Módulo IV HRSG MÓDULO IV HRSG GERADOR DE VAPOR DE RECUPERAÇÃO DE CALOR. Departamento de Engenharia 1 de 62

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1 MÓDULO IV HRSG GERADOR DE VAPOR DE RECUPERAÇÃO DE CALOR Departamento de Engenharia 1 de 62

2 ÍNDICE 1. Características Construtivas dos HRSGs Hanjung Componentes principais do HRSG Economizador/Pré-Aquecedor Balões de Vapor Downcomers, Headers e Risers Evaporador Superaquecedor Reaquecedor Duto/Tubulão de Exaustão (HBK) Caminho Básico do Fluxo de Vapor e Condensado Princípios de Operação do HRSG Transferência de Calor Evaporação Blowdown Circulação de Água e Condensado Tratamento da Água de Alimentação Óxidos Magnéticos Óleo Sólidos Sílica Fundição Cálcio e Magnésio Escama Controle de ph Controle do Oxigênio Foaming Sistemas do HRSG Sistema de Alta Pressão (HAD10) Entrada do Sistema Geração do Vapor HP Tubulação de Vapor HP e Estação de Bypass Controles e Proteção Partida Fria (Cold Start) Partida Quente (Warm/Hot Start) Desligamento e Operação em Carga Parcial Sistema de Pressão Intermediária (HAD50, LBA50, HAJ) Entrada do Sistema Geração do Vapor IP Reaquecedores (HAJ50/60) Controles e Proteção Partida Fria (Cold Start) Partida Quente (Warm/Hot Start) Desligamento e Operação em Carga Parcial Sistema de Baixa Pressão (HAD80, LBA80) Entrada do Sistema Geração do Vapor LP Tubulação de Vapor LP Controles e Proteção Partida Fria (Cold Start) Partida Quente (Warm/Hot Start) Desligamento Sistema de Pré-Aquecimento de Condensado (HAA) Sistema de Pré-Aquecimento de Gás (EKT) Partida do Sistema Desligamento do Sistema Controles e Proteção Sistema de drenos de Start-up/Shutdown (LBH) Queimadores Auxiliares do HRSG Considerações sobre o Controle do HRSG...62 Departamento de Engenharia 2 de 62

3 1. CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DOS HRSGS HANJUNG O HRSG possui três níveis de pressão com reaquecimento, e é um gerador de vapor do tipo aquatubular com circulação natural. O HRSG é projetado para aproveitar a energia de exaustão da turbina a gás. Todo o vapor gerado (alta pressão - HP, média pressão IP e baixa pressão LP) é fornecido para a turbina a vapor. O vapor de pressão intermediária é unificado com o vapor proveniente da descarga da turbina de alta pressão antes de ser direcionado para o reaquecedor. Os parâmetros do vapor produzido pelo HRSG, para uma condição normal de funcionamento e temperatura ambiente, são: Pressão Alta: 51 Kg/s de vapor superaquecido a 550 ºC e 109 bar Vapor Reaquecido: 59 Kg/s de vapor superaquecido a 550 ºC e 27 bar Pressão Intermediária/Média: 9 Kg/s de vapor superaquecido a 317 ºC e 19 bar Pressão Baixa: 6 Kg/s de vapor superaquecido a 233 ºC e 4 bar CHAMINÉ DE EXAUSTÃO FINAL CHAMINÉ DE EXAUSTÃO DA TURBINA (FECHADA NA OPERAÇÃO EM CICLO COMBINADO) BALÃO IP BALÃO HP BALÃO LP QUEIMADORES AUXILIARES DUTO DE ENTRADA (EXAUSTÃO DA TURBINA A GÁS) ESCADAS DE ACESSO Figura 1 Vista do HRSG Os módulos do HRSG são arranjados vertical e perpendicularmente ao fluxo dos gases de exaustão da turbina a gás. Departamento de Engenharia 3 de 62

4 1.1. COMPONENTES PRINCIPAIS DO HRSG ECONOMIZADOR/PRÉ-AQUECEDOR O primeiro grande componente do HRSG é o economizador, que em linhas gerais faz o papel de um pré-aquecedor. A função do economizador é elevar a temperatura da água para uma temperatura aproximadamente próxima da temperatura de saturação BALÕES DE VAPOR O HRSG é equipado com um balão de alta pressão (HP), um balão de média pressão (IP) e um balão de baixa pressão (LP). Nos balões, o vapor saturado é separado da mistura vapor/água. A separação vapor/água é feita por uma combinação de componentes mecânicos e gravidade, e depende da manutenção do nível de água no balão. A separação primária do vapor/água é feita por um separador ciclone de vapor. Os ciclones, de formas cilíndricas, estão dispostos internamente ao balão. A força centrífuga direciona a água (de maior densidade) para a parte exterior do cilindro, onde forma-se uma camada contra a parede do mesmo. O vapor move-se para cima e para o centro do cilindro. A água flui para baixo da parede do cilindro (devido à gravidade) e retorna ao ciclo da caldeira. No balão de baixa pressão, a separação do vapor/água é realizada por um disco de impacto, o qual remove a maior parte da água da mistura. Os balões são projetados para funcionarem como reservatórios de água. Figura 2 Detalhe da parte superior de um separador ciclone de vapor Figura 3 Vista do interior do balão HP, com os separadores ciclone e a estrutura de coleta do vapor acima DOWNCOMERS, HEADERS E RISERS Os downcomers (tubulões de descida) são componentes importantes dentro do circuito de evaporação. Eles transportam água do balão para os headers (distribuidores ou coletores) inferiores. O header recebe a água do downcomer e distribui para os módulos do evaporador. As entradas dos downcomers são equipadas com dispositivos que impedem turbulências na água que flui do balão. As entradas dos downcomers são também cobertas com uma Departamento de Engenharia 4 de 62

