PROGRAMAS OFICIAIS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA, CONCENTRAÇÃO DE RENDA E POBREZA NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE DAS MESORREGIÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

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1 PROGRAMAS OFICIAIS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA, CONCENTRAÇÃO DE RENDA E POBREZA NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE DAS MESORREGIÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS ektans@gmail.com Apresentação Oral-Desenvolvimento Rural, Territorial e regional LUIZ EDUARDO VASCONCELLOS ROCHA 1 ; GILNEI COSTA SANTOS 2 ; ROSA MARIA OLIVERA FONTES 3 ; PATRÍCIA DE MELO ABRITA BASTOS 4. 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI, SÃO JOÃO DEL REI - MG - BRASIL; 2,3,4.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV, VICOSA - MG - BRASIL. PROGRAMAS OFICIAIS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA, CONCENTRAÇÃO DE RENDA E POBREZA NA AGRICULTURA: UMA ANÁLISE DAS MESORREGIÕES DO ESTADO DE MINAS GERAIS Grupo de Pesquisa: 9 Desenvolvimento Rural, Territorial e regional. Resumo O presente trabalho tem como objetivo analisar as mudanças nos indicadores de concentração de renda e de pobreza na agricultura mineira na década 90, utilizando os microdados dos Censos de 1991 e O estudo foi desenvolvido sob dois prismas: o geográfico, ao desagregar os indicadores para as doze mesorregiões do Estado, de forma a compará-las, e o sócio-demográfico, ao decompor o poder explicativo dos grupos sóciodemográficos para os indicadores de desigualdade. Em Minas Gerais, a concentração da renda, na década de 90, medida pelo índice de Gini, permaneceu estável, e quando medida pelos índices de Theil apresentou elevação, principalmente, nas regiões de agricultura moderna, localizadas no cerrado mineiro e em seu entorno. Verificou-se, ainda, que a posição na ocupação é o principal fator que explica a desigualdade dos rendimentos do trabalho agrícola no estado e em todas as mesorregiões. Os indicadores de pobreza, nas três medidas FGT, apresentaram decréscimos significativos em todas as regiões do Estado. Esses decréscimos se devem, por um lado, ao aumento do dinamismo do setor agrícola, mas, por outro lado, à eliminação de ocupações no setor, principalmente, na calda inferior da distribuição. Quanto aos programas de transferência de renda, em 2000, estes promoveram o decréscimo da concentração da renda e dos indicadores de pobreza. Entretanto, as reduções foram pequenas e não ocorreram necessariamente nas localidades mais pobres do Estado de Minas Gerais. Em síntese, os resultados demonstram a dicotomia existente na agricultura mineira, onde se verificam duas vertentes: um setor agroindustrial poupador de mão-de-obra e por outro lado, a existência de uma agricultura familiar fortemente ligada à produção de subsistência e a elevados indicadores de pobreza. Palavras-chaves: Transferência de renda, pobreza, desigualdade, agricultura, Minas Gerais. Abstract 1

2 This paper analyzes the changes in the agricultural indicators of income concentration and poverty in Minas Gerais state during the 90 s using micro data from 1991 and 2000 Census. The study had two perspectives to look at the data: the geographical, which had disaggregated the agricultural data into the 12 state micro regions to compare them and the social-demographic, which decomposes the explanatory power of the social demographic variables (such level of education, age, occupation, sex, race and geographic regions) on the inequality indexes. In Minas Gerais state, in the 90 s, the income concentration measured by Gini index had been stable and measured by Theil indexes had increased, specially in the modern agricultural regions located at Cerrado Mineiro and surroundings. It was founded that the occupation position is the most important factor to explain the inequality in the agricultural earnings in the whole state and in the state micro regions. The FGT poverty indicators had significantly decreased in all state micro regions. This poverty decrease is due to two factors, the dynamic increase in the agricultural sector and the elimination of occupations in the agricultural sector, mainly occurred at the low tail of the distribution. With respect to the income transfer programs, they had promoted a decrease in the income concentration and poverty of the agricultural population from Minas Gerais in However these reductions were small and did not necessarily occurred at the locations where poverty is high. Finally, the results had showed a dichotomy in Minas Gerais agricultural sector where coexists a labor saving agribusiness sector, and on the other hand, there is a family agriculture strongly linked to subsistence production and high levels of poverty. Key-words: Income transfer, poverty, inequality, agriculture, Minas Gerais. 1. Introdução A partir de 1970, a agricultura brasileira intensificou a sua modernização. Segundo Graziano da Silva (1998), esse processo, conhecido como a passagem do complexo rural aos complexos agroindustriais, apresenta duas características fundamentais. A primeira refere-se à forma desigual do processo de transição em relação à região, ao tipo de cultura e, principalmente, à categoria de produtores, onde os menos favorecidos, que tiveram acesso limitado às facilidades de crédito e inovações tecnológicas, apresentaram graus menores de evolução. A segunda característica refere-se à exclusão de parte significativa de agricultores do processo de modernização, em boa parte induzido pela abertura da economia nacional à competição internacional e pela retirada do governo do estabelecimento e operacionalização das principais políticas públicas para o setor agrícola. A produção agrícola brasileira em decorrência do processo de modernização tem se deslocado para novas áreas de cultivo e de criação, denominadas de fronteiras agrícolas. Esse deslocamento só é viabilizado em função do desenvolvimento de tecnologias de produção adaptadas às condições edafoclimáticas dessas novas áreas, onde o cerrado é o principal representante, associado aos preços das terras inferior aos das regiões tradicionais e ao crescimento da infra-estrutura de apóio da produção. Nesse sentido, tem-se observado, até os dias atuais, o deslocamento da produção agropecuária das regiões Sudeste e Sul para o Centro-Oeste e o Norte, que hoje já são as principais regiões produtoras de grãos e gado de corte do País. Segundo o BDMG (2002), o deslocamento da produção ocorre também 2

