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1 Nº 4 Julho 2015 p.1 PUBLIQUE NA DA PPGS Todos os interessados em divulgar informações, notícias, eventos ou trabalhos relacionados com Geotermia na Newsletter da PPGS, deverão enviá-los para ppgs.info@gmail.com EDITORIAL DO GRUPO DE COORDENAÇÃO DA PPGS O 4º número da Newsletter da Plataforma Portuguesa de Geotermia Portuguesa (PPGS), continua o seu objetivo de descrever casos de estudo de sucesso que tiveram lugar em Portugal, bem como mostrar a importância do conhecimento acerca das características geotérmicas do país e do modo como o seu conhecimento é uma ferramenta importante no desenvolvimento da aplicação desta energia renovável. Destaca-se neste número a publicação da Lei n.º 54/2015, de 22 de junho, que define as bases do regime jurídico da revelação e do aproveitamento dos recursos geológicos existentes no território nacional, incluindo os localizados no espaço marítimo nacional. Dentro dos recursos geológicos, incluem-se os recursos geotérmicos; no entanto, a fixação da disciplina específica aplicável a cada tipo de recurso será remetida para legislação própria. Refere-se ainda, que enquadrando a energia geotérmica nas suas diversas aplicações e num vasto leque de opções, esta Newsletter da PPGS continua apostada nos objetivos propostos de fornecer aos protagonistas desta temática informações diversas e de interesse sobre os desenvolvimentos nesta matéria, em particular no que diz respeito ao aquecimento ou arrefecimento a partir de sistemas geotérmicos superficiais e bombas de calor. O Grupo de Coordenação da PPGS FICHA TÉCNICA Coordenação PPGS: Elsa Ramalho Pedro Madureira Carla Lourenço Luís Silva Colaboração neste número: José Lapa Claudino Cardoso Ruben Dias Rayco Marrero-Diaz Design gráfico: Filipe Barreira Neste número: Conferências e Workshops Cursos de Formação Projetos Lei de Bases dos Recursos Geológicos (Lei nº 54/2015, de 22 de junho) Cartografia geológica, hidrogeológica e geotérmica como ferramentas de apoio ao dimensionamento de pequenas instalações de geotermia superficial (Elsa Ramalho, Rayco Diaz, Ruben Dias) A geotermia na sustentabilidade de campi universitários: os casos de estudo dos edifícios de comunicações óticas, da Escola Superior Aveiro Norte, Comunicações Rádio e Robótica e do Complexo do Departamento de Comunicação e Arte (José Lapa e Claudino Cardoso) Pág:

2 p.2 Conferências e Workshops setembro 2015 Sustainable Places 2015 (SP2015) Savona, Italy outubro 2015: Brussels Sustainable Development Summit 2015 Brussels, Belgium. 3 dezembro 2015 GeoPower Global Congress Istanbul, Turkey fevereiro 2016: GeoTHERM Offenburg, Germany Cursos de Formação 7 setembro maio 2016: CAS DEE- GEOSYS Exploration & Development of Deep Geothermal Systems Neuchâtel, Switzerland 29 de setembro de de maio de 2016 IV CURSO SEMIPRE- SENCIAL DE AUDITOR Y GESTOR ENERGÉTICO EN LA EDIFICACIÓN Y LA INDUSTRIA Dirigido a Engenheiros e Arquitetos que desejem adaptar-se às exigências da Diretiva 2012/27/UE e da sua Transposição. 264 horas letivas semi-presenciais. Pode frequentar-se o curso de forma presencial ou semi presencial através de videoconferencia (webex), o que supõe realizar o curso com muito menos deslocações Todas as quartas-feiras, em formato de dia completo. Mais informações em O X Congresso Ibérico de Geoquímica/XVIII Semana de Geoquímica realizar-se-á nas instalações do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) em Alfragide, entre 19 e 23 de outubro de Espera-se uma grande participação de especialistas ibéricos com o objetivo de promover o intercâmbio científico e técnico, bem como a troca de competências nesta área científicas. Chama-se a atenção da existência do tema Geoquímica Aplicada à Geotermia e da conferência plenária Geoquímica de las emanaciones difusas: una maravillosa herramienta para la exploración geotérmica en superfície, do Doutor Nemesio Miguel Pérez Rodriguez, Coordenador Científico do Instituto Vulcanológico de Canárias (INVOLCAN), no dia 20 de outubro à tarde. O programa detalhado do X CIG pode ser encontrado em salientando que se aceitam resumos para apresentação, cujas normas se encontram na página web referida. Projetos Num mundo em que as energias renováveis são frequentemente sub-exploradas, destaca-se a energia geotérmica, i.e., energia sob a forma de calor sob a superfície da Terra. Utilizando permutadores de calor, SGS (0-400 m de profundidade) pode extrair-se energia térmica para ser usada em sistemas de aquecimento e arrefecimento de edifícios e para águas quentes domésticas. A média de poupanças, se a tecnologia for utilizada de uma forma adequada, é cerca de 50% no inverno e 40% no verão.

