A ictiofauna do rio das Antas: distribuição e bionomia das espécies

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1 A ictiofauna do rio das Antas: distribuição e bionomia das espécies

2 DADOS DA EDITORA?

3 Karla Danielle Gaspar da Luz Agostinho João Dirço Latini Fabiane Abujanra Luiz Carlos Gomes Angelo Antonio Agostinho A ictiofauna do rio das Antas: distribuição e bionomia das espécies Maringá 2010

4 Revisão textual e gramatical? Normatização textual e de referências? Projeto gráfico Jaime Luiz Lopes Pereira Capa - imagens Principais espécies Fotos Rafaella A. Falkemback Maria Laura Delapieve Nathalya Rocha Osvaldo Oyakawa Capa - arte final Jaime Luiz Lopes Pereira Ficha catalográfica? Fonte Book Antiqua Tiragem (versão impressa)? FICHA CATALOGRÁFICA? ENDEREÇO EDITORA?

5 Os autores agradecem a Limnobios Consultoria em Ambientes Aquáticos e a Ceran Companhia Energética rio das Antas pela viabilização desta publicação e disponibilização dos dados. Ao setor de Ictiologia do Museu de Ciência e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em especial aos doutores Zilda Margarete S. de Lucena e Carlos Alberto S. de Lucena pela confecção da chave de identificação e pelas valiosas sugestões na revisão da obra. À bióloga Camila B. C. de Oliveira pela colaboração e exaustiva revisão do texto, e a Maria Angela Rimori Damian pelo constante apoio e incentivo. Cabe enaltecer o esforço e dedicação de todas as pessoas que fizeram parte de nossas equipes de campo e laboratório.

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7 Apoio

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9 Sumário

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11 Prefácio...xiii 1.Introdução As espécies de peixes do rio das Antas LISTA DE ESPÉCIES PROPORÇÃO ENTRE OS GRUPOS TAXONÔMICOS PARTICIPAÇÃO DAS ESPÉCIES NÃO NATIVAS Chave de identificação Distribuição e abundância Padrões de variação na composição e riqueza Reservatórios e padrões de variação de riqueza de espécies VARIAÇÕES ESPACIAIS VARIAÇÕES ANTES DOS REPRESAMENTOS FASE PRÉ VARIAÇÕES APÓS OS REPRESAMENTOS FASE PÓS VARIAÇÕES EM MÉDIO PRAZO NO RESERVATÓRIO DE MONTE CLARO Bionomia das espécies de peixes BIOLOGIA REPRODUTIVA ÉPOCA DE DESOVA LOCAL DE DESOVA ALIMENTAÇÃO NATURAL E CLASSIFICAÇÃO TRÓFICA DAS ESPÉCIES Biologia das principais espécies...65 Cyanocharax alburnus Bryconamericus iheringii Astyanax henseli Diapoma speculiferum Hemiancistrus punctulatus Gymnogeophagus gymnogenys Heterocheirodon jacuiensis Astyanax sp Steindachnerina biornata Hyphessobrycon luetkenii Geophagus brasiliensis Oligosarcus jenynsii Diapoma sp Pimelodus pintado Crenicichla punctata Gymnogeophagus labiatus Astyanax jacuhiensis Loricariichthys anus Rhamdia quelen Oligosarcus robustus Considerações sobre o manejo dos recursos pesqueiros Referências...113

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13 Prefácio

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15 E aqui estou, a prefaciar uma obra que é o resultado do esforço de uma equipe, a qual cumprimento por intermédio do Prof. Agostinho e da Karla - dispensando a formalidade de suas titulações acadêmicas (que não são poucas), dizendo que vocês todos, independente das funções exercidas, são mestres! Há um poema do Mário Quintana que diz assim:...quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é Natal. Quando se vê, já terminou o ano..quando se vê passaram 50 anos!... Ao ler estas frases muitos se perguntarão o que faz um poema no prefácio de um livro sobre a ictiofauna de um trecho da bacia hidrográfica Taquari- Antas? Explico: o poema me lembra a história da Limnobios junto à Ceran Companhia Energética Rio das Antas. Quando iniciaram os estudos, creio que em junho ou julho de 2002, não tinha idéia do quão fascinante seria o trabalho realizado por essa equipe. Entre as tratativas para assinatura do contrato e o efetivo início das pesquisas fui designada para acompanhar a aquisição do material necessário para campo e laboratório. E recebi uma lista imensa, com os mais diversos itens, em sua maioria completamente desconhecidos para uma pessoa ignorante das artes da pesca e da pesquisa da vida dos peixes... Tentem imaginar minha primeira conversa telefônica com a Karla Agostinho, fazendo perguntas do tipo se eu não encontrar o anzol marca tal, tamanho 4/0, por qual substituo? E o que é uma linha de pesca fio torcido multifilamento Ekilon? E onde é que se compra formol em grandes quantidades, e que tipo de transportadora vai querer, ou poder, levar as bombonas pra Maringá? Eu não apenas questionava a Karla me perguntava também para que tanta coisa! E, confesso, achava um exagero. Em setembro de 2002 foi realizada a primeira campanha reconhecimento da área, definição dos pontos de amostragem e coletas. E, passado o tempo necessário, recebi o relatório com a descrição de todo o trabalho, em seus detalhes e com várias fotografias, as quais foram muito esclarecedoras da forma de condução das atividades. Lembro perfeitamente que após a leitura do documento, comentei com os colegas no escritório que comprar aquele monte de coisas estava mais do que justificado, o trabalho é muito bom! Prefácio xv

16 Pois é, foram sete anos de pesquisas contínuas, onde em cada relatório recebido estava impressa a seriedade, a responsabilidade, a capacidade técnica, a constante busca do saber, a arte do fazer bem feito e, indiscutivelmente, o resultado de uma parceria baseada na confiança e respeito. Como aprendiz que ainda sou, agradeço os ensinamentos recebidos, não apenas os da ciência, mas aqueles do viver e conviver em harmonia. E, em nome da Ceran, agradeço a oportunidade de podermos contribuir para ampliar e divulgar o conhecimento sobre o rio das Antas, que além de manter a vida também gera energia. Maria Angela Rimori Damian xvi Prefácio

