POLÍTICA ECONÓMICA E DEMOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO INTERIOR
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- João Derek Costa
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1 POLÍTICA ECONÓMICA E DEMOGRÁFICA PARA O DESENVOLVIMENTO DO INTERIOR Eduardo Anselmo de Castro Grupo de Estudos em Território e Inovação II Fórum do Interior Vila Real, 07 de novembro de 2014
2 Dinâmicas demográficas em Portugal Há um problema demográfico global? Caso específico do interior português
3 Problema demográfico global Índice Sintético de Fecundidade Islândia 2,19 a 2,06 a 1,99 a 2,13 a 2,02 b 2,04 b Irlanda 1,91 a 1,94 a 1,97 a 2,00 a 2,03 b 2,01 b França 1,72 a 1,76 a 1,88 a 1,97 a 2,01 b 2,01 c Espanha 1,28 a 1,19 a 1,29 a 1,41 a 1,34 b 1,32 b Itália 1,28 a 1,22 a 1,25 a 1,39 a 1,40 b 1,42 d Alemanha 1,30 a 1,35 a 1,35 a 1,36 a 1,36 b 1,38 b Portugal 1,51 a 1,48 a 1,45 a 1,36 a 1,35 b 1,28 b Fontes: a UN (2013); b EUROSTAT (2013); c Insee (2013); d Istat (2013)
4 Problema demográfico global 3,25 3,00 2,75 2,50 2,25 Índice Sintético de Fecundidade Alemanha Portugal Itália Espanha Federação Russa Reposição geracional 2,00 1,75 1,50 1,25 1,00 Fonte: UN (2013) Evolução do ISF ( ) em cinco países com valores inferiores a 1,5 no quinquénio
5 Problema demográfico global 63% Peso da população anos 61% 59% 61% 61% 60% 57% 58% 59% 55% 53% 54% 55% 53% 54% 55% 51% 49% População entre anos Fonte: INE, Censos e Projeções da população
6 Ano TVH Problema demográfico global ,3% ,7% ,8% ,2% ,2% ,3% ,6% ,1% ,9% ,4% ,5% ,3% ,5% ,3% ,0% Fonte: Banco de Portugal Produtividade do trabalho Produtividade - taxa de variação homóloga A produtividade corresponde ao rácio entre o PIB em volume e o emprego total (medido em equivalentes a tempo completo) A variação média nos últimos 15 anos regista 1,1% ao ano Em 2040, cada ativo produzirá mais 40% do que hoje, mantendo-se a tendência
7 Problema demográfico global Sustentabilidade do Estado social O peso das pessoas em idade ativa (entre 20 e 64 anos) face à população total atingiu o máximo histórico na primeira década do século (61%) Os valores esperados para 2040 (55,2%) são equivalentes aos registados em 1960 (54,5%) Mantendo-se a tendência, a produtividade aumentará 40% até 2040 O receio de não termos recursos para sustentar os idosos, no curto prazo, baseia-se num mito
8 Problema demográfico global Dinâmicas económicas e de envelhecimento na Europa Breve Análise das Regiões NUTS III Europeias
9 Cluster Demografia PIB/Crescimento População Densidade Populacional Clusters Km GETIN_UA, 2013
10 CÓDIGO Dinâmicas económicas e de envelhecimento na Europa NUTS III NOME % POPULAÇÃO IDOSA (65+) % POPULAÇÃO JOVEM (0-14) TAXA CRESCIMENTO POPULAÇÃO (01-11) PT166 Pinhal Interior Sul 33,7% 10,4% -8,0% EL131 Grevena 29,1% 12,0% -5,9% PT167 Serra da Estrela 28,8% 11,0% -11,3% PT169 Beira Interior Sul 28,7% 11,5% -2,7% PT168 Beira Interior Norte 28,7% 11,5% -8,1% EL243 Evrytania 28,5% 10,4% -3,7% DEE01 Dessau 28,3% 9,6% -9,9% ES113 Ourense 28,2% 9,5% -3,1% ES419 Zamora 28,0% 10,0% -2,9% PT118 Alto-Trás-os-Montes 27,8% 11,2% -7,4% ES112 Lugo 27,5% 9,4% -3,3% PT182 Alto Alentejo 27,4% 12,7% -4,8% DED2D Görlitz 26,8% 11,2% -9,0% Rácios da população nas regiões NUTS III mais envelhecidas da UE-27 (2011) Fonte: EUROSTAT
