Técnicas Terapêuticas e de Bem-Estar

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1 Escola Superior Agrária de Viseu Gastronomia Saúde Turismo e Bem estar (Curso Técnico Superior Profissional ) Técnicas Terapêuticas e de Bem-Estar E. Teixeira de Lemos

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3 DEFINIÇÃO Fitoterápicos são medicamentos obtidos a partir de plantas medicinais. Eles são obtidos empregando-se exclusivamente derivados de droga vegetal. (ANVISA) Fitoterapia (Grego) therapeia = tratamento phyton = vegetal

4 A utilização de plantas medicinais é tão antiga quanto a raça humana e a preparação de medicamentos fitoterápicos sempre fez parte da prática farmacêutica.

5 A descoberta das propriedades curativas das plantas foi, no início, meramente intuitiva ou dada pela observação dos animais que buscavam nas ervas cura para suas afecções. Brasil Índios - rituais de curas Africanos rituais religiosos Importante influencias de imigrantes (europeus, japoneses e chineses)

6 DE 3000 A 2000 a.c. Mesopotâmia (3000 a.c.) o homem a serviço dos deuses, doenças eram castigos pelos pecados Táboas (meimendro, papoula, cânhamo, canela, salgueiro, figo, tâmara e outras 250 plantas) Egito (2980 a.c.) mumificação com banhos de ervas Imhotep 1º médico que utilizava plantas medicinais. e sais. China (2900 a.c.) Início dos estudos com plantas e acupuntura.

7 China (2900 a.c.) Início dos estudos com plantas e acupuntura. Pen T asso (2000 a.c.) primeira obra sobre plantas medicinais escrita pelo legendário imperador chinês Shen-Nung.

8 DE 1999 A 1 a.c. Papiro de Ebers (1500 a.c.) Resquícios da antiga civilização egípcia (faraó Ramsés I) 800 fórmulas Papoula, ginseng, rícino, romã, coentro, alho, linho, sene

9 Índia (1000 a.c.) medicina Ayurveda (cura do espírito, corpo e mente) Hipócrates ( a.c.) pai damedicina Consagra a terapia com os vegetais e substâncias químicas extraídas dos vegetais (quinino, cafeína, colchicina, codeína, teobromina, cocaína, efedrina, teofilina, morfina, estricnina e emetina) Para cada doençadescreve um remédio vegetal e o tratamento correspondente. Que o teu alimento seja teu remédio co.com.br/hipocrates2.gif

10 Theophrastus ( a.c.) Pai da Botânica, filósofo e cientista, foi sucessor de Aristóteles. Historia plantarum: descreveu inúmeras plantas medicinais que conheceu nas campanhas juntamente com o exército de Alexandre. Observou a diferença ente Mono e Dicotiledônia (Angiospermas); Observou aspectos farmacológicos da mirra, cássia, beladona...

11 A PARTIR DO ANO 1 d.c. Dioscórides (40-90) Pai da Farmacognosia Tratado De Materia Medica que representa um marco histórico no conhecimento de numerosos fármacos, muitos dos quais ainda hoje são usados, são descritos cerca de 600 produtos de origem vegetal, sua obra passa a ser usada como guia de ensino no mundo romano e no árabe até o século XV.

12 Idade Média (idade negra) Privação do saber; Somente igreja tinha acesso ao conhecimento; Santa inquisição (plantas diabólicas), caça as bruxas; Estagnada na arte de curar; om.br/2012_03_04_archive.html

13 Renascimento ( ) Valorização da experimentação e observação direta; Grandes viagens para as Índias e para a América; iki/ficheiro:paracelsus.jpg Paracelso (1493) Médico alquimista, Pai da Farmacoquímica - Teoria das assinaturas, relacionou as propriedades das plantas de acordo com a forma, cor e morfologia.

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17 A FITOTERAPIA NOS TEMPOS ATUAIS Século XX produtos de síntese e Fitoterapia considerada prática médica menor ; Talidomida dúvidas dos critérios de avaliação de segurança (Farmacovigilância) drogas sintéticas retiradas devido graves casos de intoxicação entre a população. Fitoterapia silenciosa, publicação de estudos envolvendo plantas medicinais em revistas especializadas e revistas médicas, inclusive em círculos médicos ortodoxos.

18 Modernos métodos de extração, identificação e padronização das substâncias provenientes das plantas, somados à moderna investigação cientifica, permite gerar margens de segurança na prescrição de fitoterápicos. A Fitoterapia não deve ser considerada uma prática inócua, nem ser apresentada como um substituto à farmacologia de síntese.

