Conhecimento ecológico tradicional de pescadores artesanais sobre o pirarucu (Arapaima gigas) em Aruanã-GO

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1 Conhecimento ecológico tradicional de pescadores artesanais sobre o pirarucu (Arapaima gigas) em Aruanã-GO Murilo de Lima Arantes-PIVC, Dr.ª Hélida Ferreira da Cunha Universidade Estadual de Goiás, UnUCET CEP: , Anápolis- Brasil murilo_arantes@hotmail.com; cunhahf@yahoo.com.br Palavras-Chave: Conhecimento Ecológico Tradicional, Pescadores artesanais, Arapaima gigas, Araguaia. 1 INTRODUÇÃO O conhecimento ecológico tradicional (TEK) é um conjunto de informações que se acumulam pelo empirismo ou devido às crenças locais ou pessoais e que evolui por processos adaptativos através das gerações por transmissão cultural (Johannes, 1981; Berkes, 1999). Este conhecimento, assim como as populações humanas que os detêm, é diverso e dinâmico e está constantemente se adaptando e se aprimorando em resposta às pressões culturais modernas (Cunha, 1999; Campos, 2002; Hanazaki, 2003). Em comunidades de pescadores é comum que o acúmulo de habilidades cognitivas sobre ecologia, história natural e classificação dos peixes influenciem práticas culturais e estratégias de pesca como resultado de interações entre gerações de pescadores e os ambientes de pesca (Maldonado, 2000; Silvano, 2001). A transmissão do conhecimento ecológico entre pescadores artesanais ocorre de maneira informal principalmente através da observação visual e da imitação das práticas desenvolvidas por pescadores mais experientes. (Ferri, 1997; Grenier, 1998). A comparação entre o conhecimento adquirido pelos pescadores e aquele gerado por cientistas (conhecimento êmico x ético) é um dos objetivos principais em muitos estudos etnoictiológicos (Begossi & Garavello, 1990; Silvano, 2004). Quando estes conhecimentos são usados de modo apropriado e complementar, fornecem uma ferramenta poderosa para manejar recursos naturais de forma sustentável (e.g. 1

2 Castello, 2004). Além disso, eles fortalecem a cultura local e a organização social em comunidades de pescadores, que enfrentam problemas ambientais e de gestão política dos recursos (Daniels & Vencatesan, 1995; Ruddle, 1998). Reservas extrativistas de pescadores podem ser bons exemplos da incorporação do conhecimento ecológico local no manejo das espécies de maior importância econômica para as comunidades e de seu envolvimento em estratégias de manejo (Diegues, 2004). Estas reservas são áreas de domínio público, que permitem que as populações extrativistas tradicionais possam dar continuidade ao seu modo de vida, ao invés de deixar estas áreas em virtude do desmatamento e pressões provenientes de outras atividades (Fearnside, 1989). A criação da Reserva Extrativista Lago do Cedro no Rio Araguaia tem como propósitos reverter a política pesqueira convencional e preservar o Pirarucu, além de conservar uma área de grande biodiversidade (Calaça, 2009; Villanueva, 2009) e ao mesmo tempo assegurar os meios de produção e a economia das populações locais (Kainer & Duryea, 1992). Desta forma, o objetivo deste trabalho é registrar o conhecimento empírico que os pescadores da região de Aruanã-GO possuem sobre o pirarucu e compará-lo com o conhecimento científico. 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais A cidade de Aruanã O estudo foi realizado na cidade de Aruanã no oeste do estado de Goiás, localizada 310 km de Goiânia na margem direita do rio Araguaia. A cidade de Aruanã possui habitantes e é bastante conhecida por turistas que freqüentam as praias do Rio Araguaia (IBGE, 2007). O entorno da cidade é composto por fazendas com vários tipos de usos de solo, mas predomina a presença de pastagens, o que promove a fragmentação intensa da paisagem nas proximidades e 2

