SUMÁRIO PROPOSTA PEDAGÓGICA Maria Cordélia Soares Machado ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 2.
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- Neuza Chaves Borba
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2 SUMÁRIO PROPOSTA PEDAGÓGICA Maria Cordélia Soares Machado ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 2.
3 PROPOSTA PEDAGÓGICA ESPECIAL - CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL Maria Cordélia Soares Machado 1 1. Introdução A região antártica, compreendendo aproximadamente 14 milhões de quilômetros quadrados, exerce profunda influência no clima global e, por conseqüência, nos ecossistemas e na sociedade, em especial, na América do Sul. A questão das mudanças globais trouxe a Antártica para nosso cotidiano, com temas relevantes como, por exemplo, a constatação da destruição da camada de ozônio, ou do derretimento do gelo, ou da existência de climas temperados num passado geológico mais remoto. Em suma, os estudos relativos às mudanças climáticas e influências do ser humano no ambiente antártico são críticos para se compreender a evolução e o estado atual do sistema atmosfera-crosta-gelo-oceano, as conseqüências para os organismos vivos e as conexões com o resto do planeta. Hoje, sabe-se que a Antártica é tão importante quanto a Amazônia para o clima sul-americano. A comunidade científica internacional prepara-se intensamente para o IV Ano Polar Internacional ( ), o qual integrará mais de 60 países, para entender o papel do Ártico e da Antártica no meio ambiente global. O Programa Antártico brasileiro PROANTAR tem como propósito a realização de substancial pesquisa científica na região antártica, com a finalidade de compreender os fenômenos ali ocorrentes e sua influência sobre o território brasileiro. O PROANTAR possui, basicamente, três segmentos: ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 3.
4 1. Logístico: sob a responsabilidade da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar SECIRM, que implementa o apoio logístico às Operações Antárticas. 2. Científico: constituído pelo Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas CONAPA, órgão assessor do MCT para assuntos científicos antárticos e responsável pelo relacionamento interinstitucional com o Comitê Científico da Pesquisa Antártica - Scientific Committee on Antarctic Research (SCAR), e pelo CNPq, órgão responsável pelo fomento e pela coordenação da execução das pesquisas científicas realizadas por universidades e demais instituições de pesquisa. 3. Ambiental: sob a responsabilidade do Grupo de Avaliação Ambiental do Proantar (GAAM), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente O Programa promove, de forma interdisciplinar e interinstitucional, pesquisa na área de Ciências da Terra, Ciências da Atmosfera e Ciências da Vida. Várias disciplinas estão envolvidas na pesquisa antártica, de modo a englobar todos os conhecimentos necessários. Entre elas: Matemática, Química, Física, Biologia, Português, Inglês, Direito e Diplomacia, Geografia, Medicina, Glaciologia, Meteorologia, Telecomunicações, Meteorologia, Astronomia e Astrofísica, Computação, Modelagem e Oceanografia. 2. Ano Polar Internacional O ano de 2007 marcará o 125º aniversário do 1º Ano Polar Internacional ( ), 75º aniversário do 2º Ano Polar Internacional ( ) e 50º aniversário do Ano Geofísico Internacional ( ). As três iniciativas científicas contribuíram, de maneira significativa, para o entendimento de processos globais e estimularam a cooperação científica internacional voltada para a pesquisa das regiões polares da Terra. ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 4.
5 O Conselho Internacional para Ciências (ICSU), co-apoiado pela Organização Meteorológica Mundial, decidiu, em sua 28 ª Assembléia Geral, liderar a organização do IV Ano Polar Internacional (API). O API deverá ocorrer durante o biênio , começando em 01 de março de 2007 e indo até 01 de março de O Grupo de Planejamento do Ano Polar Internacional foi formado para estabelecer o Plano Científico e reuniu as pesquisas coordenadas internacionalmente, que irão focar as mudanças que estão ocorrendo nas regiões polares e analisar sua importância ambiental e econômica para o planeta. O API está funcionando como um ponto focal e organizando instrumentos para novos projetos de pesquisa polar e contará com uma extensa programação de palestras e investigações laboratoriais até Reunirá pesquisadores de diversos países para a realização de estudos multidisciplinares nas regiões do Ártico e da Antártica. Pode-se obter mais detalhes de trabalhos propostos através de um site espacial para o API ( Os países também estão começando a comprometer recursos. O API, portanto, objetiva expandir os limites da pesquisa polar. Junto com estudos como a redução da camada de ozônio e débitos do subsolo permanentemente congelado, existem projetos procurando conhecimentos extensivos dos ecossistemas marinhos e da vida polar. As regiões polares são também regiões ideais para conduzir estudos que desvendem os mistérios do interior da Terra e olhem para o sol e o cosmo, além de explorar avanços tecnológicos modernos, indo de capacidades de sensoriamento remoto por satélite a análises genômicas. Os projetos do API podem mostrar ao mundo porque o que acontece nessas localidades remotas está intimamente ligado ao nosso passado, presente e futuro e eles podem atrair uma nova geração de cientistas para o campo das pesquisas polares. 3. O contexto brasileiro Ao ratificar o Tratado da Antártica, em 1975, o Brasil assumiu compromissos internacionais de realizar substancial pesquisa científica e zelar pela preservação do meio ambiente antártico. ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 5.