3 p.3 O recurso é tanto mais valioso quanto maior for a sua exploração. Em alguns locais, simplesmente não se utiliza esta tecnologia e não há sistema de regulamentação. Noutros países, onde a geotermia superficial é largamente adoptada, por vezes dá-se o caso de haver sobre-regulamentação. O projecto ReGeoCities trabalha na integração de energia geotérmica a nível local e regional. Examina e promove as melhore práticas e um enquadramento regulamentar, apoiando as cidades a alcançar os seus SEAPS e objetivos do H2020 a nível de clima e energia. Objectivos do ReGeoCities 1. Transpor barreiras relacionadas com a regulação dos recursos geotérmicos e procedimentos administrativos. 2. Transferir as melhores práticas de regiões com a tecnologia madura para regiões com a tecnologia imatura. 3. Documentar, com recomendações a desenvolver um enquadramento pré-normativo comum. 4. Comprometer as administrações locais a implementar os resultados do projecto 5. Desenvolver um programa de formação focalizado em grupos-alvo (pessoal administrativo das cidades e da região) 6. Interiorização do conceito de smart cities dentro dos sistemas SGE Horizonte2020 Ações COST European Network for Shallow Geothermal Energy Applications in Buildings and Infrastructures ref=aymt_homepage_panel Decorreu em Cambridge nos passados dias 2 e 3 de julho a primeira reunião de trabalho da Ação Cost TU European Network for Shallow Geothermal Energy Applications in Buildings and Infrastructures (GABI). A reunião incluiu as boas vindas à Universidade de Cambridge por parte da Vice Chairman da Ação Dr. Giovanna Biscontin e uma sessão de apresentação dos objectivos da Acção e das próximas iniciativas de divulgação por parte do Chairman da Ação Dr. Sebastien Burlon. Seguiu-se uma apresentação sob o tema da Shallow Geothermal Energy Reasearch at Cambridge pelo Professor Kenichi Soga e as apresentações dos líderes dos 4 grupos de trabalho (WG1, WG2, WG3 e WG4). Dia 2 de julho, da parte da tarde, e dia 3 de julho no primeiro período da manhã realizaram-se sessões paralelas dos WG1/WG4 e WG2/WG3. Nestas sessões foram apresentados 18 trabalhos, tendo sido efectuadas reuniões com todos os membros presentes em Cambridge tendo em vista a organização das atividades referentes a cada grupo de trabalho. A reunião da Ação terminou em sessão plenária, com novas apresentações dos líderes dos grupos de trabalho, dando conta dos principais resultados da reunião, e uma sessão de encerramento por parte do Vice Chairman da Ação. A reunião da Comissão de Gestão decorreu da parte da tarde. A próxima reunião da Acção Cost terá lugar em Lisboa no mês de Dezembro. Countries in the ReGeoCities project: Green Juvenile GSHP market: Spain, Romania, Greece Yellow Consolidated GSHP market: Ireland, Belgium, Italy Brown Mature GSHP market: Germany, France, Denmark, The Netherlands, Sweden

4 p.4 Lei n.º 54/2015, de 22 de junho Bases do regime jurídico da revelação e do aproveitamento dos recursos geológicos existentes no território nacional, incluindo os localizados no espaço marítimo nacional O programa GEOTCASA é um programa espanhol de apoio aos instaladores geotérmicos (à semelhança dos programas SOLCASA ou BIOMCASA para outras energias), que, para além de servir de apoio e incentivo de mercado para quem vai instalar, exige que as empresas detenham um selo de qualificação em como têm habilitações e condições para trabalhar no âmbito do programa. Desta forma, pretende-se a estimulação o mercado espanhol paritariamente com outras energias renováveis e ajuda-se na certificação e qualidade dos intervenientes. Visitar o link: mod.pags/mem.detalle The Heat Under Your Feet é uma campanha europeia que visa a promoção do uso de bombas de calor geotérmicas e ultrapassar alguns desafios e barreiras que deixam por explorar o potencial desta tecnologia ou levam a um subdesenvolvimento da mesma em alguns países europeus. Foi lançada como parte do projecto ReGeoCities, projeto financiado pela EU. Para seguir a campanha e os últimos desenvolvimentos no sector da energia geotérmica superficial: No passado dia 22 de junho foi publicada a Lei n.º 54/2015, que estabelece as bases do regime jurídico da revelação e do aproveitamento dos recursos geológicos existentes no território nacional, incluindo os localizados no espaço marítimo nacional. Esta Lei adota uma visão integrada e abrangente, incidindo não só sobre os recursos passíveis de prospeção e de exploração, mas também sobre outros recursos naturais com interesse geológico e mineiro, com vista à respetiva preservação ou à qualificação como recursos geológicos suscetíveis de revelação e aproveitamento. Como exemplo desta visão integrada e abrangente temos a definição de recursos geotérmicos: «os fluidos e as formações geológicas do subsolo, cuja temperatura é suscetível de aproveitamento económico». A Lei n.