UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU ACÚMULO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO AGRONÔMICO DO PIMENTEIRO (Capsicum annum L.) EM FUNÇÃO DOS MÉTODOS DE ENXERTIA. EWERTON GASPARETTO DA SILVA Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP Campus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia (Horticultura). BOTUCATU SP Fevereiro 2012

2 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU ACÚMULO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO AGRONÔMICO DO PIMENTEIRO (Capsicum annuml.) EM FUNÇÃO DOS MÉTODOS DE ENXERTIA. EWERTON GASPARETTO DA SILVA Orientadora: Prof a. Dr a. Rumy Goto Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP Campus de Botucatu, para obtenção do título de Mestre em Agronomia (Horticultura). BOTUCATU SP Fevereiro 2012

3 I FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA SEÇÃO TÉCNICA DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - UNESP - FCA - LAGEADO - BOTUCATU (SP) S586a Silva, Ewerton Gasparetto da, Acúmulo de nutrientes e desempenho agronômico do pimenteiro (Capsicum Annum L.) em função dos métodos de en- xertia / Ewerton Gasparetto da Silva. - Botucatu : [s.n.], 2012 vii, 80 f. : il., color., gráfs., tabs. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências Agronômicas, Botucatu, 2012 Orientador: Rumy Goto Inclui bibliografia 1. Extração de nutrientes. 2. Plantas não enxertadas. 3. Encostia. 4. Capsicum Annum L. I. Goto, Rumy. II. Uni - versidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Campus de Botucatu). Faculdade de Ciências Agronômicas. III. Título.

4 II

5 III DEDICO Ao meu pai Ruenil Antunes da Silva (In memoriam) A minha mãe Marinalva F. Gasparetto da Silva Pelo amor, dedicação, compreensão, carinho, que nunca mediu esforços para me dar uma boa educação e se hoje cheguei até aqui é por causa dela. A toda minha família pelo apoio e incentivo prestado. AGRADEÇO A DEUS, Por iluminar meu caminho durante esta caminhada, sem ele nada seria possível.

6 IV AGRADECIMENTOS - A Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e ao Departamento de Produção Vegetal setor de Horticultura pela oportunidade da realização do mestrado. - A CAPES, por me conceder a bolsa que me ajudou durante o período do mestrado. - A Prof a Dr a Rumy Goto, pela orientação, amizade, por compartilhar seus conhecimentos comigo, pelos seus ensinamentos, pela paciência ao longo do curso, muito obrigado por tudo Rumy. - A Empresa Sakata Seed Sudamerica pela concessão das sementes do híbrido e porta-enxerto utilizados neste trabalho e por toda a infraestrutura fornecida para realização das enxertias. - A todos os professores que de uma maneira ou outra contribuíram na minha formação, na minha evolução como profissional. - A todos os funcionários do departamento de produção vegetal, setor de horticultura, pela amizade, apoio e serviços prestados ao longo desse período. - A todos os funcionários da Fazenda Experimental de Pesquisa e Produção (FEPP) da UNESP em São Manuel SP, pela amizade que criamos, pelas risadas, por sempre me auxiliarem na minha pesquisa quando eu precisava. - Aos estagiários (a) Jéssica Danila, Laís Consoline, Saulo Gonçalves, Guilherme Sugawara e Fernando Torquato, obrigado pelo apoio no desenvolvimento da pesquisa e pela amizade. - Ao José Geraldo Campos, pela amizade e apoio no desenvolvimento da pesquisa. - A todos os colegas e amigos que fiz na pós-graduação ao longo desses dois anos. - Aos amigos e companheiros de republica Fábio Echer, Manoel Xavier Oliveira Júnior, William Takata, Guilherme Sasso, Efrain de Santana, Humberto Sampaio, Lucas dos Santos, Edvar de Sousa, Miguel Sandri, Rafael Christovam e Mauricio Mancuso pela amizade.

7 V SUMÁRIO Página LISTA DE TABELAS... VII LISTA DE FIGURAS...IX 1. RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA Ecofisiologia do pimenteiro Enxertia em hortaliças Métodos de enxertia Fatores que influenciam a enxertia Extração de nutrientes pelo pimenteiro MATERIAL E MÉTODOS Local do experimento Solo características, correção e adubação Delineamento experimental e tratamentos Características do porta-enxerto e enxerto utilizado Preparo das mudas e enxertia Condução das plantas, tratos culturais e colheita Temperatura e umidade relativa do ar no interior do ambiente protegido Características avaliadas Análise Estatística RESULTADOS E DISCUSSÃO Características agronômicas Altura da primeira bifurcação Altura das plantas Características dos frutos de pimentão Produção dos frutos Massa da matéria seca Teor e acúmulo de nutrientes Nitrogênio (N) Fósforo (P) Potássio (K) Cálcio (Ca) Magnésio (Mg) Enxofre (S) Boro (B) Cobre (Cu) Ferro (Fe) Manganês (Mn)... 61

8 Zinco (Zn) Quantidade total e distribuição de nutrientes na planta CONSIDERAÇÕES FINAIS CONCLUSÕES REFERÊNCIAS VI

9 VII LISTA DE TABELAS Página Tabela 1- Objetivo da enxertia nas culturas de pepino, melancia, melão, tomate e berinjela Tabela 2. Resultado da análise química do solo Tabela 3. Relação dos métodos de enxertia estudados, nas plantas de pimentão. São Manuel, SP, Tabela 4- Quantidade de fertilizantes (gramas/132m 2 por aplicação) fornecidos via fertirrigação durante o ciclo da cultura.são Manuel-SP, Tabela 5- Quadro de variância do experimento. UNESP/FCA. São Manuel- SP, Tabela 6- Médias da altura da primeira bifurcação. São Manuel-SP, Tabela 7- Médias do comprimento, calibre e espessura da polpa dos frutos de pimentão, sobre diferentes métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 8- Médias da massa total, massa média e produção dos frutos de pimentão, sobre diferentes métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 9- Médias da massa de matéria seca (g pl -1 ) de plantas de pimentão sobre diferentes métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 10- Média da massa seca total (g pl -1 ) de plantas de pimentão sobre diferentes métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 11- Média do teor de nitrogênio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 12- Média da quantidade acumulada de nitrogênio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 13- Média do teor de fósforo na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 14- Média da quantidade acumulada de fósforo na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 15- Média do teor de Potássio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 16- Média da quantidade acumulada de potássio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 17- Média do teor de Cálcio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 18- Média da quantidade acumulada de Cálcio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP,

