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1 Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Biológicas BIOTELEMETRIA DE CURIMBATÁS (Prochilodus lineatus) ESTOCADOS NA REPRESA DE JAGUARA, RIO GRANDE, MINAS GERAIS, BRASIL Mónica Andrea Gutiérrez-Espinosa Qualificação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre. Belo Horizonte 2013

2 Resumo Estudos sobre o comportamento de peixes estocados são ainda incipientes no Brasil, apesar de milhões de peixes serem anualmente estocados em diversas localidades brasileiras. Neste trabalho, usamos a radiotelemetria para descrever padrões de deslocamentos e determinar a área de vida linear de 45 jovens de curimbatás (Prochilodus lineatus) estocados na represa de Jaguara, rio Grande, e rastreados por 12 meses. Ao final, 19 peixes ainda estavam vivos, 13 morreram, 9 foram pescados e 4 desapareceram. Identificamos quatro padrões de deslocamentos. Nos dois mais comuns, os peixes deslocaram-se de 3 a 20 kmr para montante. Sendo que em um deles o deslocamento aconteceu logo após soltura e no outro, após 2-5 dias de permanência próximo ao ponto de soltura. Em outro, o deslocamento foi também para montante, mas a distância percorrida foi menor (< 3 kmr). No último padrão, os deslocamentos foram de < 9 kmr para jusante. A dispersão inicial da maioria dos peixes foi ascendente. Quanto mais próximo ao trecho lótico da represa, proporcionalmente mais peixes deslocaram para montante. Não foram encontradas diferenças significativas do comprimento padrão (P = 0,08), mas sim com a relação peso do transmissor-peso corporal (RP; P = 0,01) entre padrões de deslocamento. A área de vida linear variou de 0,3 a 22,6 kmr (média ± 1 dp = 10,5 ± 7,0 kmr). O tamanho da área de vida linear não foi diferente entre sexos (P = 0,60) e pontos de soltura (P = 0,76) e não correlacionou-se com o comprimento padrão (P = 0,69) ou com a RP (P = 0,32). Essas variáveis não influenciaram o deslocamento dos peixes estocados na represa de Jaguara. Para alguns peixes, a área de vida linear provavelmente foi limitada pela barragem a montante da represa de Jaguara. Para obter melhores resultados da estocagem de curimbatás na represa de Jaguara recomenda-se: (i) pontos de soltura afastados em pelo menos 5 kmr da barragem, (ii) evitar estocar peixes em períodos de vertimento, (iii) não avisar a população sobre local e data de estocagem, (iv) realizar oficinas sobre a estocagem com pescadores e (v) desenvolver estudos sobre comportamento de curimbatás estocados com menor idade/tamanho. Palavras chave: biotelemetria, curimbatá, Prochilodus lineatus, represa, estocagem, rio Grande. Introdução Os peixes migradores são importante recurso natural do Brasil, mas sua abundância vem diminuindo por causa das atividades humanas. A importância dos peixes migradores brasileiros advém não só da sua elevada importância ecológica, mas também por serem importantes para as pescas comercial, de subsistência e esportiva (Carolsfeld et al., 2003). O barramento dos rios é uma das principais causas da diminuição da sua abundância. Os barramentos interrompem suas migrações, modificam as condições ambientais, alteram os pulsos de inundação e modificam o ambiente de lótico para lêntico (Bain et al., 1988; Petrere, 1989; Godinho & Godinho, 1994; Carolsfeld et al., 2003; Agostinho et al., 2007). A estocagem tem sido uma das principais ferramentas utilizadas na restauração da abundância dos peixes migradores em rios barrados do Brasil. Ela vem sendo empregada pelas concessionárias do setor hidrelétrico desde a década 1970 (Vieira & Pompeu, 2001). Estocagem com milhares a milhões de indivíduos anualmente é atividade de rotina em várias localidades (Vieira & Pompeu, 2001; Agostinho et al. 2007). Apesar do grande esforço na produção de quantidades expressivas de alevinos, ainda não houve o mesmo interesse no desenvolvimento científico da atividade. Estudos como o de Schulz & Leal (2012), que avaliaram o efeito da densidade de estocagem na dispersão do dourado (Salminus brasiliensis) no rio dos Sinos, ainda são raros. Várias questões básicas importantes sobre a estocagem apontadas por Cowx (1994) e Heidinger (1999), tais como mortalidade pós-estocagem, deslocamentos, distribuição dos peixes nas represas em que foram soltos e impactos no ecossistema hospedeiro, ainda estão por ser respondidas (Cowx, 1994). Por isso, a técnica tem sido aplicada com conhecimentos limitados.