19 Um veneno pode ser um remédio e um remédio pode ser um veneno Paracelso Não existe plantas tóxicas e sim o uso indevido de plantas Alonso

20 ASSA-PEIXE Nome científico: Vernonia polyanthes Less Nome popular: Assa-peixe, chamarrita, assapeixe-branco, cambará-guaçu, cambará-açu, cambará-branco. Parte utilizada: Folhas (broto). Indicações: Antiinflamatório; Bronquite; Hipotensor; Estados gripais; Diuréticos. Posologia: Infusão com 3 colheres de sopa de folha fresca. Sem estudos que confirmem toxicidade

21 ARNICA Nome científico: Solidago chilensis Meyen. Parte utilizada: Flor e rizoma. Indicações: Antiinflamatória; gastroprotetor; antimicrobiano; cicatrizante. Posologia: infusão com 1 colher de planta bem picada e fazer compressa. Recomendada para uso externo. Seu extrato é extremamente irritante para a mucosa gástrica. Ref?????;

22 BABOSA Nome cientifico: Aloe vera (L.) Burm. F. Parte utilizada: gel das folhas frescas. Indicações: Cicatrizante e reconstituinte em lesões térmicas (isquemia, queimaduras), radiativas (queimaduras, dermatites, telangectasia). Emoliente em psoríase, eczemas, dermatites seborréicas, furúnculos. Posologia: uso tópico do gel 3 vezes ao dia. Doses elevadas podem causar intoxicação aguda, com desmaios, hipotenção e hipotermia (SAAD et al, 2009).

23 BOLDO Nome cientifico: Plectranthus barbatus Andr Nomes Populares: Boldo, boldodo-chile Indicações: gastrite, dispesia, úlceras gástricas, litíase biliar, ressaca e cefaléia Parte utilizada: Folhas. Posologia: infusão com 3 a 4 folhas, tomar 1 xicara 2 ou 3x dia Em altas doses causa irritação gástrica. Gestação: estudos em animais demonstraram retardo no desenvolvimento e na implantação do embrião. (SAAD et al, 2009)

24 BOLDO DO CHILE Nome cientifico: Peumus boldo Molina Nomes Populares: Boldo, boldodo-chile; Indicações: Hepatite, ltíase biliar, colecistite, indigestão, náuseas e vômitos e constipação intestinal; Parte utilizada: Folhas. Posologia: Infusão em planta seca de 2 a 5g/dia. Em altas doses podem causar efeitos narcóticos e convulsantes (SAAD et al, 2009).

25 CANA CIDREIRA Nome cientifico: Cymbopogon citratus Stapf., Nomes populares: capim-limão, cana de cheiro, cana do brejo. Sem estudos que confirme intoxicação Parte utilizada: Folha. Indicações: Calmante, Analgésica e Antiespasmódica. Posologia: Infusão de 4 xicaras de folhas picadas, tomar a vontade.

26 IDENTIFICAR CORRETAMENTE AS PLANTAS Citronela Capim-cidreira Ainda é muito comum a confusão entre a citronela e o capimcidreira. Embora a aparência seja realmente muito próxima, dá para diferenciá-las pelo aroma: o capim-limão apresenta um cheiro mais suave, que lembra o limão; enquanto o aroma

27 ESPINHEIRA SANTA Nome científico: Maytenus officinalis Mabb. Parte usada: folhas Indicações: Úlceras gástricas e duodenais, gastrites. Digestão lenta. Constipação intestinal. Cicatrizante (em uso externo). Contra indicações: a espinheira santa é uma planta abortiva, e durante a lactação diminui a secreção de leite. Interações: A administração concomitante de espinheira-santa com bebidas alcoólicas não é recomendada. Posologia: Infusão de 5g para cada xicara, tomar 3 x dia. Sem estudos que confirme intoxicação

28 GENGIBRE Nome cientifico: Zingiber officinale Roscoe Indicações: Gripes, resfriados, bronquites. Irritação e inflamação da garganta, rouquidão. Digestão lenta, plenitude pósprandial, gastrites e epigastralgias, flatulência, refluxo gastresofágico. Parte Utilizada: Rizoma. Posologia: Decocção, cozinhar por 10 minutos uma colher de chá de rizoma triturada em uma xicara de chá de água. Sem estudos que confirme intoxicação

29 CÁSCARA SAGRADA Nome cientifico: Rhamnus purshiana Indicações: corrigi a obstipação intestinal, através de uma ação laxativa e do aumento do tônus do cólon. Produz uma excitação intestinal leve, regulando o peristaltismo. Parte Utilizada: Cascas do caule e dos ramos além das raízes.

