DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

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1 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO MÓDULO VI EXECUÇÃO TRABALHISTA Prof. Antero Arantes Martins AULAS 29 a 36

2 PARTE GERAL

3 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 29 INTRODUÇÃO e LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Prof. Antero Arantes Martins

4 INTRODUÇÃO

5 PRINCÍPIOS 1- Toda execução é real. 2- Toda execução tende apenas à satisfação do direito do credor; 3- Toda execução deve ser útil ao credor 4- Toda execução deve ser econômica 5- A execução deve ser específica 6- A execução deve ocorrer às expensas do devedor 7- A execução deve respeitar a dignidade humana do devedor 8- O credor tem a livre disponibilidade da execução

6 CONCEITO Liebman: a atividade desenvolvida pelos órgãos judiciários para dar atuação à sanção recebe o nome de execução; em especial, execução civil é aquela que tem por finalidade conseguir, por meio do processo, e sem o concurso da vontade do obrigado, o resultado prático que tendia a regra jurídica que não foi obedecida. A execução, portanto, é atividade jurisdicional que tem por finalidade o cumprimento de uma obrigação que, em princípio, não admite discussões.

7 DISCIPLINA LEGAL Capítulo V do Título X da CLT. (artigos 876 a 892). Art. 889 da CLT. Omissão: A primeira fonte subsidiária da execução trabalhista é Lei 6.830/80. Somente na omissão desta é que se pode invocar, supletivamente, o Código de Processo Civil. CLT LEF CPC

8 NATUREZA JURÍDICA A execução é uma ação autônoma ou uma fase processual? Ponto de partida: CLT: Fase. Atuação ex officio e; Dependia da existência de uma ação cognitiva anterior CPC: Ação autônoma Evolução Título judicial: Fase. Título extrajudicial: Ação.

9 TÍTULO EXECUTIVO

10 TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL Sentença condenatória, transitada em julgado ou não; Acordo homologado em dissídio individual Sentença arbitral EXTRAJUDICIAL Termo de Ajuste de Conduta (TAC) Termo de conciliação na CCP

11 TÍTULO EXECUTIVO Art. 876 da CLT: As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executada pela forma estabelecida neste Capítulo. Os demais títulos executivos extrajudiciais definidos em Lei (Art. 784 CPC/2015) são títulos executivos no Processo do Trabalho?

12 TÍTULO EXECUTIVO IN 39/2015: Art. 13. Por aplicação supletiva do art. 784, I (art. 15 do CPC), o cheque e a nota promissória emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza trabalhista também são títulos extrajudiciais para efeito de execução perante a Justiça do Trabalho, na forma do art. 876 e segs. da CLT. Antero: Acrescentaria ainda os incisos III e XII: III: o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

13 CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO EXECUTIVO CERTEZA: característica do título executivo que atribui a uma das partes o direito de forma inquestionável e induvidoso e, de igual sorte, atribui à parte contrária obrigação de mesma qualidade e equivalente. LIQUIDEZ: característica do título executivo que delimita a extensão do direito atribuído à parte e, por conseqüência, da obrigação atribuída à parte contrária. EXIBIBILIDADE: O cumprimento da obrigação não está sujeito a condição ou termo ou, estando, tal já ocorreu.

14 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

15 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Fase processual, de natureza cognitiva e declaratória, que tem por finalidade aperfeiçoar a sentença, eis que a torna líquida e, portanto, a transforma em título executivo. Não pertence à execução. A precede como forma de integrar à sentença a liquidez (um dos requisitos do título executivo) e sem título não há execução. O Juiz procede atividade jurisdicional cognitiva de interpretação do comando decisório e aplicação de acessórios. Encerra-se por decisão interlocutória, sem recorribilidade imediata.

16 FORMAS DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Onde estão os elementos necessários para apurar o quantum devido? Nos autos: Liquidação por simples cálculos. Fora dos autos: Liquidação por artigos. Necessidade de provar fato novo, qual seja, o valor do bem jurídico concedido ao exequente no título executivo. Admite todos os meios de prova. Nem nos autos e nem fora dos autos: Por arbitramento. Impossível apurar o valor exato. A execução será feita por um valor estimado, a ser apurado de acordo com critérios arbitrados pelo Juiz.

17 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA Redação anterior Art Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. X IDEM Nova redação X 2 o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. X 7 o A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será feita pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, conforme a Lei n o 8.177, de 1 o de março de (NR)

18 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 2o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. Altera poderá por deverá, o que é ótimo, pois instaura o contraditório na fase de liquidação de sentença (onde deve ser); Altera prazo sucessivo por prazo comum, o que faz todo o sentido em se tratando de PJe (não há mais necessidade de carga do processo); Altera o prazo de 10 para 08 dias, lembrando que o Juiz pode prorrogar e dilatar prazos como já vimos neste curso (Art. 775, 1º e 2º)

19 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA 7o A atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será feita pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, conforme a Lei no 8.177, de 1o de março de Este é um parágrafo natimorto. A Lei já foi declarada inconstitucional pelo E. STF e pelo C. TST. Não pode a Lei Ordinária (13.467/2017) determinar a aplicação de outra Lei Ordinária (8.177/91) já declarada inconstitucional. Nos termos do julgamento feito pelo C. TST, a TR é aplicável até março de 2015 (modulação dos efeitos da declaração) e a partir de então o índice de correção monetária é o IPCA-e.

