Escola Profissional Gustave Eiffel Curso Técnico de Apoio à Infância Disciplina de Saúde Infantil - 2.º ano
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- Giovanni Franco Rios
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1 Introdução Apresentação do Módulo Escola Profissional Gustave Eiffel Curso Técnico de Apoio à Infância Disciplina de Saúde Infantil - 2.º ano
2 Introdução Apresentação do Módulo Objectivos de Aprendizagem: 1- Distinguir os conceitos de cuidados de saúde primários, secundários e terciários 2- Identificar as vacinas como meio de prevenção primordial das doenças infecto contagiosas infantis 3- Identificar os acidentes a que a criança se encontra mais propensa de acordo com a sua faixa etária 4- Indicar alimentos especiais para crianças com necessidades especiais nutricionais e alérgicas.
3 Introdução Apresentação do Módulo Módulo 4:Cuidados Primários de Saúde na Criança Conteúdos: 1.1 Cuidados primários, secundários e terciários de saúde, 1.2 Saúde infantil e Juvenil- programa tipo de actuação 2.1 O que são as vacinas 2.2 Tipos de vacinas 2.3 Funcionamento 2.4 Efeitos secundários 2.5 Contra-indicações 2.6 Programa nacional de vacinação 3.1 Conceito de acidente 3.2 Factores que contribuem para os acidentes 3.3 Impacto dos acidentes para a criança sociedade
4 Introdução Apresentação do Módulo Módulo 4:Cuidados Primários de Saúde na Criança Conteúdos: 3.4 Segurança e prevenção de acidentes no universo infantil 4.1 Alimentação de um diabético 4.2 Alimentação de criança com alergia à proteína do leite de vaca 4.3 Alimentação de criança com alergia à lactose 4.4 Alimentação de criança com alergia ao glúten
5 Introdução Apresentação do Módulo Duração: 30 horas Proposta de avaliação: Itens Ponderação Assiduidade/ Pontualidade 5% Comportamento em aula 10% Participação/ Fichas de trabalho/ TPC/ Auto-avaliação 15% Trabalho de Grupo 15% Testes 55%
6 Módulo 4: Cuidados Primários de Saúde na Criança Escola Profissional Gustave Eiffel Curso Técnico de Apoio à Infância Disciplina de Saúde Infantil - 2.º ano
7 Objectivos de aprendizagem: 1- Distinguir os conceitos de cuidados de saúde primários, secundários e terciários 2- Dar exemplos de instituições que actuem em cada um dos 3 níveis de prevenção 3- Explicar a importância dos cuidados de saúde primários
8 Cuidados de saúde primários Sendo o direito à saúde um direito fundamental de todos os seres humanos, a preocupação dos cuidados de saúde primários deverá privilegiar a promoção e educação para a saúde e a prevenção da doença.
9 Cuidados de saúde primários Que instituição representa por excelência os cuidados de saúde primários? Que tipo de actividades realiza esta? Qual a proximidade com a população?
10 Cuidados de saúde primários Os Cuidados de Saúde Primários (CPS) fazem parte integrante do sistema de saúde do qual constituem o centro... Proporcionam o primeiro nível de contacto do indivíduo, da família e da comunidade, permitindo a aproximação da assistência de saúde o mais perto possível dos locais onde a população vive e trabalha e constituem o primeiro elemento de um processo permanente de assistência de saúde.
11 Cuidados de saúde primários Actividades que devem estar inseridas nos Cuidados de Saúde Primários: - Promoção de uma nutrição correcta e de um aprovisionamento conveniente de água potável - Medidas de saneamento básico - Saúde materna e infantil, incluindo aqui o planeamento familiar - Vacinação contra as grandes patologias infecciosas - Educação sobre os problemas de saúde predominantes e os meios de os prevenir e tratar - Tratamento apropriado das doenças e dos traumatismos correntes
12 Cuidados de saúde terciários (reabilitação) Cuidados de saúde secundários (detecção e tratamento) Cuidados de saúde primários (promoção da saúde e prevenção da doença)
13 Objectivos de aprendizagem: 4- Explicar o papel dos cuidados de saúde no desenvolvimento saudável da criança e do jovem através do programa nacional de saúde infantil e juvenil
14 Trabalho de grupo 2 1- O que é um programa nacional de saúde infantil e juvenil e qual a sua mais valia? 2- De que forma o programa nacional de saúde infantil e juvenil garante o acompanhamento do desenvolvimento da criança e jovem? 3- Como se distribuem as consultas ao longo do desenvolvimento da criança? Avance com uma justificação para tal 4- Dê um exemplo de um parâmetro a avaliar e de um cuidado antecipatório que sejam constantes em todas as consultas e logo uma preocupação em determinadas idades. 5- Dê exemplo de outros que sejam específicos para um determinado grupo etário
15 O que é um programa nacional de saúde infantil e juvenil e qual a sua mais valia? O Programa nacional de saúde infantil e juvenil é um instrumento que estabelece um conjunto de directivas a nível nacional a serem implementadas pelos Centros de Saúde de modo a que se promova o desenvolvimento saudável da criança e jovem e seja possível despistar e acompanhar o mais precocemente possível situações que possam constituir um desvio a esse desenvolvimento. Portanto define a actuação no âmbito dos cuidados de saúde primários (que tem o maior peso) e secundários
16 O Programa nacional de saúde infantil juvenil garante um mesmo acompanhamento para todas as crianças e jovens em qualquer zona de Portugal independentemente da suas condições e características. Contribui para garantir a igualdade no acesso aos cuidados de saúde e cuidados de saúde eficazes.
