NORMAM-25 VISÃO AMPLA DA SITUAÇÃO

Transcrição

1 3º Workshop Entidades Contratantes NORMAM-25 VISÃO AMPLA DA SITUAÇÃO Diretoria de Hidrografia e Navegação Centro de Hidrografia da Marinha Capitão de Fragata Frederico Muthz Barros Superintendente de Segurança da Navegação 11 de novembro de 2015

2 Sumário: 1. Evolução dos sistemas de posicionamento, aquisição e processamento e demanda 2. Atribuições da DHN/CHM 3. NORMAM Situação atual: Entidades Executantes de LH 5. Entidade Contratante no processo

4 Cartografia Náutica Instrumento elementar de Segurança da Navegação

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6 Como o LH em áreas portuárias era realizado antes do Ecobatímetro Multifeixe: Os recursos de LH eram limitados ao ecobatímetro monofeixe com ou sem sonar de varredura lateral; Não havia abrangência total de todas as feições importantes à segurança da navegação; Os navios eram de porte bem menos ousado; e Os sistemas de navegação e posicionamento bem menos acurados. Momento em que a navegação e as manobras dos navios em águas restritas ocorriam num estilo bem mais conservador, no que se refere aos parâmetros de Segurança da Navegação.

7 Como o LH em áreas portuárias é realizado atualmente, com o uso do Ecobatímetro Multifeixe: Crescimento do setor portuário para a economia; Tendência de adoção de uma folga abaixo da quilha para os navios cada vez menor; Os navios são de porte cada vez mais arrojados; e Os sistemas de navegação e posicionamento bem mais acurados. Nas áreas portuárias, qualquer inconsistência na definição do fundo, nos dias atuais, pode impactar sensivelmente a segurança da navegação, mediante uma atualização cartográfica não confiável.

8 À medida em que evoluem os Sistemas de Navegação e apoio à decisão no mar, evolui, em igual proporção, o método com que o LH é feito, no que se refere aos equipamentos de aquisição de dados batimétricos e aos softwares de processamento desses dados. Isso implica que os dados coletados e processados demandarão, necessariamente, processo de análise adequado, a fim de verificar a obediência dos dados aos parâmetros específicos que os tornarão confiáveis. LH Cat B Monofeixe LH Cat A Multifeixe

10 Brasil - membro da Organização Hidrográfica Internacional (OHI) Harmonização de conceitos e apresentações cartográficas em proveito da segurança da navegação global Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) Serviço Hidrográfico Brasileiro; e Representante da Autoridade Marítima, no que concerne aos LH realizados AJB, com as seguintes atribuições: Determinar a elaboração e orientar a execução do Plano Cartográfico Náutico Brasileiro (PCNB); Aprovar as normas da Autoridade Marítima relativas a LH e Cartas Náuticas; e Determinar a elaboração e a edição das cartas e publicações náuticas sob responsabilidade do Brasil.

11 Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) Agente da Autoridade Marítima; e Subordinado à DHN, no que concerne aos LH realizados AJB, com as seguintes atribuições: Controlar os LH executados diretamente por órgãos públicos da Administração Federal, autarquias e entidades paraestatais federais; Autorizar e controlar os LH executados por qualquer órgão ou entidade não pertencente à MB; Analisar os dados resultantes dos LH realizados por Entidades não pertencentes à MB, para aproveitamento dos dados especificamente para a construção e atualização de cartas e publicações náuticas; Produzir e manter atualizadas as cartas náuticas previstas no PCNB; e Produzir e manter atualizadas as publicações náuticas.

12 Publicação Especial S-44 define, no âmbito da OHI, um conjunto de Parâmetros para execução de Levantamentos Hidrográficos, a fim de que se possa produzir cartas náuticas em auxílio à Segurança da Navegação. NORMAM-25 estabelece normas e procedimentos para autorização e controle dos Levantamentos Hidrográficos realizados em águas sob jurisdição brasileira (AJB) por órgão ou Entidade Executante (EE) não pertencente à MB.

13 Os parâmetros da S-44 variam de acordo com a profundidade das águas na área do LH e dos tipos de embarcação que nela trafegam, sendo definidas 4 ordens de LH, cada qual elaborada para atender a uma amplitude de necessidades específicas: Ordem Especial (folga crítica abaixo da quilha), Ordens 1a, 1b, e 2. A NORMAM-25, além de estabelecer procedimentos para autorização e controle de LH AJB, em sua 1ª revisão, adicionou instruções de cunho técnico necessárias às EE para a correta execução de LH, de forma a permitir a análise dos dados coletados, se atingem ou não os parâmetros contidos na S-44, para uma dada ordem necessária de LH.

14 Processo de análise do CHM O processo de análise atual foi constituído para que o CHM tenha condições de verificar claramente, e sem ambiguidade, se os LH cumprem os parâmetros da Publicação Especial S-44 Especificações da Organização Hidrográfica Internacional para Levantamentos Hidrográficos ; e O CHM, por ser o responsável pelos dados batimétricos representados em carta náutica, segue estritamente este processo para garantir a Segurança da Navegação, mediante o fornecimento aos usuários do produto cartográfico náutico oficial de sua competência.