20 LEGITIMIDADE ATIVA

21 Legitimidade ativa para a execução Redação anterior Art A execução poderá ser promovida por qualquer interessado, ou ex-officio pelo próprio Juiz ou Presidente ou Tribunal competente, nos termos do artigo anterior. Parágrafo único - Quando se tratar de decisão dos Tribunais Regionais, a execução poderá ser promovida pela Procuradoria da Justiça do Trabalho. Nova redação X Art A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. X REVOGADO

22 Atuação do Juiz na execução. Art A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. A execução é mera fase processual e não ação autônoma. Logo, pelo Princípio do Impulso Oficial, depois de provocado com a petição inicial, o Juiz deve promover o andamento do processo até o seu final. (CPC) Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. Este artigo foi alterado apenas para possibilitar a declaração de prescrição intercorrente. Lembrar que liquidação de sentença não faz parte da execução. COMENTÁRIO: Esse dispositivo somente será aplicado para a citação inicial da execução (ver art. 880 da CLT). Promovida a citação, o impulso oficial cuidará de determinar ao Juiz que promova os atos executivos até o final da ação. Ainda assim é um absurdo.

23 LEGITIMIDADE ATIVA Sucessão causa mortis. Regramento próprio. Sendo o empregado, a habilitação deve ser feita nos moldes da Lei 6.858/80, através dos dependentes perante a seguridade social, com rateio em partes iguais. Na ausência de dependentes habilitados junto ao INSS a sucessão de faz nos moldes da Lei Civil, sendo o espólio representado pelo inventariante (art. 75, VII do CPC/2015). Na ausência de inventariante é que se procede a habilitação incidental.

24 LEGITIMIDADE ATIVA É possível sucessão por ato inter vivos? Art. 51 (consolidação dos provimentos da CGJT) A cessão de crédito prevista em lei (Código Civil de 2002, artigo 286) não pode ser operacionalizada no âmbito da Justiça do Trabalho, visto que se trata de um negócio jurídico entre empregado e terceiro que não se coloca em quaisquer dos pólos da relação processual trabalhista.

25 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 30 LEGITIMIDADE PASSIVA NA EXECUÇÃO Prof. Antero Arantes Martins

26 LEGITIMIDADE PASSIVA Devedor. Assim definido no título executivo. Sucessor. Pessoa Física. Lei Civil. Pessoa jurídica. (Arts. 10 e 448, CLT). Tomador de serviços (Súmula 331, IV e V, TST) Empresa que pertence ao Grupo econômico (Art. 2º, 2º, CLT). Qual o alcance da revogação da Súmula 205 do C. TST? Qual o alcance da alteração do art. 2º, 2º da CLT.

27 GRUPO ECONÔMICO Redação anterior Nova redação Art. 2º, 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. X Art. 2º, 2 o Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. X 3 o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (NR)

28 GRUPO ECONÔMICO. Tradicionalmente eram elementos de caracterização do grupo econômico: Direção comum e/ou; Controle comum e/ou; Administração comum. Entretanto, o parágrafo 2º introduziu a expressão... ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico,.... Parece consagrar a teoria do grupo econômico por coordenação.

29 GRUPO ECONÔMICO. Substituiu a expressão para os efeitos da relação de emprego por pelas obrigações. No meu entender acabou com a chamada solidariedade ativa e fixou apenas a solidariedade passiva. Logo, o entendimento da Sumula 129 do C. TST não pode mais prevalecer. A prestação de serviços a várias empresas do grupo deve caracterizar vários contratos de trabalho. Por outro lado, NÃO será mais possível incluir a empresa do grupo econômico apenas na fase executiva da ação, já que a justificativa para tanto é que, embora cada qual com personalidade jurídica própria, todas constituiam um único empregador.

30 GRUPO ECONÔMICO. O parágrafo 3º traz algo que era óbvio, mas, não observado na praxe trabalhista, ou seja, MERA a existência de identidade de sócios não caracteriza o grupo econômico. Tal circunstância pode caracterizar grupo econômico se houver dominação em potência (controle) do(s) sócio(s) comum (ns).

31 Sucessão de empresas Redação anterior Nova redação INEXISTENTE X Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. INEXISTENTE X Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência.

32 Sucessão de empresas Acaba com antiga discussão doutrinária fixando a exclusiva responsabilidade do sucessor pelas dívidas trabalhistas decorrentes da sucessão de empresas (art. 10) e da sucessão de contratos (art. 448). Pela previsão a empresa sucedida passa a não ter qualquer responsabilidade, mesmo pelas dívidas contraídas ao tempo em que o trabalhador lhe prestou serviços. Cria assim, uma espécie de imunidade ou irresponsabilidade pelo descumprimento da Lei e/ou do contrato. Entretanto, o art. 942 do Código Civil estabelece que os bens do responsável pela ofensa respondem pela reparação, de sorte que a legislação trabalhista, ao imputar a responsabilidade ao sucessor, não pode excluir, como de fato não exclui, a responsabilidade do sucedido pelos danos que este causou. O parágrafo terceiro trata de fraude e, na fraude, todos são solidariamente responsáveis pela reparação, nos termos do mesmo artigo consolidado.

33 Sucessão de empresas Estabelece o art. 942 do Código Civil. Art Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação. Logo, o ofensor responde (primeira parte), assim como todos os partícipes da fraude (segunda parte). Portanto, a meu ver, o dispositivo não trouxe novidade.

34 LEGITIMIDADE PASSIVA. Outros exemplos. a) O tomador de serviços, solidariamente, no caso de falência da fornecedora de mão-de-obra, no contrato de trabalho temporário (art. 16, Lei 6.019/74); b) A empresa estrangeira, solidariamente, à empresa sediada no país para contratação de mão-de-obra; c) Os componentes do consórcio de trabalhadores rurais, solidariamente; d) O empreiteiro principal, subsidiariamente ao subempreiteiro (art. 455, CLT).

