O Mercado: as curvas de oferta, demanda e o equilíbrio de mercado

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1 P á g i n a 1 Curso para Concursos 2019 Disciplina: Professor: Carlos Ramos Material de Apoio Aula Noções de : O Mercado: as curvas de oferta, demanda e o equilíbrio de mercado A Ciência Econômica é também conhecida como ciência da escassez. Ela parte do princípio que as necessidades humanas são ilimitadas, enquanto que os recursos necessários para que as empresas produzam os bens e serviços capazes de satisfazer a essas necessidades são escassos, ou seja, existem em quantidades limitadas. As necessidades humanas são consideradas ilimitadas por dois motivos: a) Porque elas se renovam constantemente, como por exemplo, a necessidade de alimentação; por esta razão, as necessidades humanas exigem um fornecimento contínuo de certos bens para seu atendimento; b) Porque tendem a ficar cada vez mais sofisticadas, na medida em que despertam novas necessidades, juntamente com a elevação do padrão de vida do indivíduo. Como exemplo, a necessidade de transporte pode ser atendida com a aquisição de um carro, pelo indivíduo; a partir daí ele passa a ter novas necessidades: seguro contra danos materiais, consumo de combustível, serviços de manutenção, troca de peças, etc. Desse modo, é necessário que o sistema econômico formado pelas diversas indústrias e demais firmas que atuam nos diversos mercados de bens e serviços realizem uma produção contínua, capaz de atender às demandas da população. Como os recursos disponíveis (trabalho, terra e capital) são escassos, a produção de bens e serviços tem que ser a mais eficiente possível, para que não haja desperdício ou uso irracional dos recursos. Se as necessidades humanas não fossem ilimitadas, não seria problema se acontecesse eventual produção, pelas empresas, de um determinado bem, em excesso; mas, como existe uma escassez de recursos produtivos, de modo que nem todas as necessidades humanas podem ser plenamente satisfeitas, então surge a importância de se buscar a maior eficiência possível no uso destes recursos produtivos, para gerar o nível máximo de bem-estar para a sociedade. Observe que, para a ciência econômica, os conceitos de bem e serviço se referem a coisas materiais ou imateriais que atendem a uma necessidade humana. Os bens se referem tanto a elementos materiais ou tangíveis - quando é possível atribuir a eles certas características físicas (tamanho, forma, peso, cor, etc.), quanto a elementos imateriais ou intangíveis - quando tais atributos não são possíveis; neste último caso utiliza-se a denominação serviços.

2 P á g i n a 2 Nesse contexto, a Economia se apresenta como a ciência social que se ocupa da administração dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos. As sociedades humanas, de modo geral, se defrontam com três problemas econômicos fundamentais: 1. O QUE e QUANTO produzir? Significa que produtos deverão ser produzidos (feijão, televisores, sapatos, etc.) e em que quantidades deverão ser colocadas à disposição dos consumidores. O sistema econômico precisa se organizar para que as unidades produtivas as empresas passem a gerar estes bens, nas quantidades desejadas pela população. 2. COMO produzir? Esta questão diz respeito à tecnologia a ser empregada na produção dos diversos bens e serviços. As empresas devem escolher, dentre vários processos técnicos, aquele que for mais eficiente, ou seja, que seja capaz de gerar a máxima produção possível a partir de certa quantidade de recursos (terra, trabalho e capital). 3. PARA QUEM produzir? Este problema diz respeito ao modo como serão os bens e serviços distribuídos à população, na medida em que será necessário, de alguma forma, estabelecer um preço para os itens produzidos pelas empresas. Diante de tudo o que foi visto até aqui, percebe-se que a Economia é uma ciência preocupada com problemas de escolha. Quando o sistema econômico se defronta com os problemas de o que e quanto, como e para quem produzir, é necessário fazer escolhas entre várias opções possíveis. A escolha é necessária porque o estoque de fatores de produção (terra, trabalho e capital), no curto prazo, é dado, é limitado, enquanto que existem diversas demandas por bens e serviços. Assim, as empresas têm que decidir sobre a forma de alocar ou distribuir os recursos disponíveis entre milhares de diferentes possíveis linhas de produção. Vamos analisar este problema usando um instrumental básico da : a Curva de Possibilidades de Produção. Suponhamos que o sistema econômico tenha que decidir sobre a produção de dois bens: Carros e Televisores. Haverá sempre uma quantidade máxima de carros produzida anualmente, quando todos os recursos forem destinados à sua produção e nada à produção de Televisores (ou vice-versa). A quantidade exata depende da quantidade e da qualidade dos recursos produtivos existentes na economia e do nível tecnológico com que sejam combinados. Logicamente, além das quantidades máximas, existem infinitas possibilidades de combinações intermediárias entre carros e televisores a serem produzidos, conforme exemplificado na tabela abaixo:

