TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE GOIÁS

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1 RE n GBJD 1 FI. 902 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE GOIÁS PRESTAÇÃO DE CONTAS N CLASSE 30 PROTOCOLO N /2012 MINAÇU/GO (130' ZONA ELEITORAL). RELATORA: DORACI LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE RECORRENTE: GESSE COELHO DA SILVA BARROS ADVOGADO: GILMAR DE OLIVEIRA MOTA e outros EMENTA AC RECURSO ELEITORAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CANDIDATO. ELEIÇÕES PAGAMENTO DE CHEQUE DIRETO 'NA BOCA DO CAIXA'. POSSIBILIDADE. EMISSÃO DE FORMA NOMINAL E ACOMPANHADO DA RESPECTIVA NOTA FISCAL. MATERIAL DE PROPAGANDA SEM O CNPJ. IRREGULARIDADE OBJETO DE AÇÃO PRÓPRIA. CONTAS APROVADAS. RECURSO PROVIDO. A apresentação de cheque diretamente no banco sacado pelos beneficiários do título de crédito para o pagamento na "boca do caixa" não configura ato ilegal, desde que tenha sido emitido de forma nominal (art. 30, 1, da Lei n /97) e acompanhado da respectiva nota fiscal. A finalidade precípua das prestações de contas é conferir legitimidade e transparência aos gastos das campanhas eleitorais, de forma a evidenciar o montante, a origem e a destinação dos recursos utilizados nas campanhas. Distribuição de material de campanha sem o CNPJ do responsável pela impressão do material de campanha e de quem contratou constitui ilicitude de propaganda eleitoral que deve ser objeto de ação específica, com os meios e recursos a ela inerentes. Recurso Eleitoral provido. Prestação de Contas aprovadas. o, 8

2 GBJD 1 RE n Fl...,(13 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, ACORDAM os Juizes Membros do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, à unanimidade, em CONHECER e PROVER o Recurso Eleitoral, nos termos do voto da Relatora. Goiânia, 1 de julho de Desembargador JOÃO WAL EC(K9FâIX (DE SOUSA Presidente Juíza DORACI LAMA DRADE LL Procurador 9

3 RE n GBJD 1 Fl. t)5 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE GOIÁS PRESTAÇÃO DE CONTAS N CLASSE 30 PROTOCOLO N /2012 MINAÇU/GO (130' ZONA ELEITORAL). RELATORA: DORACI LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE RECORRENTE: GESSE COELHO DA SILVA BARROS ADVOGADO: GILMAR DE OLIVEIRA MOTA e outros RELATÓRIO Versam os autos sobre RECURSO ELEITORAL interposto por GESSE COELHO DA SILVA BARROS, então candidato ao cargo de vereador no município de Minaçu/GO, inconformado com a decisão proferida pela Juíza Eleitoral da 130 a Zona Eleitoral que julgou desaprovadas as contas de campanha relativas às eleições de O Recorrente, em suas razões de fls. 62/66, sustenta que: Todos os cheques emitidos foram nominais aos respectivos beneficiários, não podendo o Requerente ser responsabilizado por atos de de terceiros que posteriormente sacaram na boca do caixa; Em relação à suposta irregularidade consistente na confecção de material de propaganda eleitoral sem o número do CNPJ ou CPF do responsável pela impressão do material (art. 30, 4, da Resolução TSE n /2012), não houve a interposição de qualquer representação eleitoral específica.

4 GBJD 1 RE n Fl 11'2 Assim, requer que o Recurso Eleitoral seja provido para reformar a sentença que desaprovou as contas de campanha. O Ministério Público Eleitoral apresenta contrarrazões às fls. 70/74, argumentando que: O extrato da movimentação da conta bancária aponta a prática de ilícito eleitoral consistente no saque na "boca do caixa"; O Recorrente deveria ter requerido à instituição bancária as microfilmagens dos cheques para comprovar sua regularidade; c) Foi apreendido material de campanha impresso em desobediência ao art. 30, 4, da Resolução TSE n /2012, do qual não consta o CNPJ ou CPF do responsável pela confecção. Por fim, requer, caso o recurso seja conhecido, que, no mérito, seja totalmente desprovido, mantendo na íntegra a sentença de primeiro grau. Às fls. 77/78, a Procuradoria Regional Eleitoral pugnou pelo não conhecimento do recurso eleitoral, em razão da falta de interesse jurídico e, no mérito, pelo desprovimento, pois entende que remanesceram falhas graves que comprometem a regularidade e a confiabilidade das contas apresentadas. É o relatório. VOTO Examino, em primeiro lugar, a preliminar de ausência de interesse recursal suscitada pelo Exmo. Procurador Regional Eleitoral. Sobre esse tema, esta Corte Eleitoral já firmou entendimento no sentido de que a mera desaprovação das contas já é motivo suficiente para autorizar que o candidato interponha recurso eleitoral visando alcançar uma posição de vantagem, qual seja, a aprovação das contas. Neste sentido:

