Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro
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- Vítor Gabriel Amaral Eger
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1 Fundo Para o Meio Ambiente Mundial Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E MUNDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Rio Branco AC, Brasil
2 PROJETO GESTÃO INTEGRADA E SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS HÍDRICOS TRANSFRONTEIRIÇOS NA BACIA DO RIO AMAZONAS, CONSIDERANDO A VARIABILIDADE E A MUDANÇA CLIMÁTICA OTCA/GEF/PNUMA Atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP Relatório Parcial Plano de Trabalho Técnico de Campo Lado Brasileiro Coordenação da Atividade Elsa Renée Huaman Mendoza Consultor Fronika Claziena Agatha de Wit Junho/2013 2
3 PLANO DE TRABALHO TÉCNICO DE CAMPO LADO BRASILEIRO RESUMO EXECUTIVO O objetivo da atividade III.2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP é desenvolver um estudo sobre vulnerabilidade e adaptação dos recursos hídricos frente às alterações climáticas para as comunidades da Região MAP (Madre de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO). Este é o plano de trabalho do técnico de campo do lado brasileiro da bacia hidrográfica do Rio Acre. Neste primeiro produto consta o detalhamento do Plano de Trabalho com a metodologia indicada para a execução das entrevistas e questionários aos representantes comunitários das áreas consideradas críticas da bacia na região transfronteiriça do MAP, indicadas pela coordenação. A metodologia a ser usada durante as viagens de campo será o levantamento e mapeamento de áreas de riscos ambientais in situ com o uso de instrumentos de posicionamento global GPS e a produção de mapas falantes junto com os representantes comunitários. O número de visitas de campo vai depender da quantidade de áreas vulneráveis ao longo da bacia hidrográfica, previamente identificadas com a análise espacial e construção de mapas. Finalmente, os dados levantados em campo serão estruturados em uma base de dados e analisados estatisticamente para o realinhamento do mapa de vulnerabilidade. Este plano de trabalho inclui além da metodologia de trabalho, o plano e cronograma de viagens e prazo. 3
4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 6 CONTEXTO 8 OBJETIVOS 10 ATIVIDADES & PRODUTOS 11 METODOLOGIA 12 CRONOGRAMA DE TRABALHO 15 REFERENCIAS 17 ANEXOS 18 ANEXO I - EXEMPLO ROTEIRO LEVANTAMENTO DE CAMPO ANEXO II ESTRUTURA MAPA FALADO LISTA DE FIGURAS E QUADRAS Figura 1 - Figura 2 - Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru. Esquema ilustrativo dos módulos da metodologia para consecução do Mapeamento de Riscos Ambientais. 4
5 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ANA ARA CEGdRA COER EPSA G.A.M. Cobija GEF GOREMAD IIAP INPE IPAM IRE IRE-C IRE-T MAP MSAR ONG OT OTCA PAT PCD PEMD PLERH-AC PNUMA PPCQ SAT SEMA SENAMHI SIG TerraMA2 UD Agencia Nacional de Aguas Autoridade Regional Ambiental Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais Centro de Operações de Emergência Regional Entidade Prestadora de Serviços de Agua Potável e Esgoto Governo Autônomo Municipal de Cobija Global Environment Facility (Fundo Global para o Meio Ambiente) Governo Regional de Madre de Dios Instituto de investigações da Amazônia Peruana Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia Índice de Risco Ecológico Índice de Risco Ecológico pela soma de ameaças Índice de Risco Ecológico por ameaça individual Madre de Dios-Peru, Acre-Brasil, Pando-Bolívia Mesa de Serviços Ambientais e REDD Organização Não Governamental Ordenamento Territorial Organização do Tratado de Cooperação Amazônica Programa Amazônico Trinacional Plataformas de Coleta de Dados Projeto Especial Madre de Dios Plano Estadual de Recursos Hídricos Acre O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente Plano de Prevenção e Combate às Queimadas Sistema de Alerta Secretaria de Estado do Meio Ambiente Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia Sistema de Informação Geográfica Plataforma de. Monitoramento, Análise e Alerta a Extremos Ambientais Unidade Demonstrativa 5