3 P á g i n a 3 Podemos representar a tabela através do gráfico a seguir: Unindo-se todos os pontos da tabela, obtemos a chamada "Curva de Possibilidades de Produção" ou ainda Curva de Transformação, que nos mostra as diversas combinações de quantidades de dois bens que o sistema econômico pode produzir, em termos potenciais, dada certa quantidade de fatores de produção e dada a tecnologia disponível. A CPP representa uma ideia fundamental: se uma economia estiver numa situação de pleno emprego dos seus fatores de produção, e se houver a necessidade de produzir mais unidades de certo bem, então será preciso reduzir a produção do outro bem. Em outras palavras, numa situação de pleno emprego dos fatores de produção, para aumentar a produção de um bem é preciso retirar recursos atualmente alocados na fabricação de algum outro bem, portanto reduzindo a produção deste último. Devido à limitação de recursos, os pontos de maior produção aparecem por sobre a curva de transformação. Assim sendo, para a fabricação só de carros (no ponto A) seria sacrificada toda a produção de televisores. O custo de oportunidade corresponde exatamente ao sacrifício do que se deixou de produzir. Portanto, o gráfico da CPP demonstra uma situação em que todos os recursos ou fatores de produção (terra, trabalho e capital) estão empregados, portanto uma situação em que todos os recursos estão alocados de forma a gerar a produção máxima dessa economia. Essa situação é conhecida como pleno emprego. O gráfico a seguir mostra três pontos: P, Q e S. O Ponto P representa um nível de produção dos bens 1 e 2 abaixo do pleno-emprego, pois seria ainda possível aumentar a produção de ambos, desde que para isso a economia mobilizasse fatores de produção desempregados.