17 De que forma o programa garante o acompanhamento do desenvolvimento da criança e jovem? Através da definição de um conjunto de consultas onde são avaliados os aspectos de desenvolvimento e onde é feito a promoção da saúde através de ensinos (cuidados antecipatórios) que tenham em consideração os vários aspectos que englobam o desenvolvimento da criança e que a afectam nas idades chave definidas
18 Como se distribuem as consultas ao longo do desenvolvimento da criança? No inicio as consultas são mais frequentes pois o bebé é um ser extremamente indefeso e frágil necessitando de uma vigilância regular. À medida que vai crescendo as consultas vão ficando mais espaçadas. Dê um exemplo de um parâmetro a avaliar e de um cuidado antecipatório que sejam constantes em todas as consultas e logo uma preocupação em determinadas idades. Avaliação do peso e da altura/ Alimentação Dê exemplo de outros que sejam específicos para um determinado grupo etário. Perfil lipídico/ Sexualidade
19 Objectivos de aprendizagem: 5- Explicar no que consiste a vacinação e a sua importância
20 Vacina Administração de uma preparação antigénica num indivíduo que leva ao desenvolvimento de uma resposta imunitária (de defesa) específica de um ou mais agentes infecciosos A preparação antigénica é composta por microrganismos (vírus ou bactérias) completos, mortos ou atenuados, ou de um fragmento desses microrganismos. Pretende-se que levem ao desenvolvimento de uma resposta de defesa mas que não provoquem a doença
21 Vacina Vacina Medicamento Acção Preventiva Terapêutica Benefício Individual e Colectivo O efeito não é visível (o indivíduo não contrai a doença) Individual O efeito é visível (normalmente ocorre melhoria) Indivíduos Saudáveis Doentes Fonte:
22 1. Antigénio 2. introduzidos através da vacina 3. levam à produção de anticorpos
23 Tipos de vacinas: - vivas atenuadas O microrganismo ou agente patogénico é obtido a partir de um animal infectado e é diminuída a sua virulência, capacidade de agressão. Risco: induzem sintomas da doença mas mais ligeiros - mortas ou inactivadas O microrganismo é morto por agentes químicos. A vantagem é a total ausência do poder infeccioso do microrganismo e a obtenção de protecção contra a doença. Pode ser necessário fazer várias doses de reforço. - obtidas por manipulação genética
24 Tipos de vacinas: - pediátricas - do adulto - do viajante
25 Objectivos de aprendizagem: 6- Identificar os diferentes tipos de vacina 7- Identificar efeitos secundários e contra-indicações da vacinação
26 Efeitos secundários: 1. Reacções adversas locais: o local da injecção pode estar inchado, vermelho, dorido ou pode dar comichão. Pode ser aplicado gelo para alívio.
27 Efeitos secundários: 2. Reacções sistémicas: reacções que se podem manifestar em todo o corpo como febre, mal-estar, cansaço, tonturas, náuseas, perda de apetite e outras.