3 em Minas Gerais, com as regiões do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste passando a liderar todas as cadeias produtivas relevantes do Estado. Assim, os avanços tecnológicos da agricultura têm propiciado uma nova organização do setor produtivo, tanto em relação à segmentação do mercado de trabalho, excluindo do processo produtivo os pequenos proprietários e parte da mão de obra não qualificada, quanto em relação à regionalização da produção, deslocando os investimentos agrícolas para novas áreas de fronteira. Esse modelo de desenvolvimento agrícola também é o implantado em Minas Gerais pelos governos estadual e federal, que privilegiou, em algumas regiões, o ganho de escala na produção e teve como alvo o mercado externo. Em outras regiões, no entanto, prevaleceu uma agricultura tradicional com características de produção familiar. Esta heterogeneidade da agricultura mineira, explicada também, em parte, pelo processo social e pelas características naturais do espaço físico regional, reforçou o desenvolvimento econômico desigual entre regiões, influenciando diretamente na concentração da renda e nos indicadores de pobreza do estado. Neste contexto, o primeiro objetivo deste trabalho é analisar as mudanças nos indicadores de concentração de renda e pobreza na agricultura mineira entre 1991 e 2000, período este que, além da modernização do setor, apresentou transformações estruturais importantes na economia brasileira, tais como: redução de incentivos do governo ao setor agrícola, abertura comercial, sobrevalorização do câmbio, queda dos preços agrícolas, fatores estes que impactaram negativamente sobre a agricultura no que se refere à geração de empregos. Ademais, considerando que montante considerável dos indivíduos ocupados em atividades agrícolas não foi capaz de se adequar às novas demandas do setor agrícola, o presente estudo verifica se os programas oficiais de transferência tiveram impactos sobre a população alvo, ou seja, sobre os mais pobres. Como programas oficiais de transferência considerou-se, de acordo com a metodologia adotada pelo IBGE (2002): (i) Renda Mínima, como sendo o rendimento pago por órgão governamental, com vistas a garantir uma renda mínima necessária à sobrevivência de uma família; (ii) Bolsa Escola, ou seja, o rendimento pago por órgão governamental com vistas a garantir a permanência na escola das crianças de uma família que estejam em idade de freqüência obrigatória à escola. (iii) Seguro Desemprego, que corresponde ao rendimento recebido por pessoa que foi dispensada de emprego com carteira de trabalho assinada e que atendeu aos requisitos necessários para receber este benefício; (iv) Outros, como por exemplo, rendimentos recebidos pelos deficientes físicos e mentais através de programas oficiais de auxílio. A fonte de dados utilizada foram os microdados dos Censos de 1991 e Cabe ressaltar que o trabalho será desenvolvido sob dois prismas básicos, quais sejam: o geográfico, ao desagregar os indicadores para as doze mesorregiões do Estado, e o sóciodemográfico, ao decompor o poder explicativo da desigualdade em grupos: por nível de educação, idade, posição na ocupação, sexo, cor ou raça e, finalmente, por região geográfica. O trabalho, além dessa introdução e das conclusões, é constituído de mais duas seções. A segunda descreve de forma sucinta a metodologia para o cálculo da distribuição da renda e da pobreza. Na terceira seção, são apresentados e discutidos os resultados. 2. Metodologia 2.1. Divisão Regional do Estado de Minas Gerais e Grupos Sócio-Demográficos 3

4 Os indicadores de desigualdade e pobreza serão estimados para as mesorregiões do estado e decompostos para os seguintes grupos sócio-demográficos: educação, idade, posição na ocupação, sexo e cor ou raça. A variável educação, de acordo com os anos de estudo, constará de sete categorias: superior, 12 anos ou mais de estudo; colegial, 9 a 11 anos de estudo; ginásio completo, 8 anos de estudo; ginásio incompleto, de 5 a 7 anos de estudo; primário completo, 4 anos de estudo; primário incompleto, de 1 a 3 anos; e sem instrução com menos de 1 ano de estudo. A decomposição segundo faixas etária resultará em nove grupos, quais sejam: as pessoas com 60 anos ou mais; as de 50 a 59 anos; as de 40 a 49 anos; as de 30 a 39 anos; as de 25 a 29 anos; as de 20 a 24 anos; as de 18 a 19 anos; as de 15 a 17 anos; e as de 10 a 16 anos. A divisão de acordo com a posição na ocupação abrange os seguintes grupos: empregador; conta-própria (incluindo parceiro ou meeiro conta-própria); empregado (incluindo parceiro ou meeiro empregado); trabalhador agrícola volante 4. Quanto ao sexo a divisão é dada por: Masculino e Feminino. A subdivisão de cor ou raça concerne a: Branca; Preta; Amarela; Parda e Indígena. E, por fim, a categoria região geográfica incorpora as doze mesorregiões do Estado, as quais são compostas de 66 microrregiões, que juntas agregam 853 municípios. As regiões, segundo a divisão territorial estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são as seguintes: Noroeste de Minas (1); Norte de Minas (2); Jequitinhonha (3); Vale do Mucuri (4); Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5); Central Mineira (6); Metropolitana de Belo Horizonte (7); Vale do Rio Doce (8); Oeste de Minas (9); Sul/Sudoeste de Minas (10); Campo das Vertentes (11) e Zona da Mata (12) Medidas de Desigualdade Índice de Gini Para analisar a distribuição da renda utilizou-se primeiramente o índice de Gini. Segundo Hoffmann (1998), uma de suas principais vantagens desse índice é a possibilidade de sua associação com a curva de Lorenz, que representa a desigualdade de uma distribuição, além de obedecer à condição de Pigou-Dalton Índices de Theil Estes índices são compostos por duas medidas, a de redundância, denominada de T de Theil e o L de Theil. A medida de redundância (T de Theil) é mais sensível às alterações na desigualdade dentro de grupos de rendimentos mais elevados, enquanto o L de Theil é mais sensível às alterações na desigualdade dentro dos grupos de renda mais baixa. Essa característica dos indicadores permite analisar a contribuição dos segmentos da 4 Essa subdivisão concerne ao ano de Em 2000, as categorias consideradas são: (1) Empregador; (2) Conta própria; (3) Empregado com carteira de trabalho assinada ou sem carteira de trabalho assinada. 1 Essa condição estabelece que o valor de uma medida de desigualdade ou de pobreza deve aumentar quando for feita uma transferência regressiva de renda, ou seja, transferência de renda de um indivíduo mais pobre para outro menos pobre, ocorrendo o inverso para transferências progressivas de renda. 4