º 54/2015, de 22 de junho, ao estabelecer o novo regime jurídico a que fica sujeito o exercício das atividades de prospeção, pesquisa e exploração dos recursos geológicos, remeteu, no seu artigo 63.º, para legislação própria, a fixação da disciplina específica aplicável a cada tipo de recurso, pelo que não se aplica às atividades subsequentes à exploração dos recursos geotérmicos, designadamente de geotermia. Nestes termos, e no que concerne aos recursos geotérmicos, serão desenvolvidos em diploma próprio os princípios orientadores do exercício das atividades referidas, com vista ao seu racional aproveitamento técnicoeconómico e valorização, de acordo com o conhecimento técnico-científico, já hoje adquirido, e os interesses da economia nacional.

5 p.5 CARTOGRAFIA GEOLÓGICA, HIDROGEOLÓGICA E GEOTÉRMICA COMO FERRAMENTAS DE APOIO AO DIMENSIONAMENTO DE PEQUENAS INSTALAÇÕES DE GEOTERMIA SUPERFICIAL Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) Elsa Cristina Ramalho (elsa.ramalho@lneg.pt), Rayco Marrero-Diaz (rayco.diaz@lneg.pt), Ruben Dias (ruben.dias@lneg.pt) Introdução O conhecimento geológico (Fig. 1) e hidrogeológico do terreno, de maior ou menor pormenor dependendo da escala do empreendimento, tem-se revelado fundamental para a correta instalação dos sistemas de geotermia superficial de muito baixa entalpia (Prof.<400 m e Temp.<30 C), que aproveitam o subsolo para realizar as transferências térmicas com recurso a bombas de calor geotérmicas (BCG). A partir dos primeiros m de profundidade, a temperatura do subsolo não depende das variações sazonais da temperatura do ar, tipo de solo, vegetação, etc., e sim do fluxo de calor do interior da Terra e das características geológicas, hidrogeológicas e geotérmicas do terreno, nomeadamente a sua condutividade térmica, capacidade térmica volumétrica e permeabilidade, da existência ou ausência de aquíferos superficiais e respetivas características hidráulicas (velocidade e sentido do fluxo) e físicoquímicas. Deste modo, quaisquer que sejam as circunstâncias e a complexidade geológica, é necessário ter o conhecimento da área em estudo, da litologia, das diferentes heterogeneidades que ocorrem na região, dos limites entre as formações geológicas, das possíveis fraturas (falhas e diaclases) que possam favorecer a transferência de calor por convecção, da presença de formações aquíferas e da profundidade do nível freático, etc., que controlam as características geotérmicas do subsolo. Apoio ao planeamento da instalação Para um planeamento e dimensionamento correto do projecto geotérmico é necessário, num primeiro passo, consultar toda a bibliografia geológica e hidrogeológica referente à área em estudo, bem como toda a informação apresentada nas Cartas Geológicas, nos relatórios e logs de sondagens, furos e poços. No Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) existe cartografia geológica e hidrogeológica oficial a várias escalas, designadamente ao 1/50 000, 1/ , 1/ , 1/ , 1/ , bem como levantamentos geológicos a escalas maiores, dependendo do objetivo do estudo. Após a síntese de todo este conhecimento, serão necessários estudos de geotecnia e hidrogeologia de detalhe para avaliar corretamente o potencial geotérmico da área em estudo. Fig. 1 Carta Geológica de Portugal simplificada. As formações geológicas têm condutividades térmicas características, que condicionam a variação da temperatura com a profundidade. Estudos de detalhe Em zonas geologicamente complexas ou nas instalações geotérmicas com potências relativamente elevadas (>30 kw) é necessário um conhecimento rigoroso das condições do terreno para a determinação da sua viabilidade. Este conhecimento é obtido com recurso à informação cartográfica disponível da área de estudo e à caracterização geológica, hidrogeológica e geotérmica do subsolo através de sondagens, ensaios laboratoriais, ensaios de bombagem e Testes de Resposta Térmica (TRT), entre outros. A Newsletter nº 3 da Plataforma Portuguesa da Geotermia Superficial (PPGS) publicou, a esse respeito, o trabalho A IMPORTÂNCIA DO TRT EM APLICAÇÕES GEOTÉRMICAS (Synege, by Geoplano Technic, 2015), onde descreve a importância dos mesmos para a determinação, com o máximo rigor, das propriedades do solo com vista à exploração dessas características em aplicações de climatização por BCG, ou da simples circulação de água por permutadores enterrados/submersos em permuta direta (geocooling).

