UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ BRUNA GOULART VASCONCELOS

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ BRUNA GOULART VASCONCELOS A ESTABILIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ANTECEDENTE CURITIBA 2016

2 BRUNA GOULART VASCONCELOS A ESTABILIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ANTECEDENTE Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Profº Rafael Knorr Lippmann CURITIBA 2016

3 TERMO DE APROVAÇÃO Bruna Goulart Vasconcelos A ESTABILIZAÇÃO E MODIFICAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA ANTECEDENTE Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Bacharel em Direito no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Professor Doutor Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias do Curso de Direito Faculdade de Ciências Jurídicas Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Professor Doutor Rafael Knorr Lippmann Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Professor Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Professor Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná

4 Ao meu namorado Rafael, Obrigada pelo apoio, incentivo, carinho, respeito, companheirismo, amor e por permanecer ao meu lado durante todos esses anos.

5 RESUMO O presente trabalho tem por objetivo a análise das principais características das tutelas provisórias trazidas pelo Novo Código de Processo Civil, notadamente naquilo que se refere às divergências doutrinárias acerca da estabilização e modificação da tutela antecipada antecedente. Dentre as técnicas processuais existentes, a antecipação dos efeitos da tutela consistiu em uma grande evolução ao direito processual brasileiro, pois nela se permite o acesso antecipado ao bem tutelado, sem que a demora do processo redunde em maior prejuízo para o demandante. Nesse contexto, a estabilização dos efeitos da tutela antecipada, permite que uma decisão provisória produza efeitos de forma definitiva. Referido mecanismo coaduna com os princípios constitucionais do direito à duração razoável do processo, de modo a auxiliar a maior efetividade e celeridade do processo, bem como desestimular os litígios temerários. Palavras-chave: Processo civil. Tutelas provisórias. Tutelas de urgência. Tutela antecipada. Estabilização da tutela antecipada.

6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO TUTELAS PROVISÓRIAS O CONCEITO DE TUTELA PROVISÓRIA NO NCPC Generalidades Competência Legitimação ESPÉCIES DA TUTELA PROVISÓRIA TUTELA DE EVIDÊNCIA Considerações Iniciais Pressupostos TUTELA DE URGÊNCIA Visão unitária da Tutela de Urgência Considerações Iniciais Pressupostos O Fumus boni iuris O Periculum in mora Procedimentos das tutelas de urgência Tutela de urgência incidental Tutela de urgência antecedente MODALIDADES DE TUTELA DE URGÊNCIA TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR Procedimento da tutela de urgência cautelar antecedente TUTELA DE URGÊNCIA SATISFATIVA (ANTECIPADA) Pressuposto Específico: A reversibilidade dos efeitos do provimento...41

7 4.2.2 Procedimento da tutela de urgência antecipada antecedente ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA CONCEITO REQUISITOS À ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA FORMAS PARA IMPEDIR A ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA A BUSCA DE UM SUPORTE ADEQUADO PARA O TERMO RECURSO MODIFICAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE ESTABILIZADA E A COISA JULGADA OUTRAS QUESTÕES POLÊMICAS A estabilização deve alcançar também a tutela cautelar? Requerer em caráter incidental também ou só antecedente? CONCLUSÃO...61 REFERÊNCIAS...62

8 9 1 INTRODUÇÃO Um dos grandes problemas do Poder Judiciário pátrio diz respeito à exacerbada duração dos processos na entrega da prestação jurisdicional. É certo que a entrega da prestação jurisdicional completa demanda tempo razoável, haja vista a necessidade de se observar o procedimento legalmente previsto, bem como as garantias processuais fundamentais, como a segurança jurídica, a ampla defesa e o contraditório. No entanto, por vezes essa demora excessiva enseja danos irreparáveis aos litigantes, de modo que o direito material poderá vir a perecer ou até mesmo o processo poderá se tornar ineficaz. Nesse sentido, tornou-se imprescindível a adoção de instrumentos jurídicos que realizem um controle dos efeitos negativos do tempo, de modo a impedir referidos resultados danosos. Dessa forma, foram criadas as Tutelas Provisórias - assim atualmente denominadas pelo Novo Código de Processo Civil - com a finalidade de atenuar os males do tempo de modo a garantir a efetividade da jurisdição. Com o presente trabalho busca-se a análise das principais características das Tutelas Provisórias, em especial as Tutelas de Urgência, sejam elas de natureza satisfativa ou cautelar. Ainda, questiona-se acerca da aplicabilidade do novo instituto da técnica de estabilização da tutela antecipada antecedente, o qual na verdade, implicou em uma das maiores novidades para a legislação processual brasileira. Assim, com referido instituto, atualmente admite-se a possibilidade de estabilização dos efeitos da decisão que conceder a tutela antecipada em caráter antecedente, sendo este o tema principal do presente trabalho, notadamente naquilo que se refere às divergências doutrinárias e suas questões polêmicas, pois em se tratando de legislação nova, as conclusões, inevitavelmente acabam por assumir mais o caráter de dúvidas e reflexões.