17 1 Introdução

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19 O rio das Antas localiza-se no Noroeste do Rio Grande do Sul, estendendo-se por cerca de 390km desde suas nascentes no extremo leste de sua bacia, nos municípios de Cambará do Sul, Bom Jesus e São José dos Ausentes, até a confluência do rio Guaporé, no município de Muçum. A partir desse ponto, a continuidade natural de seu curso passa a ser conhecida como rio Taquari, percorrendo mais 140km até a confluência com o rio Jacui, principal formador do lago Guaíba (Lorentis, 2004). A bacia do Taquari-Antas tem uma área de km 2, correspondendo a cerca de 9% do território estadual. Seus principais tributários são os rios Camisas, Tainhas, Lajeado Grande e São Marcos, na margem esquerda, e Quebra-Dentes, Prata, Carreiro, Guaporé, Forqueta e Taquari-Mirim, na margem direita. Suas características geomorfológicas e hidrológicas permitem dividir a bacia do rio das Antas em dois trechos distintos, ou seja, (i) o trecho superior, aqui denominado alto rio das Antas, compreendido entre suas nascentes e a foz do rio Quebra-Dentes, com uma extensão de 183km, direção leste-oeste, declividade acentuada (média de 4,8m/km) e encaixada e com muitas corredeiras e algumas quedas, (ii) e o trecho inferior, aqui nominado baixo rio das Antas (ou médio Antas-Taquari), entre a foz do Quebra-Dentes e a do Guaporé, com direção nordeste-sudeste, extensão de 207 km, e declividade média de 1,6m/km, marcado por vales encaixados e algumas corredeiras. O rio Taquari (baixo rio Antas-Taquari), sua sequência natural, tem direção predominante norte-sul, corre em planície, com declividade média de apenas 0,2m/km e raras cachoeiras (Leite et al., 2003; FEPAM, 2009) Figura 1. Os usos vigentes contemplam o abastecimento público e industrial, irrigação, produção de energia e aquicultura (DRH-SEMA, 2002). A baixa densidade populacional nos trechos de nascentes contrasta com os trechos mais a jusante, onde atravessa região de pecuária e agricultura e recebe importantes aportes de efluentes de cidades como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves e Garibaldi, que juntas concentram cerca da metade dos habitantes que ocupam a bacia e 57% dos estabelecimentos industriais (Lorentis, 2004; Leite et al., 2003). É relevante o fato de essa bacia compor menos que 10% da área estadual, mas compor cerca de 16% da população e concentrar cerca de 20% do PIB (Leite et al., 2003). Mesmo com as limitações impostas por aspectos pedológicos ao desenvolvimento de uma agricultura intensiva (fertilidade, relevo, drenagem, riscos de erosão e profundidade), a área é ocupada por uma ampla variedade de cultivos agrícolas, com consequentes problemas relacionados ao uso de agrotóxicos e adubos químicos, bem como por processos erosivos e assoreamento. A área protegida da bacia é considerável, com cerca de 160km 2, compreendida em dez unidades de conservação. Essa proteção é mais extensiva nos trechos de nascentes, com destaque para o Parque Nacional dos Aparados da Serra. As características hidrológicas, geomorfológicas e pedológicas são responsáveis por rápidos escoamentos superficiais e variações bruscas na descarga após chuvas torrenciais. A vazão média do rio das Antas, medida em seu trecho mais baixo, entre os anos de 1940 e 1982, foi de 321m 3 /s. Entretanto, durante esse período as descargas variaram de 10 a m 3 /s. 1 Introdução 3

20 O presente estudo foi desenvolvido no trecho entre a foz do rio São Marcos e a do rio Guaporé, portanto, no trecho baixo inferior da bacia do rio das Antas, onde atualmente estão instalados os três empreendimentos da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran). A ictiofauna desse trecho da bacia, foco principal do presente estudo, já vinha sendo submetida a forte estresse dos usos de suas águas para o abastecimento urbano, industrial e agropecuário (irrigação e dessedentação de animais e, especialmente, diluição e carreamento de efluentes e poluentes). Alguns de seus tributários, como o Burati, o Tega e o Prata, apresentam seus cursos consideravelmente comprometidos pelos efluentes urbanos (DRH-Magma, 1997; Tucci & Benetti, 2001, citados em Lorentis, 2004). Entretanto, o nível de informação acerca dessa ictiofauna e de seus problemas era precário até o início da década. Para avaliar os possíveis efeitos adicionais dos mencionados represamentos hidrelétricos sobre essa fauna, já pressionada pelas ações antropogênicas, foi necessário levantar sua composição, abundância e distribuição anterior, elucidar aspectos populacionais e de comunidades e, então, por comparação, avaliar as alterações e propor medidas atenuadoras. Os resultados desse esforço são aqui apresentados. Figura 1 Localização das estações de amostragem. 4 1 Introdução

21 2 As espécies de peixes do baixo rio das Antas

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23 2.1 Lista de espécies As amostragens conduzidas no período de setembro de 2002 e abril de 2009 revelaram a presença de 70 espécies de peixes no trecho compreendido entre a foz do rio São Marcos (28º56 29 Lat. S / 51º11 02 Long. W) e a do rio Guaporé (29º10 07 Lat. S / 51º53 10 Long. W), num total de 34 campanhas. Para esse trabalho, a equipe da Limnobios contou com o apoio do setor de Ictiologia do Museu de Ciência e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A Tabela 1 lista essas espécies, suas posições taxonômicas e descritores, além do nome popular pelos quais elas são conhecidas na região. Tabela 1 - Lista de espécies registradas no baixo rio das Antas e principais tributários durante o período de 2002 a * Espécies migradoras OSTEICHTHYES CYPRINIFORMES CYPRINIDAE Aristichthys nobilis (Richardson, 1845) carpa cabeça grande Cyprinus carpio (Linnaeus, 1758) carpa comum Ctenopharyngodon idella (Valenciennes, 1844) carpa capim CHARACIFORMES ACESTRORHYNCHIDAE Acestrorhynchus pantaneiro Menezes, 1992 peixe cachorro CHARACIDAE Astyanax eigenmanniorum (Cope, 1894) lambari Astyanax jacuhiensis (Cope, 1894) lambari rabo amarelo Astyanax aff. fasciatus (Cuvier, 1819) lambari rabo vermelho Astyanax henseli Melo & Buckup, 2006 lambari Astyanax laticeps (Cope, 1894) lambari Astyanax sp. lambari Bryconamericus iheringii (Boulenger, 1887) lambari Cyanocharax alburnus (Hensel, 1870) lambari Cyanocharax dicropotamicus Malabarba & Weitzman, 2003 lambari Hyphessobrycon luetkenii (Boulenger, 1887) lambari Hyphessobrycon igneus Miquelarena, Menni, Lopez & Casciotta, 1980 lambari Hypobrycon sp. lambari Oligosarcus jenynsii (Gunther, 1964) tambicu Oligosarcus robustus Menezes, 1969 tambicu Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816) dourado * CHARACINAE Charax stenopterus (Cope, 1894) lambari transparente CHEIRODONTINAE Cheirodon interruptus (Jenyns, 1842) lambari Heterocheirodon jacuiensis Malabarba & Bertaco, 1999 lambari 2 As espécies de peixes do baixo rio das Antas 7

