INFORMATIVO. Setor Florestal. nº 203 NOVEMBRO. Mercado Interno de São Paulo apresenta estabilidade nos preços de madeiras em novembro de 2018

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1 INFORMATIVO Setor Florestal nº 203 NOVEMBRO 2018 Mercado Interno de São Paulo apresenta estabilidade nos preços de madeiras em novembro de 2018

2 INTRODUÇÃO O mês de novembro de 2018, comparado com o mês anterior, não apresentou qualquer variação nos preços de madeiras in natura e semiprocessadas no Estado de São Paulo. Ao longo dos primeiros dez meses de 2018, poucas alterações de preços de madeiras in natura e semi-processadas ocorreram nas regiões de Campinas, Bauru, Itapeva, Sorocaba e Marília. No Pará, no mesmo mês de novembro de 2018, ocorreram variações apenas nos preços das toras. No mercado desses produtos (toras de árvores nativas), as principais variações foram no preço médio do metro cúbico da tora de Cumaru (apresentando aumento de 8,24%). O metro cúbico da tora de Angelim Vermelho e o metro cúbico da tora de Jatobá apresentaram, ambos, queda de 5,88% EXPEDIENTE ELABORAÇÃO Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA-ESALQ/USP) Economia Florestal SUPERVISÃO Prof. Dr. Carlos José Caetano Bacha PESQUISADOR COLABORADOR Arthur José Morales Escolano APOIO TÉCNICO Ana Louise Santos Barbosa Beatriz Senigali da Silva Caio Henrique Amparo Rosateli Caroline Ganéo Paulino dos Santos Rafael Camarinha Franco de Menezes no seu preço médio. E o preço do m3 da tora de Maçaranduba aumentou em 3,38%. O preço médio lista em dólar da tonelada de celulose de fibra curta tipo seca no mercado doméstico em dezembro foi o mesmo do mês anterior, novembro. No mesmo período, os preços em reais do papel offset em bobina também apresentaram estabilidade. O valor total em dólar das exportações brasileiras de produtos florestais apresentou aumento de 5,82% no mês de novembro de 2018 em comparação a outubro do mesmo ano. Esse aumento foi, principalmente, devido à variação positiva de 10,06% nas exportações de madeiras e painéis de madeiras. O valor das exportações de papel e celulose aumentou em 4,37% no período acima mencionado. CEPEA. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida ou transmitida sob nenhuma forma ou qualquer meio, sem permissão expressa por escrito. Retransmissão por fax, ou outros meios, os quais resultem na criação de uma cópia adicional é ilegal. CEPEA - CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA Avenida Pádua Dias, Piracicaba-SP Fones: (19) / Fax: (19) floresta@usp.br 2

3 OHymanea courbaril, conhecida como Jatobá ou pão-de-ló-de-mico - devido ao seu fruto doce que costuma ser consumido por micos - é uma árvore originária da Região Amazônica do país, mas também ocorrendo do Piauí até o norte do estado do Paraná. No cerrado existe outra espécie de árvore (a H. stigonocarpa) que também é conhecida como Jatobá. ESPÉCIE Hymanea courbaril (Jatobá) A árvore do jatobá tem, em média, trinta metros de altura, porém, ela pode chegar a até 95 metros na região Amazônica. Ela tem um tronco que pode ultrapassar um metro de diâmetro. Seu fruto é comestível e com alta concentração de ferro, podendo ser utilizada para se fazer farinha e para preparação de doces, que foram muito comuns no século XIX. 3

4 MERCADO INTERNO - ESTADO DE SÃO PAULO Produtos Florestais Fonte: CEPEA As coletas de preços de madeiras in natura e semiprocessadas para o Estado de São Paulo abrangem as regiões de Bauru, Campinas, Itapeva, Marília e Sorocaba. Para o mês de novembro de 2018, tratando da madeira in natura, apresentada na Tabela 1, nota-se que não ocorreu qualquer variação nos seus preços médios, em relação ao mês de outubro. O mesmo pode ser observado para os preços médios de madeiras serradas de essências nativas, apresentadas na Tabela 2 nenhuma variação nos preços é verificada, para os produtos analisados. Chama a atenção nos dados das Tabelas 1 e 2 a estabilização dos diferenciais de preços de madeiras, in natura e semi-processadas, para o mesmo tipo entre as regiões de São Paulo. As madeiras de pinus e eucalipto in natura, em especial a lenha, são mais baratas na região de Sorocaba e mais caras nas regiões de Bauru e Campinas. Por exemplo, o preço do estéreo da lenha de pinus em pé na fazenda na Região de Sorocaba chega a atingir um preço médio que é a metade do que ocorre em Campinas. Isto claramente reflete as diferentes condições de oferta e demanda nessas regiões. Também a região de Sorocaba, adicionada com a de Marília, são as que mais negociam a preços menores as madeiras de essências nativas. O preço médio da prancha de peroba em Sorocaba chega a ser a metade do valor vigente em Campinas. Gráfico 1 - Preço médio do estéreo para lenha em pé de eucalipto na região de SOROCABA 4