4 P á g i n a 4 O ponto Q representa uma situação de pleno emprego dos fatores de produção. Nesse caso, só é possível aumentar a produção do bem 2 se houver redução na produção do bem 1. Isso corresponde ao conceito econômico de custo de oportunidade. O ponto S, por sua vez, representa um nível de produção dos bens 1 e 2 que não é alcançável no momento, pois exige uma quantidade de fatores de produção maior que a máxima disponível neste instante. O ponto S somente será alcançado se forem aumentadas, no longo prazo, as quantidades de todos os fatores de produção, o que provocaria um deslocamento da curva de possibilidades de produção para a direita e para cima. Dadas as limitações dos recursos produtivos e do nível tecnológico, os diversos países tentam organizar suas economias a fim de resolver os problemas do que, quanto, como e para quem produzir, de forma eficiente, isto é, com o menor desperdício possível. Numa economia de mercado, os três problemas fundamentais são resolvidos de forma descentralizada, pelo livre jogo de demanda (ou procura) e oferta nos diversos mercados de bens e serviços. Nenhum agente econômico (indivíduo ou empresa) se preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços. Preocupam-se em resolver isoladamente seus próprios negócios. As empresas todo o tempo estão lutando para somente sobreviver, num ambiente altamente competitivo, graças à concorrência imposta pelos mercados (tanto na venda de produtos finais, quanto na compra dos fatores de produção). Esse jogo econômico é todo baseado nos sinais dados pelos preços. A concorrência no mercado de bens determina a disputa na compra e venda de produtos, em que se encontram os interesses dos indivíduos que demandam (procuram) tais produtos, e os interesses das empresas, que ofertam (querem vender) tais bens. No momento em que todos agem individualmente, no conjunto resolvem-se inconscientemente os problemas básicos da coletividade. Tudo é realizado através dos ajustes nos preços das mercadorias, em que se procura compatibilizar o preço desejado pelos indivíduos (o mais baixo possível) com o preço desejado pelas empresas (o mais alto possível). O desejo dos indivíduos determinará a magnitude da demanda, e as intenções das empresas determinarão a magnitude da oferta. O equilíbrio entre demanda e a oferta será sempre atingido pela flutuação do preço do produto em questão. Se a demanda for maior do que a oferta, o preço tende a subir. Se a oferta for maior do que a procura, o preço tende a cair. Se houve coincidência entre oferta e demanda, o preço tende a ficar estável essa corresponde à situação de equilíbrio de mercado. Assim, o mecanismo de preços se torna um grande sistema de ajustes na base da tentativa e erro, de modo que ao final de várias interações entre produtores (do lado

5 P á g i n a 5 da oferta) e de consumidores (do lado da demanda), surge o preço de equilíbrio, determinando as quantidades a serem transacionadas no mercado. Portanto, numa economia de mercado, os problemas básicos da economia o que, quanto, como e para quem produzir - podem ser resolvidos pela concorrência dos mercados e pelo mecanismo dos preços. O consumidor tentará maximizar a sua satisfação, e o produtor, o seu lucro. O sistema de preços coordena as decisões de milhões de unidades econômicas, faz com que eles se equilibrem, uns aos outros, e força ajustamentos para torná-los condizentes com o nível tecnológico e com o montante disponível de recursos. O gráfico a seguir demonstra a interação das forças de oferta e demanda, resultando no preço e na quantidade de equilíbrio. Os consumidores estabelecem os preços máximos que estão dispostos a pagar por cada quantidade a ser demandada. Essa avaliação é subjetiva (psicológica) e deriva do conceito de utilidade que o consumidor procura maximizar. Assim, a curva de demanda de mercado delimita o preço máximo. Por sua vez, os produtores estabelecem o preço mínimo que estão dispostos a receber por cada quantidade ofertada, diante da restrição dos custos incorridos e seu objetivo de maximizar lucros. Assim a curva de oferta representa o limite mínimo. Desta forma, a área de negociação do preço e da quantidade se dará na região 0PE, do gráfico, mas o equilíbrio será em E. O mercado é a solução civilizada mais barata, logo a mais eficiente, para se realizar trocas, que em última instância é a essência do problema econômico. O Princípio da Demanda e da Oferta A Curva de Demanda A demanda ou procura individual corresponde à quantidade de um determinado bem ou serviço que o consumidor deseja adquirir durante certo período de tempo. Observe que Demanda não é a mesma coisa que Compra. Demanda é o desejo de adquirir, é a aspiração, o plano, e não sua realização. A quantidade demandada pelo consumidor é a quantidade de produto que ele vai procurar no mercado, de acordo com suas preferências, sua renda, e outros fatores. A quantidade efetivamente comprada, por sua vez, vai depender do preço praticado pelo mercado.