5 sociedade no comportamento da distribuição da renda. Outra característica importante dos índices de Theil é a possibilidade de decompô-los aditivamente 2 em grupos ou variáveis sócio-demográficas, sendo possível, desta forma, estimar o poder explicativo de cada grupo para a desigualdade total (decomposição estática). Os índices de Theil podem ser representados como: x T = y log i i (1) i µ onde y i representa a fração da renda total apropriada pelo i-ésimo indivíduo, x i é a renda da i-ésima pessoa e µ representa a renda média da população. 1 x L = y log i i (2) n µ i onde n é definido como o total de pessoas na população. No presente trabalho, as variáveis utilizadas para a decomposição estática são a educação, a idade, a posição na ocupação, o sexo, a cor ou raça e, finalmente, a região geográfica. A incorporação destas variáveis na análise permitirá inferir a respeito da desigualdade na agricultura de Minas Gerais em uma perspectiva sócio-demográfica e também espacial, ao desagregar os indicadores para as doze mesorregiões. Segue abaixo a decomposição da redundância e do L de Theil: (3) R = α β ln α + α β R g g g g g g g g onde: α g é a razão entre a renda média do grupo g e a renda média global; βg é a proporção da população ocupada no grupo g; e R g é a Redundância do grupo g. Para o L de Theil temse: L (4) = β ln α + β L g g g g g g onde: α é a razão entre a renda média do grupo g e a renda média global; β g g é a proporção da população ocupada no grupo g; e é a Redundância do grupo g Medidas de Pobreza Índices FGT R g 2 Ou seja, decompor os índices em componentes que traduzem a desigualdade entre e intra-grupos. 5

6 Um marco no desenvolvimento das medidas de pobreza é o trabalho de Foster, Greer e Thorbecke (1984), com a criação dos índices FGT. Os índices FGT podem ser calculados utilizando-se o grau de aversão à pobreza igual a 0, 1 e 2, e pode ser calculado através da seguinte fórmula genérica: FGT α 1 q z p y i = n i= 1 z p α (5) em que n é o número de indivíduos na população; q é o número de indivíduos abaixo das linhas de pobreza (z p ); y i é a renda do indivíduo i e, por fim, α é o grau de aversão à pobreza. Se α for igual a zero, o índice passa a representar apenas a extensão da pobreza, não captando a intensidade. No caso de α igual a 1, o índice passa a incorporar a intensidade da pobreza à medida de extensão FGT 0. O índice FGT 1 não é capaz de considerar os efeitos na mudança da distribuição da renda entre os pobres. Para resolver esse problema, basta assumir α igual a 2, ou seja, atribuir mais peso para indivíduos com menor renda. Uma propriedade importante dos índices FGT α é a possibilidade de decompô-los. No presente trabalho, os índices de pobreza calculados para a população ocupada no setor agrícola de Minas Gerais serão decompostos para as doze mesorregiões do estado Deflator da Renda e Fonte de Dados Para comparação de valores monetários de diferentes períodos, utilizou-se como deflator o Índice Nacional de Preços ao Consumidor INPC, adotado pelo IBGE nas divulgações da síntese de indicadores da PNAD. Com base nesse índice, foi calculado o número de salários mínimos correntes necessários para obter um valor real, para todos os períodos analisados, equivalente ao maior salário mínimo de agosto de 1980, conforme metodologia desenvolvida por Hoffmann (1992) e adotada por Rocha et. ali (2005) e Bastos et alli (2005). Como fonte de dados, utilizou-se os microdados dos Censos Demográficos de 1991 e 2000, publicados pelo IBGE, os quais apresentam algumas restrições referentes às informações sobre rendimentos, de forma semelhante às PNAD s. Essas limitações são amplamente discutidas em Hoffmann (1998), Corrêa (1998) e em Rocha et. ali (2005). Algumas adaptações metodológicas foram necessárias para compatibilizar os resultados inter-censos, conforme propostas de Graziano e Del Grossi (1997) Análise Empírica 3.1. População Agrícola 5 Para maiores detalhes, consultar também Censo demográfico 1991 e 2000 Documentação dos Microdados da Amostra. 6

7 As pessoas com ocupação principal na agricultura mineira podem ser divididas em dois grupos: com rendimento positivo, que inclui as que obtiveram alguma remuneração financeira, e com declaração de rendimento, que acrescenta ao primeiro grupo as pessoas com declaração de rendimento que não receberam contrapartida financeira. Essas pessoas referem-se, em geral, aos membros das famílias de pequenos proprietários, arrendatários e parceiros. Os dados da Tabela 1 demonstram que, entre 1991 e 2000, ocorreram profundas modificações na estrutura da população agrícola de Minas Gerais, principalmente para o grupo com rendimentos positivos. A população com declaração de rendimentos, entre 1991 e 2000, passou de mil para mil, apresentando redução de 11,26%. Já as pessoas com rendimento positivo, no mesmo período, reduziram em 20,8%, passando de mil, em 1991, para mil, em Tabela 1 - Pessoas ocupadas com atividade principal no setor agrícola de acordo com rendimento de todos os trabalhos em Minas Gerais e mesorregiões, 1991 e DECLARAÇÃO DE RENDA RENDIMENTO POSITIVO % Sem Rendimento MESORREGIÕES Noroeste de Minas ,51 12,17 Norte de Minas ,37 33,94 Jequitinhonha ,95 35,81 Vale do Mucuri ,80 25,93 Triângulo/Alto Paran ,15 5,47 Central Mineira ,51 7,08 Metropolitana ,01 18,81 Vale do Rio Doce ,76 22,78 Oeste de Minas ,35 7,10 Sul/Sudoeste ,48 8,00 Campo das Vertentes ,97 11,39 Zona da Mata ,58 19,97 MINAS GERAIS ,76 17,68 Fonte: Elaboração dos autores a partir dos microdados do censo Fonte: Elaboração dos autores a partir dos microdados dos Censo Para todas as mesorregiões, observou-se um decréscimo da população ocupada na agricultura e um aumento da participação das pessoas sem remuneração na população total. Esse processo foi mais intenso nas mesorregiões onde a agricultura assume características de produção familiar, tais como Norte de Minas (2), Jequitinhonha (3), Vale do Mucuri (4), Vale do Rio Doce (8) e Zona da Mata (12). O Jequitinhonha (3), por exemplo, apresentou elevação de 25,86 p.p. no montante de pessoas sem remuneração financeira, passando de 9,95%, em 1991, para 35,81% em Esta elevação é explicada pela redução de ocupações agrícolas com rendimento positivo, intensificando as relações agrícolas de subsistência na região. Em contrapartida, nas mesorregiões onde prevalece uma agricultura moderna, como Noroeste de Minas (1), Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5), Central Mineira (6), e na região Metropolitana de Belo Horizonte (7), observou-se também um aumento do percentual de pessoas sem rendimento, entretanto em níveis menores que as demais regiões do estado. Deve-se destacar as magnitudes do decréscimo das ocupações com rendimento positivo na agricultura mineira. No Norte de Minas (2), a redução chegou a 42%; 7