9 10 2 TUTELAS PROVISÓRIAS 2.1 CONCEITO DE TUTELA PROVISÓRIA NO NCPC Inicialmente o Projeto do Novo Código de Processo Civil do Senado propunha a denominação apenas de tutela de urgência e tutela de evidência para se referir à tutela antecipada e à tutela cautelar, veiculada em seus arts. 269 a 286. No entanto, o Projeto da Câmara propôs em seu lugar, de modo genérico, a intitulação de tutela antecipada independente de sua natureza, seja ela satisfativa ou cautelar, que ocupava seus arts. 295 ao 313. Mas, finalmente em última etapa do Processo Legislativo, o Senado modificou mais uma vez a denominação para Tutela Provisória, ora utilizado pelo atual Código de Processo Civil, seja pautada pela urgência, seja pela evidência. No entanto, as diferenças entre o texto do projeto aprovado no Plenário do Senado Federal e o enviado para a sanção presidencial, sob a ótica aprofundada, isto é, além de questões meramente terminológicas, pode representar afronta ao devido processo legislativo, previsto no art. 65, parágrafo único da CF 1, hipótese, inclusive, que poderia ser aferido eventual inconstitucionalidade formal, pois evidentemente, não cabe ao revisor formal fazer correções ao que foi aprovado pelo legislador. Todavia, para que seja possível a demonstração de extrapolamento na última etapa do processo legislativo, segundo o Doutrinador Cassio Scarpinella Bueno, implicaria, ao menos, que houvesse certeza acerca da interpretação traçada pela Câmara e pelo Senado, de modo que somente assim, seria possível fornecer parâmetros seguros de comparação entre um e outro Projeto e, consequentemente, para aferir eventual inconstitucionalidade formal. (BUENO. 2016, p. 263). Ainda, para Cassio Scarpinella Bueno: (...) não evidencia maiores problemas quanto a esse ponto, lamentando, apenas, a alteração de nome ocorrida na reta final do Projeto do Senado, que corre risco de limitar o alcance do instituto proposto desde o Anteprojeto a algo que só pode querer ser provisório, e como tal, não definitivo 1 Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

10 11 diferentemente do que já se ensaiava aqui e acolá. De qualquer sorte, nomes são nomes e, por definição, não podem querer se sobrepor às realidades que eles descrevem. A doutrina e a jurisprudência precisa ter isso claro ao traçar, criando, o regime jurídico desta figura independentemente da nomenclatura que, a final, foi escolhida para descrevê-la pelo CPC de (2016, p. 264). Assim, a alteração ocorrida na reta final do Projeto do Senado, apesar de se tratar de possível afronta ao procedimento legislativo previsto no art. 65, parágrafo único da CF, a sua maior problemática, segundo Cassio Scarpinella Bueno diz respeito ao risco de limitação do alcance do instituto em razão de sua nova nomenclatura. (2016, p. 264). Ademais, visto os detalhes atinentes a denominação de Tutela Provisória empregada pelo Novo Código, mister se faz a análise do entendimento da doutrina acerca do conceito de Tutela Provisória. Inicialmente, para Ovídio Baptista da Silva (2006) o provisório é sempre preordenado a ser trocado pelo definitivo que goza da mesma natureza. Dessa forma, considera-se provisório, o provimento em cognição sumária que não possui caráter definitivo, possuindo assim duração temporal limitada ao período de seu deferimento, sendo que posteriormente será sucedido por provimento de cognição exauriente. Nas lições do doutrinador Humberto Theodoro Júnior, a tutela provisória é uma " técnica de sumarização, para que o custo da duração do processo seja melhor distribuído, e não mais continue a recair sobre quem aparenta, no momento, ser o merecedor da tutela. (2016, p. 610). Ademais, afirma Cassio Scarpinella Bueno, que a tutela provisória trata-se: (...) do conjunto de técnicas que permite o magistrado, na presença de determinados pressupostos, que gravitam em torno da presença da urgência ou da evidência, prestar tutela jurisdicional, antecedente ou incidentalmente, com base na decisão instável (por isto, provisória) apta a assegurar e/ou satisfazer, desde logo, a pretensão do autor. (2016, p. 247).

11 12 A Tutela Provisória trazida pelo Novo Código de Processo Civil, encontra-se prevista no art , e referido dispositivo esclarece que as tutelas podem ser fundamentadas em evidência e urgência, dividindo-se as tutelas de urgência em cautelar e antecipada, estabelecendo regra geral no tocante ao seu procedimento, podendo ser concedidas para ambas as tutelas provisórias em caráter incidental, e somente para as tutelas de urgência em caráter antecedente, baseadas em cognição sumária, e, portanto, podem ser modificáveis e revogáveis, Sob a égide do art. 294, é possível analisar que a respeito da Tutela Provisória, o atual Código trata desse importante tema, de modo diferente do Código de Processo Civil de 1973, havendo uma clara mudança, haja vista que o antigo Código tratava a tutela antecipada e a tutela cautelar como tipos distintos. Assim, o Novo Código de Processo Civil, sob a denominação de Tutela Provisória abarca três técnicas processuais de tutela provisória, as quais auxiliam, complementam e aprimoram o êxito da tutela principal, que será alcançada através de provimento definitivo, o qual solucionará definitivamente o litígio. (THEODORO. 2016, p. 610) Generalidades A entrega de todo tipo de tutela definitiva demanda tempo razoável, haja vista ser impossível a entrega da prestação jurisdicional completa sem a verificação efetiva do direito. E é justamente referida verificação que demanda tempo, em razão de ser necessário atender o procedimento legalmente previsto, bem como observar as garantias processuais fundamentais, como a segurança jurídica, a ampla defesa e o contraditório. A respeito do valor do tempo para o processo, assim se posicionou Fredie Didier Júnior: A rigor, o tempo é um mal necessário para a boa tutela dos direitos. É imprescindível um lapso temporal considerável (e razoável) para que se realize plenamente o devido processo legal e todos os seus consectários, 2 Art A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