6 O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) foi criado pelo Decreto n.º , de As pesquisas brasileiras no âmbito do PROANTAR tiveram início no verão austral de , com a Operação Antártica I. A primeira expedição teve um caráter essencialmente exploratório, em especial na região da península Antártica e ilhas adjacentes. A partir do verão de e, em especial, depois do estabelecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) na Baía do Almirantado, Ilha Rei George, em 1984, e sua posterior ampliação, intenso programa de pesquisas antárticas passou a ser desenvolvido. As atividades científicas brasileiras na Antártica qualificaram o Brasil como membro consultivo do Tratado Antártico, a partir de 1993, e como membro do SCAR. Além destas pesquisas iniciais, novas pesquisas foram implementadas por meio de duas grandes redes, voltadas para: 1. O impacto das mudanças ambientais globais na Antártica e suas conseqüências para o Brasil; 2. A avaliação do impacto ambiental das próprias atividades brasileiras naquela região. Em novembro de 2004, o Grupo de Planejamento do Ano Polar Internacional abriu chamada aos pesquisadores para que enviassem cartas de intenções, nas quais deveriam abordar o tema da pesquisa, os grupos de cooperação e o local de realização. Todas as cartas de intenções recomendadas foram convidadas pelo Grupo a apresentar os projetos de pesquisa detalhados para análise e julgamento. O Brasil conseguiu a recomendação de todos os projetos enviados. Assim, temos hoje vinte e nove propostas brasileiras recomendadas. É importante deixar claro que a participação brasileira efetiva no API ampliará o papel da nação no cenário mundial e poderá aumentar o status do país no sistema jurídico que rege as ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 6.
7 atividades na região antártica, ou seja, o Sistema do Tratado Antártico, ampliando, inclusive, o acesso a dados estratégicos a serem coletados na região. Para isto, a participação brasileira no Ano Polar Internacional necessita de apoio significativo, político e estratégico dos órgãos governamentais para as atividades científicas. 4. Os objetivos do programa O maior objetivo é o envolvimento do sistema educacional brasileiro, para que informe nossos estudantes e a sociedade sobre o que já foi realizado e o estágio atual das pesquisas antárticas brasileiras, e contextualize a importância das atividades e pesquisas antárticas para a vida e a economia do Brasil. Pretende-se ressaltar a necessidade de formação de novas gerações de técnicos e cientistas, mostrar o papel da região polar antártica no meio ambiente brasileiro e, ainda, pesquisar a evolução dos seres vivos naquela região e seu papel para a América do Sul. Objetiva-se, também, mostrar a importância do Ano Polar Internacional e da participação do Brasil neste megaesforço internacional, multiinstitucional e interdisciplinar que aumentará nossa habilidade para detectar mudanças ambientais globais e avaliar suas conseqüências sobre o homem, incluindo as conseqüências socioeconômicas. Temas que serão debatidos no Programa Especial - Ciência na Antártica: a pesquisa brasileira e o Ano Polar Internacional, que será apresentada no programa Salto para o Futuro /TV Escola/SEED/MEC no dia 25 de setembro de 2006: as interações atmosfera-espaço-gelo-oceano controladoras da variabilidade climática no Brasil; o oceano austral e seu papel no clima e na previsão meteorológica e no Brasil; ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 7.
8 o impacto das mudanças globais na Antártica e as conseqüências para o Brasil, em particular sobre o aquecimento global e o conseqüente derretimento do gelo; a diversidade, a abundância e a distribuição da vida marinha, de microorganismos a mamíferos; a evolução da vida no ambiente marinho da Antártica; as adaptações fisiológicas ao frio importantes para a medicina e no desenvolvimento de bioprodutos; as investigações geofísicas e geológicas visando ao entendimento da sua influência atual na margem continental brasileira e no passado geológico; a relevância da Antártica no planeta, em especial para a América do Sul e no cotidiano socioeconômico brasileiro. Nota: 1 Doutora em Oceanografia Biológica pela Universidade de Paris VI. Analista de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). É Coordenadora para Mar e Antártica da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (SEPED/MCT). Consultora deste programa especial. ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 8.
9 Presidência da República Ministério da Educação - MEC Secretaria de Educação a Distância - SEED TV ESCOLA SALTO/PARA O FUTURO Diretoria do Departamento de Produção e Capacitação em Educação a Distância Coordenação Geral de Produção e Programação Coordenação Geral de Capacitação Supervisora Pedagógica Rosa Helena Mendonça Coordenadora de Utilização e Avaliação Mônica Mufarrej Copidesque e Revisão Magda Frediani Martins Diagramação e Editoração Equipe do Núcleo de Produção Gráfica de Mídia Impressa Gerência de Criação e Produção de Arte Consultora especialmente convidada Maria Cordélia Soares Machado salto@tvebrasil.com.br Home page: Rua da Relação, 18, 4º andar. Centro. CEP: Rio de Janeiro (RJ) Setembro 2006 ESPECIAL-CIÊNCIA NA ANTÁRTICA: A PESQUISA BRASILEIRA E O ANO POLAR INTERNACIONAL. 9.
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