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1 2009 Frederico Barbosa Elaine Cuencas Santos

2 2009 IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. B238 Barbosa, Frederico; Santos, Elaine Cuencas / Modernismo na Literatura Brasileira. / Frederico Barbosa; Elaine Cuencas Santos Curitiba : IESDE Brasil S.A., p. ISBN: Modernismo Brasil. 2. Literatura Brasileira. 3. História e crítica. 4. Poesia brasileira. I. Título. II. Santos, Elaine Cuencas. CDD Capa: IESDE Brasil S.A. Crédito da imagem: IESDE Brasil S.A. Todos os direitos reservados. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, CEP: Batel Curitiba PR

3 Frederico Barbosa É graduado em Letras Português pela Universidade de São Paulo (USP). Diretor do Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Casa das Rosas), em São Paulo. Poeta, é autor de Nada Feito Nada (1993), Cantar de Amor entre os Escombros (2002) e A Consciência do Zero (2004). Elaine Cuencas Santos Mestra em Estudos Comparados de Literatura em Língua Portuguesa pela USP, graduada em Letras Português e Italiano pela USP.

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5 Sumário Vanguardas modernistas e a Semana de O que buscavam as vanguardas modernistas? Poesia de vanguarda Narrativa de vanguarda A fase heroica do Modernismo brasileiro Oswald de Andrade Biografia Oswald romancista Oswald poeta Mário de Andrade Macunaíma e a renovação da linguagem literária Manuel Bandeira Vida que podia ter sido Libertinagem A poesia da Geração de 1930 no Brasil Por que a Geração de 1930 foi tão fértil? A poesia da Geração de Murilo Mendes... 88

6 Cecília Meireles Vinicius de Moraes Outros poetas de importância do período Carlos Drummond de Andrade Quase um século de poesia A estreia em livro O romance da Geração de O precursor: José Américo de Almeida Graciliano Ramos José Lins do Rego Erico Verissimo Rachel de Queiroz Jorge Amado O romance urbano Graciliano Ramos Prefeito, educador e escritor Com as mesmas vinte palavras Caetés São Bernardo Vidas Secas Memórias do Cárcere João Guimarães Rosa A Geração de Mineiro e universal...175

7 O estilo insólito A obra Clarice Lispector A ação interior A Hora da Estrela João Cabral de Melo Neto O poeta do rigor O rigor das coisas As duas águas Morte e Vida Severina Poesia concreta O grupo Noigandres A poesia concreta: rock n roll da poesia? O contexto As propostas Re-visões e traduções Gabarito Referências Anotações...279

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9 Apresentação Pelas próximas 12 aulas, estudaremos o Modernismo brasileiro, começando pelas vanguardas europeias que influenciaram os jovens artistas brasileiros, culminando na Semana de Arte Moderna de Durante a segunda, terceira e quarta aulas, iremos nos aprofundar nos três grandes nomes da primeira geração modernista: Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Manuel Bandeira. Na quinta aula, conheceremos a poesia da Geração de 1930 e mais especificamente, durante a sexta aula, Carlos Drummond de Andrade. Em seguida, veremos o romance da chamada Geração de 30 e Graciliano Ramos, respectivamente na sétima e oitava aulas. Na reta final do livro, abordaremos em cada aula um escritor específico: João Guimarães Rosa (nona aula), Clarice Lispector (décima aula) e João Cabral de Melo Neto (décima primeira aula). Finalizamos, na décima segunda aula, com a poesia concreta, talvez o único movimento literário a surgir, se não antes, pelo menos ao mesmo tempo no Brasil e no resto do mundo. Frederico Barbosa Elaine Cuencas Santos

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11 A poesia da Geração de 1930 no Brasil Por que a Geração de 1930 foi tão fértil? Depois da denominada fase heroica do Modernismo brasileiro, cujo marco é a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, quando os pioneiros modernistas brasileiros lutaram para implantar no país as inovações das vanguardas europeias, surgiu uma geração de poetas e romancistas das mais férteis e ricas em toda a história da literatura brasileira. Os modernistas de 1922 abriram o caminho para que os novos prosadores e poetas pudessem criar em liberdade, sem as amarras formais do academicismo, e preocupados com a realidade nacional. Surgiram, assim, durante a década de 1930, romancistas regionalistas como Graciliano Ramos ( ), José Lins do Rego ( ), Jorge Amado ( ) e Rachel de Queiroz ( ), que chamaram a atenção para os problemas sociais das regiões mais carentes do Brasil, utilizando- -se da linguagem coloquial e crítica, herdada dos primeiros modernistas. Os poetas, por sua vez, já não se pautaram por uma atitude programática e sim pela possibilidade de criação em todas as direções, utilizando tanto o verso livre, o poema-piada e as ousadias da Geração de 1922, tanto as formas fixas como o soneto, a metrificação e as rimas da poesia mais tradicional. A poesia da Geração de 1930 Alguns dos poetas que apareceram na década de 1930 viveram de perto a movimentação revolucionária de Carlos Drummond de Andrade ( ) e Murilo Mendes ( ) publicaram poemas no maior órgão de divulgação das ideias vanguardistas, a Revista de Antropofagia ( ), de Oswald de Andrade ( ) e Antônio de Alcântara Machado ( ). Participam, portanto, ainda que como coadjuvantes,