28 Efeitos secundários: 3. Reacção anafiláctica: reacção alérgica que pode ser muito grave.
29 Contra- Indicações: 1.Reacção alérgica grave a vacina anterior ou algum dos constituintes 2.Gravidez para as vacinas vivas (risco de infecção do feto) 3.Imunodeficiência grave para vacinas vivas
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31 Objectivos de aprendizagem: 8- Explicar o que é o programa nacional de vacinação
32 Programa Nacional de Vacinação
33 PNV Calendário de toma de vacinas recomendadas pelas autoridades de saúde em Portugal. Recomenda as vacinas e as respectivas idades de vacinação. As vacinas do PNV são gratuitas Fonte: Gomes, s/d. Programa Nacional de Vacinação consultado em
34 Objectivos de aprendizagem: 9- Explicar alguns aspectos-chave sobre as doenças infecto-contagiosas (o que são, como se transmitem e como proceder para as evitar)
35 Doenças infecto-contagiosas - São provocadas por agentes patogénicos (vírus, bactérias e outros) - As doenças infecto-contagiosas são facilmente transmissíveis a outros indivíduos por isso são consideradas contagiosas
36 A instalação e desenvolvimento da doença não depende apenas da resistência do indivíduo (hospedeiro) mas da capacidade de agressão do agente patogénico e de factores do meio ambiente
37 Doenças infecto-contagiosas - O desenvolvimento das sociedades com a melhoria das condições de higiene (ex: remoção de lixos, tratamento de águas, criação de redes de esgotos,...), a melhoria das condições de vida (boas condições de alimentação,...) a existência de campanhas de esclarecimento dos cidadãos (ex: criação de bons hábitos como a lavagem das mãos), a vacinação massiva e o aparecimento de antibióticos levaram à redução destas doenças
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39 Mecanismo de transmissão das doenças infecto-contagiosas
40 1- Agente causal É o microrganismo responsável pela doença infecto-contagiosa Os agentes patogénicos actuam no organismo por via directa ou por via indirecta através das toxinas. A virulência é a sua capacidade de agressão O agente patogénico quando activo é muito virulento e provoca grandes perturbações no organismo (doença) O agente patogénico quando atenuado como na vacina é pouco virulento e provoca reacções locais ou sintomas ligeiros de doença
41 2- Reservatório É o local onde vive e se multiplica o agente patogénico. Pode ser numa pessoa ou num animal. Na maior parte das vezes o reservatório é o próprio doente que possui os microrganismos patogénicos, que é por eles parasitado, apresentando manifestações da doença. Contudo, pode acontecer que o indivíduo infectado, viva em equilíbrio com o agente e não apresente manifestações da doença. Chama-se a este portador. São reservatórios perigosos porque não tendo conhecimento da sua situação transmitem a doença, ou conhecendo-a podem escondê-la
42 3- Porta de saída do agente É o lugar por onde o agente sai do reservatório - Via respiratória (nariz e da boca) - Via digestiva (boca, ânus) - Via genito-urinária - Via cutânea - Via mecânica ( picada de injecção ou de insectos)
43 4- Modo de transmissão do agente Passagem do agente desde o reservatório ao hospedeiro susceptível - Contágio directo ( com ou sem contacto físico) - Contágio indirecto (quando há elementos animados ou inanimados que funcionam como intermediários que transportam o agente patogénico de um hospedeiro para outro)
44 5- Porta de entrada do agente É o lugar por onde o agente entra no hospedeiro susceptível - Via respiratória (nariz e da boca) - Via digestiva (boca, ânus) - Via genito-urinária - Via cutânea - Via mecânica ( picada de injecção ou de insectos) - Via tranplacentária
45 6- Hospedeiro susceptível É o indivíduo onde se vai instalar o agente patogénico Da instalação do microrganismo vai desenvolver-se uma resposta imunitária, ou seja mecanismos de defesa ou de resistência do organismo. O processo de resistência ou a capacidade de defesa do organismo depende do estado geral do hospedeiro (constituição hereditária, alimentação, vacinação, hábitos de vida,...), da sua idade, sexo, virulência do agente invasor
46 Objectivos de aprendizagem: 10- Definir acidente 11- Explicar o impacto negativo (custos) dos acidentes para o próprio e para a sociedade 12- Identificar os vários tipos de acidentes que afectam as crianças
47 Segundo a OMS o acidente é Um acontecimento independente da vontade humana, provocado por uma força exterior, agindo rapidamente e que se manifesta por dano corporal ou mental. Os acidentes ocupam o primeiro lugar nas causas de morte e incapacidade temporária e permanente em crianças e jovens em Portugal e na Europa. Os acidentes são uma causa importante de mortalidade, de deficiência crónica, de elevados custos com internamentos e tratamentos hospitalares, de perda de dias de trabalho.