35 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 31 RESPONSABILIDADE DO SÓCIO Prof. Antero Arantes Martins

36 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Despersonalização x desconsideração da personalidade jurídica. Desconsideração. Fraude na utilização da pessoa jurídica. Fundamento inicial: Art. 889, CLT que remete ao art. 4º, V da LEF que remete ao Art. 135, III do CTN. Teoria maior x teoria menor

37 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Elemento fundamental que vem a ser a análise de risco. Nas relações civis e empresariais a dívida emerge do contrato. Partes iguais. Possibilidade de análise de risco. Nas relações tributárias, consumeristas, trabalhistas e nos créditos decorrentes de ato ilícito não é possível a realização de análise prévia do risco. Ex: Atropelamento. Relação de consumo: o consumidor é hipossuficiente e não faz análise prévia do risco, também na relação de trabalho o empregado é hipossuficiente e não faz tal análise.

38 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. Lei 8.078/90 (CDC): Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. Código Civil: Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

39 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Evoluiu o fundamento para a desconsideração da personalidade jurídica para configurar a responsabilidade do sócio pelas dívidas trabalhistas da sociedade, passando da legislação tributária para a legislação consumerista. Esta é a razão pela qual a existência da dívida trabalhista, que na maioria absoluta das vezes decorre de violação da lei, atrai a incidência e responsabilidade do sócio por sua reparação, sendo desnecessário perquirir se o sócio agiu diretamente para gerar a dívida (responsabilidade direta), ou elegeu aquele que, no exercício de direção da empresa, gerou a dívida (culpa in eligendo), ou ainda, se deixou de fiscalizar aquele que provocou a violação à lei (culpa in vigilando), posto que, como dito, não é necessário discutir a culpa do sócio.

40 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Redação anterior Nova redação Inexistente X Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 da Lei n o , de 16 de março de Código de Processo Civil. Inexistente X 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do 1º do art. 893 desta Consolidação; II na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III cabe agravo interno se proferida pelo relator, em incidente instaurado originariamente no tribunal Inexistente X 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 da Lei nº , de 16 de março de 2015 Código de Processo Civil.

41 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Reproduz a instrução normativa 39 do C. TST que já era aplicável na Justiça do Trabalho. Praticamente não há novidade. IN 39/TST: Art. 6 Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts. 133 a 137), assegurada a iniciativa também do juiz do trabalho na fase de execução (CLT, art. 878 Esta parte foi excluída pela Lei). 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I na fase de cognição, não cabe recurso de imediato, na forma do art. 893, 1º da CLT; II na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III cabe agravo interno se proferida pelo Relator, em incidente instaurado originariamente no tribunal (CPC, art. 932, inciso VI). 2º A instauração do incidente suspenderá o processo, sem prejuízo de concessão da tutela de urgência de natureza cautelar de que trata o art. 301 do CPC.

42 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO. Art O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei. 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica. Art O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas. 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica. 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do 2o. 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicos para desconsideração da personalidade jurídica.

43 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO. Art Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Art Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno. Art Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.

44 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO. Iniciativa: Da parte ou do MPT quando couber a este interveir no processo (Art. 133, CPC); Não cabe mais ao Juiz, ex officio, na execução (novo Art. 878, CLT), salvo se a parte estiver sem advogado. Pressupostos previstos em Lei: Art. 50 do CC x Art. 28 do CDC x Art. 135 do CTN. Admite desconsideração invertida Da pessoa física para pessoa jurídica. Cabe em qualquer fase (Conhecimento, liquidação, cumprimento de sentença e ação de execução por título extrajudicial).

45 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO. Se requerida na petição inicial não haverá incidente (A questão será decidida no transcurso do próprio processo). Instaurado o incidente comunica-se de imediato o distribuidor (Importante para evitar a fraude à execução.). Suspende o processo, mas admite tutela de urgência. (Efetividade da medida). Lembrar que se for na petição inicial não haverá incidente e, assim, não haverá suspensão. Ver recomendação GCGJT (Gabinete da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho) 01/2016 que trata da revogação pelos Tribunais Regionais de previsões internas para regrar a desconsideração.

46 INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO. Recorribilidade: Decisão proferida na fase de conhecimento. É interlocutória e, assim, não admite recurso de imediato. Manifestar o inconformismo (protesto) e rediscutir como preliminar de recurso; Decisão proferia na fase de execução, ainda que interlocutória, admite agravo de petição, independentemente da garantia do Juízo (lembrar, entretanto, que admite tutela de urgência = arresto de bens) Decisão proferida pelo Relator em grau recursal, cabe agravo interno para o órgão colegiado.

47 RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS Redação anterior Nova redação Inexistente X Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: Inexistente Inexistente Inexistente X I a empresa devedora; X II os sócios atuais; e X III os sócios retirantes. Inexistente X Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato.

48 Responsabilidade dos Sócios. Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: Porque definir que o sócio retirante tem responsabilidade subsidiária? Porque os sócios atuais são solidários e é preciso distinguir estes daqueles; ou Porque há benefício de ordem também em relação aos sócios atuais; A delimitação para o período que figurou como sócio é correta para as dívidas futuras, mas, não, para as dívidas anteriores, posto que ao ingressar na sociedade o sócio a assume com seus bônus e ônus.

49 Responsabilidade dos Sócios. Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: Aqui a questão é séria. Esta disposição visa aplicar ao contrato de trabalho o raciocínio do art do Código Civil. A questão é que nas relações civis e empresariais existe um elemento contratual denominado análise de risco. Por ser contrato firmado entre partes iguais, a outra parte contratante tem o dever de examinar, entre outras coisas, a alteração societária da empresa com a qual contratou. Daí porque a limitação temporal de 2 anos é contada da averbação (publicidade) da alteração contratual. Na relação de trabalho isso é impossível, já que o empregado não faz análise de risco e não acompanha a movimentação dos sócios na sociedade empresária em que trabalha. E, ainda que fosse de alguma forma cientificado da alteração societária, na prática não poderia mover ação contra a sociedade ainda no curso do contrato de trabalho, porque perderia seu emprego.

