Formar para a Vida Pós-escolar, Uma Estratégia de Inclusão RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA AÇÃO: PROBLEMA/NECESSIDADE DE FORMAÇÃO IDENTIFICADO:
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- Edison Paiva
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1 DESIGNAÇÃO DA AÇÃO: Formar para a Vida Pós-escolar, Uma Estratégia de Inclusão RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA AÇÃO: PROBLEMA/NECESSIDADE DE FORMAÇÃO IDENTIFICADO: Os jovens com necessidades educativas especiais precisam de ser apoiados para fazerem uma transição eficaz da escola para a vida pós-escolar. Cabe, não só às escolas, mas a toda a comunidade, ajudá-los a tornarem-se ativos economicamente e proporcionar-lhes as competências necessárias à vida diária, oferecendo-lhes uma formação nas áreas que correspondem às expectativas e às exigências sociais e de comunicação e às expectativas da vida adulta. Sabe-se hoje que a transição é um processo contínuo de adaptação, envolvendo diferentes variáveis ou fatores. É um processo que acontece, permanentemente, ao longo da vida de um indivíduo em momentos críticos como a entrada no jardim-de-infância, o fim da escolaridade obrigatória ou a mudança de ciclo de ensino. A transição requer uma mudança no relacionamento, nas rotinas e na autoimagem. Para garantir uma transição mais suave da escola para o trabalho, os jovens com necessidades educativas especiais necessitam de definir metas e de identificar o papel que querem desempenhar na sociedade. Em teoria, os alunos com necessidades educativas especiais beneficiam das mesmas escolhas educativas que os seus colegas mas, na prática, apenas lhes são oferecidos programas orientados para a segurança social ou para trabalhos de baixo salário (OCDE, 1997). Os programas educativos e de formação nem sempre correspondem aos seus interesses e necessidades o que os coloca numa situação de desvantagem face ao mercado normal de trabalho (ILO, 1998). Como consequência direta da inclusão que se tem vindo a verificar nos últimos anos, concluem atualmente a escolaridade obrigatória de doze anos um número muito elevado de alunos em situação de desvantagem cognitiva para os quais a saída da escola é problemática. As dificuldades que se colocam no processo de transição vencer-se-ão por uma melhor adaptação da escola às necessidades destes alunos.
2 A transição é um processo de orientação social que implica mudança fulcral para a integração na sociedade. A transição requer uma mudança nas relações, nas rotinas e na autoimagem. De forma a garantir uma transição suave para a vida pós-escolar os jovens necessitam de definir metas e de identificar o papel que querem desempenhar na sociedade. As escolas, e em particular os professores, têm identificado diversas problemáticas que resultam da necessidade de um apoio aos alunos que seja cada vez mais eficaz e proporcionador de sucesso, não só escolar, como pós-escolar. Com base nessa problemática, surge o presente projeto que tem como objetivo superar as dificuldades que os atores identificam, construindo uma matriz procedimental, acompanhada dos instrumentos necessários para operacionalizar uma ação cada vez mais fundamentada na necessidade real. DESTINATÁRIOS DA AÇÃO: Proponentes: 4 Escolas a que pertencem: AE de Coimbra centro; AE de Coimbra Oeste; ES de Avelar Brotero e ES de Quinta das Flores; Todos os grupos de docência do terceiro ciclo e ensino secundário e de educação especial. EFEITOS A PRODUZIR: MUDANÇA DE PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁTICOS: Os efeitos que se pretende produzir operacionalizam-se aos níveis de: a) Mudança de atitudes. A ação tem como objetivo discutir de forma aprofundada conceitos básicos que se relacionam com a educação inclusiva. O próprio conceito de inclusão, de equidade, de autodeterminação, etc. Julgamos fundamental que possam ser identificadas atitudes consentâneas com os princípios que sustentam a educação inclusiva;
