SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO MARANHÃO SINPOL/MA
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- Carlos Eduardo Fernandes Castro
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1 SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO ESTADO DO MARANHÃO SINPOL/MA INSTRUÇÃO NORMATIVA SINPOL/MA Nº 001, DE 16 DE JUNHO DE 2016 Regulamenta os procedimentos a serem adotados pelos policiais civis do Estado do Maranhão durante o período de greve, a ser iniciado a partir do dia 16 de junho de 2016, conforme estabelecido pela Assembleia Geral da categoria, realizada no dia 10 de junho de O Presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão SINPOL/MA, no uso de suas atribuições que lhe confere o Estatuto do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão, Considerando que a categoria, reunida em Assembleia Geral ocorrida no dia 10 de junho de 2016, decidiu por deflagrar GREVE GERAL, a partir do dia 16 de junho de 2016, por tempo indeterminado. Considerando o art. 9 da Lei 7.783/89, Considerando a necessidade de regulamentar e uniformizar os procedimentos a serem adotados durante o período da greve pelos policiais civis do Estado do Maranhão, RESOLVE: Art. 1. Esta Instrução Normativa dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelos policiais civis durante a Greve Geral, iniciada a partir do dia 16 de junho de Art. 2. A partir de 16 de junho de 2016 a categoria se encontra em Assembleia Geral permanente. Art. 3. O movimento grevista deverá ser sempre pacífico e ordeiro. 1. Os policiais que estiverem participando do movimento grevista evitarão expor qualquer tipo de armamento.
2 2. Os policiais civis que estejam no movimento não deverão se confrontar com qualquer força de segurança, ressalvadas as excludentes de ilicitude previstas na legislação penal. Art. 4. Enquanto estiver na concentração do movimento, os policiais civis não deverão ingerir bebidas alcoólicas ou realizar atos que prejudiquem ou maculem a imagem do movimento ou da categoria. Art. 5. Os policias deverão utilizar os coletes do movimento. Art. 6. Os comandos regionais de greve deverão se reportar diretamente à Diretoria do SINPOL/MA e ao Comando Geral de Greve eleita em Assembleia, informando suas atividades e/ou relatando eventuais problemas, inclusive possíveis ofensas ao direito constitucional de greve praticadas contra os policiais civis. Art. 7. Os policiais deverão se reportar diretamente aos comandos regionais de greve ou a Diretoria SINPOL/MA para esclarecer quaisquer dúvidas ou obter orientações. Art. 8. Todos os policiais civis deverão ficar atentos e cumprir as orientações emendas da Diretoria do SINPOL/MA, ou do Comando Geral de Greve. Art. 9. Deverá ser mantido o percentual legal de 30% do efetivo trabalhando, nas condições estabelecidas por esta Instrução Normativa. Art. 10. Para fins de contabilização do efetivo deverão ser utilizados os seguintes critérios: I- Na ilha de São Luís: 30% do efetivo de total de Comissários, Investigadores, Escrivães, Peritos Criminalísticos Auxiliares, Auxiliares de Pericia Médico Legal, Motoristas e Operadores de Rádios da ilha de São Luís; II- No interior do Estado: 30% do efetivo total de Comissários, Investigadores, Escrivães, Peritos Criminalísticos Auxiliares, Auxiliares de Pericia Médico Legal, Motoristas e Operadores de Rádios de cada Delegacia-Regional. 1º. Na ilha de São Luís, a partir das 08:00h do dia 16/06/2016, o efetivo legal de trinta por cento que permanecerá trabalhando estará distribuído exclusivamente nos quatro (quatro) plantões centrais da capital, onde deverão ser realizadas todas as diligências referidas no art. 17 desta Instrução.