8 Metropolitana de Belo Horizonte (7), 31%; Jequitinhonha (3) e Central Mineira (6), 30%; Vale do Mucuri (4), 28% de redução; e Noroeste de Minas (1), 25% Distribuição de Renda na Agricultura de Minas Gerais Nesta seção serão analisadas as características da distribuição de renda das pessoas ocupadas com rendimento positivo na agricultura de Minas Gerais, utilizando para tanto o índice de Gini e os índices de Theil (T e L), além dos respectivos rendimentos médio e mediano, desagregados para cada mesorregião Rendimentos Agrícolas, Médio e Mediano Analisando a Tabela 2, verifica-se que, na década de 90, os rendimentos médio e mediano das pessoas com rendimento positivo na agricultura mineira apresentaram aumentos consideráveis. A renda média, que era de 1 salário mínimo em 1991, em valores equivalentes ao maior salário mínimo de 1980, aumentou para 1,83, em 2000, com crescimento de 83%. A renda mediana cresceu em 72%. Em todas as mesorregiões verificou-se aumento dos rendimentos. As maiores elevações, como era de se esperar, ocorreram nas regiões mais dinâmicas do estado, onde observa-se uma agricultura moderna. Entretanto, esse ganho de renda foi acompanhado de concentração, aumentando a disparidade da renda inter-regional. Para se ter uma idéia da disparidade dos rendimentos, o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5), principal mesorregião do estado em termos de dinamismo e modernidade na agropecuária, em 1991, apresentou rendimento médio 2,4 vezes superior ao da região do Jequitinhonha (3), marcada por elevados indicadores de pobreza. Essa relação, em 2000, eleva-se para 3,2 vezes. Na década de 90, as mesorregiões Noroeste de Minas (1) e Central Mineira (6), que juntas têm 6,19% da população ocupada em atividades agrícolas no estado, obtiveram crescimento da renda média, respectivamente, em 185,6% e 123%. No outro extremo, Jequitinhonha (3) e Norte de Minas (2), regiões voltadas para a agricultura familiar de subsistência e que, juntas, detêm 18% da população agrícola do estado, apresentaram aumentos de renda média, respectivamente, de 38% e 50,6%. Tabela 2 - Rendimento médio e mediano no setor agrícola de Minas Gerais, 1991 e CO M RENDIMENTO PO SIT IVO* RENDA MÉDIA RENDA MEDIANA MESORREG IÕES Noroeste de Minas 1,11 3,16 0,64 1,14 Norte de Minas 0,73 1,10 0,43 0,76 Jeq uitinho nha 0,69 0,95 0,41 0,66 Vale d o M ucuri 0,78 1,19 0,43 0,71 T riâng ulo/alto Paran. 1,68 3,01 0,79 1,52 C entral M ineira 1,07 2,38 0,56 1,11 M etro p o litana 1,10 1,66 0,47 0,76 Vale do Rio Doce 0,83 1,51 0,44 0,76 O este d e M inas 0,97 1,71 0,56 1,01 Sul/Sud o este 1,14 2,03 0,66 1,07 C am p o d as Vertentes 0,97 1,56 0,43 0,76 Zona da Mata 0,76 1,51 0,43 0,76 M INAS G ERAIS 1,00 1,83 0,53 0,91 Fonte: IBGE, Microdados do Censo (tabulação elaborada pelos autores). * Em valores equivalentes ao maior salário mínimo de ago

9 Fonte: Elaboração dos autores a partir dos microdados do Censo * Em valores equivalentes ao maior salário mínimo de Ago, Concentração de Renda das Pessoas Ocupadas na Agricultura de Minas Gerais Segundo os dados das Figuras 1(A) e 1(D), apesar da concentração de renda no estado, na década de 90, medida pelo índice de Gini, ter elevado em apenas 1,85%, observou-se, quando se desagrega os dados por mesorregiões, comportamentos divergentes e de grande amplitude. Em um extremo, Noroeste de Minas (1) houve elevação de 24,5% no índice de Gini, passando de 0,53, em 1991, para 0,66, em No outro extremo, a região Metropolitana de Belo Horizonte (7) apresentou decréscimo de 8,7%, passando de 0,55 para 0,52. Ao analisar a variação da desigualdade de renda agrícola no estado como um todo, a partir dos índices T e L de Theil, de acordo com as Figuras 1(B), 1(C) e 1(D), verificamse alterações significativas, ao contrário do índice de Gini, que permaneceu praticamente constante na década. O índice T passa de 0,86, em 1991, para 1,12, apresentando aumento de 30,97% na concentração da renda. O L passa de 0,53 para 0,61, mostrando expansão de 14,69%. A partir destes resultados, pode-se constatar que a elevação da desigualdade na agricultura do Estado ocorreu, principalmente, entre os mais ricos, na medida em que o índice T de Theil, mais sensível às variações na calda superior da distribuição, apresentou aumento superior ao L de Theil, mais sensível às variações na calda inferior. Ao analisar os dados da Figura 1(D), que demonstram a variação percentual da concentração de renda agrícola nas mesorregiões do estado entre os anos de 1991 a 2000, pode-se constatar um padrão de comportamento dos indicadores. Com exceção das regiões Jequitinhonha (3), Metropolitana (8) e Campo das Vertentes (11), que apresentaram queda na concentração de renda, todas as demais apresentaram aumento, sendo que, destas, as maiores elevações ocorreram nas regiões de agricultura moderna, onde se observa a produção em grande escala com utilização intensiva de capital, tais como Noroeste de Minas (1), Triângulo de Minas/ Alto Paranaíba (5), Central Mineira (6), Vale do Rio Doce (8) e Oeste de Minas (9) com taxas de crescimento do índice T de Theil de, respectivamente, 207%, 36%, 69%, 41% e 43%. Essas regiões estão localizadas no cerrado mineiro ou em seu entorno. As regiões Norte de Minas (2) e Vale do Mucuri (4), caracterizadas por uma agricultura de subsistência, apresentaram também elevações na concentração da renda, porém em níveis inferiores às demais regiões. Os índices de T e L de Theil elevaram-se, respectivamente, em 4% e 15% no Norte de Minas (2) e em 35% e 17% no Vale do Mucuri (4). Vale ressaltar que as variações da concentração de renda medidas pelos índices de Theil, com exceção do Norte de Minas (2), foram superiores, para todas as regiões, quando medidas pelo T de Theil, demonstrando que as variações da renda das pessoas com ocupação principal na agricultura mineira concentraram-se mais na calda superior da distribuição, ou seja, no grupo de pessoas com maior nível de renda. Esse comportamento pode ser explicado por dois motivos. O primeiro refere-se ao processo de modernização da agricultura, que promove significativas alterações da remuneração das pessoas 9