3 até mesmo dentro da RESEX (Villanueva, 2009). A planície aluvial do rio Araguaia apresenta dinâmicas semelhantes às planícies de várzea em ambientes amazônicos, com períodos de cheia e seca, que provocam o alagamento da planície entre os meses de novembro a março, quando os lagos se interligam. No período de estiagem, entre os meses de abril a outubro, a água recua formando os lagos que podem ser perenes ou não-perenes, isolados ou com alguma nível conectividade com o rio e lagos vizinhos. A dinâmica sazonal condiciona rica fauna e flora, caracterizada pela vegetação densa, nas proximidades das principais drenagens e dos campos limpos nas áreas inundáveis. A paisagem dos lagos é o berçário natural para sobrevivência e reprodução do Pirarucu (IBGE, 1981; Galinkin, 2002; Santos, 2007) Pescadores Artesanais A Pesca Artesanal é caracterizada por hábitos e costumes bastante arraigados culturalmente para captura de um grande número de espécies, e geralmente os pescadores trabalham sozinhos e/ou utilizam mão-de-obra familiar ou não assalariada, explorando ambientes ecológicos próximos às comunidades. A pesca artesanal é de grande importância para a produção pesqueira nacional, cerca de 60% de toda a produção extrativa nacional é proveniente desta atividade (Diegues, 1973; Cardoso, 2001). Nos rios Araguaia e Tocantins cinco tipos distintos de pescadores exploram a ictiofauna (pescadores de subsistência, profissionais locais, profissionais barrageiros, indígenas e esportistas), com estratégias distintas e uma grande variedade de métodos de captura. Na cidade de Aruanã dentre os pescadores listados, a maioria é de pescadores de subsistência que praticam a pesca de pequena escala (Ribeiro et al., 1995; MMA, 1997). Na cidade existem três Associações de Pescadores e Barqueiros (ASPEGA, ABA, ABGERA) e está sendo criada uma colônia de pescadores com o apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura MPA. Muitos barqueiros realizam a pesca de subsistência, trabalham como guia de pesca atendendo aos turistas que praticam a pesca esportiva e na época do 3

4 defeso alguns pescadores trabalham como pedreiros e em lavouras na região. (Lima, 2009; Villanueva, 2009) Pirarucu O Pirarucu (Arapaima gigas) espécie que será foco do manejo ocorre na América do Sul no Peru, Colômbia, Equador, Guiana e no Brasil nas bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins (Arantes, 2009; Hrbek et al. 2005; Goulding, 2003). Esta espécie atinge até 3m e pode pesar até 200 kg o que a torna um dos maiores peixes de água doce do Brasil (Queiroz, 2000). O nome popular Pirarucu tem origem na cultura indígena e significa peixe (pira) e vermelho (urucu), em referência à coloração de suas escamas (Fontenele, 1948). Pirarucus são encontrados preferencialmente em lagos, onde abrigam-se, forrageiam e nidificam sob troncos caídos ou vegetação flutuante. Seu hábito alimentar é essencialmente carnívoro e se constitui de peixes, camarões, caranguejos e insetos (Queiroz & Sardinha, 1999; Queiroz, 2000). 2.2 Metodologia A coleta de dados em campo foi feita através da aplicação do questionário constituído por 65 questões (estruturadas e semi-estruturadas) que abordaram os aspectos socioeconômicos, as características gerais da atividade pesqueira e o conhecimento ecológico tradicional local utilizado para captura do pirarucu. Além disso, informações sobre o histórico e a situação atual da pesca do pirarucu também foram registrados. Testes em laboratório foram feitos para avaliar a aplicabilidade dos questionários e 3 questionários foram aplicados à pescadores em campo durante um teste piloto em julho de 2009 na cidade de Aruanã-GO. As entrevistas foram pessoais com os pescadores e utilizou a metodologia da bola-de-neve, em que alguns pescadores previamente identificados e entrevistados apontaram os outros próximos a serem entrevistados (Bernard, 1995). Quatro amostragens foram feitas em Aruanã-GO e no total 1 pescadora e 47 4

5 pescadores foram entrevistados entre os meses de julho de 2009 à abril de Cada questão gerou no mínimo uma variável possibilitando a inclusão de 117 informações dos questionários na planilha de dados brutos por pescador. As informações disponíveis na literatura científica sobre a biologia, ecologia e manejo do Pirarucu foram organizadas de acordo com as temáticas abordadas em cada questão para possibilitar a comparação entre o conhecimento êmico e ético Análise dos dados Para comparar o conhecimento êmico dos pescadores sobre o pirarucu ao conhecimento ético descrito na literatura, cada resposta individual sobre biologia, ecologia e manejo de pirarucu foi comparada ao conhecimento científico (ético). A cada resposta coerente com a informação científica atual foi computado um acerto. A porcentagem de acertos de cada questão também serviu para avaliar quais questões tiveram a maior quantidade de acertos e quais tiveram a maior quantidade de erros. Para saber se fatores pessoais e profissionais influenciam o conhecimento ecológico tradicional que os pescadores possuem sobre o Pirarucu. Foi usada uma análise de regressão linear múltipla usando como variável dependente o n.º de acertos e como variáveis independentes a idade, o tempo dedicado a pesca, a renda, número de alternativas econômicas e o número de anos que frequentou a escola. Uma análise de variância ANOVA foi utilizada para verificar a diferença entre os valores médios das rendas para as três ocupações mais frequentes entre os pescadores. Para analisar se existe diferença entre as médias do número de acertos dos pescadores mais novos (<40anos) e os pescadores mais velhos ( 40anos) foi feita uma análise de variância Teste t para amostras independentes. Para verificar se o uso das tralhas e os hábitos de pesca envolvidos na captura do Pirarucu foram alterados após as modificações na legislação estadual pesqueira de 1997, as tralhas de pesca que cada pescador utilizava há 10 anos 5

