RELATÓRIO ANUAL DE CURSO (ano letivo 2016/17) Escola Superior de Educação

Transcrição

1 Relatório Anual de Curso (Público) RELATÓRIO ANUAL DE CURSO (ano letivo 2016/17) Curso Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico Escola Superior de Educação Índice 1. Estudantes e ambiente de ensino e aprendizagem Caracterização dos estudantes Caraterização dos estudantes por género, idade e região de origem Número de estudantes por ano curricular Procura do ciclo de estudos Ambientes de Ensino/Aprendizagem Resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes -processo ensino/aprendizagem Resultados Resultados Académicos Eficiência formativa Sucesso Escolar Abandono Escolar Empregabilidade Internacionalização Conclusão... 6 FOR-09/03 Rev Página 1 de 6

2 1. Estudantes e ambiente de ensino e aprendizagem 1.1 Caracterização dos estudantes Caraterização dos estudantes por género, idade e região de origem. CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDANTES 15/16 16/17 17/18 Género Feminino Masculino Idade Até 20 anos anos , anos e mais anos ,58 Região Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Ilhas Em relação ao panorama nacional, a ESEVC é das poucas instituições nacionais onde este CE está em funcionamento. Apesar de não ser um curso com grande procura, é, no entanto, escolhido por estudantes dos dois ciclos com predominância do sexo feminino. É expectável que a procura por este CE nunca seja muito grande, pois é considerado pela maioria dos alunos como de maior dificuldade que as outras ofertas Número de estudantes por ano curricular Ano Curricular 11/12 12/13 13/14 14/15 15/16 16/17 17/18 provisório) 1º Não se aplica a este curso. Teve início no º ano letivo TOTAL O número de estudantes no 2º ano deverá aumentar no próximo ano, em virtude de eventualmente não terem concluído o Relatório de Prática de Ensino Supervisionada Procura do ciclo de estudos Curso 2011/ / / / / / /2018 (provisórios) N.º vagas N.º Candidatos 1ªfase N.º de Colocados (Total CNA) N.º Matriculados CNA Não se aplica a este curso. Teve início no ano letivo FOR-09/03 Rev Página 2 de 6

3 Este CE tem conseguido atrair um número de alunos que permite que o curso funcione apesar de não serem preenchidas todas as vagas. Face às entrevistas realizadas aos candidatos aquando da realização da prova de Língua Portuguesa de acesso aos mestrados profissionalizantes, percebe-se que a conceção dos alunos é a de que este curso tem um nível de exigência maior do que outros cursos (e.g Pré-escolar ou Pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico), por habilitar para a docência no 2.º Ciclo do Ensino Básico. Este considerando afasta possíveis candidatos por sentirem insegurança e fragilidades de diversa ordem. A comissão deste CE, juntamente com a comissão de curso da LEB, está a desenvolver esforços no sentido de desconstruir estes pré-concebidos, desde logo, promovendo experiências e vivências positivas ao longo da IPP e interações com os alunos inscritos neste curso. Tendo em conta que a nível nacional a ESEVC é das poucas instituições nacionais onde este CE funciona, a matriz fundacional da ESE e a predominância dos alunos da região de influência da ESE a frequentar o curso, analisa-se como uma mais-valia para a instituição e região a manutenção do curso em funcionamento. 2. Ambientes de Ensino/Aprendizagem 2.1 Resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes -processo ensino/aprendizagem IASQE Sem. 15/16 16/17 de Participação 1ºS 65,9 97,5 2ºS 45,15 19,6 Os níveis de participação mostram as fragilidades do 2º semestre. Há apenas duas UCs anuais, o que poderá contribuir para desmobilizar os alunos a responder, eventualmente por se sentirem já fora da IES. IASQE Sem. 15/16 16/17 Índice Médio Satisfação - Curso Índice Médio Satisfação - Docentes Índice Médio Satisfação - UCs 1ºS 95,5 89,14 2ºS 95, ºS 94,4 92,69 2ºS 93, ºS 94,1 86,16 2ºS 95,2 100 Os dados revelam índices de satisfação global de 100 deixando evidente a clara satisfação dos estudantes com a oferta do curso e a sua dinâmica de funcionamento. Ressalvamos que este é um curso atípico uma vez que tem um número reduzido de alunos, e que a proximidade dos docentes e dos alunos pode permitir estes níveis de satisfação. De salientar que no ano 2015/16 só funcionou o primeiro ano do curso. FOR-09/03 Rev Página 3 de 6

