X Legislatura Número: 26 I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 27 de Março de 2012 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE MARÇO

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1 Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa X Legislatura Número: 26 I Sessão Legislativa (2011/2012) Terça-feira, 27 de Março de 2012 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE MARÇO Presidente: Exmo. Sr. José Miguel Jardim de Olival Mendonça Secretários: Exmos. Srs. Rui Miguel Moura Coelho Ana Mafalda Figueira da Costa Sumário O Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 17 minutos. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:- No âmbito da declaração política semanal usou da palavra para proferir uma intervenção, a Sra. Deputada Rubina Sequeira (PND), a qual suscitou um pedido de esclarecimento por parte do Sr. Deputado José Manuel Coelho (PTP). - De seguida, deu-se continuação aos pedidos de esclarecimento à intervenção proferida pelo Sr. Deputado Pedro Coelho (PSD), na Sessão do passado dia 1 de Março, tendo usado da palavra para o efeito os Srs. Deputados Jaime Ramos (PSD), Vicente Pestana (PSD), Medeiros Gaspar (PSD), Martinho Câmara (CDS/PP), Savino Correia (PSD), Nivalda Gonçalves (PSD) e Emanuel Gomes (PSD). - Ainda neste período foi presente um Voto de Pesar, apresentado pelo Partido Socialista, Pelo falecimento de Isabel Sena Lino. Após as intervenções dos Srs. Deputados Maximiano Martins (PS), Lopes da Fonseca (CDS/PP), Tranquada Gomes (PSD), Edgar Silva (PCP) e Roberto Vieira (MPT), este voto foi aprovado por unanimidade (registou-se a ausência do PND e do PTP). PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciou-se a I Parte com a eleição, por escrutínio secreto, do representante da Assembleia Legislativa da Madeira no Conselho Económico e Social da Região Autónoma da Madeira, tendo sido eleitos, por maioria, os Srs. Dr. Carlos Alberto Rodrigues (Presidente), Dr. Élvio Manuel Vasconcelos da Encarnação (Vice- Presidente), Dr. Gonçalo Bruno Pinto Henriques (Vogal) e Dr. Rui Nuno Barros Cortez (Vogal), candidatos propostos pelo Grupo Parlamentar do Partido Social-Democrata. - Passou-se à II Parte, com a continuação da apreciação na generalidade do projeto de decreto legislativo, da autoria do Partido Socialista, que Cria a Comissão que desenvolverá o Plano de Emergência de Combate ao Desemprego na Região Autónoma da Madeira, na qual intervieram os Srs. Deputados Carina Ferro (PS), Edgar Silva (PCP), Carlos Pereira (PS), Rui Barreto (CDS/PP) e Savino Correia (PSD). Este projeto, submetido à votação, foi rejeitado. - Após as intervenções dos Srs. Deputados Roberto Vieira (MPT), Edgar Silva (PCP), Teófilo Cunha (CDS/PP) e Gualberto Fernandes (PSD), foi rejeitado o pedido de processo de urgência, da autoria do Partido Comunista Português, para a apreciação do seu projeto de decreto legislativo, intitulado Elaboração da Carta Regional das Zonas Inundáveis. /

2 / - Seguiu-se a discussão da proposta de decreto legislativo regional que Define o Regime Jurídico da Gestão dos Bens Imóveis do Domínio Privado da Região Autónoma da Madeira, apresentado com processo de urgência, aprovado. Intervieram, a diverso título, no debate, os Srs. Deputados Edgar Silva (PCP), Roberto Vieira (MPT), Carlos Pereira (PS), Maria João Monte (PSD), Rui Barreto (CDS/PP), Roberto Rodrigues (CDS/PP) e Lino Abreu (CDS/PP), tendo a proposta sido aprovada por maioria na votação na generalidade. Relativamente à especialidade, foram presentes na Mesa três propostas de alteração, apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PSD, aprovadas por maioria, e que suscitaram as intervenções dos Srs. Deputados Maria João Monte (PSD), Carlos Pereira (PS), Jaime Filipe Ramos (PSD) e Roberto Rodrigues (CDS/PP). A proposta, submetida à votação, na especialidade, foi aprovada. - Por fim, a Câmara iniciou a discussão, na generalidade, do projeto de decreto legislativo, da autoria do Partido Comunista Português, intitulado Criação da Comissão Regional para a Comemoração dos 600 Anos da Descoberta da Madeira. Intervieram a propósito os Srs. Deputados Edgar Silva (PCP), Jaime Ramos (PSD) e Carlos Morgado (CDS/PP). A continuação desta discussão ficou agendada para o dia seguinte. O Sr. Presidente declarou encerrada a Sessão às 12 horas e 57 minutos. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito bom dia a todos Vossas Excelências. Estavam presentes os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL-DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos de Gouveia Ana Mafalda Figueira da Costa Ana Maria de Gouveia Serralha Edgar Alexandre Garrido Gouveia Emanuel Sabino Vieira Gomes Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos Jaime Filipe Gil Ramos José António Coito Pita José Gualberto Mendonça Fernandes José Jardim Mendonça Prada José Lino Tranquada Gomes José Luís Medeiros Gaspar José Miguel Jardim Olival Mendonça José Paulo Baptista Fontes José Savino dos Santos Correia Maria João França Monte Maria Rafaela Rodrigues Fernandes Miguel José Luís de Sousa Nivalda Nunes Silva Gonçalves Pedro Emanuel Abreu Coelho Roberto Paulo Cardoso da Silva Rui Miguel Moura Coelho Vânia Andrea de Castro Jesus Vicente Estêvão Pestana CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS/PP) António Manuel Lopes da Fonseca Carlos Alberto Morgado Fernandes José Roberto Ribeiro Rodrigues Lino Ricardo Silva de Abreu Maria Isabel Vieira Carvalho de Melo Torres Mário Jorge de Sousa Pereira Martinho Gouveia da Câmara Rui Miguel da Silva Barreto Teófilo Alírio Reis Cunha PARTIDO SOCIALISTA (PS) Ana Carina Santos Ferro Fernandes Avelino Perestrelo da Conceição Carlos João Pereira Maria Luísa de Sousa Menezes Gonçalves Mendonça Maximiano Alberto Rodrigues Martins Pág. 2