10 VIII Tabela 19- Média do teor de magnésio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 20- Média da quantidade acumulada de Magnésio na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 21- Média do teor de Enxofre na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 22- Média da quantidade acumulada de Enxofre na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 23- Média do teor de Boro na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 24- Média da quantidade acumulada de Boro na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 25- Média do teor de Cobre na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 26- Média da quantidade acumulada de Cobre na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 27- Média do teor de ferro na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 28- Média da quantidade acumulada de Ferro na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 29- Média do teor de Manganês na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 30- Média da quantidade acumulada de Manganês na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 31- Média do teor de Zinco na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 32- Média da quantidade acumulada de Zinco na parte vegetativa (PV) e frutos (FR) em plantas de pimentão em função dos métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tabela 33- Quantidade na parte vegetativa, nos frutos e total de macronutrientes absorvidos durante o ciclo da cultura em plantas enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP, Tabela 34- Quantidade na parte vegetativa, nos frutos e total de micronutrientes absorvidos durante o ciclo da cultura em plantas enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP,

11 IX LISTA DE FIGURAS Página Figura 1- Método de enxertia tipo contato em bisel, 15 DAE, São Manuel-SP, Figura 2- Método de enxertia por garfagem fenda cheia, 15 DAE, São Manuel-SP, Figura 3- Método de enxertia tipo encostia, 15 DAE, São Manuel-SP, _Toc Figura 4- Planta não enxertada (pé-franco), São Manuel-SP, Figura 5 - Vista geral do ambiente protegido no dia do transplante das mudas, São Manuel-SP, Figura 6- Vista de sistema de tutoramento. São Manuel-SP, Figura 7- Vista da planta de pimentão sendo unida ao fitilho, com auxilio de um alceador. São Manuel-SP, Figura 8 Vista dos pimentões vermelhos no momento da colheita. São Manuel-SP, Figura 9 - Vista da última colheita dos pimentões. São Manuel-SP, Figura 10- Temperatura máxima, média e mínima no interior do ambiente protegido. São Manuel-SP, Figura 11- Umidade relativa do ar, máxima, média e mínima no interior do ambiente protegido. São Manuel-SP, Figura 12. Altura das plantas enxertadas e não enxertadas do híbrido AF São Manuel- SP, Figura 13- Vista das plantas antes da 1 colheita. São Manuel-SP, Figura 14- Plantas com alto índice de Oidiopsis. taurica. São Manuel-SP, Figura 15. Acúmulo de massa de matéria seca da parte vegetativa em plantas de pimentão enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP, Figura 16. Acúmulo de massa de matéria dos frutos em plantas de pimentão enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP, Figura 17. Acúmulo de massa de matéria seca total em plantas de pimentão enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP, Figura18. Curvas de acúmulo de N, P, K, Ca, Mg e S em plantas de pimentão enxertadas e não enxertadas. São Manuel- SP, Figura19. Curvas de acúmulo de micronutrientes B, Cu, Fe, Mn e Zn em plantas de pimentão enxertadas e não enxertadas. São Manuel- SP, Figura 20- Distribuição média da quantidade total de macronutrientes para PV e FR em plantas enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP Figura 21- Distribuição média da quantidade total de micronutrientes para PV e FR em plantas enxertadas e não enxertadas. São Manuel-SP

12 1 ACÚMULO DE NUTRIENTES E DESEMPENHO AGRONÔMICO DO PIMENTEIRO (Capsicum Annum L.) EM FUNÇÃO DOS MÉTODOS DE ENXERTIA. Botucatu, p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Horticultura) Faculdade de Ciências Agronômicas. Universidade Estadual Paulista. Autor: EWERTON GASPARETTO DA SILVA Orientadora: RUMY GOTO 1. RESUMO Avaliou-se a produtividade, a concentração e a quantidade de nutrientes em plantas enxertadas pelos métodos contato bisel, garfagem por fenda cheia e encostia, comparadas as plantas não enxertadas (pé-franco), cultivadas em ambiente protegido. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quarto tratamentos e cinco repetições, com 12 plantas por parcela. O híbrido e o porta-enxerto utilizados foram o AF 7125 e AF 8253 respectivamente. Avaliaram-se as plantas quanto à altura da primeira bifurcação, altura das plantas, características dos frutos (comprimento, diâmetro e espessura), produção dos frutos em sete colheitas, massa da matéria seca da parte vegetativa (PV) e dos frutos (FR). Realizaram-se as análises químicas em uma planta por parcela aos 35, 85, 112 e 143 dias após transplante, para determinar a concentração e a quantidade de nutrientes absorvidos pelas plantas enxertadas e não enxertadas. As plantas enxertadas e não enxertadas tiveram desempenho agronômico semelhante. A absorção de nutrientes foi semelhante entre as plantas enxertadas e não enxertadas (pé-franco), não sendo observado nenhum tipo de impedimento de transporte de nutrientes ocasionados pela enxertia ou pelo porta-enxerto que pudesse prejudicar no desenvolvimento das plantas enxertadas durante o ciclo. Palavras Chave: Extração de nutrientes, plantas não enxertadas, encostia, garfagem por fenda cheia, contato em bisel.

13 2 ACCUMULATION OF NUTRIENTS AND AGRONOMIC PERFORMANCE OF THE PEPPER (Capsicum Annum L.) AS A FUNCTION OF METHODS OF GRAFTING. Botucatu, p. Dissertação (Mestrado em Agronomia/Horticultura) Faculdade de Ciências Agronômicas. Universidade Estadual Paulista. Author: EWERTON GASPARETTO DA SILVA Adviser: RUMY GOTO 2. SUMMARY It was evaluated the productivity, concentration and amount of nutrients in plants grafted by contact methods bevel, by grafting and cleft grafting, compared to the non-grafted plants (ungrafted), grown in a greenhouse. The experimental design was randomized blocks with four treatments and five replicates of 12 plants per plot. The hybrid and the rootstock used were AF 7125 AF and 8253 respectively. Plants were evaluated for height of first fork, plant height, fruit characteristics (length, diameter and thickness), fruit production in seven crops, dry matter of vegetative parts (PV) and fruit (FR). Analyzes were carried out in a chemical plant plots with 35, 85, 112 and 143 days after transplant to determine the concentration and nutrient uptake by the grafted and non-grafted. The nongrafted and grafted plants had similar agronomic performance. Nutrient uptake was similar between the grafted and not grafted (ungrafted), and there was no impediment of any kind of transport of nutrients caused by the graft or the rootstock that would undermine the development of grafted plants during the cycle. Keywords: Extraction of nutrients, non-grafted plants, grafting, by cleft grafting, Contact bevel.

