COMISSÃO DE POLÍTICA GERAL
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- Raquel Lobo
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1 COMISSÃO DE POLÍTICA GERAL VISITA À ILHA GRACIOSA - Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ilha Graciosa - Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa Angra do Heroísmo, 11 de Novembro de 2002
2 COMISSÃO DE POLÍTICA GERAL A Comissão de Política Geral visitou a Ilha Graciosa, nos dias 17 e 18 de Setembro de 2002, onde, no âmbito das suas competências, efectuou reuniões de trabalho, sucessivamente, com a Associação de Humanitária de Bombeiros Voluntários da Ilha Graciosa e com a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa. I ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA ILHA GRACIOSA A Comissão foi recebida pela Direcção da Associação, tendo o Presidente da Comissão apresentado as razões da visita fazendo referência às Conclusões e Recomendações constantes do Relatório relativo à anterior visita da Comissão à Associação em causa. O Presidente da Direcção apresentou a situação da associação, fazendo referência aos equipamentos recebidos recentemente, designadamente, um auto-tanque há cerca de dois anos, uma ambulância em Maio de 2002 e outra no início do corrente ano, um auto-sapador com vista a substituir um que se afundou com o navio Corvo e uma viatura automóvel, estando à aguardar o fornecimento de outra viatura automóvel para o transporte de pessoal e um pronto socorro médico conforme consta do Plano a Médio Prazo. Foram manifestadas dificuldades na aquisição de peças para reparações em viaturas antigas, constituindo uma reivindicação da associação a aquisição de equipamentos para pequenas reparações nas viaturas e instalações, sendo que os orçamentos para reparação de viaturas são normalmente enviados ao Serviço Regional de Protecção Civil que suporta o respectivo financiamento. No que concerne à Rede de Transmissões, foi afirmado que a mesma está a funcionar bem, o mesmo acontecendo com as bocas de incêndio que, apesar das longas distâncias, foram reparadas tendo pressão suficiente. 2
3 Relativamente à situação financeira da associação, foram realçadas as dificuldades inerentes às poucas receitas que se baseiam nos apoios do Serviço Regional da Protecção Civil e da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa que têm vindo a aumentar e nas quotizações dos associados - cerca de 6 euros por associado - que também têm aumentado por via das novas aderências estimuladas pelos benefícios dados por seguradoras com as quais foram celebrados protocolos. Em relação ao acordo com a SATA, a Direcção espera que até 2005 a situação esteja regularizada. No que se refere a pessoal, a associação tem 32 bombeiros do sexo masculino, estando a preparar uma camarata para o sexo feminino nos anexos em fase de construção. Em relação ao trabalho de ambulâncias, foi referido que a situação decorre normalmente, havendo casos episódicos de abuso por parte de utentes. O trabalho é feito por duas tripulações, sendo o trabalho da noite efectuado pelos bombeiros de serviço, o que se demonstra satisfatório para as necessidades do serviço. Foi, ainda, manifestada concordância com a existência de uma taxa para os Bombeiros a ser cobrada, por exemplo, com o recibo da água. No que respeita a incêndios foi afirmado que a respectiva média é meramente residual, havendo mais queimadas. Neste momento, realizam-se obras iniciadas no passado mês de Maio e orçadas em cerca de 55 mil contos, com vista á construção de edifícios anexos para garagens das viaturas da associação e ainda para arrecadação e novas camaratas, conforme foi observado pela Comissão. 3