11 Caso específico do Interior Português Dinâmicas demográficas em Portugal
12 Problema demográfico - o interior português A desertificação do interior de Portugal uma bomba-relógio prestes a implodir? Identificação do problema demográfico Declínio da população Envelhecimento Baixa fecundidade
13 Regiões do interior 111 Taxas de crescimento da população portuguesa ( ) A Açores C 16B Madeira km
14 Taxas de crescimento da população portuguesa
15 Problema demográfico - o interior português Baixa fecundidade Regiões NUTS III Índice Sintético de Fecundidade em Regiões do Interior Evolução Minho-Lima 1,38 1,31 1,27 1,20-12,9% 1,11 1,13 1,04 Douro 1,47 1,41 1,33 1,18-19,8% 1,15 1,02 1,00 Alto-Trás-os- Montes 1,42 1,32 1,25 1,11-22,2% 1,07 1,03 1,02 Dão-Lafões 1,56 1,48 1,41 1,25-19,8% 1,23 1,18 1,09 Pinhal Interior Sul 1,31 1,29 1,27 1,12-14,4% 0,99 1,01 0,95 Cova da Beira 1,39 1,34 1,25 1,21-10,1% 1,20 1,09 1,07 Beira Interior Norte 1,39 1,33 1,28 1,11-17,9% 1,16 1,08 1,03 Beira Interior Sul 1,29 1,29 1,27 1,19-3,2% 1,27 1,23 1,18 Portugal 1,49 1,48 1,45 1,38-7,2% 1,35 1,28 1,21 Fontes: ( ); INE (2011, 2012 e 2013)
16 Pirâmides etárias da população Minho-Lima Censos 1950 Censos Alto-Trás-os-Montes Censos 1950 Censos Problema demográfico - o interior português Douro Censos 1950 Censos Dão-Lafões Censos 1950 Censos
17 Pirâmides etárias da população Pinhal Interior Sul Censos 1950 Censos Problema demográfico - o interior português Cova da Beira Censos 1950 Censos Beira Interior Norte Censos 1950 Censos Beira Interior Sul Censos 1950 Censos
18 Problema demográfico - o interior português Problema demográfico Generalizado em todo o País Grave à escala nacional Catastrófico no interior
19 O Modelo
20 ano n População fechada (ano n) Procura exógena Modelo conduzido pela economia Componente económica Procura total Procura endógena ano n + 5 Componente setorial Produção Procura indireta Procura induzida Perfil de especialização Emprego Rendimentos Estrutura etária do emprego População ativa necessária Componente demográfica População fechada ativa Saldos migratórios População fechada População fechada (ano n + 5) Dados demográficos por grupo etário quinquenal por sexo por NUTS III
21 Componente demográfica Modelo 1,95 Índice sintético de fecundidade nas regiões NUTS III de Portugal Continental fecundidade 1,75 1,55 1,35 1,15 0, Minho-Lima Cávado Ave Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga Douro Alto Trás-os-Montes Baixo Vouga Baixo Mondego Pinhal Litoral Pinhal Interior Norte Dão-Lafões Pinhal Interior Sul Serra da Estrela Beira Interior Norte Beira Interior Sul Cova da Beira Oeste Médio Tejo Grande Lisboa Península Setúbal Alentejo Litoral Alto Alentejo Alentejo Central Baixo Alentejo Lezíria do Tejo Algarve
