emparelhamento da pedra; construção em arco (neste caso de Volta perfeita) Constituída por Planta, estruturas (de suporte e de coberturacombinação de massas e repartição de efeitos. E o arquitecto é ao mesmo tempo geómetra, mecânico, escultor e pintor. Geómetra na interpretação da planta e na organização espacial, mecânico, para solucionar os problemas de equilíbrio, escultor pela organização plástica dos volumes, e pintor pelo tratamento da matéria e da luz. H. Focillon, in L Art d Occident Abóbada Planta Centralizada (influência Oriental) Cruz Grega Poligonal Circular Basilical (salienta-se sempre a nave central) Torna-se mais com o aumento do número de Fiéis (mais altares, deambulatório), cripta
35 Catedral de Pisa, Itália Torre Campanário, Pisa Igreja de San Miniato Al Monte, Florença
36 Catedral de Santiago de Compostela O grande modelo para as igrejas de peregrinação
37 Sistemas de Cobertura e Suporte Cobertura Abóbada Nave principal - Abóbada de Berço (Naves Laterais Abóbadas de Aresta Sucessões de Cúpulas (sobre pendentes, trompas (ver pág. 39 manual)
38 Tribuna Suporte Nave Central Arcada principal Tribuna Trifório Clerestório (uma das fontes de iluminação do edifício, conjuntamente com outras janelas e frestas e a torre lanterna que ilumina no cruzamento com o transepto), no entanto são espaços com poucas aberturas. Clerestório Arcada principal trifório
39 Decoração Rosácea Combinação de volumes formas geométricas Aspecto robusto, sólido e austero Fachadas Frontal Laterais Posterior Elementos que compõem o edifício Arcos, pilares, paredes, portais, umbrais, nervuras Escultura decorativa Exterior ombreiras e portais (arcos cegos, cachorradas, gárgolas, Interior principalmente Capitéis Colunelos portal Cachorrada Capitel
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