3 Vítor Sérgio Spínola de Freitas PARTIDO TRABALHISTA PORTUGUÊS (PTP) José Manuel da Mata Vieira Coelho José Luís Gonçalves Rocha Raquel da Conceição Vieira Coelho PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP) Edgar Freitas Gomes Silva PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA (PND) Rubina Filipa Gouveia Jardim Sequeira PARTIDO PELOS ANIMAIS E PELA NATUREZA (PAN) Rui Manuel dos Santos Almeida MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA (MPT) Roberto Paulo Ferreira Vieira Temos quórum, declaro aberta a Sessão. Eram 9 horas e 17 minutos. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- E começamos os nossos trabalhos com a declaração política semanal, proferida pela Sra. Deputada do PND, Rubina Sequeira. A SRA. RUBINA SEQUEIRA (PND):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu vou aproveitar que hoje cheguei mais cedo e que hoje não me podem calar, para dizer mais umas verdades. Uma voz:- Está bem! A ORADORA:- Sim. Então o tema do dia não podia ser outro senão o espetáculo que se passa na Câmara Municipal do Funchal neste momento. Aquilo até faz lembrar um pouco o Titanic. Eu não sei se os Srs. Deputados se lembram, mas quando o Titanic estava a afundar alguns homens vestiram-se de mulheres para apanharem os botes salva-vidas e salvarem a pele. O que se passa na Câmara é rigorosamente a mesma coisa, aquilo não é uma luta entre independes e o PSD/Madeira, aquilo é uma guerra interna do PSD, uma guerra entre duas fações que se odeiam. E as personagens principais não são o Bruno Pereira e o Sérgio Marques, as personagens principais são estas duas fações: uma com o Miguel Albuquerque e o Deputado Jaime Ramos atrás, e a outra com o Cunha e Silva e o Presidente do Governo, Alberto João Jardim, atrás. A história é simples: o Dr. Alberto João sabia que o Bruno Pereira se ia candidatar à Câmara, ele não ia ficar mais um mandato como Vice-presidente. E ele também sabe que o Bruno Pereira e todos os vereadores que o acompanham são apoiantes do Dr. Miguel Albuquerque. O Alberto João, se quiser garantir a Presidência do Governo, não pode se deixar ao luxo de perder o controlo da Câmara Municipal do Funchal. Então, o que é que ele faz? Manda o Sérgio Marques à frente e quer fazer uma limpeza ali na Câmara. Por seu turno, o Albuquerque está a ver isto e o Jaime Ramos também, e o que é que fazem? Surgem ali com uma lista de independentes que não são independentes nenhuns, são PSD travestidos, camuflados, e surgem ali com esta lista para tentar tomar também ou resgatar a Câmara. Burburinho do PSD. Comentários do PSD. E eu não estava a fazer esta ligação Jaime Ramos/Miguel Albuquerque, e só agora é que eu percebo a vénia que o CDS tem andado a fazer ao Deputado Jaime Ramos. E eu não estou a falar dos Deputados mais novos do CDS, estou a falar das ratas velhas do CDS, estou a falar do Lopes da Fonseca, estou a falar do Ricardo Vieira, estou a falar do Zé Manel, mas é uma pena, é uma pena, porque o CDS, se fosse um partido da oposição com a espinha vertical direita, não precisava de fazer este jogo sujo do PSD, chegava lá sozinho. O PSD vai partir por dentro, vai quebrar sozinho. Nós estamos a assistir a uma guerra entre os dois principais responsáveis pelo atual estado da Região: de um lado, o Albuquerque que pegou fogo ao PDM, do outro lado o Cunha e Silva que ardeu o nosso dinheiro todo, e nós vamos assistir um bocadinho a isto e é uma pena que o CDS não esteja a ver isto, ou antes, uma parte do CDS que eu prezo, é uma pena. A cereja no bolo é que o Sr. Deputado Jaime Ramos não está a fazer isto porque é amiguinho do Dr. Miguel Albuquerque, está a fazer isto porque é espertinho e vê longe e quer deixar a Presidência do Governo ao filhinho Jaime Filipe Ramos Vozes do PSD:- Aaahhh! A ORADORA:- Mas é tão esperto, tão esperto Pág. 3

4 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sra. Deputada. A ORADORA:- Só para terminar. que vai deixar os piores anos de governação, que é o mandato de 2015, ao Dr. Miguel Albuquerque, só quando isto acalmar é que passa a Presidência do Governo aqui para o filhote. Mas, eu vou bater nestes cegos todos até estes cegos começarem a ver. E eu vou ver este barco afundar com ratos e travestis lá dentro todos juntos. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Muito bem! Aplausos do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado José Manuel Coelho, para um pedido de esclarecimento. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Obrigado, Sr. Presidente. Muito bom dia para todos, Sras. e Srs. Deputados. Eu queria perguntar à Sra. Deputada Rubina Sequeira o seguinte: se acha que este partido do PPD/PSD é um partido democrático, se acha que é um partido democrático? Eu para mim acho que isto é um partido terrorista, um partido de bandidos, porque eles estão a incendiar os carros dos opositores e o mandante desses incêndios está naquela bancada, está na bancada daqueles senhores. E eles estão transvestidos Uma voz do PSD:- Aonde, aonde? O ORADOR:- num partido nacional que se diz social-democrata, mas eles não são sociais-democratas nenhuns, são fascistas, reacionários ao mais alto grau. E portanto, estas pessoas têm que ser denunciadas como criminosos, apoiantes dos criminosos, porque esta bancada que está aqui é que patrocina os ataques contra o Gil Canha, contra a família do Gil Canha, por ser vereador na Câmara Municipal do Funchal e por combater os grandes interesses destes tubarões, destes bandidos que roubam os madeirenses e estão a enriquecer e querem fazer os seus negócios. Estas pessoas deste grupo parlamentar, enquanto não condenarem os atentados contra o Gil Canha, não merecem estar cá dentro, não são democratas, são reacionários e são fascistas. Burburinho do PSD. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Srs. Deputados O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- É que a mim ofende-me ouvir isto! Protestos do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, está Diálogo entre o Sr. Deputado José Manuel Coelho (PTP) e o Sr. Deputado Agostinho Gouveia (PSD). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado está Protestos do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, faz favor de se sentar, faz favor de se sentar, Sr. Deputado. Protestos do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, faz favor de se sentar, que está a perturbar Sr. Deputado, faz favor de se não continuar a perturbar os trabalhos. Eu queria dizer ao Plenário que Comentários do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Faz favor de se sentar, Sr. Deputado O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- armas, para combater o fascismo! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, faz favor de se sentar, faz favor de se sentar, Sr. Deputado. Burburinho do PSD. Pág. 4