5 tela de proteção, para prevenir uma queda acidental de ferramentas e de outros materiais durante a inspeção e a manutenção do balão. O header também funciona como uma armadilha para depósitos de sujeira do circuito evaporador, e contém conexões para limpeza química e drenagem. Os risers são as tubulações que levam a mistura de água e vapor de volta para o balão, possuindo um fluxo de fluido ascendente. Figura 4 Downcomers do balão IP (à esquerda) e risers de retorno de água/vapor (à direita) Figura 5 Risers do evaporador LP em primeiro plano (ao fundo, tubulação de saída do pré-aquecedor de condensado) EVAPORADOR Na seção do evaporador ocorre a geração de vapor. Quando a água alcança o ponto de ebulição ou a temperatura de saturação, ela evapora e é direcionada para o balão SUPERAQUECEDOR O último componente importante do circuito gerador de vapor é o superaquecedor. A função do superaquecedor é elevar a temperatura do vapor acima da temperatura de saturação. A alta temperatura do vapor minimiza a introdução de água na turbina a vapor e melhora a eficiência do ciclo de vapor. Os superaquecedores são projetados com drenos nas partes mais baixas para assegurar que qualquer água acumulada seja removida. Figura 6 Conexão do coletor superior do superaquecedor HP 3 Figura 7 Base da chaminé de exaustão, com a porta de inspeção aberta Departamento de Engenharia 5 de 62

6 REAQUECEDOR O reaquecedor tem a função de elevar a eficiência da turbina a vapor. O vapor descarregado da turbina a vapor de alta pressão é misturado com o vapor proveniente do balão de média pressão e é aquecido até 550 ºC antes de ser direcionado para turbina a vapor de média pressão DUTO/TUBULÃO DE EXAUSTÃO (HBK) O gás de exaustão sai horizontalmente da turbina a gás e entra no duto de exaustão. O sistema de exaustão do HRSG compreende os componentes não resfriados da estrutura, a carcaça, e as chaminés. Ele inclui ainda os elementos de fixação, os recursos de suspensão das superfícies de aquecimento, as juntas de expansão, a isolação e a instrumentação. O objetivo do sistema de exaustão é direcionar o gás de exaustão da saída da turbina a gás através do HRSG, e daí para a chaminé de saída. O gás de exaustão flui através do duto do HRSG antes de retornar à atmosfera através da chaminé. Um sistema de queimadores auxiliares (ver página 58) está posicionado no início do duto de exaustão, a montante dos trocadores de calor do superaquecedor HP, com o objetivo de fornecer calor adicional para o HRSG sempre que houver uma maior demanda de carga na planta. As superfícies de aquecimento consistem principalmente de tubos verticais aletados agrupados em módulos de troca de calor. Os headers são localizados fora do fluxo do gás de exaustão. O gás de exaustão frio, depois de passar pelo módulo do pré-aquecedor de condensado, sai através da chaminé final. Componentes na ordem ao longo do duto do gás de exaustão: Código Designação em inglês Nome Operacional Corrente HPHTSH High Pressure High Temperature SuperHeater Superaquecedor HP 3 HTRH High Temperature ReHeater Reaquecedor Quente (Hot Reheat) HPITSH High Pressure Intermmediate Temperature SuperHeater Superaquecedor HP 2 LTRH Low Temperature ReHeater Reaquecedor Frio (Cold Reheat) HPLTSH High Pressure Low Temperature SuperHeater Superaquecedor HP 1 HPEVAP High Pressure Evaporator Balão/Evaporador HP IPSH Intermmediate Pressure SuperHeater Superaquecedor IP HPHTECON High Pressure High Temperature Economizer Economizador HP 3 IPEVAP Intermmediate Pressure Evaporator Balão/Evaporador IP HPITECON High Pressure Intermmediate Temperature Economizer Economizador HP 2 LPSH Low Pressure SuperHeater Superaquecedor LP IPECON1 Intermmediate Pressure Economizer 1 Economizador IP 1 HPLTECON High Pressure Low Temperature Economizer Economizador HP 1 IPECON2 Intermmediate Pressure Economizer 2 Economizador IP 2 LPEVAP Low Pressure Evaporator Balão/Evaporador LP CPH Condensate PreHeater Pré-aquecedor de Condensado Departamento de Engenharia 6 de 62

7 Figura 8 Duto do HRSG, incluindo instrumentação e módulos de troca de calor Departamento de Engenharia 7 de 62

8 Figura 9 Vista dos HRSGs Figura 10 Vista lateral do HRSG11 Figura 11 Trabalho de remoção de válvulas de segurança com guindaste Figura 12 Válvula de dreno do duto do HRSG (HBK10AA404) Figura 13 Porta de inspeção do duto do HRSG 1.2. CAMINHO BÁSICO DO FLUXO DE VAPOR E CONDENSADO Os evaporadores geram o vapor que é processado nos balões. O vapor saturado que deixa os balões de alta, média e baixa pressão é direcionado para os respectivos superaquecedores. O vapor de alta pressão é superaquecido por três superaquecedores, equipado com válvulas dessuperaquecedores nos estágios intermediário e final. O dessuperaquecedor de estágio intermediário assegura que a temperatura final do vapor não exceda 550 ºC. O vapor superaquecido é então transportado para a seção de alta pressão da turbina a vapor. O vapor proveniente da descarga da turbina de alta pressão e o vapor superaquecido proveniente do balão de média pressão são combinados e direcionados para o reaquecedor para serem superaquecidos. Da mesma forma que no estágio de alta pressão, o reaquecedor possui dessuperaquecedor intermediário e final, para garantir que Departamento de Engenharia 8 de 62

9 a temperatura do vapor superaquecido não exceda 550 ºC. O vapor reaquecido é direcionado para a seção de média pressão da turbina a vapor. O vapor de baixa pressão é superaquecido e então é direcionado para a seção de baixa pressão da turbina a vapor. A turbina a vapor é equipada com um sistema de bypass para média e baixa pressão. Durante o acionamento e desligamento do HRSG o vapor de média pressão (reaquecedor) e o vapor de baixa pressão são direcionados diretamente para o condensador via estações de bypass de baixa e média pressão. O vapor de alta pressão é direcionado para a linha do reaquecedor via a estação bypass de alta pressão, onde ele é despressurizado e resfriado pela injeção de água (dessuperaquecedor). O condensado formado no condensador, após a descarga da turbina LP, é direcionado para o pré-aquecedor de condensado e para o desareador e o tanque de água de alimentação, localizados entre o HRSG11 e o HRSG12. No desareador o oxigênio contido no condensado é removido. O condensado, após sair do desareador e do tanque de água de alimentação, segue para os sistemas de água de alimentação de alta e média pressão. Ele é direcionado pelas bombas de água de alimentação da caldeira para os economizadores de alta e média pressão, e daí para os balões. 2. PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO DO HRSG 2.1. TRANSFERÊNCIA DE CALOR Transferência de calor é a troca de energia (calor) de um meio para outro. Em um HRSG, esta transferência de energia ocorre entre os gases provenientes da turbina a gás e a água e vapor do HRSG. Isto acontece porque os gases provenientes da turbina a gás possuem um nível maior de energia do que a água e o vapor do HRSG. A diferença nos níveis de energia é medida como um diferencial de temperatura. Quanto maior o diferencial de temperatura, mais transferência de energia ocorre. Existem 3 modos de transferência de calor: Radiação A energia é transmitida de um corpo quente para um corpo mais frio sem que haja o contato físico entre os mesmos. Condução Condução é o resultado do contato direto entre corpos quentes e frios. Esta troca de energia ocorre porque a moléculas estão em contato umas com as outras. Convecção A troca de energia ocorre entre uma superfície fixa e um fluído (ar, água, etc) movendo sobre esta superfície. Existem dois regimes de transferência por convecção: Convecção livre A convecção livre é definida como o movimento de um fluído sobre uma superfície, causado somente pela diferença na densidade do fluído devido às diferenças de temperatura. Departamento de Engenharia 9 de 62