24 Tabela 1 - Continuação GLANDULOCAUDINAE Diapoma speculiferum Cope, 1894 lambari Diapoma sp. lambari Pseudocorynopoma doriae (Eigenmann & Eigenmann, 1888) lambari CRENUCHIDAE Characidium orientale Buckup & Reis, 1997 canivete PROCHILODONTIDAE Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) grumatã * CURIMATIDAE Cyphocharax spilotus Vari, 1987 biru Cyphocharax voga Cope, 1894 biru Steindachnerina biornata (Braga & Azpelicueta, 1987) biru ANOSTOMIDAE Leporinus obtusidens (Valenciennes, 1847) piava * ERYTHRINIDAE Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) traíra CYPRINODONTIFORMES POECILIIDAE Phalloceros caudimaculatus (Hensel, 1868) barrigudinho SILURIFORMES PIMELODIDAE Pimelodus pintado Azpelicueta, Lundberg & Loureiro, 2008 pintado Parapimelodus nigribarbis (Boulenger, 1891) mandi AUCHENIPTERIDAE Glanidium sp. manduvi HEPTAPTERIDAE Heptapterus mustelinus (Valenciennes, 1935) bagrinho Heptapterus sp. bagrinho Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) jundiá Rhamdella eriarcha (Eigenmann & Eigenmann, 1888) mandi PSEUDOPIMELODIDAE Microglanis cottoides (Boulenger, 1889) bagrinho TRICHOMYCTERIDAE Trichomycterus sp. peixe-gato ASPREDINIDAE Bunocephalus sp. peixe-banjo CALLICHTHYIDAE Corydoras paleatus (Jenyns, 1842) limpa-fundo Hoplosternum littorale (Hancock, 1828) tamboata LORICARIIDAE HYPOPTOPOMATINAE Hisonotus armatus Carvalho, Lehmann, Lopes Pereira & Reis, 2008 cascudinho Hisonotus sp. cascudinho HYPOSTOMINAE 8 2 As espécies de peixes do baixo rio das Antas

25 Tabela 1 - Conclusão. Hypostomus commersoni Valenciennes, 1836 cascudo Hypostomus aspilogaster (Cope, 1894) cascudo Pareiorhaphis hystrix Pereira & Reis, 2002 cascudo LORICARIINAE Loricariichthys anus (Valenciennes, 1836) viola Rineloricaria strigilata (Hensel, 1868) viola Rineloricaria cadeae (Hensel, 1838) viola Rineloricaria malabarbai Rodriguez & Reis, 2008 violinha Rineloricaria microlepidogaster (Regan, 1904) viola ANCISTRINAE Hemiancistrus punctulatus Cardoso & Malabarba, 1999 cascudo de espinhos Ancistrus brevipinnis (Regan, 1904) cascudo de espinhos Ancistrus sp. cascudo de espinhos ICTALURIDAE Ictalurus punctatus (Rafinesque, 1818) bagre do canal GYMNOTYFORMES GYMNOTIDAE Gymnotus carapo (Linnaeus, 1758) tuvira STERNOPYGIDAE Eigenmannia virescens (Valenciennes, 1847) tuvira ATHERINIFORMES ATHERINOPSIDAE Odontesthes humensis de Buen, 1953 peixe-rei SYNBRANCHIFORMES SYNBRANCHIDAE Synbranchus marmoratus Bloch, 1795 muçum PERCIFORMES CICHLIDAE Australoheros grupo facetus (Jenyns, 1842) cará Crenicichla punctata Hensel, 1870 joana Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824) cará Gymnogeophagus gymnogenys (Hensel, 1870) cará Gymnogeophagus labiatus (Hensel, 1870) cará Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758) tilápia CENTRARCHIDAE Micropterus salmoides Lacepède, 1802 black-bass 2.2 PROPORÇÃO ENTRE OS GRUPOS TAXONÔMICOS As 70 espécies capturadas estiveram distribuídas em oito ordens e 24 famílias de Teleostei (Fig. 2). Siluriformes e Characiformes foram as ordens com o maior número de espécies (26 e 23, respectivamente), seguidas por Perciformes (7) e Cypriniformes (3). Esse padrão de riqueza de espécies por grupo taxonômico é, em geral, o mesmo observado em outras bacias Sul-americanas. 2 As espécies de peixes do baixo rio das Antas 9

26 18 Número de Espécies 16 Siluriformes Characiformes Perciformes Synbranchiformes Cyprinodontiformes Atheriniformes Cypriniformes Gymnotiformes Characidae Curimatidae Acestrorhynchidae Crenuchidae Prochilodontidae Anostomidae Erythrinidae Poeciliidae Loricariidae Heptapteridae Pimelodidae Callichthyidae Auchenipteridae Pseudopimelodidae Trichomycteridae Aspredinidae Ictaluridae Gymnotidae Sternopygidae Cichlidae Centrarchidae Synbranchidae Cyprinidae Atherinopsidae Famílias Figura 2 Riqueza de espécies de peixes nas diferentes famílias (gráfi co de barras) e proporção de famílias entre as diferentes ordens (gráfi co de setores) que compõem a ictiofauna do baixo rio das Antas - RS. 2.3 PARTICIPAÇÃO DAS ESPÉCIES NATIVAS Entre as espécies registradas no baixo rio das Antas, seis foram introduzidas na bacia (Fig. 3; 8,6%), sendo que três delas têm distribuição natural no continente asiático (carpas capim, cabeça grande e comum), duas na América do Norte ( black bass e bagre do canal) e uma na África (tilápia). As baixas capturas dessas espécies indicam que a maioria delas não está estabelecida nesse trecho da bacia, devendo ser resultantes de escapes de atividades de cultivo e solturas deliberadas (caso do black bass ). A ampla distribuição e a maior abundância sugerem que a carpa comum possa ser a única a se reproduzir no sistema. Isso, entretanto, requer estudos específicos mais aprofundados. 100% Espécies Nativas 91,4% Introduzidas 8,6% Figura 3 Participação das espécies introduzidas na ictiofauna do rio das Antas. 80% 60% 40% 20% 0% Aristichthys nobilis - carpa cabeça grande Cyprinus carpio - carpa comum Ctenopharyngodon idella - carpa capim Oreochromis niloticus - tilápia Ictalurus punctatus - bagre do canal Micropterus salmoides - black bass Além de esporádicas nas capturas, as espécies não nativas tiveram também uma distribuição diferenciada. Assim, com exceção da carpa comum e do bagre do canal, com ampla distribuição no baixo rio das Antas, as demais tiveram suas ocorrências registradas apenas abaixo da foz do rio da Prata e, especialmente, da do rio Carreiro (Tab. 2) As espécies de peixes do baixo rio das Antas