15 Imparcialidade e isonomia na análise do CHM Processo de análise pelo CHM é estritamente técnico. Não sendolhe imputado maior ou menor rigor de análise, quer seja ele realizado pela Marinha do Brasil ou por qualquer EE, independentemente das dificuldades encontradas em campo ou no gabinete. Quando é informada a aprovação de um LH pra fins de atualização cartográfica, significa que o mesmo atendeu às especificações.

17 Classificação de LH no âmbito do CHM (NORMAM-25), para fins de análise e possível atualização cartográfica: LH Categoria A: deve cumprir integralmente as especificações da S-44, no que diz respeito ao parâmetros, de acordo com a profundidade da área e os calados dos navios que nela trafegam. Devem se encaixar em Ordem Especial, 1a, 1b, ou 2, para que possa ser analisado pelo CHM e, caso estejam conformes, poderão ser aproveitados para atualização das Cartas Náuticas editadas sob a chancela da DHN; e LH Categoria B: não exige rigor hidrográfico para sua execução (requisitos da S- 44), portanto, não tem finalidade de atualização cartográfica.

18 Finalidade do LH categoria A (NORMAM-25): Subsidiar a atualização de Cartas Náuticas e Documentos Náuticos, para a Segurança da Navegação. Por decorrência, a solicitação de LH para os fins abaixo, demandará necessariamente a atualização cartográfica para garantir a Segurança da Navegação: Realizar LH pós-dragagem, de acordo com a NORMAM-11/DPC; Subsidiar proposta de balizamento, de acordo com a NORMAM-17/DHN; Subsidiar proposta de definição ou alteração dos parâmetros operacionais de navegação dos portos e terminais portuários: delimitação de canais de acesso, bacias de evolução e manobra, definição de calado máximo operacional; Georreferenciar qualquer obra, sob e às margens da AJB (pontes, instalações portuárias, píeres, cabos, dutos submarinos, etc.); e Posicionar pontos notáveis e sinais de auxílio à navegação.

19 O CHM não analisa LH para outros propósitos que não o que permite a atualização cartográfica náutica visando a Segurança da Navegação.

21 Entidade Executante (EE) a importância do Responsável Técnico e sua equipe É na fase de coleta de dados na embarcação de sondagem, que se observa a importância do Responsável Técnico da EE e de sua equipe técnica para o sucesso de um LH; A expertise desses profissionais para orientar e conduzir todas as medidas durante a coleta de dados, poderá contribuir, de forma determinante, para a qualidade do LH encaminhado ao CHM; e As perdas temporais pela adoção de procedimentos contrários aos preconizados na NORMAM-25 são de ordem de grandeza superior às de um LH bem planejado e bem executado em campo, considerados os equipamentos, as variáveis técnicas e ambientais.

22 Capacitação das Entidades Executantes Diante da complexidade técnica de uma sondagem com ecobatímetro multifeixe, notadamente para um LH categoria A de Ordem Especial e 1a, o CHM recomenda que o Responsável Técnico da EE e demais profissionais da equipe técnica sejam constantemente capacitados e atualizados por meio de cursos e treinamentos, bem como a necessidade desse pessoal dispor de equipamentos adequados e de dominar a operação dos equipamentos de coleta de dados.

23 Capacitação das Entidades Executantes Atualmente, pouquíssimas EE estão qualificadas em realizar LH categoria A de Ordens Especial e 1a com emprego de multifeixe; Poucas EE fizeram investimento na capacitação de seu pessoal; Muitas EE alugam equipamentos e muitas vezes não sabem como operá-los na sua plenitude.

24 Capacitação das Entidades Executantes Visitas técnicas às empresas, por ocasião da emissão ou renovação de inscrição no Cadastro de Entidades Executantes de LH. O procedimento teve início em JAN2011, após a publicação da NORMAM-25; Workshops sobre LH, realizados na DHN em 2011 e 2012 e 2015, sendo este último, realizado um para Entidades Executantes e uma para Entidades Contratantes ; Disponibilização de um canal de comunicação com o cliente (levantamentos@chm.mar.mil.br) onde podem ser tiradas dúvidas técnicas acerca de levantamentos (desde JAN2008); Disponibilização de vagas no Curso Internacional de Batimetria Multifeixe, em NOV2013, com o apoio da DHN; e Disponibilização de vagas nos Estágios de Qualificação em Levantamentos Hidrográficos ministrados em MAR2013, MAR2014 e AGO2015.

26 LEVANTAMENTOS HIDROGRÁFICOS PROGRAMA NACIONAL DE DRAGAGEM PORTUÁRIA E HIDROVIÁRIA (PND) PND-1 ( ) 15 Portos PND-2 ( ) 35 Portos Expectativa de aumentar número de Levantamentos Hidrográficos e demanda por atualizações cartográficas LEGENDA: PND-1 PND-2

27 Entidade Contratante CHM/DHN Entidade Executante

28 CONTATOS NO CHM Telefone: /

29 3º Workshop Entidades Contratantes NORMAM-25 VISÃO AMPLA DA SITUAÇÃO Diretoria de Hidrografia e Navegação Centro de Hidrografia da Marinha Capitão de Fragata Frederico Muthz Barros Superintendente de Segurança da Navegação 11 de novembro de 2015