II - O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA APLICAÇÃO DA ÉTICA E DA RESPONSABILIDADE SOCIAL
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- Thomas de Escobar Rijo
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1 II - O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES NA APLICAÇÃO DA ÉTICA E DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 1. Fundamentação filosófica do papel das instituições A relação entre Fenomenologia e Estruturalismo no desenvolvimento das ciências humanas Desenvolvimento das ciências humanas - A análise da fenomenologia e do estruturalismo está relacionada ao estudo das ciências humanas - as ciências humanas têm as seguintes características: 1. tem o homem como objeto científico 2. desenvolveram-se imitando a cientificidade das ciências naturais e da matemática 3. utilizavam os métodos das ciências naturais por analogia, o que fazia com que seus resultados fossem contestados - Tentando resolver esses problemas que afetavam a cientificidade das ciências humanas, entre as décadas de 1920 e 1950 desenvolveram-se as correntes de pensamento a seguir trabalhas Fenomenologia A fenomenologia começou diferenciando o objeto das ciências naturais (natureza) do objeto das ciências humanas (o homem) o enfoque da fenomenologia passou a ser, então, explicitar o homem como objeto das ciências humanas para isso, passou a entender o homem em diversos campos de investigação: psicologia, sociologia, história, antropologia, linguística, economia. A psicologia, por exemplo, era vista pelo positivismo como uma ciência natural, vendo o homem apenas pelos seus aspectos biológicos, físicos, químicos A fenomenologia passa a ver psicologia como ciência humana, estudando assuntos relacionados à consciência (sensação, percepção, motricidade, linguagem, etc.)
2 isso acontecia, também, com outras ciências humanas assim, antes da fenomenologia, as ciências humanas buscavam diversos elementos das ciências naturais para tentar explicar seu objeto de estudo, ou seja, as ciências humanas tentavam montar seu objeto demonstrando a relação entre diversos elementos das ciências naturais. A fenomenologia garantiu às ciências humanas a existência de seus objetos e permitiu vislumbrar as características específicas do homem, que já não precisavam estar baseadas nas ciências naturais Estruturalismo antes do estruturalismo as ciências humanas buscavam métodos das ciências naturais para estudar seus objetos com o estruturalismo as ciências humanas criaram métodos específicos para o estudo de seus objetos para isso, a concepção estruturalista veio mostrar que os fatos humanos assumem a forma de estruturas, isto é, de sistemas que criam seus próprios elementos, Sistemas: Economia e Política Meios reguladores: dinheiro e poder as estruturas são totalidades organizadas por meio de princípios internos que lhes são próprios e que comandam (aplicar isso aos sistemas): 1. seus elementos ou partes, 2. seu modo de funcionamento e 3. suas possibilidades de transformação temporal ou histórica. Nessas estruturas, o todo não é a soma das partes, nem um conjunto de relações causais entre elementos isoláveis, mas é um princípio ordenador, diferenciador e transformador. Uma estrutura é uma totalidade dotada de sentido. A noção de estrutura é bem desenvolvida pela Gestalt Gestalt é a escola da Psicologia que estuda a forma ela ensina que nós percebemos as coisas visualizando o todo, e não pontos isolados a ideia de estrutura permitiu a mudança da antropologia social (exemplo)
3 permitiu, por exemplo, visualizar as sociedades primitivas como uma estrutura cultural diferente da nossa (e não como uma cultura atrasada, como veria o positivismo). Por meio do estruturalismo, o antropólogo Claude Lévi-Strauss pôde estudar essas sociedades por meio das estruturas ou seja, as relações sociais passaram a ser classificadas como estruturas: 1. a troca ou circulação das mulheres (estrutura do parentesco como sistema social de alianças), 2. a troca ou circulação de objetos especiais (estrutura do dom como sistema social da guerra e da paz) e 3. troca e circulação da palavra (estrutura da linguagem como sistema do poder religioso e político). A estrutura geral das sociedades primitivas é visualizada quando se organiza essas estruturas parciais Isso permite que o objeto de estudo seja compreendido e explicado cientificamente. As estruturas permitem uma organização/classificação para facilitar o entendimento /estudo Resumo fenomenologia: sujeito a fenomenologia permitiu a definição e a delimitação dos objetos das ciências humanas, afastando dos objetos das ciências naturais e enfocando o sujeito como objeto; estruturalismo: estrutura o estruturalismo permitiu uma metodologia que entende os dos fatos humanos como um todo, sem precisar copiar os procedimentos das ciências naturais; essas correntes permitiram que os fenômenos humanos fossem entendidos com suas peculiaridades, de forma diferente dos objetos das ciências naturais; 2. Fundamentação sociológica do papel das instituições