27 3 Chave de identificação

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29 Com o objetivo de apresentar as características diagnósticas das espécies de peixes da bacia do baixo rio das Antas, trecho sob influência dos empreendimentos hidrelétricos sob concessão da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) e subsidiar futuros estudos ictiológicos nessa bacia, é apresentada uma chave para a identificação das espécies registradas (não incluidas as exóticas). A chave foi elaborada pelos biólogos Zilda Margarete S. de Lucena e Carlos Alberto S. de Lucena, do setor de Ictiologia do Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS. 1. Corpo sem escamas ou placas ósseas Corpo com escamas ou placas ósseas Corpo roliço, comprimido somente na região pós-anal. Nadadeiras pélvicas e peitorais ausentes. Presença de uma abertura branquial ventral......synbranchus marmoratus (Synbranchidae) 2. Corpo não roliço. Nadadeiras pélvicas e peitorais presentes. Presença de duas aberturas branquiais Nadadeira adiposa ausente. Peixes pequenos, alcançando, aproximadamente 8 cm de comprimento Nadadeira adiposa presente. Peixes de pequeno a médio porte, alcançando, aproximadamente, de 9 (Microglanis cottoides) a 40 cm de comprimento Cabeça muito larga, sua largura maior que o seu comprimento. Região dorsal da cabeça rugosa. Região posterior do corpo, a partir do início da nadadeira dorsal, bem mais estreita que a região anterior. Presença de um espinho serreado bem desenvolvido nas nadadeiras peitorais. Espinhos no interopérculo ausentes......bunocephalus sp. (Aspredinidae) 4. Cabeça relativamente estreita, sua largura menor que o seu comprimento. Região dorsal da cabeça lisa. Região posterior do corpo, a partir do início da nadadeira dorsal, da mesma largura que a região anterior. Ausência de espinho nas nadadeiras peitorais. Presença de um grupo de odontódeos (espinhos), geralmente cobertos por pele, no interopérculo......trichomycterus sp. (Trichomycteridae) 3 Chave de identificação 13

30 5. Membranas branquiais unidas ao istmo. Presença de um par de barbilhões mentonianos. Nadadeira adiposa curta, bem menor (cerca de 1/3) que a base da nadadeira anal...glanidium sp. (Auchenipteridae) 5. Membranas branquiais livres do istmo. Presença de dois pares de barbilhões mentonianos. Nadadeira adiposa longa, sua base maior que a base da nadadeira anal, exceto em Parapimelodus nigribarbis, cuja base é do mesmo tamanho Cabeça tão ampla quanto longa. Corpo com 3 manchas largas escuras, de forma irregular, em fundo claro; a primeira mancha à frente e sob a nadadeira dorsal; a segunda, à frente e sob a nadadeira adiposa, e a terceira, no pedúnculo caudal, até a base da nadadeira caudal. Região dorsal da cabeça escura, seguida de uma faixa transversal clara situada entre as aberturas branquiais. Nadadeiras com manchas escuras. Peixes pequenos, atingem no máximo cerca de 9 cm de comprimento......microglanis cottoides (Pseudopimelodidae) 6. Cabeça mais longa do que larga. Coloração do corpo diferente da descrita acima, apresentando ou colorido uniforme ou uma faixa mediolateral escura ou pequenas manchas arredondadas. Peixes maiores atingem no máximo cerca de 20 a 40 cm (tamanho máximo não conhecido em Heptapterus sp.) Processo occipital curto, não alcançando a placa pré-dorsal Processo occipital longo, alcançando a placa pré-dorsal Presença de uma faixa escura na região lateral do corpo......rhamdella eriarcha (Heptapteridae) 8. Ausência de faixa escura na região lateral do corpo Origem das nadadeiras pélvicas situada na vertical que passa pelo final da base da nadadeira dorsal. Extremidade dos raios da nadadeira anal situada na vertical que passa no final da nadadeira adiposa... Rhamdia quelen (Heptapteridae) 14 3 Chave de identificação

31 9. Origem das nadadeiras pélvicas situada na vertical que passa na origem da nadadeira dorsal. Extremidade dos raios da nadadeira anal situada mais anteriormente, não alcançando a vertical que passa no final da nadadeira adiposa Extremidade dos raios da nadadeira dorsal distante da origem da nadadeira adiposa. Nadadeira anal relativamente curta, sua extremidade não alcança a prega inferior da nadadeira caudal...heptapterus sp. (Heptapteridae) 10. Extremidade dos raios da nadadeira dorsal alcança ou quase alcança a origem da nadadeira adiposa. Nadadeira anal relativamente longa, sua extremidade ultrapassa a prega inferior da nadadeira caudal......heptapterus mustelinus (Heptapteridae) 11. Corpo sem manchas...parapimelodus nigribarbis (Pimelodidae) 11. Corpo com manchas arredondadas...pimelodus pintado (Pimelodidae) 12. Corpo com escamas Corpo com placas ósseas Nadadeira adiposa ausente Nadadeira adiposa presente Nadadeiras dorsal, pélvicas e caudal presentes Nadadeiras dorsal, pélvicas e caudal ausentes Duas nadadeiras dorsais distintamente separadas uma da outra. Presença de uma faixa prateada na região lateral mediana do corpo Odontesthes humensis (Atherinopsidae) 3 Chave de identificação 15

32 15. Uma única nadadeira dorsal. Faixa prateada ausente Bandas oblíquas ao longo da superfície lateral do corpo. Cabeça deprimida. Boca ampla, abrindo-se dorsalmente; mandíbula prognata. Nadadeiras peitorais curtas, não alcançando a origem da nadadeira anal......gymnotus carapo (Gymnotidae) 16. Bandas oblíquas ao longo da superfície do corpo ausentes. Cabeça comprimida. Boca relativamente pequena, terminal; mandíbula terminando no mesmo nível da maxila superior. Nadadeiras peitorais ultrapassam a origem da nadadeira anal......eigenmannia virescens (Sternopygidae) 17. Nadadeira dorsal iniciando-se bem à frente, na vertical que passa pelas nadadeiras peitorais. Nadadeira dorsal com a parte anterior formada por espinhos e a posterior com raios moles. Linha lateral dupla Nadadeira dorsal iniciando-se bem após a vertical que passa pelas nadadeiras peitorais. Nadadeira dorsal sem espinhos, somente raios moles. Linha lateral, quando presente única Corpo baixo, maior altura cabendo mais de 4 vezes no comprimento padrão. Ausência de espinho dirigido para frente, imediatamente à frente da nadadeira dorsal. Pequenos pontos no corpo, e, exceto nos jovens, também na cabeça; ausência de mancha umeral ocelada...crenicichla punctata (Cichlidae) 18. Corpo alto, maior altura cabendo menos de 3 vezes no comprimento padrão Peixes de médio porte, alcançando no máximo cerca de 50 cm de comprimento. Linha lateral única. Maxilar grande, ultrapassando a região anterior da órbita. Presença de dentes caniniformes bem desenvolvidos. Raios da nadadeira anal dos machos não transformados em gonopódio... Hoplias malabaricus (Erythrinidae) 19. Peixes de pequeno porte, alcançando no máximo 6,5 cm de comprimento. Linha lateral ausente (sem escamas perfuradas; não confundir com neuromastos superficiais presentes ao longo de algumas escamas do corpo). Maxilar pequeno, não alcançando a região anterior da órbita. Dentes diminutos, não caniniformes Chave de identificação

