segurança da circulação em meio urbano 30 de Novembro de 2018
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1 DEPARTAMENTO 2º SEMINÁRIO segurança da circulação em meio urbano 30 de Novembro de 2018 Implementação de zonas 30 e de coexistência Ana Bastos
2 EFEITO DA VELOCIDADE Relação directa quer com a frequência quer com a gravidade dos acidentes Alguns estudos apontam que, a probabilidade de haver vítimas mortais em atropelamento, numa colisão a 80 km/h é cerca de 20 vezes superior a uma colisão que ocorra a 30 km/h; Os estudos já realizados demonstram que o corpo humano desprotegido suporta mal as desacelerações súbitas originadas por choque com obstáculos a velocidades superiores a 40 km/h.
3 OS PROBLEMAS
4 A ORIGEM DO CONCEITO O primeiro conceito de ZRC surgiu em Delft Holanda, na década de 60 e era designado de Woonerf Zone. Os veículos motorizados podem aceder a esses espaços, embora de forma controlada, designadamente em termos de velocidade. Embora as Zonas 30 tenham vindo a ser implementadas, desde a década de 70, em vários países da Europa,
5 O CONCEITO Artigo 1.º Lei n.º 72/2013, de 3 de setembro Zona de coexistência zona da via pública especialmente concebida para utilização partilhada por peões e veículos, onde vigoram regras especiais de trânsito e sinalizada como tal. Artigo 78.º -A 1 Numa zona de coexistência devem ser observadas as seguintes regras: a) Os utilizadores vulneráveis podem utilizar toda a largura da via pública; b) É permitida a realização de jogos na via pública; c) Os condutores não devem comprometer a segurança ou a comodidade dos demais utentes da via pública, devendo parar se necessário; d) Os utilizadores vulneráveis devem abster -se de atos que impeçam ou embaracem desnecessariamente o trânsito de veículos; e) É proibido o estacionamento, salvo nos locais onde tal for autorizado por sinalização; f) O condutor que saia de uma zona residencial ou de coexistência deve ceder passagem aos restantes veículos
6 ZRC Uma ZRC é um espaço de partilha entre o peão e outros modos de deslocação, onde o peão e os condutores de velocípedes são considerados utilizadores preferenciais. É um espaço agradável, atrativo e funcional onde se promove a inclusão social, a qualidade de vida, a segurança e a atividade de rua em comunidade. a velocidade máxima de 20 km/h. Zona30 Uma zona 30 é uma célula delimitada de um espaço público, que inclui uma rua ou um conjunto de ruas dirigidas à circulação de todos os utilizadores Garantia de condições propícias à vivência urbana e à presença dos utilizadores vulneráveis. a velocidade máxima de 30 km/h.
7 ZRC Z30
8 OBJECTIVOS da ZRC e Z30
9 ZRC Zona30 Principios Gerais Continuidade altimétrica e do tipo de pavimentos no espaço público recurso a elementos físicos de canalização assentes maioritariamente na aplicação de materiais de textura e coloração distintas dos envolventes, de floreiras, baias de estacionamento, etc. A rua é encarada como a extensão do espaço de uso privado, onde as preocupações de arquitetura e do paisagismo prevalecem em relação às de engenharia rodoviária Recurso a soluções físicas de acalmia de tráfego o veículo ganha importância, justificando-se a segregação de infraestruturas por modo de transporte embora de forma não muito marcante justificase a atribuição de diferentes espaços a diferentes utilizadores e funções. O recurso a desníveis moderados e a elementos de canalização tais como pavimentos de cor e textura distintos para sublinhar essa segregação. A rua responde, primordialmente, a funções residenciais, de vivência, de socialização e de estar, ao mesmo tempo que deve responder a funções de acesso e de estacionamento.
10 Domínio de Aplicação Dominio Privilegiado de Aplicação - Uso do solo servido e afetado locais de uso eminentemente residencial, embora igualmente aplicáveis a espaços de uso misto, envolvendo comércio tradicional de escala local, serviços ou locais onde exista uma forte presença humana - Hierarquia viária/funções asseguradas ou a assegurar pela rua arruamentos locais, que assegurem funções quase exclusivas de acessibilidade, ou distribuidoras locais em processo de desclassificação funcional. - Extensão da rua e dimensão da área - A zona de intervenção deve ser de pequena dimensão. - Níveis de tráfego envolvidos - Os níveis de tráfego devem ser muito reduzidos. Quando superiores deverá justificar uma intervenção estratégica complementar.
