LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA: REVISÃO LITERÁRIA E O OLHAR DA ENFERMAGEM
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- Maria de Lourdes de Miranda Alcântara
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1 LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA: REVISÃO LITERÁRIA E O OLHAR DA ENFERMAGEM MEDEIROS 1, Daiana Velho; NUNES, 2 Simone; PEREIRA, 3 Tatiana da Rosa; MILLER, 4 Matheus Freitas RESUMO Este estudo objetivou investigar como o enfermeiro(a) deve atuar diante de um paciente portador de Leucemia Mielóide Aguda, entendendo e orientando sobre suas necessidades. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva bibliográfica destacando as alterações fisiológicas, anatômicas e psicológicas relativas à doença em questão. Observou-se que essa doença vem aumentando ao longo dos anos e acomete pessoas com idade acima de 65 anos quando a doença ocorre. Para tanto, as situações de vulnerabilidade do paciente a diversos agravos à saúde, exigem a atuação de profissionais atentos e capacitados e a Enfermagem, como uma das áreas de conhecimento da saúde, preconiza um cuidado voltado à educação e promoção da saúde. Descritores: Leucemia Mielóide Aguda (LMA); Sobrevivência global; Enfermagem. ABSTRACT This study aimed to investigate how nurses must act before a patient with acute myeloid leukemia, understanding and guidance on their needs. For this purpose, we performed a descriptive literature emphasizing the physiological, anatomical and psychological on the disease in question. It was observed that this disease has been increasing over the years and affects people over the age of 65 years when the disease occurs. To do so, the situations of vulnerability of the patient to various health problems, require the performance 1 Apresentadora. Acadêmica do 8º semestre de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano UNIFRA. dvm04@hotmail.com 2 Professora Enfermeira do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano UNIFRA 3 Acadêmica do 8º semestre de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano UNIFRA. 4 Acadêmico do 8º semestre de Enfermagem do Centro Universitário Franciscano UNIFRA. 1
2 of professional and attentive and skilled nursing, as an area of knowledge of health care advocates focused on education and health promotion. Keywords: Acute myeloid leukemia (AML); overall survival; Nursing. 1 INTRODUÇÃO A leucemia é uma doença maligna (câncer) que se inicia na medula óssea e por sua vez, invade o sangue periférico. A Leucemia Mielóide Aguda caracteriza-se pelo acúmulo de células imaturas devido aos distúrbios de diferenciação e proliferação da linhagem mielóide, comprometida por alterações genéticas que afetam os fatores de transcrição e os receptores da tirosinoquinase. 1 Essa doença vem aumentando ao longo dos anos e acomete pessoas com idade acima de 65 anos na maioria das vezes. Nessa faixa etária, outros problemas de ordem médica, inclusive doença cardíaca, pulmonar e diabetes podem estar presentes. A intensidade do tratamento requer doses e freqüência individualizadas, levando-se em consideração as características da leucemia, a saúde do paciente sua tolerância ao tratamento. Para tanto, as situações de vulnerabilidade do paciente a diversos agravos à saúde, exigem a atuação de profissionais atentos e capacitados. A Enfermagem, como uma das áreas de conhecimento da saúde, preconiza um cuidado voltado à educação e promoção da saúde, sendo imprescindível conhecer as necessidades e dificuldades de cada cliente e sua família, de modo a contribuir para a melhora de suas condições de saúde. Objetiva-se considerando tais aspectos, o presente trabalho tem por objetivo abordar o tema Leucemia Mielóide Aguda, enfatizando seus sinais e sintomas, tratamento e como o enfermeiro (a) deve atuar diante desta temática. 2 METODOLOGIA Este estudo compreende uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, a qual foi explorada por meio de revisão literária em banco de dados eletrônicos como Google acadêmico e Scielo. Além disso, também se fundamentou a temática em escritas de livros impressos cujas fontes compreenderam o período de 1987 a RESULTADOS E DISCUSSÕES 2
3 A Leucemia Mielóide Aguda corresponde a 90% das leucemias na vida adulta, acometendo aproximadamente 3,4/ pessoas/ano nos Estados Unidos. No Brasil, os dados do Inca registraram 9,9 casos novos/ habitantes/ano em adultos nos últimos anos; a estimativa de casos novos por habitantes em 2006, de acordo com a região geográfica, foi de 8,94 na Região Sul, 8,5 para o Sudeste, 7,8 para o Centro-Oeste, 7,4 para a Região Norte e de 6,2 para o Nordeste. 2 Os pacientes apresentam sintomas relacionados à diminuição da produção de células normais da medula óssea e com isso sua redução na circulação sangüínea: Diminuição na produção de glóbulos vermelhos (hemoglobina): levando a anemia com palidez, cansaço fácil, sonolência; Diminuição na produção de plaquetas: manchas roxas que ocorrem em locais onde não relacionados a traumas, podem aparecer pequenos pontos vermelhos sob a pele (chamado de petéquias) ou sangramentos prolongados resultantes de pequenos ferimentos; Diminuição na produção de glóbulos brancos: aumentado o risco de infecção. As células leucêmicas podem se alojar no líquido céfalo-raquidiano causando dores de cabeça e vômitos. Os sinais e sintomas da leucemia são inespecíficos e podem mimetizar várias outras doenças tais como infecção e reumatismo. 