6 INTRODUÇÃO Em reconhecimento da unidade hidrográfica da Bacia Amazônica e, a fim de atender à necessidade de uma ação coordenada, os países da bacia (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela) assinaram o Tratado de Cooperação Amazônica e criaram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Em 2003, após uma iniciativa da Agência Nacional de Águas do Brasil e com base nos resultados de uma reunião de pontos focais nacionais da Rede Interamericana de Recursos Hídricos, a OTCA, em nome dos países da Bacia Amazônica e em colaboração com a Organização dos Estados Americanos (OEA), solicitou o apoio do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) para ajudar a desenvolver uma proposta de projeto que visa reforçar o marco institucional para iniciar efetivamente a gestão integrada de recursos hídricos na maior bacia hidrográfica do mundo, tendo em consideração a variabilidade e as mudanças climáticas. O projeto "Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia do Rio Amazonas Considerando a Variabilidade e a Mudança Climática", financiado pelo GEF, implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e executado pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), através de sua Secretaria Permanente (SP / OTCA), tem como objetivo fortalecer o marco institucional para planejar e executar, de maneira coordenada e coerente, as atividades para a proteção e gestão sustentável dos recursos hídricos da Bacia do Rio Amazonas. O projeto utilizará mecanismos inovadores de participação como base para a compreensão dos desafios e perspectivas atuais e futuras da GIRH. Tal entendimento servirá de base para o desenvolvimento de um programa sustentável e responsável de capacitação, de fortalecimento institucional, da aplicação de instrumentos econômicos viáveis e importantes avanços nos campos social e econômico. A partir desta base, o projeto proposto irá cumprir os objetivos estratégicos do GEF em relação à resolução de possíveis conflitos transfronteiriços pelo uso dos recursos em tempos de mudanças climáticas e estimular a ação dos países da bacia para uma gestão sustentável dos seus recursos. A região da Bacia Amazônica enfrenta muitos desafios na gestão e uso sustentável dos recursos hídricos e do solo, uma vez que a região experimenta um crescimento socioeconómico e aumento dos fluxos migratórios para a região. A complexidade das questões, juntamente com o ritmo acelerado das mudanças climáticas, requer a implementação de um processo para ajudar a minimizar os riscos associados com a variabilidade climática, o desmatamento e as mudanças climáticas, e os conflitos pelo uso da água e recursos naturais. Neste contexto, o projeto visa desenvolver um Programa de Ações Estratégicas (PAE) para a bacia Amazônica e criar o ambiente necessário para a futura implementação do PAE. Dentro do projeto da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), GEF e PNUMA Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços na Bacia do Rio Amazonas, considerando a Variabilidade e Mudança Climática tem o subprojeto III-2 Prioridades Especiais de Adaptação com a Atividade III-2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP que se encaixa dentro do subprojeto III-2. Para realizar estudos sobre a vulnerabilidade e adaptação dos recursos hídricos devido as alterações climáticas que vem acontecendo nas comunidades da Região MAP (Madre de Dios-PE, Acre-BR e Pando-BO), que é objetivo deste projeto, é necessário a participação de especialistas em diferentes áreas que possam dar suporte com estudos específicos a um maior entendimento da problemática sobre esta temática na região. O levantamento de dados e informações em fontes primárias e secundárias nas áreas consideradas vulneráveis da bacia do Rio Acre em campo é necessário para a formulação de políticas para a adaptação social e 6