3 O curimbatá, Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836) (Prochilodontidae, Characiformes), é um das espécies mais estocadas no Brasil. Com ampla distribuição nas bacias dos rios Paraná-Paraguai e Paranaíba do Sul, atinge comprimento de 74 cm, é detritívoro e realiza migrações tróficas e reprodutivas de até kmr (Godoy 1975, Sverlij et al., 1993, Castro & Vari, 2003). Abundante, o curimbatá pode representar considerável parte da ictiomassa e da produção pesqueira de um rio (e.g., Sverlij et al., 1993; Bonetto, 1994). Os barramentos provocam declínio de suas populações por interferirem nas suas migrações e reprodução (Godinho & Kynard 2006; Antonio et al., 2007). No rio Grande, o curimbatá é uma das principais espécies dos programas de estocagem das represas da Companhia Elétrica de Minas Gerais (Cemig) e Furnas. A represa de Jaguara é uma delas. Poucos estudos de foram realizados para avaliar comportamento de peixes estocados na bacia do rio Grande ou na América do Sul. Neste estudo, nós usamos a biotelemetria para rastrear os movimentos durante um ano de 45 juvenis de curimbatás estocados na represa Jaguara, rio Grande, Minas Gerais, com objetivo de descrever seus movimentos e determinar sua área de vida linear. Estudamos também a influência do sexo e do ponto de soltura sobre os movimentos e as áreas de vida linear. Metodologia Área de estudo O rio Grande é tributário da bacia do rio Prata, a segunda maior bacia hidrográfica da América do Sul. Nasce no sul do estado de Minas Gerais e faz a divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais no seu trecho médio e baixo (Figura 1). Ele percorre kmr até se juntar ao rio Paranaíba para formar o rio Paraná. Doze usinas hidrelétricas foram construídas ao longo do seu curso (Silva, 2012), cuja capacidade instalada atinge 7,7 GW (ANEEL, 2005). A represa de Jaguara dista 547 kmr de rio (kmr) da foz do rio Grande e está situada entre as represas de Igarapava (jusante) e de Estreito (montante). Iniciou operação em 1971, tem 32,2 km 2 de área, 87,1 kmr de perímetro, volume útil de 90 milhões de m 3. A barragem de Jaguara tem comprimento de 438 m, altura de 71 m e potência instalada de 424 MW. Ela está distante 24 km da barragem de Estreito. A represa possui dois macrohabitats distintos: lêntico e lótico. O primeiro vai da barragem até o kmr 20 e o segundo, do kmr 20 até a barragem de Estreito. O macrohabitat lêntico é o mais largo. Tem baias de diferentes tamanhos, fundo predominantemente lamoso com algumas áreas rochosas e velocidade da água superficial praticamente nula. Além da cidade de Rifaina com 3 mil habitantes, nas suas margens predominam pastos, cerrado, condomínios residenciais e sítios. O macrohabitat lótico é mais estreito. Tem fundo rochoso (predominante nas áreas mais a montante) e lamoso, aglomerados de árvores mortas (paliteiros) tanto em algumas baias como no canal central mais a jusante e velocidade da água superficial maior. Nas suas margens predominam fitofisionomias do cerrado e menor número de sítios. A represa tem poucos tributários. Os dois maiores deságuam próximos à transição entre os dois macrohabitats. Eles são de pequena ordem (3-4), com calha de cerca de 10 m de largura próximo a foz. A represa de Jaguara é do tipo fio-d agua. Durante o período de execução do presente estudo, o nível da água variou de 556,70 a 558,18 metros acima do nível do mar. A vazão defluente, por sua vez, variou de 96 a m.s -1 e o vertimento de 0 a m.s -1. Vertimento ocorreu em 68% dos dias. No mês em que os peixes foram estocados, houve vertimento em apenas dois dias, um dos quais no dia seguinte ao da estocagem. A represa de Jaguara vem sendo estocada com curimbatás desde Até 2003, foram soltos, em média, cerca de 60 mil alevinos de curimbatás por ano. A partir de 2005, eram cerca peixes soltos a cada ano. Em pesca experimental realizada a partir de 2005, o curimbatá foi espécie ocasionalmente capturada (ATPA, 2006; Gutiérrez obs. pess.). Marcação

4 Utilizamos curimbatás produzidos na Estação Ambiental de Volta Grande (EAVG) de matrizes silvestres provenientes do canal de fuga da usina de Porto Colômbia, rio Grande, distante cerca de 180 kmr da barragem de Jaguara. A reprodução das matrizes foi feita por indução e a fecundação dos ovos pelo método a seco. A incubação foi realizada em incubadoras do tipo funil e, após 24 h, as larvas foram transferidas para tanques de alevinagem de 200 m 2. Quando da marcação, ocorrida em maio de 2011, transferimos 45 peixes dos tanques de alevinagem para aquários de 750 L com renovação constante de água, onde permaneceram por 48 h antes da marcação. Os peixes tinham cerca de um ano de idade, exceto um que tinha cerca de seis meses. Para a implantação dos transmissores, colocamos de 2 a 3 peixes em tanque cirúrgico com 75 L. Diluímos 1,5 ml de Lab Protect na água do tanque para reduzir o estresse e ajudar na recuperação do peixe. Adicionamos também 1 ml de óleo de cravo da índia diluído em álcool como anestésico. Imobilizamos os peixes em eletronarcose em corrente contínua de 40 e 60 V (Kynard & Lonsdale, 1975; Godinho et al., 2010). Medimos o comprimento padrão (CP) e peso corporal (PC) de cada um deles. Realizamos a cirurgia para a implantação do transmissor como descrito por Godinho & Kynard (2006). Assim, mantivemos cada peixe submerso na água, exceto pela parte lateral do corpo onde foi feita a incisão. Inserimos o radiotransmissor na cavidade celomática por incisão de 3 4 cm de comprimento feita a 3 cm abaixo da linha lateral e a 1 cm atrás da nadadeira pélvica, após a remoção de três ou quatro fileiras de escamas. Durante a cirurgia, aeramos a água. Trocamos a água do tanque a cada seis peixes marcados. Vizualizamos as gônadas durante a cirurgia com auxílio de boroscópio inserido pela incisão (Kynard & Kieffer, 2002; Godinho & Kynard, 2006). Determinamos o sexo e estágio maturação gonadal seguindo Vono et al. (2002) e Godinho & Kynard (2006). Os ovários eram em forma de fita, delgados, rosados, translúcidos e sem ovócitos vitelogênicos. Testículos, por sua vez, eram mais finos, estreitos e translúcidos que os ovários e não possuíam sêmen visível. Assim, classificamos todos os peixes cujas gônadas puderam ser identificadas como imaturos. Os demais, classificamos como indeterminados. Com auxílio de trocater, trespassamos a antena pela parede do corpo num ponto posterior à incisão e abaixo da linha lateral. Inserimos, então, o transmissor e suturamos a incisão com quatro pontos utilizando linha Polysuture. Usamos transmissores Lotek na frequência de 149,780 MHz de 53 mm de comprimento, 12 mm de diâmetro e peso no ar de 10 g (MCFT2-3EM) ou 9 g (SR-11-25). Todo o procedimento cirúrgico durou de 20 a 30 minutos para cada peixe. Após a cirurgia, transferimos os peixes aleatoriamente para três aquários de 750 L, mas mantendo quantidades próximas de indivíduos do mesmo sexo em cada tanque (Tabela 1). Os peixes ficaram nesses tanques por h, até o momento de serem transportados para a soltura. Durante esse período, a água do tanque foi renovada constantemente, não houve mortalidade e não notamos alteração no comportamento natatório. Soltura dos peixes marcados Soltamos os peixes no macrohabitat lêntico. Para isso, dividimos esse macrohabitat em três áreas. Em cada uma delas, selecionamos um ponto de soltura (PS) que permitisse o acesso de veículo até a margem da represa (Figura 1). O PS1 ficou localizado no kmr 0,8, o PS2 no kmr 4,3 e o PS3 no kmr 8,4 (considerando como kmr 0 a barragem de Jaguara). PS1 e PS2 eram em fundo de baias com pasto. O PS3 ficou na entrada de baia, em área urbana. Todos os pontos tinham margem rasa e fundo lamoso. Soltamos os peixes de cada um dos aquários num mesmo PS. Transportamos os peixes em caixas com oxigenação e cerca L de água e 1 kg de sal. Usamos uma caixa para cada PS. O tempo de transporte, foi de 2 ae 3 h. No momento da