50 Responsabilidade dos Sócios. Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I a empresa devedora; II os sócios atuais; e III os sócios retirantes. Claro está, de forma a ser desnecessária qualquer explicação, que a fixação da subsidiariedade dá-se em relação à sociedade e também aos sócios atuais. Lembrar, porém, o que dispõe o art. 795, 2º do CPC.

51 Responsabilidade dos Sócios. Art Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei. 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade. 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do 1o nomear quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito. Tem que indicar quais são e onde estão os bens livres e desembargados que bastem para o débito. Logo, não há preferência de ordem em relação à sociedade se lhe foi declarada a falência ou foi concedida a recuperação judicial.

52 Responsabilidade dos Sócios. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Regra geral no sentido de que, havendo fraude, todos os partícipes são solidariamente responsáveis. Neste caso não há limitação temporal (dois anos) porque a retirada foi fraudulenta e não real e da fraude nada se aproveita. Investigar a retirada, portanto, também passa a ser uma atribuição da execução trabalhista.

53 Natureza jurídica da responsabilidade. Subsidiária: CPC: Art Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei. 1º O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade. Solidária: CC: Art Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação.

54 Sociedades Falidas. É possível executar o sócio da uma sociedade falida. Muita polêmica e divergência jurisprudencial. Conflitos de competência entre Juiz do Trabalho e Juiz de Direito são dirimidos pelo C. STJ. Verificar precedentes.

55 Sociedades Falidas. AGRAVO REGIMENTAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS DA FALÊNCIA E DO TRABALHO. PROSSEGUIMENTO DAS EXECUÇÕES CONTRA GARANTES, COOBRIGADOS OU DEVEDORES SUBSIDIÁRIOS. POSSIBILIDADE. SUSPENSÃO INDEFERIDA. AGRAVO DESPROVIDO. Não é cabível a suspensão de execução trabalhista que, após a desconsideração da personalidade jurídica de sociedade falida, prosseguiu contra os sócios de responsabilidade limitada, pois, em regra, a suspensão atinge somente o devedor em regime de falência ou recuperação judicial, prosseguindo contra os coobrigados, fiadores e obrigados de regresso, nos termos do art. 49, 1º, da Lei /2005, podendo o credor trabalhista habilitar seu crédito na falência e, ao mesmo tempo, executar os sócios (STJ, AgRg no CC , SP, Rel. Paulo de Tarso Sanseverino, DJ

56 Sociedades Falidas. É possível executar empresas do grupo econômico da uma sociedade falida? AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. ÓBICE DO ART. 896, 2º, DA CLT, C/C SÚMULA 266 DO TST. DECISÃO DENEGATÓRIA. MANUTENÇÃO. O entendimento predominante no TST é de que extrapola a competência da Justiça do Trabalho a execução de créditos trabalhistas das decisões proferidas diante da massa falida, que deve se processar no juízo universal. Contudo, a hipótese dos autos não versa acerca de execução apenas contra a massa falida, e, sim, contra todas as empresas do grupo econômico, consideradas devedoras solidárias. Nesse caso, remanesce a competência desta Justiça Especializada (TST-AIRR , Rel. Ministro Maurício Godinho Gonçalves, DJ 17/10/2012).

57 Sociedades em recuperação judicial. É possível executar o sócio da uma sociedade em recuperação judicial. Muita polêmica e divergência jurisprudencial. Conflitos de competência entre Juiz do Trabalho e Juiz de Direito são dirimidos pelo C. STJ. Súmula 480, STJ: O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a constrição de bens não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa.

58 PARTE ESPECIAL

59 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 32 CITAÇÃO até PENHORA Prof. Antero Arantes Martins

60 PARTE ESPECIAL Execução contra devedor solvente por quantia certa.

61 Primeiros Passos. Com o trânsito em julgado da decisão e antes mesmo de dar início à fase de liquidação de sentença, compete ao Juiz liberar o depósito recursal imediatamente à parte vencedora nos termos do art. 899, 1º da CLT e, ainda, o art. 66, I da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho: Art. 66. Cabe ao juiz na fase de execução: I - ordenar a pronta liberação do depósito recursal, em favor do reclamante, de ofício ou a requerimento do interessado, após o trânsito em julgado da sentença condenatória, desde que o valor do crédito trabalhista seja inequivocamente superior ao do depósito recursal, prosseguindo a execução depois pela diferença;

62 EXECUÇÃO. FASE INICIAL

63 INÍCIO DA EXECUÇÃO. CITAÇÃO O Art. 880 da CLT trata da ciência do executado como sendo citação. Entretanto, a execução trabalhista não é uma ação autônoma. Logo, o termo adequado seria intimação. Observar o art. 880, 3º da CLT. É imperativo! 3º - Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias. O devedor não tem direito de esconder-se!

64 INÍCIO DA EXECUÇÃO. CITAÇÃO Para que em 48 horas o devedor possa: A) Pagar; B) Nomear bens à penhora: Observar o art. 835 do CPC, conforme art. 882 da CLT. Observar efeito da remissão à norma substituída é diferente de remissão à norma revogada; C) Penhora livre

65 Exceção de pré-executividade. Característica de defesa do devedor. Antes da garantia do Juízo. Matérias de ordem pública: pacífico. Matérias que demandam provocação da parte: Divergência. Não suspende a execução.