10 Convecção forçada A convecção forçada requer um movimento de fluído produzido por aparelhos mecânicos, tais como ventiladores ou uma turbina a gás. O regime predominante na transferência de calor no HRSG é através da convecção forçada. A transferência de calor é administrada pela temperatura e velocidade dos gases de exaustão da turbina a gás EVAPORAÇÃO Evaporação ou ebulição é o processo que ocorre no evaporador de um típico circuito gerador de vapor. Este processo muda a fase da água de líquido para vapor. A ebulição ocorre em dois passos: No 1º passo, o calor é adicionado à água para elevar sua temperatura para o ponto de ebulição; No 2º passo, mais calor é adicionado para mudar o estado da água de líquido para gasoso, conhecido como calor latente de evaporação. Encolher (shrink - contração) e Inchar (swell - expansão) são dois termos associados com as características específicas de volume da água e do vapor. Encolher é a diminuição no volume de água do balão que ocorre quando a ebulição cessa, enquanto inchar é o aumento do nível do balão devido ao aumento da ebulição, resultado do aumento da absorção de calor BLOWDOWN Blowdown é o processo de remoção de líquidos ou sólidos de um processo ou de um vaso, podendo ser ou não uma ação sob pressão. Os balões do HRSG são projetados para operar com blowdown contínuo, intermitente e cascata. Blowdown Contínuo Durante operação normal, a água de alimentação entra continuamente nos balões à medida que o vapor sai. As impurezas da água de alimentação permanecerão na água do balão da caldeira. A contínua remoção das impurezas pelo blowdown é chamada de blowdown contínuo. Este blowdown é dirigido para o tanque de drenagem da caldeira (flash tank). Blowdown Intermitente A remoção periódica de sedimentos ou depósitos dos balões do HRSG refere-se como blowdown intermitente. O blowdown intermitente é projetado para remover qualquer sedimento formado nas zonas de baixa velocidade água da caldeira e manter as características químicas da água dentro de limite designados. Diferentemente do blowdown contínuo, o blowdown intermitente é operado manualmente por curta duração (segundos) para remover corpos suspensos que podem ter sido depositados, pois a abertura contínua do mesmo causa o colapso do nível do balão. Por este motivo, a linha de blowdown intermitente é usada para controlar ocorrências de nível alto no balão. Blowdown Cascata O blowdown cascata tem por objetivo passar a água de um balão para o outro (HP IP, IP LP), provendo economia e eficiência no ciclo água vapor. Departamento de Engenharia 10 de 62

11 2.4. CIRCULAÇÃO DE ÁGUA E CONDENSADO A circulação da água é baseada na diferença de densidade entre a água e o vapor. Assim como a energia é absorvida, uma mistura de vapor/água é gerada nos tubos. A mistura de vapor/água nos tubos é menos densa que a água nos downcomers, e sobe até o balão. A água de alimentação da caldeira proveniente da condensação do vapor no condensador da turbina a vapor é chamada de condensado TRATAMENTO DA ÁGUA DE ALIMENTAÇÃO A qualidade da água é expressa basicamente como condutividade (µs), oxigênio (ppm) e ph. Os equipamentos utilizados no ciclo água/vapor (economizador, pré-aquecedor de condensado, bombas, tubulações, etc.) são constituídos por uma variedade de materiais, como ligas de cobre, aço carbono, aço inoxidável e bronze. A redução ou prevenção da corrosão depende de um ótimo nível de ph, o qual geralmente abrange de 8.0 a 9.5. A água de alimentação da caldeira deve ser desmineralizada antes de ser introduzida ao ciclo água/vapor ÓXIDOS MAGNÉTICOS Se óxidos magnéticos estão presentes na água de alimentação, eles podem ser removidos através da drenagem de fundo dos balões. Óxidos magnéticos são tipicamente compostos de ferro, tais como óxido de ferro ou sílica de ferro. Depósitos de óxido de ferro são tipicamente encontrados nas operações das caldeiras com água de alimentação muito pura. Ferro dissolvido no condensado e introduzido na caldeira pode causar depósito de óxido de ferro. A combinação de ferro com sílica presente na água da caldeira pode resultar na formação de escamas de silicato de ferro ÓLEO Óleo não é normalmente encontrado na água de alimentação da caldeira. O óleo pode ser introduzido na água de alimentação através de uma bomba ou sistema de lubrificação da turbina a vapor. O óleo também pode ser introduzido no equipamento do ciclo água/vapor durante manutenções. O óleo tem a tendência de flutuar na água. Conseqüentemente, somente uma pequena quantidade de óleo na água da caldeira é removida pelo blowdown. É praticamente impossível obter uma amostra representativa de água da caldeira para o teste da presença de óleo. Estas amostras devem ser retiradas dos condensadores ou da água de alimentação da caldeira. Alguns dos mais sérios problemas operacionais de caldeiras, tais como ruptura, aquecimento localizado e formação de escamas podem ser investigadas pela contaminação de óleo na água de alimentação da caldeira SÓLIDOS Os sólidos dissolvidos estão em soluções e não podem ser removidos através da filtração. Sólidos suspensos são aqueles que não estão em solução e podem ser removidos por Departamento de Engenharia 11 de 62