3 Para diagnosticar a doença, as células sangüíneas e da medula devem ser examinadas. Além da contagem baixa de plaquetas e de glóbulos vermelhos, o exame por coloração das células sangüíneas e sua visualização através de um microscópio, normalmente irá mostrar a presença de mieloblastos. Isso será confirmado através do mielograma (punção da medula óssea), que quase sempre mostra células leucêmicas. As células sangüíneas e/ou da medula óssea também são utilizadas determinar o subtipo da leucemia investigando o número e forma dos cromossomos (exame citogenético ou cariótipo), imunofenotipagem e para outras investigações especiais. 4 A literatura mostra uma prevalência da LMA em regiões urbanas e industrializadas, fato constatado neste grupo, onde 74% dos pacientes são moradores de grandes cidades e 28% praticavam profissões consideradas de risco para o desenvolvimento de leucemias. O atual tratamento da LMA é feito por fases, partindo da indução e culminando com a intensificação. Desde os anos 60, o esquema de indução usando uma antraciclina associada à citarabina em infusão contínua permanece a melhor opção. O objetivo da terapia de indução é o de eliminar as células blásticas leucêmicas visíveis do sangue e da medula óssea. Caso estas ainda estejam presentes, é necessário um segundo curso de quimioterapia para eliminar as mesmas da medula óssea. Normalmente, as mesmas 3
4 medicações são utilizadas esses dois cursos iniciam de quimioterapia. Uma vez que células leucêmicas residuais que não podem ser detectadas na medula óssea, após a remissão o paciente deve receber terapia de exame de sangue e da medula permanecem após adicional, sendo o melhor tratamento para LMA uma terapia intensiva e por curto tempo. Uma abordagem em uso é utilizar doses muito altas de citarabina administradas via intravenosa, assim que ocorre a remissão. Em pacientes que não tenham doadores compatíveis para transplante de células tronco hematopoiéticas, a terapia pode ser ainda mais intensificada por meio da administração em altas doses de quimioterápicos e também através da infusão da própria medula do paciente, denominado transplante autólogo de células tronco hematopoiético. 3 Essa infusão tem o objetivo de restaurar a produção de células sangüíneas após altas doses de quimioterapia. A medula deve ser coletada do paciente logo após a indução da remissão ser realizada e em seguida congelada (criopreservação). Técnicas especiais são utilizadas para evitar que as células da medula se danifiquem durante o processo de congelamento e descongelamento. 3 A recaída é um dos maiores problemas na LMA, mantendo a proporção de 30% de sobrevida global além de cinco anos. Os dados analisados apontam 40% de recaídas, frente a este cenário, a abordagem mais utilizada no nosso meio é a intensificação da remissão através de transplante de células-tronco hematopoéticas.é evidente a melhora nos resultados do tratamento da LMA, mas ainda está associada a elevadas taxas de recaída e mortalidade, confirmando que é necessário mudar conceitos e estratégias de abordagem nessa doença. 5 Nesse sentido, a enfermagem visa, em seu processo de cuidado sistêmico, compreender o ser humano como um sistema, aberto para as trocas de informações e flexível para continuamente se reorganizar e adaptar a novas e diferentes situações, independentemente das situações em que se encontra. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados da pesquisa mostram os conhecimentos atuais sobre a fisiopatogenia da leucemia mielóide aguda, e as novas classificações baseadas nas alterações citogenéticas e moleculares, ainda resta que se investiguem terapias e outros métodos para seu tratamento, pela grande taxa de recaídas. 4
5 É necessário um trabalho de relacionamento que traz serviços e informações que ajudam a fortalecer a equipe multiprofissional, levando a ter um atendimento assistencial, visando à melhora da qualidade dos serviços e da saúde dos pacientes atingidos. Nesse sentido, a enfermagem é uma parceria de sucesso que precisa ser explorada e trabalhada, realizando-se outros estudos que permitam avaliar essa produção de saberes e fazeres, tornando possível identificar a amplitude do trabalho da enfermagem na saúde e no atendimento dos portadores de Leucemia. 5 REFERÊNCIAS 1 Fagundes EM, Rocha VG, Azevedo WM, Clementino NCD, Quintão JS, Ferraz MHC et al. Leucemia mielóide aguda do adulto: análise retrospectiva de 99 casos. Bol Soc Bras Hematol e Hemot. 1995; 17: Instituto Nacional do Câncer. Ministério da Saúde. Estimativa de Câncer Peters G. The D-type cyclins and their role in tumorigenesis. Journal of Cell Science 2008; 18: Bos JL, Verhan-de Vries M, Van Der Eb A et al. Mutations in N-ras predominate in acute myeloid leukemia. Blood 2000; 69: iernik PH. Acute Myelocytic Leukemia. Encyclopedia of Cancer. 2001; 2 nd Edition, V1,
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