30 GUACO Nome Cientifico: Mikania glomerata Spreng. Parte utilizada: folhas. Indicações: antiasmática, antiespasmódica, antigripal, antiinflamatória, antimicrobiana, calmante e expectorante. Posologia: Infusão com 4 a 6 folhas para uma xicara de água fervente. Tomar uma xicara 2 a 3x/dia. Sem estudos que confirme intoxicação

31 QUEBRA-PEDRA Nome cientifico: Phyllanthus niruri L. Parte utilizada: Todas as partes da planta. Indicações: Litíase renal e cólica nefrética. Hepatite B. Contra indicações: gravidez e amamentação. Posologia: Infusão de 30 a 40g de planta fresca. Tomar uma xicara 3x/dia.

32 CABELO DE MILHO Nome Cientifico: Zea mays L. Indicações: Cistite, uretrite, litíase renal e diurético. Parte utilizada: estigmas secos. Sem estudos que confirme intoxicação

33 SENE Nome científico: Cassia occidentalis (L.) Indicações: Constipação por inércia intestinal. Hemorróida, fissura renal, purgativo. Parte utilizada: Folíolo. Posologia: Infusão de 1 a 2g de folhas por xicara/dia. Contra-indicações: Gravidez, aleitamento, enterite, apendicite, cistite, obstrução intestinal e dores. Não é recomendado para crianças. Doses superiores a 8g provocam colicas severas, náuseas e vômitos. Tem ação tóxica nos rins em crianças (SAAD et al, 2009)

34 PATA DE VACA Nome científico: Bauhinia forficata Link Nome popular: Pata-de-vaca, unhade-vaca, Indicações: Diabetes melito tipo II Posologia: Planta seca: 2 a 5g/dia. Interações medicamentosas: Potencializa insulina e medicamentos antidiabéticos. Sem estudos que confirme intoxicação

35 GINGKO BILOBA (Fitoterápico) Nome científico: Ginkgo biloba L. Indicações do Ginkgo biloba: Para otimizar a memória.no tratamento de zumbidos e vertigens. Parte utilizada: folhas. Efeitos colaterais: o contato com a parte externa da semente e com a casca da árvore pode causar náuseas e dermatites de origem alérgica. É bastante seguro e bem tolerada, porem é contraindicado na gravidez ou lactação por falta de dados(saad et al, 2009)

36 GINGKO BILOBA (Fitoterápico) É um dos 10 fitoterápicos mais prescritos no Brasil. É BOM SABER SOBRE AS INTERÁCÕES DESTE FÁRMACO:

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38 CUIDADO!! 1. ARNICA 2. BABOSA 3. CONFREI Conforme Resolução RE nº 89, de16 de março de 2004 essas plantas devem ser usada somente por via tópica. 4. CALÊNDULA

39 Arnica Babosa Calêndula Confrei

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47 É IMPORTANTE SABER: NATURAL ; O uso de uma planta não deve ser repetido continuadamente por mais de 30 dias; Erros na identificação da espécie; Uso de quantidade excessivas de determinadas plantas; Preparação e do uso inadequado.

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50 PREPARAÇÃO DAS PLANTAS 1. Cultivo; 2. Coleta/colheita; 3. Armazenagem; 4. Preparação; 5. Quantidades; 6. Tempo.

51 CULTIVO O melhor é desenvolver uma horta de plantas medicinais e aí cultivar as plantas básicas de cada área, segundo a pesquisa de dados (etnobotânica) realizada previamente. - - Selecionar espécie; Local; Solo;

52 COLHEITA Não coletar plantas na beira de rios, córregos poluídos e nem na margem de estradas; Quando coletar folhas não arrancar todas de um galho apenas, desprezando folhas furadas, mofadas, etc... As cascas devem ser retiradas apenas de um dos lados da planta. Coletar nas melhores horas, como durante a manhã, após secar o orvalho ou no final da tarde; Pesquisar a estação propicia para se fazer a coleta.