4 De que forma os indivíduos atuam na sociedade para se relacionarem? por meio de instituições. elas permitem uma estabilização das relações e uma linguagem própria instituições sociais: conjunto de normas e padrões sociais que modelam comportamentos e atitudes. p. 130: v. Berger 2002: 105 rituais em que somos inseridos: etiqueta, estilo, cortesia; formas de trabalho e lazer; forma de controle: punições/recompensas; arte, estética, padrões de consumo mecanismos de controle social panoptismo: instrumento de controle social as instituições influenciam na formação do indivíduo: qualidade de vida; possibilidades de ascensão social; longevidade. mas as instituições também são produto da sociedade: referências históricas, contexto social 3. Ética, responsabilidade social e o papel da família evolução do papel da família função da família molda as reações emocionais (p. 139, sociologia jurídica) confirmação da personalidade estabilidade, proteção, cuidado recompensa afetiva, acolhimento mantém/cria tradições e valores a formação dos valores éticos laços de confiança respeito aos bens dos outros cumprimento da palavra dada repressão de vontades e desejos
5 esvaziamento da família: pedir para alunos trazerem exemplos dos valores passados pelas famílias exemplo da revista Sociologia Exemplo jurídico atual - mudanças sociais modificam o direito -- desquite, divórcio, divórcio em cartório - Constituição Federal - Lei Maria da Penha 4. Ética, responsabilidade social e política democracia grega Lei da Ficha Limpa (ética x ilegalidade) A Lei Ficha Limpa foi aprovada graças à mobilização de milhões de brasileiros e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasileiras. Para garantir que essa vontade popular se reflita nestas e nas próximas eleições, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci), com o apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), apresenta o sítio Ficha Limpa um instrumento de controle social da Lei Ficha Limpa e uma ação de valorização do seu voto! COMO FUNCIONA O SÍTIO FICHA LIMPA A Lei Ficha Limpa é uma grande demanda da sociedade. Originada em uma iniciativa popular, foi sancionada como Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de A aprovação se deu graças à mobilização de milhões de cidadãos e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a
6 impunidade no Brasil. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasileiras. Para garantir que essa vontade popular se reflita nestas e nas próximas eleições, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci), com o apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), apresenta o sítio Ficha Limpa um instrumento de controle social da Lei Ficha Limpa e uma ação de valorização do seu voto! LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990 (com alterações em vermelho da Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de 2010 Lei da Ficha Limpa) Art. 1º São inelegíveis: I - para qualquer cargo: a) os inalistáveis e os analfabetos; b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura; (Redação dada pela LCP 81, de 13/04/94) c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; (Redação dada pela Lei d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; (Incluído pela Lei 3. contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído pela Lei 4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei
7 5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; (Incluído pela Lei 6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; (Incluído pela Lei 7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 8. de redução à condição análoga à de escravo; (Incluído pela Lei 9. contra a vida e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei 10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; (Incluído pela Lei f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; (Redação dada pela Lei g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; (Redação dada pela Lei h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade; j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela Lei k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; (Incluído pela Lei l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial
8 colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; (Incluído pela Lei m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; (Incluído pela Lei n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos; (Incluído pela Lei... 4 o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei 5 o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei
Art. 1º O Decreto nº 1.836, de 6 de novembro de 2008, passa a vigorar acrescido dos seguintes artigos:
DECRETO Nº 028, de 1º de fevereiro de 2011 Altera o Decreto nº 1.836, de 6 de novembro de 2008, que veda a nomeação de cônjuge, companheiro(a) ou parente, para cargo em comissão, de confiança ou de função
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