6 p.6 Por outro lado, no dimensionamento de instalações de pequena potência (<30 kw), além do conhecimento das necessidades energéticas da infraestrutura a climatizar e das possíveis interferências com outras instalações, geralmente não são necessários estudos prévios muito complexos. Assumem-se, sem que implique um risco importante para a eficiência da instalação, características geológicas e geotérmicas padrão do subsolo com valores disponibilizados pelos fabricantes das BCG, a partir de projetos (por ex., index.html?lang=en#) ou ainda, como acaba por ser comum para este efeito, os valores mínimos, máximos e recomendados que constam da norma alemã VDI Fig. 2 Localização dos pontos utilizados na produção das Cartas Geotérmicas temáticas atualizadas, respectiva proveniência e sua distribuição geográfica nas unidades tectono-estratigráficas. Trabalho multidisciplinar e cumulativo Partindo das características geológicas e hidrogeológicas e utilizando simultaneamente valores obtidos in situ, laboratorialmente e inferidos a partir de tabelas com origens diversas, nomeadamente furos de água, mineiros e de pesquisa de petróleo e ainda análises de águas com circulação comprovadamente profunda (Fig. 2), é possível a obtenção de uma cobertura de conhecimento geotérmico do país que permita a elaboração de cartografia geotérmica temática (neste caso partindo de transferências de calor por condução), que sirva de suporte ao trabalho de dimensionamento de potências de instalação mais baixas. Sendo o LNEG a instituição nacional que tem como missão efectuar o levantamento geológico sistemático e a inventariação, caracterização e valorização dos recursos geológicos e hidrogeológicos do território nacional, na sua concretização inclui, além da cartografia geológica e hidrogeológica atrás referidas, a produção de cartas temáticas, nomeadamente as que de alguma forma estão ligadas à geotermia superficial e profunda (por ex., recursos geotérmicos, cartas radiométricas, cartografia geotérmica temática a partir de transferência de calor por condução através das formações geológicas, como é o caso do gradiente geotérmico (Fig. 3), densidade de fluxo de calor (Fig. 4) ou temperaturas a várias profundidades (Fig. 5), apenas para dar alguns exemplos. A obtenção de mapas temáticos gerais de geotermia a pequenas escalas, e de certo modo, a identificação, caracterização, inventariação e avaliação das zonas potencialmente mais interessantes, têm sido feitas com base na cartografia geológica de detalhe, bem como do conhecimento geológico e hidrogeológico do país, mas inclui ainda toda a informação ligada a anomalias geotérmicas de baixo comprimento de onda ligadas às ocorrências termais com transferência convectiva de calor através dos fluidos. É necessário ter ainda em consideração que a produção de qualquer cartografia é um trabalho cumulativo, cujo rigor e qualidade aumenta com a quantidade, qualidade e variedade dos dados passíveis de forncer informação. A aquisição de dados correspondentes às várias propriedades geotérmicas do subsolo é, pois, uma tarefa morosa que tem sido ao longo dos anos efetuada por várias entidades, sendo exemplos a Faculdade de Ciências da Fig. 3 Gradiente geotérmico estimado. Versão de 2015.