53 SECAGEM E ARMAZENAMENTO Flores e folhas, devem ser colocadas à sombra para secar em local ventilado, limpo e em camadas finas. Três a cinco dias são suficientes. Outro método é pendurar os galhos de flores e folhas em um varal, até que sequem. As cascas, devem ser lavadas com água corrente ligeiramente raspadas para retirar a superfície impregnada de poeira, lodo ou insetos e depois devem ser colocadas ao sol para secar. Raízes, devem ser lavadas e colocadas para secar. Sementes, devem ser colhidas de frutos maduros e sadios, limpos por peneiração ou lavagem e secas ao sol. São as partes vegetais que apresentam maior durabilidade.

54 PREPARAÇÃO É preciso CONHECER a planta e saber quais as partes que são utilizadas: raiz, entrecasca, folhas, planta inteira, frutos e sementes. Existem diferentes métodos de preparar as plantas, como: decocção, etc. Infusão, Evite o uso de recipientes de ferro, alumínio, cobre ou plástico; dê preferência a vasilha de vidro (que possa ser levada ao fogo), porcelana ou barro. É importante também saber a quantidade da planta a usar na preparação.

55 QUANTIDADES / TEMPO É importante saber quanto se deve tomar uma preparação a base de plantas. Não se pode abusar da dosagem.

56 ATENÇÃO QUANTO A VALIDADE DAS FORMAS CASEIRAS Fonte: QUÍMICA NOVA NA ESCOLA, Produção de medicamentos fitoterápicos, Maio de 2000.

57 10 Mandamentos para o bom uso das PLANTAS MEDICINAIS Saber onde coletar; Como preparar; Como coletar; Quando Como usar; Quanto coletar usar; Como secar e conservar; Conhecer toxicidade; Que parte da planta utilizar; Saber identificar.

58 Atenção Importância da educação da população em saber usar e preparar plantas medicinais; Profissionais de saúde conhecedores de plantas e dos costumes da população;

59 QUALIDADE E SEGURANÇA Início de 2000 Produtos Fitoterápicos Medicamentos Fitoterápicos Objetivo: Fortalecer a fiscalização sobre a procedência, eficácia, segurança de uso e qualidade dessa nova classe de medicamentos.

60 CONTROLE DE QUALIDADE O processo de avaliação da qualidade de uma planta medicinal compreende a três operações fundamentais: AUTENTICIDADE identidade da planta INTEGRIDADE perfil fitoquímico PUREZA contaminação/fraude

61 IDENTIFICAÇÃO DAS PLANTAS EFICÁCIA SEGURANÇA Cuidado com nomes populares e regionalistas: Mesma planta = diversos nomes Mesmo nome = diversas plantas

62 CURIOSIDADES -As plantas medicinais têm uma acção preventiva e deve- se conhecer cientificamente as funções de cada planta, antes de a usar em algum tratamento. -Alguns chás de plantas medicinais, quando tomados em doses elevadas, podem causar reacções adversas e nocivas ao organismo humano. Neste caso específico, alguns tipos de plantas são contra-indicados a grávidas, devido aos seus efeitos abortivos.

63 EXEMPLOS DE EFEITOS DE PLANTAS Alívio de tosse: Malva (infusão): 5g de planta seca para 1 litro de água. Deixe repousar 5min e filtre. Beba1 a 3 chávenas por dia. Febre: Sabugueiro (tintura 1:5 de álcool a 25%) 20 gotas diluídas em água, 3 vezes por dia, depois das refeições.

64 EXEMPLOS DE EFEITOS DE PLANTAS Cidreira, serve como calmante e ajuda a dormir, entre outros. Salsa, o Morangueiro, as Barbas de Milho, ou qualquer chá de folha de lenhosas parece acalmar os males da bexiga. Urtigas, fazem aliviar a febre esfregando-as pelo corpo do doente. Alecrim, serve como auxiliar da memória, para estados depressivos, estimula a circulação sanguínea, ajuda a fazer a digestão das gorduras (folhas) e problemas de fígado. Arruda, ajuda na lavagem do estômago, fortalece a visão, é usado para lavar os olhos cansados (folha), é usado também como antídoto contra certas mordidelas de cobras.

65 TESTEMUNHOS A fitoterapia aplica os princípios activos de alimentos aqueles que tradicionalmente não eram designados como nutrientes ou nutrimentos e que podem ser utilizados sobretudo para prevenir e/ou controlar algumas doenças», refere Sérgio Cunha Velho, nutricionista. Por exemplo, que «o estanol (derivado do fitoesterol) é utilizado para controlar e reduzir a absorção do colesterol e o cardo mariano (planta muito usada no Alentejo na confecção de alimentos) é excelente para doenças do fígado», acrescenta.