12 Modernismo na Literatura Brasileira da fase heroica do modernismo. Apesar da participação lateral de Drummond, seu poema No meio do caminho se converteu no maior símbolo desse momento de ruptura com a literatura passadista: No meio do caminho Carlos Drummond de Andrade No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. Outros, carregam uma herança indisfarçável do Simbolismo, como Cecília Meireles ( ); do Romantismo, como Vinicius de Moraes ( ) e Augusto Frederico Schmidt ( ); ou mesmo da poesia parnasiana, como Jorge de Lima ( ). Murilo Mendes Murilo Mendes nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais. Em seus primeiros livros Poemas (1930) e História do Brasil (1932), ele apresentou uma poesia irônica e provocativa, bem próxima das polêmicas criações do modernismo inicial. A partir de O visionário (1933), incorporou técnicas de composição surrealista. Em 1934, converteu-se ao catolicismo. Durante as décadas de 1940 e 1950, sua poesia enveredou pelas formas poéticas tradicionais e pela religiosidade. No seu grande livro da década de 1960, Convergência (1966), retomou a poesia mais experimental, inventando grafitos poéticos e enviando Murilogramas telegramas poéticos a numerosos artistas: Murilograma a Graciliano Ramos Murilo Mendes 1 Brabo. Olhofaca. Difícil. Cacto já se humanizando, Deriva de um solo sáfaro Que não junta, antes retira, Desacontece, desquer. 2 Funda o estilo à sua imagem: Na tábua seca do livro 88

13 A poesia da Geração de 1930 no Brasil Nenhuma voluta inútil. Rejeita qualquer lirismo. Tachando a flor de feroz. 3 Tem desejos amarelos. Quer amar, o sol ulula, Leva o homem do deserto (Graciliano-Fabiano) Ao limite irrespirável. 4 Em dimensão de grandeza Onde o conforto é vacante, Seu passo trágico escreve A épica real do BR Que desintegrado explode. Destacam-se, ainda, seus poemas em prosa, reunidos em livros como Poliedro (1966), e sua obra de crítico de artes plásticas. Em 1947, Murilo Mendes casou-se com a poeta portuguesa Maria da Saudade Cortesão e em 1957 transferiu-se para a capital italiana. Lecionou Cultura Brasileira na Universidade de Roma e foi um dos mais importantes e respeitados críticos de arte da Itália. Canção do exílio Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista, os sargentos do exército são monistas, cubistas, os filósofos são polacos vendendo a prestações. A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. Eu morro sufocado em terra estrangeira. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! Murilo Mendes 89

14 Modernismo na Literatura Brasileira Ao morrer, em Lisboa, deixou numerosos textos inéditos que foram reunidos por sua amiga Luciana Stegagno Picchio no primoroso volume Poesia Completa e Prosa (1994). Pré-história 1 Mamãe vestida de rendas Tocava piano no caos. Uma noite abriu as asas Cansada de tanto som, Equilibrou-se no azul, De tonta não mais olhou Para mim, para ninguém: Cai no álbum de retratos. Murilo Mendes 1 O poema se refere à mãe do poeta, que era pianista e faleceu em Cecília Meireles Cecília Meireles nasceu na cidade do Rio de Janeiro e ficou órfã aos três anos de idade. Criada pela avó, foi brilhante aluna e leitora insaciável. Formada professora em 1917, dedicou sua vida ao ensino e à divulgação da literatura brasileira pelo mundo. Aos 18 anos de idade, publicou Espectros (1919), seu primeiro livro. Canção do caminho Cecília Meireles Por aqui vou sem programa, sem rumo, sem nenhum itinerário. O destino de quem ama é vário, como o trajeto do fumo. Minha canção vai comigo. Vai doce. Tão sereno é seu compasso que penso em ti, meu amigo. 90