6 P á g i n a 6 Além disso, a demanda é um fluxo por unidade de tempo, e se expressa por certa quantidade num dado período. Assim, podemos dizer que a demanda por milho é de 50 toneladas/ano ou ainda que a demanda por gasolina no país X é de 1000 galões por dia, etc. Na, a Teoria da Demanda reflete a tentativa de entender como surge esta força de mercado. Sua base reside em algumas hipóteses sobre as escolhas que o consumidor faz entre diversos bens que seu orçamento permite adquirir. Tendo um orçamento limitado, ou seja, um determinado nível de renda, o consumidor procurará distribuir esse seu orçamento (renda) entre os diversos bens e serviços de forma a alcançar a melhor combinação possível, ou seja, aquela que lhe trará maior nível de satisfação ou utilidade. De modo geral, pode-se afirmar que as escolhas do consumidor são influenciadas pelas seguintes variáveis, que por esta razão determinam sua demanda por determinado bem: a) O preço do próprio bem; b) Os preços dos outros bens (que podem ser substitutos ou complementares); c) A renda do indivíduo; d) Os gostos ou preferências pessoais do indivíduo. Para estudar a influência de cada fator sobre a demanda é preciso fazer uma simplificação, pois estudar tudo em conjunto seria bastante complexo. A partir daqui, vamos considerar cada variável separadamente, para entender como cada uma delas influencia na formação da demanda individual. Quando analisarmos cada variável separadamente, trabalharemos com a hipótese coeteris paribus, ou seja, vamos admitir previamente que todas as demais variáveis permaneçam inalteradas. Esta expressão coeteris paribus é muito utilizada na ciência econômica e significa tudo o mais constante. Assim, podemos afirmar que, coeteris paribus, a demanda é função do preço. Ou seja, estamos dizendo que, supondo inalterados os demais preços dos outros bens, a renda e os gostos ou preferências do consumidor, sua demanda sofrerá influência de variações do próprio preço do bem. Vamos então começar nossa análise: a) Efeito de variações no preço do próprio bem sobre a sua demanda Podemos representar a relação entre quantidades demandadas e preços dos bens da seguinte maneira: qx = f (px) Normalmente, teremos uma relação inversa entre o preço do bem e a quantidade demandada. Quando o preço do bem cai, este fica mais barato em relação a seus concorrentes e, dessa forma, os consumidores deverão aumentar seu desejo de comprá-lo. Vejamos a seguir um exemplo numérico, que relaciona as quantidades demandadas de certo produto com os preços deste mesmo produto. A tabela mostra a relação decrescente entre preços e quantidades, que pode ser também visualizada no gráfico correspondente:

7 P á g i n a 7 p q 0,10 98,00 0,50 90,00 0,75 85,00 1,00 80,00 1,25 75,00 1,50 70,00 1,75 65,00 2,00 60,00 2,25 55,00 2,50 50,00 3,00 p Curva de Demanda 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 - q O gráfico mostra a curva de demanda. Neste exemplo, estamos usando uma curva linear, que é uma das muitas representações matemáticas possíveis da curva de demanda. Poderíamos também representar essa mesma curva de demanda através da equação abaixo: Q = p Assim, a curva de demanda mostra a relação entre o preço do bem e a quantidade desse bem que o consumidor está disposto a adquirir durante certo período de tempo, tudo o mais permanecendo constante, ou seja, não variando o preço dos outros bens, a renda e o gosto do consumidor. Qualquer ponto da curva, no gráfico seguinte, nos mostra a combinação de preço e quantidade. Ao preço P1, a quantidade demandada será Q1. A curva de demanda nos dá o conjunto de todas as combinações possíveis entre preços e quantidades. Quando se fala em demanda, estamos nos referindo à curva inteira, enquanto se denomina quantidade demandada um determinado ponto dessa mesma curva. b) Efeito de variações nos preços dos outros bens sobre a curva de demanda qx = f (py)