12 filtração. O total de sólidos representa a soma dos sólidos dissolvidos e suspensos. Os sólidos da água da caldeira podem ser magnéticos ou não-magnéticos. A origem dos sólidos dissolvidos presentes na caldeira provém do efeito da água em contato com os minerais da terra ou dos componentes da caldeira. Sólidos suspensos são partículas pequenas, de corpo insolúvel, mecanicamente introduzidas pela ação turbulenta da água nas partes sólidas da caldeira. Os sólidos suspensos são condenáveis na água da caldeira. Estes sólidos podem ser corrosivos ou formar escamas nas superfícies aquecidas da caldeira. Por estas razões, os sólidos suspensos devem ser eliminados da água da caldeira. Os sólidos dissolvidos são geralmente sulfatos, bicarbonatos e cloretos de cálcio, magnésio e sódio. Cada um destes íons pode produzir um efeito específico na água de alimentação da caldeira SÍLICA A sílica é apresentada na água como a porcentagem do dióxido de silício (SiO2). A sílica é difícil de ser removida da água e resulta numa escamação das superfícies aquecidas ou dos componentes da turbina a vapor FUNDIÇÃO CÁLCIO E MAGNÉSIO Fundição na água é a soma da presença de cálcio e magnésio. Dureza também é relatada como dureza de cálcio e fundição de cálcio. A água fundida é condenável devido à formação de espumas e de escamas. Os sais de cálcio e magnésio são a fonte mais comum de escama na caldeira. Tratamento químico é usado para evitar depósitos e formação de escamas na superfície da caldeira limpa ESCAMA A formação de escamas e o depósito de sedimentos na superfície aquecida da caldeira é o maior problema encontrado na geração de vapor. O objetivo da maioria dos processos de tratamento de água é remover da água de alimentação da caldeira as substâncias prejudiciais que contribuem para a formação ou o depósito de escamas na caldeira. A causa primária de formação de escamas é a diminuição dos níveis de solubilidade com o aumento da temperatura. Conseqüentemente, quanto mais alta a temperatura de ebulição, mais insolúveis se tornam os sais encontrados. Nenhum método de tratamento químico opera em uma temperatura tão alta como a da alta temperatura de ebulição. Portanto, à medida que a temperatura da água de alimentação é elevada, a solubilidade dos sais formados é excedida e eles cristalizam a partir da solução como a escama na superfície aquecida da caldeira. A presença da escama é equivalente à formação de uma fina camada de filme isolante por todo o caminho de transferência de calor. A presença de material isolante de calor reduz a transferência de calor e causa uma perda de eficiência. Departamento de Engenharia 12 de 62

13 CONTROLE DE PH Valores ácidos do ph causam uma agressão ao metal da caldeira. A medida simples de controle para evitar tal corrosão é a neutralização das características ácidas pelo uso de base alcalina. No tratamento da água de alimentação da caldeira, soda cáustica normalmente é empregada com esta finalidade. O controle de corrosão no sistema de condensado pode ser feito pela adição de amônia CONTROLE DO OXIGÊNIO Oxigênio livre (dissolvido) pode causar corrosão nas linhas de água de alimentação, economizadores, balões e downcomers. Dois métodos de controle do oxigênio são a desareação e a adição química de hidrazina FOAMING Foaming é a formação de uma grande quantidade de espuma na caldeira devido à falta de aglutinação ou quebra das bolhas de vapor. O foaming é causado pelo excesso de sólidos dissolvidos ou suspensos na água da caldeira, tais como óleo ou sabão. Repentinos balanços de carga também podem causar o foaming. 3. SISTEMAS DO HRSG 3.1. SISTEMA DE ALTA PRESSÃO (HAD10) O sistema de geração de vapor HP (High Pressure, Alta Pressão) tem a função de fornecer vapor de qualidade para a turbina a vapor, na temperatura e pressão corretas, a partir da energia térmica contida no gás de exaustão da turbina a gás. Este sistema fica localizado entre o sistema de água de alimentação (LAB) e a tubulação de vapor HP (LBA10). O sistema HAD10 também executa as seguintes tarefas: entregar água de alimentação para o balão HP durante partidas, paradas e operação contínua do ciclo combinado; interromper o fluxo de água de alimentação durante qualquer evento de mal funcionamento, evitando o enchimento excessivo do HRSG; fornecer o vapor HP produzido no balão para a linha de vapor HP durante a operação normal; fornecer água de alimentação HP para o sistema de dessuperaquecimento, limitando a temperatura do vapor HP em operações durante carga parcial ou com altas temperaturas ambientes; manter o vapor HP superaquecido, dentro dos limites permissíveis definidos pela turbina a vapor; fornecer água de alimentação HP para o bypass HP, com funções de dessuperaquecimento; Departamento de Engenharia 13 de 62

14 descarregar o vapor HP diretamente para a tubulação do sistema cold reheat (reaquecimento frio) através da válvula de bypass, caso este vapor não possa ser absorvido pela turbina a vapor. Figura 14 Vista do balão HP do HRSG11 Figura 15 Interior do balão HP Figura 16 Válvulas de isolação de água de alimentação HP (LAB30AA001 e LAB30AA011) Figura 17 Válvulas de controle de água de alimentação HP (LAB30AA101 e LAB30AA102) Figura 18 Válvulas de dreno do balão HP (HAD20AA403 e HAD20AA401) ENTRADA DO SISTEMA A linha de água de alimentação HP se inicia após as válvulas motorizadas de bloqueio principal e de bypass (LAB30AA001 e LAB30AA011, respectivamente). A linha possui um fluxômetro (LAB30CF001) e uma válvula de retenção (LAB30AA002) que evita o contrafluxo da caldeira caso uma das válvulas de retenção das bombas de água de alimentação falhe. As linhas de injeção de água para a estação de bypass HP (LAE25) e para os dessuperaquecedores HP (LAE10 e LAE20) são derivadas logo após o fluxômetro, no início da linha de água de alimentação e antes das válvulas de controle. Estas linhas limitam a temperatura do vapor HP ao valor de projeto durante a operação com carga Departamento de Engenharia 14 de 62