7 ambiental à nova realidade que se coloca, especialmente nesta região da Amazônia Sulocidental, cuja complexidade se acentua por ser uma região de fronteira. Ademais, os mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, construídos pelos consultores especialistas em SIG precisam de validação em campo. Para o levantamento de dados e informações e a validação dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, serão realizadas visitas de campo no lado brasileiro da bacia transfronteiriça do rio Acre. Todo o trabalho será documentado através de relatórios, fotografias, mapas falantes e outros recursos. Juntamente com a execução dos trabalhos de campo no lado brasileiro da bacia hidrográfica do rio Acre, a coordenação local da atividade Atividade III-2.2 Adaptação às Mudanças Climáticas na Região Transfronteiriça do MAP será apoiada na organização dos eventos (reuniões de trabalho oficinas, workshops), organização de material e dados, e suporte ao coordenados do projeto. O prazo para a realização dos trabalhos é de seis meses, contados a partir da assinatura do contrato. 7
8 CONTEXTO A Atividade III.2.2 será desenvolvida no âmbito da região transfronteiriça do MAP, na parte alta da bacia do Rio Acre, fronteira do Brasil, com Bolívia e Peru (Figura 1). O técnico para execução dos trabalhos de campo relativos às ações 4.2 e 4.3 da Atividade III.2.2, realizará os trabalhos ao lado brasileiro da parte alta da bacia do Rio Acre. Figura 1. Parte alta da bacia do Rio Acre, na fronteira Brasil, Bolívia e Peru Caracteriza-se por apresentar uma grande diversidade étnico-cultural em uma das áreas de maior biodiversidade da região. Segundo Latuf (2011) a bacia do Rio Acre tem uma área aproximada de km 2, dos quais 88% pertencem ao território brasileiro, 7% ao Peru e 5% à Bolívia. Do território brasileiro, 88% pertence ao estado do Acre e 13% ao estado do Amazonas. Esta bacia apresenta diferentes usos e ocupação do solo, com um processo acentuado de pressão antrópica sobre a floresta, para implantação da pecuária e agricultura. O aumento populacional e as mudanças no uso da terra têm provocado a intensificação dos processos de desmatamento e queimadas transformando a floresta em áreas de pastagem (Reis & Reyes, 2007). Esta bacia tem sido alvo de intensas transformações, com destaque para a construção da Estrada Interoceânica, destinada ao escoamento dos produtos brasileiros para os mercados internacionais, através dos portos peruanos, no Pacífico (Brown et al., 2002). 8
9 Em maio de 2006, através desta iniciativa realizou-se a Oficina Aspectos Legais e Ações Estratégias para Gestão Compartilhada da Bacia do Rio Acre, cujo objetivo principal foi promover o intercâmbio de experiências entre organizações que atuam na região da Bacia do Rio Acre, e facilitar a articulação das instituições brasileiras, bolivianas e peruanas, visando desenvolver mecanismos que possibilitassem a gestão compartilhada dos recursos hídricos nesta bacia hidrográfica. O produto final dessa oficina foi uma carta de recomendação para constituição de um Grupo de Trabalho do Rio Acre nos três países, enviada à Câmara Técnica de Gestão dos Recursos Hídricos Transfronteiriços (CTGRHT), do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Do lado brasileiro foi criado oficialmente o Grupo de Trabalho do Rio Acre em , junto a Câmara Técnica de Gestão de Recursos Hídricos Transfronteiriços, com a finalidade de desenvolver ações que auxiliassem a promoção da gestão compartilhada na bacia do Rio Acre. 9
10 OBJETIVOS Esta atividade compreende o desenvolvimento dos tópicos designados nos objetivos específicos. A tarefa do especialista a ser executada, como descrita, está ligada aos seguintes objetivos específicos da atividade III.2.2, a saber: Estabelecer uma equipe tri-nacional de especialistas para desenvolver e por em prática a atividade de demonstração sobre adaptação; Proporcionar as bases científicas e os dados para avaliar os efeitos das mudanças climáticas na economia regional e na disponibilidade dos recursos naturais da região transfronteiriça do MAP; Avaliar a vulnerabilidade dos recursos hídricos e naturais às mudanças climáticas na região transfronteiriça do MAP. Os objetivos específicos das atividades da consultoria do técnico de campo do lado brasileiro, são os seguintes: Fazer levantamento de dados e informações em campo sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas na bacia na região MAP Acre/Brasil. Fazer a validação em campo dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na região transfronteiriça do MAP Acre/Brasil. Fazer o tratamento estatístico e analítico dos dados de campo Acre/Brasil. 10