10 incorporadas a esse processo e que, por terem o maior nível de renda, estão situadas na calda superior da distribuição. E o segundo motivo, demonstrado no tópico anterior, é a exclusão de parcela significativa de pessoas da população com rendimento positivo no setor agrícola mineiro. Considerando que essas pessoas são as de menor rendimento, a desigualdade na calda inferior tende a decrescer. 10

11 (A) FIGURA 1 (B) (C) (D) ÍNDICES DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA E VARIAÇÃO (%) MINAS GERAIS E MESORREGIÕES, 1991 E

12 Decomposição dos Índices de Theil segundo os Grupos Sócio- Demográficos Nesta seção do trabalho pretende-se, através da decomposição dos índices de Theil, estimar a influência da região geográfica e dos grupos sócio-demográficos na desigualdade de renda do setor agrícola mineiro, identificando a influência das características espaciais, ocupacionais, educacionais e discriminatórias. Na decomposição dos índices para o Estado de Minas Gerais, mostrada na Tabela 3, a variável que detém maior impacto individual sobre a desigualdade de renda do setor agrícola mineiro é a posição na ocupação, demonstrando a importância das relações de trabalho e de classes para a composição da renda. O índice T de Theil passa de 34,54% em 1991, para 35,05%, em O L de Theil apresenta maior influência em ambos os anos, 39,40% em 1991 e 39,32% em 2000, evidenciando que a posição na ocupação afeta principalmente as rendas mais baixas. A segunda variável com maior influência sobre os índices de desigualdade de renda do setor agrícola mineiro é a educação. Considerando esta como uma boa proxy para descrever a capacitação do indivíduo e, por conseqüência, a sua produtividade, conforme a concepção teórica do capital humano, de acordo com Langoni apud Corrêa (1998), fica explícita sua influência positiva na geração de renda. Ressalta-se que no Brasil e, principalmente, no setor agrícola, a educação guarda forte correlação com o rendimento familiar, ou seja, famílias com rendas mais elevadas tendem a atingir maior grau de escolaridade. Mas, de acordo com Ramos (1993), a educação não deixa de ser um fator importante para explicar os níveis de salários individuais, onde maior escolaridade corresponde a maiores salários. Um fato interessante ocorre com o indicador educação, ao contrário dos demais: a educação perde considerável importância na determinação da concentração de renda entre 1991 e No primeiro período, a redundância e o L de Theil situam-se, respectivamente, em torno de 23,73% e 26,32%, enquanto no fim do período eles reduzem, respectivamente, para 17,07% e 21,72%. Esse comportamento pode estar relacionado também, no período, com a exclusão do setor agrícola das pessoas com o menor nível de renda, como demonstrado no tópico anterior. Se existe uma correspondência entre renda e educação, é de se esperar que as pessoas com o menor nível educacional é que foram excluídas do setor, decrescendo a importância desta variável na explicação da distribuição da renda. A variável idade, que é uma proxy para a experiência das pessoas, influenciou também a concentração de renda agrícola do estado. O L de Theil, nos dois períodos, possui valores acima de 10%. A variável cor ou raça, que procura identificar fatores discriminatórios na concentração da renda, é, entre os grupos de análise, o quarto em importância na decomposição dos índices, superando as relações geográficas e as questões de gênero. O destaque para essa variável é o seu aumento, entre 1991 e 2000, atingindo 13,25% no fim do período para o L de Theil. A variável geográfica apresenta valores médios de 4,71% para o T de Theil e cerca de 8,04% para o L de Theil, ou seja, a região, para os mais pobres, é um fator de suma importância na determinação da concentração da renda. Por outro lado, a influência do gênero não ultrapassa os 4%. 12

13 Tabela 3 - Decomposição dos índices de Theil de Minas Gerais (Agrícola), G ru p o s d e An álise P o d er E xp licativo T -T h eil L -T h eil T -T h eil L -T h eil G eo g ráfico 4,59% 7,12% 4,84% 8,96% E d u cação 23,73% 26,32% 17,07% 21,72% Id ad e 6,23% 11,39% 6,74% 13,53% S exo 0,82% 1,53% 1,45% 3,15% O cu p ação 34,54% 39,40% 35,05% 39,32% C o r o u R aça 5,72% 9,45% 7,86% 13,25% F o n te: E laboração dos autores a partir dos m icrodados do censo dem ográfico Fonte: Elaboração dos autores a partir dos microdados do Censo Medidas de Pobreza FGT na Agricultura de Minas Gerais Nesta seção, utilizando os índices FGTs, primeiramente, são estimados os níveis de pobreza das pessoas com ocupação principal na agricultura mineira que obtenham alguma contrapartida financeira. Posteriormente, esses indicadores são desagregados para as mesorregiões do Estado, utilizando-se as decomposições estática e dinâmica. O índice FGT 0, como demonstrado na metodologia, mede a extensão da pobreza, o FGT 1 a intensidade e, finalmente, o FGT 2 a desigualdade entre os pobres. A linha de pobreza adotada é o maior salário mínimo de agosto de 1980, deflacionado pelo INPC restrito do IBGE Índices FGT para o Estado de Minas Gerais Segundo os dados da Figuras 2(A), 2(B), 2(C) e 2(D), a pobreza na agricultura mineira, na década de 90, teve decréscimo acentuado em todos os indicadores. O FGT 0, neste período, passou de 0,82 para 0,52, apresentando uma redução de 37% na proporção de pobres. A intensidade, FGT 1, decresceu de 0,41 para 0,20; e a desigualdade, FGT 2, cai de 0,25 para 0,10. A despeito da melhora de todos os indicadores, a dimensão da pobreza na agricultura de Minas Gerais, no ano 2000, ainda permanece elevada. Do total de de pessoas ocupadas na agricultura mineira com rendimento positivo, estão abaixo da linha de pobreza. Soma-se a isso o fato de que essas pessoas estão distantes, em média, da linha de pobreza, como demonstra a medida FGT 1, em aproximadamente 20% Índices FGT para as Mesorregiões Geográficas de Minas Gerais As Figuras 2(A), 2(B), 2(C) e 2(D) apresentam os indicadores de pobreza para as doze mesorregiões geográficas do estado. Destas, em 1991, nove têm a extensão de pobreza acima do patamar de 80%. As três que se encontram abaixo desse nível são exatamente as que detêm maior dinamismo no setor agrícola e elevado grau de modernização, sendo elas: o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5), com 63% dos ocupados em atividades agrícolas abaixo da linha de pobreza, estes distantes em média da linha em 25%, e o índice FGT 2, que mede a desigualdade entre pobres assume valor de 0,13; o 13