11 ZRC Zona30 1. Sinalização (uso obrigatório) - sinais verticais: ZRC H46 e H47 e Z30 G4 e G8 - rampas de acesso (quando existentes) sinalizadas com marca M12 2. Engenharia (uso recomendado) induzir a um comportamento cauteloso - materialização de um portão de entrada, estreitamento da boca de entrada e subida de cota 3. Paisagismo (uso recomendado) atribuir uma identidade própria à zona Pórtico arquitetónico, estreitamentos de via na zona de entrada, uso de elementos verticais construídos ou naturais, tais como a plantação de vegetação, iluminação e alteração de pavimentos
12 ZRC dissuadir o atravessamento da zona (fechos parciais e aumento do tempo de percurso) a totalidade do espaço é partilhada pelos utilizadores locais (eliminação de desníveis e barreiras) dar resposta a função social através da criação de praças e de locais públicos de uso comum controlo da oferta de estacionamento os transportes públicos, por princípio, não devem aceder a estes espaços Zona30 TRATAMENTO DA RUA prever medidas de acalmia e, por vezes, de controlo do volume de tráfego (fechos totais ou parciais), de modo a condicionar a velocidade e tráfego de atravessamento prever segregação entre os espaços destinados à circulação, estacionamento e destinado aos restantes utilizadores acomodar, de forma equilibrada, as diferentes funções a que o espaço público deve responder Evitar soluções onde exista uma clara dominância da oferta de estacionamento em zonas de grande dimensão, poderá justificar o acesso do transporte coletivo ao seu interior
13 Ótica de controlo da velocidade ruas devem ser dimensionadas de forma a condicionar fisicamente a marcha dos veículos TRATAMENTO DA RUA Criação de circuitos sinuosos, complementados pela introdução de elementos verticais capazes de condicionar a visibilidade frontal. Imposição de desvios superiores a 2,5 metros e ângulos de desvio inferiores a 60º impor desvios em cada 30 a 40 metros Introdução de medidas de controlo de velocidade com cadência elevada (<50m)
14 ZRC Ótica de controlo da velocidade preferencialmente os dois sentidos de trânsito de modo a aumentar a acessibilidade local (com sistemáticos estreitamentos). Um sentido de trânsito tende a incitar ao aumento da velocidade as vias de circulação devem ser estreitas e limitadas aos requisitos mínimos (2,75m) podendo aumentar até 3,25 na presença de velocípedes (circulação a par) disponibilizar de zonas alargadas, com cerca de 4,5 metros, espaçadas em cerca de 40 metros para cruzamento de veículos Zona30 TRATAMENTO DA RUA Os princípios orientadores de intervenção assentam: (i) na quebra dos alinhamentos horizontais; (ii) na quebra da continuidade visual e (iii) na imposição de níveis de desconforto localizados 2 sentidos de trânsito e faixas de rodagem com 5,0 (min de 4,5m) metros de largura, viabilizando o acesso de veículos longos e TP. No caso de um sentido único de trânsito a dimensão recomendável é de 3,50 (min. 3,0) metros o que permite acomodar as exigências associadas à circulação de veículos longos isoladamente ou de um veículo ligeiro e de um velocípede em simultâneo.
15 CIRCULAÇÃO DE PEÕES E VELOCÍPEDES Continuidade longitudinal e transversal Partilha/segregação Continuidade longitudinal A circulação pedonal deve ser salvaguardada em condições de segurança e conforto, pelo que deverá ser salvaguarda uma faixa contínua mínima de 1,5 metros (mínimo desejável de 1,8 metros), entre a delimitação das habitações/logradouros e a faixa de rodagem/baias de estacionamento Continuidade transversal Formas de canalização criação de zonas amplas, tipo pequenas praças informais em plataforma Preves um número adicional de lugares de estacionamento em bolsas exteriores à ZRC
16 PRAÇAS A praça representa o espaço de socialização e de vivificação urbana, por excelência. A criação de sentido de lugar e de sentimento de pertença por parte da comunidade é assim um dos aspetos centrais ao ordenamento. O uso de plantações permite quebrar os alinhamentos horizontais (e a visibilidade em frente) assim como criar sombreamentos. A iluminação pública deve ser reforçada e o uso de pavimentos diferenciados é francamente recomendável. Devem ainda ser previstos estacionamentos para servir as atividades da rua.
17 ASPETOS COMPLEMENTARES Materiais Espaços verdes Mobiliário urbano
18 SOLUÇÃO INTEGRADA DA RUA O recurso a sinalização mnima. O traçado e o desenho urbano deve ser auto-explicativo Modos de regulação recomenddos: cedência de passagem à direita e as mini-rotundas Aposta na alteração de pavimentos e uso de vegetação
19 IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO Planos vigentes e enquadramento legislativo Diagnóstico Definição dos objectivos Participação pública Preparação de propostas alternativas Selecção da solução a implementar Participação pública Implementação Monitorização
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