11 ATIVIDADES & PRODUTOS Para atingir os objetivos, de acordo com o Termo de Referência, as atividades a serem desenvolvidas pela consultoria são as seguintes. Atividades específicas Elaboração da metodologia detalhada para as entrevistas e questionários aos representantes e lideranças comunitárias das áreas consideradas críticas da bacia na região transfronteiriça do MAP. Visitas e levantamento de dados e informações em campo sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas afetadas pelas secas severas, inundações, deslizamentos e erosão, bem como os contatos com interessados locais, líderes comunitários e autoridades da bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP Acre/Brasil; Validação em campo dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na região transfronteiriça do MAP Acre/Brasil. Tratamento estatístico e analítico dos dados de campo e integração dos dados coletados por outros consultores de Peru, Brasil e Bolívia. Apoio na organização dos eventos (reuniões de trabalho, oficinas, workshops) Organização de material e dados integrados MAP. Suporte ao coordenador do projeto. Produtos O consultor será responsável pela entrega dos seguintes produtos: Produto 1: Plano de trabalho detalhado com a metodologia indicada para a execução das entrevistas e questionários aos representantes comunitários das áreas consideradas críticas da bacia na região transfronteiriça do MAP, indicadas pela coordenação, incluindo além da metodologia de trabalho, plano e cronograma de viagens, dentre outros aspectos que se fizerem necessários para o bom andamento dos trabalhos. 15/06/2013 Produto 2: Relatório contendo o levantamento de dados e informações obtidas no campo sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas na bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP e informações para validação dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na região transfronteiriça do MAP 15/08/2013 Produto 3. Relatório consolidado contendo os dados e informações de campo com tratamento estatístico e analítico e banco de dados organizado e integrado da bacia hidrográfica do Rio Acre região MAP. 15/09/2013 Produto 4. Relatório final consolidado contendo os dados e informação das organizações das reuniões, cursos e outros eventos e acompanhamento das atividades da coordenação local (Atividade III.2.2). 15/10/
12 METODOLOGIA Atividades antrópicas provocam alterações ambientais que geralmente comprometem a integridade dos ecossistemas, levando à diminuição das populações, ou mesmo a extinção local de espécies vegetais e animais, redução da qualidade da água, degradação do meio físico, dentre outros serviços ecossistêmicos importantes para a sociedade (PETRY, et al, 2011). Entender os riscos ecológicos a que uma região está submetida auxilia na tomadas de decisão no que diz respeito a definição de qual tipo de ação é necessária para evitar ou minimizar impactos negativos, quer seja adotando medidas de mitigação ou agindo rapidamente para evitar sua degradação (PETRY, et al, 2011). Neste sentido a análise de vulnerabilidade tem um papel importante para indicar as possíveis áreas de risco que possam ameaçar a saúde dos ecossistemas e a qualidade de vida humana. Para definição de diretrizes e ações de adaptação às mudanças climáticas propõe-se o desenvolvimento de uma análise de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, a partir de dois componentes: o conhecimento das vulnerabilidades de bacia hidrográfica e do seu potencial de resiliência, conforme metodologia adotada pela Rede WWF (Petry et al., 2011), adaptada de Mattson & Argermeier (2007), dentre outros. O envolvimento das comunidades e das lideranças locais possibilitará a validação dos dados e informações obtidos em escritório, bem como a indicação de medidas de mitigação e/ou adaptação para os problemas