15 parcial em altas temperaturas ambientes, e também durante partidas frias e quentes, a fim de adequar o vapor aos requerimentos de temperatura da ST GERAÇÃO DO VAPOR HP O sistema HP é localizado a jusante do duto de exaustão de entrada do HRSG. As superfícies de troca de calor são fabricadas em sua maioria com tubos aletados. O sistema é subdividido nas seguintes seções, listadas na ordem em que o gás de exaustão passa através delas: Superaquecedor HP Evaporador HP Economizador HP O economizador HP recupera o calor remanescente presente no gás de exaustão após o evaporador. O evaporador HP gera vapor através do circuito de circulação natural formado em conjunto com o balão HP. O superaquecedor aquece o vapor saturado do balão até as condições requeridas pela ST10. O superaquecedor e o economizador são trocadores de calor de contra-fluxo perpendicular (cross counter flow). O evaporador, no entanto, possui somente fluxo perpendicular em relação ao fluxo de gás de exaustão (cross to the exhaust flow). A água de alimentação é recebida das bombas na entrada do economizador HP, sendo então aquecida até a temperatura de saída nominal do economizador e direcionada ao balão HP. Na entrada do economizador existe um conjunto de válvulas de controle. A válvula de controle principal (LAB30AA101) é destinada ao controle do fluxo na faixa de 30 a 100% de carga, enquanto a válvula de controle de bypass (LAB30AA102) efetua o controle do fluxo com até 30% de carga. No balão HP, a água passa pelos tubulões de descida (downcomers) até o coletor do evaporador. Parte desta água é evaporada no próprio evaporador, e a mistura de água/vapor se desloca via convecção natural através dos tubos de subida (risers) de volta para o balão, no que se chama de circulação natural. As tubulações de conexão entre os coletores inferiores e o balão são uniformemente distribuídas ao longo do comprimento do mesmo. O balão HP possui as seguintes funções: assegurar uma boa mistura entre a água de alimentação e a água do processo; constituir uma reserva de água necessária para a circulação do sistema; permitir a expansão da água durante partidas; assegurar uma separação eficiente de água e vapor. A balão foi projetado para operação estável e segura sob todas as condições normais de funcionamento, sendo instalado fora da carcaça da caldeira. Logo, ele não é aquecido pelos gases de exaustão da turbina a gás. A separação entre o vapor e a água é realizada por meio de um sistema de separadores que restringe o arraste para o superaquecedor dentro dos limites especificados por norma (< 1%). O vapor saturado passa do balão HP para o superaquecedor, que é na verdade Departamento de Engenharia 15 de 62

16 dividido em três seções. A saída do terceiro superaquecedor é conectada à entrada da linha de vapor HP (LBA10). O dessuperaquecedor (ou atemperador) LAE20AA101 está localizado antes do superaquecedor final para protegê-lo do sobreaquecimento durante a operação dos queimadores auxiliares da caldeira, em cargas intermediárias e na ocorrência de altas temperaturas ambientes. Há duas válvulas de segurança instaladas no balão HP para proteger o sistema contra pressões excessivas (HAD10AA191 e HAD10AA192). Conexões de amostragem existem para a coleta de água de alimentação, água do balão e vapor saturado durante a operação do HRSG. Linhas de blowdown e drenos para partida são direcionadas do balão para o flash tank (LBH10BB001). A linha de blowdown intermitente do balão HP (3 ) para o sistema de drenos do HRSG (LBH) possui uma válvula de isolação motorizada (HAD20AA001) e uma válvula de controle (HAD20AA101). A linha de blowdown contínuo (1½ ) possui uma válvula de isolação motorizada (HAD15AA001) e uma válvula manual de ajuste (HAD15AA101). Existem ainda várias conexões para a dosagem de químicos tanto na linha de água de alimentação quanto no balão HP. Figura 19 Entrada de água de alimentação para o sistema HP Departamento de Engenharia 16 de 62

17 Figura 20 Economizadores HP Departamento de Engenharia 17 de 62

18 Figura 21 Balão HP Departamento de Engenharia 18 de 62

19 Figura 22 Superaquecedores HP Departamento de Engenharia 19 de 62

20 Figura 23 Linha de vapor HP Departamento de Engenharia 20 de 62

21 TUBULAÇÃO DE VAPOR HP E ESTAÇÃO DE BYPASS A tubulação de vapor HP recebe o vapor do HRSG e o transfere para a ST10. Esta tubulação possui um fluxômetro (LBA10CF001) e um dessuperaquecedor (LAE10AA101) para manter a temperatura do vapor dentro da faixa de operação necessária à turbina durante períodos de partida fria/quente, operação em carga parcial e altas temperaturas ambientes. Há ainda linhas de dreno que possibilitam a retirada de condensado e o aquecimento da tubulação durante a partida do sistema. Elas permanecem ativas durante a operação em regime contínuo para garantir o superaquecimento do vapor HP. Durante paradas, a drenagem do superaquecedor HP é mantida em operação para que qualquer formação de condensado no mesmo seja eliminada. O sistema é protegido contra pressões excessivas pela válvula de segurança LBA10AA191. Assim como no balão, conexões de amostragem fazem a coleta do vapor durante a operação do HRSG. Uma derivação da tubulação de vapor HP para a estação de bypass LBF10AA101 possibilita o desvio do vapor diretamente para a linha de reaquecimento frio (cold reheat), caso este vapor não possa ser absorvido pela ST10. A estação de bypass HP possui uma válvula de controle para a injeção de água (LAE25AA101), que limita a temperatura de saída do vapor quando este se junta ao vapor proveniente da linha de reaquecimento frio. Sua abertura é corrigida pelo desvio existente entre o ajuste de temperatura fixo de 360 C e a temperatura após a válvula de bypass (média dos sensores LBC51CT001, LBC51CT002 e LBC51CT003). Figura 24 Silenciadores do sistema HP e do reaquecedor (HAD10BS001 e LBC50BS001) Figura 25 Válvula de vent do balão HP (HAD10AA502) Figura 26 Válvula de bypass do sistema HP (LBF10AA101) Departamento de Engenharia 21 de 62