5 GBJD 1 RE n Fl RECURSO ELEITORAL. INTERESSE RECURSAL DO CANDIDATO QUE TEVE AS CONTAS DESAPROVADAS. APRESENTAÇÃO DE RECIBOS ELEITORAIS EM DESACORDO COM O ARTIGO 40, 3, DA RESOLUÇÃO /2012. NÃO APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS EXIGIDOS. RECEBIMENTO DE DOAÇÃO ESTIMÁVEL EM DINHEIRO EM DESACORDO COM O ARTIGO 23 DA RESOLUÇÃO /2012. EXCESSO DO PODER REGULAMENTAR. PAGAMENTO DE DESPESAS APÓS A DATA DA ELEIÇÃO SEM A APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO FISCAL. RECURSO DESPROVIDO. O candidato que teve suas contas rejeitadas por decisão de juiz de primeiro grau tem, nos termos do artigo 30, 5, da Lei 9.504/97, interesse recursal para modificá-la e aprovas suas contas. Os recibos eleitorais referentes a doações de serviços estimáveis em dinheiro devem descrever o serviço doado especificando a quantidade, o valor unitário e a avaliação dos preços praticados no mercado. É dever do candidato apresentar toda a documentação fiscal exigida pela Justiça Eleitoral, notadamente as notas fiscais que comprovariam os gastos realizados na campanha eleitoral. A ausência de tais documentos compromete a efetiva fiscalização das contas de campanha eleitoral. O entendimento desta Corte é no sentido de que Tribunal Superior Eleitoral ao editar o artigo 23, da Resolução TSE /2012, excedeu em seu poder regulamentar, uma vez que trouxe restrição não prevista na Lei 9.504/97. O candidato pode arrecadar recursos após a eleição somente para pagar dívidas de sua própria campanha. Em caso de dívidas do Comitê Financeiro Único do partido, cabe a este arrecadar e quitálas O candidato que paga as dívidas após o dia da eleição deve apresentar documentação fiscal idônea comprove que a dívida foi contraída antes do pleito. 7. Recurso desprovido para manter a sentença que desaprovou as contas. (TRE-GO, Recurso Eleitoral , Rel. Dra. Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade, DJE 21/05/2013). Deste modo, consoante entendimento desta Corte, o Recurso deve ser conhecido, pois presentes todos os pressupostos de admissibilidade recursal. I Mérito No caso em apreço, a prestação de contas de campanha do

6 RE n GBJD 1 Fl. fi? candidato Gesse Coelho da Silva Barros foi julgada desaprovada, em razão de duas irregularidades consideradas suficientemente graves e insanáveis pelo juiz eleitoral. Passo ao exame de cada uma delas. No extrato bancário do candidato foi identificado um cheque descontado na "boca do caixa". Entendeu a Juíza Eleitoral que houve afronta ao art. 30, 1, da Resolução TSE n /2012, pois, segundo ela, a regra "tem por finalidade justamente possibilitar o controle da movimentação financeira durante a campanha eleitoral. Sacar ha boca do caixa' esvazia essa tentativa de controle, pois a conta, admitida a movimentação em 'dinheiro vivo', não faz os registros comprobatórios, que são a teleologia da imposição de sua abertura". Em princípio, a premissa aventada pela Juíza Eleitoral está correta, entretanto, com a devida vênia, a conclusão está equivocada. De fato, a finalidade do artigo citado é possibilitar a verificação da origem e o destino dos recursos arrecadados pela Justiça Eleitoral, de forma que todos eles devem transitar na conta bancária específica e os gastos deverão ser efetuados por meio de cheque nominal. Todavia, uma vez entregue o cheque ao seu destinatário, foge ao controle do candidato se ele será depositado ou descontado na boca do caixa. verbis: O art 30, 1 da Resolução TSE n /2012, dispõe in Art. 30. [...] 1 Os gastos eleitorais de natureza financeira só poderão ser efetuados por meio de cheque nominal ou transferência bancária, ressalvadas as despesas de pequeno valor previstas nos 2 e 3. (Lei 9.504/97) Verificando o extrato mensal juntado às fls. 41/45, observa-se que o cheque objeto da controvérsia (n 00002), cuja cópia digitalizada encontra-se às fls. 40 dos autos, foi emitido nominalmente, portanto, não há que falar em descumprimento do citado artigo. A apresentação da cédula pelo beneficiário (tomador) do título 4