14 3 3. INTRODUÇÃO O pimenteiro (Capsicum annum L.) é uma das dez hortaliças de maior importância econômica no Brasil e juntamente com tomateiro e pepineiro são as principais hortaliças cultivadas em ambiente protegido. A produção de pimentão no Estado de São Paulo destaca-se no cenário nacional, com área cultivada na safra 2008/2009 de aproximadamente ha, alcançando produção em torno de ,43 toneladas, com produtividade média de 31,82 t ha -1 (INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA, 2010). Com o crescente aumento da população mundial, tem-se a necessidade de se produzir mais, para atender a diferença gerada entre oferta e o consumo de alimentos. Com o pimentão não é diferente, onde se tem adotado técnicas de manejo que propiciem ao agricultor incrementos na produtividade, melhoria da qualidade do produto, além de redução dos custos de produção. Dentro deste contexto algumas técnicas de manejo já são conhecidas dos produtores rurais como o cultivo em ambiente protegido e a enxertia de plantas. O cultivo em ambiente protegido fornece à cultura, proteção em relação a adversidades climática como geadas, granizo, vento e chuvas. A técnica de enxertia em pimenteiro é muito utilizada visando obtenção à resistência a doenças de solo e nematóides possibilitando assim o cultivo com alto potencial produtivo em porta-enxertos resistente a solos infestados por patógenos. Além da resistência aos patógenos de solo, a

15 4 enxertia pode ser empregada para outros fins como controle de adversidades climáticas e desordens fisiológicas e aumento de produção. Com a adoção da enxertia, as plantas estão sujeitas a alguns problemas relacionados à nutrição de plantas, podendo estar relacionados à nova conexão vascular do xilema e floema entre porta-enxerto e enxerto, devido à incompatibilidade da enxertia na translocação de nutrientes que pode provocar alguma mudança na concentração e na quantidade de alguns elementos nos órgãos das plantas. Objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho agronômico, concentração e acúmulo de nutrientes em plantas enxertadas por contato em bisel, garfagem fenda cheia e encostia, comparadas às plantas não enxertadas (pé-franco) em condições de ambiente protegido.

16 5 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1 Ecofisiologia do pimenteiro O pimentão pertencente à família Solanaceae, gênero Capsicum. É tipicamente de origem americana, ocorrendo formas silvestres desde o sul dos Estados Unidos da América até o norte do Chile (FILGUEIRA, 2008). O pimentão possui a seguinte classificação botânica: Divisão: Spermatophyta; Sub-divisão: Angiosperma; Sub-classe: Malvales-Tubiflorae; Ordem: Solanales; Família: Solanaceae; Gênero: Capsicum; Espécie: Capsicum annuum. Nesta família, estão incluídos onze gêneros de regiões temperadas e tropicais (CASALI & COUTO, 1984). Destaca-se entre as solanáceas, pelo seu consumo e importância econômica não só no Brasil, mas também no mundo. A planta é arbustiva, cujas raízes atingem até um metro de profundidade, com pouco desenvolvimento lateral e o caule semilenhoso pode ultrapassar um metro de altura. Suporta uma carga leve de frutos, e por isso exige tutoramento das plantas, devido à alta produtividade dos híbridos atuais, onde em campo a média é de 40 a 60 t ha -1, enquanto em cultivo protegido chega a 180 t ha -1. É autógama, embora a taxa de cruzamento possa ser elevada, dependendo da ação de insetos polinizadores. As flores são solitárias,

17 6 hermafroditas e o pedicelo é pendente ou inclinado, na fase de antese. A corola é branca, sem manchas na parte basal dos lóbulos, que são eretos (FILGUEIRA, 2008). O cálice não possui constrição na junção com o pedicelo, pode apresentar-se enrugado principalmente em plantas de fruto largo. O fruto é uma baga oca de formato cúbico, cilíndrico ou cônico, a coloração pode variar entre verde, amarelo esverdeado e verde amarelo quando imaturos e vermelho, amarelo, alaranjado, marfim, roxo e marrom escuro quando maduro (FILGUEIRA, 2008). Os frutos de Capsicum também são fontes importantes de antioxidantes naturais como os carotenóides, vitamina E e C. Além dessas vitaminas, encontram-se também no pimentão lipídios, aminoácidos, proteínas de alto valor biológico, ácidos orgânicos e substâncias minerais (REIFSCHNEIDER, 2000). O cultivo de pimentão ocorre em quase todas as regiões do Brasil, concentrando-se principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais, sendo a região sudeste a maior consumidora dessa hortaliça. O pimentão é cultivado em regiões tropicais e temperadas, sendo que dentre os fatores climáticos a temperatura tem influencia direta em algumas funções vitais para planta tais como: germinação, transpiração, respiração, crescimento, floração e frutificação (TIVELLI, 1998), sendo que para cada fase de desenvolvimento, apresenta uma faixa ótima de temperatura. As plantas são termófilas e o intervalo ideal de temperatura para o seu desenvolvimento está entre 16 e 28 C. O pimentão é exigente em termoperiodicidade, ou seja, requerem variação de temperatura entre o dia e a noite de 7-10 C (TIVELLI, 1998). A temperatura ideal para a germinação está entre C, para desenvolvimento vegetativo entre C durante o dia e C durante a noite. Para o crescimento vegetativo, as condições ideais para desenvolvimento são: diurnas entre C e noturnas entre C. As variações climáticas para a cultura do pimentão são significativas, pois possibilita a ocorrência de estresse hídrico, resultando em queda de produtividade. O fator climático limitante é a baixa temperatura, principalmente durante a germinação, emergência e o desenvolvimento das mudas (TIVELLI, 1998; FINGER & SILVA, 2005).

18 7. Para Filgueira (2008) o fotoperíodo não é limitante na cultura do pimentão, pois a floração e a frutificação ocorrem em qualquer comprimento do dia. No entanto, podemos dizer que é uma planta de dia curta facultativa, ou seja, o florescimento, a frutificação e a maturação dos frutos são mais precoces em dias curtos, favorecendo assim produtividade. A combinação de umidade relativa baixa e temperatura elevada podem causar transpiração excessiva das plantas, com consequente queda de gemas e flores e formação de frutos pequenos (REIS, 2002). As baixas temperaturas do solo também afetam o desenvolvimento inicial da planta (CERMEÑO, 1990). A cultura é muito sensível tanto à falta ou excesso de água no solo. O pimenteiro é bastante exigente quanto ao teor de água no solo, 80 % ou mais de água disponível deve ser mantida no solo para o pleno desenvolvimento da cultura. Os estádios de desenvolvimento mais sensíveis ao déficit hídrico são os de frutificação e colheita. O excesso de agua no solo pode causar redução no número e peso de frutos, afetando consequentemente a produtividade (FILGUEIRA, 2008). A faixa de ph da solução do solo entre 5,5 a 6,8 é a mais favorável para o pimentão, cultura que apresenta certa tolerância à acidez comparada com outras solanáceas (FILGUEIRA, 2008). A comercialização dos frutos de pimentão pode ocorrer de várias maneiras como na forma de frutos frescos, frutos desidratados, em conservas, em flocos ou em pó (páprica). A páprica é obtida pela desidratação e moagem de frutos vermelhos e é utilizada na indústria de processamento de alimentos, como ingrediente de enlatados e embutidos (FINGER & SILVA, 2005). O pimenteiro está entre as três culturas mais utilizadas sob cultivo protegido no Brasil, principalmente na região sudeste, onde está concentrada a maior produção desta hortaliça. Nesse ambiente são cultivados híbridos principalmente de frutos (coloridos), que possui um valor agregado maior e são comercializados a preços mais elevados do que os pimentões de coloração verde, proporcionando ao produtor maior lucratividade com a cultura. O custo de produção desses frutos é maior, em virtude, dentre outros fatores, do extenso período para a maturação dos frutos, principalmente quando produzidos no inverno (CERQUEIRA-PEREIRA et al., 2007).

