METODOLOGIA DE PROJETAÇÃO

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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ARTES E ARQUITETURA ARQUITETURA E URBANISMO PROJETO II METODOLOGIA DE PROJETAÇÃO BASEADO NO LIVRO : ADOÇÃO DO PARTIDO NA ARQUITETURA AUTOR: LAERT PEDREIRA NEVES EDIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA pedro b. santos

2 Conceito geral PLANEJAMENTO ARQUITETÔNICO Projetar idealizar algo a ser feito Projeto Documento demonstrativo deste algo. Conceito (ótica da arquitetura) Projetar idealizar o edifício a ser construído (Adoção do partido arquitetônico) Projeto Documento explicativo do que deve ser o edifício Partido arquitetônico Método de projetação Objetivos da metodologia de projetação Ordenar os dados/informações/necessidades Conduzir o pensamento ao processo indutivo da busca da solução arquitetônica Armazenamento e análise de dados para o processo criativo de síntese(solução arquitetônica Adoção do Partido Arquitetônico

3 Necessidades Dados Processo criativo e indutivo Pensamento Interpretação Imaginação Projetar Processo criativo Síntese Solução Adoção Partido arquitetônico Projeto Produto da projetação

4 PLANEJAMENTO ARQUITETÔNICO Método de projetação Modo / processo de como idealizar um projeto (qualquer tipo). Indica os passos a percorrer/caminho para atingir um resultado Ordenamento sequenciado etapa por etapa -num processo evolutivo Metaprojeto Partido arquitetônico SOLICITAÇÃO PROGRAMA SÍTIO ESTUDO PRELIMINAR ANTEPROJETO PROJETO EXECUTIVO EDIFÍCIO CONSTRUÍDO Levantamento e Análise de dados Representações bidimensional e volumétrico

5 METODOLOGIA DE PROJEÇÃO CONCEITO DO TEMA ASPECTOS CONCEITUAIS DO TEMA CARATERIZAÇÃO DA CLIENTELA E DAS FUNÇÕES PROGRAMA ARQUITETÔNICO RELAÇÕES DO PROGRAMA PRÉ-DIMENSIONAMENTO ASPECTOS FÍSICOS DO TERRENO ESCOLHA DO TERRENO PLANTA DO TERRENO CARACTERÍSTICAS DO TERRENO FORMA E DIMENSÃO CONFORMAÇÃO DO RELEVO ORIENTAÇÃO SOLAR ORIENTAÇÃO DE VENTILAÇÃO ACESSOS RELAÇÃO COM O ENTORNO LEGISLAÇÃO ADOÇÃO DO PARTIDO ARQUITETÔNICO

6 CONCEITOS DO PROGRAMA ARQUITETÔNICO Temática É a finalidade do edifício/ a que se destina; Tão ampla quanto as próprias atividades humanas(da maternidade ao cemitério); Ex.: Escola instituição tem como objetivo a educação Hotel atender as necessidades de hospedagem Habitação atender as necessidades de moradia Tema É a finalidade específica do edifício É a essência do projeto Definição da finalidade (mais que definição é a interpretação) Base teórica definidora do projeto Ex.: Escola Civil, militar, religiosa, maternal à pós-graduação,etc Hotel Executivo, fazenda,vários tipos e padrões de conforto e serviços; Habitação Unifamiliar, multifamiliar, seriada, geminada, coletiva,etc.

7 CARACTERIZAÇÃO DA CLIENTELA E DAS FUNÇÕES: Tipo de usuário(s) e suas características (comportamento, hábitos) Detectar as exigências funcionais básicas (espaços adequados) Função - é a atividade principal ou conjunto de atividades exercidas para atender determinada necessidade vital (Laert). Atividade - é a ação desenvolvida para satisfazer a uma ou mais dessas necessidades. (Laert). Ato Ações individuais para atendimento de uma ou mais das atividades.