22 Componente demográfica Modelo Taxas de fecundidade por grupos etários quinquenais 0,12 0,10 0,08 0,06 0,04 0,02 0,
23 Componente demográfica Modelo Padrão dos saldos migratórios entre , nas 14 regiões NUTS III do interior forte tendência emigratória da população ativa mais jovem (15-35 anos) 15% 10% 5% 0% -5% % -15% -20% -25% -30% H M Saldos migratórios entre nas regiões NUTS III do interior português, por sexo e grupos etários ()
24 Modelo Resultados As migrações são o principal elemento através do qual a economia influencia a demografia (Ramos et al., 2011)
25 Componente económica - Resultados Unidade: milhões de euros Ano inicial Regiões (2010) Estimativas da evolução do VAB em 2030 Ano final (2030) Modelo Cenário I Cenário II Cenário III Cenário IV Cenário V Cenário VI Minho-Lima ,5% 22,0% 7,7% 4,5% 2,3% -5,9% Douro ,6% 22,1% 2,5% 0,1% -0,1% -11,4% Alto-Trás-os- Montes ,6% 21,2% 1,5% -0,6% -0,8% -11,8% Dão-Lafões ,4% 22,1% 6,9% 4,0% 1,4% -6,8% Pinhal Interior Sul 360-1,6% 18,9% 1,5% -1,1% -2,7% -12,5% Cova da Beira 822 1,5% 21,6% 6,3% 3,0% -0,5% -7,5% Regiões Interior ,6% 21,3% 5,4% 2,8% 1,6% -7,9% Portugal ,3% 25,4% 15,6% 10,2% 7,7% 0,8% 25
26 Componente económica - Resultados Estimativas da evolução do emprego em 2030 Modelo Regiões Ano inicial (2010) Ano final (2030) Cenário I Cenário II Cenário III Cenário IV Cenário V Cenário VI Minho-Lima ,2% -4,2% -16,0% -18,0% -20,0% -26,5% Douro ,1% -3,8% -18,7% -20,0% -20,2% -29,3% Alto-Trás-os- Montes ,4% -5,5% -20,3% -21,3% -21,5% -30,3% Dão-Lafões ,1% -4,0% -16,4% -18,2% -20,1% -27,1% Pinhal Interior Sul ,1% -8,2% -21,0% -22,4% -23,8% -31,3% Cova da Beira ,1% -5,4% -17,2% -19,2% -21,8% -27,7% Regiões Interior ,5% -4,0% -17,4% -19,1% -20,2% -28,0% Portugal ,0% 2,2% -6,7% -10,7% -13,2% -18,6%
27 Componente demográfica Resultados Modelo Estimativas da evolução dos saldos migratórios até 2030 Regiões Cenários Minho-Lima Douro Alto-Trás-os- Montes Dão-Lafões Pinhal Interior Sul Cova da Beira Cenário I 9096 (3,7%) (4,1%) (4,3%) (4,5%) Cenário VI (-2,1%) (-0,6%) 3393 (1,5%) 4901 (2,2%) Cenário I 7223 (3,5%) 8542 (4,1%) 9544 (4,6%) (4,9%) Cenário VI (-2,2%) (-0,7%) 2922 (1,6%) 4503 (2,5%) Cenário I 8295 (4,1%) 9690 (4,8%) 9786 (4,8%) 9509 (4,7%) Cenário VI (-0,8%) 1465 (0,8%) 3882 (2,1%) 3953 (2,2%) Cenário I 9555 (3,4%) (3,7%) (3,8%) (4,1%) Cenário VI (-2,5%) (-1,2%) 2286 (0,9%) 4434 (1,8%) Cenário I 1562 (3,8%) 1739 (4,5%) 1814 (4,8%) 1863 (5,0%) Cenário VI -384 (-0,9%) 98 (0,3%) 781 (2,3%) 957 (2,9%) Cenário I 3490 (4,0%) 4007 (4,5%) 3969 (4,4%) 3846 (4,3%) Cenário VI (-1,3%) 230 (0,3%) 1731 (2,1%) 1795 (2,3%)
28 Componente demográfica Resultados Modelo Crianças entre 0-5 anos (populações estacionárias e estimadas) Regiões População / Δ 2030 (cenário I) 2030 (cenário VI) Minho-Lima Douro Alto-Trás-os-Montes Dão-Lafões Pinhal Interior Sul Cova da Beira Estacionária Estimada Δ (%) -34,0% -47,3% Estacionária Estimada Δ (%) -44,6% -53,9% Estacionária Estimada Δ (%) -49,1% -53,8% Estacionária Estimada Δ (%) -35,9% -48,1% Estacionária Estimada Δ (%) -39,0% -48,6% Estacionária Estimada Δ (%) -26,4% -36,8%