19 8 O cultivo protegido apresenta algumas vantagens ao produtor, podendo aumentar a produção e consequentemente a produtividade, melhoria na qualidade dos produtos, diminuição na sazonalidade da oferta, conferindo maior competitividade pela possibilidade de oferecer produtos de qualidade o ano todo, inclusive na entressafra, melhor aproveitamento dos fatores de produção, principalmente adubos, defensivos e água; controle total ou parcial dos fatores climáticos (FILGUEIRA, 20008). 4.2 Enxertia em hortaliças A utilização da enxertia é conhecida pelos chineses há três mil anos em plantas lenhosas (MIGUEL, 1997). Em hortaliças a técnica de enxertia iniciou-se em meados de 1920 no Japão e na Coréia na cultura da melancia (Citrullus lanatus) como medida preventiva contra patógenos de solo (LEE, 1994). Essa prática começou a se intensificar a partir de 1950 em berinjela (Solanum melongena), 1955 em melão (Cucumis melo) e 1965 em pepino (Cucumis sativus), todos objetivando o controle de patógenos de solo (KAWAIDE, 1985). Na Europa, a enxertia de hortaliças é utilizada desde a década de 40, pelos horticultores holandeses (MIGUEL, 1997). No Japão, de acordo com Oda (1995), em 93% da área total cultivada com melancia, são plantas enxertadas. O mesmo é válido para 72% da área de pepino, 50% de berinjela, 32% de tomate e 30% para todos os tipos de melão. Assim, o total da área cultivada com plantas enxertadas no Japão representou 59% da produção com hortaliças e frutos. Na Coréia, Lee (1994) relatou que as estimativas do uso de plantas enxertadas são semelhantes as do Japão. Segundo Miguel (1997) o cultivo de hortaliças enxertadas tem crescido muito na Espanha sendo que em Almeria 95% e Valencia 60 a 70% das plantas de melancia são enxertadas. Acredita-se que a enxertia em hortaliças começou a ser realizada comercialmente na década de 80, em cultivo de pepino no estado de São Paulo, visando o controle de nematóides e obtenção de frutos com menos cerosidade e mais brilhosos (GOTO, 2001).

20 9 Dados obtidos de mudas enxertadas no período de 12 meses entre 2008/2009 mostra que o pimenteiro, pepineiro e tomateiro tiveram , e respectivamente de mudas enxertadas nesse período (GOTO, 2011). Mostrando assim a importância que a enxertia tem nos dias atuais na vida dos produtores. No início, muitos agricultores não tinham conhecimento da boa gestão nutricional das plantas enxertadas em cultivo protegido, promovendo assim em muitos casos à salinização do solo, devido ao uso excessivo de fertilizantes. Com o uso intensivo desses ambientes e falta de prevenção com relação às doenças principalmente por fitopatógenos do solo, em muitos casos inviabilizou a continuidade de cultivos nesses ambientes (GOTO, 2011). Dentre os vários patógenos de solo que têm inviabilizado o cultivo de hortaliças frutos em cultivo protegido, em razão das estruturas de resistência que permanecem no solo por um longo período, destacam-se Fusarium oxysporum, Verticillium dahliae, Pyrenochaeta lycopersici, Ralstonia solanacearum, Phytophthora capsici, Meloidogyne sp (ZAMBOLIN, 1999). Com adoção da enxertia, utilizando porta-enxertos resistentes, constitui-se uma alternativa de controle desses fitopatógenos em curto prazo (SANTOS et al., 2003). A enxertia não só oferece resistência aos patógenos de solo, mas também induz vigor, florescimento, tolerância à oscilação de umidade, resistência ao frio, resistência a altas temperaturas, tolerância à alcalinidade e salinidade do solo, aumentando a produção e a qualidade dos frutos (JANICK, 1966; ODA, 1995). O porta-enxerto pode influenciar na precocidade da frutificação, qualidade e maturidade dos frutos, e consequentemente na produtividade das plantas (CAÑIZARES & VILLAS BÔAS, 2003), e nas características de frutos, forma, cor e textura da casca ou da polpa e teor de sólidos solúveis (LEE, 1994). Neste contexto, Oda (1995) relacionou alguns motivos para a utilização da enxertia em solanáceas e cucurbitáceas. Nota-se que o objetivo depende da cultura em questão (Tabela 1).

21 10 Tabela 1- Objetivo da enxertia nas culturas de pepino, melancia, melão, tomate e berinjela. Cultura Propósito Pepino Brilho nos frutos, controle de Fusarium sp., tolerância a temperaturas baixas, vigor e controle de Phytophthora melonis. Melancia Controle de Fusarium oxysporum, tolerância a temperaturas baixas, desordens fisiológicas, tolerância à seca. Melão Tomate Controle de Fusarium oxysporum, tolerância a temperaturas baixas, desordens fisiológicas, controle de Phytophthora sp. Controle de Ralstonia solanacearum, Fusarium oxysporum, Pyrenochaeta lycopersici, Meloidogyne incognita, Verticillium dahliae. Berinjela Controle de Ralstonia solanacearum, Fusarium oxysporum, Verticillium dahliae, tolerância a temperaturas baixas, nematóides e vigor. Fonte: ODA (1995). Na cultura do pimentão, a enxertia tem sido estudada e vem sendo usada comercialmente como alternativa viável de controle de doenças causadas por P. capsici e M. incognita, raça 2 (KOBORI, 1999). Enxertar é unir duas porções de tecido vegetal vivo visando o crescimento e desenvolvimento de uma única planta. Seu sucesso é representado pela união morfológica e fisiológica dessas duas partes. Para tal efeito é fundamental que o câmbio do enxerto fique em contato íntimo e estreito com o câmbio do porta-enxerto (JANICK, 1966). Através da enxertia, o tecido recém-cortado do enxerto, com atividade meristemática, coloca-se em contato seguro e íntimo com o tecido similar recém-cortado do porta-enxerto. Células externas da região do câmbio iniciam a produção de células parenquimáticas que, logo após, se misturam e se entrelaçam, formando o tecido do calo. Nas combinações compatíveis, ocorre a reabsorção da capa necrótica antes da formação dos plasmodesmos secundários entre as células, perto dos feixes vasculares formados. Algumas células do calo se diferenciam em novas células do câmbio. Essas novas células formam novo tecido vascular: xilema no interior e floema no exterior, estabelecendo-se, assim, a conexão vascular entre enxerto e porta-enxerto. Com frequência, no início da união formam-se