15 A poesia da Geração de 1930 no Brasil Se fosse, em vez da canção, teu braço! Ah, mas logo ali adiante tão perto! acaba-se a terra bela. Para este pequeno instante, decerto, é melhor ir só com ela. (Isto são coisas que digo, que invento, para achar a vida boa... A canção que vai comigo é a forma de esquecimento do sonho sonhado à toa...) No início, foi muito influenciada pelo grupo de poetas espiritualistas, católicos e pós-simbolistas reunidos por Tasso da Silveira e Andrade Muricy em torno da revista carioca Festa. Essa herança jamais seria esquecida. Nos seus livros fundamentais Viagem (1939), que reúne poemas escritos entre 1929 e 1937; Vaga Música (1942); Mar Absoluto (1945); Retrato Natural (1949); e mesmo em Romanceiro da Inconfidência (1953), sua obra mais conhecida a poesia de Cecília Meireles nunca deixou de ser, acima de tudo, musical e espiritual, retomando as imagens vagas e intencionalmente imprecisas do Simbolismo. Improviso Cecília Meireles Minha canção não foi bela: minha canção foi só triste. Mas eu sei que não existe mais canção igual àquela. E por um tempo infinito repetiria o meu canto saudosa de sofrer tanto. Não há gemido nem grito pungentes como a serena expressão da doce pena. 91

16 Modernismo na Literatura Brasileira Vinicius de Moraes Um dos mais conhecidos poetas brasileiros, Vinicius de Moraes nasceu e morreu no Rio de Janeiro. Tornou-se célebre por seus poemas de amor (dentre os quais destacam-se os sonetos) e pelas parcerias musicais com Tom Jobim ( , junto com o qual foi um dos criadores da corrente musical da Bossa Nova) e, posteriormente, com Chico Buarque de Holanda e Toquinho. Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. Vinicius de Moraes De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Os seus primeiros livros O Caminho para a Distância (1933), Forma e Exegese (1935) e Ariana, a Mulher (1936) são marcados pela religiosidade e pelo caráter 92

17 A poesia da Geração de 1930 no Brasil pós-simbolista. Já em seus livros seguintes, como Cinco Elegias (1943), Poemas, Sonetos e Baladas (1946) e Para Viver um Grande Amor: prosa e poesia (1965), o mundo material e a sensualidade triunfam sobre o misticismo. São dessa fase suas experiências com o soneto e outras formas poéticas tradicionais, bem como O operário em construção, seu mais importante poema social. O anjo de pernas tortas A um passe de Didi, Garrincha avança Colado o couro aos pés, o olhar atento Dribla um, dribla dois, depois descansa Como a medir o lance do momento. Vinicius de Moraes Vem-lhe o pressentimento; ele se lança Mais rápido que o próprio pensamento Dribla mais um, mais dois; a bola trança Feliz, entre seus pés um pé de vento! Num só transporte a multidão contrita Em ato de morte se levanta e grita Seu uníssono canto de esperança. Garrincha, o anjo, escuta e atende: GOOOOOL! É a pura imagem: um G que chuta um O Dentro da meta, um L. É pura dança! Outros poetas de importância do período Jorge de Lima ( ), autor de Invenção de Orfeu (1952) e do célebre poema Essa negra Fulô, publicado no volume Novos Poemas (1929): 93

18 Modernismo na Literatura Brasileira Essa negra Fulô (fragmento) Jorge de Lima Ora, se deu que chegou (isso já faz muito tempo) no banguê dum meu avô uma negra bonitinha, chamada negra Fulô. Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! [...] Essa negrinha Fulô ficou logo pra mucama pra vigiar a Sinhá, pra engomar pro Sinhô! Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! [...] Ó Fulô! Ó Fulô! (Era a fala da Sinhá Chamando a negra Fulô!) Cadê meu frasco de cheiro Que teu Sinhô me mandou? Ah! Foi você que roubou! Ah! Foi você que roubou! Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! O Sinhô foi ver a negra levar couro do feitor. A negra tirou a roupa, O Sinhô disse: Fulô! (A vista se escureceu que nem a negra Fulô). Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! Ó Fulô! Ó Fulô! Cadê meu lenço de rendas, Cadê meu cinto, meu broche, Cadê o meu terço de ouro que teu Sinhô me mandou? Ah! foi você que roubou! Ah! foi você que roubou! Essa negra Fulô! Essa negra Fulô! [...] Ó Fulô! Ó Fulô! Cadê, cadê teu Sinhô que Nosso Senhor me mandou? Ah! Foi você que roubou, foi você, negra Fulô? Essa negra Fulô! Augusto Frederico Schmidt, poeta religioso de estilo derramado e tendência romântica. Mário Quintana ( ), cuja poesia bem-humorada e de comunicação fácil tem grande penetração popular. 94