12 13 produzindo-se resultados justos e predispostos à imutabilidade. É garantia de segurança jurídica. (2016, p. 580). No entanto, há sobretudo a necessidade de razoabilidade na gestão do tempo para a entrega da tutela jurisdicional, de modo que seja realizado um controle dos efeitos negativos do tempo, para que aquele que está com o direito, não suporte tal ônus. Dessa forma, quando o julgador estiver diante de uma demanda em que se demonstra um direito evidente a ser posteriormente sucedido pelo provimento definitivo ou em situação de urgência, não se é sensato que este arque em maior prejuízo. Assim, esclarece José Rogério Cruz e Tucci: Partindo-se do pressuposto de que o fator tempo tornou-se um elemento determinante para garantir a efetividade da prestação jurisdicional, a técnica de cognição sumária delineia-se de crucial importância para a ideia de um processo que espelhe a realidade sócio-jurídica a que se destina, cumprindo sua primordial vocação que é a de servir de instrumento à efetiva realização dos direitos. (1997, p ). Em mesmo sentindo, Fredie Didier pontua que: O que atormenta o processualista contemporâneo, contudo, é a necessidade de razoabilidade na gestão do tempo, com olhos fixos na: i) demora irrazoável, o abuso do tempo, pois um processo demasiadamente lento pode colocar em risco a efetividade da tutela jurisdicional, sobretudo em casos de urgência; e na ii) razoabilidade da escolha de e arcará com o ônus do passar do tempo necessário para a concessão de tutela definitiva, tutelando-se provisoriamente aquele cujo direito se encontre em estado de evidência. Essa seria a função constitucional das tutelas provisórias: a harmonização de tais direitos fundamentais (segurança e efetividade) em tensão. (2016, p ). Assim, as tutelas provisórias devem ser vistas como medidas com o ideal de justiça, com a principal finalidade de abrandar os males do tempo e garantir a efetividade da jurisdição (os efeitos da tutela) (DIDIER. 2016, p. 581), de modo que o ônus da espera do processo deverá ser suportado por ambas as partes, e não somente pelo autor da demanda.

13 Competência O art. 299 do Novo Código de Processo Civil dispõe que a tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Dessa forma, com base em referido dispositivo, entende-se que se já tramita a ação principal, a parte deverá requerer o pedido de tutela diretamente ao juiz da referida causa, por meio de simples petição, dispensando-se assim, a instauração de um processo cautelar apartado. No tocante a tutela de urgência antecedente, o órgão judicial competente para apreciar o pedido de tutela será aquele que conhecerá do pedido principal, assim, a competência será regida pelas regras comuns do processo de cognição (arts. 42 a 53) ou de execução (art. 781). Na hipótese de o pedido de tutela provisória antecedente ser formulado perante juízo incompetente, poderá ser arguida pelo réu a incompetência relativa ou absoluta em preliminar de contestação, conforme dispõe o art do NCPC. Assim, o Novo Código suprimiu do ordenamento jurídico à exceção de incompetência (relativa) prevista no art. 112 do CPC de No entanto, se o demandado se mantiver inerte e não arguir a violação à regra de competência relativa, de acordo com o art. 65 5, importará em prorrogação da competência. Ainda, admite-se nas hipóteses que o Ministério Público atuar, seja por ele suscitada a incompetência relativa do juízo. A incompetência absoluta deve ser suscitada pelo réu em preliminar de contestação ou a qualquer tempo, independentemente do grau de jurisdição em que se encontre a causa. Ainda, diferentemente da incompetência relativa, a incompetência absoluta, deve ser suscitada de ofício, uma vez que não se encontra adstrita ao regime da prorrogação. 3 Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. 4 Art Argui-se, por meio de exceção, a incompetência relativa. 5 Art. 65. Prorrogar-se-á a competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público nas causas em que atuar.

14 15 Nas lições da Teresa Arruda Alvim Wambier: Ao contrário do que sucede com a incompetência absoluta, que jamais se sana e pode ser suscitada a qualquer tempo e grau de jurisdição, comportando pronunciamento ex officio, a incompetência relativa tem prazo e forma próprios para ser arguida: o prazo é o da contestação, e deverá a incompetência relativa ser arguida e, capítulo preliminar da peça contestatória. Não sendo arguida em preliminar de contestação, dá-se a prorrogação da competência relativa: o que outrora era, potencialmente, incompetência relativa deixa de sê-lo. O vício de incompetência que antes existia torna-se um não vício. (2015, p. 132). Nas hipóteses de conflito de competência disposto no art. 66 6, compete ao julgador que não acolher a competência que lhe foi declinada, suscitar o conflito, caso não decline a juízo diverso. Ainda, o parágrafo único do art. 299 dispõe que ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. Dessa forma, por força desse dispositivo, nas ações de competência originária do tribunal e quando o pedido de tutela de urgência for requerido durante a fase recursal, a competência para conhecer do pedido, será do tribunal e não do juiz de primeiro grau. Nesse caso, incumbe ao relator, de acordo com o art. 932, inc. II apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal. Ademais, cumpre ressaltar que as tutelas provisórias não estão delimitadas em sede de primeira instância, podendo, portanto, ser requerida perante os tribunais, em fase recursal. 6 Art. 66. Há conflito de competência quando: I - 2 (dois) ou mais juízes se declaram competentes; II - 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribuindo um ao outro a competência; III - entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. Parágrafo único. O juiz que não acolher a competência declinada deverá suscitar o conflito, salvo se a atribuir a outro juízo.