7 p.7 Fig. 4 Carta da densidade de fluxo de calor à superfície. Versão de Universidade de Lisboa, a Universidade de Évora, o ex- Gabinete para a Pesquisa e Exploração de Petróleo, o ex-instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, além do LNEG e das suas instituições antecessoras. Além disso, à medida que a geotermia superficial seja progressivamente implementada no país, a informação obtida dos TRT, principalmente por empresas privadas, também pode constituir um contributo precioso para a base de dados existente que serve de suporte ao trabalho de compilação de parâmetros de interesse em geotermia. Atlas Geotérmico Uma vez que esta informação de base foi compilada e processada, tem dado origem a várias cartas geotérmicas temáticas sucessivamente atualizadas. A informação geológica e geotérmica é atualmente disponibilizada online e a pedido, facilitando assim o estudo e dimensionamento de pequenas instalações geotérmicas e proporcionando, deste modo, as condições para o fomento desta energia renovável. No seguimento deste propósito, o LNEG, em colaboração ou utilizando informação das bases de dados online de algumas instituições de investigação (Universidade de Évora, ou Universidades de Lisboa, Beira Interior ou Coimbra por exemplo) e da administração pública central (Instituto do Ambiente e Direção Geral de Energia e Geologia) e local (Câmaras Municipais) e com o apoio da PPGS, tem em curso a criação de um Atlas Geotérmico Nacional, com informação relacionada com geotermia, nomeadamente informação cartográfica e de avaliação de recursos atualizada, devendo constituir um instrumento de apoio ao planeamento e gestão dos recursos geotérmicos de Portugal. Nunca é demais salientar que o conhecimento da infraestrutura geológica e hidrogeológica e dos recursos geotérmicos do território nacional é fundamental para o desenvolvimento energético e serve como suporte para o planeamento e ordenamento sustentável do país. Fig. 5 Carta da temperatura a 250 m de profundidade, representando transferências de calor por condução. Versão de 2015.

8 p.8 A GEOTERMIA NA SUSTENTABILIDADE DE CAMPI UNIVERSITÁRIOS: OS CASOS DE ESTUDO DOS EDIFÍCIOS DE COMUNICAÇÕES ÓTICAS, DA ESCOLA SUPERIOR AVEIRO NORTECOMUNICAÇÕES RÁDIO E ROBÓTICA E DO COMPLEXO DO DEPARTAMENTO DE COMU- NICAÇÃO E ARTE Claudino Cardoso, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro, ccardoso@ua.pt José Lapa, Departamento de Engenharia Civil, Universidade de Aveiro, jlapa@ua.pt Na sequência dos casos de estudo publicados na Newsletter nº3 da PPGS, onde Interdisciplinar de Ciências Físicas Aplicadas a Nanotecnologia e Oceanografia e da Escola Superior de Saúde, apresentam-se mais três casos de estudo do uso da geotermia na sustentabilidade de Campi Universitários. i) Edifício ECORR (Edifício de Comunicações Óticas, Comunicações Rádio e Robótica) - Caracterização: Conclusão da construção: Junho de 2013 Área bruta de construção: 5070 m 2 em 1 piso semienterrado Volume de construção: m 3 Área útil climatizada: 2620 m 2 Necessidades anuais: Aquecimento 135,8 kwh e Arrefecimento 227,5 kwh - Solução de climatização: Solução secundária de climatização: Lajes de betão pré-fabricadas alveolares termo ativadas e 2 UTAN, 1 bomba de calor reversível, dedicada à fonte geotérmica de sondas de profundidade, de 55,9 kw. Solução primária de fontes térmicas: Geotermia com 40 poços 120mm com sondas verticais em simples U com 97m de profundidade. - Geologia: Tal como o edifício CICFANO, a área enquadra-se na morfologia plana da ria de Aveiro, neste caso entre as cotas 3 e 6 m, caracterizando-se do ponto de vista geológico pela ocorrência de materiais Cretácicos, recobertos por depósitos Plio-plistocénicos. A estes materiais de base junta-se um horizonte superficial de terra vegetal e de materiais de aterro. No local do edifício, o substrato Cretácico designado por Arenitos e Argilas de Aveiro encontra-se muito perto da superfície e praticamente sem recobrimento de depósitos de praias antigas e terraços fluviais. A unidade Cretácica é constituída por argilas e siltes, por vezes com alguma areia a topo, passando em profundidade para argilitos e siltitos com impregnações carbonatadas e até com níveis calcários entre 4 a 6,5m de profundidade - Referências de funcionamento e comportamento: Entre o universo construído com soluções puramente geotérmicas, este edifício é o que melhor comportamento tem

