Lucas Nicácio Gomes Médico Veterinário UNESC Colatina-ES. Imunodeficiência Viral Felina FIV Revisão de Literatura
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- Amélia Débora Garrido
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1 Lucas Nicácio Gomes Médico Veterinário UNESC Colatina-ES Imunodeficiência Viral Felina FIV Revisão de Literatura 1. Introdução A escolha do gato doméstico como um animal de estimação tem aumentado notoriamente, haja vista que o animal é uma individualidade autônoma e independente. Existe uma clara necessidade de estudos e aperfeiçoamentos constantes em todas as áreas da medicina veterinária, haja vista que tal área do saber expressa uma eminente dinâmica em que novos temas e conceitos são descobertos e reconfigurados todos os dias. Assim sendo, com a medicina felina não poderia ser diferente. 2. Etiologia SILVA et. al. (2002) esclarece que o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da imunodeficiência humana (HIV) possuem uma ancestralidade em comum, pois as duas linhagens virais compartilham a mesma idiossincrasia. Todavia, SANGEROTI et. al. (2008) explicita a impossibilidade de transferência cruzada entre o humano e o felino. Ademais, FERREIRA et. al. (2011) categoriza o vírus como um integrante da família Retroviridae e sublinha a pertinência da incidência dessa patologia na população felina doméstica e silvestre.
2 3. Epidemiologia e Transferência Similarmente à leucemia viral felina (FeLV), a imunodeficiência viral felina (FIV) é originada a partir de combates físicos, sobretudo, envolvendo elementos machos, pois eles lesionam-se e açoitam-se, produzindo mordidas e, consequentemente, a participação da saliva, uma secreção digestiva que pode conter exorbitantes concentrações virais, intensificando a preservação do agente etiológico. Dessa maneira, TORRES et. al. (2017) ratifica que a FIV não tem cura, entretanto, a terapêutica preconizada é perpétua, ou seja, deve ser consumada por toda a vida do paciente. SELLON, 1998 & SELTON et. al. (1989) citados por FERREIRA et. al. (2011) aduzem que a imunodeficiência viral felina é uma moléstia infecciosa presente no mundo todo. Portanto, TORRES et. al. (2017) conjectura que o FIV pode ser transportado para um animal vulnerável quando este entra em contato direto com outras secreções biológicas, tais como urina e fezes contaminadas de um gato infectado. 4. Patologia e Clínica CHANDLER et. al. (2006) informa que, tal como acontece com o HIV, analogamente, o FIV propriamente dito, só é irradiado quando a conjuntura imune do paciente visibiliza uma fragilidade eminente. Ainda em concordância com o autor, um gato que hospeda o FIV em seu organismo, pode professar eventuais sinais clínicos típicos de um distúrbio infeccioso, intervalados de uma padronização fisiológica. O autor supracitado conclui o seu raciocínio enfatizando que à medida que a enfermidade prospera, as modificações clínicas vão sendo eclodidas e transformam-se em um quadro semiológico mais preocupante. Finalmente, quando o estágio da FIV é muito desenvolvido, o paciente felino expressa, clinicamente, sua morbidade integral em relação ao padecimento que o dominou
3 e, devido à vulnerabilidade orgânica, os micróbios aproveitadores dominam a arquitetura biológica do gato. CHANDLER et. al. (2006) exemplifica que os sinais clínicos de um paciente com o FIV são dispersos e vagos e, portanto, o clínico não deve consumar o diagnóstico baseando-se apenas nas apresentações clínicas. Porém, modificações do trato digestório superior (boca) e aumento dos linfonodos são vestígios de uma possível infecção por FIV. 5. Diagnóstico ZANUTTO et. al. (2011) citado por TORRES et. al. (2017) explica que o diagnóstico da doença compreende uma convergência de diversos fatores como a avaliação clínica do animal, o histórico do paciente e a solicitação dos exames laboratoriais da rotina veterinária. Segundo ALVES et. al. (2015), a certificação é alcançada com a instauração de diversas ferramentas sorológicas para detecção dos antígenos virais presentes nos linfócitos, nos tecidos e na circulação sanguínea. 6. Terapêutica e Profilaxia VETSET HOSPITAL VETERINÁRIO LEUCEMIA E IMUNODEFICIÊNCIA FELINAS, 2014) conclui que a terapêutica a ser instituída deve objetivar a moderação e abreviação das conformidades clínicas, sendo que a utilização de antibióticos contra possíveis infecções; anti-inflamatórios para o alívio da dor e reforço da nutrição do animal é importante. Em vista dos argumentos revelados, a prevenção é resumida pela esterilização; a higiene e a limpeza; o reconhecimento de animais soropositivos com a posterior limitação do contato físico com os indivíduos hígidos e sujeitos a adquirir a doença.
4 Referências: SILVA, F.H. et al. Transdução de células-tronco hematopoiéticas com o vírus da imunodeficiência felina. file: ///O /Homepage/livrosalao/artigo_flavia.htm (3 of 6) [ :04: 53], 2002; SANGEROTI, Débora; MEDEIROS, Fabrícia; PICCININ, Adriana. A Aids Felina Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano VI; N.10; Janeiro de 2018; FERREIRA, Guadalupe Sampaio; MASSON, Guido Carlos I.H; GALVÃO, André Luiz Baptista; LÉGA, Elzylene, PINTO, Mildre Loraine. Vírus da Imunodeficiência Felina: Um Desafio Clínico. Nucleus Animalium, v.3, n.1, maio 2011; TORRES, Ane Pamela Capucci.; BRITTO, Rafael Alves de.; FÉLIX, Luciéllen de Souza. O Vírus da Imunodeficiência Felina e a Leucemia Viral Felina. Revista Conexão Eletrônica Três Lagoas, MS - Volume 14 Número 1 Ano 2017; SELLON, R. K. Feline immunodeficiency vírus infection. In: GREENE, C. E. Infectious disease of the dog and cat. 2.ed. St. Louis: WB Saunders Company. Cap. 14. p ; SHELTON, G.H.; WALTIER, R. M.; CONNOR, S.C.; et al. Prevalence of feline immunodeficiency virus and feline leukemia virus infections in pet cats. Journal of the American Animal Hospital Association, v. 25, n. 1, p. 7-12, 1989; CHANDLER, E. A.; GASKELL, C. J.; GASKELL, R. M. Clínica e terapêutica em felinos. 3.ed. Editora Roca, São Paulo. p ; ZANUTTO, M. S. FROES, T. R.;TEIXEIRA, A. L.; HAGIWARA, M. K. Características clínicas da fase aguda da infecção experimental de felinos pelo vírus da imunodeficiência felina. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 31, n. 3, mar., 2011;
5 ALVES, M. C. R.; CONTI, L. M. C.; ANDRADE JÚNIOR, P.S.C.; DONATELE, D. M. Leucemia viral felina: revisão. PubVet., Maringá, v. 9, n. 2, Fev., 2015; VETSET HOSPITAL VETERINÁRIO - LEUCEMIA E IMUNODEFICIÊNCIA FELINAS, Disponível em: < leucemia_e_inunodeficiencias_felinas_pdf.pdf > acesso em 06/04/2017 às 15:44.
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