15 Legitimação O legitimado a postular a tutela provisória é, em regra, aquele que alega ter direito à tutela jurisdicional definitiva. Dessa forma, podem requerer a antecipação provisória dos efeitos da tutela, seja ela satisfativa ou cautelar, o autor, réu, terceiros intervenientes (que, a partir da intervenção se tornam parte), tendo em vista que todos possuem o direito de acesso à tutela jurisdicional e também, por óbvio, à antecipação provisória dos seus efeitos, desde que preenchidos os pressupostos de lei. (DIDIER. 2016, p. 587). Nas lições de Fredie Didier Júnior e José Roberto Bedaque, o réu não pode ser excluído da possibilidade de se requerer a tutela provisória. A título exemplificativo de tutela provisória concedida em favor do réu, conforme entendimento de José Roberto Bedaque, temos a seguinte hipótese: Em demanda condenatória contestada, tendo remetido o autor, em razão da suposta dívida, informações para órgãos de proteção ao crédito, poderá o réu, em tese, postular a antecipação provisória de efeitos da futura sentença de improcedência, a fim de que seu nome seja provisoriamente excluído do rol de devedores inadimplentes ou de que não seja divulgada essa informação. (2001, p. 354). Ademais, cumpre ressaltar que em regra, caberá somente ao autor do processo principal a formulação de pedido de tutela provisória satisfativa antecedente, haja vista que o seu aforamento pressupõe antecipação dos efeitos da ação que o requerente já identifica na própria petição inicial da medida provisória, comprometendo a complementá-la, após a execução do provimento urgente, se for o caso (THEODORO. 2016, p. 663), conforme dispõe o art. 303, 1º, inc. I 7 do NCPC. 7 Art Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 1 o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;

16 17 No tocante aos pedidos de tutela incidentais, o requerimento poderá partir de qualquer sujeito do processo principal em curso. O legitimado a postular a tutela de evidência, em regra, é o autor da demanda principal, como nos casos de abuso de defesa, previsto no inc. I, art. 311, em pedido reipersecutório fundado em prova documental em ação de depósito, previsto no inc. III do mesmo artigo, e de qualquer ação em que a petição inicial se apresentar instruída com prova documental a que o réu não opôs contraprova suficiente para gerar dúvida razoável (inc. IV). 3 ESPÉCIES DA TUTELA PROVISÓRIA 3.1 TUTELA DE EVIDÊNCIA Considerações Iniciais O presente trabalho tem por objetivo central a análise da espécie de Tutela de Urgência, dessa forma, por não se tratar do tema principal, será abordado primeiramente e de forma sucinta Tutela de Evidência. As Tutelas Provisórias no Novo Código de Processo Civil foram criadas com a finalidade de minimizar os problemas a despeito da razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação, advindos da Emenda Constitucional 45, em 2004 e inseridos no art. 5º, LXXVIII 8. Estes problemas decorrem do Poder Judiciário, que infelizmente não atua de forma célere, muitas vezes por conta de suas limitações grande volume de processos para poucos juízes além das leis processuais permitirem postergar a satisfação do direito. E é por essa razão, que há um longo tempo, os operadores do direito indicavam a necessidade de modernização do processo. Nesse sentido, o doutrinador Athos Gusmão Carneiro afirma que num processo civil que aspira à modernidade e eficiência, que os procedimentos se tornem menos complexos na medida em que 8 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

17 18 aumente o grau de evidência das pretensões do direito material. (CARNEIRO. 1999, p. 8). A tutela de evidência possui a finalidade de permitir ao julgador, que frente à um direito evidente, conceda a tutela pleiteada antecipadamente. Isto é, se um direito de mostra tão claro e certo prima facie, de tal forma que seja possível comprovar a alta probabilidade da existência do direito material da parte, aquele que pleiteia a tutela, terá os efeitos concretos da pretensão, mas não em caráter definitivo, antes de se percorrer o caminho processual e obtenção da cognição exauriente. Insta salientar que o requisito da urgência foi eliminado pelo legislador, bastando que o direito se mostre evidente prima facie, sem que se requeira o risco de dano pela demora (periculum in mora). A respeito da Tutela de Evidência, pontua Humberto Theodoro Junior: A tutela de evidência não se funda no fato da situação geradora do perigo de dano, mas no fato de a pretensão da tutela imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte. Justifica-se pela possibilidade de aferir a liquidez e certeza do direito material, ainda que sem o caráter de definitividade, já que o debate e a instrução processuais ainda não se completaram. No estágio inicial do processo, porém, já se acham reunidos elementos de convicção suficientes para o juízo de mérito em favor de uma das partes. (2016, p. 689). Luiz Fux, no plano processual, define como direito evidente aquele cuja prova dos fatos sobre os quais incide revela-os incontestáveis ou ao menos impossíveis de contestação séria (1996, p. 311). Ainda, João Paulo Hecker da Silva conceitua evidência como: (...) no direito demonstrado prima facie por prova documental que o consubstancie em líquido e certo (na linha do mandado de segurança), nos fatos incontroversos, notórios ou ainda quando se verificar manifesta ilegalidade quanto a questão meramente de direito (como na violação de literal disposição de lei ou ainda em casos de direitos e demandas fulminadas pela prescrição ou decadência). (2012, p.147). Sendo assim, a Tutela de Evidência baseia-se na redistribuição do ônus do tempo do processo, de modo que a duração do mesmo não deve redundar em maior prejuízo para quem já demonstrou o direito dentro do conflito material a ser

