CAPÍTULO UM De Portugal para Inglaterra CAPÍTULO DOIS Depois do Casamento CAPÍTULO TRÊS Guerra, Praga e Fogo... 69

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Linda Castelo
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1 FICHA TÉCNICA Título original: Catherine of Braganza Autora: Sarah-Beth Watkins Copyright Sarah-Beth Watkins 2016 Edição original publicada no Reino Unido por John Hunt Publishing Ltd. Edição portuguesa publicada por acordo com John Hunt Publishing Ltd. Tradução Editorial Presença, Lisboa, 2017 Tradução: Maria do Carmo Figueira Revisão: Ana Albuquerque/Editorial Presença Imagem da capa Lee Avison/Trevillion Images Capa: Catarina Sequeira Gaeiras/Editorial Presença Composição, impressão e acabamento: Multitipo Artes Gráficas, Lda. Depósito legal n.º /17 1.ª edição, Lisboa, setembro, 2017 Reservados todos os direitos para a língua portuguesa à EDITORIAL PRESENÇA Estrada das Palmeiras, 59 Queluz de Baixo Barcarena info@presenca.pt

2 Índice CAPÍTULO UM De Portugal para Inglaterra... 9 CAPÍTULO DOIS Depois do Casamento CAPÍTULO TRÊS Guerra, Praga e Fogo CAPÍTULO QUATRO Amantes e Inimigos CAPÍTULO CINCO Uma Aliança Francesa CAPÍTULO SEIS Os Anos de Paz CAPÍTULO SETE A Conjura Papal CAPÍTULO OITO Conspiração e Exoneração CAPÍTULO NOVE Felicidade e Catástrofe CAPÍTULO DEZ Os Últimos Anos POSFÁCIO REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA SELECIONADA

3 CAPÍTULO UM De Portugal para Inglaterra Na Praça da Ribeira, o movimento era fervilhante. A frota inglesa tinha sido avistada a avançar em direção à baía de Lisboa, e a notícia empolgante espalhara -se por toda a cidade. Chegara o momento, há muito esperado, em que Dona Catarina de Bragança sabia que o seu destino iria ser cumprido. A mãe, Dona Luísa, sempre lhe jurara que ela havia de ser rainha de Inglaterra e, naquele dia, enquanto a corte se preparava para receber os visitantes ingleses e aprontar a partida da princesa portuguesa, Catarina sabia que, em breve, deixaria o seu País para desposar Carlos II, o rei da restauração de Inglaterra. Carlos passara os últimos e tumultuosos anos a tentar regressar a Inglaterra e à sua coroa. Catarina, por seu lado, levara uma vida serena e recolhida. Desde o seu nascimento, no palácio ducal de Vila Viçosa, perto de Évora, em 25 de novembro de 1638, tinham sido raras as vezes em que Catarina se tinha apresentado na corte ou até mesmo saído dos muros do palácio. Em 1640, com apenas dois anos de idade, foi levada à presença do pai, o duque de Bragança, para que ele tomasse uma decisão sobre um ponto de viragem da maior importância para os destinos de Portugal. 9

4 SARAH-BETH WATKINS Portugal era uma nação com um comércio próspero, famosa pelas suas grandiosas viagens marítimas, que tinham levado, entre outras, à descoberta do Brasil, e que lhe tinham permitido explorar as principais rotas comerciais. No entanto, surgira uma crise na sucessão, quando o jovem rei Dom Sebastião de Portugal morreu na batalha de Alcácer Quibir, em 1578, sem que o seu corpo fosse encontrado. Não tendo deixado um herdeiro, não havia nenhum sucessor direto à coroa portuguesa. O seu tio, o cardeal Dom Henrique, foi regente até 1580, quando vários pretendentes à coroa, incluindo a bisavó de Catarina, começaram a afirmar o seu direito ao trono. Por entre o caos que se seguiu, Espanha declarou guerra a Portugal, e Filipe II de Espanha tomou o País pela força. Seriam precisos sessenta anos para que surgisse um homem capaz de libertar Portugal do domínio espanhol. Esse homem foi o pai de Catarina, Dom João, duque de Bragança. No dia do segundo aniversário da filha, o duque de Bragança era pressionado a reclamar o seu direito ao trono. Dom Gaspar Coutinho, representante dos nobres portugueses, que já não suportavam por mais tempo o domínio tirânico de Espanha, pediu a Dom João que liderasse o movimento para retomar a independência de Portugal, mas o duque hesitou. Era um homem sereno, feliz com o seu destino. As suas propriedades estendiam -se por um terço do reino, e gostava de passar o tempo no campo, longe da política e das intrigas da capital. Mas Dona Luísa, sua esposa, tinha outras ideias. Sendo espanhola por nascimento, estava determinada a que a família a que passara a pertencer por casamento afirmasse o seu direito a reinar e que o duque fosse 10

5 CATARINA DE BRAGANÇA coroado rei de Portugal. Como ele continuava a usar de subterfúgios, ela ordenou às suas damas que fossem buscar Catarina e disse ao duque: «Hoje, todos os nossos amigos estão aqui reunidos para celebrar o aniversário da nossa pequena Catarina. Quem sabe se este pequeno ser não terá sido enviado como um sinal dos céus, por uma graça especial, para vos investir com a coroa que há tanto tempo vos é sonegada por Espanha?» Quando levaram Catarina até junto da mãe, Dona Luísa pegou -lhe ao colo para que o duque a beijasse e disse: «Como é possível que o vosso coração se recuse a dar à vossa filha a honra de ser filha de um rei?» 1 Aquele pequeno beijo fez o duque mudar de ideias e aceitar encabeçar a revolta. Dom Gaspar viajou rapidamente até Lisboa para proclamar o duque de Bragança rei Dom João IV de Portugal. Alertando os nobres revoltosos para o sucesso que obtivera, deu -se início à libertação da capital e do País. O palácio foi tomado à força, o secretário de Estado português, Miguel de Vasconcelos, ao serviço dos espanhóis, foi morto, e a vice -rainha espanhola foi presa e obrigada a ordenar aos soldados que guardavam a fortaleza da cidade que se rendessem. Depois de garantido o controlo da capital, o arcebispo de Lisboa atravessou a cidade, anunciando ao povo que o País estava livre do domínio espanhol e tinha agora o seu próprio rei. Dom João não perdeu tempo e dirigiu -se para Lisboa assim que soube que a cidade tinha sido tomada em seu nome. O povo recebeu -o de braços abertos. Houve fogueiras, sinos a repicar e fogo de artifício a colorir o céu. Portugal tinha sido libertado, mas o novo rei não viria a ter uma vida fácil, com anos e anos de escaramuças e tentativas de assassinato. 11

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ÍNDICE GERAL. Agradecimentos... 9 Nota Prévia... 11 FICHA TÉCNICA Título: Manual de Logística Teoria e Prática Autor: Rui Lopes dos Reis Copyright by Rui Lopes dos Reis e Editorial Presença, Lisboa, 2017 Revisão: Ana Salvador e António Brás/Editorial Presença