4 3. Resultados 3.1. Resultados Académicos Eficiência formativa Curso 2016/17 N.º diplomados -- N.º diplomados em N anos -- N.º diplomados em N +1 anos -- N.º diplomados N+2 anos -- N.º diplomados em mais de N+2 anos -- A entrega do relatório final continua a ser um problema nestes mestrados, e por muitas sugestões e apoio que os alunos tenham por parte dos docentes, nem sempre conseguem acabar e defender os trabalhos em tempo útil, ou seja finalizar o curso. Houve dois alunos que entregaram o seu relatório final em 2017, mas apenas poderão realizar as provas públicas em janeiro de Sucesso Escolar Unidade Curricular Amostragem Nota AVG Nota MAX Nota MIN Temas Atuais da Matemática 7 13, Fenómenos Físicos e Químicos na Natureza 7 14, Linguística Aplicada ao Ensino 8 11, Didática do Português 7 10, Temas da Biologia e Saúde em Educação Básica 7 13, Didática da Matemática I 7 12, Jogos e Atividades lúdico - Motora 6 13, Mudança e Inovação educacional 7 13, Artes Plásticas nos Primeiros Anos Didática do Estudo do Meio 7 16, Didática da Matemática II Didática das Ciências Naturais 7 15, Álgebra e Funções no Ensino Básico 9 15, Métodos e Técnicas de Investigação em Educação Educação e Património histórico Complementos de Temas de Ensino 7 15, Brinquedos com Ciência 7 17, FOR-09/03 Rev Página 4 de 6

5 O sucesso dos alunos no 1.º ano não foi total para todos os alunos pois, como se pode verificar pela tabela apresentada, há alunos que mostraram algumas lacunas a nível das UCs de Língua Portuguesa, os quais terão de repetir estas UCs. Por outro lado, a UC de Prática Pedagógica (não aparece na tabela) do 2º ano e anual, como já foi referida no ponto anterior, não foi concluída com sucesso, pois falta-lhes a defesa publica do relatório final de PES, que é uma das três componentes desta UC. Esta UC envolve Intervenção em Contexto Educativo no 1º ciclo no 1º semestre e Intervenção em Contexto Educativo no 2º ciclo no 2º semestre, para as quais os alunos tiveram 100 de sucesso. Por outro lado, a maioria encontra-se a trabalhar particularmente como explicadores, o que leva a que deixem para trás a conclusão do curso, pois torna-se difícil conciliar trabalho com o exigente trabalho de redação. Muitas das vezes estas opções prendem-se com fatores económicos em que os alunos tem que ir ganhar dinheiro para poder pagar a parte final das suas propinas Abandono Escolar Este curso não registou abandonou escolar. Curso 1º 2º M. Em Ensino do 1º CEB e Matemática e Ciências no 2º CEB Empregabilidade Atendendo a que este CE se iniciou no ano letivo 2015/2016 e não há, neste momento, diplomados pois estão a redigir os seus relatórios, a maioria encontra-se a trabalhar particularmente como explicadores. 3.2 Internacionalização Nível de Internacionalização no Ciclo de Estudos 15/16 16/17 Nº e Percentagem de alunos estrangeiros (não inclui alunos Erasmus In) N.º e Percentagem de alunos em programas internacionais de mobilidade (in) N.º1 N.º Percentagem de alunos em programas internacionais de mobilidade (out) (Erasmus e outros programas) N.º e Percentagem de docentes estrangeiros, incluindo docentes em mobilidade (in) N.º 2 N.º 2 Mobilidade de docentes na área científica do ciclo de estudos (out) N.º4 (Erasmus e outros programas) Número de pessoal não docente em programas internacionais (Erasmus staff e outros programas) - N.º - Este CE não teve ainda estudantes em mobilidade out, contudo, da experiência com o anterior curso (mestrado 1º e 2º ciclos do ensino básico [M1,2]) a procura pela mobilidade não tem sido grande, apenas no último ano do curso estiveram em mobilidade duas alunas, no 1º semestre. As dificuldades económicas e a deficiente preparação em inglês, poderão explicar a desmobilização dos estudantes. Neste curso houve um aluno dinamarquês em mobilidade in. No que concerne aos professores, mobilizaram em 2016/2017, ao abrigo do Programa Erasmus +, quatro docentes: Francisco Gonçalves para a University of Banja Luka na Bósnia; Teresa Gonçalves e Luísa Neves para a Charles University em Praga; e Isabel Vale para Kullaviksskolan na Suécia. FOR-09/03 Rev Página 5 de 6

