CFEM: O maior desafio não é reajustar seu valor, mas ordenar sua gestão.

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1 A aplicação da Cfem, seja por força de lei ou de plano específico, desde que de forma ordenada, sustentada e compartilhada, poderá representar a salvaguarda das futuras gerações, frente a malversação dos recursos públicos amplamente verificada em nossos dias. CFEM Neilor S. Aarão CFEM: O maior desafio não é reajustar seu valor, mas ordenar sua gestão. NEILOR AARÃO 2011

2 2 SUMÁRIO Página Introdução: A CFEM Aspectos importantes A Natureza Jurídica da CFEM O Desafio A Questão Conclusão... 15

3 3 Introdução: A exploração mineral se faz presente em diversos municípios, uma vez que o Brasil é um dos maiores produtores minerais do mundo. Para se ter idéia, quando falamos somente em minério de ferro, nosso país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de exportação, sendo também o segundo maior produtor no mundo. Nossas reservas conhecidas correspondem a 11% do total mundial, colocando o país na quinta posição, atrás da Ucrânia, Rússia, China e Austrália. Deste total, os estados de Minas Gerais e do Pará contribuem com a maior parcela, 71% e 26%, respectivamente cada estado. Nossa Constituição Federal estabeleceu que recursos minerais são bens da União, e assegurou aos seus entes uma compensação financeira pela exploração destes recursos minerais. Este assunto vem ganhando destaque nestes últimos tempos, com vistas ao reajuste ou não da alíquota desta compensação. O embate que se dá entre representantes de municípios mineradores e empresas mineradoras, e nesta seara, pretendemos discorrer para além de seu reajuste, haja vista que em nosso entendimento, a maior importância e desafio residem na aplicação desta contribuição. Assim, buscaremos entender seus fundamentos, bem como a impreterível necessidade de se estabelecer mecanismos legais capazes de garantir sua correta aplicação, afinal, a pura sobrecarga ou aumento de impostos (neste caso contribuição), não representa na maioria das vezes, qualquer reflexo positivo, quer seja direto ou indireto na vida do cidadão.

4 4 1. A CFEM. A CFEM é uma contribuição que foi estabelecida pela Constituição Federal ( 1º do art. 20) 1, sendo devida e partilhada entre Estados, Distrito Federal, Municípios e órgãos da União, como forma de participação nos resultados da extração ou exploração 2, de petróleo, gás natural, recursos hídricos e outros recursos minerais, realizados em seus territórios. A exemplo, tomaremos de agora em diante, a atividade de extrativa de minério de ferro como foco principal a ser abordado. Para se ter idéia do tamanho deste mercado, em 2010 esta atividade cresceu 15,7% somente no Brasil, e estima-se que somente em 2011 os lucros das mineradoras brasileiras possam superar a cifra dos 40 bilhões de dólares. Não bastasse, o Plano Nacional de Mineração 2030, estima que os investimentos na área pelos próximos 20 anos possam somar US$ 350 bilhões, dos quais cerca de US$ 64,8 bilhões serão realizados já nos próximos cinco anos. A contribuição da qual tratamos, incide nas seguintes hipóteses sobre o bem mineral extraído: i) venda; ii) transformação industrial; ou, iii) consumo ou utilização, mesmo quando realizada pelo próprio minerador. No caso da venda do produto mineral, a CFEM é calculada sobre o valor do faturamento líquido, deduzindo-se deste os tributos que incidem na sua comercialização (ICMS, PIS/PASEP, COFINS, IOF, e ISS), acrescidos a estes as despesas com transporte e seguro. Quando não ocorrer a venda, mas o consumo ou a transformação do produto mineral, então se considera para efeito do cálculo, o valor da soma das despesas diretas e indiretas ocorridas até o momento da sua utilização. 1 Art. 20. (...) 1.º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. 2 Exploração mineral: A exploração de recursos minerais consiste na retirada de substâncias minerais da jazida, mina, salina ou outro depósito mineral, para fins de aproveitamento econômico

