Discussão Importante entre um Cético e um Aquecimentista. Prefácio

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1 Discussão Importante entre um Cético e um Aquecimentista Prefácio Apresentamos, neste exemplo, uma discussão publicada em jornais e na revista da Ciência. Neste caso, o jornal abriu mão e, diferindo dos demais, permitiu que uma opinião divergente fosse apresentada ao público brasileiro. As discussões, a seguir, foram publicações do Prof. José Carlos de Azevedo, ex-reitor da Universidade de Brasília, no jornal Folha São Paulo, iniciando com o título Iludindo o Público. Imediatamente, a ala aquecimentista rechaçou a publicação, com argumentos um tanto esquizofrênicos de Jefferson Simões, intitulado glaciologista ou paleoclimatologista, que afirma categoricamente que o Prof. Azevedo não sabe do que está falando, em seu artigo Clima: quem está iludindo o público?, publicado no mesmo jornal e na revista eletrônica Jornal da Ciência! Ora, Simões teima, em seu artigo, em dizer que o fadado Taco de Hóquei, criado pelo paleoclimatologista Michael E. Mann, é válido, mesmo depois do próprio IPCC dizer que as incertezas sobre ele eram grandes. Além de tudo, defende um algoritmo que foi desmascarado por diversos pesquisadores, como Dr. Edward J. Wegman, um super especialista em modelos estatísticos computadorizados. No algoritmo, os valores que representassem aquecimento recebiam pesos (ou, se preferir, eram multiplicados, indiscriminadamente) por valores da ordem de 200. Desta maneira, é muito fácil inflacionar os processos. O estranho foi ver Simões, no 8º Simpósio Brasileiro de Climatologia Geográfica, continuar a insistir no fato! Aqui, nem sequer comentaremos sobre as geleiras e vulcões, pois deixaremos para o momento certo. Um vez que a discussão se perpetuou, o Prof. Azevedo teve direito de resposta pelo mesmo jornal. A tréplica recebeu o seguinte título: É fato, estão iludindo o Público. Neste caso, demostrou mais uma vez que a ala aquecimentista teima, a todo custo, condenar o dióxido de carbono (vou escrevêlo aqui, já que o símbolo CO2 já se tornou uma entidade e que nem sequer respeita mais as regras da Química em sua representação, ou seja CO 2 ). Vejamos os artigos neste material de aula, mas antes de apresentá-los, ressalto mais uma vez que o número de incertezas dos processos climáticos estão muito longe de serem entendidos. Se assim o fossem, o mundo seria totalmente determinista! Notamos mesmo que falta ainda, muito estudo destes especialistas. Ora não sabem o que é Ciência, ora não sabem muito menos o que é Filosofia. Então fica a frase: A ÚNICA COISA QUE É CERTA É A INCERTEZA!

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3 Jornal da Ciência Clique na capa abaixo para ver as matérias principais Notícias Quinta-Feira, 10 de julho de 2008 JC 3551, de 10 de Julho de Clima: quem está iludindo o público?, artigo de Jefferson Cardia Simões Atribuir as glaciações e interglaciações à passagem do Sol pela Via Láctea é um absurdo Anterior 8. Mudança climática assimétrica, artigo de Otaviano Canuto Próxima 10. Irã testa mísseis de longo alcance Índice de Noticías Jefferson Cardia Simões, doutor em glaciologia pela Universidade de Cambridge (Inglaterra), é professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), pesquisador do CNPq e consultor da National Science Foundation (EUA). Artigo publicado na Folha de SP : - imprimir - enviar - comentário Charges Ao ler o artigo do Dr. Azevedo publicado nesta Folha ("Iludindo o público", "Tendências/Debates", 1º/7), fiquei estupefato com o número de erros e generalizações infundadas sobre a ciência do clima que mereceriam uma longa resposta. Concentrarei meus comentários nas questões que envolvem minha área de investigação: a glaciologia e a paleoclimatologia polar. Veja mais Devo, no entanto, chamar a atenção para o fato de que as conclusões do IPCC não são baseadas somente em modelos matemáticos, conforme o autor dá a entender, mas também em observações da variabilidade e mudança do clima em diferentes escalas do tempo, da química e da dinâmica atmosférica e dos oceanos obtidas pela ciência da paleoclimatologia. Três pontos me chamaram a atenção -e demonstram o total desconhecimento do Dr. Azevedo sobre os estudos paleoclimáticos e da química atmosférica. O exemplo mais notório é o de quando ele desqualifica o trabalho de Michel Mann (e outros autores) sobre as variações de temperatura atmosférica entre os anos 1000 e Nas palavras do Dr. Azevedo, "esse trabalho é uma manipulação de dados e nem falam mais dele". Ora, essa afirmação é um absurdo. Em 1999, Mann e outros publicaram um artigo que apresentava a variação da temperatura média anual ao longo de mil anos baseados em vários estudos paleoclimáticos. Essa curva ficou conhecida como "taco de hóquei", pois a temperatura variou suavemente até meados do século 19, mas, a partir daí, a temperatura aumentou rapidamente. Em caso inédito de tentativa de censura, céticos apoiados por políticos da ala conservadora dos EUA tentaram desacreditar o estudo (com forte apoio da Casa Branca). O Congresso dos EUA solicitou à Academia Nacional de Ciências (NSA, em inglês) um parecer sobre o artigo. Para desgosto dos ditos céticos, a NSA chegou às mesmas conclusões de Mann. Desde então, as conclusões dos trabalhos de Mann foram apoiadas por outras investigações, e o artigo é considerado marco no estudo paleoclimático. O relatório da NSA está 1 of 3 7/11/08 12:40 AM