8 CARACTERIZAÇÃO DAS FUNÇÕES, ATIVIDADES E ATOS: TEMÁTICA :Cozinha TEMA :Cozinha industrial,ru,residencial,fast-food,restaurante,etc ARMAZENAMENTO REFRIGERAÇÃO ALIMENTOS BEBIDAS EQUIPAMENTOS ARMÁRIOS PRATELEIRAS FUNÇÃO PRINCIPAL UTENSÍLIOS DEPÓSITOS COCÇÃO PREPARO INGREDIENTES ALIMENTOS EQUIPAMENTOS BANCADAS UTENSÍLIOS UTENSÍLIOS FUNÇÃO SECUNDÁRIA AMBIENTE PIAS/BANCADAS REFEIÇÕES HIGIENIZAÇÃO ALIMENTOS EQUIPAMENTOS UTENSÍLIOS UTENSÍLIOS

9 PROGRAMA ARQUITETÔNICO: Relação de todos os cômodos, ambientes ou elementos arquitetônicos previstos para o edifício(fornecido p/ cliente); A interpretação de funções e atividades pode ser traduzida em um ambiente; O Programa para ficar organizado deve ser ordenado por SETORES (ambientes com funções afins que tem ligações íntimas entre si).

10 Exemplo: Habitação SETOR SOCIAL ambientes para atividades básicas de convívio social entre os membros da família e com outra pessoas. VARANDA SALA DE ESTAR SALA DE JANTAR SALA DE TV SANITÁRIO SOCIAL (LAVABO) SETOR ÍNTIMO concentra as atividades de intimidade da casa. SUÍTE DO CASAL (quarto, vestir e banheiro) QUARTO DOS FILHOS QUARTO DE VISITAS BANHEIRO SOCIAL

11 SETOR SERVIÇO atende as necessidades de serviço da casa. COPA COZINHA ÁREA DE SERVIÇOS QUARTO DE EMPREGADA BANHEIRO DE SERVIÇO GARAGEM pátio de serviço ou estendal

12 RELAÇÕES DO PROGRAMA: Definir as relações de maior ou menor grau de intimidade ou proximidade entre os ambientes ou elementos do programa. Os setores ligam-se entre si por elementos estratégicos que servem de ponte entre setores (circulações, hall, escadas, ambientes, etc.) As interpretações funcionais podem ser expressas por meio de gráficos, num diagrama com as respectivas ligações. FUNCIONOGRAMA: Diagrama queexpressa as inter-relações dos elementos do programa arquitetônico. Compreender os graus de maior e menor intimidade dos ambientes. Entender a funcionalidade do projeto.

13 FUNCIONOGRAMA DE UMA CASA SETOR SOCIAL Opção 1: Opção 2: ACESSO ACESSO VARANDA SETOR SERVIÇO VARANDA SETOR SERVIÇO SALA DE ESTAR SALA DE JANTAR SALA DE ESTAR SALA DE JANTAR BAR SANITÁRIO SOCIAL SANITÁRIO SOCIAL BAR SETOR ÍNTIMO SETOR ÍNTIMO

14 FUNCIONOGRAMA SETOR ÍNTIMO SETOR SOCIAL SUÍTE CASAL QUARTO FILHOS QUARTO FILHOS SANITÁRIO SANITÁRIO SOCIAL

15 FUNCIONOGRAMA SETOR SERVIÇO ACESSO SERVIÇO COPA COZINHA ÁREA DE SERVIÇO QUARTO EMPREGADA ACESSO AUTO GARAGEM SANITÁRIO SERVIÇO SETOR SOCIAL

16 FUNCIONOGRAMA DE UMA CASA

17 PRÉ-DIMENSIONAMENTO Estabelece-se, previamente, as dimensões correspondentes a cada elemento do programa. QUARTO CASAL QUARTO FILHOS

18 No pré-dimensionamento existe áreas de difícil precisão, como: hall, circulações, escadas, rampas, elevadores, etc., e ainda, as espessuras de paredes que não estão incluídas. Para taladotá-seacrescentarumpercentualdeárea variade20%a 30%sobreototaldaáreaútildoedifício. BANHEIRO 1,30 x 2,40 = 3,12 m²

19 PRÉ-DIMENSIONAMENTO PPNE

20 PRÉ-DIMENSIONAMENTO PPNE

21 PRÉ-DIMENSIONAMENTO PPNE

22 PRÉ-DIMENSIONAMENTO PPNE

23 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

24 PRÉ-DIMENSIONAMENTO

25 PRÉ-DIMENSIONAMENTO: PROGRAMA ÁREA ÚTIL (m²) PAREDES 20% ÁREA DE CONSTRUÇÃO (m²) SETOR ÍNTIMO SUÍTE DO CASAL QUARTO FILHOS QUARTO HÓSPEDE BANHO SOCIAL ÁREA DO SETOR 16,00 12,00 10,00 4,00 42,00 8,40 50,40