66 PENHORA Penhora; Bens impenhoraveis; Bem de família; Outras modalidades de penhora; Avaliação; Depósito; Ausência de bens passíveis de penhora

67 Penhora. Conceito. Primeiro ato formal (processual) que produz um efeito material (ato de imperium). É a afetação de um bem do devedor para pagamento do crédito da execução. Efeitos. Indisponibilidade sobre o bem. Individualizar o bem penhorado da massa de bens do devedor Formas e diligência da penhora. Foro do Juízo da execução têm preferência sobre os de fora. Deve conter a (mais completa possível) identificação dos bens penhorados. Avaliação a ser feita pelo próprio oficial de justiça. Registro

68 Bens Impenhoráveis. Art. 833 do Código de Processo Civil. IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o 2o; 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, 8o, e no art. 529, 3o. (50% dos ganhos)

69 Bens Impenhoráveis. Duas novidades importantes: Para prestações alimentícias, independentemente da sua origem o que pode abranger a dívida trabalhista; BEM COMO: O valor que exceder a 50 salários mínimos mensais, para dívida de qualquer natureza. observar: 50% dos ganhos líquidos (art. 529, 3º)

70 Bens Impenhoráveis. Art. 833 do Código de Processo Civil. V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; 3o Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, os implementos e as máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

71 Bens Impenhoráveis. Impenhorabilidade é para pessoa física. Profissão. A exclusão do parágrafo terceiro refere-se à impenhorabilidade ali incluída ou a toda impenhorabilidade do inciso V?

72 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 33 BEM DE FAMÍLIA PENHORAS ESPECIAIS AVALIAÇÃO E DEPOSITO Prof. Antero Arantes Martins

73 BEM DE FAMÍLIA

74 Bem de Família. São dois tipos de bem de família: Voluntário; Legal; Voluntário a) É regido pelos artigos e seguintes do Código Civil. b) Exige uma manifestação expressa de vontade do instituidor e exige registro no Cartório de Registro de Imóveis. c) Causa impenhorabilidade e inalienabilidade. d) Não deve ultrapassar 1/3 do patrimônio existente à época de sua constituição. e) Não alcança dívidas já existentes quando da sua constituição

75 Bem de Família. Legal. a)foi instituído pela Lei 8.009/90. b)tem por escopo proteger a moradia como forma de agregar a família. c)não exige qualquer ato do beneficiário. d)não produz inalienabilidade. e)alcança qualquer dívida, ainda que pretérita, com as exceções da própria lei. f) Vejamos o dispositivo legal:

76 Bem de Família. Lei 8.009/90: Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente. Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil. Conclusão: O que se objetiva é a moradia. Somente se houver mais de uma moradia é que são utilizados os critérios de desempate.

77 NOEMAÇÃO DE BENS À PENHORA e PENHORAS ESPECIAIS

78 NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA A ordem de nomeação de bens à penhora está no art. 882 da CLT: Art O executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da mesma, atualizada e acrescida das despesas processuais, ou nomeando bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 655 do Código Processual Civil. Trata-se de norma remissiva. É como se a ordem do art. 655 do CPC estivesse escrita na CLT. Alteração para o 835 do CPC de 2015 mantém a aplicabilidade ou joga a remissão para o vazio? Antero: Mantém a aplicabilidade. Remissão à norma renumerada não é igual à remissão para norma revogada.

79 NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA Observar o art. 774 do CPC: Art Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.. Daí se conclui que o devedor não tem direito de esconder seu patrimônio da execução. Se o fizer, sujeita-se à pena do parágrafo único (20%)

80 PENHORA DE ESTABELECIMENTO. Art Quando a penhora recair em estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifícios em construção, o juiz nomeará administrador-depositário, determinando-lhe que apresente em 10 (dez) dias o plano de administração. 1o Ouvidas as partes, o juiz decidirá. 2o É lícito às partes ajustar a forma de administração e escolher o depositário, hipótese em que o juiz homologará por despacho a indicação. 3o Em relação aos edifícios em construção sob regime de incorporação imobiliária, a penhora somente poderá recair sobre as unidades imobiliárias ainda não comercializadas pelo incorporador. 4o Sendo necessário afastar o incorporador da administração da incorporação, será ela exercida pela comissão de representantes dos adquirentes ou, se se tratar de construção financiada, por empresa ou profissional indicado pela instituição fornecedora dos recursos para a obra, devendo ser ouvida, neste último caso, a comissão de representantes dos adquirentes. Art A penhora de empresa que funcione mediante concessão ou autorização far-se-á, conforme o valor do crédito, sobre a renda, sobre determinados bens ou sobre todo o patrimônio, e o juiz nomeará como depositário, de preferência, um de seus diretores. 1o Quando a penhora recair sobre a renda ou sobre determinados bens, o administrador-depositário apresentará a forma de administração e o esquema de pagamento, observando-se, quanto ao mais, o disposto em relação ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel. 2o Recaindo a penhora sobre todo o patrimônio, prosseguirá a execução em seus ulteriores termos, ouvindo-se, antes da arrematação ou da adjudicação, o ente público que houver outorgado a concessão. Art A penhora de navio ou de aeronave não obsta que continuem navegando ou operando até a alienação, mas o juiz, ao conceder a autorização para tanto, não permitirá que saiam do porto ou do aeroporto antes que o executado faça o seguro usual contra riscos. Art A penhora de que trata esta Subseção somente será determinada se não houver outro meio eficaz para a efetivação do crédito.

81 PENHORA DE ESTABELECIMENTO. Este tipo de penhora deve ser utilizado na ausência de outro meio eficaz de execução; Deve ser nomeado administrador que apresentará plano de pagamento; Não é possível nova penhora por outro juízo, que deverá requerer ao juízo da primeira penhora que determine ao administrador a inclusão do segundo crédito no plano de pagamento.

