D E M O C R A C I A V I V A 43 SETEMBRO

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1 DEMOCRACIA VIVA 43 SETEMBRO 2009

2 ARTIGO Carlos Minc* O Brasil e o futuro do clima reflexões para Copenhague A mudança do clima é provavelmente o problema mais grave que a humanidade deverá enfrentar neste século. Se não conseguirmos reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa, as consequências serão desastrosas: aumento do nível dos mares, aumento na intensidade e frequência de eventos extremos, como furacões, enchentes e secas, aumento da área de doenças endêmicas, como malária e dengue. 30 DEMOCRACIA VIVA Nº 43

3 Em 2004, o Catarina foi considerado o primeiro furacão extratropical no Atlântico Sul e também o primeiro a atingir o Brasil. Ele deixou no seu rastro pelo menos três mortos e 100 mil casas destruídas, mas também deixou um alerta que não pode ser negligenciado. Os modelos climáticos que simulam as consequências do aumento de energia na atmosfera indicam a possibilidade de surgimento de furações nessa região. Isso é muito preocupante por ser mais uma evidência de que os impactos da mudança do clima já estão em curso. Os impactos não se restringem àqueles de natureza violenta. Para nós, no Brasil, os impactos podem vir na forma de savanização da Floresta Amazônica, de redução das chuvas e consequente redução nos níveis dos reservatórios e do potencial de geração de hidroeletricidade, de redução de área agricultável, por exemplo a área para a cafeicultura, de inundações etc. O problema já é bastante conhecido e a cada novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) ou estudo divulgado, a gravidade do problema só vem se confirmando ou até mesmo aumentando. As causas são bem conhecidas e podem ser atribuídas ao modelo de desenvolvimento inaugurado com a revolução industrial, com particular acentuação a partir da segunda metade do século XX. Esse modelo de desenvolvimento está baseado na farta disponibilidade de combustíveis fósseis que, ao serem queimados, liberam o dióxido de carbono (CO 2 ) para a atmosfera, principal gás de efeito estufa, aumentando a propriedade de reter calor na O Plano As emissões do Brasil têm um perfil bastante particular. A nossa principal fonte de emissão de CO 2 é o desmatamento. Também temos emissões significativas na área da agropecuária e do transporte de carga pelo uso do diesel. No geral, a nossa matriz energética é muito limpa, por conta da participação de fontes renováveis, como o etanol e a hidroeletricidade, mas precisamos cuidar para que a participação das energias renováveis continue alta. O Plano Nacional de Mudança do Clima tem metas claras de redução da taxa de desmatamento e de manutenção da matriz energética. atmosfera. Segundo o World Research Institute (WRI), o CO 2 liberado pela queima dos combustíveis fósseis foi responsável, em 2000, por mais de 50% das emissões mundiais. A outra metade vem de várias fontes e gases distintos. Esforço global Uma das principais características do problema é que ele não tem uma solução única que envolva apenas um gás, um setor ou um país. A solução tem de ser global. Por isso mesmo, o fórum mais adequado para decidir a estratégia de enfrentamento da mudança do clima é o das Nações Unidas. A dificuldade desse fórum é que envolve a participação de cerca de 200 países com características e interesses diferentes. No caso da Convenção do Clima, todas as decisões são tomadas por unanimidade, o que torna demorado o processo decisório de um problema cuja solução é urgente. Os principais causadores da mudança do clima são os países desenvolvidos que, desde a revolução industrial, vêm consumindo combustíveis fósseis, desenvolvendo processo industriais que emitem gases de efeito estufa, enfim, criando o modelo de desenvolvimento responsável pela situação atual. A chamada contribuição histórica dos países desenvolvidos é reconhecida na Convenção do Clima, assim como a sua capacidade para enfrentar o problema. Justamente por serem desenvolvidos, têm recursos, tecnologias e devem contribuir para a solução do problema de duas formas: reduzindo suas próprias emissões e ajudando com recursos e tecnologias os países em desenvolvimento. Todas as contas mostram que nenhuma solução será possível se os países em desenvolvimento seguirem os mesmos padrões de produção e consumo, e portanto de emissões, dos países desenvolvidos. Isso se deve ao fato de que as emissões que a atmosfera ainda é capaz de suportar, com um mínimo de segurança para que não venhamos a enfrentar uma situação perigosa no planeta, são poucas. Esse espaço de carbono é pequeno e deverá ser dividido entre todos os países do planeta segundo algum critério. Existem vários critérios e todos têm um grau de subjetividade porque envolvem SETEMBRO