33 Machos adultos com raios da nadadeira anal transformados em gonopódio Phalloceros caudimaculatus (Poeciliidae) 20. Presença de um espinho dirigido para frente, localizado imediatamente à frente da base do primeiro espinho da nadadeira dorsal (melhor visualizado após a remoção da pele) Ausência de espinho à frente da base da nadadeira dorsal Faixa escura na origem da nadadeira dorsal, estendendo-se verticalmente ou obliquamente em direção posterior ao corpo. Nadadeira caudal e região posterior da nadadeira dorsal com manchas arredondadas......gymnogeophagus gymnogenys (Cichlidae) 21. Faixa escura, à frente da nadadeira dorsal, estendendo-se obliquamente em direção ao olho. Nadadeira caudal e região posterior da nadadeira dorsal com manchas longitudinais...gymnogeophagus labiatus (Cichlidae) 22. Presença de uma mancha preta na base dos raios superiores da nadadeira caudal (algumas vezes difusa). Ausência de faixa escura que se estende desde a nuca, através do olho, até o canto inferior do pré-opérculo. Pedúnculo caudal curto, seu comprimento menor que a altura. 6 a 8 espinhos na nadadeira anal Australoheros grupo facetus (Cichlidae) 22. Ausência de mancha preta na base dos raios superiores da nadadeira caudal (não confundir com uma pequena mancha na base dos raios medianos que pode estar presente nos jovens). Presença de uma faixa escura que se estende desde a nuca, através dos olhos, até o canto inferior do opérculo. Pedúnculo caudal longo, seu comprimento maior que a altura. 3 espinhos na nadadeira anal......geophagus brasiliensis (Cichlidae) 3 Chave de identificação 17

34 23. Dentes nas maxilas presentes Dentes nas maxilas ausentes Membranas branquiais unidas ao istmo Membranas branquiais livres do istmo Corpo com faixas transversais escuras e manchas arredondadas. Dentes incisiformes, assimétricos, bem implantados na maxila superior e na mandíbula, os anteriores voltados para frente...leporinus obtusidens (Anostomidae) 25. Estrias longitudinais ao longo do corpo. Dentes diminutos, numerosos, implantados ao longo dos lábios... Prochilodus lineatus (Prochilodontidae) 26. Poros das escamas da linha lateral contornados por pigmentação escura, formando uma faixa lateral de aspecto pontilhado, localizada abaixo da faixa lateral escura contínua... Steindachnerina biornata (Curimatidae) 26. Poros das escamas da linha lateral não contornados por pigmentação escura raios ramificados na nadadeira dorsal... Cyphocharax voga (Curimatidae) a 12 raios ramificados na nadadeira dorsal Cyphocharax spilotus (Curimatidae) 28. Pseudotímpano presente. Linha lateral incompleta Chave de identificação

35 28. Pseudotímpano ausente. Linha lateral completa (exceto em Hyphessobrycon luetkenii e Diapoma) Dentes cônicos em adultos. Maxilar com mais de 10 dentes, ao longo de quase toda a sua extensão. Início da nadadeira anal na vertical que passa aproximadamente na origem da nadadeira dorsal...charax stenopterus (Characidae) 29. Dentes multicuspidados em adultos. Maxilar com até 5 dentes. Início da nadadeira anal na vertical que passa pelos últimos raios da nadadeira dorsal ou logo após Mancha caudal ausente ou pequena e difusa. Maxilar com 2 a 5 dentes......heterocheirodon jacuiensis (Characidae) 30. Mancha caudal grande e conspícua. Maxilar com 1 dente Cheirodon interruptus (Characidae) 31. Maxilar grande, estendendo-se além da metade do olho. Maxilar com dentes ao longo de quase toda a sua extensão Maxilar pequeno, não alcançando a margem anterior do olho; quando alcança, nunca ultrapassa a metade do olho. Maxilar sem dentes (Characidium orientale) ou com poucos dentes localizados somente na porção anterior Espécimes preservados em álcool com pontos escuros sobre as escamas, de modo a formar linhas longitudinais ao longo da região lateral do corpo. Região anterior das maxilas com dentes cônicos... Salminus brasiliensis (Characidae) 32. Espécimes preservados em álcool com uma faixa lateral escura que se estende desde a região umeral até o final do pedúnculo caudal. Região anterior das maxilas com dentes caniniformes bem desenvolvidos Chave de identificação 19

36 33. De 54 a 85 escamas perfuradas na linha lateral. Mancha umeral alongada verticalmente De 93 a 108 escamas perfuradas na linha lateral. Mancha umeral arredondada... Acestrorhynchus pantaneiro (Acestrorhynchidae) escamas perfuradas na linha lateral. 10 a 11 séries horizontais de escamas entre a linha lateral e a origem da nadadeira dorsal. 21 a 23 séries horizontais de escamas ao redor do pedúnculo caudal. Nadadeira caudal amarela em vida......oligosarcus jenynsii (Characidae) escamas perfuradas na linha lateral.16 a 18 séries horizontais de escamas entre a linha lateral e a origem da nadadeira dorsal. 28 a 32 séries de escamas ao redor do pedúnculo caudal. Nadadeira caudal vermelha em vida......oligosarcus robustus (Characidae) 35. Corpo com barras verticais escuras que se estendem desde o dorso até um pouco além da faixa longitudinal escura situada na linha média do corpo......characidium orientale (Crenuchidae) 35. Corpo sem barras verticais escuras Região pré-ventral acentuadamente convexa, comprimida, de modo a formar uma quilha ventral. Mancha umeral ausente. Nadadeiras peitorais bem desenvolvidas, sua extremidade posterior ultrapassa a extremidade posterior das nadadeiras pélvicas... Pseudocorynopoma doriae (Characidae) 36. Região pré-ventral levemente convexa, não formando quilha ventral. Mancha umeral presente. Nadadeiras peitorais relativamente curtas, sua extremidade posterior não alcança ou ultrapassa levemente a origem das nadadeiras peitorais Chave de identificação