22 Figura 27 Detalhe do indicador de nível do balão HP (HAD10CL501) Figura 28 Válvula de blowdown contínuo do balão HP (HAD15AA001) Figura 29 De-superaquecedor HP intermediário (LAE20AA101) CONTROLES E PROTEÇÃO O nível do balão HP é regulado por uma lógica que controle que atua sobre as válvulas LAB30AA101 e LAB30AA102, mantendo o fluxo de água de alimentação dentro dos limites adequados independente das condições de flutuação de carga. Esta lógica de controle de nível atua de acordo com dois modos de modulação: Carga mínima (low load, de 0 a 30% da carga nominal) controle baseado somente na medição de nível do balão (HAD10CL901, média aritmética entre os sensores HAD10CL001, HAD10CL002 e HAD10CL003). Carga plena (full load, até 100% da carga nominal) também chamado de controle de 3 elementos, é baseado no nível HAD10CL901, no fluxo da água de alimentação LAB20CF001 e no fluxo de vapor gerado (LBA10CF001). A válvula de controle bypass de água de alimentação LAB30AA102 é usada no controle de carga mínima. Na carga plena, ela é usada em paralelo com a válvula de controle principal LAB30AA101 para regular o nível do balão. A transição entre os modos de controle de carga mínima e plena é feita automaticamente. O balão HP é protegido contra a perda de água pelo monitoramento constante do nível, que é ajustado em operação contínua em cerca de 890 mm. A condição mais grave que pode ocorrer no balão é a falta de água com a turbina a gás em operação. Caso o nível caia abaixo de 249 mm por mais de 10s, as válvulas de dreno motorizadas são fechadas por proteção e a válvula de vent de bypass dos economizadores HP (HAC30AA501) é aberta por proteção. Uma indicação de nível menor que 130 mm provoca o desligamento instantâneo (trip) da turbina a gás e do HRSG, no chamado colapso do nível acompanhado do temido sinal de nível LLL (Low Low Low). Níveis elevados no balão também provocam acionamentos de proteção no sistema, que visam impedir o arraste de água para dentro das tubulações de vapor. Com um valor superior a 1.170mm, as válvulas de blowdown intermitente (HAD20AA001/101) são Departamento de Engenharia 22 de 62

23 abertas completamente e as válvulas de controle (LAB30AA101/102) são fechadas por proteção. Caso o nível continue a subir e ultrapasse mm por mais de 2s, a turbina a gás começa a reduzir carga por proteção. Em 5s, o sistema de controle fecha as válvulas de isolação da linha de vapor (LBA15AA003/004) e as válvulas de isolação da linha de água de alimentação (LAB30AA001/001) após decorridos mais 5s, desligando as três bombas de água de alimentação por proteção após um retardo total de 1 minuto. O trip da turbina a gás, se ocorrer, será por conseqüência indireta dos eventos descritos acima. O sistema HP é protegido contra pressões anormalmente elevadas por válvulas de segurança com restrição por mola, posicionadas no balão e na saída do superaquecedor conforme normas de segurança aplicáveis. Os ajustes das válvulas garantem um fluxo suficiente de vapor através do superaquecedor quando a pressão de operação máxima admissível no sistema é excedida. Ajustes das válvulas: HAD10AA ,00 bar HAD10AA ,20 bar LBA10AA ,50 bar A pressão de projeto é baseada nas condições termodinâmicas da turbina a vapor. As válvulas de segurança possuem ajustes fixos que evitam o estabelecimento de pressões que estejam acima do valor de projeto. A temperatura de projeto do sistema é baseada na transferência máxima de calor possível no superaquecedor do HRSG. Se a temperatura do vapor HP (2 das 3 medições LBA10CT001, LBA10CT002 e LBA10CT003) exceder o limite máximo de 555 C por um tempo maior que 1 minuto, a turbina a gás recebe o comando de shutdown, reduzindo a carga automaticamente. Caso os queimadores auxiliares estejam em operação no instante do evento, eles são desligados imediatamente. Não há lógica de trip para temperatura excessiva do vapor HP. Se o HRSG for desligado intempestivamente, a tubulação HP é protegida contra o arraste pelas válvulas da turbina a vapor, que são fechadas automática e imediatamente para manter a pressão da linha. No caso de trip da ST10, as válvulas de entrada HP são fechadas e a estação de bypass HP é aberta para evitar o aumento da pressão na linha. A válvula de bypass é projetada para transferir todo o volume de vapor produzido à pressão de projeto para o sistema de reaquecimento frio (cold reheat) PARTIDA FRIA (COLD START) Os drenos e vents do sistema HP são abertos. O economizador HP é preenchido pelas bombas de água de alimentação, que também alimentam o balão até o nível requerido para a partida (>249 mm e <369 mm) por meio da válvula de controle bypass de entrada LAB30AA102. A válvula de blowdown intermitente HAD20AA101 é chaveada para o controle pelo nível de partida, e assim alguma água pode ser direcionada para o tanque de drenos (flash tank). Para proteger contra a evaporação indevida (flashing), o economizador HP recebe um fluxo mínimo de cerca de 10% da carga nominal após a ignição da GT, assim que um aumento de temperatura tiver sido detectado no sistema evaporador. O nível de partida no balão é mantido com a ajuda do blowdown intermitente. Durante a expansão de água no evaporador o controle a válvula de blowdown intermitente começa a atuar assim que aumentos na pressão ou no nível são detectados. Se o nível Departamento de Engenharia 23 de 62

24 do balão ficar maior que o nível de overflow, a válvula HAD20AA101 abre e o excesso de água é descarregado para o tanque de drenos. Depois que a água tiver sido drenada e a produção de vapor puder ser medida de forma confiável (cerca de 15 a 25% da carga nominal), a lógica de controle de fluxo de água de alimentação é chaveada para o modo de carga plena (3 componentes). A partida da tubulação de vapor HP consiste basicamente do aquecimento do material para evitar a entrada de gotículas de condensado na turbina a vapor. Durante a fase inicial da partida, a ST10 é isolada do sistema de vapor devido à insuficiência de pressão, temperatura e qualidade do vapor. Quando a pressão do sistema HP tiver sido elevada acima de 4 bar, a válvula de vent motorizada HAD10AA502 é fechada (se ela estiver em manual o fechamento ocorre por proteção com 7 bar). No modo automático, os drenos ao longo da linha são fechados tão logo o vapor apresente um nível de sobreaquecimento superior a 60 K por mais de 1 minuto. Drenos que estiverem operando em modo manual são fechados por proteção quando o sobreaquecimento for superior a 80 K. Com o aumento da carga térmica, mais vapor é gerado. Isto faz com que a estação de bypass HP LBF10AA101 comece a abrir assim que a pressão de ajuste tenha sido atingida (8 bar). Tão logo a válvula esteja aberta, a pressão no sistema HP aumenta de acordo com a característica de pressão variável da estação de bypass. A válvula de controle da ST10 será aberta quando o fluxo e a temperatura de vapor requeridos para a turbina a vapor tiverem sido atingidos. A válvula de bypass HP é fechada lentamente, à medida em que a válvula da turbina é aberta e esta passa a absorver o fluxo de vapor. Depois que a válvula de bypass HP se fecha, a carga é elevada de acordo com os gradientes permissíveis na turbina a vapor, no HRSG e nas tubulações. Com o fechamento completo da válvula, seu setpoint de abertura sofre uma adição de 2 bar acima da referência calculada a partir da pressão da linha (que é praticamente a própria pressão). O bypass HP abre se, sob condições anormais, a pressão sobe até este valor, antecipando-se à abertura das válvulas de segurança PARTIDA QUENTE (WARM/HOT START) A mesma seqüência de preparação da partida fria se aplica numa partida quente. No entanto, a válvula de vent HAD10AA502 permanece fechada com uma pressão maior que 4 bar. As válvulas de dreno podem ser abertas somente após o HRSG ser aquecido e um aumento positivo de pressão tiver sido detectado. Os drenos são fechados de acordo com o mesmo critério da partida fria. A válvula de bypass HP abre de acordo com o controle de pressão quando um aumento na pressão da linha for detectado. Ela mantém a pressão correspondente até que a característica de pressão variável tenha sido alcançada. A carga da turbina a gás é então elevada conforme as condições de vapor necessárias à turbina a vapor, de acordo com os gradientes permissíveis para o HRSG e para a ST DESLIGAMENTO E OPERAÇÃO EM CARGA PARCIAL Na primeira fase da redução de carga da GT, o fluxo de gás de exaustão é reduzido até aproximadamente 70% do valor nominal com uma temperatura de exaustão constante Departamento de Engenharia 24 de 62