5 Gráfico 2 - Preço médio do metro cúbico da prancha de peroba da região de BAURU Fonte: CEPEA MERCADO INTERNO - ESTADO DO PARÁ Produtos Florestais No Estado do Pará, quando se compara o mês de novembro de 2018 com o seu antecessor (outubro), observa-se que não houve variação no preço das pranchas (Tabela 3). De forma oposta, observando-se os preços médios do metro cúbico das toras de essências nativas no Estado do Pará (Tabela 4), nota-se variação no preço médio de quase todos os tipos de produtos coletados, sendo o metro cúbico da tora de Ipê a exceção. Analisando a Tabela 4, que apresenta os preços médios do metro cúbico das toras de essências nativas no Estado do Pará, é possível observar a ocorrência de três principais variações nos preços médios dos produtos. O preço médio do metro cúbico da tora de Cumaru apresentou a maior variação, passando de R$ 425,00 por m3 em outubro para R$ 460,00 por m3 em novembro, representando aumento de 8,24%. A segunda maior variação ficou por conta de dois produtos: o metro cúbico da tora de Angelim Vermelho, cujo preço médio passou de R$ 340,00 por m3 em outubro para R$ 320,00 por m3 em novembro, e o metro cúbico da tora de Jatobá, cujos preços também passaram de R$ 340,00 por m3 em outubro para R$ 320,00 por m3 em novembro. As variações para ambos os produtos correspondem a queda de 5,88% no preço médio. E a terceira variação foi o aumento do preço médio da tora de Maçaranduba, alta de 3,38%, que passou de R$ 445,00/ m3 em outubro para R$ 460,00/m3 em novembro. 5

6 Gráfico 3 - Preço médio do metro cúbico da tora de Cumaruna na região de PARAGOMINAS Fonte: CEPEA Fonte: CEPEA Gráfico 4 - Preço médio do metro cúbico da prancha de Cumaru da região de PARAGOMINAS 6

7 MERCADO DOMÉSTICO Celulose e Papel No mês de dezembro de 2018, o preço em dólar no mercado doméstico da celulose de fibra curta tipo seca não apresentou variação, mantendo-se estável pelos últimos seis meses. Observa- -se na Tabela 5 que o preço lista médio (que não inclui desconto) da tonelada de celulose de fibra curta permaneceu constante em dezembro frente a sua cotação de novembro, no valor de US$ 1.050,00. Da mesma forma, o preço médio em reais da tonelada do papel offset em bobina não apresentou variação entre os meses de outubro e novembro, permanecendo em R$ 3.083,58. TABELA 1 - PREÇOS MÉDIOS NO ATACADO DA TONELADA DE CELULOSE E PAPEL EM SÃO PAULO NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2018 Fonte: CEPEA NOV/18 DEZ/18 MÊS CELULOSE DE FIBRA CURTA - SECA (PREÇO LISTA EM US$ POR TONELADA PAPEL OFFSET EM BOBINA (PREÇO COM DESCONTO EM R$ POR TONELADA mínimo 1050, ,21 médio 1050,00 A 3.083,58 máximo 1050, ,27 mínimo 1050, ,21 médio 1050, ,58 máximo 1050, ,27 Fonte: CEPEA. Nota: os preços acima incluem frete e impostos e são para pagamento a vista. Preço lista para a celulose e preço com desconto para os papéis. A = papel com gramatura igual ou superior a 70 g/m² - B = papel tipo A4. B 7