5 soltura dos peixes, medimos a temperatura, a condutividade, o oxigênio dissolvido e o ph da água das caixa de transporte e da represa no PS. Rastreamentos Rastreamentos os peixes diariamente nos seis primeiros dias após a soltura. Posteriormente, fizemos oito rastreamentos bimensais até maio de Rastreamos de barco usando receptor Lotek modelo SRX 400 e antena Yagi de três elementos. Utilizamos antena H em alguns rastreamentos para determinar com maior precisão a localização dos transmissores. Durante os rastreamentos, mantivemos distância de 50 a 100 m da margem da represa. Nos dois primeiros rastreamentos, passamos também pela região central da represa. Córregos e tributários cujas profundidades permitiam a entrada de barco também foram rastreados no terceiro dia após soltura e em três rastreamentos posteriores. Percorremos km de represa nos rastreamentos. No local onde cada transmissor foi localizado, determinamos as coordenadas com GPS e medimos a profundidade da coluna água com ecosonda. Definimos os transmissores localizados nas mesmas coordenadas por três ou mais rastreamentos como expelido ou peixe morto precocemente (peixes que morreram até 27 dias após a soltura). A última localização válida foi definida como aquela em que o peixe ainda foi classificado como vivo. Analise dos dados Classificamos os peixes de acordo com os movimentos nos primeiros dias após soltura e nos movimentos posteriores em quatro padrões de deslocamentos. Determinamos a distância de cada localização dos peixes até a barragem de Jaguara. Para isso, definimos o eixo longitudinal da represa de Jaguara como sendo a linha equidistante das margens que vai da barragem de Jaguara até a barragem de Estreito. Traçamos uma linha perpendicular da coordenada da localização até o eixo longitudinal. Calculamos, então, a distância entre a interseção das duas linhas até a barragem de Jaguara, sendo a barragem de Jaguara o kmr 0. Com essa distância, calculamos a área de vida linear para cada curimbatá subtraindo o kmr da localização a montante menos o kmr da localização mais a jusante. Testamos normalidade das variáveis com o Shapiro-Wilk para área de vida linear, CP, porcentagem do peso do transmissor em relação ao peso do peixe (RP) e tempo de rastreamento. A variável área de vida linear não apresentou distribuição normal, mesmo após transformação logarítima e raiz quadrática(zar, 1996). Para RP, fizemos transformação arco seno antes de testar a normalidade por ela ser porcentagem (Zar, 1996). Usamos testes não paramétricos para a área de vida linear e paramétricos para as demais. Assim, usamos coeficiente de correlação de Spearman (r s) para testar a correlação da área de vida linear com CP e tempo de rastreamento. Usamos Kruskal-Wallis para determinar diferenças na área de vida linear entre sexos e PS. Usamos análise de variância (ANOVA), seguido do teste de comparação múltipla de Tukey, para determinar diferenças entre classes de sexo, padrão de deslocamento e ponto de soltura das variáveis contínuas normais (CP e RP). Testamos também diferenças no CP e RP entre peixes vivos e peixes mortos precocemente. Usamos o pacote R commander (version 1.8-3) do R (r-project.org) para fazer os testes. Adotamos o nível de significância (α) de 5% em todas as análises. Resultados Excluímos das análises dois peixes (códigos 105 e 144) porque foram capturados nos primeiros dias após serem estocados, forneceram só duas localizações e realizaram deslocamentos curtos (< 1,6 km). Dos peixes restantes, 25 eram fêmeas (CP = 25,0 ± 1,7 cm; PC = 379,4 ± 89,6 g), 15 machos (CP = 24,7 ± 1,3 cm; PC = 360,0 ± 61,1 g) e 3 de sexo indeterminado (CP = 27,4 ± 1,4 cm; PC = 471,6 ± 87,3 g). Encontramos diferenças significativas

6 no CP entre esses três grupos (F = 3,35, P = 0,04). Os indeterminados apresentaram maior comprimento do que os machos (Figura 2). O PC não apresentou diferenças significativas entres sexos (F = 2,47, P = 0,09). A RP variou de 1,6 a 3,8% (Tabela 1) e foi maior que 2,0% em 84,4% dos peixes. A RP foi de 1,8 3,8% para fêmeas, 2,0% 3,1% para machos e 1,6% 2,4% para indeterminados. Não houve diferenças significativas na RP entre os três grupos (F = 1,39, P = 0,26). O tempo de rastreamento variou de dias (média = 189,8) e o número de localizações variou de 3 17 (média = 10,3). Quinze peixes (34,8%) foram rastreados de 3 24 dias (média = 16,5) e os 28 (65,1%) restantes, de dias (média = 282,6). Nenhum peixe foi localizado em todos os rastreamentos, mas três peixes foram localizados em 16 rastreamentos (Tabela 1). Após 380 dias de rastreamento, 19 peixes ainda continuavam vivos. Variáveis físico-químicas não variaram entre a água caixa de transporte e a água do PS (Tabela 2), exceto a condutividade que foi maior na água das caixas de transporte devido a adição de sal. Mortalidade e perda de marcas Nove peixes foram capturados por pescadores. Transmissores de seis deles (todos soltos no PS1) foram devolvidos por pescadores. Encontramos, na beira da represa, transmissores enterrados e/ou com antenas danificadas de três peixes do PS2, sugerindo que os peixes foram pescados. Quatro peixes não foram mais detectados após 7 79 dias da soltura. Temos relatos de transmissores em posse de pescadores, mas não foi possível sua recuperação. Acreditamos que alguns desses ou todos eles tenham sido pescados. Doze peixes morreram logo após a soltura (mortalidade precoce). Os seus transmissores ficaram imóveis em 3-24 dias após a soltura. Recuperamos sete transmissores. Esses estavam em locais de pouca profundidade da represa e não apresentavam sinais de terem sido manipulados por terceiros. Cinco transmissores não puderam ser recuperados por estarem em locais mais profundos. A RP foi maior (F = 4,54 P = 0,041) nos peixes mortos precocemente (n = 12, média = 2,7% ± 0,5%) do que nos peixes vivos (n = 19, média = 2,3% ± 0,5%). Padrões de deslocamento Identificamos quatro padrões de deslocamentos (Figura 3). No padrão 1, os peixes deslocaram-se para montante 4,3 19,9 kmr logo após a soltura (Figura 3; peixe 126). Classificamos 19 peixes (44,1%) nesse padrão (Tabela 1). Cinco foram soltos no PS1, quatro no PS2 e dez no PS3. No padrão 2, os peixes permanecem 2 5 dias próximos ao ponto de soltura e depois deslocam-se para montante 2,9 17,5 kmr (Figura 3; peixe 134). Identificamos 13 peixes (30,2%) com esse padrão (Tabela 1). Cinco foram soltos no PS1, sete no PS2 e um no PS3. A maioria (74,4%) dos peixes dos padrões 1 e 2 que estavam vivos ao final do período de rastreamento encontravam-se no macrohabitat lótico da represa de Jaguara, fazendo deslocamentos curtos entre 0,1-5,2 kmr. Esses deslocamentos foram longitudinais; como no caso do peixe 137, que deslocou-se 4,5 kmr para jusante do kmr 21,6 para depois retornar a montante para o kmr 22,7; ou transversais de uma margem para outra. No padrão 3, os peixes permaneceram próximos ao ponto de soltura, fizeram deslocamentos entre 0,8 2,8 kmr para montante do ponto de soltura (Figura 3; peixe 149) e morreram entre 3 e 79 dias após soltura ou não foram mais detectados (peixes 108, 117, 127, 149). Alguns peixes deslocaram-se para a margem oposta do ponto de soltura (peixes 110, 119, 141, 147) onde morreram. Dos oito peixes (18,6%) classificados nesse padrão, quatro foram soltos no PS1, dois no PS2 e dois no PS3. No padrão 4, os peixes deslocam-se para jusante 1,9 8,7 kmr do ponto de soltura (Figura 3; peixe 130) onde permaneceram até serem pescados (peixes 129, 130) ou morrer