29 Mantendo-se a tendência atual de evolução do índice sintético de fecundidade, 5 regiões do interior português (Alto-Trás-os-Montes, Serra da Estrela, Beira Interior Norte, Pinhal Interior Sul e Douro) teriam, em 2100, menos de 1/4 da população dos censos de % 95% 90% 85% 80% Evolução da dimensão populacional PT184 Baixo Alentejo PT181 Alentejo Litoral PT169 Beira Interior Sul PT183 Alentejo Central 75% 70% 65% 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% PT16A Cova da Beira PT182 Alto Alentejo PT164 Pinhal Interior Norte PT165 Dão-Lafões PT111 Minho-Lima PT117 Douro PT166 Pinhal Interior Sul PT168 Beira Interior Norte PT167 Serra da Estrela PT118 Alto-Trás-os-Montes 2010 população dos censos (INE); a partir de projeções da população fechada (sem migrações) para as regiões NUTS III do interior português ()
30 Saldos migratórios e empregos necessários para obter populações estacionárias em 2100 (20% menores que em 2011 e tendência atual da fecundidade) Regiões Minho-Lima Douro Alto-Trásos-Montes Dão-Lafões Pinhal Interior Sul Beira Interior Norte Beira Interior Sul Cova da Beira Saldos migratórios (9,6%) (8,5%) Empregos Saldos migratórios (10,6%) (9,8%) Empregos Saldos migratórios (11,2%) (10,7%) Empregos Saldos migratórios (8,7%) (7,9%) Empregos Saldos migratórios 3795 (9,3%) 3769 (9,7%) Empregos Saldos migratórios (13,0%) (11,8%) Empregos Saldos migratórios 4247 (5,7%) 3790 (5,2%) Empregos Saldos migratórios 6170 (7,0%) 5731 (6,5%) Empregos ,2%) (9,6%) (10,4%) (7,7%) 3763 (10,0%) (11,1%) 3750 (5,4%) 5801 (6,6%) (7,9%) (9,1%) (10,0%) (7,5%) 3529 (9,5%) (10,4%) 3747 (5,6%) 5782 (6,7%) (7,8%) ,3%) (10,5%) (7,5%) 3620 (10,0%) (10,3%) 3682 (5,7%) 5756 (6,9%) (7,9%) (9,9%) (10,9%) (7,7%) 3725 (10,5%) (10,3%) 3579 (5,8%) 5697 (7,1%) (8,5%) (10,3%) (11,2%) (8,2%) 3592 (10,3%) (10,9%) 3602 (6,0%) 5687 (7,5%) (8,8%) (10,7%) (11,7%) (8,4%) 3538 (10,5%) (11,3%) 3580 (6,0%) 5602 (7,6%) (9,2%) (11,6%) (12,4%) (8,9%) 3629 (11,1%) (11,9%) 3530 (5,9%) 5548 (7,8%)
31 A recuperação dos índices sintéticos de fecundidade para níveis de reposição geracional (2,1), até 2030, permitiria alcançar populações estáveis e estacionárias perto de % 95% 85% População (fecundidade 2,1 a partir de 2030) PT165 Dão-Lafões PT111 Minho-Lima PT181 Alentejo Litoral PT183 Alentejo Central 75% 65% 55% 45% 35% 25% Censos de 1991, 2001 e 2011; estimação das populações intercalares PT16A Cova da Beira PT164 Pinhal Interior Norte PT184 Baixo Alentejo PT117 Douro PT182 Alto Alentejo PT169 Beira Interior Sul PT168 Beira Interior Norte PT118 Alto-Trás-os-Montes PT167 Serra da Estrela PT166 Pinhal Interior Sul Até 2010 população dos censos (INE); a partir de projeções da população fechada (sem migrações) para as regiões NUTS III do interior português, em que o índice sintético de fecundidade evolui para 2,1 em 2030, mantendo-se constante a partir daí ()