4 ARTIGO Neste momento de transição, o Brasil tem de saber usar as suas vantagens comparativas com ousadia para não perder o trem da história questões éticas, econômicas etc. O certo é que o esforço de redução deverá ser amplo. Acreditamos que o esforço global de redução de emissões só poderá ser enfrentado de forma eficiente e justa se forem levados em consideração suas dimensões científica, econômica e ética. A ciência vai dizer qual o espaço de carbono que ainda existe disponível. Os relatórios do IPCC dizem que a melhor estimativa para esse espaço é de Gt CO 2 e (bilhões de toneladas) neste século, o que daria em média 18Gt CO 2 e por ano. As emissões mundiais em 2005 já superaram 45 Gt CO 2 e. Se as emissões continuarem no ritmo atual, antes de 2030, ultrapassaremos esse limite máximo. Isso indica o tamanho do esforço que tem de ser feito no âmbito mundial em prazo relativamente curto. A economia deverá indicar quais as alternativas de menor custo para a sociedade como um todo. O IPCC, no sumário executivo do relatório sobre mitigação da mudança do clima (AR4), identifica as alternativas de redução de emissões e os custos associados para tentar mapear as alternativas disponíveis. Algumas ações têm até mesmo custo negativo, mas não são implementadas por barreiras várias. Outras alternativas são extremamente caras e sua implementação necessitaria importante aporte financeiro. Os instrumentos econômicos para viabilizar essa transição de uma economia de alto carbono para uma economia de baixo carbono estão sendo desenhados. A dimensão ética, a mais subjetiva e a principal peça na negociação é aquela que vai determinar a responsabilidade sobre essas reduções. Em outras palavras, quem paga a conta. As melhores oportunidades para reduzir emissões com tecnologias disponíveis e a custos baixos podem não estar nos países que contribuíram mais para a mudança do clima e que têm maior capacidade para enfrentá-la. A forma de pagar essa conta inclui criação de fundos, mecanismos de financiamento, transferência de tecnologia, entre outras. Posição confortável No fim do ano, em Copenhague, os países deverão chegar a um acordo sobre essas e outras questões. Para o Brasil, é muito importante garantir que o acordo seja forte o suficiente para assegurar que a temperatura média do planeta não exceda a fronteira dos 2ºC acima da época pré-industrial, que configuraria uma situação perigosa para o sistema climático. Para o Brasil, também é muito importante garantir o seu desenvolvimento em bases sustentáveis. Temos boa vontade e seremos criativos para encontrar saídas que não signifiquem restrições ao crescimento, e sim novas oportunidades de desenvolvimento. Poderemos estimular novos setores da economia, por exemplo, a fomentar a economia da floresta de forma que ela seja mais lucrativa, traga mais benefícios para a população locar e crie mais conhecimento do que a economia predatória do desmatamento. A maior garantia de permanência da floresta é o interesse econômico nela em pé. O que não interessa de fato ao Brasil são as soluções que não sejam suficientemente eficazes para conter o aumento da temperatura do planeta, que sacrifiquem o desenvolvimento do país, ou que não ajudem a transição do país para uma economia de baixo carbono. Nesse sentido, alguns pontos devem ser ressaltados. A descarbonização necessária é de tal monta que somente medidas de eficiência e economia não serão suficientes. O que o mundo tem pela frente é uma transformação radical da sua matriz energética e tecnológica. Neste momento de transição, o Brasil tem de saber usar as suas vantagens comparativas com ousadia para não perder o trem da história. Temos de encarar o desafio e incorporar essa nova variável no planejamento, nas decisões de investimento, nas políticas públicas, enfim em todas as instâncias. Não podemos correr o risco de sair atrás para mais adiante entrar de forma atabalhoada nesse novo mundo onde impera a 32 DEMOCRACIA VIVA Nº 43

5 O BRASIL E O FUTURO DO CLIMA REFLEXÕES PARA COPENHAGUE lógica verde e descarbonizada. Além do mais, várias das alternativas que estão na mesa também podem ter efeito anticíclico neste momento de crise mundial. O Brasil se encontra em situação extremamente confortável. Nossa matriz energética é limpa e faremos todo o possível para não sujá-la. Agora, além da matriz energética limpa, temos o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, temos metas e temos o Fundo Amazônia operando e que já aprovou os primeiros cinco projetos. Estamos lutando para que o Fundo Clima seja aprovado o mais rapidamente possível para viabilizar a política de mudança do clima. Uma das metas do plano assinado pelo presidente Lula, em dezembro de 2008, cortar em 70% o desmatamento da Amazônia até 2017, reduzirá as emissões em 4,6 bilhões de toneladas de CO 2, mais do que o compromisso total assumido em Kyoto pelos países desenvolvidos. E nós faremos mais; temos de ampliar as metas de redução para os setores da economia e de redução do desmatamento para os demais biomas. Até o início de 2008, monitorávamos só a Amazônia; sem série histórica, não havia como traçar metas para o Cerrado, a Caatinga, a Mata Atlântica, o Pantanal e o Pampa. Na atualização do plano, em 2010, definiremos a diminuição do desmatamento em todos os biomas, inclusive de ampliação da área da Mata Atlântica. O desmatamento da Amazônia este ano será o menor dos últimos 20 anos. Essa é uma grande vitória, pois atingiremos as metas do plano provavelmente antes do previsto. Essas metas, que tantos criticaram pela dificuldade em serem atingidas. Não tem país no mundo, nem dentro nem fora do Protocolo de Kyoto, que tenha conseguido tamanha redução nesse período. Fazendo nossa parte, temos legitimidade para cobrarmos dos países desenvolvidos, os grandes responsáveis pela crise climática, que façam a sua parte, que, no nosso entendimento, inclui metas fortes de redução de emissões domésticas, além de apoio financeiro e tecnológico para que os países em desenvolvimento possam fazer a sua parte. * Carlos Minc Ministro do Meio Ambiente SETEMBRO

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