5 5 Em outros países as alíquotas desta natureza (royalties) são bem diferenciadas das aplicadas aqui. Na Austrália, por exemplo, a alíquota do royalty varia de 5% a 7,5%. Já o Canadá, impõe alíquota de 10% a 18%, enquanto a África do Sul trabalha com um índice de 5%. Aqui no Brasil, os valores atuais das alíquotas para a cobrança da CFEM, incidem nas seguintes proporções: 3% (três por cento) para minérios de alumínio, manganês, sal-gema e potássio; 2% (dois por cento) para ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias minerais; 0,2% (dois décimos por cento) para pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis, carbonados e metais nobres, e; 1% (um por cento) para ouro, quando extraído por empresas mineradoras, e 0,2% (dois décimos por cento) nas demais hipóteses de extração. (Redação dada pela lei nº , de 2009). Os valores arrecadados com esta contribuição devem ser distribuídos na seguinte proporção 3 : 65% para o(s) Município(s); 23% para os Estado(s) e/ou Distrito Federal, 10% (dez por cento) para o Ministério de Minas e Energia, a serem integralmente repassados ao Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, que destinará 2% 3 Lei n o 8.001, de 13 de março de 1990, com nova redação dada pela Lei nº 9.993, de 24/7/2000.

6 6 (dois por cento) desta cota-parte à proteção mineral em regiões mineradoras, por intermédio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Ibama, e, 2% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico FNDCT, (criado pelo Decreto-Lei n o 719, de 31 de julho de 1969, e restabelecido pela Lei n o 8.172, de 18 de janeiro de 1991). 2. Aspectos importantes. Os recursos arrecadados pela CFEM estão impedidos legalmente de serem utilizados para pagamento de dívidas ou no quadro permanente de pessoal (artigo 8º da Lei 7.990/89 e parágrafo único do artigo 26 do Decreto 01/91). Salvo estas vedações impostas, a opção mais razoável para a aplicação destes recursos, deveria dar-se em benefício e melhoria da qualidade ambiental e de vida da comunidade envolvida, assegurando no futuro, a sobrevivência e sustentabilidade destas cidades. Nesta vereda, fica oportuno considerarmos dois pontos importantes: a previsibilidade de escassez destes recursos não renováveis, e a forte dependência econômica desta atividade, comumente verificada nestes municípios, que acabam por inibir o desenvolvimento de outras atividades, passando a adotar esta como sua principal matriz geradora de empregos. Os economistas definem a situação onde as cidades apresentam grande dependência econômica de uma única atividade, como enclave econômico. Nestas cidades, grande parte das pessoas vivem, dependem e trabalham direta ou indiretamente em apenas um setor, como por exemplo, o setor de extração mineral.

7 7 Alguns autores (Mello ; Martins ) acreditam até mesmo que a atividade mineral não gera um pólo de desenvolvimento, mas sim de dependência. Tal entendimento se justifica quando se verifica que o enclave econômico freqüentemente se caracteriza pela ausência de ligações entre a atividade principal (neste exemplo: atividade mineradora) e os outros setores econômicos da região no qual a empresa está inserida. Neste sentido, verificase a dificuldade ou impossibilidade de se desfrutar de um desenvolvimento auto-sustentado, diversificado e independente da atividade principal (extração mineral). Com efeito, um investimento planejado e sustentado na diversidade econômica e também cultural dos municípios afetados, certamente poderia se converter em benefício da comunidade, evitando o previsível colapso provocado pelo fim desta atividade. Claro, a mineração é uma atividade de exploração de bens naturais não renováveis, portanto, como não poderia ser diferente, verifica-se nesta atividade a questão da temporariedade, ou seja, as reservas minerais possuem um tempo previsível para se exaurirem, ou seja, são finitas. Desta forma, tão importante quanto a elaboração de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas - PRAD, por parte empreendedor, com vistas as questões ambientais e a previsibilidade do encerramento e reaproveitamento futuro da área explorada, também é impreterível um planejamento estratégico sócio-econômico, por parte do Poder Público, sobretudo local. No entanto, se por um lado o plano de fechamento da mina é exigido dos empreendedores, e prevê que as etapas de desativação e fechamento de mina sejam consideradas desde o início do desenvolvimento do seu projeto de 4 MELLO, Ediméia Maria Ribeiro, Mineração de Ferro e Enclave: Estudo de Caso da Companhia Vale do Rio Doce, IX Seminário da Economia Mineira, p. 5 MARTINS, Nildred Stael Fernandes, Dinâmicas Urbanas e Perspectivas de Crescimento Itabira-MG, Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, p.