22 11 anastomoses, que são pontes entre os feixes vasculares, sendo que o câmbio só é reconstituído completamente ao final da segunda semana (JANICK, 1966). O processo de união, em hortaliças pode ser visível um dia após a enxertia e termina entre uma a três semanas, com a completa conexão entre xilema e floema. A formação do calo pode ser observada entre três a sete dias. A formação do calo e a formação da união do enxerto terminam quando o ferimento se cicatriza e estabelece a circulação de água e nutrientes da raiz para a parte aérea e de fotossintatos da parte aérea para a raiz (CAÑIZARES, 2003). Quanto à nutrição de plantas enxertadas, o estado nutricional e fisiologia das plantas podem estar em função da combinação de porta-enxerto e enxerto (CÃNIZARES & VILLAS BÔAS, 2003). Alguns porta-enxertos podem modificar uma série de fatores morfológicos e fisiológicos na parte aérea em razão da absorção de nutrientes pelas raízes. Segundo os autores, em plantas enxertadas a translocação de nutrientes e movimentação da água dentro da planta pode ser prejudicada em razão de um bloqueio parcial que pode ocorrer na região de enxertia, resultando em acúmulo de solutos nessa região (KAWAIDE, 1985; ODA, 1995; BRANDÃO FILHO, 2001; CÃNIZARES, 2001). Em plantas enxertadas é possível que a concentração de alguns nutrientes na parte aérea seja em função da diferença de concentração entre porta enxerto e enxerto, desta forma, a maior ou menor concentração de magnésio e potássio em plantas enxertadas tem sido relacionada com a maior ou menor concentração desses nutrientes presentes no porta-enxerto. Tem sido observada maior concentração de N, K, Ca e Mg em vários porta enxertos de cucurbitáceas (CAÑIZARES et al., 2005). Ainda segundo os mesmos autores há algumas dúvidas com relação ao magnésio e potássio nessas plantas enxertadas. Estas podem apresentar alterações na quantidade de nutrientes devido ao impedimento na conexão vascular do xilema e floema, ocorrido durante o processo de conexão entre os tecidos do porta-enxerto e enxerto (CAÑIZARES et al., 2001). Na tentativa de explicar diferença na absorção de nutrientes por plantas enxertadas (Goto et al., 2003), levantaram a hipótese de que esses nutrientes ficam restritos na região da enxertia durante a cicatrização e conexão vascular, interferindo na translocação dos nutrientes das raízes para a parte aérea da planta

23 12 Cañizares (1997) observou que a quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio foram superiores nas plantas enxertadas de pepineiro quando comparadas com as não enxertadas, e os elementos magnésio e enxofre apresentaram baixo acúmulo em plantas enxertadas, e para o cálcio não obteve alteração em plantas enxertadas comparadas com as não enxertadas. Em plantas de berinjela observou diferenças de concentração e acúmulo de alguns macro e micronutrientes quando se comparou plantas enxertadas com as não enxertadas (BRANDÃO FILHO, 2001). Em plantas de pimentão não verificou diferença no acúmulo de nutrientes entre plantas enxertadas e não enxertadas, de modo que não foi observada nenhuma alteração que indicassem impedimento de transporte ou translocação de nutrientes ocasionados pela enxertia ou pelos porta-enxertos (SANTOS, 2005) Métodos de enxertia Os métodos descritos para hortaliças de frutos são vários, desde os tradicionais até os sofisticados. Os métodos tradicionais estão sempre sendo adaptados com o propósito de aumentar a eficiência na operação e à cicatrização da enxertia (GOTO et al. 2003), sendo realizados manualmente, necessitando de treinamento para realização da técnica. Inclui também o uso de alguns aparatos como clipes, presilhas, tubos flexíveis, palitos de porcelanas e adesivos, entre outros (SANTOS 2005). De acordo com Yamakawa (1982), Lee, (1994), Oda, (1995), Miguel, (1997), os métodos tradicionais de enxertia são: fenda simples (cleft grafting), encostia (approach grafting), inserção lateral com e sem enraizamento das mudas (cut tongue grafting e tongue grafting), contato em bisel (slant-cut-grafting), corte horizontal (horizontal cut grafting, tubo flexível (tube grafting of plugs) e adesivo (adhesive grafting). O método de garfagem por fenda cheia consiste em se fazer cortes no enxerto e porta-enxerto com auxílio de um aparelho composto por duas lâminas. A operação do corte no porta-enxerto se faz acima das folhas cotiledonares e no enxerto quando apresentarem 3-4 folhas. Para melhor cicatrização do enxerto, utilizam-se clipes plásticos

24 13 transparentes para envolver o ponto de junção da enxertia. Os clipes devem ser colocados no sentido da abertura do corte no porta-enxerto. No método de inserção lateral é feito um corte em bisel de 1-1,5 cm acima dos cotilédones do porta-enxerto e no enxerto, de modo a proporcionar maior área de contato entre ambos. Realiza-se enxertia com o auxílio de um bisturi, desinfetado periodicamente com álcool 70% (GOTO et al., 2003). Após a enxertia, as plantas enxertadas precisam ser colocadas na câmara úmida que pode ser feita com plástico e tela de sombreamento de 50%, permanecendo nela durante dez dias, após esse período, a câmara deve ser aberta parcialmente, retirando-se a tela de sombreamento um dia após a abertura. As plantas devem permanecer por mais um dia sob o sombrite que será retirado após esse período adicional. As plantas enxertadas permanecem por mais sete dias em adaptação até a cicatrização do ponto de enxertia. Posteriormente, os clipes são retirados e as mudas estão prontas para serem transplantadas para o local definitivo (GOTO et al., 2003). O método da encostia não apresenta tanta exigência com relação às condições ambientais pós-enxertia para garantir a sobrevivência das mudas, pois o desmame é realizado após a cicatrização da enxertia. A principal desvantagem nesse método é que o ponto de enxertia, após a cicatrização e o desmame, tende a ser mais frágil em relação aos demais métodos. Nesse método é feito um corte de cerca de 1,5 cm de cima pra baixo no porta enxerto, acima das folhas cotiledonares e no enxerto, o corte é feito de baixo pra cima cerca de 1,5 cm e posteriormente faz o encaixe de ambos. Depois de encaixadas, as mudas são mantidas unidas utilizando-se um clipe plástico específico para enxertia. Seis dias após a enxertia é promovido o desmame que consiste em cortar o hipocótilo logo abaixo do ponto de enxertia (GOTO et al., 2003) Fatores que influenciam a enxertia O sucesso ou insucesso está relacionado estreitamente com diversos fatores que podem influenciar a cicatrização da união do enxerto. Em primeiro lugar, o nível de incompatibilidade entre enxerto e porta-enxerto é que determina o sucesso ou fracasso da