6 foram comparados com as tralhas utilizadas atualmente. Uma análise de variância Teste t pareado testou as médias da quantidade de tralhas utilizadas antes e depois das alterações na legislação. 3 RESULTADOS 3.1 Informações profissionais Em média os pescadores de Aruanã-GO possuem uma renda mensal de R$1057,60 (±635,16). De maneira geral, a ocupação profissional de guia de pesca é a primeira opção de renda para muitos pescadores (41,6%) e gera a maior renda média mensal R$ (± R$356,73) dentre as ocupações citadas. A segunda alternativa de renda mais citada é a de pescador (16,6%). Apesar de ser a segunda mais citada, esta ocupação permite uma geração de renda média mensal de R$512,00 (± R$268.15) que é a terceira maior renda média. Por fim, a terceira opção de renda mais utilizada (14,6%) e a segunda mais rentável é a de pedreiro para dos pescadores, cuja a renda média mensal é de R$711,00 (± R$383,96). A partir do teste de variância ANOVA, a diferença observada entre as rendas médias das 3 ocupações mais citadas pelos pescadores como primeira opção de renda foi significativo (p=0,018; α=0,05). Uma pequena parte dos pescadores profissionais entrevistados (31,2%) possui apenas uma fonte de renda que em geral é de guia de pesca para 47% deles ou de pescador profissional para 30%. A maioria dos pescadores (56,2%) possui duas fontes de renda e as ocupações mais freqüentes para estes pescadores foram de guia de pesca e pedreiro. Apenas seis pescadores entrevistados declararam possuir três fontes de rendas (12,5%). Do total de pescadores entrevistados, apenas 14 possuem renda fixa principalmente como caseiros em chácaras e residências na cidade de Aruanã-GO (50%) ou oriunda de aposentadoria (30%). 6

7 3.3 Atividade pesqueira Anais do VIII Seminário de Iniciação Científica e V Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação Apenas três dos pescadores entrevistados (6,3%; N=48) declararam que não se dedicam mais a atividade pesqueira. Dentre os pescadores ativos a maioria informou que pesca com turistas (75%), pesca para comer (62,5%) e que pescam também profissionalmente (54,1%). Aqueles que ainda pescam, exercem a atividade pesqueira em média por três dias na semana (±1,9). Contudo, a maioria pescadores profissionais(62,2%) admitiu estar dispostas a abandonar a pesca para se dedicar a outra atividade que possibilite melhor renda. A captura do Pirarucu entre pescadores de Aruanã é frequente, já que 98% dos entrevistados admitiram que os pescadores da cidade ainda capturam o pirarucu e comercializam diretamente aos turistas ou em pousadas e restaurantes locais, principalmente no período de estiagem entre os meses de julho e setembro. Atualmente o valor do quilo de pirarucu para comercialização na cidade varia de R$12,00 a R$15,00 (valor informado entre 06/2009 e 04/2010). 3.4 Conhecimento ecológico local sobre o pirarucu Do total de 619 informações fornecidas pelos pescadores 343 (56%) informações foram corroboradas por trabalhos científicos e 276 (44%) não corresponderam ao conhecimento científico ou o pescador não soube responder. Foram identificados 10 pescadores que obtiveram as maiores porcentagens de acertos (>70%) nas perguntas de Conhecimento Ecológico Tradicional Local (LOTEK) sobre o pirarucu. Os pescadores com idades superiores a 40 anos apresentaram média de 62,1% de acertos, que é significativamente superior a média de acertos dos pescadores com idades inferiores a 40 anos, que foi de 54,1% (p=0,07;α=0,05). Nenhuma das variáveis pessoais (idade, renda e escolaridade) e profissionais (tempo de pesca e renda) é significativa para explicar as variâncias entre a número de acertos obtidos pelos pescadores entrevistados. Apenas questões de conhecimento empírico sobre os hábitos alimentares e o local preferido pelos pirarucus no período da seca obtiveram mais de 90% de 7