32 Saldos migratórios e empregos necessários para obter populações estacionárias em 2100 (20% menores que em 2011 e fecundidade de 2,1 a partir de 2030) Regiões Minho-Lima Douro Alto-Trásos-Montes Dão-Lafões Pinhal Interior Sul Beira Interior Norte Beira Interior Sul Cova da Beira Saldos migratórios 7613 (3,1%) 5970 (2,4%) Empregos Saldos migratórios 4398 (2,1%) 3586 (1,8%) Empregos Saldos migratórios 5834 (2,9%) 5152 (2,6%) Empregos Saldos migratórios 5297 (1,9%) 4157 (1,5%) Empregos Saldos migratórios 1303 (3,2%) 1264 (3,4%) Empregos Saldos migratórios 5005 (4,8%) 4206 (4,2%) Empregos Saldos migratórios 2191 (2,9%) 1759 (2,5%) Empregos Saldos migratórios 2195 (2,5%) 1756 (2,0%) Empregos (2,1%) 3434 (1,7%) 4756 (2,5%) 3657 (1,4%) 1241 (3,6%) 3491 (3,6%) 1637 (2,4%) 1705 (2,0%) 3368 (1,4%) 2277 (1,2%) 3596 (2,0%) 2295 (0,9%) 999 (3,0%) 2441 (2,6%) 1432 (2,2%) 1408 (1,7%) 2249 (1,0%) 1749 (0,9%) 3409 (1,9%) 1483 (0,6%) 1008 (3,1%) 1856 (2,0%) 1362 (2,2%) 1281 (1,6%) 1371 (0,6%) 1446 (0,8%) 2913 (1,8%) 649 (0,3%) 981 (3,2%) 1305 (1,5%) 1247 (2,1%) 1158 (1,6%) 1484 (0,7%) 1362 (0,8%) 2806 (1,8%) 665 (0,3%) 916 (3,0%) 1319 (1,6%) 1265 (2,2%) 1160 (1,7%) 1730 (0,9%) 1602 (1,0%) 3096 (1,9%) 996 (0,4%) 956 (3,1%) 1436 (1,8%) 1320 (2,3%) 1239 (1,8%) 1625 (0,8%) 1615 (1,0%) 3044 (1,9%) 986 (0,4%) 972 (3,1%) 1394 (1,7%) 1293 (2,2%) 1204 (1,7%)
33 Modelo Análise de caso Pinhal Interior Sul
34 Sem migrações, em 2100, a população do Pinhal Interior Sul perderia cerca de 40% no cenário demográfico mais favorável e mais de 3/4 no mais penalizador, comparativamente com a população dos censos de 2011; a sua estrutura etária, denotando o envelhecimento da população, não permite, por si só, a manutenção da dimensão atual, mesmo no cenário de reposição geracional (a vermelho). 120% Dimensão da população 100% 80% 60% 59,2% 40% 24,0% 20% 0% Projeção da população fechada (sem migrações) do Pinhal Interior Sul até 2100, segundo dois cenários de comportamento da fecundidade: i) a tendência atual (a azul) e ii) o índice sintético de fecundidade evolui até 2,1 em 2030, mantendo-se constante a partir daí (a vermelho) () universidade de aveiro
35 Previsões demográficas para o Pinhal Interior Sul CENÁRIOS EMPREGO equivalente a tempo completo VAB empresas (preços constantes) POPULAÇÃO IDADE ATIVA POPULAÇÃO TOTAL MIGRAÇÕES POPULAÇÃO (Censos 2011) POPULAÇÃO FECHADA (fecundidade - tendência atual) POPULAÇÃO FECHADA (fecundidade - 2,1 até 2040) POPULAÇÃO ABERTA (manutenção do emprego) Total ,1M % de ,8% (base 2011) 100% 89,5% 90,9% 3,4% Total ,8M % de ,5% 81,8% 63,0% 65,3% - Total ,1M % de ,0% 106,7% 68,4% 73,0% - Total ,1M % de ,9% 140,7% 85,5% 89,0% 23,7% POPULAÇÃO ABERTA (emprego afetado pela evolução da população) -20,1% de população empregada -26,9% de população empregada Total ,6M % de ,0% 112,3% 79,9% 82,0% 16,8% Total ,6M % de ,7% 97,7% 73,1% 76,1% 10,9% universidade de aveiro
36 Modelo Análise de caso Região do Douro 36