5 Tenho que informar o Plenário que a Mesa cometeu o lapso de dar a palavra em primeiro lugar ao Sr. Deputado José Manuel Coelho, para colocar um pedido de esclarecimento à Sra. Deputada Rubina, não é isso que de facto foi estabelecido, não foi isso que foi estabelecido O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Eu não apoio partidos de bombistas! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Oh! Sr. Deputado, faz favor, ou sente-se Aparte inaudível do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Esta Assembleia não vai funcionar aqui, enquanto não se analisar este assunto. É um atentado à democracia e à autonomia, incendiar os carros do irmão do vereador! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Oh! Sr. Deputado, o Sr. Deputado continua Comentários do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O Sr. Deputado continua a interromper O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Esta Sessão não vai avançar enquanto não se discutir este assunto. Não se admite que em democracia se cometam atos de terrorismo! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, o Sr. Deputado continua a interromper os trabalhos. O Sr. Deputado continua a interromper os trabalhos e a perturbar os trabalhos eu mando-o retirar da Sala. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PTP):- Porque o Sr. é um fascista que está aqui! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Façam o favor de retirar o Sr. Deputado da Sala. Façam o favor de retirar o Sr. Deputado da Sala. Faz favor de se retirar da Sala. Burburinho. Sr. Deputado, o Sr. Deputado entra na Sala quando forem retomados os trabalhos. Comentários do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O Sr. Deputado José Manuel Coelho foi retirado da Sala Vozes do PSD:- Coitadinho! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado Jaime Ramos, para um pedido de esclarecimento ao Sr. Deputado Pedro Coelho. Está inscrito. Comentários do Sr. José Manuel Coelho (PTP). O SR. JAIME RAMOS (PSD):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coelho, na sua intervenção o Sr. Deputado falou no acordo que a Região fez com o Governo da República acerca do apoio, do empréstimo que a Região necessitava para pôr fim a situações de tesouraria e de incumprimento face ao desenvolvimento socioeconómico feito nos últimos 20 anos, e fruto da não transferência a tempo e horas dos dinheiros a que a Região tinha direito constitucionalmente, da saúde e da educação, fruto das medidas contra a Região Autónoma, contra os madeirenses e portosantenses, pelo Partido Socialista e por Sócrates que alterou a Lei das Finanças Regionais para dar aos Açores mais dinheiro do que à Região Autónoma da Madeira, retirando à Madeira aquilo que tínhamos direito, eu pergunto se concorda ou não que este aumento de impostos, imposto pelo Governo da República onde o CDS também está inserido, se é justo ou se é injusto? Sr. Deputado Pedro Coelho para responder, faz favor. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Jaime Ramos, efetivamente o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro da Madeira foi acordado com o Governo da República, um governo de coligação PSD/CDS, isso mesmo. E temos notado várias vezes que aqui o CDS, nesta Casa, tem referido que o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro foi somente assinado pelo Presidente do Governo e pelo Secretário Regional do Plano e Finanças, quando sabemos, por exemplo, que a questão que recentemente foi aprovada na Assembleia da República e que levou à demissão do Sr. Deputado José Manuel Rodrigues de vice-líder da bancada do CDS/PP, tinha Pág. 5

6 sido aprovada no dia 7 de Março deste ano pelos Srs. Ministros, em Conselho de Ministros, pelos Srs. Ministros Pedro Mota Soares, Paulo Portas e Assunção Cristas. E para que não fiquem dúvidas, essa proposta que foi recentemente aprovada na Assembleia da República, no seu artigo primeiro refere que o presente diploma altera o imposto de valor acrescentado em conformidade com o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro acordado entre o Governo da República Portuguesa e aquela Região Autónoma. Portanto, temos todos e este é um documento do Conselho de Ministros, temos todos que ter a consciência que foi uma oposição feita á Região Autónoma da Madeira por um governo de coligação PSD/CDS e todos também temos que ter consciência que eu não concordo com este aumento de impostos, nomeadamente em sede de IVA, porque acho que efetivamente o aumento é exagerado e todos sabem que o que o PSD/Madeira sempre defendeu era o aumento gradual da taxa de IVA, aumento esse que não foi aceite, sendo que a partir de 1 de Abril as taxas passarão a ser 5%, 12% e 22% a taxa máxima, apesar de, nos bens ditos essenciais O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR: - Já termino Sr. Presidente. naqueles de cariz alimentar, só há apenas um aumento de um ponto percentual Sr. Deputado Vicente Pestana, faz favor. O SR. VICENTE PESTANA (PSD):- Sr. Presidente, Srs. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coelho, o Sr. Deputado, dentro do grupo parlamentar do PSD, tem sido um dos deputados que mais tem falado e com toda a propriedade sobre a questão do Plano de Ajustamento e sobre o Centro Internacional de Negócios. Durante este tempo todo, já vai em dois, três anos a esta parte, o PSD sempre lutou, mas por vezes tínhamos a sensação, e agora temos a certeza, que lutou sozinho para que o Centro Internacional de Negócios continuasse a existir e a proporcionar receitas à Região, mas da parte da oposição, toda ela, o que fez foi dar trunfos ao Governo da República, foi incentivar o Governo da República para que nada fizesse, o que resultou na situação que hoje vivemos e que, como o Sr. Deputado afirmou na sua intervenção, faz com que a Madeira tenha perdido receitas vultuosas e que agora temos que fazer grandes sacrifícios para compensar essas receitas que o Centro Internacional de Negócios proporcionava à Madeira. E é caso para perguntar, e já agora pergunto ao Sr. Deputado, onde é que estavam os outros partidos? O que é que fizeram? E mais do que isso e também uma situação que tem sido pouco falada mas que eu acho que é importante realçar: o Centro Internacional de Negócios tem, segundo os números que são do conhecimento público, cerca de 3 mil funcionários O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Já termino, Sr. Presidente. e eu pergunto por onde é que andaram os sindicatos? Estes trabalhadores não são trabalhadores de pleno direito? Para além das forças políticas que nada fizeram e até tudo fizeram para que estes postos de trabalho fossem destruídos, os sindicatos não tinham a obrigação de defender estes trabalhadores? Sr. Deputado Pedro Coelho para responder, tem a palavra. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Vicente Pestana, efetivamente o Centro Internacional de Negócios foi criado já lá vão mais de 30 anos, foi criado em 1980, e começou em funcionamento em E desde essa data tem criado riqueza, tem criado emprego, principalmente emprego, como disse e bem, a mais de 3 mil trabalhadores e efetivamente era e é um instrumento que deve ser acarinhado por todos os partidos políticos. E o passado diz que nem sempre foi assim, como uma vez tive a oportunidade de demonstrar, porque efetivamente muitas vezes esta matéria vem a esta Casa de uma forma imprópria, criando nos investidores, criando nas empresas que labutam no Centro Internacional de Negócios, situações que não se percebe, quando por exemplo, no Luxemburgo essa situação é clara e é acarinhada por todos. Mas deixava aqui um desafio que é o seguinte: recentemente, o CDS/PP apresentou uma proposta na comissão de um decreto legislativo regional que infelizmente não passou nesta Casa porque a nossa autonomia fiscal é ainda muito limitada e, como sabemos e é público que vai haver um orçamento retificativo na Assembleia da República para 2012, desafio o CDS a, uma vez que vai haver esse orçamento retificativo, que o CDS apresente as propostas de alteração que apresentou nesta Casa e que, uma vez que temos uma autonomia fiscal limitada, não foi possível aqui aprovar. E por isso, se a vontade do CDS é efetivamente estimular o Centro Internacional de Negócios, como é a nossa, o que se espera é que o CDS, e uma vez que vai haver orçamento retificativo, leve essas propostas em sede de estatuto dos benefícios fiscais à Assembleia da República O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Eu já termino, Sr. Presidente. e que seja feita a discussão em sede de orçamento retificativo. Pág. 6

7 Sr. Deputado Medeiros Gaspar. O SR. MEDEIROS GASPAR (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coelho, V. Exa. fez aqui um intervenção que todos nós percebemos como incomodou particularmente o CDS/PP, mas isso é uma questão que terá que ser o CDS/PP a resolver. Comentário de um Sr. Deputado. Mas, o Sr. Deputado colocou agora a questão essencial e que aqui está em causa: é que o CDS/PP tem vindo a fazer um equilibrismo sobre o arame sem rede para tentar mostrar que na Madeira é um partido diferente daquele que suporta o Governo da República. E agora acabou de lançar um repto muito oportuno ao CDS/PP, que é a de, aquela iniciativa que aqui apresentou, poder transformá-la sim em proposta de alteração no orçamento retificativo e corrigir algo com o qual nós não concordamos e algo que nós consideramos que veio penalizar uma já fragilizada Zona Franca, um já fragilizado Centro Internacional e Negócios. Mas perguntava-lhe, Sr. Deputado, não só se acha que o CDS/PP há de ter esta diligência, não é, uma vez que tem estado a se mostrar preocupado com a questão, mas se também acha que o Sr. Deputado José Manuel Rodrigues irá de alguma forma procurar influenciar a estratégia da diplomacia económica? Porque, como nós vimos, o Banco do Estado, ao lado do lançamento de uma estratégia de diplomacia económica com estratégia, orientação e coordenação lançada por este Governo, o Banco do Estado acabou de retirar um conjunto vasto de clientes da nossa praça financeira para mandá-los para as O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- ilhas Caimão, e se considera que também aí o CDS/PP há de ter alguma diligência proativa ou se não estamos apenas no domínio da demagogia política? Sr. Deputado Pedro Coelho para responder. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Medeiros Gaspar, eu queria acreditar que as intenções do CDS são as melhores, porque é o papel de qualquer partido político defender a Região Autónoma e defender os seus cidadãos. Mas vejo sinceramente muitas vezes o CDS mais preocupado em ganhar debates, mais preocupado em estar presente nas redes sociais, mais preocupado em fazer jantares e vejo o CDS mais preocupado com a comunicação social e menos preocupado com os problemas das pessoas e com os problemas que afligem a Região Autónoma da Madeira. Burburinho na bancada do CDS/PP. E por isso, a história diz-nos que efetivamente não tem sido essa a postura do CDS/PP, porque o importante muitas vezes não é ganhar o debate O SR. MIGUEL DE SOUSA (PSD):- Muito bem! O ORADOR:- aqui nesta Casa, o que efetivamente não tem sido uma verdade. O importante é trabalharmos para fora, e não trabalharmos para o Diário de Notícias e para o Facebook. O importante é que as nossas propostas sejam credíveis, sejam exequíveis e que com isso possamos melhorar a vidas das pessoas. E espero, e por isso o repto que eu deixei ao CDS, que a proposta que apresentou sobre o Centro Internacional de Negócios que, infelizmente não passou nessa Casa, apesar da bondade que reconhecemos, não passou nesta Casa, porque a nossa autonomia fiscal ainda é muito limitada, esperemos que o CDS no âmbito do Centro Internacional de Negócios apresente essa alteração, que apresente essa alteração em sede de orçamento retificativo. O SR. JAIME FILIPE RAMOS (PSD):- Muito bem! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado Sr. Deputado Martinho Câmara. O SR. MARTINHO CÂMARA (CDS/PP):- Obrigado, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coelho, sabemos que a Madeira está a viver um momento difícil e que é preciso sempre encontrar culpados; os culpados poderão ser o Governo Regional que governa há mais de 30 anos, pode ser esta maioria da Assembleia, do PSD, que permanece há mais de 30 anos, poderá ser as oposições desta Câmara ou poderá ser ainda a conjuntura internacional. Sabemos que o Governo Regional negociou um Programa de Ajustamento Económico e Financeiro com o Governo da República e que esse mesmo Programa de Ajustamento Financeiro teve a única e exclusiva responsabilidade do PSD e do Governo Regional da Madeira. Pág. 7