8 acertos. Cerca de 83% dos pescadores informaram corretamente quais são as espécies potenciais predadoras do pirarucu em ambiente natural e 67% informaram uma época de reprodução condizente com o período reprodutivo descrito para o Pirarucu na literatura para a bacia do Rio Araguaia. Os aspectos ecológicos que indicam a preferência dos pirarucus por alguns lagos, estrutura do ninho, forma de reprodução, descrição das alterações morfológicas reprodutivas em machos e fêmeas da espécie e as características individuais apresentadas pelos pirarucus, que possibilitem a sua distinção em um lago, obtiveram uma baixa porcentagem de acertos (< 40%). A diferença entre as médias do número de tralhas utilizadas antes da proibição da pesca (média=1,41) e o número de tralhas possivelmente utilizadas atualmente (média=1,1) é significativa (p=0,02; N=48). O Arpão antes da lei era a tralha mais utilizada por 81,2% dos pescadores, porém atualmente foi substituído pela preferência de uso da rede, que foi citada como primeira opção para uma possível captura do pirarucu por 62,5% dos pescadores. Antes da promulgação da lei (n.º de 13/01/1997) apenas 10 pescadores utilizavam rede e atualmente apenas sete pescadores utilizariam o Arpão (Figura I). Figura I Número de citações dos tipos de tralhas de pesca utilizadas pelos pescadores da cidade Aruanã antes da promulgação da Lei (n.º ) e as tralhas que utilizariam caso fossem pescar atualmente. Os horários que eram utilizados pelos pescadores para captura do pirarucu antes das modificações na lei em 1997 é bastante diversificado, porém, a 8

9 maioria (35,4%) preferiam capturá-lo de dia e apenas 14,5% saiam para capturá-lo no período da noite. Atualmente o horário preferencial entre os pescadores caso fossem capturar o pirarucu é no período da noite para 38% dos pescadores e apenas 16,6% ainda preferem capturá-lo de dia (Figura II). Portanto, a hipótese que o uso das tralhas para captura do pirarucu e os hábitos envolvidos para tal captura foram alteradas após as modificações na legislação estadual da pesca em 1997 foi corroborada. Figura II Número de pescadores e os respectivos horários preferenciais para captura do pirarucu antes da promulgação da Lei (n.º ) e os horários preferenciais caso fossem pescar atualmente. Para 50% dos pescadores, o local preferido pelos pirarucus no período da cheia são as partes alagadas das florestas próximas aos sistemas lacustres, também conhecidas por vazantes ou várzeas. A maioria dos pescadores (91,6%; N=48) afirma que o peixe prefere os lagos no período da seca que estão mais isolados, com maior concentração de peixes, mais profundos e com vegetação flutuante. Tabela V - Lagos com maior abundância de pirarucu de acordo com a informação dos pescadores potenciais usuários da RESEX Lago do Cedro. 9

10 Nome local do lago N o. de citações Cangas 7 Cedro 6 Pedra 5 Azul 4 Redondo 4 Feio 3 Capim 3 Revólver 3 Mata Coral 2 Macacão 1 João Alves 1 Não informaram 9 4 DISCUSSÃO O rio Araguaia e seus recursos são importantes para os pescadores residentes na cidade de Aruanã-GO, já que mais de 70% dos pescadores ainda dependem diretamente do rio para subsistência. A pesca artesanal, que persiste na região da cidade de Aruanã-GO envolve vários aspectos de ordem social, econômico e cultural, os quais influenciam de modo direto ou indireto no desenvolvimento da atividade pesqueiro na região. As atividades relacionadas à pesca e ao turismo sustentam a economia dos pescadores de Aruanã-GO. A principal fonte de renda dos pescadores da região é proveniente do turismo pesqueiro, principalmente do trabalho como guia de pesca realizado com pescadores amadores e do trabalho como pedreiros. Cerca de 54,1% dos entrevistados dependem diretamente da pesca profissional para sobrevivência, os pescadores persistem nesta atividade, mesmo sendo esta uma atividade que passou a ser ilegal após a promulgação da lei (n.º ). Apesar de não ser uma atividade tão lucrativa quanto às atividades de guia de pesca e pedreiro, a pesca profissional ainda ocorre e representa mais de 16,6% da renda total gerada pelos pescadores da cidade. A pesca em ambientes naturais, seja profissional ou esportiva, é essencialmente extrativista, na medida em que outros usos da terra se intensificam (agricultura, pecuária, mineração, etc.), há uma gradativa perda de qualidade 10