18 19 posteriormente sucedido pelo provimento definitivo. Referida espécie tutelar, é utilizada, por exemplo, em ações possessórias, mandado de segurança, ação monitória, ação de despejo por falta de pagamento, ação declaratória de inconstitucionalidade, entre outras. Assim sendo, em obediência ao preceito à duração razoável do processo, o ônus do tempo processual deverá ser redistribuído e conduzido com moderação, não somente no tocante ao tempo despendido para a entrega da tutela definitiva, mas também na razoabilidade na escolha da parte que suportará o estorvo decorrente, concedendo uma tutela provisória para aquela cuja posição processual se apresenta em estado de evidência e com mais chances de sucesso. (BODART. 2014, p. 133). Destarte, se o direito coloca-se em estado de evidência, a espera por uma cognição exauriente para a concessão de tutela definitiva, decorrerá de injustiça muito maior, do que para aquele que sofrer com um eventual erro judicial advindo da apreciação em cognição sumária. Assim, Fredie Didier Júnior esclarece: (...) quando a diferenciação do procedimento se dá pela apresentação processual do direito, temos a proteção daquilo que foi muito bem denominado de tutela da evidência ou tutela do direito evidente: tutela-se energicamente o direito em razão da evidência (aparência) com que se mostra nos autos. Não releva, a princípio, a natureza do direito material posto em litígio. Privilegia-se, sem dúvida, a comprovação do direito alegado: direito líquido e certo (provado documentalmente, conforme conceituação atual; a liquidez e certeza indicam como o direito é apresentado em juízo, ou seja, se é ou não passível de comprovação de plano; Sérgio Ferraz, Celso Barbi, em suas monografias clássicas sobre o tema, bem como o recente artigo do Ministro Adhemar Ferreira Maciel) e prova escrita, em se tratando de ação monitória. A antecipação genérica da tutela, fundada em prova inequívoca que não precisa ser, necessariamente, documental, agora permite a tutela de qualquer, repita-se, qualquer direito evidente. Estamos diante do mais alto grau de abstração na previsão normativa de um provimento de urgência. Alterou-se o procedimento comum para adequá-lo aos direitos evidentes. (2007, p.257). Referido instituto ganhou dispositivo próprio, mais precisamente o artigo 311. Para melhor análise das peculiaridades do referido instituto cumpre transcrever o artigo in verbis: Art A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

19 20 I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. Observa-se que o texto normativo trazido pelo Novo Código, regula duas hipóteses (inc. II e IV) que não estavam previstas no Código de Processo Civil de Ademais, sabe-se que além das quatro hipóteses consolidadas em referido dispositivo, existem outras hipóteses de tutela de evidência, como, por exemplo, a liminar possessória. No entanto ainda assim, o art. 311 elenca a tutela provisória de evidência de forma mais ampla que o Código revogado. (WAMBIER. 2016, p. 211). Os incisos do art. 311 tratam dos pressupostos para a concessão da tutela de evidência, de modo que a tutela, independentemente de demonstração de perigo, poderá ser concedia nas hipóteses do referido inciso, de acordo com o que será explicitado no tópico a seguir. Ademais, cumpre salientar que a tutela de evidência não pode ser requerida em caráter antecedente, sendo assim, poderá ser veiculada apenas de forma incidental, isto é, quando houver uma demanda principal em curso. Isso ocorre, pois, na tutela de evidência não há urgência, não sendo como requisito de sua concessão a demonstração de periculum in mora, de modo que não há razão imediata para se conceder a tutela de evidência antes de se formular o pedido principal. (RIBEIRO p. 194). Sendo assim, a tutela evidência poderá ser requerida somente em caráter incidental, isto é, poderá ser requerida apenas dentro do processo em que se pede ou já de pediu a tutela definitiva, diferentemente da tutela de urgência, que pode ser requerida tanto em caráter incidente, quanto antecedente (art. 294, parágrafo único) 9, 9 Art A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

20 21 conforme será aludido no decorrer do presente trabalho, em tópico especifico da tutela de urgência Pressupostos O primeiro inciso do art. 311 dispõe a respeito do abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte. Portanto, para a configuração de tal hipótese, o réu deverá se comportar de forma que, seu ato deverá traduzir em defesa abusiva, excessiva, anormal, inadequada, com o propósito de frustrar e/ou atrasar a prestação jurisdicional. Para Humberto Theodoro Júnior, revela-se como atos protelatórios e abuso de direito de defesa, os atos que ferem o direito subjetivo da parte que tem razão, cometido por quem usa da resistência processual apenas por espírito de emulação ou abuso de defesa. (2007, p. 608). Em mesmo sentido, Ovídio Baptista da Silva afirma: A princípio, o propósito protelatório engloba o abuso do direito de defesa, a permitir afirmarmos que aquele que abusa do seu direito de defesa o faz, no mais das vezes, de forma a protelar o processo, transformando-o não em instrumento de busca da composição da lide, mas sim como forma de atender a seus próprios interesses. (1998, p. 142). Dessa forma, o abuso de direito de defesa verifica-se no momento em que o réu utiliza do instrumento processual que lhe é conferido, como mecanismo de prejudicar ilicitamente o autor. Esta situação ocorre, por exemplo, no fornecimento inexato de endereço para retardar intimações ou a solicitação desnecessária de oitiva de testemunha. Ademais, o manifesto propósito protelatório do réu está intimamente atrelado ao tempo do processo, de modo que a conduta do réu implica no propósito de retardar ao máximo a solução da lide. No entanto, é possível que o réu abuse do direito de defesa mesmo quando apresentar defesa técnica adequada. Nesse sentido, quando restar evidenciada na conduta do réu o manifesto propósito protelatório, como, por exemplo, discutir matéria