48 Como uma percentagem elevada das pessoas que morrem e ficam com deficiência crónica são jovens, há um enorme potencial de materialização de projectos e energias que não se concretiza, apesar do grande investimento, emocional, afectivo e material despendido pelas vítimas, familiares e sociedade. A morte e a incapacidade temporária ou definitiva são um enorme prejuízo para qualquer sociedade e cada lesão evitável será sempre uma lesão inaceitável perante os parâmetros científicos actuais. Devido à magnitude dos efeitos dos acidentes sobre a sociedade, passou a ser consensual na comunidade científica que os acidentes configuram um grave problema de saúde pública. /2007/mp_2007_10_15_2764_k.htm
49 A própria casa é um dos locais mais perigosos para as crianças porque, na descoberta do seu mundo, deitam a mão a tudo. A curiosidade pode ser fatal. Os acidentes domésticos são comuns entre as crianças. Segundo o portal da saúde entre os acidentes domésticos mais comuns encontram-se as quedas, os cortes, as queimaduras e as intoxicações. Os acidentes escolares são entendidos como aqueles que ocorrem em actividades proporcionadas pela escola (dentro ou fora da escola) e que ocorram no trajecto entre a residência do aluno e a escola imediatamente antes ou após as aulas. Os acidentes escolares são mais frequentes entre os 5 e os 14 anos.
50 Os Acidentes rodoviários envolvem o veículo, a via, o homem e/ou animais e para caracterizar-se, é necessário a presença de dois desses factores. Os acidentes rodoviários continuam a ter o maior peso, sobretudo no grupo dos anos. Prevenção activa Prevenção passiva Medidas
51 Objectivos de aprendizagem: 13- Definir prevenção activa e passiva 14- Identificar medidas preventivas dos acidentes
52 Objectivos de aprendizagem: 15- Definir alergia 16- Identificar sinais e sintomas de alergia alimentar 17- Identificar os alimentos mais susceptíveis de causar alergias na infância 18- Descrever cuidados a ter na alimentação de crianças com alergias alimentar
53 Alergias alimentares são reacções de hipersensibilidade em que o organismo não reconhece as moléculas (proteínas) de alguns alimentos e vai produzir anticorpos. Na reacção imunitária há a libertação de histamina que leva a reacções alérgicas As alergias alimentares podem ser prevenidas promovendo a introdução de alimentos na altura mais adequada Leite materno até 6 meses Cereais, Glúten- a partir dos 6 meses Leite de vaca- a partir de 1 ano
54 Sinais e sintomas
55 O tocar ou o cheirar um alimento pode ser o bastante para despoletar uma reacção. O mesmo alimento pode originar reacções distintas na mesma pessoa e em pessoas diferentes As reacções alérgicas podem ser imediatas ou tardias Os alimentos que mais provocam alergias na infância são: leite de vaca, ovos, trigo, amendoins, marisco, nozes, soja e peixe
56 Cuidados a ter em situação de alergia: - Pode ser necessário evitar o alimento - A informação sobre as alergias conhecidas deve estar acessível - Perguntar sobre os ingredientes de uma comida em caso de dúvida - Ler os rótulos -Estar preparado para emergências
57 Alergia ao leite de vaca Alimentos a vigiar: leite, produtos lácteos, natas, molhos, chocolate de leite, manteiga, bolachas, bolos, pudins, gelado Palavras-chave: albumina bovina, soro lácteo, caseína, nata,... A substituição pode ser feita por: preparados de leite com proteínas hidrolisadas, leite de soja (para os que não forem alérgicos)
58 Alergia ao ovo Alimentos a vigiar: chocolate, bolachas, bolos, pudins, gelado, sopa, molhos, maionese,... Palavras-chave: albumina, ovalbumina,...
59 Objectivos de aprendizagem: 15- Definir intolerância alimentar 16- Identificar sinais e sintomas de intolerância alimentar 17- Identificar algumas intolerâncias alimentares comuns na infância
60 A intolerância metabólica ocorre quando o organismo não consegue digerir adequadamente um componente/parte de um alimento. Pode ocorrer por: deficiências enzimáticas redução da superfície de absorção do intestino outros Tipos de intolerância mais frequentes: - Intolerância aos hidratos de carbono-lactose, Glucose, Galactose e Sacarose - Intolerância ao glúten
61 A intolerância à lactose é a incapacidade de digerir quantidades significativas de lactose, o principal açúcar do leite, estando associada à deficiência da enzima lactase. Sintomas: Náuseas Dor abdominal Flatulência Diarreia
62 Certas doenças digestivas e lesões no intestino delgado podem reduzir a quantidade de enzimas produzidas. Algumas crianças nascem sem a capacidade de produzir a lactase. Os intolerantes à lactose devem evitar os seguintes produtos: Leite de vaca, cabra e ovelha Derivados do leite Alimentos como cubos de caldo e torradas Medicações que usam derivados de leite para preenchimento
63 Intolerância ao glúten Sinais e sintomas: A criança começa a perder o apetite, perde peso, apresenta diarreia e o abdómen torna-se mais saliente e distendido. Os intolerantes ao glúten devem excluir esta substância da sua alimentação. Como o glúten se encontra no trigo, centeio, cevada e aveia, a dieta não poderá conter nenhum destes 4 cereais e derivados
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