Processamento Sísmico:
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- Betty Henriques de Lacerda
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1 Processamento Sísmico: Até aqui vimos que um pulso sísmico artificial atravessa as camadas e parte de sua energia é refletida em cada superfície de contraste de impedância acústica. A fração da amplitude inicial refletida em cada superfície é função da magnitude desse contraste (coeficiente de reflexão). O tempo de chegada de cada sinal em cada receptor é função da profundidade do refletor. A amplitude e a fase são funções do coeficiente de reflexão de cada superfície que pode ser reconhecidas dentro de uma determinada faixa de resolução (que é função da frequência e do ruído). Mas como esse sinal complexo recebido pelos geofones ou hidrofones é transformado em uma seção sísmica? Isso é realizado por uma série de procedimentos computacionais desenvolvidos a partir de dados digitais, denominados processamento de dados sísmicos.
2 Inicialmente, vamos discutir as trajetórias das ondas em sub-superfície, que resultam na aparência de um registro de tiro (informação recebida pelo conjunto de receptores em resposta a cada emissão). podemos distinguir três trajetórias principais de uma onda emitida: - A onda direta - As ondas refratadas - As ondas refletidas
3 Trajetória da onda direta O Raio aproxima-se de uma reta. O aumento linear do offset causa um aumento praticamente linear do tempo de ida e volta da onda.
4 Trajetória da onda refratada O Raio percorre um trecho paralelo ao refletor. O aumento linear do offset causa um aumento praticamente linear do tempo de ida e volta da onda.
5 Trajetória da onda refletida O Raio percorre trajetórias em ângulos mais abertos em função do aumento do offset O aumento linear do offset causa um aumento progressivamente menor no tempo de ida e volta da onda.
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9 Registro de tiro
10 Processamento A primeira etapa do processamento convencional é o reagrupamento das famílias de tiro em famílias CDP. Famílias CDP: A aquisição dos dados é realizada através de um arranjo de receptores, normalmente alinhados, e que se deslocam paralelamente a este alinhamento, com o deslocamento e a repetição da emissão do pulso, uma mesmo ponto reflete o pulso várias vezes, e é recebido por receptores a diferentes distâncias da fonte (offset). O conjunto de informções derivadas de um mesmo ponto por diferentes refletores é chamado família CDP (ou CMP).
11 Famílias CDP.
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13 A segunda etapa é desfazer o efeito hipérbole do afastamento (NMO).
14 Correção NMO Após o agrupamento das famílias, realiza-se a correção NMO que calcula, para cada sinal, a resposta correspondente a uma onda perpendicular ao refletor, ou seja, cuja trajetória de ida e volta coincidem.
15 Empilhamento A soma de todos os sinais de uma família CDP filtro de ruído incoerente, realce do sinal. Gera a seção sísmica bruta Representação gráfica da variação de amplitude do sinal na escala vertical, que na verdade é medida em velocidade de ida e volta, ou velocidade dupla. A transformação da velocidade dupla em profundidade exige conhecimento ou estimativa das velocidades de cada trecho. Essa é a essência do que representa uma seção sísmica, cada pico para a direita, realçado em preto, é uma reflexão positiva com amplitude proporcional à aplitude lida. Porém antes do empilhamento normalmente são realizadas algumas correções e análises necessárias.
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17 Análise de velocidades A correção NMO depende do conhecimento da velocidade de cada trecho entre refletores. Isso pode ser realizado através de medições de propriedades acústicas em poços na área ou através da estimativa das velocidades realizada por análises gráficas. Correção estática Corrige topografia em levantamentos terrestres, evitando distorções (exemplo de levantamento em vale resultando em falso anticlinal).
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19 Recuperação de amplitude Como vimos no primeiro capítulo, a propagação de uma onda esférica implica na perda da amplitude em função do quadrado da distância percorrida, de forma a manter a intensidade total. Além disso, atrito interno e particularidades de resposta à deformação elástica dos meios reais atenuam a intensidade do pulso. Esses fatores, somados à partição da energia a cada reflexão, implicam em amplitudes de resposta progressivamente menores para refletores mais profundos. Esse inconveniente é compensado por uma correção que visa manter as proporções entre coeficientes de reflexão e amplitudes na seção sísmica,, independentemente da profundidade do refletor.
20 Filtragem multicanal Trasformações para o domínio da freqüência e filtragem de freqüências com maior ruído (exemplo de múltiplas e freqüências baixas de ground roll)
21 Deconvolução Cálculo da resposta que seria obtida caso o pulso fosse ideal, simétrico e com a maior parte da energia concentrada em um só pico. Com o conhecimento do pulso real (medido ou estimado) e do sinal resultante da passagem deste pulso por uma série de reflexão, pode- e calcular qual seria o sinal resultante da passagem de um pulso ideal nesta mesma série. Aumento da resolução. Atenuação de múltiplos.
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23 Migração Por fim, após a obtenção da seção sísmica bruta, há uma última correção a ser feita. Como os CDPs são os pontos em que a onda vai e volta na mesma trajetória, camadas inclinadas são posicionadas, na seção bruta, dislocadas em realção a sua posição real. Pode-se fazer empilhamento e profundidade. migração migração pré em
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26 Bibliografia: Para uma introdução aos conceitos: Martins, J. L Noções do método sísmico e de resolução sísmica. In: Estratigrafia de Seqüências, métodos e aplicações (Severiano Ribeiro, H. J. P., org.). Editora Unisinos, Porto Alegre. P: Sharma P.V Geophysical Methods in Geology, 2a ed. 442 p.
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