3 2º. No interior do Estado, a partir das 08:00h do dia 16/06/2016, o efetivo legal de trinta por cento que permanecerá trabalhando estará distribuído exclusivamente em plantão de atendimento que funcionará na sede de cada Delegacia Regional, onde deverão ser realizadas todas as diligências referidas no art. 17 desta Instrução. Art. 11. Os policiais que não estiverem participando do movimento grevista deverão permanecer trabalhando, compondo o percentual legal de 30%. Parágrafo único. Os policiais que estiverem de folga ou de férias poderão contribuir com o movimento permanecendo no local de concentração. Art. 12. Os policiais aderentes à greve que não estiverem compondo o percentual legal de 30% deverão comparecer diariamente no local de concentração, a partir das 8 horas, com tolerância máxima de uma hora. Parágrafo único. Na ilha de São Luís o local de concentração será na sede do Plantão Central do Parque do Bom Menino, localizado no Bairro Centro da cidade de São Luís. No interior do Estado o local de concentração será na sede de cada Delegacia Regional. Art. 13. Os policiais que permanecerem trabalhando deverão assinar o ponto das respectivas delegacias, enquanto os que se deslocarem para a concentração do movimento deverão assinar o ponto paralelo de greve, que será disponibilizado pelo comando de greve no local da concentração. Art. 14. Os comandos de regionais de greve deverão organizar e disponibilizar o ponto paralelo de greve aos policiais civis que comparecerem no local de concentração do movimento. Art. 15. O ponto paralelo de greve será assinado duas vezes ao dia, sendo que a primeira assinatura deverá ser feita até no máximo às 9 horas e a segunda até no máximo às 15 horas. Art. 16. Os policiais que permanecerem trabalhando deverão atender o público sempre com a urbanidade e cordialidade, independentemente de ser ou não caso de registro de ocorrência e de lavratura de procedimento policial, explicando os motivos da Greve, bem como mostrando as péssimas condições em que se encontram as unidades de Polícia Civil. Art. 17. Os policiais que estiverem cumprindo o percentual legal de 30% deverão realizar somente os seguintes procedimentos ou diligências: I- Em caso de autos de prisão em flagrante delito somente aqueles:
4 a) Decorrentes de crimes contra a vida (homicídio e tentativa de homicídio); b) Os seguintes crimes hediondos: b.1 - latrocínio; b.2 - extorsão qualificada pela morte; b.3 - estupro (em todas as suas modalidades); b.4 - epidemia com o resultado morte; b.5 - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável; c) Decorrentes de crimes contra a criança e o adolescente; d) Decorrentes de crimes contra o idoso; e) Decorrentes da aplicação da Lei Maria da Penha, desde que se trate de homicídio, tentativa de homicídio e lesão corporal de natureza grave.. Art. 18. Não deverão ser realizados os seguintes procedimentos e diligências: I- Autos de prisão em flagrante delito decorrentes de crimes que não estejam previstos no inciso I, do art. 17, desta Instrução Normativa; II- Termos circunstanciados de ocorrência decorrentes de crimes que não estejam previstos no inciso I, do art. 17, desta Instrução Normativa; III- Registros de ocorrências que não se enquadrem na exceção prevista no inciso II, do art. 17 desta Instrução Normativa; IV- Procedimentos de investigação ou diligências, tais como: a) Vigilância; b) Cumprimento de mandados de prisão; c) Cumprimento de mandados de busca e apreensão; d) Cumprimento de mandados de intimações;
5 e) Cumprimento de ordens de missão, exceto nos casos de flagrantes previstos no inciso I, do art. 17; f) Oitivas de pessoas, inclusive aquelas que já estejam previamente agendadas, exceto nos casos de flagrantes previstos no inciso I, do art. 17. V- Custódia ilegal de presos de Justiça, que se revela como patente e inaceitável desvio de função dos integrantes da Polícia Judiciária, especialmente a: a) Vigilância de presos de Justiça; b) Escolta de preso de Justiça para audiências; c) Vigilância de presos em unidades de saúde; d) Vistoria de carceragem onde estejam presos de Justiça; e) Visitas aos presos em Delegacias. 1. Ficam suspensas quaisquer visitas aos presos de justiça custodiados ilegalmente sob a responsabilidade da Polícia Civil. 2. Deverão ser cumpridos todos os alvarás de soltura que forem apresentados por oficiais de justiça ou quem suas vezes fizer. Art. 19. Não serão permitidos que funcionários contratados, cedidos, estagiários ou quaisquer pessoas estranhas ao quadro da Policia Civil pratiquem atos típicos ou exclusivos de Polícia Judiciária, tais como: a) Registro de ocorrências policiais; b) Oitivas de pessoas (ofendidos, investigados, testemunhas, informantes, declarantes, etc.); c) Diligências em viaturas; d) Outros atos relacionados às funções de Polícia Judiciaria previstas em lei. Parágrafo único. As pessoas estranhas ao quadro da Polícia Civil que forem encontradas exercendo alguma das funções descritas nas alíneas deste artigo
6 poderão ser presas em flagrante pelo crime de usurpação de função pública, previsto no art. 328, do Código Penal. Art. 20. Os policiais deverão ficar atentos a eventuais alterações desta Instrução Normativa. Art. 21. Eventuais omissões desta Instrução Normativa serão dirimidas pela Diretoria do SINPOL/MA. Art. 22. Esta Instrução entra em vigor no dia 16 de junho de Heleudo Albino Moreira Presidente do SINPOL/MA Comissão Geral de Greve
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