19 A poesia da Geração de 1930 no Brasil Texto complementar O operário em construção Vinicius de Moraes E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás. (Lc 4, 5-8) Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão. Como um pássaro sem asas Ele subia com as casas Que lhe brotavam da mão. Mas tudo desconhecia De sua grande missão: Não sabia, por exemplo Que a casa de um homem é um templo Um templo sem religião Como tampouco sabia Que a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravidão. De fato, como podia Um operário em construção Compreender por que um tijolo Valia mais do que um pão? Tijolos ele empilhava Com pá, cimento e esquadria Quanto ao pão, ele o comia... Mas fosse comer tijolo! E assim o operário ia Com suor e com cimento Erguendo uma casa aqui Adiante um apartamento Além uma igreja, à frente Um quartel e uma prisão: Prisão de que sofreria 95

20 Modernismo na Literatura Brasileira Não fosse, eventualmente Um operário em construção. Mas ele desconhecia Esse fato extraordinário: Que o operário faz a coisa E a coisa faz o operário. De forma que, certo dia À mesa, ao cortar o pão O operário foi tomado De uma súbita emoção Ao constatar assombrado Que tudo naquela mesa  Garrafa, prato, facão  Era ele quem os fazia Ele, um humilde operário, Um operário em construção. Olhou em torno: gamela Banco, enxerga, caldeirão Vidro, parede, janela Casa, cidade, nação! Tudo, tudo o que existia Era ele quem o fazia Ele, um humilde operário Um operário que sabia Exercer a profissão. Ah, homens de pensamento Não sabereis nunca o quanto Aquele humilde operário Soube naquele momento! Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava. O operário emocionado Olhou sua própria mão Sua rude mão de operário De operário em construção E olhando bem para ela Teve um segundo a impressão De que não havia no mundo Coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão Desse instante solitário Que, tal sua construção Cresceu também o operário. Cresceu em alto e profundo Em largo e no coração E como tudo que cresce Ele não cresceu em vão Pois além do que sabia  Exercer a profissão  96

21 A poesia da Geração de 1930 no Brasil O operário adquiriu Uma nova dimensão: A dimensão da poesia. E um fato novo se viu Que a todos admirava: O que o operário dizia Outro operário escutava. E foi assim que o operário Do edifício em construção Que sempre dizia sim Começou a dizer não. E aprendeu a notar coisas A que não dava atenção: Notou que sua marmita Era o prato do patrão Que sua cerveja preta Era o uísque do patrão Que seu macacão de zuarte Era o terno do patrão Que o casebre onde morava Era a mansão do patrão Que seus dois pés andarilhos Eram as rodas do patrão Que a dureza do seu dia Era a noite do patrão Que sua imensa fadiga Era amiga do patrão. E o operário disse: Não! E o operário fez-se forte Na sua resolução. Como era de se esperar As bocas da delação Começaram a dizer coisas Aos ouvidos do patrão. Mas o patrão não queria Nenhuma preocupação  Convençam-no do contrário  Disse ele sobre o operário E ao dizer isso sorria. Dia seguinte, o operário Ao sair da construção Viu-se súbito cercado Dos homens da delação E sofreu, por destinado Sua primeira agressão. Teve seu rosto cuspido Teve seu braço quebrado Mas quando foi perguntado O operário disse: Não! 97

22 Modernismo na Literatura Brasileira Em vão sofrera o operário Sua primeira agressão Muitas outras se seguiram Muitas outras seguirão. Porém, por imprescindível Ao edifício em construção Seu trabalho prosseguia E todo o seu sofrimento Misturava-se ao cimento Da construção que crescia. Sentindo que a violência Não dobraria o operário Um dia tentou o patrão Dobrá-lo de modo vário. De sorte que o foi levando Ao alto da construção E num momento de tempo Mostrou-lhe toda a região E apontando-a ao operário Fez-lhe esta declaração: Â Dar-te-ei todo esse poder E a sua satisfação Porque a mim me foi entregue E dou-o a quem bem quiser. Dou-te tempo de lazer Dou-te tempo de mulher. Portanto, tudo o que vês Será teu se me adorares E, ainda mais, se abandonares O que te faz dizer não. Disse, e fitou o operário Que olhava e que refletia Mas o que via o operário O patrão nunca veria. O operário via as casas E dentro das estruturas Via coisas, objetos Produtos, manufaturas. Via tudo o que fazia O lucro do seu patrão E em cada coisa que via Misteriosamente havia A marca de sua mão. E o operário disse: Não! Â Loucura! Â gritou o patrão Não vês o que te dou eu? Â Mentira! Â disse o operário Não podes dar-me o que é meu. E um grande silêncio fez-se Dentro do seu coração Um silêncio de martírios Um silêncio de prisão. 98