8 P á g i n a 8 A demanda por um bem x depende de py, ou seja, do preço de um outro bem y, tudo o mais constante. Para essa função não temos uma relação geral: o aumento do preço do bem y poderá aumentar ou reduzir a demanda do bem x. A reação depende do tipo de relação existente entre os dois bens. Os bens x e y podem ser substitutos (ou também chamados concorrentes) ou podem ser complementares. Bens Substitutos ou Concorrentes - Se o aumento do preço do bem y aumentar a demanda do bem x, os bens y e x serão chamados substitutos ou concorrentes. Eles guardam relação de substituição quanto ao seu consumo. Por exemplo, a manteiga e a margarina, o café e o chá, o açúcar e o adoçante, etc. Nessas condições, se o preço do bem y aumenta, podemos afirmar que, coeteris paribus, a quantidade demandada de x vai aumentar. Suponha que y seja a margarina e x seja a manteiga. Se o preço da margarina aumenta, muitos consumidores deixam de demandar margarina e passam a demandar a manteiga. Isto resulta num deslocamento de toda a curva de demanda do bem x (no nosso exemplo, a manteiga) para a direita, conforme ilustrado no gráfico a seguir: Ou seja, mesmo com o preço do bem x constante, em P1, haverá aumento na quantidade demandada de Q1 para Q2, pois muitos consumidores deixarão de demandar o bem y e passarão a demandar o bem x. Como isto se aplica a todos os demais pontos da curva de demanda, concluímos que toda a curva de desloca para a direita (pois todos os pontos se deslocam). O mesmo raciocínio nos leva à conclusão de que, quando o preço do bem y diminui, a curva de demanda do bem x se desloca para a esquerda. Bens Complementares - Se o aumento do preço do bem y provoca uma queda na demanda do bem x, eles são bens complementares. É o caso, por exemplo, do pão e da manteiga, do café e do leite, entre outros. Bens complementares são aqueles que, em geral, são consumidos conjuntamente. Nesse caso, o aumento do preço de um bem complementar y levará a um deslocamento da curva de demanda do bem x em sentido oposto ao caso apresentado anteriormente, em que existia relação de substituição entre os bens. Supondo que o preço do bem y, representado pelo pão, aumente, a quantidade demandada de pão vai diminuir. Assim, também vai diminuir a quantidade demandada do bem x, manteiga, pois os dois bens são complementares.

9 P á g i n a 9 Dessa forma, ao contrário do que vimos no exemplo anterior, o aumento do preço de um bem complementar provoca uma redução na quantidade demandada do bem em análise, provocando um deslocamento de toda a sua curva de demanda para a esquerda. Uma redução no preço do bem complementar faz com que a curva de demanda do bem em questão se desloque inteiramente para a direita. c) Efeitos da variação da renda do consumidor sobre a curva de demanda qx = f (R) Como regra geral, existe uma relação crescente e direta entre a renda e a demanda por um bem ou serviço. Quando a renda cresce, a demanda do bem deve aumentar. O indivíduo, ficando mais rico, vai desejar aumentar seu padrão de consumo e, portanto, demandar maiores quantidades de bens e serviços. É assim que se comportam os bens normais. Essa regra tem exceções. Em primeiro lugar, é possível que o indivíduo esteja totalmente satisfeito com o consumo de determinado bem e, portanto, não altere a quantidade demandada por unidade de tempo, quando sua renda aumentar. É o caso dos bens de consumo saciado. Outra exceção diz respeito aos chamados bens inferiores. Esses são bens cuja demanda se reduz quando a renda aumenta. Por exemplo: a demanda por carne de segunda se reduz quando o indivíduo aumenta seus ganhos, pois ele passará a demandar carne de primeira e não mais de segunda. A relação entre a renda e a demanda por determinado bem pode ser apresentada na forma de deslocamentos de toda a curva de demanda. Para os bens normais, um aumento de renda deslocará a curva de demanda para a direita, como mostra o gráfico acima. Para os bens inferiores, caso haja aumento da renda do consumidor, o deslocamento será para a esquerda, pois ele desejará menos tais bens. No caso dos bens de consumo saciado, a posição da curva de demanda não se altera, não há efeito algum provocado pelas variações da renda.

