Seminário de Psicologia da Educação. Braga, 4 de novembro 2018
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- Afonso Teves Padilha
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2 Seminário de Psicologia da Educação Braga, 4 de novembro 2018
3 Taxa de escolarização em Portugal 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0, Educação Pré-Escolar Ensino Básico / 1.º Ciclo Ensino Básico / 2.º Ciclo A generalização no 1.º ciclo Aumento nos restantes a partir de 1995 Ensino Básico / 3.º Ciclo Ensino Secundário Sucesso da universalização do acesso à escola em crescendo a partir da década de 70
4 Percentagem de alunos de 15 anos como duas ou mais repetências nos seis primeiros anos de escolaridade O insucesso não é um problema só da escola. É um problema da sociedade.
5 Se muitos alunos não estão a aprender o que lhes ensinamos, porque é que continuamos a ensiná-los da mesma maneira? Como aprendem os alunos?
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7 O que querem as universidades e os empregadores? Muitos conhecimentos Novos conhecimentos Espírito Crítico Capacidade de resolução de problemas Criatividade Trabalho em equipa/cooperação Capacidade de falar em público
8 A razão de ser de uma política pública é resolver problemas que se colocam aos cidadãos, à sociedade.
9 Ação ao nível das estratégias Pré-escolar Programa Qualifica PNPSE Planos de Ação Estratégica Sucesso Educativo Formação Contínua Perfil de Competências Estratégia de Educação para a Cidadania São indispensáveis alterações nos conteúdos e no modo de trabalhar na sala de aula Currículo: Autonomia e Flexibilidade (AE) Projeto Escolas Inovadoras Educação Inclusiva
10 Autonomia e Flexibilidade Curricular O que é? É a faculdade conferida à escola para gerir o currículo dos ensinos básico e secundário, partindo das matrizes curricularesbase, assente na possibilidade de enriquecimento do currículo com os conhecimentos, capacidades e atitudes que contribuam para alcançar as competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.
11 Como? Autonomia e Flexibilidade Curricular Assumindo a escola a gestão do currículo, identificando opções curriculares eficazes.
12 Autonomia e Flexibilidade Curricular Para quê? Sucesso efetivo para todos os alunos. Promoção de aprendizagens indutoras do desenvolvimento de competências de nível mais elevado.
13 A Escola ocupa um espaço social de máximo significado, tanto pelos conteúdos formais que garante aos seus alunos como pelo nível mais tácito de aprendizagens que proporciona. Expressa-se, assim, como um imperativo das sociedades modernas, quer porque prepara os jovens para a complexidade da sociedade atual (uma vez que, focada em competências cognitivas, responde à maior necessidade do mercado de trabalho de mão-de-obra qualificada e especializada), quer porque o próprio sistema escolar reproduz a organização da própria sociedade. A Escola constitui-se um pré-requisito ao nível do bem-estar, assim como um promotor determinante do desenvolvimento cognitivo e social do Ser Humano. In
14 Autonomia e Flexibilidade Curricular Para quê? Sucesso efetivo para todos os alunos. Promoção de aprendizagens indutoras do desenvolvimento de competências de nível mais elevado.
15 O psicólogo cria pontes entre o conhecimento psicológico e a prática educativa 3 desafios!
16 Psicologia da Educação Eixos de ação: prevenção avaliação intervenção investigação Fatores que contribuem para o sucesso/insucesso: a família a escola as características individuais
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18 Expresso, às 18h42
19 O estudo Desigualdades Socioeconómicas e Resultados Escolares ressalta que o nível socioeconómico dos agregados familiares é um preditor do sucesso escolar, na medida em que os alunos oriundos de famílias de baixos rendimentos apresentam taxas de sucesso mais baixas. Dito em números: em cerca de mil escolas públicas, 49% dos alunos com percursos escolares de sucesso no 3.º ciclo ou seja, sem reprovações no 7.º e no 8.º ano e com nota positiva nos exames nacionais de Português e Matemática do 9.º ano não recebem apoio da Ação Social Escolar (ASE). Entre os alunos com maiores dificuldades e, por isso, beneficiários do escalão A desses apoios, a percentagem de sucesso cai para os 20%. Outro preditor do aproveitamento dos alunos são as habilitações académicas das mães, uma vez que apresentam piores resultados os alunos cujas progenitoras têm menos estudos. Os dados agora divulgados revelam que entre os alunos cujas mães têm uma licenciatura ou um bacharelato, 71% têm um percurso escolar de sucesso, entre os que têm mães com habilitações baixas, ao nível do 4.º ano de escolaridade, a percentagem é apenas de 19%. In
20 Psicologia da Educação Eixos de ação: prevenção avaliação intervenção investigação Fatores que contribuem para o sucesso/insucesso: a família a escola as características individuais Desafio 1 Onde/como podemos agir?
