FISIOLOGIA DO SISTEMA MOTOR. Professora MaíraValle
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- João Pedro Vilanova
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1 FISIOLOGIA DO SISTEMA MOTOR Professora MaíraValle
2 DIVISÃO FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO Sistema Sensório Sistema Motor Sistema Neurovegetativo
3 SISTEMA MOTOR SOMÁTICO As vias motoras somáticas controlam a musculatura esquelética. É formada por apenas um neurônio que se origina do SNC e projeta seu axônio até o tecido-alvo, que é sempre um músculo esquelético. Estímulo do motoneurônio alfa sempre excitatório. O relaxamento resulta da ausência de estímulo excitatório pelo neurônio motor somático
4 SISTEMA MOTOR SOMÁTICO
5 MOTRICIDADE É uma resposta contrátil, ordenada no tempo e no espaço, produzida pela mudança no grau de atividade de diferentes grupos musculares, coordenados pelo encéfalo e medula espinhal.
6 TIPOS DE MOVIMENTO 1. os movimentos reflexos mais simples ( pré-programados e involuntários) ex.: reflexo patelar, reflexo da retirada pela dor e deglutição 2. os movimentos rítmicos são voluntários só pra começar e finalizar ex.: mastigar, andar e respirar. 3. os movimentos voluntários mais complexos, dependentes de aprendizado ex.: escrever e falar 4. Equilíbrio e manutenção da postura (antigravidade)
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8 REFLEXOS SOMÁTICOS Movimentos estereotipados causados pela ativação dos receptores da pele ou do músculo Estímulos sensoriais para os reflexos espinais surgem de receptores nos músculos, nas articulações e na pele No casos dos reflexos mais simples, os reflexos espinais, os circuitos neurais responsáveis pela resposta motora estão inteiramente contidos na medula Existe os reflexos integrados no encéfalo reflexos craniais
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11 PROPRIOCEPÇÃO O termo propriocepção designa as aferências sensoriais originadas em músculos e articulações. Essas aferências fornecem informações sobre a posição e movimentos dos membros, permitindo que o sistema nervoso tenha uma imagem do corpo no espaço. Sensibilidade proprioceptiva: MUSCULAR: comprimentos fibras musculares e força contração ARTICULAR: detecção posição articular e movimentos articulares VESTIBULAR: informações sobre a posição, movimentos lineares e angulares da cabeça
12 RECEPTORES ARTICULARES Encontrados nas articulações sinoviais entre os ossos Eles sãoestimulados pela distorção ou deformação mecânica decorrente das mudanças da posição relativa dos ossos unidos por articulações flexíveis Propriocepção Protegem as articulações de movimentos com amplitudes cuja extensão possa causar injúrias 3 tipos: 1) terminações nervosas livres, 2) terminações de ruffini; 3) corpúsculo de pacini.a informação sensorial de receptores articulares é integrada principalmente no cerebelo.
13 ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI Junção tendão/músculo São terminações nervosas livres que se entrelaçam entre as fibras de colágeno dentro de uma cápsula de tecido conectivo Detecta força contrátil A contração do músculo puxa as fibras de colágeno do OTG, comprimindo as terminações sensoriais dos neurônios aferentes, fazendo com que elas disparem potenciais. Fibras Ib Sóleo gato
14 REFLEXO TENDINOSO DE GOLGI Bissináptico O arco reflexo do órgao tendinoso de golgi diminui a ativação do músculo quando forças excepcionalmente grandes são geradas. Protege a integridade muscular
15 FUSO MUSCULAR Fibras musculares modificadas (intrafusais) motoneurônio gama Arranjados em paralelo com as fibras musculares (extrafusais) motoneurônio alfa Respondem ao estiramento/encurtamento e velocidade da contração
16 FUSOS MUSCULARES
17 COMPONENTES DO FUSO 1. Fibras Intrafusais: cuja porção central não é contrátil 2. Fibras sensoriais: terminam nas regiões centrais não contrátil (Ia e II) 3. Motoneurônios gama: inervam a região contrátil nos dois pólos dos fusos. Fibras de saco nuclear estático (Fibras II) e dinâmico (Fibra Ia) Fibras de cadeia nuclear estático
18 FIBRAS SENSORIAIS MUSCULARES
19 FUSOS MUSCULARES SÃO TONIC AMENTE ATIVOS Em repouso os neurônios sensoriais dos fusos mantêm-se tonicamente ativos, enviando um fluxo constante de PA à medula espinal mantém o tônus muscular