9 tido, possivelmente por ter um funcionário devidamente formado para efetuar o controle do sistema e a sua manutenção constante. Neste caso, observa-se igualmente que o tratamento térmico do ar insuflado é correto e a primazia de solução é efetivamente o pavimento térreo termo ativado. A qualidade do ar é extraordinária. - Referências sociais: Relativamente aos utilizadores existe uma ótima percentagem de satisfação em relação ao conforto humano e á qualidade do ar. É sem dúvida neste momento, o edifício com comportamento mais bem conseguido dos edifícios do campus universitário. ii) Edifício ESAN (Escola Superior Aveiro Norte) Oliveira de Azeméis - Caracterização: Conclusão da construção: Setembro de 2013 Área bruta de construção: 4056 m2 em 1 piso sobre elevado Volume de construção: m3 Área útil climatizada: 3520 m2 - Solução de climatização: Solução secundária de climatização: Lajes de betão pré-fabricadas alveolares termo ativadas com duas bombas de calor geotérmicas reversíveis de 75 kw. - Solução primária de fonte térmicas: Geotermia com 50 poços 120mm com sondas verticais em simples U com 150m de profundidade. iii) Edifício CCCI (Complexo do Departamento de Comunicação e Arte) - Caracterização: Conclusão da construção: Em construção (estimado Julho de 2015) Área bruta de construção: 5490 m2 em 3 pisos e 1 cave parcial Volume de construção: m3 Área útil climatizada: 5060 m2 Necessidades anuais: Aquecimento 1082,0 kwh e Arrefecimento 955,0 kwh - Solução de climatização: Solução secundária de climatização: Lajes de betão pré-fabricadas alveolares termo ativadas com duas bombas de calor geotérmicas reversíveis. Solução primária de fonte térmicas: Geotermia com 53 poços 150mm com sondas p.9

10 p.10 - Geologia: Semelhante ao edifício CICFANO no entanto os referidos depósitos de praias antigas e terraços fluviais do período Plio-plistócénico, possuem cerca de 4,2m de espessura e são constituídos por areias de calibre variável, siltosas, com seixos e cascalho, com cor acastanhada ou bege, e com finos níveis de argilas siltosas, amareladas ou avermelhadas, por vezes com fragmentos calcários, intercalados, que assentam, sobre os Arenitos e Argilas de Aveiro do Cretácico Superior, já referidos. - Instrumentação: As estacas e dois furos com sondas geotérmicas, foram instrumentadas para recolha de dados térmicos, bem como serão efetuados furos junto dos referidos elementos, com distâncias variáveis e igualmente instrumentados para recolha de dados térmicos e freáticos. Resultados e projeções Do conjunto de edifícios sob estudo e análise de dados obtidos, pode desde já, relativamente à solução de TABS com fonte geotérmica, referir-se principalmente, o seguinte: a) As projeções indicavam períodos de retorno de investimento de soluções TABS com fonte geotérmica, na ordem dos 6 a 7 anos, no entanto e após a obtenção dos dados iniciais, mesmo tendo em consideração que os edifícios são novos, mas também que as soluções ainda não estão nalguns casos a funcionar corretamente, é perfeitamente possível com menor margem de erro que as referidas projeções, prever-se períodos de retorno do investimento menores que 5 anos. b) As reduções de emissões de CO2 e de despesa energética e de manutenção, são significativas, podendo apontarse reduções superiores a 70% relativamente às soluções tradicionais de climatização deste tipo de edifícios. c) Efetivo conforto térmico dos utilizadores e melhoria significativa da qualidade do ar d) Possibilidade de utilização simultânea de diferentes fontes térmicas que podem complementar-se e) Automatização viável da gestão da solução, apesar de inicialmente ser necessário um bom periodo de afinação, principalmente entre a ativação da estrutura e a insuflação com tratamento térmico do ar de renovação, bem como nos períodos de transição entre estações do ano e em casos de grandes amplitudes diárias. f) Redução de áreas de construção relativamente a outras soluções tradicionais Os dados que poderão ser obtidos da monitorização a efetuar no edifício em construção serão relevantes relativamente ao comportamento térmico e freático dos solos no campus universitário de Aveiro, supondo que poderão ser bastante relevantes para a compreensão da permutação térmica e da capacidade de dissipação energética e dos fatores que as podem afetar.

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