7 (peixe 146). Com apenas três peixes (dois do PS2 e um do PS3), esse foi o padrão menos frequente. Nenhum curimbatá estocado passou pela barragem de Jaguara. Encontramos diferenças significativas na RP (F = 3,84, P = 0,01) entre os padrões de deslocamento. A RP foi menor no padrão 1 do que no padrão 2 e 4 (Figura 4). Área de vida Calculamos a área de vida linear para 43 peixes. Ela variou de 0,3 22,6 kmr (10,5 ± 7,0 kmr). Para 23 curimbatás, ela foi maior que 10 kmr e para 13 peixes, menor que 5 kmr (Tabela 1). As maiores áreas de vida linear foram encontradas para indivíduos soltos no PS1 e as menores no PS3 (Figura 5). Peixes com áreas de vida linear grande foram aqueles que atingiram o macrohabitat lótico da represa. A área de vida linear foi de 0,6 22,1 kmr (9,8 ± 6,9 kmr) para as fêmeas, de 0,3 22,6 kmr (11,8 ± 7,3 kmr) para os machos e de 0,8 14,4 kmr (9,8 ± 7,8 kmr) para os indeterminados (Figura 5). Não houve diferença significativa no tamanho das áreas de vida linear entre os três grupos (H = 0,99, gl = 2, P = 0,60), nem entre os três pontos de soltura (H = 0,54, gl = 2, P = 0,76). Não houve correlação da área de vida linear com CP (r s = 0,06, P = 0,69) e RP (r s = -0,15, P = 0,32). Houve correlação positiva entre a área de vida linear e o tempo de rastreamento (r s = 0,67, P < 0,001). Discussão O presente estudo é o primeiro a tratar do comportamento de curimbatás estocados em represas do Brasil. Estudos sobre migrações de espécies de Prochilodus foram realizados em algumas bacias do Brasil (São Francisco, Paraná e Grande), mas nenhum deles com juvenis silvestres ou domésticos. Sabe-se que adultos silvestres têm migrações complexas e podem deslocar-se até kmr, mas muito pouco é conhecido sobre as migrações de jovens silvestres ou domésticos. Movimentos de juvenis de Prochilodus foram descritos para curimbatá do alto rio Paraná (Godoy, 1975; Agostinho et al., 1993) e para zulega do rio São Francisco (Godinho & Kynard, 2006). Dos berçários nas várzeas, os juvenis deslocam-se para o rio e migram para montante (comportamento supostamente dominante) e jusante. Juvenis de zulegas migram até sítios de refúgio localizados em cursos d água de pequena ordem que drenam diretamente para os rios principais. Mortalidade e perda de marcas Uma possível causa da elevada mortalidade precoce dos curimbatás marcados foi o peso do transmissor. Esse pode influenciar não só a mortalidade, como também o desempenho natatório, a flutuabilidade e o equilíbrio do peixe, além da rejeição da marca (Jepsen et al. 2005), particularmente quando a RP excede 2% (Nielsen, 1992). No entanto, número crescente de estudos mostra que a mortalidade não é necessariamente maior mesmo para RP de 8 12% (Cooke et al., 2011). Em nosso estudo, a RP foi acima de 2% na maioria dos peixes marcados e ela foi significativamente maior nos peixes mortos precocemente quando comparados aos peixes que permaneceram vivos. Assim, parece que a RP influenciou a mortalidade precoce nos curimbatás que estudamos. Além do peso, suspeitamos que o volume do transmissor também possa ter influenciado na mortalidade precoce dos curimbatás. Estudos que avaliam o efeito do volume do transmissor parecem ser poucos. Penne et al. (2007), por exemplo, não encontraram efeitos do volume do transmissor na mortalidade de carpas comum (Cyprinus carpio). Cooke et al. (2011) suspeitam que o volume do transmissor pode ser relevante em peixes com cavidade celomática pequena. Esse parece ter sido o caso dos curimbatás que estudamos. Durante a sua marcação, foi mais difícil implantar o transmissor nos peixes menores do que nos peixes maiores devido ao pequeno volume da cavidade celomática em relação ao volume