8 Gostaria de perguntar ao Sr. Deputado se tem conhecimento se algum outro partido da Região Autónoma da Madeira, nomeadamente o CDS ou os outros partidos aqui com representação, se foram escutados para que as opções desse mesmo Programa fossem tidas em conta? E quais são as opções dos outros partidos? Por outro lado, sabendo que o empréstimo que a Madeira irá ter por parte da República fica aquém daquilo que são as necessidades da Região Autónoma da Madeira, o que poderá acontecer no futuro à economia regional e aos madeirenses? Por outro lado, perguntar ao Sr. Deputado se relativamente à questão do IVA e ao diferencial que existia entre a Madeira e o Continente, que se cifrava entre os 20 e os 30%, se essa mesma alteração foi uma opção no Programa de Ajustamento Financeiro, opção essa do Governo Regional, e que foi a pedido do próprio Governo Regional que a Assembleia da República teve de legislar para que se esbatesse este diferencial ou não? Muito obrigado, Sr. Deputado. Sr. Deputado Pedro Coelho para responder, tem a palavra. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Martinho Câmara, O PSD é governo nesta terra há 30 anos, por vontade do povo da Madeira e do Porto Santo, que isto fique claro, O SR. JAIME FILIPE RAMOS (PSD):- Muito bem! O ORADOR:- porque, por várias vezes o PSD tem tido a confiança do povo da Madeira e por isso é que está cá há 30 anos. O Sr. Deputado começou por dizer que o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro tinha sido negociado com o Governo da República, o Governo PSD/CDS e bem, mas depois disse se vi alguma assinatura de outro partido, daqui desta Casa, neste Plano de Ajustamento Economico e Financeiro? Mas dei-lhe apenas um pequeno exemplo, como por exemplo esta matéria de IVA que foi recentemente discutida na Assembleia da República, que tinha sido anteriormente aprovada em Conselho de Ministros, Conselho de Ministros que, como todos sabemos, tem três Ministros do CDS, o que me leva a pensar que José Manuel Rodrigues, vice líder do partido e vice líder parlamentar até há uns tempos atrás, votou contra três ilustres Ministros do CDS/PP que, como sabe, foi uma imposição que foi feita à Madeira e foi público que o que o PSD/Madeira queria era que, a existir esse aumento, que já estava previsto no memorando da troika, a existir esse aumento, que esse aumento fosse gradual e infelizmente esse aumento não foi gradual e a partir do dia 1 de Abril a taxa máxima passa de 16% para 22%, o que não deixa de ser, reconheço, significativo, esperando que o reflexo dessa grandeza não se reflita nos bens e serviços. Estou convencido que não se refletirá na mesma grandeza do aumento da taxa. E por isso, Sr. Deputado, o que se pede ao CDS é uma atitude responsável. Obviamente que o CDS é oposição na Madeira, ninguém o esconde, todos nós temos a consciência disso, mas não pode é dizer que não tem nada a ver com este Plano de Ajustamento, quando sabemos que o Plano O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- é um compromisso PSD/CDS. Protestos do CDS/PP. Sr. Deputado Savino Correia. O SR. SAVINO CORREIA (PSD):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu gostaria de aproveitar a oportunidade, e uma vez que o meu colega fez uma grande exposição há dias e sabe muito desta matéria económica e financeira, para colocar-lhe uma questão: eu penso que um dos problemas da Região é de facto que em assuntos tão importantes para a vida regional como é o Centro Internacional de Negócios nunca percebi uma Região tão pequena, como é que não é possível consensualizar uma estratégia. Em Espanha, no Parlamento Espanhol e ali em Canárias quando foi esta questão da Zona Franca em Canárias foi possível votar por unanimidade um quadro fiscal legislativo e apresentar à República Espanhola, à Monarquia Espanhola, à Monarquia Constitucional. Aparte inaudível do Sr. Lino Abreu (CDS/PP). E, portanto, aquilo que está aqui em causa é uma questão de natureza sociológica de comportamento, de mentalidade, de comportamento divisionista, não há aqui a consensualização à volta das questões fundamentais. E eu, como madeirense estou interessado nas questões fundamentais da minha terra, eu pergunto: por que é que não é possível nós, que somos uma terra tão pequena, uma terra com tão poucos recursos, como é que é possível tanta divisão, como é que é possível nós não conseguirmos da parte dos outros partidos consensualizar uma posição na defesa daquilo que é fundamental? E um das questões que é fundamental é o Centro Internacional de Negócios. Por isso, Sr. Deputado, eu queria que explicasse mais uma vez, porque parece-me que a população tem que perceber o quanto nós ficamos a perder pelo facto de o PSD lutar pela praça e não ter o apoio dos outros partidos e com isso os madeirenses a partir de 1 de Abril terem que pagar mais impostos, quando se de facto tivéssemos Pág. 8

9 aprovado a tempo e horas um regime fiscal, uma situação jurídica definida para a praça médio e a longo prazo, pudéssemos evitar este acréscimo O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- sobre os madeirenses. E isso prende-se com uma questão fundamental que é com a necessidade de um projeto económico que possa no mínimo garantir maior independência económica e financeira para a nossa Região. Sr. Deputado Pedro Coelho. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Savino Correia, efetivamente o Centro Internacional de Negócios é um vetor estratégico de desenvolvimento para a Região. Repare, Sr. Deputado, que o ajustamento ou o acréscimo de receita fiscal prevista no Orçamento da Região para 2012 é de 115 milhões de euros e a verba que se perdeu por o Centro Internacional de Negócios não ser competitivo foi na ordem dos 140 milhões de euros. O que me leva a dizer que se o Centro Internacional de Negócios da Madeira fosse acarinhado, fosse estimulado pelo Estado Português, aqueles sacríficos que foram impostos aos madeirenses e portosantenses seriam obviamente evitáveis e não entendeu assim o Estado Português e também é bom que se diga e o PSD/Madeira não tem complexos nessa matéria, o Governo de coligação PSD/CDS também não ajudou em sede de Orçamento de Estado para E por isso o PSD/Madeira não tem nenhum complexo em afirmar que não concordou com a opção do Secretário de Estado do CDS, mas de um Secretário de Estado que faz parte de uma coligação e cujo Ministro é do PSD, o PSD/Madeira obviamente repudia essa situação. Mas a verdade é que, e é isso que nos leva a pensar, a grande machadada que se dá no Centro Internacional de Negócios, dá-se ainda no tempo do PS, quando um governo em gestão, com as negociações a decorrerem com a União Europeia, disse que quis no fundo que o processo não fosse para a frente. E a pergunta que faço é a seguinte: todos nós muitas vezes temos que entender que a República terá que diminuir receitas, é-nos difícil perceber isso, mas o que não podemos aceitar é que nos tirem aqueles instrumentos que são nossos, que nos tirem aqueles instrumentos que criam riqueza, que nos tirem aqueles instrumentos que nos criam emprego, e por isso é que não entendo a opção que foi seguida no Orçamento de Estado para Porque se consigo aceitar que por vezes as transferências para a Região tenham que ser diminuídas, não consigo aceitar que se legisle contra o Centro Internacional de Negócios. Vozes do PSD:- Muito