10 P á g i n a 10 d) Efeito das alterações nos gostos ou preferências pessoais do consumidor sobre a curva de demanda Fatores subjetivos podem levar o consumidor a desejar mais de um bem, independentemente do seu preço. Quando uma determinada peça de roupa entra na moda, por exemplo, sua demanda aumenta, mesmo que o preço não tenha sido alterado. Em termos gráficos, isto equivale a um deslocamento de toda a curva de demanda para a direita. Se, por outro lado, o consumidor deseja menos um produto, porque, por exemplo, descobre-se que ele tem algumas características indesejáveis, os gostos ou preferências se alteram no sentido de deslocar toda a curva de demanda para a esquerda. O mesmo pode ocorrer com uma peça de roupa que sai de moda, por exemplo. A Curva de Oferta Vamos agora analisar o que acontece do lado dos produtores, ou seja, das empresas que produzem e vendem os diversos tipos de bens no mercado. Define-se oferta como a quantidade de um bem ou serviço que os produtores desejam vender por unidade de tempo. A oferta é um desejo, um plano, uma aspiração. Assim, oferta não é a mesma coisa que venda ; a oferta representa um comportamento, um desejo, uma intenção dos produtores, enquanto que a venda corresponde à efetiva transação comercial, de acordo com o preço de mercado e de acordo com a quantidade demandada pelos consumidores. A oferta do bem depende basicamente do próprio preço deste bem. Admitindo-se a hipótese coeteris paribus, podemos afirmar que quanto maior for o preço do bem, mais interessante será produzi-lo e, portanto, a oferta é maior. Podemos também representar esta ideia com alguns números e com um gráfico, como a seguir: p q 2,50 95,00 2,25 90,00 2,00 85,00 1,75 80,00 1,50 75,00 1,25 70,00 1,00 65,00 0,75 60,00 0,50 55,00 0,25 50,00 3,00 p Curva de Oferta 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 - q Também aqui estamos representando a curva de oferta de forma linear, que pode ser descrita, neste caso, pela equação: Q = 20p + 45 Relacionando a quantidade ofertada de um bem com seu preço, obteremos, portanto, a curva de oferta, ilustrando uma relação crescente entre preços e quantidades:

11 P á g i n a 11 A oferta do bem x depende também dos preços dos fatores de produção, os quais, juntamente com a tecnologia empregada, determinam o custo de produção. Havendo aumento do preço do fator, aumentará o custo de produção. Os bens em cuja produção se empregam grandes quantidades desse fator sofrerão aumentos de custo significativos, enquanto os que pouco o utilizam sofrerão menos. Por exemplo, aumentando o preço da terra, teremos grande aumento no custo de produção de milho, enquanto em outros setores que aproveitam em menor intensidade o fator terra, terão aumentos menores de custos. Assim, a mudança no preço do fator acarretará alterações na lucratividade relativa das produções, e isso ocasionará deslocamentos nas curvas de ofertas das diferentes mercadorias. O mesmo raciocínio se pode fazer em relação à mudança na tecnologia de produção. Os bens que mais se beneficiaram da mudança tecnológica terão uma lucratividade aumentada, e assim surgirão deslocamentos nas curvas de oferta de diversos bens e serviços. Assim, temos as seguintes regras: Aumentos nos custos de produção provocam um deslocamento da curva de oferta para a esquerda (a oferta se retrai, pois a produção ficou mais cara); Reduções nos custos de produção, ou ainda, melhoria das condições tecnológicas, provocam uma expansão da oferta, deslocando toda a curva para a direita. Finalmente, a oferta de um bem pode ser alterada por mudança nos preços dos demais bens produzidos. Se os preços dos demais bens subirem e o preço do bem x permanecer idêntico, sua produção tornar-se-á menos atraente em relação à produção dos outros bens, consequentemente diminuindo sua oferta. Nesse caso, teremos deslocamento da curva de oferta para a esquerda. O Equilíbrio de Mercado O preço na economia de mercado é determinado tanto pela oferta quanto pela demanda. Coloquemos em único gráfico as curvas de oferta e de demanda. Sabemos que a curva de demanda, que representa o desejo dos consumidores, é decrescente em relação aos preços. A curva de oferta, por sua vez, é crescente em relação aos preços. O gráfico a seguir mostra a interação entre as forças de oferta e demanda:

