Sociedade, Estado e Mercado. Aula 6 Teoria social de Max Weber. Prof.: Rodrigo Cantu
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1 Sociedade, Estado e Mercado Aula 6 Teoria social de Max Weber Prof.: Rodrigo Cantu
2 Max Weber ( )
3 Império Alemão ( ) e República de Weimar ( ) 1871 Unificação da Alemanha Leis Anti-socialistas Criação da seguridade social (saúde, acidente, aposentadoria) I Guerra Mundial Proclamação da República / Tratado de Versalhes 1933 Hitler assume o poder (Machtergreifung)
4 A objetividade do conhecimento na ciência política e na ciência social A ética protestante e o espírito do capitalismo 1915 A religião da China: confucionismo e taoísmo 1916 A religião da Índia: hinduísmo e budismo 1917 O judaísmo antigo A ciência como vocação / Política como vocação 1910/ Economia e Sociedade
5 Wilhelm Dilthey ( ) Gustav von Schmoller ( ) Ferdinand Tönnies ( )
6 Temas importantes: Capitalismo Religião Carisma Racionalidade Burocracia
7 Economia e Sociedade l. Conceito de sociologia e o "significado" no ação social. A sociologia é uma ciência que tem como objetivo entender interpretativamente a ação social para, desse modo, explicar causalmente seu desenvolvimento e efeitos. Deve ser entendido por ação o comportamento humano ao qual seu sujeito ou seus sujeitos relacionem um sentido subjetivo (seja um ato interno ou externo, seja consentindo ou omitindo). A ação social, portanto, é uma ação onde o sentido subjetivamente visado se baseia no comportamento dos outros e é conduzida por este no seu desenvolvimento.
8 Tipo ideal Em todos estes casos a compreensão envolve entendimento interpretativo do significado presente em uma das seguintes contextos: (a) como na abordagem histórica, o que é efetivamente o significado intencionado da ação individual concreta; ou (b) como nos casos de fenômenos sociológicos de massa, a média, ou uma aproximação, do significado realmente pretendido; ou (c) o significado apropriado a um tipo puro cientificamente formulado (um tipo ideal) de um fenômeno recorrente. Os conceitos e as "leis" da teoria econômica são exemplos desse gênero de tipo ideal. Eles afirmam que curso assume determinado tipo de ação humana se fosse estritamente racional, não afetado por erros ou fatores emocionais e se, além disso, fosse completamente e inequivocamente dirigido a um único fim, a maximização da vantagem econômica. Na realidade, a ação assume esse curso preciso apenas em casos incomuns, como às vezes na bolsa de valores; e, até mesmo aí, geralmente há apenas uma aproximação com o tipo ideal.
9 Classificação da ação social Ação social afetiva Ação social tradicional Ação social racional com relação a valores Ação social racional com relação a fins
10 Grandes religiões mundiais Magia Religião (padres e profetas) Visão Cosmocêntrica (oriente) Visão Teocêntrica (ocidente) Misticismo Ascetismo Intramundano (confucionismo) Fora do mundo (budismo) Intramundano (protestantismo) Recusa do mundo (monaquismo cristão)
11 Surgimento do capitalismo Rejeição da hipótese materialista Raízes religiosas do comportamento capitalista Comportamento ascético contra a tradição Devoção profissional Perda de espírito
12 Diagnóstico da modernidade Um dos elementos componentes do espírito capitalista moderno, e não só deste, mas da própria cultura moderna: a conduta de vida racional fundada na ideia de profissão como vocação, nasceu como queria demonstrar esta exposição do espírito da ascese cristã. Basta ler mais uma vez o tratado de Franklin citado no início deste ensaio para ver como os elementos essenciais da disposição ali designada de espírito do capitalismo são precisamente aqueles que aqui apuramos como conteúdo da ascese profissional puritana, embora sem a fundamentação religiosa, que já em Franklin se apagara. A ideia de que o trabalho profissional moderno traz em si o cunho da ascese também não é nova. Restringir-se a um trabalho especializado e com isso renunciar ao tipo fáustico do homem universalista é, no mundo de hoje, o pressuposto da atividade que vale a pena de modo geral, pois atualmente ação e renúncia se condicionam uma à outra inevitavelmente: esse motivo ascético básico do estilo de vida burguês se é que é estilo e não falta de estilo também Goethe, do alto de sua sabedoria de vida, nos quis ensinar com os Wanderjahre {Anos de peregrinação} e com o fim que deu à vida de Fausto. Para ele essa constatação significava um adeus de renúncia a uma época de plenitude e beleza da humanidade, que não mais se repetirá no decorrer do nosso desenvolvimento cultural como também não se repetiu a era do esplendor de Atenas na Antiguidade.
13 Diagnóstico da modernidade O puritano queria ser um profissional nós devemos sê-lo. Pois a ascese, ao se transferir das celas dos mosteiros para a vida profissional, passou a dominar a moralidade intramundana e assim contribuiu com sua parte para edificar esse poderoso cosmos da ordem econômica moderna ligado aos pressupostos técnicos e econômicos da produção pela máquina, que hoje determina com pressão avassaladora o estilo de vida de todos os indivíduos que nascem dentro dessa engrenagem não só dos economicamente ativos e talvez continue a determinar até que cesse de queimar a última porção de combustível fóssil. Na opinião de Baxter, o cuidado com os bens exteriores devia pesar sobre os ombros de seu santo apenas qual leve manto de que se pudesse despir a qualquer momento. Quis o destino, porém, que o manto virasse uma rija crosta de aço. No que a ascese se pôs a transformar o mundo e a produzir no mundo os seus efeitos, os bens exteriores deste mundo ganharam poder crescente e por fim irresistível sobre os seres humanos como nunca antes na história.
14 Diagnóstico da modernidade A partir do momento em que não se pode remeter diretamente o cumprimento do dever profissional aos valores espirituais supremos da cultura ou que, vice-versa, também não se pode mais experimentá-lo subjetivamente como uma simples coerção econômica, aí então o indivíduo de hoje quase sempre renuncia a lhe dar uma interpretação de sentido. Nos Estados Unidos, território em que se acha mais à solta porquanto despida de seu sentido metafísico, ou melhor: éticoreligioso, a ambição de lucro tende a associar-se a paixões puramente agonísticas que não raro lhe imprimem até mesmo um caráter esportivo. Ninguém sabe ainda quem no futuro vai viver sob essa crosta e, se ao cabo desse desenvolvimento monstro hão de surgir profetas inteiramente novos, ou um vigoroso renascer de velhas ideias e antigos ideais, ou se nem uma coisa nem outra o que vai restar não será uma petrificação chinesa, ou melhor: mecanizada, arrematada com uma espécie convulsiva de auto-suficiência. Então, para os últimos homens desse desenvolvimento cultural, bem poderiam tornarse verdade as palavras: Especialistas sem espírito, gozadores sem coração: esse Nada imagina ter chegado a um grau de humanidade nunca antes alcançado.
15 Política como vocação Estado: organização detentora do monopólio da violência legitima em determinado território Dominação: capacidade de encontrar obediência a uma ordem Formas de dominação legítima: Tradicional Carismática Racional-legal regras administrada por um estamento burocrático, independente das qualidades do líder
16 Weber e a República de Weimar Consultor do comitê de reforma constitucional Defesa de uma forte presidência da república eleita por voto popular (à la Estados Unidos) Defesa de garantia de poderes extraordinários ao presidente Artigo 48 Robert Michels e o fascismo italiano
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