4 Jornal da Ciência disponível na Internet ( O Dr. Azevedo está correto quando diz que as amostras do gelo antártico mostram que o aumento da concentração de dióxido de carbono (CO2) precede o aquecimento da atmosfera. Mas ele "esquece" de detalhe importante: desde o final do século 19 isso não ocorre. Ou seja, o CO2 está aumentando antes da temperatura do ar. O mesmo é verdadeiro para o CH4 (metano, outro gás estufa). Ainda, as mesmas amostras indicam que nunca, nos últimos 800 mil anos, as concentrações de CO2 e CH4 foram tão altas quanto as do presente. Atribuir as glaciações e interglaciações à passagem do Sol pela Via Láctea é um absurdo e mostra que o dr. Azevedo não tem a mínima idéia das diferentes escalas de tempo envolvidas na questão. Hoje, os glaciólogos e paleoclimatólogos determinaram claramente que os ciclos glaciais e interglaciais, que ocorrem na escala de dezenas de milhares de anos, são controlados pela variação de parâmetros orbitais. Classicamente, os céticos tentam atribuir toda a variação climática da Terra às variações solares. No entanto, os estudos paleoclimáticos não conseguiram identificar nenhuma relação entre o aumento da temperatura dos últimos 140 anos com aumento da atividade solar. É importante ressaltar que os ciclos solares conhecidos aparecem nas curvas paleoclimáticas, mas, em cima disso, temos uma clara tendência ao aumento da temperatura da atmosfera. Finalmente, o Dr. Azevedo tenta confundir o leitor misturando a questão da variação da massa de gelo de Marte (onde parte é gelo seco, ou seja, de dióxido de carbono) com processos similares na Terra. Ora, existe um serviço de monitoramento de geleiras atuantes há mais de 120 anos, e as evidências são claras, as geleiras das regiões temperadas e tropicais estão rapidamente desaparecendo. A questão do gelo polar é mais complexa simplesmente porque o Ártico é coberto por uma fina camada de mar congelado e que está desaparecendo rapidamente (mas não afetará o nível dos mares, pois já está flutuando). Na Antártica (que concentra 90% do volume do gelo da Terra), esse processo é reduzido. No total, observamos a perda de menos de 1% do derretimento do volume de gelo planetário, que aumentará o nível dos mares em até 60 cm em 90 anos! Em suma, o artigo do Dr. Azevedo contém vários e graves erros e mostra desconhecimento dos avanços científicos por uma comunidade interdisciplinar dedicada ao estudo do clima. (Folha de SP, 10/7) Nota da redação: O artigo Iludindo o público pode ser lido por meio do link Expediente Contato Site da SBPC Navegue por aqui 2 of 3 7/11/08 12:40 AM

5 Jornal da Ciência Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC 2002 Todos os direitos reservados / All rights reserved Selecione 3 of 3 7/11/08 12:40 AM

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