4 II CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DA GRACIOSA A Comissão foi recebida pelo Presidente da Câmara Municipal, tendo o Presidente da Comissão citado as conclusões e Recomendações do Relatório correspondentes à anterior vista da Comissão. O Presidente da Câmara Municipal começou por referir que o Plano e Orçamento são rigorosos com vista a haver maiores taxas de execução. Ao nível dos projectos já concretizados pela actual Câmara Municipal foram mencionados o arrelvamento sintético do campo de futebol do Guadalupe e a piscina municipal, para além da remodelação da rede de águas da freguesia de São Mateus já iniciada e orçada em cerca de 160 mil contos, prevendo-se, ainda, a remodelação da rede de águas da freguesia da Luz no actual mandato autárquico. Estão ainda previstos os arrelvamentos sintéticos na Praia cujo projecto se encontra em fase de execução e a ser lançado a concurso ainda este ano e na Luz a concretizar nestes quatro anos. Ao nível do Turismo, o projecto de embelazamento e beneficiação da zona da Barra, no âmbito de uma candidatura ao programa PETER, encontra-se em fase de estudo, integrando um restaurante, uma zona de lazer, caminhos pedestres e uma protecção da baia para barcos de recreio. Constando estes projectos de lista em anexo. A autarquia dispõe, até 2006, de um plafond de ,81 euros para candidatar a fundos europeus. No que concerne aos pagamentos da administração regional no âmbito da cooperação financeira, foi referido que tais pagamentos nunca são feitos na totalidade em prazos á volta dos dois e os três meses. Foi realçada a boa capacidade de endividamento da autarquia que ronda os 50%, decorrente da boa situação financeira recebida do anterior elenco camarário, sendo o actual orçamento da Câmara Municipal de cerca de oitocentos mil contos. Foi referido que a Câmara Municipal solicitou à Secretaria Regional da Habitação e Equipamentos que todas as Estradas Regionais intervencionadas pela remodelação das redes de águas fossem repavimentadas pela autarquia através de 4
5 transferência financeira para o efeito, o que não foi aceite pela administração regional por alegada falta de verbas. O Presidente da Câmara Municipal solicitou a influência da Comissão no sentido de serem repavimentadas as Estradas Regionais Pedras Brancas-São Mateus, São Mateus-Carapacho e Trás dos Pomares. No que concerne à cooperação com outras entidades, foi evidenciado que a autarquia colabora com todas as mais de trinta associações existentes na ilha. Foi manifestada preocupação pelas carências do corpo técnico da autarquia que integra um chefe de divisão, uma arquitecta e um engenheiro avençado para apoio nas obras de águas, havendo muita falta de um engenheiro civil. O Plano de Emergência Municipal está aprovado nunca tendo sido posto em funcionamento por não ter havido necessidade. O Plano Director Municipal, em fase atrasada, está a merecer algum avanço por parte da equipa projectista. No que concerne ao sector da habitação, existe um protocolo com o Governo Regional e com o Instituto Nacional de Habitação para erradicação de dez préfabricados, existentes desde o sismo de 1980, e esperando-se seja concretizado no prazo de um ano. Em relação á utilização dos campos de futebol sintéticos, foi realçado que os cinco clubes com actividade têm escalões de formação o que torna intensivo o uso de tais estruturas cujo custo ronda os 90 a 100 mil contos por unidade. No que respeita ao saneamento básico apenas a Vila de Santa Cruz beneficia de tal utilidade estando toda a ilha coberta com abastecimento de água às populações. O Aterro Sanitário está a funcionar em pleno não havendo quaisquer problemas de segurança para o aeroporto, conforme atestam as mais diversas entidades. A falta de areia ocorre ciclicamente tendo sucedido antes do corrente ano em Relativamente à protecção da orla costeira, foi afirmado nada ter sido feito, sendo grave a situação na zona dos Fenais onde a estrada e algumas moradias estão ameaçadas, o mesmo acontecendo na zona do Carapacho onde as próprias termas estão afectadas. 5
6 A Câmara Municipal já se encontra a fazer recolha de vidro prevendo a recolha selectiva de lixo. Foi evidenciado que as infra-estruturas básicas do concelho estão concretizadas ou em vias de ser executadas. Finalmente, foi mencionado o projecto comum de várias ilhas para a utilização de dois barcos com capacidade para cerca de 100 passageiros cada. 6
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