25 14 enxertia, porém, o fato de não considerar fatores externos como temperatura e umidade durante e após a enxertia como também tamanho e sanidade da superfície de contato, poderá influenciar negativamente no processo de cicatrização, levando ao fracasso do processo. A temperatura durante e após a enxertia tem grande efeito sobre a produção do tecido do calo. A formação do calo é essencial para a cicatrização da união do enxerto. Para as solanáceas a temperatura ideal após a enxertia é manter entre 20 e 25 C, principalmente nos primeiros três dias, pois quanto mais próximos dessa temperatura estiverem as mudas, maior será a taxa de formação de calo (GOTO et al., 2003). A umidade do ar durante e após a enxertia é fundamental para o sucesso dessa operação. Os enxertos devem ser mantidos em umidade relativa elevada para evitar a desidratação dos tecidos, isto porque as células do parênquima que formam o tecido do calo são de parede fina e sem resistência a dessecação, quando expostas ao vento e com baixa umidade relativa do ar, as mesmas poderão morrer. A baixa umidade do ar inibe a formação do calo, aumentando a taxa de dessecamento das células (GOTO et al., 2003). Quanto ao tamanho da superfície de contato, a pouca área de união pode dificultar o movimento da água e dos nutrientes, mesmo que a região da enxertia tenha apresentado boa cicatrização no início do crescimento. É importante manter unidos firmemente os componentes do enxerto, com um clipe (prendedor) próprio para hortaliças, de tal forma que as partes não deslizem fato que pode prejudicar a formação das células do parênquima ou danificar as que já foram formadas. Alguns problemas fitossanitários podem ocorrer após a enxertia, devido à alta umidade relativa do ambiente da enxertia como Didymella bryoniae e a Botrytis cinérea (GOTO et al., 2003). Recomenda-se realizar todo processo de enxertia de forma rápida com máximo de assepsia e cuidado para não contaminar o material. A escolha errada de um determinado porta-enxerto pode resultar em prejuízos, havendo a necessidade de realizar avaliações de espécies de porta-enxerto sob diferentes condições ambientais (GOTO et al. 2003).

26 Extração de nutrientes pelo pimenteiro O potássio e o nitrogênio são os nutrientes mais exportados pelas plantas de pimentão (EPSTEIN & BLOOM, 2006). O conteúdo de nutrientes nas plantas varia com a quantidade de matéria seca produzida pela planta. Em pimentão, também, os conteúdos variam proporcionalmente com a produção de matéria seca. As quantidade de N, P, K, Ca, Mg e S nos frutos aumentaram continuamente, dos 99 aos 189 dias após o transplante, acentuandose, sensivelmente, a partir dos 159 dias, e que as épocas de maior demanda de nutrientes coincidiram com o período de maior produção de frutos (NEGREIROS, 1995). Os estádios de desenvolvimento influenciam o acúmulo de nutrientes nos tecidos da planta de pimentão (MILLER et al., 1979). As maiores taxas de absorção de N, P, K, Ca e Mg ocorreram no início do ciclo de crescimento. Com a remoção dos frutos na colheita, ocorre um rápido aumento na absorção dos nutrientes e diminuindo quando novos frutos alcançam o estádio de maturação. Provavelmente, a absorção de nutrientes é reduzida quando em fase final de maturação dos frutos (MARTI & MILLS, 1991). A distribuição dos nutrientes observada por Miller et al. (1979) foi:n (21, 36 e 44%); K (25, 35 e 40%); P (38, 21 e 41%); Ca (29, 64 e 6%); Mg (34, 50 e 16%), respectivamente, para caules, folhas e frutos. As folhas apresentaram maior percentagem de Ca e Mg, enquanto os frutos continham mais N, P e K. O K distribuiu-se em partes iguais nos frutos e demais órgãos vegetativos. Em condições de campo, observou-se que a extração de macronutrientes por um cultivo de pimenteiro foi de 84,3 kg ha -1 de potássio, 64,8 kg ha -1 de cálcio, 51,2 kg ha -1 de nitrogênio, 8,4 kg ha -1 de magnésio, 5,4 kg ha -1 de enxofre e 4,8 kg ha -1 de fósforo (FERNANDES, 1971). MARCUSSI, 2005, trabalhando com o hibrido de pimentão Elisa sob fertirrigação, verificou a seguinte ordem de concentração de macronutrientes na folha, caule e fruto. Nas folhas a concentração: K > N > Ca > Mg > S > P; já nas raízes foram na ordem: N > K > Ca > Mg > S > P; no fruto, a concentração foi: K > N > Ca > P >S >Mg. Os teores de macronutrientes encontrados na planta de pimentão seguem, na média, a seguinte ordem decrescente: K (39,9 g kg -1 ) > N (28,3 g kg -1 )> Ca (12,8 g kg -1 ) > Mg (5,9 g kg -1 ) > S (4,1 g

27 16 kg -1 ) > P (3,7 g kg -1 ). Segundo o autor, as folhas possui maior concentração de macronutrientes sob fertirrigação, portanto, esse órgão é o recomendado para análise de teor de macronutrientes, tanto na verificação de deficiência ou de toxidade. Silva (1998) observou que em plantas de pimentão, híbrido Mayata, as folhas contribuíram mais com: Ca (62%); Mg (52%); N (51%); K (40%); P (40%); e os frutos continham mais: P (38%); N (24%); K (18%); S (15%). O caule acumulou a maior quantidade de: S (51%); Mg (45%) ; K (42)%; Ca (37%); Santos (2005), trabalhando com plantas enxertadas e pé-franco de Rúbia-R, verificou-se que em com relação ao acúmulo de nutrientes não houve diferença entre os mesmos, e a ordem decrescente dos nutrientes acumulados foi: K>N>Ca>Mg>P>S. Quanto à quantidade absorvida de K por planta aos 35 DAT o híbrido Rúbia R pé-franco teve maior concentração quando comparado com a combinação AF 2640 x Rúbia R. Pode-se atribuir este fato a um atraso no desenvolvimento da planta, que, nesse caso, parece ter sido promovido por uma dificuldade inicial e transitória entre porta-enxerto e enxerto. A extração de micronutrientes em pimentão do híbrido Elisa em condições de cultivo protegido, demostraram o maior desenvolvimento das plantas, assim como maior necessidade nutricional de B, Cu, Fe, Mn e Zn, se concentraram de 120 e 140 dias após o transplante de mudas, período esse, em que as plantas absorve e acumula a maior quantidade desses elementos. Com relação à absorção destes nutrientes a ordem foi Cu (57%); B (49%); Zn (48%); Fe (44%) e Mn (40%) aos 140 dias de cultivo (MARCUSSI & VILAS BÔAS, 2003).