25 (devido ao fechamento dos IGVs). Com os IGVs em sua abertura mínima, o fluxo de exaustão é então mantido constante enquanto a temperatura passa a ser reduzida. O HRSG se adapta a este comportamento das turbinas a gás. A temperatura do vapor HP aumenta levemente na primeira fase da redução de carga, e o segundo dessuperaquecedor é usado para limitar esta temperatura se necessário. Com carga parcial, a planta é operada com uma pressão variável até o valor de 60% da pressão nominal do sistema HP. A partir deste ponto a pressão é mantida constante. A operação em modo de pressão fixa (fixed pressure) na faixa inferior de carga não é determinada pela turbina a vapor, mas sim pelas velocidades máximas de fluido permissíveis dentro dos evaporadores e trocadores de calor a jusante. Figura 30 Tomada de dreno do superaquecedor HP 3 (HAH20) Figura 31 Válvula de segurança da linha de vapor superaquecido HP (LBA10AA191) Figura 32 Válvulas de isolação da linha de vapor HP (LBA10AA002 e LBA10AA001) 3.2. SISTEMA DE PRESSÃO INTERMEDIÁRIA (HAD50, LBA50, HAJ) O sistema de vapor IP (Intermediate Pressure, Pressão Intermediária/Média) tem a função de fornecer vapor de qualidade para a turbina a vapor, na temperatura e pressão corretas, a partir da energia térmica contida no gás de exaustão da turbina a gás. Este sistema fica localizado entre o sistema de água de alimentação (LAB) e a linha de reaquecimento frio (cold reheat), para onde o vapor IP é direcionado e a partir daí misturado para alimentação da seção IP da turbina a vapor. O sistema IP também contém incorpora os módulos reaquecedores do HRSG, denominados reaquecedor frio (cold reheat) e reaquecedor quente (hot reheat), que são conectados às linhas que conduzem o vapor IP para a ST10. O sistema IP executa as seguintes tarefas: entregar água de alimentação para o balão IP durante partidas, paradas e operação contínua do ciclo combinado; fornecer vapor IP superaquecido para a linha de reaquecimento frio (cold reheat); Departamento de Engenharia 25 de 62

26 fornecer água de alimentação IP para o sistema de dessuperaquecimento dos reaquecedores, limitando a temperatura do vapor do módulo reaquecedor durante carga parcial ou com altas temperaturas ambientes; fornecer água pré-aquecida para o sistema do pré-aquecedor de gás da GT (EKT); passar o vapor de exaustão da seção HP da ST10 e o vapor do superaquecedor IP através dos reaquecedores para a seção IP da turbina a vapor, durante operação com a ST10 acoplada; passar o vapor HP da estação de bypass HP e o vapor do superaquecedor IP através dos reaquecedores e da estação de bypass IP diretamente para o condensador, durante a operação do sistema em bypass; interromper o fluxo de água de alimentação durante qualquer evento de mal funcionamento, evitando o enchimento excessivo do HRSG ENTRADA DO SISTEMA A linha de água de alimentação IP se inicia após as válvulas motorizadas de bloqueio principal e de bypass (LAB60AA001 e LAB60AA011, respectivamente). A linha possui um fluxômetro (LAB60CF001) e uma válvula de retenção (LAB60AA003) que evita o contrafluxo da caldeira caso uma das válvulas de retenção das bombas de água de alimentação falhe. A linha de injeção de água para os dessuperaquecedores do reaquecedor (LAF50 e LAF60) é derivada antes do fluxômetro, no início da linha de alimentação. A linhas para os dessuperaquecedores limita a temperatura do vapor reaquecido ao valor de projeto durante a operação com carga parcial em altas temperaturas ambientes. A válvula de controle da água de alimentação IP (HAC60AA101) está localizada logo após o módulo economizador e a derivação para o sistema de pré-aquecimento de gás (EKT). Além de suas funções de controle, a válvula possui ainda a função de evitar o fenômeno de flashing (evaporação prematura) da água antes que ela chegue ao balão IP. A válvula de segurança LAB60AA191, localizada a montante dos economizadores IP, previne a sobrepressão no economizador durante um evento de fechamento da válvula de controle com o HRSG em operação. Figura 33 Válvula de retenção LAB60AA003 e válvula de isolação LAB60AA004 Figura 34 Tomada do blowdown intermitente do balão IP (em primeiro plano, a válvula HAD60AA001) Departamento de Engenharia 26 de 62