bem! Sra. Deputada Nivalda Gonçalves. A SRA. NIVALDA GONÇALVES (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coelho, já muito falou aqui sobre a questão do Centro Internacional de Negócios e das receitas que evitariam o aumento de impostos, que vamos ter agora no dia de 1 de Abril, mas eu também gostava de lhe colocar uma questão do Centro Internacional de Negócios muito diretamente que tem a ver com as poupanças que os emigrantes mantêm aqui na Madeira e se essas poupanças continuam ou não a estar isentas no que se refere à retenção na fonte das aplicações financeiras que têm os respetivos bancos? E em parceria com essa isenção que se mantém em vigor qual foi a estratégia da Caixa Geral de Depósitos, sendo um banco maioritariamente público, qual foi a estratégia da Caixa Geral de Depósitos ao fazer a transferência dessas poupanças que estariam aqui na Região Autónoma da Madeira para outras praças, sem uma base legal, sem uma base de alteração de lei? E por que é que acha que essas estratégias estão também com alguns partidos, e ainda ontem houve partidos que falaram nessa matéria a dizer que é melhor as poupanças irem para outro país. Que política é esta de querer que as poupanças que estão na nossa Região Autónoma da Madeira vão para outro País e não fiquem na nossa praça financeira? Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada. Sr. Deputado Pedro Coelho. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sra. Deputada Nivalda Gonçalves, efetivamente não se percebe e como a Sra. Deputada sabe e bem, muitas vezes essas remessas dos emigrantes, esses depósitos são importantes para que se cumpram os rácios bancários, rácios importantes que indicam muitas vezes a solvabilidade das instituições bancárias, não se percebe como é que uma instituição pública como é, por exemplo, a Caixa Geral de Depósitos tenha transferido mais de 8 mil milhões de euros da praça da Madeira para as Ilhas Caimão, efetivamente não percebo e acho que ninguém percebe. Ninguém percebe como o Governo Português, como uma empresa de capitais públicos transfere verbas de uma praça que é portuguesa, de uma praça que está num território também Português, que transfira para as Ilhas Caimão. E Pág. 9

10 isso efetivamente faz-nos pensar que motivos é que levaram a que se tenha feito por exemplo a opção que se fez, no Orçamento de Estado para 2012? Aparte inaudível de um Sr. Deputado. E por isso, Sra. Deputada, esse é um exemplo claro que não se percebe. Não se percebe porque as instituições portuguesas, as empresas deviam estar preocupadas em criar recursos, em criar riqueza na Madeira que também é portuguesa e não nas Ilhas Caimão. Sr. Deputado Emanuel Gomes, para um pedido de esclarecimento. O SR. EMANUEL GOMES (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Pedro Coelho, ouvi a sua explanação sobre a situação financeira da Região Autónoma da Madeira, falou das causas, das consequências, das razões que levaram a esta situação e por parte da oposição ouvimos logo, e de uma forma generalizada, várias críticas à questão das obras feitas, dos investimentos em excesso, foi aqui várias vezes referido, que levaram a esta situação de endividamento e no entender da oposição isso não deveria ter sido feito assim. Eu apelo ao seu sentimento de autarca e ao seu conhecimento de autarca, que muitas vezes anda no terreno e que vê a realização e acompanha a realização das obras, e sobretudo sente a reação dos munícipes, das pessoas aquando da inauguração dessas obras, quando veem passar uma estrada junto da sua casa, quando veem abrir uma nova biblioteca, um centro cívico, quando começam a usufruir e veem a sua qualidade de vida aumentar devido a esses investimentos, eu apelo ao seu sentido crítico para nos dizer se o saldo entre esta evolução, este investimento, esta qualidade de vida que passamos a ter e a dívida que os madeirenses vão ter de pagar para o futuro, se esse saldo é ou não positivo, atendendo àquilo que foi ao longo destes tempos todos a história do desenvolvimento da Madeira, se valeu a pena ou não valeu a pena todo este investimento, apelando à sua experiência como autarca, que muitos deputados aqui não tem, mas o senhor tem, de sabermos se valeu ou não valeu a pena darmos essa oportunidade aos madeirenses? O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, S. Deputado. Sr. Deputado Pedro Coelho. O SR. PEDRO COELHO (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Emanuel Gomes, efetivamente, e viu-se isso ainda ontem nesta Casa, nos sucessivos orçamentos da Região aprovados, que a oposição votou sempre contra. Comentários do Sr. José Rocha (PTP). Mas, nesses investimentos que estavam vertidos nos orçamentos da Região, ainda ontem o Partido Comunista veio pedir mais uma obra, veio pedir o hospital dizendo, por exemplo, o efeito multiplicador que tinha, por exemplo, na construção civil. Mas quando tínhamos investimentos vertidos no plano muitas vezes e sempre votou contra. E por isso, o que distingue os investimentos na Madeira dos investimentos noutros sítios, ainda ontem li que o TGV, que já não vai para a frente, custou 300 milhões de euros, ainda há uns dias li que só o buraco do BPN custou 9 mil milhões de euros e a verdade é que nós criámos dívida, mas criámos obra. E a verdade é que isso pode ser visto em toda a Região Autónoma da Madeira em investimentos de proximidade que foram feitos. Mas essa campanha que foi feita na Madeira e que ainda continua a ser feita, mas foi com especial enfoque feita em período pré-eleitoral, falando do buraco da Madeira, hoje temos a consciência que não há buraco nenhum, há dívida, como existe dívida em todo o mundo, em várias regiões do planeta e por isso, não se percebe por que é que a Madeira foi tão usada. E a verdade é que temos dívida, mas temos obra. Não temos casos como o TGV, que disse que já não vai para a frente, que parece que algumas empresas de construção vão colocar o Estado em tribunal e que já custou mais de 300 milhões de euros. Veja-se, por exemplo, o caso do BPN que já custou uma vez e meia mais do que a dívida que a Região Autónoma da Madeira tem e por isso, Sr. Deputado, a questão é muito clara: se não se fizesse os investimentos na altura certa, com o apoio da União Europeia, hoje, certamente não teríamos financiamento bancário para realizar as tais obras que o Sr. Deputado disse e bem, O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- aliás, como autarca que foi sabe, que são importantes e imprescindíveis para o bem-estar das populações. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):-.Muito obrigado, Sr. Deputado. Esgotamos a primeira parte do período de antes da ordem do dia, passamos à segunda parte com o Voto de Pesar pelo falecimento de Isabel Sena Lino. Consta do seguinte: Pág. 10