8 do transmissor. Testes, portanto, necessitam ser conduzidos para avaliar a influência do peso e/ou volume do transmissor sobre a mortalidade precoce em curimbatás. Independentemente da causa (peso ou volume do transmissor) da morte precoce, os transmissores que usamos parecem ter sido inadequados ao tamanho de alguns dos curimbatás marcados. Transmissores menores poderiam ter causado menos morte precoce. Schulz & Leal (2012), por exemplo, não registraram mortalidade de Salminus brasiliensis jovens estocados com transmissores de 2,1 g de peso no ar e RP inferior a 3%. No entanto, transmissores desse porte têm baixa potência irradiada e pequena distância de transmissão (Nielsen, 1992; Winter, 1996; Petters et al., 2008). Portanto, eles só podem ser detectados quando os peixes estão em locais rasos. Frequentemente, detectamos curimbatás em locais com mais de 10 m de profundidade. Em alguns casos, localizamos-os em profundidades de até 19 m, fundo demais para transmissores de baixa potência irradiada. A mortalidade dos curimbatás por pesca logo após soltura pode ter sido influenciada pelo comportamento dos peixes em um ambiente novo. Peixes domésticos podem apresentar comportamento diferente e menor aptidão do que peixes silvestres porque o ambiente de cativeiro é mais simples e menos desafiante (Huntingford, 2004; Grabowski & Jennings, 2009). No nosso caso, os curimbatás recém-estocados foram mais susceptíveis à pesca. Parte deles ficou próximo ao ponto de soltura durante os primeiros dias pós-estocagem. Pescadores profissionais da represa de Jaguara relataram que curimbatás recém-estocados podem ser vizualizados e capturados com facilidade próximos aos locais de soltura. Assim, a mortalidade por pesca pode não estar relacionada diretamente com a marcação ou com a RP, mas com o comportamento dos peixes estocados. A causa da morte não causada pelo transmissor de um peixe é difícil estabelecer. Condições no novo ambiente e predadores podem influir neste tipo de mortalidade. Padrões de deslocamento Descrevemos quatro padrões de deslocamentos, dois dos quais foram dominantes. Poucas variações nos deslocamentos ocorreram durante o estudo, particularmente nos locais de permanência um ano após a soltura. Esses padrões foram, em termos gerais, similares aos observados por Godoy (1959) que capturou curimbatás adultos num tributário do rio Grande e os soltou no seu curso médio. Ele detectou três padrões de deslocamentos: ascendente, descendente e estacionário. A dispersão inicial da maioria dos curimbatás estocados na represa Jaguara foi ascendente para o macrohabitat lótico. A proximidade do PS ao macrohabitat lótico pode ter influenciado esse comportamento. Peixes do padrão 1, a maioria solta no PS mais de montante, foram os que mais rapidamente apresentaram esse comportamento. Peixes soltos nos demais pontos, mais longe do macrohabitat lótico, também apresentaram o padrão 1, mas em menor número. Nesses pontos, predominaram os peixes do padrão 2, sugerindo menor influência das características lóticas e retardando o deslocamento dos peixes. Após a dispersão inicial, a maior parte dos curimbatás estocados na represa de Jaguara se estabeleceu no macrohabitat lótico da represa, próximo à barragem de Estreito. Alguns realizaram deslocamentos curtos nesse habitat. Outros deslocaram-se um pouco mais para jusante, mas não retornaram ao macrohabitat lêntico. Acúmulo de peixes próximo ao sopé de barragens é comum. As migrações reprodutiva e trófica de adultos e a migração de jovens (Godinho & Kynard, 2009) são as que conduzem a formação desses acúmulos. Tanto os nossos dados como relatos de pescadores locais sugerem que acúmulo de peixes também acontece na barragem de Estreito. Todos os peixes que permaneceram próximos ao ponto de soltura (padrão 3) apresentaram movimentos curtos e morreram precocemente. A dispersão inicial de jovens de dourados estocados no rio dos Sinos foi densidade-dependente, sendo menor na densidade de estocagem menor, possivelmente consequência da menor competição intraespecífica (Schulz & Leal, 2012). A permanência dos curimbatás estocados na represa de Jaguara próximos ao local de soltura não foi devido à menor competição intraespecífica, mas por possíveis sequelas

9 provocadas pelo uso de transmissores de dimensões inadequadas. A maioria deles (75%) tinha RP > 2%. A grande porcentagem de peixes com RP > 2% no padrão 3 também explica as diferenças encontradas na RP entre os padrões de deslocamento. O padrão 3 parece, então, um artefato de técnica. Deslocamentos para jusante foram observados em curimbatá (Silva, 2012; Pesoa & Schulz, 2010), zulega (Godinho & Kynard, 2006) e em dourado (Hahn et al. 2011; Schulz & Leal, 2012). Embora em nosso estudo somente três indivíduos realizaram este tipo de deslocamentos após soltura, ele parece ser comum em peixes. Curimbatás estocados na represa de Jaguara tendem a dispersar do local de soltura. Dourados estocados no rio dos Sinos também, aparentemente devido à competição intraespecífica (Schulz & Leal 2012). A dispersão dos curimbatás, por sua vez, deve ter sido causada pela reofilia e não pela competição intraespecífica. Os dourados, que também são reofílicos, foram estocados diretamente no rio e dispersaram por distâncias menores do que os curimbatás. Os curimbatás, por sua vez, foram estocados na represa, em densidade muito inferior a do dourado, mas dispersaram por distâncias superiores até atingir o macrohabitat lótico. Parece, portanto, que curimbatás jovens, a exemplo dos adultos, também são peixes reofílicos. A reofília é comportamento que deve surgir cedo na ontogenia porque ela permite que o indivíduo abandone o seu berçário (a lagoa marginal), desloque-se para o rio e escape de uma eventual morte por dessecamento. A maioria dos curimbatás estocados na represa de Jaguara dispersou em direção ao trecho lótico da represa. Assim, a reofilia foi o comportamento dominante, mas não exclusivo. Área de vida linear Áreas de vida linear diferentes e contrastantes variando de 1 até kmr já foram registradas para curimbatá na bacia do rio Paraná (Godoy, 1959, 1972, 1975; Silva, 2012). Esses dados, embora de adultos silvestres, indicam que curimbatás fazem tanto deslocamentos curtos quanto longos. Curimbatás estocados na represa de Jaguara deslocaram-se até 20 kmr em 2 dias, quando chegaram próximo ao sopé da barragem de Estreito. A barragem de Estreito definiu o limite de montante da área de vida linear dos curimbatás estocados na represa de Jaguara. A maior área de vida linear foi de 22,6 kmr, enquanto a distância entre as barragens de Jaguara e de Estreito é de 24 kmr. Barreiras artificiais em rios limitam a área de vida linear, mas há casos onde essas barreiras não existem e mesmo assim os deslocamentos dos peixes não superam 25 kmr, mesmo para aqueles com condições para deslocamentos maiores (Godinho & Kynard, 2006; Pessoa & Schulz 2010; Hahn et al., 2011; Schulz & Leal, 2012; Silva, 2012;). Caso a barragem de Estreito não fosse barreira à migração, provavelmente alguns curimbatás estocados na represa de Jaguara teriam deslocado-se ainda mais para montante. Jovens de Prochilodus podem deslocar-se consideravelmente dependendo do local e das barreiras que encontram. No rio São Francisco, jovens de zulega chegam anualmente ao canal de fuga da barragem de Três Marias, originados, possivelmente, de berçários localizados a, no mínimo, 243 kmr (Godinho & Kynard, 2009). É provável que curimbatás estocados também tenham ímpeto e habilidade inata de dispersarem amplamente ao longo do rio. O tamanho da área de vida linear de curimbatás estocados na represa de Jaguara não foi influenciado pelo sexo, PS, CP e RP. Diferenças significativas também não foram detectadas nas áreas de vida entre fêmeas e machos de curimbatá no rio Grande (Silva, 2012). Diferenças também não foram encontradas na área de vida linear entre sexos de zulega no rio São Francisco, nem correlação com o CP ou com número de tempo de rastreamento (Godinho & Kynard, 2006). Em nosso caso, a área de vida linear aumentou com o tempo de rastreamento. Peixes com área de vida linear < 9 kmr morreram precocemente ou foram pescados e, consequentemente, foram rastreados por menos dias. Por outro lado, a maioria dos peixes