20 COMPONENTE ESTÁTICO E DINÂMICO DO FUSO MUSCULAR Dinâmico velocidade Estático comprimento
21 COMPONENTE ESTÁTICO E DINÂMICO
22 MAS E QUANDO O MÚSCULO CONTRAI?
23 CO-ATIVAÇÃO ALFA-GAMA Quando os neurônios motores alfa disparam, o músculo encurta, diminuindo a tensão na cápsula do fuso muscular. Ocorre então a co-ativação alfa-gama, pois a contração da extermidade das fibras, mantem a parte central alongada. SNC pode modular a atividade dos fusos ao contrair suas extremidades, aumenta a chance dos disparos das fibras sensoriais em resposta ao estiramento das fibras extrafusais.
24 REFLEXOS DE ESTIRAMENTO EX. PATELAR Medular Monossináptico Integrado na medula Há inibição recíproca do músculo antagonista Protetivo contra danos causados por um estiramento brusco
25 REFLEXO DE ESTIRAMENTO (POSTURA) O estiramento do músculo e do fuso gera uma contração muscular reflexa para evitar danos por estiramento excessivo. A via reflexa na qual o estiramento muscular inicia uma resposta de contração é conhecida como reflexo de estiramento. E quando o músculo contrai?
26 REFLEXOS FLEXORES DE RETIRADA Polissinápticos Resposta a um estímulo cutâneo nocivo Membro ipsilateral se flexiona Membro contralateral se estende
27 REFLEXO DE RETIRADA EM FLEXÃO Tem procedência sobre outros reflexos, mesmo os da locomoção Protege a extremidade de lesões adicionais Um único estímulo nociceptivo forte Todas as grandes articulações podem estar envolvidas (quadril, joelho e tornozelo) Ocorre for a extremidades doença visceral causa contrações no tronco/abdômen de modo a diminuir mobilidade do tronco
28 REFLEXOS INTEGRAÇÃO SENSÓRIO-MOTORA
29 REFLEXOS NA CLÍNICA São usados para investigar as condições do SN e dos músculos. Para um reflexo ser considerado normal, deve haver uma condução normal por todos os neurônios da via, transmissão sináptica normal na junção neuromuscular e contração muscular normal. Um reflexo que está ausente, anormalmente lento ou maior do que o normal (hiperativo) sugere a presença de uma patologia. Nos animais domésticos, os reflexos frequentemente testados: - nos membros torácicos são o extensor radial do carpo, o bíceps braquial, o tríceps braquial e o flexor, - e nos membros pélvicos, o patelar, o tibial cranial, o gastrocnêmio, o ciático e o flexor
30 ORGANIZAÇÃO DA MEDULA Sensorial
31 TOPOGRAFIA DA MEDULA ESPINHAL
32 MOTONEURÔNIOS INFERIORES E SUPERIORES O neurônio motor inferior é definido classicamente como o neurônio motor alfa (α). Doença nos neurônios motores inferiores sinais: 1. Hipotonia 2. Paresia ou Paralisia 3. Atrofia 4. Hiporreflexia Doença nos neurônios motores superiores - sinais: 1. Hipertonia 2. Paresia ou Paralisia 3. Sem Atrofia 4. Hiperreflexia 5. Postura e/ou locomoção anormal
33 COMANDO HIERÁRQUICO DO MOVIMENTO Há três níveis de comando motor: 1. Medula espinhal - integra reflexos espinhais e possui os geradores centrais de padrão (movimentos rítmicos) 2. Tronco encefálico e cerebelo - controlam os reflexos posturais e os movimentos das mãos e dos olhos 3. Córtex motor e núcleos da base responsáveis pelos movimentos voluntários. O tálamo retransmite e modifica os sinais que chegam da medula espinal, dos núcleos da base e do cerebelo com destino ao córtex cerebral.
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35 REFLEXOS POSTURAIS Equilíbrio Postural depende de um minucioso controle realizado pelo SNC sobre os músculos e articulações Capacita o corpo a sustentar certas posições estáticas sem ser vencido pela força gravitacional ou deslocar-se através de movimentos harmoniosos resistindo às forças contrárias. O SNC exerce um controle inconsciente, constante e dinâmico, para que haja tensão muscular, e à medida que os movimentos são realizados, ocorre uma adequação dessa tensão. São cruciais para os movimentos de navegação básica do corpo e o controle da postura, além dos movimentos voluntários. São regulados via tronco encefálico
36 TRONCO ENCEFÁLICO VIAS DESCENDENTES MEDIAIS Controle das musculatura axial e musculatura proximal dos membros postura e equilíbrio Estão envolvidos na manutenção involuntária, no ajuste da postura e no reflexo de orientação da cabeça.