37 Sem migrações, em 2100, a população do Douro perderia cerca de 25% no cenário demográfico mais favorável e mais de 3/4 no mais penalizador, comparativamente com a população dos censos de 2011; a sua estrutura etária, denotando o envelhecimento da população, não permite, por si só, a manutenção da dimensão atual, mesmo no cenário de reposição geracional 120% Dimensão da população 100% 80% 75,4% 60% 40% 20% 24,4% 0% Projeção da população fechada (sem migrações) do Douro até 2100, segundo dois cenários de comportamento da fecundidade: i) a tendência atual (a azul) e ii) o índice sintético de fecundidade evolui até 2,1 em 2030, mantendo-se constante a partir daí (a vermelho) () universidade de aveiro 37
38 Previsões demográficas para a Região do Douro CENÁRIOS EMPREGO equivalente a tempo completo VAB empresas (preços constantes) POPULAÇÃO IDADE ATIVA POPULAÇÃO TOTAL MIGRAÇÕES POPULAÇÃO (Censos 2011) POPULAÇÃO FECHADA (fecundidade - tendência atual) POPULAÇÃO FECHADA (fecundidade - 2,1 até 2040) POPULAÇÃO ABERTA (manutenção do emprego) Total ,1M % de ,1% (base 2011) 100% 91,7% 92,8% -2,8% Total ,5M % de ,7% 83,5% 68,4% 78,9% - Total ,8M % de ,7% 100,6% 74,6% 89,8% - Total ,3M % de ,1% 143,9% 95,2% 102,9% 24,0% POPULAÇÃO ABERTA (emprego afetado pela evolução da população) -13,2% de população empregada -20,5% de população empregada Total ,5M % de ,3% 115,6% 86,8% 93,2% 14,3% Total ,5M % de ,7% 100,5% 79,5% 86,3% 7,4% universidade de aveiro
39 Análise de caso Município de Vagos
40 Previsões demográficas para o Município de Vagos Cenários para a evolução da economia Cenários Procura das famílias (per capita) Produtividade Outra Procura exógena (sem setor público) Procura do setor público Evolução da população empregada I Constante em termos reais Cresce anualmente (trajetos diferentes por setores): 2% nos primário e secundário e 0,53% no terciário 1% crescimento anual 1% crescimento anual Mantém a dimensão II Constante em termos reais Igual ao cenário I Procura doméstica constante e exportações crescem 2% ao ano Entre cai 0,5% ao ano; constante após 2020 Decresce 13,2% até 2040 III Constante em termos reais Igual ao cenário II, mas os ganhos de produtividade revertem apenas para as empresas Igual ao cenário II Igual ao cenário II Decresce 18,7% até 2040 Em todos os cenários considerou-se que a idade da reforma irá subir até aos 70 anos em 2020, mantendo-se estável a partir daí; assim, as taxas de emprego dos grupos etários mais velhos, da população em idade ativa, entre 2010 e 2020, vão-se aproximando das dos grupos etários imediatamente anteriores universidade de aveiro
41 Previsões demográficas para o Município de Vagos CENÁRIOS EMPREGO equivalente a tempo completo VAB empresas (preços constantes) POPULAÇÃO IDADE ATIVA POPULAÇÃO TOTAL MIGRAÇÕES POPULAÇÃO (Censos 2011) POPULAÇÃO FECHADA (fecundidade - tendência atual) POPULAÇÃO FECHADA (fecundidade - 2,1 até 2040) POPULAÇÃO ABERTA (manutenção do emprego) Total ,5 M % de ,6% (base 2011) 100% 101,9% 103,8% 3,3% Total ,3 M % de ,5% 107,4% 78,3% 90,8% - Total ,4 M % de ,1% 109,7% 81,8% 97,5% - Total ,0 M % de ,7% 150,4% 101,9% 119,6% 32,6% POPULAÇÃO ABERTA (emprego afetado pela evolução da população) -13,2% de população empregada -18,7% de população empregada Total ,2M % de ,1% 122,5% 86,5% 105,0% 17,1% Total ,9M % de ,3% 120,0% 81,3% 101,9% 8,5% universidade de aveiro