detectados. Neste sentido faz-se necessário o levantamento de dados de campo através de visitas às áreas críticas da bacia e consultas às comunidades locais sobre a realidade vivenciada, através de questionários e/ou entrevistas semi-estruturadas. A metodologia a ser usada durante as viagens de campo será o levantamento e mapeamento de áreas de riscos ambientais, que faz parte da metodologia do trabalho desenvolvido pelo Governo do Estado do Acre, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente SEMA para identificação, caracterização e mapeamento de áreas de risco com produtos perigosos, em 2009, através do P2R2 Prevenção, Preparação e Resposta Rápida (Figura 2). No módulo 1 da metodologia do P2R2 as seguintes variáveis serão considerados durante o levantamento: atividades potencialmente impactantes, áreas contaminadas, passivos ambientais, sítios frágeis ou vulneráveis e unidades de resposta, tomando por base as seguintes definições operacionais: Atividades potencialmente impactantes (API): compreendem empreendimentos e atividades com potencial de causar danos ambientais. Áreas contaminadas (AC): correspondem às áreas, terrenos, locais instalações e benfeitorias onde se pode comprovar a poluição e contaminação. Passivos ambientais (PA): são áreas contaminadas que põem risco à saúde humana ou ao meio ambiente, através da degradação ambiental. 12
13 Sítios frágeis (SF): são áreas cuja população, suas atividades ou meio ambiente possam ser afetados pela ocorrência de um eventual acidente ambiental. Dentre os sítios frágeis ou vulneráveis estão os assentamentos humanos, unidades de conservação ambiental, área de proteção permanente, aldeias indígenas, entre outros. Unidade de Resposta (UR): é a unidade encarregada por prestar atendimento a um acidente ambiental. As unidades de resposta a acidentes ambientais, embora não proporcionem a atenuação do risco de ocorrência de um acidente, podem, ao menos, contribuir para a minimização dos danos decorrentes. De cada uma das variáveis se coleta em campo o nome, a coordenada (UTM), faz-se o registro fotográfico, uma breve descrição e quando possível, registra-se o agente responsável. Para cada situação encontrada faz-se uma classificação quanto ao risco para a saúde humana e/ou para o meio ambiente. O módulo 2 da metodologia do P2R, a base cartográfica georreferenciada, é de responsabilidade dos especialistas em SIG Figura 2 - Esquema ilustrativo dos módulos da metodologia para consecução do Mapeamento de Riscos Ambientais (Fonte: Adaptado de Acre, 2009) 13
14 O levantamento de campo dos riscos e impactos se da através de viagens contínuas acompanhando o leito principal do rio Acre. As viagens estão indicadas no cronograma de trabalho. Para cada atividade e/ou tipo de área mapeada será feita uma classificação do tipo de risco que pode acarretar ameaças ao meio ambiente, à saúde humana ou a uma atividade econômica (anexo I). Também serão elaboradas mapas falados, uma metodologia participativa que representa uma situação problematizada de uma realidade comunitária. Estes serão elaborados em conjunto com os líderes comunitários na identificação de problemas e propostas de soluções para os mesmos, de uma determinada localidade. A estrutura do mapa falado está apresentada em anexo II. 14
15 CRONOGRAMA DE TRABALHO Quadro 1. Cronograma de execução das atividades por quinzena Atividade 1jun 2jun 1jul 2jul 1ago 2ago 1set 2set Produto 1 Plano de trabalho detalhado com a metodologia indicada para a execução das entrevistas e questionários aos representantes comunitários das áreas consideradas críticas da bacia na região transfronteiriça do MAP, indicadas pela coordenação, incluindo além da metodologia de trabalho, plano e cronograma de viagens, dentre outros aspectos que se fizerem necessários para o bom andamento dos trabalhos. Reunião técnica Consultores SIG/Campo e especialistas Relatório Produto 1 15 Produto 2 Relatório contendo o levantamento de dados e informações obtidas no campo sobre a realidade enfrentada pelas comunidades rurais nas áreas consideradas críticas na bacia do Rio Acre na região transfronteiriça do MAP e informações