3 b) Mudança de práticas. Na prática quotidiana dos docentes podem encontrar-se dificuldades, particularmente aos níveis das metodologias e das estratégias pedagógicas. Julgamos que será possível identificar e colocar em prática um conjunto de estratégias e metodologias que permitam uma maior eficácia no trabalho com os jovens com PIT (Plano Individual de Transição) e suas famílias; c) Produção de um referencial de procedimentos que possa ser útil na ação dos docentes que têm alunos com PIT, independentemente dos contextos individuais de cada escola; d) Produção e experimentação de um conjunto de instrumentos que consubstancie a alteração nas práticas e nos procedimentos. CONTEÚDOS DA AÇÃO: 1. Conceito de educação inclusiva; 2. Os conceitos de currículo e de currículo específico individual; 3. Práticas de adequação curricular; 4. Estratégias curriculares facilitadoras da transição para a vida pós-escolar; 5. Procedimentos facilitadores da implementação do PIT; 6. Instrumentos úteis à implementação do PIT. 7. O significado e implicações da expressão transição para a vida pós-escolar. METODOLOGIA DE REALIZAÇÃO DA AÇÃO: a) Passos metodológicos: - Identificação de ideias e conceitos chave; - Debate de ideias e conceitos e a sua aplicabilidade prática; - Identificação de problemas na aplicação de currículos e planos; - Identificação de estratégias de resolução dos problemas identificados: - Práticas - Procedimentos - Instrumentos - Teste das respostas encontradas - Disseminação dos resultados junto da comunidade escolar.
4 b) Calendarização: A iniciar em Outubro de sessão por mês; Sessões presenciais conjuntas: 20 horas REGIME DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS: Apresentação de relatório relativo ao trabalho efetuado, incluindo instrumentos produzidos e utilizados. FORMA DE AVALIAÇÃO DA AÇÃO: Questionários de: Avaliação pelos formandos; Avaliação pelo formador. BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL: CEDEFOP (1997) Agora I - Raising the level of diplomas and their distribution in the labour market: the lessons of the past and prospects for the future. CEDEFOP Panorama Series. Thessaloniki: CEDEFOP Collado J.C. and Villagómez E. (2000) Active Employment Policies and Labour Integration of Disabled People: Estimation of the Net Benefit. Fundación Tomillo, Centre for Economic Studies. Draft Report conducted on behalf of the European Commission, Directorate-General Employment and Social Affairs Department for Education and Employment (1995) Individual Education Plan (IEP)
5 plan/ [accessed May 2005] European Agency for Development in Special Needs Education / Soriano, V. (eds) (2006) Planos Individuais de Transição: Apoiar a Transição da Escola para o Emprego. Odense: European Agency for Development in Special Needs Education European Agency for Development in Special Needs Education / Soriano, V. (eds) (2002) Transição da Escola para o Emprego. Odense: European Agency for Development in Special Needs Education European Agency for Development in Special Needs Education / Bertrand, L., Pijl S.J. and Watkins A. (eds) (2000) The Participation of people with disabilities within the SOCRATES Programme data appendices. Report conducted on behalf of the European Commission, Directorate-General Education and Culture. European Agency for Development in Special Needs Education / Meijer, C.J.W. (ed) (1999) Financing of Special Needs Education. Middelfart: European Agency for Development in Special Needs Education European Agency for Development in Special Needs Education / Soriano, V. (ed) (2002) Transition from School to Employment. Main problems, issues and options faced by students with special educational needs in 16 European countries. Middelfart: European Agency for Development in Special Needs Education European Commission, Directorate-General Employment and Social Affairs (1998) Joint Employment Report. Brussels: European Commission European Commission (2000) Labour Force Survey. Brussels: European Commission European Disability Forum (2002) The Madrid Declaration. Brussels: European Disability Forum Ministério da Educação, Departamento da Educação Básica (1998). Transição para a Vida Adulta, jovens com Necessidades Educativas Especiais. Lisboa Organisation for Economic Co-operation and Development (1997) Post-compulsory Education for Disabled People. Paris: Organisation for Economic Co-operation and Development Organisation for Economic Co-operation and Development (2000)
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