28 17 5. MATERIAL E MÉTODOS 5.1 Local do experimento Conduziu-se o experimento entre os meses de fevereiro a julho de 2011, em ambiente protegido, na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Produção São Manuel, no município de São Manuel SP, pertencente à Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu SP. A estrutura do ambiente protegido é do tipo arco de 7,0 x 40,0 m e pé direito de 3,0 m, coberto por filme de polietileno de baixa densidade (PEBD), transparente, de 150µm de espessura. A localidade possui as seguintes coordenadas geográficas: 22 o 44 latitude sul e 48 o 34 longitude oeste, e altitude de 750 metros. O clima é do tipo mesotérmico, subtropical úmido (Cfa) com estiagem na época de inverno (PEEL et al., 2007). 5.2 Solo características, correção e adubação O solo do ambiente protegido onde o experimento foi implantado é um Latossolo Vermelho Amarelo fase arenosa (CAMARGO et al., 1987; EMBRAPA, 2006). Para determinar a necessidade de calagem e adubação, foram coletadas 20 amostras simples de 0-20 e cm de profundidade, e feita amostra composta para cada profundidade.

29 18 Posteriormente, as mesmas foram enviadas ao Laboratório do Departamento de Recursos Naturais Setor Ciência do Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas UNESP de Botucatu, onde foram realizadas as análises químicas seguindo a metodologia de Raij et al (2001). Os resultados estão apresentados na Tabela 2. Tabela 2. Resultado da análise química do solo. Amostra ph M.O. P resina H+Al K Ca Mg SB CTC V% cm CaCl 2 g dm -3 mg dm -3 mmol c dm -3 _ , , , , Boro Cobre Ferro Manganês Zinco Amostra mg dm cm ,27 2,4 16 9,0 8, ,31 1,3 17 9,3 8,5 Fonte: Laboratório do Departamento de Recursos Naturais Setor Ciência do Solo. Faculdade de Ciências Agronômicas UNESP Campus de Botucatu. Com base nos resultados da Tabela 2, não houve a necessidade de realizar a calagem na área, tampouco na adubação de plantio com fertilizantes. Foi adicionado apenas 3 kg por m 2 do composto orgânico provaso (produto que apresenta a composição de 40 45% de matéria orgânica, 1 2% de nitrogênio, 0,8 1,3% de fósforo total, 0,5 0,8% de potássio, 5 6% de cálcio, umidade de 35 40% e ph 7 8). Com auxílio de um microtrator Tobata de enxada rotativa, realizouse o revolvimento superficial do solo, posteriormente foi adicionado o composto orgânico e passou o microtrator novamente para incorporar o composto junto ao solo, por fim, levantaram-se as cinco leiras dentro do ambiente protegido nas seguintes dimensões: 40 x 0,5 x 0,5 m, comprimento, largura e altura respectivamente. 5.3 Delineamento experimental e tratamentos Foram estabelecidos quatro tratamentos (Tabela 3), resultantes da combinação de três diferentes métodos de enxertia e sem enxertia (pé-franco). O delineamento

30 19 experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro tratamentos e cinco repetições e cada parcela experimental foi composta de 12 plantas, em espaçamento de 1,10 x 0,50m. Tabela 3. Relação dos métodos de enxertia estudados, nas plantas de pimentão. São Manuel, SP, Tratamentos Enxertia Método de enxertia 1 Não 2 Sim Inserção lateral 3 Sim Fenda cheia 4 Sim Encostia 5.4 Características do porta-enxerto e enxerto utilizado Descrição e as características agronômicas do hibrido AF 7125 utilizado como enxerto e do porta-enxerto AF 8253, de acordo com a empresa produtora (Sakata Seed Sudamerica). Híbrido AF 7125 apresenta segmento retangular vermelho, de excelente qualidade dos frutos (4 lóculos) e conservação pós-colheita (parede grossa). Indicado para o cultivo em estufa. Alto nível de resistência a Potato virus Y (PVY) estirpes P0, P1 e P1-2 e Tomato mosaic virus (ToMV) estirpe Tm. Porta-enxerto- AF8253: Proporciona incremento de produção devido ao aumento da longevidade de colheita e melhora na padronização dos frutos. Alto nível de resistência a Phytophthora capsici (murchadeira), a Ralstonia solanacearum (murcha bacteriana), e aos nematóides Meloidogyne javanica e Meloidogyne incognita - raças 1, 2, 3 e Preparo das mudas e enxertia As mudas foram produzidas na Empresa (Sakata Seed Sudamerica), no município de Bragança Paulista-SP, em bandejas de poliestireno expandido, com 128 células.

31 20 O porta-enxerto e o enxerto foram semeados, respectivamente nos dias 29/11 e 06/12/2010, para os tratamentos com pé-franco, a semeadura foi feita no mesmo dia dos enxertos. A enxertia foi realizada no dia 24/01/2011. Os métodos de enxertia realizados foram contato em bisel, garfagem por fenda cheia e encostia. As enxertias foram realizadas quando o porta-enxerto e os enxertos apresentavam, respectivamente, sete e três folhas definitivas expandidas. O ponto de enxertia foi acima das folhas cotiledonares do portaenxerto, quando o caule apresentava aproximadamente 3,0 mm de diâmetro. O método contato em bisel (Figura 1) consiste em fazer cortes em bisel no enxerto e porta-enxerto e depois se une essas partes com auxilio de um clipe. O método de garfagem por fenda cheia (Figura 2) consiste em se fazer cortes no enxerto e porta-enxerto com auxílio de um aparelho composto por duas lâminas. A operação do corte no porta-enxerto se faz acima das folhas cotiledonares e no enxerto quando apresentarem 3-4 folhas. Para melhor cicatrização do enxerto, utilizaram-se clipes plásticos transparentes para envolver o ponto de junção da enxertia. Os clipes devem ser colocados no sentido da abertura do corte no porta-enxerto. No método de encostia (Figura 3) consiste em fazer um corte de 1,5 cm para baixo no porta-enxerto logo acima dos cotilédones e um corte de 1,5 cm para cima no enxerto acima dos cotilédones, depois encaixa as plantas. Após sete dias da enxertia, deve-se realizar o desmame, ou seja, cortar o hipocótilo das plantas de pimenteiro logo abaixo do ponto de enxertia. Na Figura 4 está ilustrando uma planta de pimentão sem enxertia (péfranco). Para melhor cicatrização das enxertias foram usados clipes de enxertia para envolver o ponto de junção das plantas enxertadas Após realização dos métodos de enxertia as mudas foram levadas para a câmara úmida, feita com tela de sombreamento (70%) e filme de polietileno de baixa densidade (PEDB) transparente, num período de 10 dias, mantendo-se a umidade relativa próxima a 100 % e fazendo a troca de ar quente, ou seja, abertura do plástico da câmara de três a quatro vezes no dia. Esse processo de levar as mudas para a câmara úmida é muito importante para a cicatrização do ponto de enxertia.

32 21 SILVA, E.G Figura 1- Método de enxertia tipo contato em bisel, 15 DAE, São Manuel-SP, SILVA, E.G Figura 2- Método de enxertia por garfagem fenda cheia, 15 DAE, São Manuel-SP, SILVA, E.G SILVA, E.G Figura 3- Método de enxertia tipo encostia, 15 DAE, São Manuel- SP, Figura 4- Planta não enxertada (péfranco), São Manuel-SP, 2011.