para validação dos mapas de risco e de vulnerabilidade da bacia do Rio Acre, na região transfronteiriça do MAP Levantamento de dados e informações através de entrevistas dos impactos e dos riscos em campo Validação de mapas de incêndios florestais Validação de mapas de riscos e de vulnerabilidade através de viagem ao largo da bacia de rio Acre Reunião técnica Consultores SIG/Campo e especialistas Relatório Produto 2 15 Produto 3 Relatório consolidado contendo os dados e informações de campo com tratamento estatístico e analítico e banco de dados organizado e integrado da bacia hidrográfica do Rio Acre região MAP. Tratamento estatistico e analitico Relatório Produto
16 Quadro 2: Cronograma de execução por mês Atividade Jun jul Aug Set Out Nov Produto 4 Relatório final consolidado contendo os dados e informação das organizações das reuniões, cursos e outros eventos e acompanhamento das atividades da coordenação local Apoio na organização dos eventos. Organização de material e dados integrados Relatório Produto
17 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ACRE. Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Plano Estadual de Recursos Hídricos: Relatório Consolidado do Plano de Ação(Cap. 5). Rio Branco AC: p. ACRE. Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Identificação e mapeamento de áreas de riscos com produtos químicos perigosos no Estado do Acre: Relatório Síntese / Rosana Cavalcante dos Santos, Coord. Rio Branco AC: p. BROWN, I. F.; BRILHANTE, S. H. C.; MENDOZA, E. R. H. E OLIVEIRA, I. R. Estrada de Rio Branco, Acre, Brasil aos Portos do Pacífico: Como maximizar os benefícios e minimizar os prejuízos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Sul-Ocidental. Integración Regional entre Bolívia, Brasil y Peru. Allan Wagner Tizón y Rosario Santa Gadea Duarte (eds). Editora CEPEI (Centro Peruano de Estudios Internacionales), Lima, Série: Seminários, Mesas Redondas y Conferencias No. 25, p LATUF, M. O. Modelagem hidrológica aplicada ao planejamento dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Acre. Tese de Doutorado em Geografia UNESP, Presidente Prudente, SP MATTSON, K. M.; ARGERMEIER, P. L. Integrating Human Impacts and Ecological Integrity into a Risk-Based Protocol for Conservation Planning. Environment Manage n. 39, p , NASCIMENTO, V. et al. Mapeamento de Riscos Ambientais na Área de Influencia do Igarapé Judia, Acre, Brasil. Trabalho de Conclusão de Curso Pós-Graduação: Perícia e Auditoria em Gestão Ambiental na Uninorte, Maio de PETRY, P. Et al. Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai: Argentina, Bolívia, Brasil e Paraguai. The Nature Conservancy; WWF-Brasil. Brasília, DF: The Nature Conservancy do Brasil, Outubro de REIS, V. L.; REYES, J. F. (Org.). Rumo à gestão participativa da Bacia do Alto Rio Acre. Diagnóstico e avanços. Universidade Federal do Acre UFAC e WWF-BRASIL-World Wildlife Fund
18 ANEXO I - EXEMPLO ROTEIRO LEVANTAMENTO DE CAMPO Data: Local de Saida: H. Saida: H. Chegada: Responsável MAPEAMENTO DE RISCO AMBIENTAL Nome X Y Descrição Agente Responsável Risco 1 ( ) Saúde Humana ( ) Meio Ambiente ( ) Ativ. Econômica 2 ( ) Saúde Humana ( ) Meio Ambiente ( ) Ativ. Econômica 3 ( ) Saúde Humana ( ) Meio Ambiente ( ) Ativ. Econômica 4 ( ) Saúde Humana ( ) Meio Ambiente ( ) Ativ. Econômica 5 ( ) Saúde Humana ( ) Meio Ambiente ( ) Ativ. Econômica 6 ( ) Saúde Humana ( ) Meio Ambiente ( ) Ativ. econômica Tipo ( ) AC, ( ) PA, ( ) SF, ( ) UR ( ) AI ( ) AC, ( ) PA, ( ) SF, ( ) UR ( ) AI ( ) AC, ( ) PA, ( ) SF, ( ) UR ( ) AI ( ) AC, ( ) PA, ( ) SF, ( ) UR ( ) AI ( ) AC, ( ) PA, ( ) SF, ( ) UR ( ) AI ( ) AC, ( ) PA, ( ) SF, ( ) UR ( ) AI Fonte: Nascimento et. al.,
19 ANEXO II ESTRUTURA MAPA FALADO LEVANTAMENTO DE RISCO BACIA DO ALTO RIO ACRE - IMPACTOS ESTRESSOR QUAL É O PROBLEMA? Registro Fotográfico AÇÃO DE ADAPTAÇÃO Uso e ocupação do solo ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO Mapa com pontos georreferenciados do levantamento de risco INSTITUIÇÕES promotoras e parceiras META O QUE QUEREMOS Fonte: Adaptado de Nascimento et. al.,
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