14 Noroeste de Minas (1) e o Sul Sudoeste de Minas (10), ambos com a extensão da pobreza em 77%, o hiato de pobreza, respectivamente, em 35% e 34% e a desigualdade entre pobres de 0,19 e 0,18. Analisando a Figura 2(D), observa-se, entre 1991 e 2000, queda da pobreza, medida pelos três indicadores FGT, para todas as mesorregiões do Estado. As maiores reduções ocorreram na desigualdade entre os pobres, FGT 2, seguida pela intensidade, FGT 1, e extensão da pobreza, FGT 0. Estas reduções foram maiores nas regiões do Cerrado Mineiro e seu entorno, onde prevalece uma agricultura moderna. A pobreza no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5) reduziu 58% no FGT 0, passando de 0,63 para 0,27; 67% no FGT 1, reduzindo de 0,25 para 0,08; e o FGT 2, reduzindo em 74%. As regiões Noroeste de Minas (1), Central Mineira (6) e Sul/Sudoeste de Minas (10) apresentaram reduções da pobreza próximas das verificadas no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5). As regiões Norte de Minas (2), Jequitinhonha (3) e Vale do Mucuri (4), caracterizadas pela agricultura familiar e pelas condições climáticas e físicas menos propícias para agricultura, também reduziram a pobreza, porém à taxas bem inferiores que as demais regiões do Estado. As reduções foram, respectivamente, de 19%, 16% e 13% para a extensão da pobreza, FGT 0 ; 33%, 27% e 30% para a intensidade, FGT 1 ; e 38%, 32% e 39 para a desigualdade entre os pobres, FGT 2. Estes resultados demonstram que a agricultura mineira, na década de 90, apesar de ainda apresentar altos indicadores de pobreza, promoveu aumento da renda média e importante redução da pobreza das pessoas com ocupação principal no setor. Essa redução se deve, de um lado, ao dinamismo do setor, que mesmo em uma conjuntura econômica desfavorável, obteve aumento de produtividade e ampliou a participação no mercado externo. Mas, por outro lado, parte dessa redução se deve à significativa eliminação de ocupações de menor remuneração e também de agricultores de subsistência, promovendo o movimento destes para outros setores da economia. A Tabela 5 apresenta a participação de cada mesorregião na pobreza do Estado. Em 1991, o Sul/Sudoeste de Minas (10) é a região que detém maior peso sobre a pobreza do estado. Neste ano ela explica 18,46% da extensão da pobreza, FGT 0 ; 16,11% da intensidade, FGT 1 ; e 14,67% da desigualdade entre pobres, FGT 2. Na verdade o elevado peso da região para explicar a pobreza do estado deve-se basicamente ao grande número de ocupações agrícolas, cerca de 20% dos ocupados no estado, ou seja, pessoas. A Zona da Mata (12) detém a segunda posição na explicação da pobreza no estado, porém esta, além de abranger considerável parcela da população em atividades agrícolas, cerca de 14%, ainda possui elevados indicadores de pobreza nas três medidas consideradas. No outro extremo, encontram-se o Campo das Vertentes (11), com participação de 3,02% na extensão da pobreza, FGT 0, e a região Noroeste de Minas (1), com participação de 2,87% na intensidade da pobreza FGT 1, e 2,66% na desigualdade entre pobres, FGT 2. As duas mesorregiões apresentam essa pequena participação devido à baixa representatividade, de ambas, no total de ocupados em atividades agrícolas em Minas Gerais. No ano 2000, a participação das regiões na pobreza do estado permanece basicamente as mesmas. 14

15 (A) FIGURA 2 (B) (C) (D) ÍNDICES ABSOLUTOS ÍNDICES ABSOLUTOS DE POBREZA DE FGT POBREZA E VARIAÇÃO, FGT E SEGUNDO VARIAÇÃO, AS SEGUNDO MESORREGIÕES AS MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS, DE MINAS GERAIS,

16 Tabela 5 - Parcela da Pobreza atribuída às pessoas ocupadas com rendimento positivo em atividades agrícolas de Minas Gerais, em percentuais, 1991 e MESORREGIÕES FGT(O) FGT(1) FGT(2) K* FGT(O) FGT(1) FGT(2) K* Noroeste de Minas 3,20 2,87 2,66 0,03 2,28 2,02 1,80 0,03 Norte de Minas 14,62 15,69 16,38 0,13 13,61 16,33 18,79 0,10 Jequitinhonha 7,20 7,97 8,54 0,07 8,35 10,84 12,94 0,06 Vale do Mucuri 3,58 3,92 4,14 0,03 4,43 5,26 5,79 0,03 Triângulo/Alto Paran. 8,59 6,79 5,86 0,11 6,24 5,20 4,35 0,12 Central Mineira 3,07 2,88 2,72 0,03 2,24 1,86 1,58 0,03 Metropolitana 7,68 7,85 7,91 0,08 7,39 7,11 6,92 0,07 Vale do Rio Doce 10,82 11,71 12,15 0,10 12,04 12,65 13,12 0,09 Oeste de Minas 5,11 4,89 4,71 0,05 5,52 4,74 4,09 0,06 Sul/Sudoeste 18,46 16,11 14,67 0,20 17,43 14,45 11,94 0,24 Campo das Vertentes 3,02 3,24 3,32 0,03 3,84 3,47 3,16 0,03 Zona da Mata 14,64 16,08 16,95 0,14 16,64 16,07 15,53 0,14 MINAS GERAIS , ,00 Fonte: Elaboração dos autores a partir dos microdados do censo * Fonte: Parcela Elaboração da população dos em autores cada Mesorregião. a partir dos microdados do Censo Parcela da população em cada mesorregião Impacto das Políticas Governamentais de Transferência de Renda nos Indicadores de Desigualdade e Pobreza Conforme verificado nas seções anteriores, existe elevada concentração de renda e pobreza nas mesorregiões de minas gerais. neste sentido, este tópico pretende analisar o impacto do conjunto de políticas governamentais que transferem renda para as pessoas com rendimento positivo no setor agrícola mineiro, avaliando assim a eficácia das mesmas na redução da concentração da renda e pobreza agrícola, e ademais, se verifica se os recursos são destinados às regiões que mais necessitam. a análise se concentrará no ano de Os programas oficiais de transferência considerados foram: (i) renda mínima, como sendo o rendimento pago por órgão governamental, com vistas a garantir uma renda mínima necessária à sobrevivência de uma família; (ii) bolsa escola, que corresponde ao rendimento pago por órgão governamental com vistas a garantir a permanência na escola das crianças de uma família que estejam em idade de freqüência obrigatória à escola; (iii) seguro desemprego, que é o rendimento recebido por pessoa que foi dispensada de emprego com carteira de trabalho assinada e que atendeu aos requisitos necessários para receber este benefício; (iv) outros, como por exemplo, rendimentos recebidos pelos deficientes físicos e mentais através de programas oficiais de auxílio. A Figura 3 (A) mostra o impacto das transferências de renda nos indicadores de pobreza FGTs para o Estado e suas mesorregiões. Para o Estado, observam-se decréscimos de 0,66% na desigualdade entre os pobres, FGT 2 ; de 0,50 na intensidade da pobreza, FGT 1 ; e de 0,32% na extensão da pobreza, FGT 0. Em todas as mesorregiões observa-se também decréscimo da pobreza, com quedas mais acentuadas nos índices FGT 2 e FGT 1. É interessante observar que os resultados mais significativos na redução da pobreza, com 16