21 22 preclusa, repetir recursos que foram inadmitidos, há de se considerar também o abuso do seu direito de defesa. Isto, porque, o direito de defesa deverá ser lido de acordo com o princípio da ampla defesa, de modo que abusar do direito de defesa deverá abarcar não só as peças assim denominadas (contestação, reconvenção, etc.) mas também, qualquer meio ou conduta que o réu utilize para a defesa de seus interesses. (RIBEIRO. 2016, p. 212). O inc. II diz respeito as alegações de fato que puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver esse firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. Nesse caso, não se entra na questão da atitude do réu, havendo somente a necessidade de que (i) a situação apresentada pelo autor possa ser comprovada apenas por documentos e (ii) que a tese jurídica envolvida no caso concreto, já se encontre pacificada por julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante. Assim, quando a parte puder comprovar os fatos alegados apenas por documentos e invocar tese jurídica semelhante à aquela que já se tenha firmado e vinculada em tribunal superior, demonstra-se o estado de evidência. Nesse sentido, pontua o doutrinador Fredie Didier Júnior: A parte que postula com base em fatos provados por documento e que sejam semelhantes àqueles que ensejaram a criação de tese jurídica vinculante em tribunal superior tese esta invocada como fundamento normativo de sua postulação -, encontra-se estado de evidência. Demonstra não só a improbabilidade de sucesso do adversário que se limite em insistir em argumentos já rejeitados no processo de formação do precedente, o que configuraria, inclusive litigância de má-fé (por defesa infundada ou resistência injustificada, cf. art. 80 CPC). (2016, p. 638). Portanto, não é prudente que uma das partes se beneficie da manutenção do status quo ante, enquanto a outra parte suporta o ônus da espera do processo sem que se possa gozar do bem pretendido. (MACEDO. 2014, p. 545). O inc. III, do art. 311 prevê também a possibilidade de concessão da tutela de evidência quando tratar-se de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa, o qual era veiculada no CPC/1973 por meio de ação de depósito. Assim, o NCPC suprimiu o procedimento específico de

22 23 ação de depósito previsto no Código revogado. Ademais, o texto normativo exige que o depositante apresente a prova documental do contrato de depósito, para que a tutela jurisdicional pretendida seja concedida, de modo que quando o documento não for entregue, haverá a cominação de multa. (RIBEIRO. 2016, p. 213). O inc. IV prevê a possibilidade de concessão da tutela de evidência sempre que a petição inicial venha instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a qual o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. Trata-se de medida destinada a tutela de interesses do autor, e que somente pode ser deferida em caráter incidental. O autor, portanto, deverá apresentar na petição inicial, prova documental suficiente, idônea, para a comprovação dos fatos constitutivos por ele alegados, e, o réu, ausência de prova capaz de gerar dúvida razoável. (RIBEIRO. 2016, p. 213). Ademais insta salientar a diferença que permeia os incisos I e IV: Para que a tutela de evidência seja concedida nos termos do inciso I, o réu deverá se comportar de forma inadequada, com o propósito de frustrar e/ou atrasar a prestação jurisdicional, enquanto que no inciso IV o réu deixará de apresentar prova capaz de gerar dúvida razoável em face da prova apresentada pelo autor na inicial. Isto é, consiste na ausência de argumentos suficientes capazes de desabonar uma prova literal idônea do autor. Assim, cabe ressaltar que referido inciso não se confunde com o instituto de julgamento antecipado do mérito pois esta se baseia em decisão definitiva, enquanto que a tutela de evidência, baseia-se em decisão provisória. Nesse sentido, afirma Teresa Arruda Alvim Wambier: Tais situações não se confundem, todavia, com aquelas em que é dado ao juiz julgar antecipadamente o mérito (arts. 355 e 356), porquanto na tutela de evidência, diferentemente do julgamento antecipado, a decisão pauta-se em cognição sumária e, portanto, traduz uma decisão revogável e provisória. (2015, p. 523). Por fim, o parágrafo único encerra um ponto importante: só é permitido ao juiz decidir liminarmente a tutela de evidência, isto é, no início do processo, antes da apresentação de contestação, nas hipóteses previstas nos incisos II e III. Em sentido

23 24 contrário, as hipóteses tratadas nos incisos I e IV, devem necessariamente ser objeto de análise somente após avaliação da defesa apresentada pelo réu. 3.2 TUTELA DE URGÊNCIA Visão unitária da Tutela de Urgência O Novo Código de Processo Civil, optou por unir em um só capítulo as questões concernentes à Tutela Antecipada e Medidas Cautelares, de modo que as nomeou de Tutela de Urgência. Ainda, extinguiu o livro direcionado ao processo cautelar. A busca pela unificação das tutelas de urgência teve início a partir da reforma do CPC de 1973 operada pela Lei /2002, a qual implantou o critério da fungibilidade entre a tutela antecipatória e a tutela cautelar, nos termos do art. 273, 7º do Código revogado. Observa-se que, a regulamentação das tutelas de urgência encontrava-se de modo separado, mas não com o propósito de limitar referido instituto, mas sim de ampliá-lo, com a finalidade de assegurar aos litigantes que nenhum risco de dano grave, seja ao processo, seja ao direito material, se tornasse irremediável e, por conseguinte, se transformasse em obstáculo ao gozo pleno e eficaz da tutela jurisdicional. (THEODORO. 2016, p. 617 apud ASSIS). Ademais, para a doutrina pátria, a flexibilização dos procedimentos da medida cautelar e da medida antecipatória representava a melhor solução, pois a diferenciação entre referidos institutos tratava-se em verdade, de questão meramente formal, a qual não poderia obstar a realização da efetividade da tutela jurisdicional. (THEODORO. 2016, p. 617). Assim, com a finalidade de tornar a tutela jurisdicional célere nas situações de urgência, resolveu o legislador unificar a espécie jurisdicional de tutela cautelar, e a técnica de antecipação de tutela, abordando-os conjuntamente e como dito acima, deixando de existir um livro específico para o processo cautelar.