82 PENHORA DE FATURAMENTO. Da Penhora de Percentual de Faturamento de Empresa Art Se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se, tendo-os, esses forem de difícil alienação ou insuficientes para saldar o crédito executado, o juiz poderá ordenar a penhora de percentual de faturamento de empresa. 1o O juiz fixará percentual que propicie a satisfação do crédito exequendo em tempo razoável, mas que não torne inviável o exercício da atividade empresarial. 2o O juiz nomeará administrador-depositário, o qual submeterá à aprovação judicial a forma de sua atuação e prestará contas mensalmente, entregando em juízo as quantias recebidas, com os respectivos balancetes mensais, a fim de serem imputadas no pagamento da dívida. 3o Na penhora de percentual de faturamento de empresa, observar-se-á, no que couber, o disposto quanto ao regime de penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel e imóvel.

83 DEPÓSITO

84 Depósito Depósito é o ato pelo qual os bens penhorados são confiados à guarda de alguém. Encargo: Manter o bem disponível e conservado no curso da execução Regra geral do art. 840, 2º do CPC: o depositário não é a pessoa do devedor. Logo, a penhora deveria ser sucedida do ato de remoção dos bens penhorados. Art Serão preferencialmente depositados:... II os móveis, os semoventes, os imóveis urbanos e os direitos aquisitivos sobre imóveis urbanos, em poder do depositário judicial;... 2º Os bens poderão ser depositados em poder do executado nos casos de difícil remoção ou quando anuir o exequente.

85 Depósito O depositário, pode exigir o pagamento de remuneração (art. 160) e das despesas daí decorrentes (Art. 161, CPC/2015). Onera a execução. Praxe: Nomear o próprio devedor. Não é mais possível a prisão civil do depositário fiel, consoante Súmula vínculante 25 do STF: É ILÍCITA A PRISÃO CIVIL DE DEPOSITÁRIO INFIEL, QUALQUER QUE SEJA A MODALIDADE DO DEPÓSITO A decisão coloca em risco as execuções presentes, posto que a praxe na JT é a nomeação do próprio devedor como depositário. Tal circunstância implica em mudança de procedimento nas execuções presentes e futuras, com a penhora seguida da remoção de bens.

86 Depósito 1. A matéria em julgamento neste habeas corpus envolve a temática da (in)admissibilidade da prisão civil do depositário infiel no ordenamento jurídico brasileiro no período posterior ao ingresso do Pacto de São José da Costa Rica no direito nacional. 2. Há o caráter especial do Pacto Internacional dos Direitos Civis > Políticos (art. 11) e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos Pacto > de San José da Costa Rica (art. 7, 7), ratificados, sem reserva, pelo > Brasil, no ano de A esses diplomas internacionais sobre direitos humanos é reservado o lugar específico no ordenamento jurídico, estando > abaixo da Constituição, porém acima da legislação interna. O status normativo supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos > subscritos pelo Brasil, torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de ratificação. 3. Na atualidade a única hipótese de prisão civil, no Direito brasileiro, é a do devedor de alimentos. O art. 5, 2, da Carta Magna, expressamente estabeleceu que os direitos e garantias expressos no caput do mesmo dispositivo não excluem outros decorrentes do regime dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. O Pacto de São José da Costa Rica, entendido como um tratado internacional em matéria de direitos humanos, expressamente, só admite, no seu bojo, a possibilidade de prisão civil do devedor de alimentos e, conseqüentemente, não admite mais a possibilidade de prisão civil do depositário infiel. 4. Habeas corpus concedido.

87 AVALIAÇÃO

88 Avaliação. Lei 5.645/70. Oficial de Justiça Avaliador. Não mais aplicável o art. 886, 2º da CLT que tratava da avaliação do bem e o 1º do art. 887 que trata da designação de avaliador. Impugnação à avaliação feita. LEF (Lei 6830/80), art. 13, 1º, quando então o Juiz nomeará livremente o avaliador.

89 Ausência de bens. Vimos logo no início deste estudo que a execução é real e não pessoal. A ausência de bens do devedor que seja passíveis de constrição judicial impede o prosseguimento da execução. Isto não implica, porém, na extinção desta execução e, sim, na sua suspensão até que bens possam ser encontrados. O arquivamento provisório destas ações, entretanto, tornou-se impraticável pelo acúmulo de feitos. Para resolver este problema criou-se a certidão de crédito, regida na Consolidação dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho e de cujo regramento se destaca os dispositivos a seguir:

90 Ausência de bens. Art. 77. Exauridos em vão os meios de coerção do devedor, deverá ser providenciada a atualização dos dados cadastrais das partes tanto quanto a situação do devedor no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas, nos termos da Resolução Administrativa nº 1470/2011 do TST, e, em seguida, expedida Certidão de Crédito Trabalhista. Art. 79. O credor será comunicado sobre a obrigatoriedade de comparecimento à secretaria da vara do trabalho para, no prazo de 30 (trinta) dias, retirar a Certidão de Crédito Trabalhista e os documentos de seu interesse. Parágrafo único. A secretaria da vara do trabalho deverá criar arquivo, preferencialmente digital, para manutenção permanente das Certidões de Créditos Trabalhistas originais não entregues aos exequentes e das demais certidões expedidas. Art. 84. Após a convolação dos autos físicos de processos arquivados provisoriamente em Certidões de Créditos Trabalhistas, as execuções passarão a tramitar com base naquelas certidões, mediante nova autuação, mantida a numeração do processo de execução original. Parágrafo único. No prosseguimento das execuções, por meio das Certidões de Créditos Trabalhistas, caberá ao juiz do trabalho, de ofício ou a requerimento do exequente, se a tanto ainda for necessário, manejar periodicamente os Sistemas BACENJUD, RENAJUD e INFOJUD, sem distinção dos créditos dos exequentes e de terceiros, tampouco das despesas processuais, valendo-se, inclusive, da aplicação subsidiária dos artigos 599, 600 e 601 do CPC. (OBS: refere-se ao CPC de 1.973).