66 RECONHECIMENTO DA TERAPIA De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), oficialisou em 1978, cerca de 80% da população mundial já realizou tratamentos com base em plantas medicinais e, em pelo menos 30% dos casos, foi por indicação médica. A OMS tem vindo a incentivar a fitoterapia. Em Portugal, foi criada, em 2007, a Sociedade Portuguesa de Fitoquímica e Fitoterapia SPFito, uma associação sem fins lucrativos e de natureza científica cujo objectivo é divulgar esta forma de terapia.

67 Escola Superior Agrária de Viseu Gastronomia Saúde Turismo e Bem estar (Curso Técnico Superior Profissional ) Técnicas Terapêuticas e de Bem-Estar E. Teixeira de Lemos

68 Práticas Fitoterapia

69 PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES

70 Plantas Condimentares (PC) São plantas utilizadas na confecção de alimentos pelas suas características organolépticas (que dão os alimentos e bebidas certos aromas, cores e sabores que os tornam mais apetitosos). Plantas Medicinais (PM) Qualquer planta que em um ou mais dos seus órgãos contenha substâncias que possam ser utilizadas com finalidade terapêutica ou que possam ser precursores para a hemissíntese químico-farmacêutica. Plantas Aromáticas (PA) São plantas que se caracterizam por possuírem, em estruturas especializadas, óleos essenciais. É o exemplo de plantas como o alecrim, alfazema, eucalipto, hortelã, etc.

71 Plantas Alimentícias São aquelas que produzem essencialmente metabolitos primários (proteínas, hidratos de carbono, e lípidos) e que são a base da alimentação dos seres que delas dependem, como é o caso dos cereais, legumes, frutos, etc. Plantas Melíferas ou Apícolas São plantas que atraem as abelhas que delas recolhem o néctar e o pólen para a alimentação da colmeia, produção de mel e geleia. São exemplos a urze, alecrim, rosmaninho, etc. Muitas das espécies consideradas apresentam em simultâneo todas ou parte destas propriedades.

72 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS As formas de preparação e uso das PAM variam consoante a necessidade de extracção e existência de constituintes activos em cada planta, para o fim a que se destina e vias de aplicação da mesma. São numerosas as preparações usadas em fitoterapia. É de ter em conta que em medicina popular, ainda actualmente, muitas preparações como os cozimentos, infusões e macerados são habitualmente preparados pelo próprio doente a partir da planta medicinal ou de misturas de plantas.

73 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Banhos Um banho consiste na imersão completa ou parcial do corpo em água, na qual se podem juntar preparações obtidas de plantas medicinais (infusões, decocções, óleos essenciais). Estes banhos quando tomados com água tépida ou mesmo quente são recomendáveis para melhorar a circulação sanguínea e para as frieiras. Nestes casos utilizam-se plantas apropriadas para estas situações. Cataplasmas Preparação de consistência branda que se aplica sobre a pele durante alguns minutos. Podem preparar-se com sementes, folhas ou raízes de plantas, esmaga-se o preparado num almofariz até obter uma papa uniforme. Estende-se a pasta num pano e aplica-se sobre a zona da pele afectada.

74 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Compressas As compressas são feitas de bandas de algodão ou gaze, embebidas numa infusão ou decocção e aplicar sobre a zona da pele afectada, ou seja, é uma preparação local que surte efeito pela penetração dos constituintes activos através da pele. Decocções ou Cozimentos As decocções são preparadas fervendo o material finamente dividido (contundido ou pulverizado) durante 10 a 15 minutos. Quando não houver indicação em contrário os cozimentos devem ser obtidos a partir de 100g de substância vegetal em 1500g de água. O processo de decocção usa-se muitas vezes para extrair partes duras da planta (raízes, rizomas, casca, sementes).

75 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Extractos São preparações concentradas líquidas, sólidas (extracto seco) ou de consistência intermédia, geralmente obtidas de fármacos secos. Os extractos são geralmente obtidos por maceração ou por lixiviação. Na preparação por maceração normalmente a planta depois de convenientemente dividida é misturada com o solvente, na maior parte dos casos com etanol diluído e deixado em repouso. A planta é depois separada do líquido por expressão e este é concentrado até à consistência desejada. Na preparação por lixiviação a planta convenientemente dividida é misturada com o solvente e posta no lixiviador. O lexiviador é alimentado com o solvente e é deixado a gotejar até esgotamento da planta. No final é reunido o líquido que percolou com o obtido por expressão do conteúdo do lixiviador seguido de concentração.