10 com áreas de vida linear > 10 kmr permaneceram vivos durante todo o estudo e foram rastreados por mais dias. O destino final dos curimbatás que alcançaram o sopé da barragem de Estreito é incerto. Não há informações sobre o comportamento de jovens de curimbatás nessa situação, apenas de adultos. No rio São Francisco, jovens de zulegas que migram até o canal de fuga da represa de Três Marias recrutam-se na população sumidouro não migradora de zulegas que ocupa os primeiros 30 kmr a jusante da barragem (Godinho & Kynard, 2010). Todos os adultos de curimbatá marcados com radiotransmissores que migraram até o canal de fuga das represas da Igarapava e Jaguara, exceto um, não retornaram para jusante (Silva, 2012). Por outro lado, estudo de marcação e recaptura de curimbatás mostrou que fração dos peixes retornou para jusante, alguns entrando em tributários. Nenhum dos curimbatás estocados na represa de Jaguara, após alcançar o sopé da barragem de Estreito, foi registrado próximo ou dentro de tributários. Todos eles permaneceram próximos à barragem de Estreito, a semelhança do observado em adultos por Silva (2012). Talvez esse seja o destino final desses peixes. Conservação e manejo A represa de Jaguara é um ecossistema pequeno, desprovido de passagem de peixes, com apenas tributários de pequena ordem, sem sítios de desova do curimbatá e, desprovido de berçários para as suas fases iniciais de vida. Assim, uma das formas para manter a população do curimbatá é via estocagem contínua e com quantidade considerável de alevinos. A pesca profissional é a principal forma de exploração do curimbatá na represa de Jaguara. Diferentemente do que ocorre em outras localidades, a pesca desportiva do curimbatá é pouco praticada nessa represa. Diversas questões devem ser consideradas na estocagem. Antes do seu início, deve-se, idealmente, conhecer a capacidade de suporte do ambiente, a densidade de estocagem adequada, a idade e/ou tamanho apropriados dos peixes, com avaliação dos custos de produção e sobrevivência (Welcomme, 1998). Controle genético da produção e condições ambientais no momento da soltura devem também ser considerados (Cowx, 1994; 1999). Protocolos para a estocagem devem ser desenvolvidos a partir dessas informações. Emigração para jusante não deve ser fator determinante do sucesso da estocagem de curimbatás na represa de Jaguara. O sucesso da estocagem poderia ficar comprometido caso fração significativa dos peixes estocados passassem pela barragem de Jaguara em direção a jusante. Muitos dos curimbatás estocados nas represas de Itutinga e Camargos, alto rio Grande, por exemplo, foram recuperados no rio Grande a jusante delas (T. C. Ribeiro, dados pessoais). Esse não parece ser o caso dos curimbatás estocados na represa de Jaguara, já que nenhum deles foi encontrado a jusante. No entanto, 7% dos curimbatás estocados na represa de Jaguara fizeram curto deslocamento (< 4,4 kmr) para jusante após a estocagem. Por precaução, recomendamos que a estocagem seja feita em locais a, pelo menos, 5 kmr da barragem de Jaguara para reduzir as chances de emigração para jusante durante os primeiros dias após soltura. Enquanto não houver avaliação adequada, recomendamos evitar estocar curimbatás em períodos de vertimento. Peixes estocados podem emigrar pelo vertedouro (Wahl et al. 1995). Passagem para jusante de curimbatás adultos ocorre em barragens do rio Grande durante vertimento (T. C. Ribeiro, dados pessoais). Durante o nosso estudo, houve vertimento na barragem de Jaguara, mas nenhum curimbatá marcado emigrou para jusante apesar disso. É possível que existam maiores chances de curimbatás emigrarem para jusante caso a estocagem ocorra quando há vertimento, particularmente se os peixes forem estocados próximos à barragem. A estocagem na represa de Jaguara deve ser feita sem aviso e em locais afastados de áreas urbanas e das vias mais movimentadas, para minimizar a mortalidade por pesca. Curimbatás recém-estocados estão mais susceptíveis à pesca porque parte dos peixes ficam