24 Considerações Iniciais Segundo Teresa Arruda Alvim Wambier, há na doutrina diversas classificações para as tutelas de urgência, no entanto, o ponto em comum vislumbrado em todas elas, diz respeito a necessidade de uma tutela apta a evitar um dano irreparável ou de difícil reparação de modo eficaz. Assim, independente da classificação que é dada as tutelas de urgência, o seu elemento imprescindível será a urgência. (2015, p. 497). Ainda, Teresa Arruda Alvim Wambier esclarece: Em palavras simples, pode-se afirmar, como ponto de partida, que só é possível cogitar de tutela de urgência, se houver uma situação crítica, de emergência. Dessa forma, a técnica processual empregada para impedir a consumação ou o agravamento do dano que pode consistir no agravamento do prejuízo ou no risco de que a decisão final seja ineficaz no plano dos fatos, que geram a necessidade de uma solução imediata é que pode ser classificada como a tutela de urgência. É, pois, a resposta do processo de uma situação de emergência, de perigo, de urgência. (2015, p. 498). A tutela provisória de urgência pode ser cautelar ou satisfativa (antecipada), podendo ser requerida e concedida em caráter incidental ou antecedente, tendo ambas, como requisitos para a sua concessão, a demonstração da probabilidade do direito (fumus boni iuris), a demonstração do perigo de dano ou de ilícito, ou ainda o receio que a demora do processo cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado (periculum in mora). (DIDIER. 2016, p. 607). Referido instituto encontra-se previsto no artigo 300. Para melhor análise das peculiaridades do referido instituto cumpre transcrever o artigo in verbis: Art A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Em observância a redação do dispositivo, percebe-se assim que restou superada a distinção entre os requisitos da concessão para a tutela cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo a probabilidade e o perigo na demora a requisitos comuns para a prestação de ambas as tutelas de forma antecipada (Enunciado n. 143 do Fórum permanente de Processualistas Civis).

25 Pressupostos O Fumus boni iuris Para a concessão da tutela de urgência cautelar e da tutela de urgência satisfativa exige-se de demonstração dos mesmos requisitos: probabilidade do direito (fumus boni iuris) e perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora), conforme previsto no art. 300 do NCPC. 10 Inicialmente, sob a análise do fumus boni iuris ou como também se costuma designar aparência do bom direito ou ainda, a probabilidade do direito, trata-se de sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Fredie Didier Júnior, define como (...) a probabilidade do direito a ser provisoriamente satisfeito/realizado ou acautelado, é a plausibilidade da existência desse mesmo direito. (2016, p. 608). Acerca do fumus boni iuris, afirma Humberto Theodoro Júnior: Incertezas ou imprecisões a respeito do direito material do requerente, não podem assumir a força de impedir-lhe o acesso à tutela de urgência. Se, à primeira vista, conta a parte com a possibilidade de exercer o direito de ação, e se o fato narrado, em tese, lhe assegura provimento de mérito favorável, e se acha apoiado em elementos de convencimento razoáveis, presente se acha fumus boni iuris, em grau suficiente para autorizar a proteção das medidas sumárias. (2016, p. 624). Ademais, há necessidade de demonstração da verossimilhança fática, de modo que seja possível constatar um grau de plausibilidade acerca dos fatos narrados pelo autor, isto é, é essencial que, independentemente de produção de provas, se possa visualizar uma verdade provável dentro dos fatos trazidos pelo autor. (DIDIER. 2016, p. 608). 10 Art A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

26 O Periculum in mora Além do fumus boni iuris, a tutela provisória de urgência pressupõe, ainda, a demonstração de perigo na demora (periculum in mora) enquanto se aguarda a tutela definitiva, de modo que a demora poderá ocasionar risco para a efetiva atuação do provimento final do processo. Para Daniel Mitidiero o conceito de perigo na demora consubstancia-se: (...) na impossibilidade de espera para acautelamento ou satisfação do direito alegado em juízo, sob pena de frustrada a possibilidade de obtenção de tutela específica do direito ou mesmo de tutela pelo equivalente monetário em face do decurso do tempo. É perigo ligado à espera, que pode acarretar a ocorrência, a reiteração ou a continuação tanto de um ato ilícito como de um fato danoso capazes de frustrar a frutuosidade do direito. (2013, p. 132). Em mesmo sentido, pontua Humberto Theodoro Júnior: O perigo de dano refere-se, portanto, ao interesse processual em obter uma justa composição do litígio, seja em favor de uma ou de outra parte, o que não poderá ser alcançado caso se concretize o dano temido. Ele nasce de dados concretos, seguros, objeto de prova suficiente para autorizar o juízo de grande probabilidade em torno do risco de prejuízo grave. Pretende-se combater os riscos de injustiça ou de dano derivados da espera pela finalização do curso normal do processo. Há que se demonstrar, portanto, o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional. (2016, p ). Diante das lições examinadas, define-se, portanto, o periculum in mora como a impossibilidade de espera da satisfação do direito, pois há forte receio que a demora do processo cause um dano grave ou de difícil reparação ao resultado útil do processo. Assim sendo, será concedida à parte a tutela provisória, no momento em que não for possível aguardar pelo término do processo para entregar a tutela jurisdicional, porque a demora do processo pode causar à parte um dano irreversível ou de difícil reversibilidade. (CARNEIRO. 2004, p. 31).