12 P á g i n a 12 Observe a interseção das curvas no ponto E, ao qual correspondem o preço P1 e a quantidade Q1. Esse ponto é único, pois a curva de demanda é decrescente e a curva de oferta, crescente. Nesse ponto, a quantidade que os consumidores desejam comprar é exatamente igual à quantidade que os produtores desejam vender. Existe coincidência de desejos. Para qualquer preço superior a P1 a quantidade que os ofertantes desejam vender é maior que aquela que os consumidores desejam comprar. Em linguagem técnica, dizemos que existe excesso de oferta. De outra parte, para qualquer preço inferior a P1 surgirá excesso de demanda. Em qualquer dessas situações não existe compatibilidade de desejos: I - quando existir excesso de demanda surgirão pressões para que os preços subam, pois: a) os compradores, incapazes de comprar o que desejam ao preço existente, dispõem-se a pagar mais; e b) os vendedores veem a escassez e percebem que podem elevar os preços sem queda em suas vendas.

13 P á g i n a 13 II - quando existir excesso de oferta surgirão pressões para os preços caírem, pois: a) os vendedores percebem que não podem vender tudo o que desejam; seus estoques aumentam e, assim, passam a oferecer a preços menores; e b) os compradores notam a fartura e passam a pechinchar no preço. No ponto E (P1, Q1) não existem pressões para alterações nos preços. Nesse ponto, os planos dos compradores são coincidentes com o plano dos vendedores. Sendo o único nessas condições, o ponto E é o ponto de equilíbrio das curvas de oferta e demanda. O preço P1 é o preço de equilíbrio e Q1 a quantidade de equilíbrio. Mudanças do ponto de equilíbrio Vimos anteriormente que vários fatores podem provocar deslocamentos das curvas de oferta e demanda. Um deslocamento desse tipo provocará alterações no ponto de equilíbrio. Suponhamos, por exemplo, que o mercado do bem x está em equilíbrio, e o bem x é um bem normal. O preço do equilíbrio é P1 e a quantidade de equilíbrio é Q1. Suponhamos agora que os consumidores tenham aumento de renda real (o que significa aumento de seu poder aquisitivo, de seu poder de comprar mercadorias). Consequentemente, coeteris paribus, a demanda do bem x, ao mesmo preço, será maior.

14 P á g i n a 14 Isso significa deslocamento da curva de demanda para a direita, para D'. Assim, ao preço P1, teremos excesso de demanda, que provocará aumento de preços até que o excesso de demanda se acabe. O novo equilíbrio ocorrerá pelo preço P2 e quantidade Q2. Da mesma forma, deslocamentos da curva de oferta provocam mudanças na quantidade e no preço de equilíbrio. Suponhamos, para exemplificar, que os preços das matérias-primas do bem x se reduzam. Consequentemente, a curva de oferta do bem x se desloca para a direita. Por raciocínio análogo ao anterior, podemos perceber que o novo preço de equilíbrio será menor e nova quantidade de equilíbrios será maior. 2. Questões de Concursos 01 - FGV - Analista Legislativo (ALERO)/Economia/2018 Suponha um indivíduo com o ensino médio completo. O custo de oportunidade para esse indivíduo cursar em período integral e concluir o ensino superior é igual a) aos encargos educacionais cobrados pela faculdade. b) ao valor da mensalidade do ensino médio corrigida pela inflação. c) ao custo do material escolar, transporte e moradia. d) ao salário sacrificado do mercado de trabalho, caso não ingressasse na faculdade. e) a zero, uma vez que o indivíduo já concluiu o ensino médio CESPE - Analista de Controle Externo (TCE-MG)/Ciências Econômicas/2018 A escassez de recursos impõe limite máximo à quantidade de bens que uma sociedade poderá produzir em determinado período, situação conhecida como fronteira ou curva de possibilidades de produção (CPP). O formato côncavo da CPP em relação à origem é devido a) à CPP dinâmica. b) ao custo marginal. c) à lei dos rendimentos decrescentes. d) ao pleno emprego dos recursos. e) à lei dos custos decrescentes.