11 Voto de Pesar Pelo falecimento de Isabel Sena Lino Foi com um enorme consternação e profundo pesar que tomamos conhecimento no dia 08, Dia Internacional das Mulher, do falecimento, aos 65 anos de idade, de Isabel Sena Lino, vítima de doença prolongada. A Dra. Maria Isabel Ferreira Coelho de Sena Lino foi uma mulher e cidadã de grande atividade cívica mormente no exercício da sua profissão de docente na Região Autónoma da Madeira em que formou e marcou positivamente sucessivas gerações de alunos. Por outro lado foi também uma mulher e cidadã de grande dedicação ao serviço público mais concretamente pela sua atividade política tendo sido deputada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira em duas legislaturas: a VIII e a atual a X em que ainda chegou a tomar posse do seu mandato. Enquanto deputada na Assembleia da República a Dra. Maria Isabel Ferreira Coelho Sena Lino pertenceu à 6.ª Comissão Especializada de Educação, Cultura e Desporto. Foi ainda deputada na Assembleia da República mais concretamente em três legislaturas: VII, VIII e XII, tendo pertencido a diversas Comissões onde sempre deu nota de grande empenho e responsabilidade. A Dra. Maria Isabel Ferreira Coelho de Sena Lino também participou ativamente na Política Local tendo sido vereadora pelo PS-M na Câmara Municipal do Funchal aonde era presentemente autarca com assento na Assembleia Municipal. A morte prematura da Dra. Maria Isabel Ferreira Coelho Sena Lino constituiu uma dolorosa perda para a Região Autónoma da Madeira e também para o nosso país. A Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira presta, assim, sentida homenagem à memória da Dra. Maria Isabel Ferreira Coelho de Sena Lino e endereça em nome de todos os Grupo Parlamentares e deputados, os mais sentidos votos de condolências à sua família e a todos seus amigos. Assembleia Legislativa da Madeira, 09 de Março de 2012 O Grupo Parlamentar do PS-M, Ass.: Carlos Pereira.- Sr. Deputado Maximiano Martins tem a palavra, faz favor. O SR. MAXIMANO MARTINS (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Isabel Sena Lino partiu. Tive a honra da sua amizade e de companheirismo político-partidário, partilhámos cumplicidades que o tempo nunca apagará. Madeirense por opção ou por adoção, professora, parlamentar, membro do Partido Socialista na Madeira e de várias das suas direções, praticante desportista deixou-nos precocemente, faz-nos falta. Isabel Sena Lino morreu no exercício da sua atividade parlamentar, morreu em serviço, partiu no Dia Internacional da Mulher. Nem todos os povos e culturas choram tão intensamente a morte como a nossa civilização judaico-cristã. Outros contextos culturais e civilizacionais festejam em vez de chorar, talvez o que vamos fazer no caso da Isabel Sena Lino, festejar. Talvez nós amigos, colegas, familiares possamos saudar essa dupla faceta da sua morte, morreu no ativo, morreu no Dia Internacional da Mulher. É de um simbolismo intenso esta coincidência. Isabel Sena Lino inscrevia na sua luta política as questões da Mulher, o simbolismo daquele dia, mas também na substância da igualdade do género e do respeito pelo ser humano, homem e mulher. A Isabel gostava daquilo que fazia, fazia-o com paixão, inteligente, generosa, amiga, lutadora, voluntariosa, cultivava um grande gosto pela vida, tantas e tantas qualidades duma mulher que nos deixa saudades e que merece o nosso respeito. À sua família, a expressão da nossa amizade e da nossa solidariedade. Sr. Deputado Lopes da Fonseca. O SR. LOPES DA FONSECA (CDS/PP):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, obviamente que quando alguém parte, seja ele quem for, nós sentimos, porque é essa a nossa tradição de alguns milhares de anos, é a nossa cultura. No entanto, sentimos ainda mais profundamente quando é alguém que conhecemos que partilhou connosco esta caminhada, nomeadamente das causas, das causas políticas em particular, ainda mais sentimos, porque sentimos era uma pessoa que ainda tinha muito para dar à nossa sociedade. A Dra. Isabel Sena Lino e Deputada Isabel Sena Lino era uma dessas pessoas. Eu tive a particularidade de conhecer, a felicidade de privar com ela e nesta altura em que prestamos aqui a última homenagem em termos institucionais à Deputada Isabel Sena Lino, penso que toda a gente nesta Casa reconhece o valor da cidadã, o valor da política, o valor da pedagoga que foi, sem dúvida, Isabel Sena Lino. Uma personalidade afável, mas que defendia com o pendor que lhe reconhecíamos, em termos de personalidade, de forma acérrima as suas causas e por isso era, sem dúvida, respeitada por toda a gente, seja dentro do Partido Socialista, onde permaneceu, seja nos demais partidos desta Casa. Nós prestamos aqui esta última homenagem a uma personalidade sem dúvida que fará falta à nossa sociedade, mas que deixa as causas para serem seguidas como exemplo para todos nós. Pág. 11

12 Por certo, o CDS junta-se a esta homenagem de pesar, enviando obviamente como aqui vai ser feito depois, esperamos, de aprovado este voto, à família o nosso profundo pesar pelo desaparecimento prematuro da Dra. Isabel Sena Lino. Sr. Deputado Tranquada Gomes. O SR. TRANQUADA GOMES (PSD):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Srs. Deputados, naturalmente que o Partido Social-Democrata associa-se a este e voto de pesar pelo falecimento da Sra. Deputada Isabel Sena Lino. Como disse há pouco o Sr. Deputado Maximiano Martins, é uma pessoa que certamente deixar-nos-á saudade. Saudade pela intervenção cívica que teve ao longo da sua vida, saudade pelo respeito, pela democrata que demonstrou ser nesta Assembleia e na Assembleia da República. Recordo-me de Isabel Sena Lino como uma pessoa que defendia com convicção as suas ideias, mas acho que o legado que a todos nos deixou foi o legado do respeito, o legado do saber estar, o legado do saber defender, mas sempre com aquele espírito de tolerância, sabendo que para além da sua convicção, havia outras opiniões divergentes que podiam ser muitas vezes partilhadas, discutidas e encontrados consensos. É esse o verdadeiro legado, em minha opinião, que a Dra. Isabel Sena Lino deixa ao Parlamento, é um exemplo de tolerância e de democracia. A Dra. Isabel Sena Lino certamente muito teria a dar à democracia e à escola. A morte surpreendeu-a, e nós sabemos que Isabel Sena Lino lutou para se manter entre nós. Portanto, nesta hora, que é uma hora de pesar, o PSD associando-se a este voto quer também endereçar aos familiares de Isabel Sena Lino as nossas mais profundas condolências. Morreu uma Sra. Deputada. Sr. Deputado Edgar Silva. O SR. EDGAR SILVA (PCP):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste voto de pesar pelo falecimento da Sra. Deputada Isabel Sena Lino, acho que este Parlamento deveria vergar-se sobre a memória de Isabel Sena Lino, vergo-me eu sobre a memória de Isabel Sena Lino e este Parlamento também o deveria fazer, enquanto Mulher, enquanto cidadã, enquanto Mulher que fica na história da Madeira, como Mulher que muito deu para o papel das mulheres na política, na intervenção política ativa. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sr. Deputado Sr. Deputado Roberto Vieira. O SR. ROBERTO VIEIRA (MPT):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Partido da Terra associa-se a este voto, porque se fala de uma Mulher defensora de causas, uma Mulher lutadora, uma Mulher ligada à educação enquanto Deputada Regional, Deputada na República, tendo feito um trabalho pela Madeira, um trabalho de mérito, um trabalho de luta geralmente por causas e por causas em prol dos mais desfavorecidos. Aqui o Partido da Terra tem que se associar e passar desde já também as condolências aos familiares e amigos e também falar de uma Mulher que esteve sempre presente, presente no Partido Socialista, onde integrei fileiras no passado. Uma Mulher que batia veredas, becos, caminhos, os lugares mais difíceis da nossa Região, em defesa do Partido Socialista, na altura, pelo qual me candidatei e esta Mulher foi um braço direito na freguesia onde concorri e por isso mesmo merece um louvor e merece este voto de pesar. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sras. e Srs. Deputados, eu queria apenas, e não vou complementar mas, queria dar testemunho da grande consideração e estima pessoal que tinha pela Deputada Isabel Sena Lino, de quem, até cheguei em determinado momento a ser médico pessoal e que foi vitimada por uma doença absolutamente implacável. Era uma Senhora no sentido pleno da palavra, coerente com as suas ideias, extremamente cordata na relação com os seus colegas e com os seus amigos. É realmente uma perda, é uma perda para o nosso Parlamento, é uma perda para a nossa sociedade. Eu pedia às Sras. e aos Srs. Deputados que, depois da votação, se guardasse um minuto de silêncio em memória da Sra. Deputada Isabel Sena Lino. Vou colocar à votação o voto de pesar. Submetido à votação foi aprovado por unanimidade Então, agora fazemos um minuto de silêncio. A Câmara guardou, de pé, um minuto de silêncio. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Srs. Deputados. Srs. Deputados, terminamos o período de antes da ordem do dia, vamos entrar na nossa ordem de trabalhos. Pág. 12

13 ORDEM DO DIA O ponto 1 é a eleição dos representantes da Assembleia Legislativa da Madeira no Conselho Económico e Social da Região da Autónoma da Madeira, tendo sido apresentada apenas uma candidatura subscrita pelo Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata. Consta do seguinte: Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira Assunto: Representantes da Assembleia Legislativa da Madeira no Conselho Economico e Social da RAM O Grupo Parlamentar do PSD/Madeira vem por este meio solicitar a V. Exa. a retirada do seu ofício em 30 de Janeiro do corrente ano, relativo ao assunto em epígrafe, e que seja substituído por o agora enviado. Mais informa V. Exa. que este Grupo Parlamentar indica para candidatos a Representantes da ALM no Conselho Economico e Social da RAM, os seguintes nomes: Presidente:- Dr. Carlos Alberto Rodrigues Vice-Presidente:- Dr. Élvio Manuel Vasconcelos da Encarnação Vogais:- Dr. Gonçalo Bruno Pinto Henriques - Dr. Rui Nuno Barros Cortez Com respeitosos cumprimentos. Funchal, 15 de Fevereiro de 2012 O líder do Grupo Paramentar do PPD/PSD, Ass.: Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos.- Declaração de Aceitação de candidatura Eu, abaixo assinado Carlos Alberto Rodrigues, casado, natural da freguesia de Santa Luzia, Concelho do Funchal, nascido a 27 de Abril de 1972, residente à Rua 31 de Janeiro, 38-1.º, desta cidade, declaro aceitar a candidatura a Representante da Assembleia Legislativa da Madeira (Presidente), no Conselho Económico e Social da RAM. Funchal, 15 de Fevereiro de Ass.: Carlos Alberto Rodrigues.- Declaração de Aceitação de candidatura Eu, abaixo assinado, Élvio Manuel Vasconcelos da Encarnação, casado, licenciado em economia, natural da freguesia do Monte, Concelho do Funchal, nascido a 12 de Fevereiro de 1968, residente à Rua da Torre Edifício Torre MV, Bloco A-BC, Concelho de Machico, declaro aceitar a candidatura a Representante da Assembleia Legislativa da Madeira (Vice-Presidente), no Conselho Económico e Social da RAM. Funchal, 25 de Fevereiro de Ass.: Élvio Manuel Vasconcelos da Encarnação.- Declaração de Aceitação de candidatura Eu, abaixo assinado Gonçalo Bruno Pinto Henriques, casado, natural da freguesia de São Pedro, Concelho do Funchal, nascido a 12 de Janeiro de 1974, residente à Estrada Monumental, Vila Formosa Residence, Bloco 6-5CL, declaro aceitar a candidatura de Representante da ALM (Vogal) no Conselho Económico e Social da RAM. Funchal, 15 de Fevereiro de 2012 Ass:. Gonçalo Bruno Pinto Henriques.- Declaração de Aceitação de candidatura Eu, abaixo assinado Rui Nuno Barros Cortez, casado, natural do Distrito de Lisboa, Concelho de Cascais, nascido a 25 de Agosto de 1974, residente à Rua Velha da Ajuda, n.º º B, desta cidade, declaro aceitar a candidatura a Representante da Assembleia Legislativa da Madeira (Vogal), no Conselho Económico e Social da RAM. Funchal, 30 de Janeiro de 2012 Ass.: Rui Nuno Barros Cortez.- Eu pedia a colaboração do Sr. Deputado Martinho Câmara, que está próximo da urna e da Sra. Deputada Maria João Monte, que também está próximo. E pedia à Sra. Deputada, secretária da Mesa, o favor de proceder à leitura da chamada dos nomes dos Srs. Deputados para efeitos de votação. Procedeu-se à chamada, à qual responderam 41 Deputados: PARTIDO SOCIAL-DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos de Gouveia Ana Mafalda Figueira da Costa Ana Maria de Gouveia Serralha Edgar Alexandre Garrido Gouveia Emanuel Sabino Vieira Gomes Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos Jaime Filipe Gil Ramos José António Coito Pita Pág. 13