21 Decreto-lei n.º 55, artigo 21º Dinâmicas pedagógicas [ ] 3 Com vista ao desenvolvimento de aprendizagens de qualidade e incorporando medidas enquadradas nos instrumentos de planeamento da escola, na ação educativa deve, entre outras, garantir -se: a) Uma atuação preventiva que permita antecipar e prevenir o insucesso e o abandono escolares; [ ] É necessário criar mecanismos que assegurem uma rotina e métodos de identificar os alunos em risco de insucesso, com precisão e em tempo útil.
22 Autonomia e Flexibilidade Curricular Para quê? Sucesso efetivo para todos os alunos. Promoção de aprendizagens indutoras do desenvolvimento de competências de nível mais elevado.
23 Referencial educativo único que, configura o que se pretende que os jovens portugueses alcancem no final da escolaridade obrigatória, enuncia os princípios, a visão, os valores e as áreas de competência a desenvolver pelos alunos para o exercício de uma cidadania ativa, aceitando a diversidade de percursos, assegura a coerência do sistema de educação e dá sentido à escolaridade obrigatória.
24 Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória constitui a matriz comum para todas as escolas, ofertas e modalidades educativas e formativas no âmbito da escolaridade obrigatória, designadamente ao nível curricular, contribuindo para a convergência e a articulação das decisões inerentes às várias dimensões do desenvolvimento curricular: o planeamento e a realização do ensino e da aprendizagem, bem como a avaliação interna e externa das aprendizagens dos alunos. Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho
25 Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória Autonomia e flexibilidade curricular
26 Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória Detentores de conhecimento Analisam e discutem Refletem e criticam Criam Agem Comunicam Admiram o que é belo Interagem com tolerância, empatia e responsabilidade Preocupam-se com o seu bem-estar e com a qualidade de vida dos outros
27 Competências são combinações complexas de conhecimentos, capacidades e atitudes que permitem uma efetiva ação humana em contextos diversificados.
28 Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória Implicações práticas
29 O que é necessário fazer? Concretizar a intencionalidade de trabalhar as áreas de competência do PA em cada disciplina Planificar as AE integrando o PA
30 História: Compreendem e interpretam factos
31 Na disciplina de História Autonomia e flexibilidade curricular
32 Condiciona as escolhas das práticas pedagógicas e didáticas AE de História (domina conhecimento) Compreende e interpreta factos Colabora com os colegas para atingir objetivos, valorizando a diversidade de perspetivas
33 Diferenciação Pedagógica Desafio 2 Como aprendem os alunos?
34 Abordar os conteúdos associando-os a situações e problemas presentes no quotidiano Prever a experimentação de técnicas, instrumentos e formas de trabalho diversificados Organizar e desenvolver atividades cooperativas de aprendizagem Prever a utilização crítica de fontes de informação diversas e das tecnologias da informação e comunicação Promover atividades que permitam ao aluno fazer escolhas, confrontar pontos de vista e resolver problemas Valorizar, na avaliação das aprendizagens do aluno, o trabalho de livre iniciativa
35 Apoio ao trabalho de planeamento dos professores Mente, Cérebro e Educação: urgente a integração dos resultados das pesquisas das Neurociências nos processos de ensino Colaboração na construção de materiais educativos
36 Absurdos da gramática escolar
37 Currículo integrador Articulação das aprendizagens de diversas disciplinas Sucesso escolar Desenvolvimento das áreas de competências PA Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania Construção de conhecimento dinâmico e global Isolamento das disciplinas Aluno como agente cultural e não como aprendiz de conhecimento
38 + Envolvimento da equipa educativa Trabalho colaborativo/equipa
39 Desafio 3 O psicólogo escolar pode ser um agente de mudança, conduzindo processos de trabalho colaborativo entre os diferentes profissionais?
40 Competências de comunicação interpessoal, de trabalho em equipa e de resolução de problemas, tornam os profissionais de Psicologia uma mais-valia para o trabalho em equipa educativa.
41 Três desafios (podiam ser mais!) Criar mecanismos que assegurem uma rotina e métodos de identificar os alunos em risco de insucesso, com precisão e em tempo útil Apoiar o trabalho de planeamento do professores/das equipas educativas. (Como aprendem os alunos? ) Promover o trabalho em equipa educativa
42 Ano Nacional da Colaboração Acreditamos e promovemos o trabalho colaborativo Grata pela vossa atenção. isolina.frade@dge.mec.pt
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