8 8 implantação, permitindo a sua constante reavaliação e atualização, por outro lado nada é exigido do Poder Público, que salvo raros exceções, não apresenta a menor condição de por sua livre iniciativa, desenvolver um plano de ações e metas capazes de preparar a cidade para sua reinserção social, econômica e cultural, para o novo contexto que certamente se apresentará com o fim desta atividade. O que temos visto, sobretudo pelos gestores públicos interessados no assunto, é uma discussão acerca dos interesses econômicos, colocando o homem (social) e o ambiente (ambiental) às margens da discussão, como se dissociados pudessem ser, do verdadeiro processo de desenvolvimento sustentável. Não bastasse, muitos destes quando remetem as questões sociais e ambientais ao contexto, o fazem por pura e simples conveniência, mais como justificativa para defenderem seus interesses imediatos, que em reconhecimento de sua importância futura. Claro, os interesses políticos que ora fazem coro, certamente são imediatistas e vivem aos arrepios do planejamento. Quando muito, se concentram ou se aguçam de quatro em quatro anos, de acordo com seus interesses, mormente eleitoreiros, partidários e pessoais. 3. A Natureza Jurídica da CFEM. A compensação financeira pela exploração de recursos minerais fora garantida pela Constituição Federal e instituída pela Lei nº 7.990/89, que veio disciplinar a CFEM e discorrer sobre a forma de se estabelecer seu valor, sendo posteriormente alterado pelo Decreto nº 01/91. Esta compensação financeira dá-se na forma de preço público 6 de caráter indenizatório e receita não-tributária, portanto, diferida do tributo prescrito no artigo 3º do Código Tributário Nacional. 6 Para Torres (2007, p. 188), preço público é o ingresso de caráter não-tributário devido ao Estado a título de contraprestação paga por um benefício.

9 9 Dado caráter não-tributário da CFEM, há que se interpretar que seu prazo prescricional para cobrança é decenal (10 anos), conforme bem dispõe o art. 205 do Código Civil, observada a regra de transição imposta pelo art do mesmo Código de Sua natureza jurídica indenizatória, se justifica como uma contraprestação a ser paga em função das despesas que sobrecarregam e oneram o Poder Público, principalmente em função das externalidades e pressões da atividade extrativista, que impactam diretamente nos equipamentos públicos, serviços de saúde, transporte, segurança, educação e meio ambiente. Os principais entendimentos sedimentados pela jurisprudência são: DIREITO FINANCEIRO. COMPENSAÇÃO PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS. CONSTITUIÇÃO FEDERA, ART. 20, 1º, LEIS 7.990/89 E 8.001/90. RECEITA PATRIMONIAL E NÃO TRIBUTÁRIA. Os recursos minerais constituem patrimônio da União Federal e sua exploração por terceiros depende de autorização ou concessão estatal (176, 1º). A compensação financeira assegurada pelo 1º do artigo 20 da CF pela exploração dos recursos minerais constitui receita patrimonial, e não tributária, a ela não se aplicando, pois, os princípios constitucionais pertinentes aos tributos. Assim, impertinentes as alegações de ofensa ao princípio da não cumulatividade tributária e à exigência de lei complementar para sua instituição, do mesmo modo que válidos os critérios adotados pelo legislador para cálculo e distribuição de receita, ainda que merecedores de críticas. Apelação a que se nega provimento. TRF 1º REGIÃO Apelação Cível nº /DF Rel. Juiz Osmar Tognolo DJ. 17/05/1996. TRIBUTÁRIO. EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO. 7 Código Civil - Lei 10406/02: Art A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor, e; Art Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei revogada.