17 exceção do Jequitinhonha (3), não ocorrem necessariamente nas regiões mais pobres. A região Metropolitana de Belo Horizonte (8), por exemplo, sem tradição agrícola, apresenta a segunda maior redução nos indicadores. Isso demonstra que a repartição dos recursos destinados às regiões do Estado não obedece à hierarquização da pobreza e pode depender da capacidade política das regiões em atrair esses recursos. A Figura 3 (B) mostra a variação na renda média dos primeiros dez percentis da população ocupada em atividades agrícolas, com rendimento positivo, ou seja, os 10% mais pobres do estado. Verifica-se que o maior montante de transferências do governo foi destinado ao oitavo percentil, com incremento de 0,47% na renda média, e nono percentil, com aumento de 0,30%, e não aos mais pobres, como o primeiro e segundo percentis. Um resultado desejável do programa de transferências de renda foi a variação nos indicadores para o Jequitinhonha (3), a região mais pobre do estado. A mesorregião obteve a maior redução na pobreza, após a incorporação das transferências do governo. A extensão da pobreza, FGT 0, reduz em 0,62%, passando de 0,740 para 0,736. O hiato de pobreza, FGT 1, reduz em 1,29%; e a desigualdade entre pobres, FGT 2, em cerca de 1,80%. O Jequitinhonha (3) superou também todas as outras regiões no decréscimo da concentração da renda, com o índice de Gini reduzindo-se em 1,13%. E, por fim, o rendimento médio teve acréscimo de 0,69%. No entanto, como citado anteriormente, outras regiões pobres como o Norte de Minas (2) e Vale do Mucuri (4) não obtiveram os mesmos resultados. O Norte de Minas (2), por exemplo, obteve uma das menores reduções na pobreza do estado, superando apenas o Vale do Mucuri (4) e o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5). No Norte Minas (2), os indicadores FGT 0, FGT 1 e FGT 2 reduziram em, respectivamente, 0,21%; 0,37%; e 0,47%. O Vale do Mucuri (4), apesar de ser uma das mesorregiões mais pobres de Minas Gerais, foi a que obteve os mais baixos níveis de transferências a partir de programas oficiais. Em síntese, o programa de transferência de renda, em 2000, promoveu o decréscimo da concentração da renda e dos indicadores de pobreza da população agrícola, com rendimento positivo, no Estado de Minas Gerais. Entretanto, as reduções foram pequenas e não ocorreram necessariamente nas localidades mais pobres do Estado. 17

18 (A) Figura 3 (B) (C) (D) (C) (D) Variação da Renda Média, Gini, Percentis e Índices de Pobreza FGT, em decorrência das transferências do Governo,

19 4. Conclusões A população ocupada no setor agrícola de Minas Gerais passou por profundas modificações que alteraram o perfil de seus rendimentos. Para todas as mesorregiões, observou-se decréscimo da população ocupada na agricultura e aumento da participação das pessoas sem remuneração na população total. Esse processo foi mais intenso nas mesorregiões onde a agricultura tem características de produção familiar, tais como o Norte de Minas (2), Jequitinhonha (3), Vale do Mucuri (4), Vale do Rio Doce (8) e Zona da Mata (12). No que concerne ao rendimento médio, as rendas mais elevadas encontram-se nas regiões com maior dinamismo no setor agrícola, localizadas no Cerrado Mineiro e em seu entorno. Entre 1991 e 2000, as duas regiões que apresentaram as maiores taxas de crescimento da renda foram Noroeste de Minas (1) e Central Mineira (6), com aumentos, respectivamente, de 185,6% e 123%. No outro extremo, encontram-se Jequitinhonha (3) e Norte de Minas (2), regiões marcadas pela falta de dinamismo na agricultura e por uma produção voltada à agricultura familiar de subsistência, apresentando variações, respectivamente, de 38% e 50,6% no rendimento médio. Em Minas Gerais a concentração da renda, medida pelo índice de Gini, permanece praticamente estável entre os anos de 1991 e Contudo, utilizando-se os indicadores de Theil, verifica-se que a elevação da desigualdade na agricultura do Estado ocorreu principalmente entre os mais ricos. Ao analisar a variação percentual da concentração de renda nas mesorregiões, pode-se constatar um padrão de comportamento dos indicadores. Com exceção das regiões Jequitinhonha (3), Metropolitana (8) e Campo das Vertentes (11), que apresentaram queda na concentração de renda, todas as demais apresentaram aumento, sendo que, as maiores elevações ocorreram nas regiões de agricultura moderna, onde se observa a produção em grande escala com utilização intensiva de capital, tais com Noroeste de Minas (1), Triângulo de Minas/ Alto Paranaíba (5), Central Mineira (6), Vale do Rio Doce (8) e Oeste de Minas (9). Essas regiões estão localizadas no Cerrado Mineiro ou em seu entorno. As regiões Norte de Minas (2) e Vale do Mucuri (4), caracterizadas por uma agricultura de subsistência, tiveram também elevações na concentração da renda, porém em níveis inferiores às demais regiões. Vale ressaltar que as variações da concentração de renda medidas pelos índices de Theil, com exceção apenas do Norte de Minas (2), foram superiores, para todas as regiões, quando medidas pelo T de Theil, demonstrando que as variações da renda concentraram-se mais na calda superior da distribuição, ou seja, no grupo de pessoas com maior nível de renda. Esse comportamento pode ser explicado por dois motivos. O primeiro refere-se à modernização da agricultura, que promove significativas alterações da remuneração das pessoas incorporadas a esse processo e que, por terem o maior nível de renda, estão situadas na calda superior da distribuição. E o segundo motivo é a exclusão de parcela significativa de pessoas da população no setor agrícola mineiro. Considerando que essas pessoas são as de menor rendimento, a desigualdade na calda inferior tende a decrescer. Outro ponto de destaque é a importância dos grupos ocupação e educação na explicação da concentração da renda, validando o conceito de classes e distribuição de riqueza na determinação dos rendimentos do trabalho no setor agrícola mineiro e a existência da concentração dos meios de produção entre poucos, sugerindo discriminação ocupacional. Quanto à análise da pobreza, esta merece destaque, uma vez que, o processo de modernização da agricultura atua não somente poupando mão de obra, mas também, excluindo 19