23 A poesia da Geração de 1930 no Brasil Um silêncio povoado De pedidos de perdão Um silêncio apavorado Com o medo em solidão. Um silêncio de torturas E gritos de maldição Um silêncio de fraturas A se arrastarem no chão. E o operário ouviu a voz De todos os seus irmãos Os seus irmãos que morreram Por outros que viverão. Uma esperança sincera Cresceu no seu coração E dentro da tarde mansa Agigantou-se a razão De um homem pobre e esquecido Razão porém que fizera Em operário construído O operário em construção. Estudos literários 1. Leia atentamente o texto e depois responda à questão. Atrás de portas fechadas, à luz de velas acesas, brilham fardas e casacas, junto com batinas pretas. E há finas mãos pensativas, entre galões, sedas, rendas, e há grossas mãos vigorosas, de unhas fortes, duras veias, e há mãos de púlpito e altares, de Evangelhos, cruzes, bênçãos. (MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.) 99

24 Modernismo na Literatura Brasileira Aponte que grupos sociais representam as mãos do poema de Cecília Meireles. 100

25 A poesia da Geração de 1930 no Brasil 2. Leia atentamente os textos. Texto 1 O material do poeta é a vida, e só a vida, com tudo o que ela tem de sórdido e sublime. Seu instrumento é a palavra. Sua função é a de ser expressão verbal rítmica ao mundo informe de sensações, sentimentos e pressentimentos dos outros com relação a tudo o que existe ou é passível de existência no mundo mágico da imaginação. Seu único dever é fazê-lo da maneira mais bela, simples e comunicativa possível, do contrário ele não será nunca um bom poeta, mas um mero lucubrador de versos. (MORAES, Vinicius de. Para Viver um Grande Amor. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.) Texto 2 Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. 101

26 Modernismo na Literatura Brasileira Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? (Carlos Drummond de Andrade) Agora, comparando o texto em prosa de Vinicius ao trecho do poema de Drummond, responda: esses dois textos apresentam o mesmo conceito de poesia? Por quê? Justifique sua resposta transcrevendo um trecho de cada texto. 102

27 A poesia da Geração de 1930 no Brasil 3. Um poema de amor muito conhecido é o Soneto de fidelidade, de Vinicius de Moraes. Leia-o para responder ao que pede. Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Vinicius de Moraes Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. 103

28 Modernismo na Literatura Brasileira E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure. a) Nas três primeiras estrofes, o poema apresenta uma série de antíteses. Aponte-as. b) Interprete o aparente paradoxo contido na última estrofe do soneto. 104

29 A poesia da Geração de 1930 no Brasil 105

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31 Gabarito A poesia da Geração de 1930 no Brasil 1. Finas mãos pensativas são as mãos dos intelectuais e juristas que participaram da Inconfidência Mineira, como Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. Mãos de púlpito e altares são as mãos dos sacerdotes que participaram do movimento, como o Cônego Luís Vieira da Silva. Grossas mãos vigorosas são as mãos dos militares que também se envolveram na Inconfidência, como Alvarenga Peixoto e o próprio Tiradentes. 2. Esses dois textos não apresentam o mesmo conceito de poesia. 3. Para Vinícius de Moraes, a base do fazer poético é a vida, a palavra é apenas o instrumento e, portanto, a essência da poesia seria de natureza existencial: O material do poeta é a vida, só a vida, com tudo o que ela tem de sórdido e sublime. Já para Carlos Drummond de Andrade, a essência da poesia estaria na exploração da linguagem, no trabalho com as palavras: Penetra surdamente no reino das palavras, sendo que os versos seguintes fundamentam a definição de poesia como trabalho com a palavra. a) E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento. Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama

32 Modernismo na Literatura Brasileira b) O paradoxo se dá pelo fato de o amor ser considerado, ao mesmo tempo, não-imortal e infinito. O paradoxo se resolve por meio do oximoro final: infinito enquanto dure. O amor deve ser, portanto infinito a cada momento, mesmo estando fadado a acabar, ou seja, deve ser desfrutado como algo eterno mesmo não o sendo.

33 Gabarito

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E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO (Vinícius de Moraes) Rio de Janeiro, 1959 E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: - Dar-te-ei todo

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