11 em locais rasos e a elevada transparência da água da represa permite que os peixes possam ser visualizados pelos pescadores profissionais. Não avisar a população local sobre a estocagem reduzirá essa mortalidade. Oficinas de esclarecimentos aos pescadores podem ser ministradas para minimizar a captura de peixes recém-estocados. Embora a estocagem com a participação de pessoas das comunidades ribeirinhas seja regularmente feita na represa de Jaguara, pescadores nos informaram desconhecer ou conhecer muito pouco o programa de estocagem. Nós estocamos curimbatás na represa de Jaguara mais velhos e maiores do que os curimbatás que normalmente são aí estocados. Tivemos que manter os curimbatás estudados por mais tempo em cativeiro para que pudéssemos usar transmissores mais potentes e de maior durabilidade. Conseguimos, com isso, rastrear os peixes por mais tempo e em locais mais profundos. No entanto, a idade de estocagem de peixes domésticos pode interferir no seu comportamento pós-soltura (Cowx, 1994; 1999). Por isso, o comportamento que registramos não necessariamente foi o mesmo caso tivéssemos usados peixes mais jovens. Assim, estudos comparativos do comportamento de peixes estocados em diferentes idades são necessários para estabelecer eventuais diferenças entre eles. Estocar curimbatás nos tributários da represa de Jaguara talvez não aumente o sucesso da estocagem. Juvenis de zulega utilizam tributários de pequena ordem como sítios de refúgio para, possivelmente, fugir dos predadores presentes nos rios de maior porte (Godinho & Pompeu, 2003). Juvenis de curimbatá também utilizam tributários de pequena ordem para alimentação e refúgio (Agostinho & Júlio Jr., 1999). A represa de Jaguara possui tributários de pequena ordem, mas não encontramos nenhuma evidência que os curimbatás marcados os utilizaram. Devido ao pequeno tamanho desses tributários, a estocagem de curimbatás nesses ambientes ficará limitada a número restrito de indivíduos. A carência de informação básica do ambiente hospedeiro e das espécies-alvo ainda é fator limitante para que programas de estocagem no Brasil tenham sucesso no longo prazo. As informações aqui apresentadas fornecem ideia geral sobre o comportamento de curimbatás estocados em um ambiente particular. Mais estudos, no entanto, necessitam ser desenvolvidos para melhoria de protocolos de estocagem que gerem estocagens eficientes de longo prazo em rios e reservatórios brasileiros. Bibliografia Agostinho, A. A. & Júlio Jr. H. F Peixes da bacia do alto rio Paraná. Pp In: R. H. Lowe-McConnell, R. H. Estudos ecológicos de comunidades de peixes tropicais. EDUSP, São Paulo, 534p. Agostinho, A. A., Gomes, L. C. & Pelicice, F Ecologia e manejo de recursos pesqueiros em reservatórios do Brasil. EDUEM, Maringá, 501p. Agostinho, A. A., Vazzoler, A., Gomes, L. C & Okada, E Estratificación espacial y comportamiento de Prochilodus scrofa en distintas fases del ciclo de vida, en la planicie de inundación del alto rio Paraná y embalse de Itaipu, Paraná, Brasil. Revue d Hydrobiologie Tropicale 26: ANEEL Atlas de energia elétrica do Brasil. ANEEL, Brasília. Antonio, R., Agostinho, A. A., Pelicice, F., Bailly, D., Okada, E. & Dias, J Blockage of migration routes by dam construction: can migratory fish find alternative routes?. Neotropical Ichthyology 5(2): ATPA Monitoramento da qualidade das águas da UHE Jaguara. Água e Terra Planejamento Ambiental, Patos de Minas, 75p. Bain, M., Finn, J. T. & Booke, H Streamflow regulation and fish community structure. Ecology 69: Bonetto, A. A Austral rivers of South America. Pp In: R. Margalef (Ed.). Limnology Now: a paradigm of planetary problems. Elsevier Science, New York, 553p. Carolsfeld, J., Harvey, B., Ross, C. & Baer, A Migratory fishes of South America: biology, fisheries and conservation status. World Fisheries Trust, British Columbia, 380p.

12 Castro, R. M. C., & Vari, R Prochilodontidae (Flannel mouth characiforms). Pp in R. E. Reis, S. O. Kullander, & C. J. Ferraris (Eds.). Checklist of the freshwater fishes of South and Central America. EDIPUCRS, Porto Alegre, 742p. Cooke, S., Woodley, Ch., Eppard, M., Brown, R. & Nielsen, J Advancing the surgical implantation of electronic tags in fish: a gap analysis and research agenda based on a review of trends in intracoelomic tagging effects studies. Reviews in Fish Biology and Fisheries 21(1): Cowx, I. G Stocking strategies. Fisheries Management and Ecology 1: Cowx, I. G An appraisal of stocking strategies in the light of developing country constraints. Fisheries Management and Ecology 6: Godinho H. P. & Godinho. A. L Fish communities in southeastern Brazilian river basins submitted to hydroelectric impoundments. Acta Limnologica Brasiliensis 5: Godinho, A. L. & Kynard, B Migration and spawning of radio-tagged Zulega Prochilodus argenteus in a dammed brazilian river. Transactions of the American Fisheries Society 135: Godinho, A. L. & Kynard, B Migratory fishes of Brazil: Life history and fish passage needs. River Research Applications 25: Godinho, A. L., Kynard, B. & Godinho, H Life in a Brazilian floodplain river: migration, spawning, and management of São Francisco River fishes. LAP Lambert Academic Publishing, Saarbrücken, 106 p. Godinho, A. L. & Pompeu, P A importância dos ribeirões para os peixes de piracema. Pp In: H. P. Godinho & A. L. Godinho (Eds.). Águas, peixes e pescadores do São Francisco das Minas Gerais. Editora PUC-Minas, Belo Horizonte, 468p. Godoy, M. P Age, growth, sexual maturity, behavior, migration, tagging and transplantation of the Curimatá (Prochilodus scrofa Steindachner, 1881) of the Mogi Guassú River, São Paulo State, Brazil. Anais Academia Brasileira de Ciência 31: Godoy, M. P Brazilian tagging experiments, fishes migration, and upper Paraná river basin eco-system. Revista Brasileira de Biologia 32(4): Godoy, M. P Peixes do Brasil. Franciscana, Piracicaba, 4v. Grabowski, T. & Jennings, C Post-release movements and habitat use of robust redhorse transplanted to the Ocmulgee River, Georgia. Aquatic Conservation: Marine and Freshwater Ecosystems 19: Hahn, L., Agostinho, A. A., English, K., Carosfeld, J., da Câmara, L. & Cooke, S Use of radiotelemetry to track threatened dorados Salminus brasiliensis in the upper Uruguay River, Brazil. Endangered Species Research 15: Heidinger, R. C Stocking for sport fisheries enhancement. Pp In: C. C. Kohler & W. A. Hubert (Eds.). Inland fisheries management in North America. American Fisheries Society, Bethesda, 718p. Huntingford, F Implications of domestication and rearing conditions for the behaviour of cultivated fishes. Journal of Fish Biology 65(Suppl. A): Jepsen, N., Schreck, C., Clements, S. & Thorstad, E. B A brief discussion on the 2% tag/bodymass rule of thumb. Pp In: M. Spedicato, G. Lembo & G. Marmulla (Eds.). Aquatic Telemetry: Advances and Applications. FAO/COISPA, Rome, 295p. Kynard, B. & Kieffer, M Use of borescope to determine the sex and egg maturity stage of sturgeons and the effect of borescope use on reproductive structures. Journal of Applied Ichthyology 18: Kynard, B. & Lonsdale, E Experimental study of galvanonarcosis for rainbow trout (Salmo gairdneri) immobilization. Journal of the Fisheries Research Board of Canada 32: Nielsen, L. A Methods of marking fish and shellfish. American Fisheries Society, Bethesda, 208p.