37 37. Linha lateral incompleta Linha lateral completa Origem da nadadeira anal localizada na vertical que passa abaixo da nadadeira dorsal. Presença de escamas modificadas no lobo ventral da nadadeira caudal Origem da nadadeira anal localizada na vertical que passa imediatamente após a base da nadadeira dorsal. Ausência de escamas modificadas no lobo ventral da nadadeira caudal Borda póstero-ventral do opérculo prolongada em ponta Diapoma speculiferum (Characidae) 39. Borda póstero-ventral do opérculo não-prolongada......diapoma sp. (Characidae) 40. Uma única mancha umeral com prolongamento inferior. Dois dentes no maxilar...hyphessobrycon luetkenii (Characidae) 40. Duas manchas umerais sem prolongamento inferior, a anterior conspícua e levemente arredondada e a posterior fraca. Um dente no maxilar......hyphessobrycon igneus (Characidae) 41. Nadadeira dorsal com ii,8 raios Nadadeira dorsal com ii,9 raios Boca distintamente ventral, posicionada na horizontal que passa na margem ventral do olho. Nadadeiras pélvicas com i,7 raios Boca subterminal, posicionada na horizontal que passa próxima ao meio do olho. Nadadeiras pélvicas com i,6 raios Chave de identificação 21

38 43. Todos os dentes tricúspides...hypobrycon sp. (Characidae) 43. Dentes com 5 a 7 cúspides, raramente 3 cúspides na série externa do prémaxilar... Bryconamericus iheringii (Characidae) 44. Nadadeira anal não pigmentada, sem marcas distintas. Nadadeira adiposa não pigmentada em fêmeas e machos maduros preservados em álcool Cyanocharax alburnus (Characidae) 44. Nadadeira anal escura, com a ponta distal dos raios anteriores não pigmentada. Nadadeira adiposa escura em fêmeas e machos maduros preservados em álcool...cyanocharax dicropotamicus (Characidae) 45. Mancha umeral horizontalmente ovalada, com prolongamento situado na porção anteroventral que se estende abaixo da linha lateral Mancha umeral verticalmente alongada em forma de faixa ou com prolongamento estreito situado na porção medioventral que se estende abaixo da linha lateral Duas manchas umerais, a segunda mais fraca e verticalmente alongada. Nadadeira anal com 22 a 34 raios ramificados. Nadadeira caudal amarela em vida...astyanax jacuhiensis (Characidae) 46. Uma única mancha umeral. Nadadeira anal com 15 a 23 raios ramificados. Nadadeira caudal avermelhada em vida... Astyanax laticeps (Characidae) 47. Uma única mancha umeral Chave de identificação

39 47. Duas manchas umerais, a primeira conspícua e a segunda fraca Mancha umeral se estendendo abaixo da linha lateral por duas séries horizontais de escamas... Astyanax eigenmaniorum (Characidae) 48. Mancha umeral não se estendendo abaixo da linha lateral Astyanax aff. fasciatus (Characidae) 49. Dentes da série externa do pré-maxilar com 5 cúspides. Maxilar relativamente curto e largo, sua maior largura cabendo cerca de duas vezes no seu comprimento (medido até o seu contato com o pré-maxilar). 1 único dente no maxilar. Dentes anteriores do dentário relativamente largos. Nadadeira anal com 17 a 23 raios ramificados (1 exemplar com 27)... Astyanax sp. (Characidae) 49. Dentes da série externa do pré-maxilar com 3 cúspides. Maxilar relativamente longo e estreito, sua maior largura cabendo mais de duas vezes no seu comprimento (medido até o seu contato com pré-maxilar). 2 a 3 dentes no maxilar. Dentes anteriores do dentário relativamente estreitos. Nadadeira anal com 24 a 28 raios ramificados... Astyanax henseli ( Characidae) 50. Duas séries de placas dispostas ao longo do corpo. Boca com 2 ou 3 pares de barbilhões, não transformada em ventosa Mais de duas séries de placas dispostas ao longo do corpo. Boca com um par de barbilhões rudimentares, transformada em ventosa... Loricariidae (52) 51. Focinho comprimido. Cabeça tão alta quanto longa. Corpo com manchas......corydoras paleatus (Callichthyidae) 3 Chave de identificação 23

40 51. Focinho deprimido. Cabeça mais longa do que alta. Coloração uniforme, plúmbea, sem manchas...hoplosternum littorale (Callichthyidae) 52. Pedúnculo caudal deprimido Pedúnculo caudal comprimido Lábio inferior volumoso, semelhante a duas almofadas. Lábio inferior dos machos hipertrofiado no período de reprodução. O espaço entre as duas quilhas laterais ao longo do corpo estreita-se próximo à nadadeira caudal em menos de 10 escudos... Loricariichthys anus (Loricariinae) 53. Lábio inferior não volumoso. Lábio inferior dos machos nunca hipertrofiado. O espaço entre as duas quilhas laterais ao longo do corpo estreita-se em quase toda a extensão do pedúnculo caudal em mais de 10 escudos Área nua da ponta do focinho alongada, prolongando-se lateralmente......rineloricaria cadeae (Loricariinae) 54. Área nua da ponta do focinho oval, restrita à ponta do focinho Primeiro raio do lobo superior da nadadeira caudal prolongado em um curto filamento ou sem filamento. Região dorsal da cabeça e do corpo com numerosos pontos escuros e dorso do corpo com barras transversais escuras. Presença de placas na região abdominal...rineloricaria strigilata (Loricariinae) 55. Primeiro raio do lobo superior da nadadeira caudal sem filamento. Região dorsal da cabeça e dorso do corpo sem pontos escuros, somente barras transversais escuras no dorso do corpo. Presença ou ausência de placas na região abdominal Presença de placas na região abdominal......rineloricaria microlepidogaster (Loricariinae) 24 3 Chave de identificação

41 56. Ausência de placas na região abdominal Rineloricaria malabarbai (Loricariinae) 57. Nadadeira adiposa ausente. Ossos da cintura peitoral, na região ventral do corpo, encobertos por uma pele fina e numerosos odontódeos, de modo que são bem visíveis Nadadeira adiposa presente. Ossos da cintura peitoral, na região ventral do corpo, encobertos por pele relativamente mais espessa, com ou sem odontódeos, de modo que não são visíveis Margem anterior do focinho coberto com odontódeos......hisonotus armatus (Hypoptopomatinae) 58. Margem anterior do focinho com uma faixa nua, sem odontódeos Hisonotus sp. (Hypoptopomatinae) 59. Região interopercular móvel, com um grupo de odontódeos desenvolvidos, flexíveis e recurvados Região interopercular pouco móvel, quase fixa, com odontódeos curtos e rígidos, voltados para a região posterior do corpo Focinho sem placas. Machos com tentáculos desenvolvidos no focinho Focinho com placas. Machos sem tentáculos. Presença de manchas arredondadas escuras nas placas que revestem a cabeça, na região lateral do corpo (podem estar ausentes) e nas nadadeiras (melhor visualizadas nas pélvicas e peitorais) Hemiancistrus punctulatus (Ancistrinae) 61. Presença de manchas arredondadas claras em toda a região do corpo e nas nadadeiras... Ancistrus brevipinnis (Ancistrinae) 3 Chave de identificação 25