20 essoas do setor. Parte das reduções nos índices de pobreza é explicada justamente pela exclusão dos agricultores menos favorecidos pela modernização. Essa assertiva é ratificada explicitamente para o caso do Norte de Minas, onde, através da decomposição dinâmica foi possível verificar que, apesar da região enquadrar-se entre as que mais contribuíram para redução da pobreza na década, isso ocorreu, principalmente, pela exclusão dos indivíduos com os menores rendimentos, ou seja, os agricultores tradicionais e de agricultura familiar, dado que a alteração na população é o principal efeito para a redução da extensão da pobreza. As principais reduções na pobreza ocorreram nas regiões componentes do Cerrado Mineiro e seu entorno, onde prevalece a modernização agrícola. Ou seja, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (5), Noroeste de Minas (1), Central Mineira (6) e Sul/Sudoeste de Minas (10). Em contrapartida as menores reduções encontram-se exatamente nas mesorregiões: Norte de Minas (2), Jequitinhonha (3) e Vale do Mucuri (4), mostrando que níveis elevados de pobreza perduram nestas regiões. Constata-se que nas regiões de agricultura dinâmica os indicadores de pobreza são os mais baixos do Estado e apresentaram as maiores reduções na década. Isso se explica porque a modernização, por um lado, aumenta a produtividade dos fatores, mas por outro, elimina ocupações de menor remuneração, promovendo o movimento destes para outros setores. Adicionalmente, é interessante constatar que a eliminação de ocupações também ocorre em áreas onde prevalece a agricultura familiar, promovendo, de forma perversa, a queda da pobreza, permanecendo, no entanto em níveis mais elevados e consolidados. O programa de transferência de renda, em 2000, contribuiu para o decréscimo da concentração da renda e dos indicadores de pobreza da população agrícola, com rendimento positivo, no Estado de Minas Gerais. Entretanto, as reduções foram pequenas e não ocorreram necessariamente nas localidades mais pobres do Estado, demonstrando que a repartição dos recursos pode depender da capacidade política das regiões em atrair esses recursos. Em síntese, as análises do trabalho sugerem uma dicotomia existente na agricultura mineira, onde verificam-se duas vertentes: um setor agroindustrial poupador de mão-de-obra, onde indivíduos com menor capacidade de se adaptar ao desenvolvimento tecnológico e com limitado acesso ao crédito são excluídos do processo, prevalecendo a concentração de renda; e, por outro lado, a existência de uma agricultura familiar, fortemente ligada à produção de subsistência e a elevados indicadores de pobreza. Ademais, pode-se concluir que o processo de modernização da agricultura mineira foi ocorreu principalmente nas áreas de fronteira agrícola e no Cerrado Mineiro, o que pode ter contribuído para deixar um expressivo contingente de pessoas abaixo da linha de pobreza. 5. Referências Bibliográficas BASTOS, P. M.; SANTOS, G. C.; ROCHA, L.E.V. Transformação do Rural Mineiro: uma análise ocupacional, de 1981 a In: Congresso de Produção Científica da UFSJ - XVIII Semana de Divulgação de Pesquisa, CD ROM. BDMG. Minas Gerais do Século 21: transformando o desenvolvimento da agricultura, Disponível em: < CORRÊA, A. M. C. J. Distribuição de Renda e Pobreza na Agricultura Brasileira ( ). Piracicaba: Editora UNIMEP, p. 20

21 CONNING, J., OLINTO P., ARGUELLO A.T., Land ownership and household adjustment strategies during an economic downturn in rural El Salvador. BASIS, FOSTER, J. GREER, J. THORBECKE, E. A class of decomposable poverty measures. Econometrica, v. 52, n. 3, p , GRAZIANO DA SILVA, J. DEL GROSSI, M. E. A mudança do conceito de trabalho nas novas PNADs. Economia e Sociedade, Instituto de Economia, Campinas, n. 8, p , jun GRAZIANO DA SILVA, José. A nova dinâmica da agricultura brasileira. Campinas: UNICAMP. IE, HOFFMANN, R. Vinte anos de desigualdade e pobreza na agricultura brasileira. Revista de economia e Sociologia Rural, v. 30, n.2, p , abr/jun HOFFMANN, R. Distribuição de renda: medidas de desigualdade e pobreza. São Paulo: Edusp, IBGE. Censo demográfico de 1991, documentação dos microdados da amostra. Rio de Janeiro: IBGE, IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censos Agropecuários de 1970, 1975, 1980, 1985 e 1995/1996. Rio de Janeiro: IBGE, IBGE. Censo demográfico 2000, documentação dos microdados da amostra. Rio de Janeiro: IBGE, RAMOS, L. R. A. A distribuição de rendimentos no Brasil: 1976/85. Rio de Janeiro, IPEA (Série IPEA, 141), p. ROCHA, L.E.V; SANTOS, G. C, BASTOS, P.M.A. Desigualdade, pobreza e bem estar das pessoas ocupadas na agricultura de Minas Gerais, 1981 a In: ANAIS DO XLIII CONGRESSO BRASILIERO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, CD ROM. ROCHA, S. Do consumo observado à linha de pobreza. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 27 n. 2, p , ago. de

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