76 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Gargarejos Os gargarejos são uma forma fácil de se aplicar sobre a mucosa que reveste o fundo da boca, amígdalas e faringe; fazem-se tomando uma infusão morna sem engolir, inclinando a cabeça para trás, tentar aguentar o líquido durante aproximadamente um minuto e deitar fora o líquido da boca, repetindo o processo durante cinco a dez minutos.

77 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Inalações As inalações são preparadas pela combinação do vapor de água com substâncias voláteis (óleos essenciais) das plantas aromáticas. Colocar a planta a usar num recipiente adequado com água a ferver, na proporção de uma colher de sopa da planta (seca ou fresca) para meio litro de água e aspirar para facilitar a inalação do vapor. Infusões As infusões são usadas quando o material vegetal é facilmente penetrado pela água e as suas substâncias se dissolvem rapidamente em água quente. Prepara-se lançando água fervente sobre uma ou mais plantas convenientemente divididas, deixando actuar entre 5 a 15 minutos e coando em seguida. Na maioria dos casos prepara-se na proporção de 1 colher de sopa para cerca de 150 ml de água (o volume médio de uma chávena).

78 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Irrigações Introdução de um líquido pelas cavidades naturais (ouvidos, nariz, vagina, etc.) quer directamente, quer por outro meio. O liquido injectado é normalmente uma infusão ou decocção previamente arrefecida.

79 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Lavagens oculares As lavagens oculares (olhos) fazem-se embebendo uma compressa na decocção de uma planta e deixar escorrer o liquido do lado da fonte para a do nariz. Macerações São preparações líquidas resultantes de uma extracção, normalmente pela água, dos constituintes solúveis existentes numa dada planta. Normalmente a planta é colocada convenientemente dividida num recipiente e deixada em contacto com o líquido extractivo em lugar fresco, quase sempre por cerca de 12 horas. Ao fim deste tempo o líquido extractivo é coado ou filtrado.

80 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Óleos Os óleos podem obter-se a partir de frutos e outras partes de plantas que os contêm através de prensagem (não confundir com óleo essencial). Alguns óleos podem aplicar-se por fricção. Pós Actualmente poucas vezes a planta sob a forma de pó é administrada directamente, mas sim o pó incluído em cápsulas. Muitas vezes o pó da planta é obtido para dele se fazerem comprimidos e cápsulas. Sumos ou Sucos Líquido obtido pelo simples escoamento, quando se espremem os frutos, as folhas ou o caule, de preferência com a planta fresca esmagada e filtrada de seguida. Os sumos têm a vantagem de conter os constituintes activos sem os degradar.

81 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Tinturas São preparações líquidas geralmente obtidas de fármacos secos. Normalmente são obtidas por maceração ou lixiviação ou por outros processos convenientes, como diluição de um extracto, utilizando etanol de graduação apropriada. São geralmente obtidos a partir de 1 parte de fármaco e 10 partes de solvente ou a partir de 1 parte de fármaco e 5 partes de solvente. Os processos de extracção são os indicados para a preparação dos extractos, com excepção da parte que diz respeito à concentração. Tisanas Podem ser preparadas por infusão, decocção ou maceração consoante o tipo de material vegetal

82 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Unguentos Nos unguentos os constituintes activos encontram-se dissolvidos numa substância gorda. Os unguentos são sólidos à temperatura ambiente e amolecem quando se estendem sobre a pele. Vinhos medicinais Os vinhos medicinais são preparados com vinho branco ou tinto com um elevado teor alcoólico e que resultam da acção dissolvente do vinho sobre as plantas (raízes, cascas ou folhas). Usa-se aproximadamente 5 a 6gr. de planta para 100ml de vinho, macerar bem o preparado, tapar e deixar num local escuro durante 10 dias e por fim filtrar o preparado.

83 FORMAS DE PREPARAÇÃO E USO DAS PLANTAS MAIS UTILIZADAS Xaropes Os xaropes consistem em soluções concentradas de sacarose com sumos, tinturas, extractos ou outras preparações obtidos das planta. Também pode ser utilizado mel em vez de sacarose. Para a preparação de xaropes sem açúcar empregam-se excipientes à base de sorbitol, mucilagens, gomas, glicerina, etc.

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