42 61. Presença de manchas vermiculadas claras, melhor visualizadas na região ventral do corpo...ancistrus sp. (Ancistrinae) 62. Região pré-ventral lisa, sem odontódeos. Corpo com largas manchas escuras, mais nítidas em indivíduos mergulhados em álcool (fora do álcool a coloração é escura, uniforme)...pareiorhaphis hystrix (Hypostominae) 62. Região pré-ventral áspera, com pequenos odontódeos dispostos em toda a superfície Região lateral do corpo com fileiras horizontais de odontódeos bem desenvolvidos. Corpo com manchas arredondadas escuras relativamente pequenas e aproximadamente de mesmo tamanho......hypostomus commersoni (Hypostominae) 63. Região lateral do corpo sem fileiras horizontais de odontódeos bem desenvolvidos. Corpo com manchas arredondadas escuras relativamente grandes, as da cabeça bem menores que as do restante do corpo Hypostomus aspilogaster (Hypostominae) 26 3 Chave de identificação

43 4 Distribuição e abundância

44

45 A a nálise da distribuição e abundância das espécies no baixo rio das Antas (Tab. 2) revela que 20 espécies (28,6% do total) foram registradas em todas as localidades amostradas, com exeção dos riachos. Demonstra ainda que 35 espécies (50%) foram registradas em 12 das 15 estações de amostragem ao longo desse trecho. Esse trecho do rio das Antas mostra diferenças longitudinais na composição das assembléias de peixes. Do total de espécies amostradas, 22 jamais foram registradas a montante das corredeiras do Cachoeirão, entre elas as espécies migradoras de longa distância (Tab. 2). Isso revela que esse obstáculo natural restringia os deslocamentos dessas espécies para os trechos a montante. Por outro lado, apenas uma espécie (H. mustelinus) teve sua distribuição restrita ao segmento a montante. Essa espécie, juntamente com H. littorale e P. hystrix, registradas em CAJUS, ATQG e ANCAR, respectivamente, foram raras nas capturas. Tabela 2 - Distribuição e abundância das espécies de peixes no baixo rio das Antas RS Legenda: Capturas < 5% 5%<Capturas<10% Capturas>10% Espécies grafadas em vermelho=introduzidas; em azul=migradoras de longa distância. ESPÉCIE CAMON CAREM CALEN CAJUS MCMON PRAT MCREM MCLEN MCJUS 14MON 14REM 14LEN 14JUS ANCAR ATQG RIACHOS A. brevipinnis A. eigenmanniorum A. grupo facetus A. fasciatus A. henseli A. jacuhiensis A. laticeps A. nobilis 1 A. pantaneiro Ancistrus sp. Astyanax sp. B. iheringii Bunocephalus sp. C. alburnus C. carpio C. dicropotamicus C. idella C. interruptus C. orientale C. paleatus C. punctata C. spilotus 4 Distribuição e abundância 29

46 Tabela 2 - Continuação ESPÉCIE CAMON CAREM CALEN CAJUS MCMON PRAT MCREM MCLEN MCJUS 14MON 14REM 14LEN 14JUS ANCAR ATQG RIACHOS C. stenopterus C. voga D. speculiferum Diapoma sp. E. virescens G. brasiliensis G. carapo G. gymnogenys G. labiatus Glanidium sp. H. aspilogaster H. commersoni H. igneus 1 H. jacuiensis H. littorale 1 H. luetkenii H. malabaricus H. mustelinus 1 H. punctulatus Heptapterus sp. Hisonotus sp. Hypobrycon sp. I. punctatus L. anus L. obtusidens M. cottoides M. salmoides 1 O. humensis 1 O. jenynsii O. niloticus 1 O. robustus P. caudimaculatus P. doriae P. hystrix 1 P. lineatus P. nigribarbis P. pintado R. cadeae 30 4 Distribuição e abundância

47 Tabela 2 - Conclusão. ESPÉCIE CAMON CAREM CALEN CAJUS MCMON PRAT MCREM MCLEN MCJUS 14MON 14REM 14LEN 14JUS ANCAR ATQG RIACHOS R. eriarcha R. malabarbai R. microlepidogaster R. quelen R. strigilata S. biornata S. brasiliensis 1 S. marmoratus Trichomycterus sp. 1 = captura total igual ou inferior a 5 indivíduos No segmento abaixo do Cachoeirão, constatou-se que o trecho a jusante da barragem da UHE 14 de Julho é o que detém maior riqueza de espécies (Fig. 4). Nesse trecho, os migradores ocorrem em maior abundância e apresentam o maior número de espécies exclusivas, nativas (A. pantaneiro, C. spilotus e duas das três consideradas raras) ou exóticas (O. niloticus e A. nobilis). Já em relação aos riachos, com a exceção de Trichomycterus sp., toda a fauna neles encontrada esteve também presente na calha do rio das Antas. Figura 4 Número médio de espécies (barras horizontais internas) e amplitude de variação desse número (linhas horizontais externas) em três segmentos da área estudada (Mont- Cach=montante do Cachoeirão; Jus-Cach=jusante do Cachoeirão; Jus-14J=jusante da barragem da UHE 14 de Julho). 4 Distribuição e abundância 31

48

49 5 Padrões de variação na composição e riqueza

50

51 A análise de correspondência com remoção de efeito de arco (DCA), aplicada a todos os dados obtidos no rio das Antas, apresentou autovalor correspondente a 0,35 e 0,27 (eixo 1 e 2, respectivamente). Na ordenação (Fig. 5A) ficou evidente que as amostras obtidas em córregos (pontos de tonalidade cinza representados por esferas, sinais positivos e quadrados, de acordo com a posição na bacia) se posicionaram de forma diferente (todas localizadas no lado direito da figura) daquelas obtidas nas estações dispostas ao longo do rio das Antas (rios e reservatórios). Essas diferenças foram mais evidentes quando considerado o eixo 1 (Fig. 5B). Para o eixo 2, as diferenças estiveram relacionadas à posição dos riachos ao longo da bacia, sendo essas bem marcantes entre os trechos mais alto (área de influência de Castro Alves) e o mais baixo (14 de Julho; Fig. 5C) C. Alves M. Claro 14 Julho C. Alves - Trib. M. Claro - Trib. 14 Julho - Trib. Rio Antas 400 DCA A DCA B CA CA - Trib DCA 1 MC MC - Trib REGIÃO QJ Média Média±EP Antas QJ - Trib DCA C CA CA - Trib. MC MC - Trib REGIÃO QJ Média Média±EP Antas QJ - Trib Figura 5 Resultado da análise de correspondência com remoção do efeito de arco (DCA) considerando todos os dados obtidos entre 2002 e 2009 pelo monitoramento conduzido no rio das Antas-RS. Ordenação resultante do eixo 1 (DCA 1) e 2 (DCA 2) (A) e médias dos escores (± erro padrão: EP) paras três diferentes trechos da bacia, delimitados conforme o reservatório mais próximo (CA: Castro Alves; CA Trib.: córregos próximos a Castro Alves; MC: Monte Claro; MC Trib.: córregos próximos a Monte Claro; QJ: 14 de Julho; QJ Trib.: córregos próximos a 14 de Julho; Antas: trecho inferior do baixo rio das Antas, abaixo da UHE de 14 de Julho), para o eixo 1 (DCA 1; B) e 2 (DCA 2; C). 5 Padrões de variação na composição e riqueza 35