42 Previsões demográficas para o Município de Vagos 125% População 120% 115% 110% 105% 100% 95% 90% 85% Pop f ISF 2,1 Manut emp -13% -19% universidade de aveiro
43 Previsões demográficas para o Município de Vagos Censos 2011 População fechada (Tendência atual da fecundidade ) universidade de aveiro
44 O QUE FAZER?
45 O que fazer? A manutenção do Estado-Providência é UMA OPÇÃO POLÍTICA. Não é uma impossibilidade demográfica Ideias de partida O aumento da natalidade (fecundidade) é uma solução a médio prazo para Portugal. Não é uma solução de curto prazo para o interior Se não se resolver, a curto prazo, o problema do interior não haverá interior nem problemas do interior O interior está a chegar a parte do litoral A onda de emigração recente, centrada em jovens com formação elevada, pode ser a nova onda de esvaziamento a longo prazo, não só no interior, mas no País
46 Como aumentar a fecundidade? Daquilo que investimos nos filhos Dantes era pouco Hoje é muito e caro A fecundidade é uma variável que depende de variados fatores Não voltaremos ao modelo dos filhos Muitos filhos com grande investimento De qualquer maneira Criados pela vida Estabilidade Segurança Confiança no futuro Tirar uns euros nos impostos Irrigar o deserto do Sahara com um regador...!
47 Como aumentar a fecundidade? É preciso um ESTUDO SÉRIO para RESOLVER um PROBLEMA SÉRIO!
48 Como resolver o problema do Interior? Só há uma solução! Atrair população (principalmente jovens) para os lugares mais viáveis Gerir o declínio no resto
49 Como resolver o problema do Interior? Como atrair população? Emprego Habitação Saúde Educação Vivência Tudo ao mesmo tempo
50 Como resolver o problema do Interior? Quais as vantagens comparativas que ofereço? Emprego Em que setores? Para que perfil de empresas? Habitação Renovação urbana Como atrair população? Saúde e Educação Dimensionar as necessidades de saúde/educação para o interior: - acessibilidade - economias de escala Não para hoje Para daqui a 30 anos, de acordo com a nossa estratégia para o interior Convencer a população de que as decisões são para ficar Vivência Quais as vantagens comparativas que ofereço? Para que pessoas?
51 Como resolver o problema do Interior? Como gerir o declínio? Política de oferta de serviços em locais de baixa densidade Política de longo prazo (fim da navegação à vista) Limiares Localização ótima Previsões demográficas por grupos etários
52 O que fazer? O que faz mesmo falta? Noção de que a decisão se deve basear em INFORMAÇÃO DIMENSIONAMENTO PROSPETIVA
53 OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO! Eduardo Anselmo de Castro grupo de estudos em território e inovação departamento de ciências sociais, políticas e do território
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