11 ambiental, ao menos no Brasil, o que afeta tremendamente o potencial de reposição ou capacidade de suporte do sistema, chegando em muitos casos, a responsabilizarem exclusivamente os pescadores pela redução dos estoques pesqueiros de um dado ambiente. Dessa forma, temos muitas vezes interpretações equivocadas dos reais motivos da redução dos estoques pesqueiros e uma demanda por parte de governantes para o fechamento principalmente das atividades de pesca profissional (Resende, 1997). A proibição como medida de manejo é uma forma equivocada de controle do estoque, visto que não impede a continuidade da atividade quando ela é uma importante atividade profissional e representa uma fonte de renda indispensável, como é o caso da pesca artesanal realizada profissionalmente pelos pescadores de Aruanã-GO. Além disso, a proibição da pesca impossibilita que as informações provenientes da própria pesca sejam utilizadas como subsídio para definição de estratégias de manejo, sendo essa a principal consequencia negativa da utilização deste modelo de gestão. Por esta razão, não existem informações sobre os estoques pesqueiros e desembarque desde que a Lei foi promulgada o que dificulta o início de implantação de práticas de co-manejo no estado de Goiás (Lima, 2009). A captura do pirarucu em Aruanã-GO aumenta principalmente no período de estiagem, momento em que os peixes se concentram nos lagos, onde estão mais suscetíveis a captura pelos pescadores, este período coincide com a época de maior fluxo turístico no rio Araguaia. Para a maioria dos pescadores entrevistados (79%) o turista praticante da pesca esportiva não visita o rio Araguaia com o objetivo de capturar o pirarucu. Porém a presença dos turistas na cidade promove o aumento da comercialização do Pirarucu, conforme afirmaram seis pescadores entrevistados. Já que 98% destes admitiram que os pescadores de Aruanã capturam o Pirarucu para comercializarem diretamente aos turistas ou em pousadas e restaurantes locais, com valor médio de R$15,00 o Kg. Com o aumento no número de turistas na cidade é esperado que ocorra um aumento na procura pela carne do pirarucu. O conhecimento ecológico local exibido pelos pescadores de Aruanã-GO sobre o pirarucu foi de modo geral condizente com as informações derivadas dos 11

12 estudos da biologia, ecologia e manejo do pirarucu. Em especial, as informações fornecidas sobre hábitos alimentares e o hábitat preferencial no período da cheia, obtiveram o maior número de correspondência. Os conhecimento sobre os hábitos alimentares podem ser explicados pela prática dos pescadores na utilização de iscas para captura da espécie, já que a linhada, a pinda, o espinhel e a bóia, são tralhas preferenciais para 13,2% dos pescadores e necessitam de iscas. Para Marques (1995) o pescador tradicional conhece o item alimentar de cada peixe pelo contato do dia-a-dia, tanto pela observação ou devido à utilização de isca apropriada para a captura, uma vez que a inserção correta do item alimentar/isca otimizará o esforço da pesca. Mesmo que 92% dos pescadores tenham citado pelo menos um item da dieta alimentar do pirarucu com correspondência na literatura, alguns itens informados como frutos e restos de comida não fazem parte da dieta do peixe, mas são utilizadas como iscas para captura de um grande número de outras espécies. As alterações na legislação foram determinantes para que o arpão, que era a tralha de pesca tradicionalmente utilizada pelos pescadores na captura do pirarucu, deixasse de ser a tralha mais utilizada atualmente, caso fossem pescar. A captura do pirarucu com Arpão é realizada durante o dia, por que o pescador precisa visualizar o peixe quando este vem à superfície para respirar e exige do pescador habilidades específicas. Antes da lei os pescadores capturavam preferencialmemte o pirarucu de dia utilizando o arpão e atualmente o peixe é capturado no período noturno com redes de emalhar. A pesca noturna com redes parece ser a forma mais eficiente para burlar eventuais fiscalizações que ocorrem principalmente nos meses de maior fluxo turístico e consequentemente de maior consumo da espécie, já que o pescador pode deixar a rede instalada e se esconder com mais facilidade nas margens dos lagos. Do ponto de vista ecológico, a utilização redes de emalhar com malhas de tamanhos inferiores a 30mm podem ocasionar o aumento na captura de juvenis, interferindo diretamente no ciclo reprodutivo da espécie. Apesar da proibição da pesca profissional e do envolvimento cada vez maior dos pescadores em atividades ligadas ao turismo (guias de pesca e pedreiros). Os resultados do trabalho de Lima (2009) indicam que a proibição da atividade de pesca comercial no estado não exerceu influência sobre o conhecimento dos pescadores, uma vez que o conhecimento demonstrado pelos 12