26 QUADRO SÍNTESE DE UMA HABITAÇÃO: AMBIENTES MOBILIÁRIO ATOS Pré-dimens. EQUIPAMENTO ATIVIDADES ÁREA (m²) Suíte casal QUARTO cama casal, 2 criado,roupeiro repousar, ler, armazenar e vestir roupa 13,00 ÍNTIMO BANHO lavatório,bacia, ducha,chuveiro escovar dentes, lavar mãos, barbear, banhar necessidade fisiológicas 3,60 SETORES QUARTO FILHOS BANHO SOCIAL 2 cama solteiro, criados,roupeiro lavatório,bacia, ducha,chuveiro repousar, ler, armazenar e vestir roupa, estudar escovar dentes, banhar, lavar mãos, barbear, etc. 13,00 3,60 SOCIAL SALA DE ESTAR SALA DE JANTAR sofás 2 e 3 lugar mesa centro, TV mesa 6 cadeiras armário receber visitas,descansar Ler,assistir TV, tomar refeições,estudar armazenar utensílios 16,00 3,60 LAVABO lavat.,bacia, ducha lavar mãos,neces.fisiológ 12,60

27 PROGRAMA ARQUITETÔNICO Aspectos físicos do terreno: As características físicas do terreno influem nas decisões do projeto: TERRENO forma, área (dimensões), topografia(relevo, conformação)

28 CARACTERÍSTICAS DO TERRENO A SER ESTUDADAS LOCALIZAÇÃO posição geográfica do terreno relacionada ao contexto da cidade. VIAS e ACESSOS sistema viário, fluxos, origem-destino, etc. O ENTORNO vizinhança, as relações com o entorno e elementos naturais(morros, rios, lagos, mar, árvores, visuais privilegiadas, etc.). ORIENTAÇÃO SOLAR e PREDOMINÂNCIA DOS VENTOS (dois agentes naturais). LEGISLAÇÃO normas legais- parâmetros urbanísticos exigidos.

29 APROPRIAÇÃO DO TERRENO

30 APROPRIAÇÃO DO TERRENO E RELAÇÕES COM O ENTORNO

31 GEOMETRIA DA INSOLAÇÃO PARA O TERRENO Um projetista criterioso poderá recorrer a quatro alternativas para efetivar ações de controle solar e reduzir a carga térmica sobre o edifício: 1º- Orientação solar das fachadas e dimensão das áreas envidraçadas; 2º- Proteções solares internas: persianas,cortinas, pinturas,etc; 3º- Proteções solares externas: beirais e os brises-soleil, vegetação; 4º - Vidros especiais. Prof. Antônio Manuel P. Fernandes

32 AZIMUTE (α) = 30º SW PR2- projeto 2 NV metodologia de projetação silvio a. freitas UTILIZAÇÃO DA CARTA SOLAR

33 O CUSTO DAS DECISÕES ARQUITETÔNICAS A adoção de tecnologias e materiais determinam a forma, influem no pré- dimensionamento e viabilidade do empreendimento a ser construído. TECNOLOGIAS CONSTRUTIVAS sistemas estruturais e instalações, materiais adotados,fechamentos, acabamentos,etc. AFORMAADOTADA influencianaadoçãodopartidoenocustoglobal do empreendimento a ser projetado( viabilidade).

34 Decisões a serem tomadas: 1. Apropriação do Terreno 2. Acessos e Relação com Entorno 3. Distribuição do Programa (horizontal e vertical) 4. Orientação Solar 5. Elementos de Fachada, Aberturas, Cobertura 6. Elementos de Circulação, Ligação, Restrição 7. Definição Formal 8. Interpretação do Tema e Conceitos Portanto, é preciso imaginar o Todo, avaliando Tudo. Depois de desenvolvida todas essas ETAPAS, passa-se à próxima, que é a Adoção de um partido arquitetônico.

35 PARTIDO ARQUITETÔNICO: Idéia preliminar do edifício projetado. Momento de escolha que o arquiteto toma, dentre inúmeras alternativas. Concepção inicial do projeto do edifício, é ato criativo de síntese Expressa em linguagem própria do desenho arquitetônico

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