7 RE n GBJD 1 FI. 8q de crédito para o saque na "boca do caixa" não configura ato ilegal. Primeiro, porque não há previsão expressa na Lei n 9.504/97 e tampouco na Resolução TSE n /2012 de que os cheques devem ser emitidos na forma cruzada, de forma a restringir o pagamento pelo banco (sacado) apenas mediante crédito em conta (art. 44, 1, da Lei 7357/85 Lei do Cheque). Segundo, porque o saque que foi efetuado na "boca do caixa" está devidamente acompanhado da respectiva nota fiscal também emitida de forma nominal, outrossim, a verba utilizada para o pagamento dos produtos e serviços prestados transitou pela conta corrente específica. Dessa forma, ao contrário da fundamentação da MM. Juíza sentenciante, entendo que, no caso concreto, o desconto do cheque direto na "boca do caixa" não impediu o controle dos gastos pela Justiça Eleitoral, notadamente, em razão da juntada da nota fiscal que lastreou a emissão do cheque questionado. Ultrapassada essa questão, verifica-se que a Juíza Eleitoral detectou outra irregularidade, que considerou igualmente grave para desaprovar as contas de campanha do Recorrente, consistente na impressão de material de propaganda sem o número do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) ou do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) do responsável pela sua confecção e de quem a contratou, como determina o art. 30, 4, da Resolução TSE n /2012. Compulsando os autos, observa-se que o documento que embasou a sentença para aferir a irregularidade e desaprovar as contas foi uma única propaganda impressa (santinho) juntada às fls. 27 por determinação da Juíza Eleitoral, de ofício, todavia, não há nos autos notícia de procedimento específico para apuração do fato com observância do devido processo legal. Notificado o candidato prestador de contas para se manifestar sobre a existência de material de propaganda impresso em desacordo com os preceitos contidos no art. 30, 4, da Resolução TSE n /2012 (notificação de fls. 28), apresentou um documento denominado como "Justificativa", de próprio punho, no qual informa que todos os materiais gráficos contratados foram impressos corretamente e, ainda, que não tem conhecimento de qualquer material de propaganda irregular. Ora, a finalidade precípua das prestações de contas é conferir legitimidade e transparência aos gastos das campanhas eleitorais, "através da exigência da apresentação de informações, legalmente determinadas, que têm o 5

8 RE n GBJD 1 Fl 20 condão de evidenciar o montante, a origem e a destinação dos recursos utilizados nas campanhas de partidos e candidatos" 1. Pelas provas carreadas aos autos, todos os gastos com publicidade por meio de materiais impressos encontram-se devidamente registrados no Demonstrativo de Receitas/Despesas (fls. 09/10) e no Relatório de Despesas Efetuadas (fls. 10/11), acompanhados das respectivas notas fiscais (fls. 34 e 38/39). Não houve qualquer apontamento de irregularidade nesse sentido. Assim, entendo que a finalidade da prestação de contas restou cumprida, uma vez que toda a arrecadação e os gastos foram contabilizados. Frise-se que a ilicitude de propaganda eleitoral deve ser objeto de ação própria, com os meios e recursos a ela inerentes. do Mato Grosso, in verbis: Esse entendimento é perfilhado pelo Tribunal Regional Eleitoral PRESTAÇÃO DE CONTAS. ELEIÇÕES CANDIDATO. DEPUTADO ESTADUAL. AUSÊNCIA DE NOTA FISCAL REFERENTE A RECIBO ELEITORAL. PROPAGANDA IRREGULAR. MATERIAL GRÁFICO SEM O CNPJ DO RESPONSÁVEL PELA IMPRESSÃO. GASTOS COM MATERIAI GRÁFICOS DECLARADOS. CONTAS APROVADAS COM RESSALVAS. Irregularidades sanadas por juntada de documentos hábeis a comprovar a movimentação financeira da campanha levam à aprovação das contas. Impropriedade referente à realização de propaganda eleitoral sem o CNPJ do responsável pela impressão do material de campanha, ainda que esteja em desconformidade com o art. 13, único, da Resolução TSE /2010, não corresponde a vício suficiente para direcionar à desaprovação das contas. A uma, pela impossibilidade jurídica de se discutir condutas eleitorais em julgamento de prestação de contas. A duas, pelo fato de que os gastos com a confecção e a distribuição por materiais gráficos foram declarados pelo candidato nas contas sob exame. (TRE-MT, Prestação de Contas n , Acórdão n de 22/03/2012, Relator(a) ANDRÉ LUIZ DE ANDRADE POZETTI, Publicação: DEJE - Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral, Tomo 1092, Data 29/03/2012, Página 3-6 ) Por todos os motivos expostos, concluo que os vícios apontados desconto de cheques nominais na "boca do caixa" e impressão de material de publicidade sem o CNPJ ou CPF de quem confeccionou e de que contratou - não são suficientes para motivar a desaprovação das contas, devendo I Lima, Sídia Porto. Direito Eleitoral, 7' ed. p