37 REFLEXOS POSTURAIS
38 REFLEXOS POSTURAIS Reflexos vestibulares ex. Cabeça virada para esquerda aumenta a sustentação postural deste lado Reação de colocação vestibular quando animal cai, gera extensão os membros anteriores preparação para aterrissar. Reflexos de endireitamento tendem a restaurar a posição da cabeça e do corpo ao normal.
39 TRATO CORTICOESPINHAL Neurônios de projeção que controlam o movimento voluntário partindo do córtex motor para a medula espinal, onde fazem sinapse diretamente com os neurônios motores somáticos A maioria dessas vias descendentes cruza para o lado oposto do corpo em uma região do bulbo, chamada de pirâmides (trato piramidal).
40 SOMATOTOPIA SISTEMA MOTOR
41 SOMATOTOPIA SISTEMA MOTOR
42 VIAS MOTORAS EFERENTES DO TRONCO ENCEFÁLICO PARA A MEDULA ESPINHAL. O trato rubroespinhal (em verde) está envolvido principalmente no controle da musculatura do membro distal (medeia os movimentos hábeis e voluntários). Também sãoextra-piramidais
43 PIRAMIDAL E EXTRAPIRAMIDAL
44 MOVIMENTOS RÍTMICOS LOCOMOÇÃO Locomoção é desencadeada por comandos superiores ao centro locomotor do mesencéfalo. Há mistura de movimentos voluntários e reflexos, com um padrão de repetição ex.: andar Gerador de padrão locomotor
45 MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS Plano sequencial do movimento voluntário Percepção representação do mundo (onde estou?) propriocepção Cognição - tomada de decisão e planejamento do curso de ação (o que farei? Como farei?) córtex motor Iniciação - plano motor é transmitido para os sistemasmotores Execução implementação pelos executores Aprendizado área pré-motora (brincar para filhotes). Ao longo do tempo, com a precisão do movimento há menor necessidade de influxo sensorial e ajuste automatismo Memória muscular"
46 FASES DO MOVIMENTO VOLUNTÁRIO Dependem das interações entre as áreas motoras do córtex cerebral, cerebelo e núcleos da base. Feedback: Contínuo monitoramento para detecção de erros e refinamento do movimento.
47 CONTROLE DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS
48 CÓRTEX MOTOR Está no sulco cruzado nos mamíferos subprimatas Córtex motor primário (ordenador comanda força e direção do movimento) Área pré-motora (planejamento - movimentos da face e membros) Córtex motor suplementar (planejamento)
49 HOMÚNCULO MOTOR Córtex motor tem organização topográfica que acompanha o córtex somatossensorial. Neurônios córtico-espinhais disparam antes que ocorra a contração do músculo relacionado a eles. Ativação de populações de neurônios motores corticais pode ser usada para prever a direção dos movimentos.
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51 NÚCLEOS DA BASE Vários núcleos profundos interconectados Estriado (caudado e putame), globo pálido, substância negra e núcleo subtalâmico. Não recebem aferência da medula, mas recebem diretamente do córtex Circuito motor seleção das ações, preparação e execução do movimento, mov. em sequência ou memorizados e aprendizado por reforço. Além da parte motora, podem estar envolvidos na regulação do humor, da recompensa e funções executivas Déficit de dopamina na substância negra - Parkinson
52 INICIAÇÃO DO MOVIMENTO PELOS GÂNGLIOS BASAIS Via direta. O globo pálido inibe tônicamente o tálamo. Quando o córtex motor estimula o núcleo estriado, O núcleo estriado inibe o globo pálido O tálamo é desinibido e pode estimular o movimento.
53 CEREBELO Divisão funcional: 1) espino-cerebelo: equilíbrio, postura e suavidade movimentos 2) vestíbulo-cerebelo: posição da cabeça 3) cerebro-cerebelo: modulação da movimentação voluntária Regula os movimentos e postura Influencia a velocidade, amplitude, força e direção dos movimentos. Lesõesnão impedem movimento, mas a coordenação dos movimentos Recebe muitas aferências sensoriais e as compara com o planejamento motor - correção de erros Aprendizagem motora Maior concentração de neurônios/ área do SN
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