91 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 34 FRAUDE À EXECUÇÃO EMBARGOS À EXECUÇÃO EMBARGOS DE TERCEIRO Prof. Antero Arantes Martins

92 FRAUDE À EXECUÇÃO

93 Fraude à Execução. Considera-se fraude à execução a alienação ou oneração de bens do devedor (Art. 792, CPC): a) Quando for averbada a pendência de ação de execução nos termos do art. 828 do CPC; b) Quando estiver averbada no registro do bem a hipoteca judiciária ou qualquer outra constrição judicial (penhora, arresto, etc). c) Quando, ao tempo da alienação ou oneração, tramitava contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência Letras a e b para bens sujeitos à registro. Letra c para os demais bens (não sujeitos a registro). Para letra c, deverá o adquirente provar que foi diligente, com a juntada de certidões pertinentes do domicílio do vendedor e do local onde se encontra o bem.

94 Fraude à Execução. Como evitar? O credor deve promover a hipoteca judiciária; Art A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária. 1o A decisão produz a hipoteca judiciária: I - embora a condenação seja genérica; II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do devedor; III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo. 2o A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da sentença perante o cartório de registro imobiliário, independentemente de ordem judicial, de declaração expressa do juiz ou de demonstração de urgência. 3o No prazo de até 15 (quinze) dias da data de realização da hipoteca, a parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação da outra parte para que tome ciência do ato. 4o A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao pagamento, em relação a outros credores, observada a prioridade no registro. 5o Sobrevindo a reforma ou a invalidação da decisão que impôs o pagamento de quantia, a parte responderá, independentemente de culpa, pelos danos que a outra parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo o valor da indenização ser liquidado e executado nos próprios autos.

95 Fraude à Execução. Hipoteca judiciária. Sentença condenatória de prestação em dinheiro ou conversão em dinheiro de obrigação de fazer, não fazer ou de dar: Ainda que genérica; Ainda que executada provisoriamente; Ainda que pendente efeito suspensivo; Apresentar cópia da sentença no cartório de registro imobilicário: Independente de ordem judicial; Independente de declaração judicial expressa; Independente de urgência; Deve informar o Juízo em 15 dias para que a parte contrária seja cientificada do ato. Gera direito de preverência em relação aos outros credores (... Observada a prioridade no registro); A modificação da sentença (reforma ou invalidação) implica em responsabilidade pelos danos que a hipoteca vier a causar à outra parte, independentemente de culpa, o que será liquidado e executado nos próprios autos.

96 Fraude à Execução. Como evitar? O credor deve promover o registro da pendência da execução; Art O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade. Observar porém: Deve comunicar o Juízo em 10 (dez) dias das averbações que fizer; Sobrevindo penhora ou arresto suficientes para a garantia da dívida deve cancelar as averbações; Se fizer averbações indevidas ou não as cancelar depois de garantida a execução indeniza pelos danos que causar;

97 EMBARGOS À EXECUÇÃO

98 Embargos à Execução. -Natureza Jurídica: Ação cognitiva constitutiva negativa incidental à execução. -Prazo: 05 dias -Matéria Alegável: Art. 884, CLT (título judicial) x Art. 745, CPC (extrajudicial) a)quitação; b)cumprimento da obrigação; c)prescrição (Súmula 327 do STF e Súmula 114 do C. TST); d)impugnação à conta de liquidação, desde que não tenha havido a preclusão do art. 879, 2º da CLT. e)inconstitucionalidade da Lei ou ato normativo em que se funda do título assim declarada pelo STF

99 Embargos à Execução. Relativização da coisa julgada: 5o Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal." (NR) MP de 24/08/2001

100 Embargos à Execução. Incabível o depósito recursal, porque o Juízo já está garantido (instrução normativa 03, TST item IV, letra b ). Efeito suspensivo à execução, mas apenas da parte embargada. Competência por carta. Depende da matéria alegada nos embargos. Se o vício alegado foi praticado pelo deprecado, este julgará. Caso contrário, ao deprecante.

101 Embargos à Execução. Se a penhora for parcial e não houver outros bens? Ordenamento jurídico não indica solução. Opções: Paralisa a execução até encontrar outros bens; Permite os embargos com garantia parcial, mas a possibilidade de discussão integral, pois no futuro haverá preclusão consumativa; Procede a alienação do bem e/ou a liberação do numerário sem permitir os embargos, já que cabe ao devedor garantir integralmente a execução.

102 EMBARGOS DE TERCEIRO

103 Embargos de terceiro. Conceito: Apresenta-se como remédio jurídico adequado para defender a posse ou propriedade de bem que tenha sido perturbada por ato judicial de constrição, visando a garantia de uma execução. Natureza jurídica: Tem natureza jurídica de ação constitutiva (negativa)

104 Embargos de terceiro. Embargos de terceiro. Art. 674 do CPC/2015. Art Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. Como se viu, é ação destinada àquele que não é parte. Não se presta a defender a ilegitimidade de parte porque, até para ser ilegítima, é preciso, antes, ser parte. A ilegitimidade de parte deve ser discutida com os embargos à execução.

105 Embargos de terceiro. Legitimidade ativa (Art , CPC): 1o Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. 2o Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843; II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução; III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte; IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.