27 Procedimentos das tutelas de urgência A tutela provisória, seja ela de natureza cautelar ou satisfativa, pode ser requerida em caráter incidental ou antecedente, e a tutela de evidência, poderá somente ser requerida apenas em caráter incidental, conforme dispõe o art , parágrafo único, do Novo Código. Assim, para definir se o requerimento possui caráter incidental ou antecedente, considera-se o momento em que o pedido de tutela provisória é formulado, relacionando-o com o momento em que se formula a tutela definitiva no processo principal. (DIDIER. 2016, p. 585). Ainda, o art. 303 dispõe que Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo, ou seja, autoriza o legislador que a parte, nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, peticione ao juízo requerendo apenas a tutela provisória com indicação da sumária lide, e posteriormente, aditar a inicial com o pedido principal. Por fim, o art. 305 ao 310 prevê a respeito do procedimento da tutela cautelar de forma antecedente, não havendo, em qualquer dos casos, ação sumária distinta da ação principal. Sendo assim, o requerimento da tutela de urgência se apresenta como parcela eventual da ação que objetiva solucionar o litígio, quer quando antecede e a prepara, quer quando a complementa já em seu curso. (HUMBERTO. 2016, p. 649) Tutela de urgência incidental A tutela provisória incidental é aquela requerida dentro do processo da tutela definitiva já em curso, com o objetivo de antecipar seus efeitos (satisfação ou 11 Art A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.

28 29 acautelamento). Isto é, o requerimento de tutela provisória é feito posteriormente à formulação do pedido de tutela definitiva, de modo que, o interessado primeiramente apresenta apenas a tutela definitiva e, no curso do processo já instaurado, faz o requerimento da tutela provisória. (DIDIER. 2016, p. 585). O pedido incidental é feito por meio de simples petição, de modo que nela, o requerente deverá comprovar a existência dos requisitos legais, quais sejam: fumus boni iuris e periculum in mora. Posteriormente, será realizado audiência, para que seja oportunizado à parte contrária o mandamento constitucional do contraditório e ampla defesa, conforme dispõe o art. 5º, inc. LV da Constituição Federal. 12 Ainda, terá a parte o prazo de cinco dias para apresentar resposta, de acordo com o art. 218, 3º do Novo Código de Processo Civil 13, haja vista que referido Código não prevê prazo específico de resposta para o procedimento sumário de urgência. Ademais, dispõe o art. 300, 2º que A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. Tal hipótese (liminar inaudita altera parte) justifica-se quando não é possível aguardar o contraditório, em razão do risco de dano que a espera pode ocasionar. Concedida a liminar, será oportunizado à parte contrária o direito de defesa, e sob a análise do juiz, este poderá modificar, revogar ou manter o provimento de urgência. Contra a decisão que concede ou denega a tutela, caberá agravo de instrumento, conforme disposto no art , inc.i 14 do NCPC. Em razão desse novo procedimento Leonardo Ferres da Silva Ribeiro afirma que não há mais espaço no NCPC para um processo cautelar incidental, como previsto no CPC/1973 (2016, p. 184). Ainda, nesse sentido, afirma o autor: Com efeito, a partir de 1994, após a generalização da antecipação de tutela nos mesmos autos do processo, com pouquíssimos ou nenhum formalismo, já nos parecia de todo incongruente insistir na deia de que as medidas cautelares incidentais devem ser requeridas e decididas num processo 12 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 13 Art Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 3 o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte. 14 Art Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

29 30 autônomo, e não exigir tais formalidades para um requerimento de antecipação de tutela. (RIBEIRO. 2010, p. 270). Assim, de acordo com o texto normativo empregado pelo Novo Código de Processo Civil, resta evidenciado que tanto a tutela cautelar, quanto a tutela antecipada, requeridas em caráter incidental, não demandam uma ação autônoma própria, devendo, portanto, ser requeridas por meio de simples petição, dentro do processo já em curso Tutela de urgência antecedente A tutela provisória antecedente é aquela requerida de modo antecedente ao pedido de tutela definitiva. É requerimento anterior à formulação do pedido de tutela definitiva e tem por objetivo adiantar seus efeitos (satisfação ou acautelamento). Primeiro, pede-se a tutela provisória; só depois, pede-se a tutela definitiva. (DIDIER. 2016, p. 586). Ainda, para Humberto Theodoro Junior: Considera-se antecedente toda medida urgente pleiteada antes da dedução em juízo do pedido principal, seja ela cautelar ou satisfativa. Em regra, ambas são programadas para dar seguimento a uma pretensão principal a ser aperfeiçoada nos próprios autos em que o provimento antecedente se consumou. (2016, p. 650). Sendo assim, o legislador criou a possibilidade de se requerer as tutelas provisórias de forma antecedente, para atender as situações em que a urgência já encontra-se presente no momento da formulação do pedido da tutela definitiva, e por consequência a parte não dispõe de tempo hábil para levantar os elementos necessários para formular o pedido de tutela definitiva (e respectiva causa de pedir) de modo completo e acabado, reservando-se a fazê-lo posteriormente. (DIDIER. 2016, p. 586). Como dito alhures, o novo Código faz distinção entre as medidas antecedentes cautelares (conservativas) e medidas antecedentes antecipada (satisfativas). No tocante a conservativa, a parte que requerer a tutela, e esta for efetivada, segundo o

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