10 10 NATUREZA JURÍDICA. LEGALIDADE E CONSTITUCIONALIDADE. A compensação financeira para pela exploração de recursos minerais, prevista na Lei nº 7.990, de 28/12/89, não é ilegal nem inconstitucional. Sua cobrança representa apenas o cumprimento de um mandamento constitucional (art. 20, 1º). Não se trata de receita tributária, senão de uma receita patrimonial originária do Estado, como ressarcimento pela exploração mineral no seu território. Improvimento da apelação. TRF 1ª REGIÃO - Apelação Cível Nº /DF Rel. Juiz Olindo Menezes DJ. 09/05/1996. O sistema de direito constitucional positivo vigente no Brasil fiel à tradição republicana iniciada com a Constituição de 1934 instituiu verdadeira separação jurídica entre a propriedade do solo e a propriedade mineral (que incide sobre as jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais existentes no imóvel) e atribuiu, à União Federal, a titularidade da propriedade mineral, para o específico efeito de exploração econômica e/ou de aproveitamento industrial. A propriedade mineral submete-se ao regime de dominialidade pública. Os bens que a compõem (...) [estão] constitucionalmente integrados ao patrimônio da União Federal. STF, Ag Rg no RE , j , Rel. Min. Celso de Mello, DJ. 06/06/1997 BENS DA UNIÃO (RECURSOS MINERAIS E POTENCIAIS HÍDRICOS DE ENERGIA ELÉTRICA). PARTICIPAÇÃO DOS ENTES FEDERADOS NO PRODUTO OU COMPENSAÇÃO FINANCEIRA POR SUA EXPLORAÇÃO (CF. ART. 20 E 1º). NATUREZA JURÍDICA. CONSTITUCIONALIDADE DA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA. O tratar-se de prestação pecuniária compulsória instituída por lei não faz necessariamente um tributo da participação nos resultados ou da compensação financeira previstas no artigo. 20, 1º, CF, que configuram receita patrimonial. STF RE /DF Rel. Min. Sepúlveda Pertence DJ. 16/11/2001. Segundo o STF, a compensação financeira pela exploração de recursos minerais é um instrumento constitucional:

11 11 Compensação financeira pela exploração de recursos minerais. Leis 7.990/1989 e 8.001/1990. Constitucionalidade. Arts. 20, 1.º, 154, I, e 155, 3.º, da CF/1988. Precedentes: RE e MS STF, Ag Rg no Ag In , j Rel. Min. Gilmar Mendes DJ. 09/06/2006 Por fim, os Tribunais vêm expressando o entendimento de que a obrigação desta contribuição advém de uma atividade relacionada a exploração de um bem público, haja vista que o subsolo e seus recursos minerais constituem-se bens (patrimônio) da União 8 (art. 20, inciso IX); Portanto, o seu crédito vem a ser uma receita patrimonial. 4. O Desafio. Reconhecendo a suma importância da adequada aplicação desta contribuição, temos fortes motivos para crer que o simples fato de aumentar a alíquota da CFEM, não vai refletir em melhoria da qualidade de vida e do meio ambiente das cidades mineradoras, motivos pelo qual passamos a expor. Certamente que os recursos financeiros arrecadados, por si só não geram os efeitos e benefícios pretendidos. No entanto a situação fica bem pior, quando verificamos a malversação destes, senão pela desonestidade dos gestores públicos, muito também pelo despreparo destes e dos que os cercam. Acrescente-se a isto a falta de planejamento, incapacidade de gestão e descomprometimento com coletivo, que teremos uma receita de fracasso. 8 Art. 20. São bens da União: (...) IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