106 Embargos de terceiro. Em se tratando de bem indivisível a meação recai sobre o produto da alienação. Legitimidade Passiva: Credor da execução. Fundamento: Ausência de responsabilidade patrimonial do proprietário do bem; ou Natureza do título aquisitivo de sua propriedade ou da qualidade da qual decorrer a sua posse

107 Embargos de terceiro. Efeitos: Suspende a execução em relação ao seu objeto. Prazo: Até 05 dias da alienação judicial do bem, mas antes da assinatura da respectiva carta. Art Procedimento: Petição Inicial: Prova (ainda que sumária) da propriedade ou posse do bem, bem como da qualidade de terceiro. É preciso, ainda, fazer prova da constrição judicial (penhora, arresto, sequestro, etc...) ou de sua ameaça. O CPC de 2015 admitiu expressamente os embargos preventivos. Liminar - tem natureza jurídica de tutela antecipada. Citação: Na pessoa do patrono do embargado (exeqüente)

108 Embargos de terceiro. Contestação: 10 dias. Operam-se os efeitos da revelia. Provas: Todos os meios de prova licitamente admitidos. Rol de testemunhas na exordial. Sentença: Cognitiva e tem natureza definitiva. Competência: Juízo da execução, a quem o feito será distribuído por dependência. Por Carta Precatória: Autoridade que ordenou o ato de constrição

109 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO AULA 35 ALIENAÇÃO JUDICIAL e SUA IMPUGNAÇÃO Prof. Antero Arantes Martins

110 ALIENAÇÃO DE BENS E SUA IMPUGNAÇÃO

111 ALIENAÇÃO DE BENS. Remição prefere à adjudicação que prefere à arrematação. A remição deve ser total (à execução), não podendo ser limitada ao valor do bem. Hasta Pública: Art. 888 da CLT. Praceamento (na pp. JT). Na ausência de interessados o Juiz pode determinar Leilão. Praceamento = Maior lance. Depositar 20% no ato e o restante em 24 horas. O exeqüente poderá requer a adjudicação pelo valor lançado.

112 ALIENAÇÃO DE BENS. TRT 2ª Região. Hasta pública mista. Presença do Juiz e do Leiloeiro. Participação obrigatória em Leilão. Devedor e credor concorrem na hasta pública, ou seja: O devedor somente pode requerer a remição antes da hasta; O credor lança na hasta pública, mantido o seu direito de preferência.

113 ALIENAÇÃO DE BENS. Procedida a alienação o auto respectivo será lavrado de imediato. O devedor poderá impugnar o ato em 10 dias alegando preço vil ou outro vício. Pagamento, prescrição, novação, transação poderão ser considerados como ocorria com embargos à arrematação? Discutir. Não havendo impugnação neste prazo será lavrada a carta de arrematação. Depois de lavrada a carta, a arrematação está perfeita e acabada, mesmo que seja julgada procedente a ação destinada à sua impugnação.

114 IMPUGNAÇÃO À ALIENAÇÃO. O atual CPC não prevê mais a possibilidade de impugnação a alienação por embargos. O art. 903 prevê: Art Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o 4o deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos. Os parágrafos 4º e 6º do mesmo artigo estabelecem: 4o Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário. 6o Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de vício com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante ser condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de multa, a ser fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do bem. Não há, entretanto, uma regulamentação da forma pela qual esta ação tramitará.

115 EXECUÇÃO CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE

116 EXECUÇÃO CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE Recuperação judicial. Precedente STF: RE /RJ, Relator Ministro Ricardo Lewandowski. Repercussão Geral. Acórdão divulgado no DJE de 27/08/2009 e publicado em 28/8/2009. Ementa: "CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO DE CRÉDITOS TRABALHISTAS EM PROCESSOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL COMUM, COM EXCLUSÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. INTERPRETAÇÃO DO DISPOSTO NA LEI /05, EM FACE DO ART. 114 DA CF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E IMPROVIDO. I - A questão central debatida no presente recurso consiste em saber qual o juízo competente para processar e julgar a execução dos créditos trabalhistas no caso de empresa em fase de recuperação judicial. II - Na vigência do Decreto-lei 7.661/1945 consolidou-se o entendimento de que a competência para executar os créditos ora discutidos é da Justiça Estadual Comum, sendo essa também a regra adotada pela Lei /05.

117 EXECUÇÃO CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE Precedente STF (continua...): III - O inc. IX do art. 114 da Constituição Federal apenas outorgou ao legislador ordinário a faculdade de submeter à competência da Justiça Laboral outras controvérsias, além daquelas taxativamente estabelecidas nos incisos anteriores, desde que decorrentes da relação de trabalho. IV - O texto constitucional não o obrigou a fazê-lo, deixando ao seu alvedrio a avaliação das hipóteses em que se afigure conveniente o julgamento pela Justiça do Trabalho, à luz das peculiaridades das situações que pretende regrar. V - A opção do legislador infraconstitucional foi manter o regime anterior de execução dos créditos trabalhistas pelo juízo universal da falência, sem prejuízo da competência da Justiça Laboral quanto ao julgamento do processo de conhecimento. VI - Recurso extraordinário conhecido e improvido".

118 EXECUÇÃO CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE Ainda sobre a recuperação judicial: Art. 72 da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho: Art. 72. Os juízes do trabalho manterão em seus arquivos os autos das execuções trabalhistas que tenham sido suspensas em decorrência do deferimento da recuperação judicial, de modo que, com o seu encerramento ou com o encerramento da quebra em que ela tenha sido convolada (artigo 156 e seguintes da Lei nº /2005), seja retomado o seu prosseguimento, para cobrança dos créditos que não tenham sido totalmente satisfeitos.

119 EXECUÇÃO PROVISÓRIA

120 EXECUÇÃO PROVISÓRIA. Art. 899, CLT. Recursos com efeito meramente devolutivo. Permitida a execução provisória até a penhora. A parte que não foi objeto do recurso executa-se definitivamente. Até a penhora, leia-se, perfeita e acabada. Vedados estão os atos que importem em alienação de domínio sem caução prévia (art. 520, IV, CPC/2015) Exceção: Verba de natureza alimentar ou estado de necessidade conforme art. 521, I e II do CPC/2015. (Art. 475-O, 2º,CPC do anterior Antigo art. 588, 2º). Eliminou o limite de 40 salários mínimos. Também na pendência de agravo para destrancar recurso especial ou extraordinário. (Também o de revista?)

121

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