8 MERCADO EXTERNO Produtos Florestais No mês de novembro de 2018, as exportações brasileiras de produtos florestais (madeiras, papéis e celulose) totalizaram US$ 1.134,63 milhões. Em relação ao mês de outubro de 2018 (quando foram exportados US$ 1.072,23 milhões) ocorreu aumento de 5,82% nessas exportações. Esse aumento foi, principalmente, devido ao crescimento no valor exportado de madeiras e painéis de madeira. No mês de novembro de 2018 em relação ao mês anterior, esse valor apresentou aumento de 10,06%. Foram exportados US$ 273,66 milhões em papéis e celulose no mês de outubro de No mês de novembro de 2018, esse valor foi de US$ 301,2 milhões. Da mesma forma, o valor das exportações de celulose e papel apresentou aumento de 4,37% no mês de novembro de 2018 em relação ao mês anterior. Foram exportados US$ 798,57 milhões desses produtos em outubro de 2018, enquanto essa quantia foi de US$ 833,43 milhões no mês subsequente. Tabela 2 Exportações brasileiras de produtos florestais manufaturados de agosto de 2018 a outubro de 2018 ÍTEM PRODUTOS AGO/18 SET/18 OUT/18 VALOR DAS EXPORTAÇÕES (EM MILHÕES DE DÓLARES) PREÇO MÉDIO DO PRODUTO EMBARCADO (US$/T) QUANTIDADE EXPORTADA (EM MIL TONELADAS) Celulose e outras pastas 683,21 681,04 618,96 Papel 167,14 174,35 179,61 Madeiras compensadas ou contraplacadas 71,25 70,59 63,12 Madeiras laminadas 2,74 4,26 3,66 Madeiras serradas 67,42 73,82 71,03 Obras de marcenaria ou de carpintaria 69,28 28,55 25,89 Painéis de fibras de madeiras 33,96 24,54 31,62 Outras madeiras e manufaturas de madeiras 75,95 67,34 78,34 Celulose e outras pastas 565,47 546,43 551,01 Papel 977,60 973,31 966,94 Madeiras compensadas ou contraplacadas 656,07 632,50 604,03 Madeiras laminadas 447,67 445,18 476,22 Madeiras serradas 521,06 486,06 465,33 Obras de marcenaria ou de carpintaria 3763, , ,05 Painéis de fibras de madeiras 322,00 338,28 341,73 Outras madeiras e manufaturas de madeiras 275,69 352,24 289,20 Celulose e outras pastas 1208, , ,33 Papel 170,97 179,13 185,75 Madeiras compensadas ou contraplacadas 108,60 111,60 104,50 Madeiras laminadas 6,11 9,57 7,69 Madeiras serradas 129,39 151,88 152,65 Obras de marcenaria ou de carpintaria 18,41 17,39 15,80 Painéis de fibras de madeiras 105,48 72,54 92,52 Outras madeiras e manufaturas de madeiras 275,50 191,18 270,89 Fonte: SECEX/MDIC - Balança Comercial Brasileira 8

9 NOTÍCIAS - DESEMPENHO DO Cenário global de oferta e demanda de celulose deve continuar apertado, diz Fibria Em Mato Grosso, as exportações de celulose e papel e de óleos vegetais e demais produtos de sua extração já acumulam alta de 87% e 70%, respectivamente, de janeiro a outubro deste ano na relação ao mesmo período do ano passado, conforme a pesquisa do Radar Industrial da Fiems. Este grande crescimento ocasionou um aumento de 19% na receita de exportações de produtos industrializados do Estado de Mato Grosso nos primeiros dez meses deste ano em relação ao mesmo momento do ano passado, passando de US$ 2,48 bilhões para US$ 2,96 bilhões. Os grupos de principais destaques, de janeiro a outubro, Celulose e Papel e Óleos Vegetais, tiveram uma receita no período de US$ 1,54 bilhão e US$ 169,4 milhões, respectivamente. No acumulado do ano as exportações de industrializados estão em franco crescimento, tanto que o volume apresentou aumento de 2%. Embora o mês de outubro ter apresentado uma redução de 9% na comparação com o mesmo período de 2017, com a receita diminuindo de US$ 290,4 milhões para US$ 264,8 milhões. Esses dados foram divulgados pelo coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da FIEMS, Ezequiel Resende. O economista ainda explica que, de janeiro a outubro, além dos grupos Celulose e Papel e Óleos Vegetais, os principais destaques ficaram por conta dos grupos Complexo Frigorífico, Extrativo Mineral, Açúcar e Etanol e Couros e Peles, que, somados, representaram 97,8% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. E os principais compradores foram China, Itália, Holanda, Hong Kong, Argentina, Chile, Estados Unidos, Uruguai, Coreia do Sul e Emirados Árabes Unidos. Fonte: retirado do site Extra. Cenário global de oferta e demanda de celulose deve continuar apertado, diz Fibria. Disponível em:< Acesso em: 26 de Outubro de

10 NOTÍCIAS - POLÍTICA Plano Estadual de Florestas Plantadas é aprovado por deputados paranaenses No dia treze (13) de novembro passado, ocorreram duas seções plenárias realizadas pela Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Nelas, os deputados aprovaram, em terceiro turno, o projeto de lei que institui o Plano Nacional de Florestas Plantadas, que é vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAB). A proposta de no 122/2018 se refere a um plano para o setor que tem em vista a necessidade de ampliação da base florestal produtiva no estado. Nesse sentido, o projeto prevê que ficará atribuída à SEAB a atividade administrativa denominada Autoridade Florestas Plantadas, cuja função é o controle, monitoramento, fomento e apoio às atividades florestais, atuando em cooperação com os órgãos estaduais de pesquisa agropecuária e de extensão rural. O projeto tem como objetivo estimular a produção e o desenvolvimento florestal regional, apoiar as empresas e as indústrias de base florestal com atividades no Paraná e dar suporte aos municípios na estruturação dos seus sistemas de florestas plantadas. Além disso, a seção realizada na ALEP abordou temas quanto a fauna nativa, homenagens, calendário e turismo, interpretados pelos projetos de lei nos 174/2018, 452/2018, 420/2018, 108/2018, 463/2018 e 103/2017. Fonte: retirado de SITE FIBRIA. Fibria-investe-em-tecnologia-na-area-florestal. Disponível em: < -em-tecnologia-na-area-florestal/>. Acesso em: 24 de outubro de