6 Tivemos também duas professoras brasileiras em junho de 2017: a Professora Doutora Célia Barros Nunes Universidade Teixeira de Freitas UNEB, Bahia Brasil. Professora Doutora Eurivalda Santana Universidade Estadual de Santa Cruz UESC, Bahia Brasil. 4. Conclusão Este CE iniciou-se no ano letivo 2015/2016, ao mesmo tempo que deixou de funcionar o Mestrado em Ensino do 1º e 2º ciclos do Ensino Básico, ao abrigo do novo enquadramento legal decorrente do DL n.º 79/2014 de 14 de maio. Como já referido, um dos grandes pontos fortes deste curso será permitir aos alunos estagiar em dois contextos diferentes, 1º e 2º ciclos, e percorrer duas áreas/disciplinas fortes no 1º ciclo e no 2º ciclo, Matemática e Ciências da Natureza, com acompanhamento em cada área/disciplina por um professor da especialidade. Terá uma vantagem em relação ao seu antecessor (M1,2) que é os alunos terem oportunidade de se dedicarem apenas a duas disciplinas e não a quatro no contexto do 2º ciclo do ensino básico. Este curso pode ser mais atrativo para os alunos do que outros mestrados de habilitação para a docência, pois estes terão mais opções de colocação uma vez que ficam habilitados profissionalmente para dois ciclos de intervenção e no 2º ciclo duas disciplinas. Um aspeto que se espera com este curso é conseguir ultrapassar a fraca participação dos alunos nas tutorias e no processo de avaliação (IASQUE) que não foi possível ultrapassar ao longo de seis anos com o outro curso. A ESE tem um corpo docente bastante habilitado e com experiência nesta formação, o que é uma mais valia deste curso. Há questões que devem ser ultrapassadas e que foram largamente sugeridas pela CAE que é a existência de professores coordenadores nas áreas específicas do curso, Educação em Matemática e Educação em Ciências. Este aspeto acarreta constrangimentos para o bom funcionamento do curso assim como desmotivação para a maioria dos docentes do curso que possuem o seu doutoramento há mais de dez anos. Os cursos deveram ter um corpo estável de docentes que lhes permita criar hábitos de trabalho conjunto assim como o desenvolvimento de projetos comuns. Há uma fragilidade que é, apesar de todos os constrangimentos, há bastante produção científica dos docentes do curso, contudo a produção de trabalhos em áreas conjuntas ainda é escassa, mas que poderá ser ultrapassada se forem tomadas algumas das condições anteriormente apresentadas e se houver redução de horas letivas para quem tem mais responsabilidades nos cursos. Para finalizar gostava de referir que a baixa procura do curso não deveria ser um motivo para que os gestores da Instituição IPVC decidam fechar esta oferta formativa por não ser economicamente rentável. O fecho do curso pode conduzir a que a sua abertura mais tarde seja mais difícil ou mesmo impossível. A população docente das instituições de ensino está envelhecida e, no futuro muito próximo, haverá necessidade de recrutar muitos docentes, em particular da área da Matemática e das Ciências. Por outro lado, a taxa de natalidade começa timidamente a aumentar, o que constitui outro indicador positivo para a necessidade de mais profissionais. A existência deste curso no IPVC, estando inserido numa região com índices económicos baixos, é uma oportunidade para os estudantes da região com menos possibilidades económicas, frequentarem este curso, assim como para estudantes de outras regiões nas quais não exista esta oferta. Viana do Castelo, 20 de fevereiro 2018 Isabel Vale (Coord. Curso de Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico) FOR-09/03 Rev Página 6 de 6