12 12 A evasão em massa, desemprego, abandono habitacional, subutilização e desaparelhamento da cidade, são problemas previsíveis e algumas conseqüências nefastas de um investimento desordenado e mal planejado. Aplicar corretamente estes recursos pode significar a minimização dos problemas ocasionados pelas as externalidades negativas e efeitos deletérios causados pelos empreendimentos minerários. Ao contrário, a falta de fiscalização e transparência quanto a sua aplicação, podem gerar conseqüências danosas e irreversíveis, que em nada contribuirão para alcançar os propósitos e objetivos de sua instituição. O desafio não está somente na recuperação ambiental de áreas degradadas, prática obrigatória já adotada há algumas décadas, consubstanciada nos princípios da responsabilidade ambiental. O grande desafio, em mesmo grau e importância, é a incorporação das questões econômicas e sociais ao processo como todo, e não tratados isoladamente como acontece hoje, onde o poder público local consegue trilhar em passos largos, caminhos dissonantes do desenvolvimento sustentável e do interesse coletivos, em detrimento de suas visões imediatistas, sem a menor perspectiva de nosso futuro. Isto, por que não há que se falar em eficiência da administração pública, quando se verifica por um lado a falta de capacidade de seus gestores, e por outro, a falta de regulamentação, planejamento e fiscalização na aplicação destes recursos. Afinal muito se arrecada, mas o retorno positivo destes valores não se dá em mesma proporção em qualidade de vida da população, nem tampouco nos serviços públicos ou na infra-estrutura de nosso país. Para ser ter idéia de arrecadação, um estudo encomendado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) à consultoria Ernst & Young, aponta a carga tributária incidente sobre as atividades minerais no Brasil é uma das três maiores do mundo, o que, por si só, já demonstra que as mineradoras (o setor privado) contribuem aos cofres públicos (o Estado) com valores de primeiro mundo, em que em muito excedem aqueles pagos a título de royalties. Então,

13 13 podemos verificar que a questão não se assenta somente na falta de recursos, mas, sobretudo, na sua gestão. A exemplo podemos citar Congonhas, cidade administrada pelo prefeito Anderson Costa Cabido (PT), que vive a expensas deste município, defendendo o aumento da Cfem em diversos cantos do país, puxando o coro dos prefeitos e representantes de cidades mineradoras. Ótimos motivos apresenta, não fosse a dura realidade da cidade administrada por ele: Quem não conhece Congonhas, pode até pensar que esta anda a mil maravilhas, pois vai abrigar um novo eldorado mínero-siderúrgico e receber um robusto investimento de ordem superior a 20 bilhões de reais do setor privado. Isto, sem contar que a cidade possui menos de 50 mil habitantes (2010) e vem batendo recordes de arrecadação nos últimos 6 anos. Espera-se que em breve a cidade passe a arrecadar mais de 1 milhão de reais por dia. Para se ter uma idéia, só em CFEM nos três primeiros meses de 2011, a cidade já acumulou mais de 10 milhões de reais (veja quadro). Arrecadação CFEM do Estado: MG e Ano: 2011 Cidade Jan. Fev. Mar. Total CONGONHAS , , , ,83 Fonte: Neste sentido, quando se fala na (ex) histórica, hoje mineradora Cidade dos Profetas, espera-se encontrar uma cidade a altura de sua fama e arrecadação. No entanto, o que é notório e comumente verificado pelos visitantes ilustres, é que se trata de uma cidade mal cuidada, suja, empoeirada, com praças e parques abandonados, com a qualidade de vida bastante

14 14 questionável e uma população que segue angustiada, que mesmo beneficiada pelo alto índice de emprego, reflete um mórbido sentimento de abandono e infelicidade. Qual será então o problema? Certamente não se encontra aos olhos de nossos visitantes, nem tampouco nos cofres da cidade, mas certamente na gestão de seus recursos. O dinheiro que é desperdiçado por esta geração, poderá ser chorado pelas gerações futuras, pois neste rumo o fracasso é inevitável. 5. A Questão. Antes não, mas a lástima está na incapacidade dos gestores públicos, que seguem despreparados para executar uma verdadeira política pública. Gastam mal, tendo muito ou tendo pouco, tanto faz, e a questão pode ir além da incapacidade, se acumulando por vezes com a falta de caráter. Portanto, nosso entendimento de que aumentar a alíquota é importante, mas criar mecanismos legais, estabelecendo regras obrigatórias para sua correta aplicação, faz-se impreterível. Isto, para que possamos alcançar ao mais próximo possível, os objetivos e metas pretendidos com a instauração desta contribuição. Você pode até pensar que responsabilidade e competência para administrar e investir o dinheiro público não se dá por decreto ou lei, o que certamente concordaríamos, mas estas regulações legais podem reduzir as possibilidades de abuso ou desvios, podendo obrigar ou até mesmo apenar, àqueles que descumprirem a imposição legal ditada pelo ordenamento jurídico que tratar do assunto. Afinal a lei é dura, mas é lei - Dura lex, sed lex -, e na administração pública a lei é que obriga, rege e ordena, ou ao menos, é o que deveria ser.