15 P á g i n a FGV - Economista (CODEBA)/2010 Com base na Fronteira de Possibilidade de Produção abaixo, é correto afirmar que a) no ponto B, a economia está a pleno emprego. b) no ponto C, a economia está operando com sua produção potencial. c) no ponto A, a economia está operando com capacidade ociosa, isto é, a economia apresenta recursos produtivos desempregados. d) ao longo da Curva de Possibilidade de Produção, a economia opera com eficiência. e) o ponto C representa eficiência produtiva FCC - Auditor (TCE-CE)/2006 Num regime de concorrência perfeita, as curvas de demanda e de oferta de um bem são dadas, respectivamente, por: Qd = P Qo = P Onde: Qd = quantidade demandada Qo = quantidade ofertada P = preço do bem Se a função de demanda se deslocar para a direita, passando a ser Qd = P, na nova posição de equilíbrio a) o novo preço de mercado será R$ 10,00 superior ao preço anterior. b) haverá excesso de mercadorias porque a demanda aumentou e a oferta se manteve estável. c) o preço de mercado permanecerá inalterado. d) a quantidade total demandada no mercado irá diminuir. e) a quantidade demandada no mercado irá aumentar em 50 unidades CESPE - Economista (FUB)/2018 Em relação ao conceito de custo de oportunidade e o papel dos preços nos mercados, julgue o item seguinte. Em um mercado de aluguel de casas, haverá excesso de oferta de casas disponíveis para aluguel quando o preço praticado no mercado estiver acima do preço de equilíbrio de mercado CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo (TCE-SC)/Controle Externo/Economia/2016 Acerca da determinação do preço de um bem e de elasticidade da procura, julgue o item a seguir. As possíveis explicações para o aumento do preço de um bem incluem o aumento do preço de bem substituto ao bem em questão e o aumento na renda do consumidor.

16 P á g i n a CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/2016 Considere o seguinte modelo de demanda e oferta de determinado bem: Qd = x P Qs = y + P sendo Qd a quantidade demandada, Qs a quantidade ofertada, P o preço do bem, e x e y constantes positivas, julgue o item subsequente. Existe uma relação diretamente proporcional entre o preço desse bem e a quantidade demandada CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/2016 Julgue o item subsequente, relativo à curva de demanda. A descoberta dos benefícios do consumo de sal rosa do Himalaia em relação ao consumo do sal comum para a saúde vascular desloca a curva de demanda por esse tipo de sal para baixo e para a esquerda CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/2016 Julgue o item subsequente, relativo à curva de demanda. A curva de demanda é deslocada quando há variação da renda, variação no preço dos bens e variação do preço dos insumos CESPE - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/2016 Em relação à função demanda QD= P, julgue o item subsequente. O consumo máximo nessa função é igual a 500 unidades.

17 P á g i n a Gabarito 01 D 02 C 03 D 04 A 05 CERTO 06 CERTO 07 ERRADO 08 ERRADO 09 ERRADO 10 ERRADO

18 P á g i n a 18 Bibliografia Neves, Paulo E. V. Viceconti Silvério das. Introdução À Economia - 12ª Ed Saraiva Vasconcellos, Marco Antonio S. / Garcia, Manuel E. Fundamentos de Economia - 5ª Ed Saraiva Vasconcellos, Marco Antonio S. Economia - Micro e Macro - 6ª Ed Atlas Montella, Maura. Micro e Macroeconomia - Uma Abordagem Conceitual e Prática - 2ª Ed. Atlas

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