52 Essas diferenças entre os córregos parecem estar associadas a processos geomorfológicos da região, uma vez que ela é muito fragmentada (presença de corredeiras e quedas), sendo o mais evidente o Cachoeirão, localizado abaixo da UHE Castro Alves. Desta maneira, os riachos localizados acima dessa barreira apresentam composição de ictiofauna distinta dos demais. As espécies que mais explicaram as tendências verificadas no eixo 1 foram, positivamente, Heptapterus sp. (r=0,62), H. mustelinus (r=0,60), A. laticeps (r=0,43) e Hypobrycon sp. (0,32). Essas espécies tiveram maior ocorrência nas amostragens conduzidas nos riachos. Por outro lado, as espécies com correlação negativa foram C. alburnus (r=-0,42), S. bionarta (r=-0,36), G. gymnogenys (r=-0,35), O. jenynsii (r=- 0,35), H. punctulatus (r=-0,32), A. henseli (r=-0,31), P. pintado (r=-0,31) e L. anus (r=-0,30). Essas espécies tiveram maior ocorrência nas amostragens conduzidas ao longo do rio das Antas (rio e reservatórios). Para o eixo 2, as espécies mais correlacionadas positivamente foram P. pintado (r=0,44), R. quelen (r=0,42), H. commersoni (r=0,41), G. carapo (r=0,37) e H. malabaricus (r=0,37). Essas espécies tiveram maior ocorrência nas amostras posicionadas na parte superior da ordenação e da bacia. Por outro lado, as correlacionadas negativamente com esse eixo foram D. speculiferum (r=-0,58), C. alburnus (r=- 0,46), Diapoma sp. (r=-0,44), H. jacuiensis (r=-0,44) e B. iheringii (r=-0,39). Essas espécies tiveram maior ocorrência nas amostras posicionadas na parte inferior da ordenação e da bacia. De maneira geral, todas as espécies correlacionadas com o eixo 2 tiveram maior ocorrência no rio das Antas e reservatórios. As tendências evidenciadas pela DCA ficam mais evidentes quando são analisadas as variações na riqueza de espécies (Fig. 6). Dessa maneira, a média da riqueza de espécies verificada nos córregos da região da UHE Castro Alves é menos da metade da média obtida para os córregos da UHE 14 de Julho, sendo aqueles na região da UHE Monte Claro em posição intermediária. Merece destaque a maior riqueza média de espécies por amostra nos trechos mais inferiores da região estudada (córregos da 14 de Julho e rio das Antas abaixo dessa barragem). RIQUEZA DE ESPÉCIES Média Média±EP 2 CA CA - Trib MC MC - Trib QJ QJ - Trib Antas REGIÃO Figura 6 Média da riqueza de espécies por amostra nas diferentes regiões amostradas entre 2002 e 2009 no baixo rio das Antas (CA: Castro Alves; CA Trib. córregos próximos a Castro Alves; MC: Monte Claro; MC Trib.: córregos próximos a Monte Claro; QJ: 14 de Julho; QJ Trib.: córregos próximos a 14 de Julho; Antas: trecho inferior do rio das Antas, abaixo da UHE 14 de Julho) Padrões de variação na composição e riqueza

53 Conclui-se, portanto, que a ictiofauna registrada nos diversos córregos da região apresenta-se altamente variável e distinta daquela do rio das Antas e tributários maiores. Dentre os riachos, os da região da UHE Castro Alves foram os mais distintos, aparentemente como resultado de processos regionais (geomorfológicos), pois estão localizados acima da região do Cachoeirão. 5 Padrões de variação na composição e riqueza 37

54

55 6 Reservatórios e padrões de variação de riqueza de espécies

56

57 Para avaliar as tendências de variação espaçotemporal na composição e riqueza de espécies no rio das Antas, as coletas de riachos foram removidas, sendo os dados das amostras dos demais ambientes sumarizados em uma ordenação. Nesse caso, como não foi observado o efeito de arco, optou-se pela análise de correspondência (CA), que apresentou autovalores de 0,24 e 0,13, para os eixos 1 e 2, respectivamente. Como a ênfase da análise é sobre esses possíveis padrões de variação, os escores foram analisados considerando diversas possibilidades, ou seja, i) variações espaciais ao longo do rio das Antas, considerando os trechos da bacia com influência dos distintos reservatórios e aquele não represado a jusante da UHE 14 de Julho; ii) variações antes dos represamentos fase Pré; iii) variações após os represamentos fase Pós 1; e iv) um estudo mais detalhado da UHE Monte Claro, para a qual o monitoramento foi mais extensivo, abrangendo as fases denominadas Pós 1, Pós 2 e Pós 3. Essa última análise foi feita para ter uma descrição de como foi o processo de acomodação das espécies no reservatório e que pode acontecer nos demais. Para todas essas análises, a ordenação foi a mesma, diferenciando apenas como os escores foram analisados, ou seja, considerando diversos fatores. 6.1 VARIAÇÕES ESPACIAIS A ordenação feita sem os dados obtidos nos riachos permitiu uma melhor avaliação das tendências da composição da ictiofauna nos diversos reservatórios e trecho inferior do baixo rio das Antas (Fig. 7A). Assim, grande parte das amostras da região da UHE Castro Alves apresentou tendência de se posicionar mais a esquerda e inferior, enquanto as amostras da UHE Monte Claro e trecho inferior do baixo rio das Antas ficaram em posição intermediária daquelas da de 14 de Julho, que se concentraram na parte inferior direita. Essas tendências são mais evidentes quando analisadas as médias dos escores para cada região considerada. Para o eixo 1, o maior valor médio foi verificado para as amostras da 14 de Julho e o menor para a Castro Alves (Fig. 7B). Para o eixo 2, as maiores médias foram para a 14 de Julho e trecho inferior do rio das Antas e menor para a UHE Castro Alves (Fig. 7C). As médias da riqueza de espécies nas amostras obtidas nas diversas regiões consideradas não variaram acentuadamente, com menor valor para a Castro Alves (9,7 espécies) e maior para o trecho inferior do rio das Antas (12,2 espécies) - (Fig. 8). Essas tendências, refletidas na análise por trechos do rio das Antas, demonstradas anteriormente (Fig. 4), são esperadas quando são considerados trechos relevantes ao longo de rios. No presente caso, a barreira representada pelo Cachoeirão acentua essas diferenças, especialmente em relação ao trecho a montante. 6 Reservatórios e padrões de variação de riqueza de espécies 41

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