DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE BOTULISMO. MIYOKO JAKABI INSTITUTO ADOLFO LUTZ SÃO PAULO
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- Alessandra Ximenes Belmonte
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1 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE BOTULISMO MIYOKO JAKABI INSTITUTO ADOLFO LUTZ SÃO PAULO
2 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Evidência da toxina (soro, vômito, lavado gástrico, fezes e alimentos); para todas as formas de botulismo Evidência da presença de C. botulinum, produtor de toxina (fezes de bebê e exsudato de ferimento); botulismo infantil/intestinal e ferimento Cultura de C. botulinum: exsudato de ferimento, vômito, lavado gástrico e fezes; botulismo infantil/intestinal e ferimento
3 COLETA DE AMOSTRAS Amostras clínicas coletas das amostras clínicas (soro, lavado gástrico, fezes/conteúdo intestinal) devem ser realizadas o mais precoce possível, e antes da administração do soro antibotulínico (SAB) A coleta tardia pode impedir a detecção de toxina, pois esta vai sendo absorvida pelos tecidos. Após 8 dias do inicio da doença, a toxina não é mais encontrada.
4 AMOSTRAS CLÍNICAS Soro: 15 a 20 ml de sangue total em frasco sem anticoagulante, para obtenção de 10 ml de soro Fezes/lavado gástrico: 25 a 50g ou ml Ferimento: coletar com swab a parte mais profunda do ferimento, inocular num meio de cultura redutor (tioglicolato com rezasurina)
5 AMOSTRAS BROMATOLÓGICAS sobras do alimento efetivamente consumido pelo afetado na ausência de sobras, enviar recipientes vazios que contiveram o alimento consumido.
6 ENCAMINHAMENTO DAS AMOSTRAS PARA O LABORATÓRIO As amostras devem ser acompanhadas de formulário de encaminhamento e estar devidamente identificada com os seguintes dados: unidade coletora, nome do suspeito, tipo de amostra (soro, alimento, etc.), finalidade do exame (determinação de toxina, cultura) e data e hora da coleta.
7 TRANSPORTE Acondicionar as amostras em recipientes à prova de vazamento em caixas isotérmicas com gelo reciclável obedecendo as normas de biossegurança Devem ser devidamente endereçados e etiquetados com os seguintes dizeres: EMERGÊNCIA MÉDICA, PERIGO BIOLÓGICO E REFRIGERAR NA CHEGADA OBS: Espécimes de ferimentos devem ser transportados em temperatura ambiente
8 Cultura do C. botulinum A cultura da bactéria pode ser considerada auxiliar do diagnóstico, em condições especiais, como exemplo no caso de suspeita de botulismo infantil e por ferimentos. Avaliação de risco potencial em botulismo infantil: cultura do mel Identificação do agente e capacidade de produção de toxinas
9 MÉTODO CONVENCIONAL Enriquecimento em meio de carne cozida Cooked Meat Medium Pesquisa de toxina na cultura (bioensaio em camundongos) Isolamento de culturas puras em ágar gema de ovo
10 C. BOTULINUM
11 ESPOROS
12 ESPOROS
13 COLETA DA AMOSTRA
14 PESAGEM
15 TRIAGEM DA PRESENÇA DE TOXINA POR BIOENSAIO Amostra bromatológica (alimentos) e/ou Amostra clínica (exceto soro) Extração de toxina em gel fosfato Deixar em geladeira Centrífuga refrigerada Coletar sobrenadante (dividir em porções) Ferver Tripsinizar* Sobrenadante sem tratamento Grupo controle
16 CONTENÇÃO
17 INOCULAÇÃO INTRAPERITONIAL
18 SINTOMATOLOGIA - CAMUNDONGOS observar constantemente por 6 h após este período, os animais são observados a cada 6 h, até um período máximo de 72h sintomas: respiração difícil e elaborada, acinturamento tipo cintura de vespa, por paralisia do diafragma em contração morte
19 RESULTADO PRESUNTIVO DA TOXINA Os animais inoculados com a porção fervida não morrerem os animais inoculados com a porção tripsinizada morrerem animais controle não morrerem OBS: Os animais inoculados com a porção não tripsinizada podem ou não morrer. Caso morram, significa que a toxina ativa estava presente. Caso não morram, significa que a pré toxina estava presente.
20 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ESPECÍFICO O diagnóstico laboratorial específico é realizado nas amostras presuntivas positivas e tem importância epidemiológica, pois permite caracterizar a toxina responsável pelo caso de botulismo.
21 PESQUISA E IDENTIFICAÇÃO DA TOXINA Misturar amostra positiva com anti-soros monovalentes (A, B e E) Inocular em os animais inoculados, deverão apresentar os sintomas de botulismo, exceto aqueles que foram inoculados com a antitoxina específica que foi capaz de inativação
22 Cont. Amostra + Antitoxina tipo A Amostra + Antitoxina tipo B 35ºC/30 35ºC/30 Sobrevivência dos animais Toxina tipo A Sobrevivência dos animais Toxina tipo B Sobrevivência de todos os animais (neutralização pela anti A e B) toxinas tipo A e B Morte de todos os animais não é toxina A nem B
23 INTERPRETAÇÃO Se os camundongos não forem protegidos por 1 dos monovalentes: 1- pode ter muita toxina no alimento 2- pode ter mais de 1 tipo de toxina 3- mortes podem ser devidas a outras causas Se ambos os sobrenadantes, aquecido e não aquecido, forem letais, provavelmente não são devidas a toxina botulínica
DIVISÃO DE LABORATÓRIO CENTRAL HC FMUSP PARAMETRIZAÇÃO DE COLETA
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