9 GBJD 1 RE n ser aprovadas. II Dispositivo Isso posto, apesar do parecer do Exmo. Procurador Regional Eleitoral, CONHEÇO e DOU PROVIMENTO ao Recurso Eleitoral, para aprovar as contas de campanha do então candidato Gesse Coelho da Silva Barros. É como voto. Goiânia, 1 de julho de DORACI LAMAR R SA VA ANDRADE JUÍZA RELATORA 7

10 9" -, :anct7/,;- -yrt Tribunal Regional Eleitoral de Goiás CERTIDÃO DE JULGAMENTO Recurso Eleitoral N ORIGEM: MINAÇU - GO PAUTA: 24/06/2013 (Pauta n? 63) JULGADO EM: 01/07/2013 (SESSÃO N o 48/2013) RELATOR(A): EXMA. SRA. JUIZA DORACI LAMAR ROSA DA SILVA ANDRADE PRESIDENTE DA SESSÃO: Exmo(a). Sr(a). Des. João Waldeck Felix de Sousa PROCURADOR REGIONAL ELEITORAL: Dr. Marcello Santiago Wolff SECRETARIO(A): Maria Selma Teixeira AUTUAÇÃO RECORRENTE(S) : GESSE COELHO DA SILVA BARROS, CANDIDATO A VEREADOR-PDT-MINACU ADVOGADO : JOAO RODRIGUES FRAGA ADVOGADO : GUSTAVO FRAGA ADVOGADA : NELY MOREIRA FRAGA ADVOGADA : JANINE MOREIRA FRAGA ADVOGADO : GILMAR DE OLIVEIRA MOTA ADVOGADA : ELINEIDE TEIXEIRA DO NASCIMENTO OLIVEIRA MOTA ADVOGADO : MONICA DE OLIVEIRA E SILVA TRENTIN CERTIDÃO Certifico que o egrégio Tribunal Regional Eleitoral ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: : O Tribunal, à unanimidade, conheceu e deu provimento ao recurso eleitoral, nos termos do voto da relatora. Deu-se por lido e conferido o acórdão. Presentes os Excelentíssimos Senhores Desembargadores João Waldeck Felix de Sousa, Presidente; Walter Carlos Lemes, Vice-Presidente e Corregedor Regional Eleitoral; Juízes Abel Cardoso Morais, Substituto; Airton Fernandes de Campos, Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade, Wilson Safatle Faiad, Luciano Mtanios Hanna, Substituto, e o Doutor Marcello Santiago Wolff, Procurador Regional Eleitoral. O referido é verdade. Dou fé. Goiânia, 1 de julho de ( Maria elma Teixeira Secretária de Sessões

11 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM GOIÁS PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL Protocolo n /2012 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO ESTADO DO GOIÁS Recurso Eleitoral n Recorrente: GESSE COELHO DA SILVA BARROS Relator: Juíza Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade Trata-se de recurso eleitoral interposto por GESSE COELHO DA SILVA BARROS visando à reforma da sentença proferida pelo Juízo de primeira instância que desaprovou suas contas, relativas à campanha eleitoral de Razões recursais às fls Contrarrazões às fls É o relatório. No caso dos autos, o recorrente se insurge quanto à desaprovação de suas contas de campanha, pretendendo a reforma da sentença para a aprovação dessas. No entanto, a desaprovação das contas não produz nenhum efeito jurídico para o candidato, o qual poderá assumir o cargo ou concorrer a novas eleições. Logo, não há interesse jurídico em recorrer. Assim, diante da ausência de consequências jurídicas da desaprovação de contas de campanha, a Procuradoria Regional Eleitoral manifesta-se pelo não conhecimento do recurso.

12 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REP Ú BLICA EM GOI Á S PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL recorrente. Contudo, caso analisado o mérito, razão não assiste ao Com efeito, verifica-se que diversas irregularidades detectadas nos relatórios técnicos e pontuadas na sentença recorrida, em relação à prestação de contas em questão, não foram sanadas durante o curso processual. Remanescendo falhas graves, as quais comprometem a regularidade e a confiabilidade das contas apresentadas, o deslinde dado em primeira instância é isento de censura. Além do mais, o representante ministerial com atuação na Zona Eleitoral de origem da presente prestação de contas apresentou contrarrazões nas quais demonstrou, com percuciência, a existência e a gravidade das irregularidades remanescentes, razão pela qual, a fim de evitar demasiada repetição de argumentos, a Procuradoria Regional Eleitoral endossa, na oportunidade, a manifestação ministerial em referência. Ante o exposto, a Procuradoria Regional Eleitoral manifesta-se pelo não conhecimento do recurso. Alternativamente, caso analisado o mérito, pelo seu desprovimento. Goiânia, 22 de abril de MARCELO RIBEIRO DE OLIVE PROCURADOR R EGIONAL E LEITORAL 2