13 pescadores das cidades de Aruanã e Luís Alves em Goiás, que estão proibidos de exercerem sua profissão, são semelhantes ao conhecimento identificado entre pescadores da cidade de Barra do Garças-MT, cuja profissão é regulamentada por lei. Os 11 pescadores que apresentaram as maiores porcentagem de acertos, podem compor o grupo que receberá o treinamento do método de contagem de pirarucu utilizado em Mamirauá. Os próprios pescadores daquela reserva ministram o curso e transmitem parte de seus conhecimentos aos pescadores. Esta prática é uma das características principais do co-manejo, pelo simples fato das informações serem transmitidas e compartilhadas entre os próprios pescadores(castello, et al., 2009). A criação da RESEX Lago do Cedro, que est[a em processo de implanta; a na cidade de aruan a, pode proporcionar o estabelecimento de uma atividade pesqueira com bases sustentaveis e respeitando o modo de vida e o conhecimento dos pescadores. Com um bom acompanhamento técnico-científico de parceiros como o ICMBio, a RESEX pode garantir o uso adequado e democrático dos recursos pesqueiros. Tal parceria evitaria não só a disseminação de práticas inadequadas na pesca, como a captura de juvenis ou interferências no processo reprodutivo da espécie e contribuiria também para o aumento do número de pirarucus nos lagos da RESEX. O aumento da renda provenientes da atividade da pesca profissional manejada na RESEX Lago do Cedro pode garantir a manutenção da cultura de pesca tradicional e dos conhecimentos envolvidos nesta atividade. Além de garantir a manutenção da atividade de pesca profissional entre os pescadores, a criação da RESEX e a implantação de práticas de co-manejo pesqueiros podem aumentar a renda com atividades ligadas ao turismo ecológico. Uma vez que o turismo no rio Araguaia é uma atividade voltada para natureza, o próprio rio Araguaia e seus recursos precisão ser preservados para garantir a continuidade de seu uso e os benefícios econômicos que este ambiente em seu estado natural pode gerar (Ângelo & Carvalho, 2007). Atividades de educação ambiental, turismo recreativo e de pesca amadora, poderiam ocorrer nos lagos, como elementos importantes na aproximação entre a população, os ribeirinhos e o ambiente natural preservado, além de servir como fonte de recursos financeiros 13

14 para manutenção da RESEX (Alves, et al., 2010), desde que essas formas de uso integrem o plano de manejo. 5 CONCLUSÃO Como existe uma proibição da atividade pesqueira profissional no estado de Goiás, a cultura proveniente da prática desta atividade tende a se perder, assim como o conhecimento ecológico dos pescadores associado a ela. Este trabalho pode contribuir para que o Conhecimento Ecológico Tradicional Local (LOTEK) sobre o Pirarucu que ainda persiste entre pescadores residentes em Aruanã-GO não se percam e possibilitem oportunidades para realização de investigações científicas futuras. As alterações identificadas no uso das tralhas e nos hábitos de captura do pirarucu, preferencialmente realizada com redes e no per[iodo da noite, o interesse dos pescadores em abandonar a atividade e os relatos de declínio dos estoques pesqueiros, são indicativos das transformação e perca de conhecimentos ligados. O conhecimento ecológico tradicional apresentado que ainda persiste entre os pescadores, principalmente nos aspectos ligados a reprodução e forrageio da espécie são elementos fundamentais para a gestão sustentável dos recursos, caso ocorra de fato a implantação da Reserva Extrativista Lago do Cedro na Cidade de Aruanã-GO. REFERÊNCIAS ANGELO, P.G. & CARVALHO, A.R. Valor recreativo do rio Araguaia, região de Aruanã, estimado pelo método do custo de viagem. Acta Sci. Biol. Sci., v.29, n.4:, ARANTES, C.C Ecologia do pirarucu Arapaima gigas (Schinz, 1822) na várzea da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Amazonas, Brasil. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus - Bahia. BEGOSSI, A. & GARAVELLO, J.C Notes on the ethnoicthyology of fishemen fron the Tocantins River (Brazil). Acta Amazônica, 20:

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