15 15 Neste sentido, pelos motivos aqui já explicitados, também acreditamos que o planejamento e a aplicação destes recursos deve dar-se de forma compartilhada com a sociedade civil (gestão compartilhada), por meio de audiências ou conferências públicas, que teriam força para definir suas prioridades e aplicações. Afinal, não podemos nos esquecer de que estamos tratando da compensação por exploração de recursos naturais que pertencem a todos, tanto as gerações presentes quanto as gerações futuras. Assim, por acreditar no melhor aproveitamento do potencial de nosso país, tanto natural, quanto social e econômico, pela construção de um futuro melhor, este é nosso entendimento. 6. Conclusão A atividade extrativista mineral causa reflexos positivos e negativos nas cidades mineradoras, tanto precedentes a sua instalação, quanto posteriores ao seu término. A acomodação econômica do município dada abundância de arrecadação e geração de emprego, é uma cortina de fumaça que esconde a dependência econômica desta atividade, que não raras vezes, sufoca e inibe o surgimento de outras vocações econômicas. No entanto, sendo um recurso mineral não renovável e mensurável, é possível prever sua exaustão, a fim de se estabelecer um planejamento para que se proceda a essa transição, de maneira menos turbulenta, minimizando os impactos culturais, sociais, econômicos e ambientais. Assim, a Cfem foi instituída com intuito de que os municípios pudessem melhor se preparar para este enfrentamento e transição. Contudo, a má gestão destes recursos, por parte de seus gestores, que usam e abusam de uma discricionariedade inconseqüente e sem nenhum planejamento, colocam a sustentabilidade e o futuro das cidades mineradoras

16 16 em risco, rumo a um previsível colapso econômico, social e cultural, onde o fracasso será inevitável. Em tempo, estabelecer mecanismos legais para bem aplicar os valores arrecadados com a Cfem, através da gestão compartilhada de um fundo específico e bem organizado, pode ser a única alternativa para reduzir as possibilidades de abuso e malversação. Para tanto, concluímos ser de extrema importância, a adoção das seguintes medidas: i) A regulamentação legal para aplicação dos recursos originados com a contribuição financeira por exploração de recursos minerais (Cfem); ii) iii) A criação de um fundo específico a cada município, para receber os valores arrecadados com a Cfem (Fundo Municipal de Contribuição Financeira por Extração Mineral), estabelecendo normas de acesso, bem como áreas para sua aplicação, dentro de um plano de ações e metas previamente aprovado; Organizar a gestão compartilhada do fundo, através de um conselho paritário, consultivo e deliberativo (Conselho Municipal de Gestão da Cfem), que realizará audiências públicas anuais para prestar contas e definir a aplicação dos valores arrecadados, dentro do plano de ações e metas específico. Ante todo exposto, podemos perceber, que se não for estabelecido imediatamente, mecanismos capazes de inibir a malversação destes recursos, ao inverso da promoção de um desenvolvimento sustentável e sustentado, estaremos condenando as nossas cidades ao inevitável colapso social, econômico e ambiental, que irá corroborar com a impossibilidade das gerações futuras em suprirem suas próprias necessidades, das quais hoje desfrutamos em abundância e extremo desperdício.

17 17 Nota sobre o Autor: Neilor S. Aarão é ambientalista, presidente do Partido Verde de Congonhas, Bacharel em Direito, Pós-Graduado em Direito Impacto e Recuperação Ambiental, cursou como aluno especial da disciplina isolada de Tópicos Especiais em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PEA 521) pelo Mestrado em Engenharia Ambiental da UFOP, Doutorando em Ciências Jurídicas Sociais, com área de concentração em direito das futuras gerações. Contato: neiloraarao@hotmail.com Lenin já afirmava no inicio do século XX, que o capitalismo não dá valor aquilo que não se pode medir.

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