13 Penne, C.R., Ahrens, N. L., Summerfelt R. C., & Pierce, C. L Effect of relative volume on radio transmitter expulsion in subadult common carp. North American Journal of Fisheries Management 27: Pessoa, N. A. & Schulz, U. H Diel and seasonal movements of grumatã (Prochilodus lineatus, Valenciennes 1836) (Characiformes: Prochilodontidae) in the Sinos River, Southern Brazil. Brazilian Journal of Biology (Suppl) 70: Peters, L.M., Reinhardt, U.G. & Pegg, M.A Factors influencing radio wave transmission and reception: use of radiotelemetry in large river systems. North America Journal of Fisheries Management 28: Petrere Jr., M River fisheries in Brazil: A review. Regulated Rivers Research and Management. 4:1 16. Schulz, U. H. & Leal, M. E Effects of stocking density on dispersal behavior of Brazilian freshwater dourado (Salminus brasiliensis) in a subtropical river headwater. Neotropical Ichthyology 10 (2): Silva, L. G Parâmetros migratórios e transposição de curimbatás e mandis-amarelos no médio rio Grande. Pp In: J. Magalhães & F. Oliveira (Eds.). Transposição de Peixes. CEMIG, Belo Horizonte, 170p. Sverlij, S., Ros, A. & Orti, G Sinopsis de los datos biológicos y pesqueros del sabalo Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1847). FAO Sinopsis sobre la pesca, 154:1 64. Vieira, F. & Pompeu, P Peixamento: uma alternativa eficiente? Ciência Hoje 30(175): Vono, V., Silva, L., Maia, & Godinho, H Biologia reprodutiva de três espécies simpátricas de peixes neotropicais: Pimelodus maculatus Lacépede (Siluriformes, Pimelodidae), Leporinus amblyrhynchus Garavello & Britski e Schizodon nasutus Kner (Characiformes, Anostomidae) do recém-formado reservatório de Miranda, Alto Paraná. Revista Brasileira de Zoologia 19(3): Wahl, D. H., Stein, R. A. & DeVries D. R An ecological framework for evaluating the success and effects of stocked fishes. American Fisheries Society Symposium 15: Welcomme, R Evaluation of stocking and introductions as management tools. Pp In: I. Cowx (Ed). Stocking and introduction of fish. Oxford, Fishing New Books, 456p. Winter, J.D Advances in Underwater biotelemetry. Pp In: B. R. Murphy & D. Willis (Eds.). Fisheries Techniques, 2nd edition. American Fisheries Society, Bethesda, 732p. Zar, J Biotatistical Analysis. 3rd edition. Prentice-Hall, Upper Saddle River, 663p.

14 Tabela 1. Biometria, sexo e biotelemetria de curimbatás estocados na represa de Jaguara por ponto de soltura. CP = comprimento padrão, PC = peso corporal, RP = porcentagem do peso do transmissor em relação ao PC, AV = área de vida, TR = tempo de rastreamento, N = número de localizações, PD = padrão de deslocamento, F = fêmea, M = macho, I = indeterminado, V = vivo, P = pescado, M = morto precoce ou transmissor expelido, D = desaparecido, * = transmissor não recuperado. Código Sexo PC RP AV TR Última N PD peixe (g) (%) (kmr) (dias) localização Status Ponto de soltura F 235 3,8 0, mai-11 M 120 F 305 2,9 12, jul-11 D 122 F 305 2,9 16, set-11 M 117 F 310 2,9 3, mai-11 M 116 F 395 2,2 6, mai-11 P 115 F 405 2,2 2, mai-11 P 112 F 445 2,0 22, mai-12 V 114 F 445 2,0 6, mai-11 P 105 F 505 1,9 0, mai-11 P 118 M 285 3,1 22, mai-12 V 121 M 285 3,1 12, mai-11 M 119 M 315 2,8 2, mai-11 M* 111 M 385 2,3 22, mai-11 P 106 M 445 2,2 6, mai-11 P 110 I 375 2,4 0, mai-11 M Ponto de soltura F 250 3,6 18, mai-12 V 129 F 270 3,3 4, mai-11 P 132 F 330 2,7 18, mai-12 V 127 F 335 2,6 0, mai-11 M* 125 F 355 2, mar-12 V 135 F 425 2,1 19, mai-12 V 123 F 495 1, mar-12 V 107 F 525 1,9 2, mai-11 M 108 F 545 1,8 0, jul-11 D 131 M 305 2,9 4, jul-11 P 133 M 315 2,8 3, mai-11 M* 130 M 335 2,6 4, mai-11 P 128 M 345 2,6 10, mai-12 V 124 M 420 2,1 18, mai-12 V 113 M 435 2,0 21, mai-12 V Ponto de soltura F 295 3,0 1, mai-11 P 148 F 295 3,0 14, mai-12 V 147 F 310 2,9 1, jul-11 M 143 F 335 2, mai-11 M 145 F 375 2,4 14, mai-12 V 140 F 400 2, mai-12 V 136 F 415 2,1 2, fev-12 V 142 F 485 1,8 1, mai-12 V 141 F 495 1,8 1, mai-11 M* 146 M 285 3,1 3, mai-11 M* 138 M 395 2,2 2, jul-11 D 126 M 405 2,2 13, mai-12 V 139 M 445 2,0 2, mai-12 V 109 I 495 2,0 14, mar-12 V 137 I 545 1,6 14, mai-12 V

15 Tabela 2. Parâmetros físico-químicos da água nas caixas de transporte (CT) e nos pontos de soltura (PS) dos peixes na represa de Jaguara. Área Parâmetro CT PS CT PS CT PS Temperatura ( C) 24,3 23,1 24,6 26,3 25,0 27,3 Condutividade (µs.cm -1 ) Oxigênio dissolvido (mg.l -1 ) 7,5 5,5 7,6 7,0 7,4 7,3 ph 8,3 8,4 7,6 7,7 7,4 8,4

16 Figura 1. Represa de Jaguara com indicação dos pontos de soltura (PS) de curimbatás marcados com radiotransmissor.

17 Figura 2. Estatísticas do comprimento padrão de fêmeas (F), machos (M) e de sexo indeterminado (I) dos curimbatás estocados na represa de Jaguara. Médias com letras diferentes são significativamente diferentes de acordo com o teste de comparação múltipla de Tukey [média ( ), média + um desvio padrão ( ) e amplitude (I)].

18 Figura 3. Padrões de deslocamento de curimbatás estocados na represa de Jaguara. Padrão 1: peixe 126, padrão 2: peixe 134, padrão 3: peixe 149 e padrão 4: peixe 130.

19 Figura 4. Relação peso do transmissor-peso do peixe (RP) por padrão de deslocamento dos curimbatás estocados na represa de Jaguara. Médias com diferentes letras foram significativamente diferentes de acordo com o teste de comparação múltipla de Tukey [média ( ), média + um desvio padrão ( ) e amplitude (I)].

20 Figura 5. Área de vida linear de curimbatás fêmeas (F), machos (M) e de sexo indeterminado (I) soltos em três pontos (PS1, PS2 e PS3) na represa de Jaguara.

21

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