27 Figura 35 Entrada de água de alimentação para o sistema IP e economizadores Departamento de Engenharia 27 de 62

28 Figura 36 Balão IP Departamento de Engenharia 28 de 62

29 Figura 37 Superaquecedor e linha de vapor IP Departamento de Engenharia 29 de 62

30 Figura 38 Válvulas de isolação de água de alimentação IP (LAB60AA001 e LAB60AA011) Figura 39 Interior do balão IP Figura 40 Indicador de nível local do balão IP (HAD50CL501) GERAÇÃO DO VAPOR IP O sistema IP é localizado a jusante do duto de exaustão de entrada do HRSG, imediatamente após o sistema HP. As superfícies de troca de calor são fabricadas em sua maioria com tubos aletados. O sistema é subdividido nas seguintes seções, listadas na ordem em que o gás de exaustão passa através delas: Superaquecedor IP; Evaporador IP; Economizador IP. O economizador IP recupera o calor remanescente presente no gás de exaustão após o evaporador. O evaporador IP gera vapor através do circuito de circulação natural formado em conjunto com o balão IP. O superaquecedor aquece o vapor saturado do balão até as condições requeridas pela ST10. O superaquecedor e o economizador são trocadores de calor de contra-fluxo perpendicular (cross counter flow). O evaporador, no entanto, possui somente fluxo perpendicular em relação ao fluxo de gás de exaustão (cross to the exhaust flow). A água de alimentação é recebida das bombas na entrada do economizador IP, sendo então aquecida até a temperatura de saída nominal do economizador e direcionada ao balão IP. A vaporização no economizador é inibida em condições de carga parcial pelo controle de pressão proporcionado pela válvula de controle HAC60AA101. Durante a operação com óleo diesel, uma parte da água de alimentação pode ser desviada do economizador IP2 para reduzir sua temperatura de entrada no balão, por meio da válvula HAC50AA001. Conseqüentemente, a produção de vapor IP diminui e mais calor é disponibilizado para o pré-aquecedor de condensado (HAA), aumentando a temperatura neste último módulo até o valor necessário para evitar a corrosão pelo ponto de orvalho (dew point) do enxofre. Departamento de Engenharia 30 de 62

31 No balão IP, a água passa pelos tubulões de descida (downcomers) até o coletor do evaporador. Parte desta água é evaporada no próprio evaporador, e a mistura de água/vapor se desloca via convecção natural através dos tubos de subida (risers) de volta para o balão. As tubulações de conexão entre os coletores inferiores e o balão são uniformemente distribuídas ao longo do comprimento do mesmo. Figura 41 Válvula de controle da entrada do balão IP (HAC60AA101) Figura 42 Manômetro local da linha de vapor superaquecido IP (LBA50CP501) Figura 43 Termômetro local da linha de vapor superaquecido IP (LBA50CT501) O balão IP possui as seguintes funções: assegurar uma boa mistura entre a água de alimentação e a água do processo; constituir uma reserva de água necessária para a circulação do sistema; permitir a expansão da água durante partidas; assegurar uma separação eficiente de água e vapor. A balão foi projetado para operação estável e segura sob todas as condições normais de funcionamento, sendo instalado fora da carcaça da caldeira. Logo, ele não é aquecido pelos gases de exaustão da turbina a gás. A separação entre o vapor e a água é realizada por meio de um sistema de separadores que restringe o arraste para o superaquecedor dentro dos limites especificados por norma (< 1%). O vapor saturado passa do balão IP para o superaquecedor, cuja saída é conectada à entrada da linha de vapor IP (LBA50). Após este superaquecedor está instalado um medidor de fluxo por placa de orifício (LBA50CF001). Há uma válvula de segurança instalada no balão IP, que protege o sistema contra pressões excessivas (HAD50AA191). Conexões de amostragem existem para a coleta de água de alimentação, água do balão e vapor saturado durante a operação do HRSG. Linhas de blowdown e drenos para partida são direcionadas do balão para o flash tank (LBH10BB001). Departamento de Engenharia 31 de 62

32 A linha de blowdown intermitente do balão IP (2 ) para o sistema de drenos do HRSG (LBH) possui uma válvula de isolação motorizada (HAD60AA001) e uma válvula de controle (HAD60AA101). A linha de blowdown contínuo (1 ) possui uma válvula de isolação motorizada (HAD55AA001) e uma válvula manual de ajuste (HAD55AA101). Existem ainda várias conexões para a dosagem de químicos tanto na linha de água de alimentação quanto no balão IP. Figura 44 Vista de topo da válvula do dessuperaquecedor intermediário do reaquecedor (LAF60AA101) Figura 45 Válvula do dessuperaquecedor da saída do reaquecedor (LAF50AA101) Figura 46 Válvula de segurança da linha do dessuperaquecedor final LAF50AA101 (LAF50AA191) REAQUECEDORES (HAJ50/60) O módulo reaquecedor é dividido em duas partes, conhecidas como reaquecedor frio (Cold Reheat, HAJ50) e reaquecedor quente (Hot Reheat, HAJ60). Durante a operação normal da planta, o vapor de exaustão da seção HP da ST10 passa pelo reaquecedor no HRSG e retorna à entrada IP da turbina. Antes de entrar na seção do reaquecedor, o vapor da exaustão HP da ST10 é misturado ao vapor que vem do superaquecedor IP e ao vapor descarregado pela estação de bypass HP. O sistema de dessuperaquecimento por spray entrega água para o dessuperaquecedores localizados na tubulação do hot reheat, limitando a temperatura do vapor no valor de projeto durante operação em carga parcial e altas temperaturas ambientes. O dessuperaquecedor intermediário localizado entre os módulos reaquecedores (LAF60AA101) protege o segundo reaquecedor do sobreaquecimento. Estações de dreno para o aquecimento inicial (warmup) permanecem ativas durante a operação normal da planta, a fim de manter a condição de superaquecimento necessária do vapor. Durante paradas, a drenagem dos reaquecedores ainda se mantém ativa para remover qualquer possível formação de condensado. O dessuperaquecedor localizado na linha principal do hot reheat (LAF50AA101) é utilizado para suavizar os gradientes de temperatura para a turbina a vapor. Departamento de Engenharia 32 de 62

33 Válvulas de segurança estão instaladas a montante (LBC50AA191 e LBC50AA192) e a jusante (LBB40AA191) do reaquecedor para proteger o sistema de pressões excessivas. A linha de descarga destas válvulas é direcionada para a atmosfera através de um silenciador (LBC50BS001). O sistema possui também uma conexão para amostragem do vapor durante a operação do HRSG (válvulas LBB40AA601 e LBB40AA602). Os ajustes de todas as válvulas de segurança garantem um fluxo de vapor suficiente através do superaquecedor IP e dos reaquecedores quando a pressão de operação máxima permissível é excedida. Figura 47 Linha de vapor do Cold Reheat, com as conexões da linha de vapor IP e do bypass HP Departamento de Engenharia 33 de 62

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