33 Condução das plantas, tratos culturais e colheita O transplante das mudas ocorreu no dia 16/02/2011, momento em que as mudas já apresentavam boa cicatrização no local da enxertia. As mudas foram plantadas em espaçamento de 1,10 x 0,5 m (Figura 5), onde cada parcela experimental tinha 6,6 m 2 e era composta de 12 plantas, sendo as duas plantas centrais destinadas para avaliação dos frutos. Bloco I Bloco V Bloco II Bloco III Bloco IV SILVA, E.G Figura 5 - Vista geral do ambiente protegido no dia do transplante das mudas, São Manuel-SP, F Retirou-se uma planta por parcela ao longo do ciclo de cultivo (crescimento vegetativo; florescimento; florescimento e frutificação e senescência das plantas) do pimenteiro para análise química dos nutrientes. Realizaram-se aos 35, 85, 112 e 143 dias após o transplante (DAT). As demais plantas na parcela foram utilizadas como bordadura, para manter a competição igual entre as plantas. O sistema de condução adotado para o pimentão foi em V, de acordo com Tivelli (1999), onde foram colocados palanques formando um V ao longo das leiras.

34 23 Estacas de bambu também foram dispostas em V, ao longo das leiras, para auxiliar as plantas nesse sistema de condução (Figura 6). Fios de arame (N o 14) foram esticados na extremidade superior desses palanques também para auxiliar na sustentação das plantas. Na extremidade inferior, passaram-se fitilhos para ajudar na condução inicial das plantas. Conforme o crescimento e desenvolvimento da cultura, o fitilho era passado horizontalmente ao longo de toda a leira com objetivo de conduzir corretamente as plantas nesse tipo de sistema de condução, com auxilio de um alceador de fita plástica, sempre que a planta necessitava, para maior firmeza das plantas, mantendo assim a forma de condução em V (Figura 7). Figura 6- Vista de sistema de tutoramento. São Manuel-SP, SILVA, E.G SILVA, E.G Figura 7- Vista da planta de pimentão sendo unida ao fitilho, com auxilio de um alceador. São Manuel-SP, Realizaram-se desbrotas até a primeira bifurcação, onde também foi retirado o fruto da mesma, por constituir um dreno que na fase inicial de desenvolvimento seria prejudicial. Utilizou-se o sistema de irrigação por gotejamento, com espaçamento entre gotejadores de 20 cm. Após o transplante das mudas foi dado um estresse hídrico de quatro dias nas plantas, com a finalidade de forçar o aprofundamento do sistema radicular. A partir daí o solo foi mantido em capacidade de campo. As fertirrigações foram realizadas em dias alternados, em três fases e a quantidade de fertilizantes (gramas) em função das fases de ciclo de cultivo (Tabela 4).

35 24 Tabela 4- Quantidade de fertilizantes (gramas/132m 2 por aplicação) fornecidos via fertirrigação durante o ciclo da cultura.são Manuel-SP, Fertilizantes 1 a Fase- até 50 DAT 2 a Fase-50 a 90 DAT 3 a Fase 90 a 165 DAT Nitrato de Cálcio Nitrato de Potássio Sulfato de Potássio MAP Sulfato de Magnésio Foram realizadas adubações complementares com: Sulfato de zinco- 3 aplicações de 350 gramas cada; Ácido bórico- 3 aplicações de 100 gramas cada. Adubações foliares-5 aplicações foliares de Yogen 5 ( N-20 %; P 2 O 5-5 %; K 2 O- 10 %; Mg- 1 %: S- 5 % ; B- 1 %; Cu- 0,05 %; Mn- 0,1 %; Mo- 0,01 % e Zn- 7 %), na dose de 400 g ha -1. Realizaram-se tratamentos fitossanitários conforme a necessidade da cultura e para controle de algumas pragas que decorreram ao longo ciclo, foram utilizados os seguintes inseticidas: - Aplicações de abamectina, 100 ml p.c. 100 L água, para o controle do ácaro branco, Polyphagotarsonemus latus; - Aplicações de thiamethoxam, para o controle de mosca branca (Bemisia tabaci, Raça B), pulgão verde (Myzus persicae) e vaquinha (Diabrotica speciosa). - Aplicações de lufenurão, para o controle de tripes (Frankliniella occidentallis). Com relação às doenças, a única que ocorreu foi Oidiopsis taurica, um patógeno muito agressivo à cultura do pimenteiro por causar desfolha excessiva, trazendo prejuízos à cultura. Os sintomas da doença começaram aos 60 DAT caracterizando por manchas amareladas na face superior da folha. Para o controle aplicou-se - clorotalonil: 400 ml p.c. 100 L água; - metiram + piraclostrobina, 200 g p.c. 100 L água; - piraclostrobina 400 ml p.c 500 L água.

36 25 Ao todo, realizaram-se sete colheitas de frutos, nas duas plantas centrais de cada parcela, quando os mesmos atingiram pelo menos 50% de maturação (Figura 8). A primeira colheita ocorreu no dia 16/05/2011e a última (Figura 9), no dia 04/07/2011. SILVA, E.G Figura 8 Vista dos pimentões vermelhos no momento da colheita. São Manuel-SP, SILVA, E.G Figura 9 - Vista da última colheita dos pimentões. São Manuel-SP, Temperatura e umidade relativa do ar no interior do ambiente protegido No centro da estrutura do ambiente protegido, a uma altura de 1,5 m, foi instalado um termo-higrômetro digital TFA, modelo de máximas e mínimas. Permitiu o acompanhamento diário das oscilações de temperatura (T C) e umidade relativa do ar (UR %) ocorrida no interior do ambiente durante o período de desenvolvimento da pesquisa (Figura 10) Durante o desenvolvimento, constatou-se muitas vezes que a temperatura dentro do ambiente protegido não foi favorável para a cultura. Logo após o transplante das mudas ocorreu picos que ultrapassaram 30 C, causando um crescimento inicial mais lento das plantas. Para a cultura do pimenteiro, as temperaturas ideais para crescimento inicial seria entre C diurnas (FINGER & SILVA, 2005). No decorrer do experimento na fase de floração não se observou temperaturas constantes acima dos 35 C, que pudesse trazer prejuízos à cultura.

37 26 Com relação à temperatura mínima durante boa parte do experimento, as mesmas se mantiveram numa faixa ideal para cultura ficando entre C (PÁDUA et al., 1984) Figura 10- Temperatura máxima, média e mínima no interior do ambiente protegido. São Manuel-SP, Com relação à UR % (Figura11), observam-se valores de máxima, mínima e media de UR % na ordem de 94,21 e 91 % respectivamente, mais na grande parte do desenvolvimento da pesquisa a umidade relativa do ar mínima ficou abaixo de 50 % constantemente, tornando-se prejudicial para a cultura. A faixa ideal é de %, e abaixo dessa faixa de umidade a polinização das flores pode ser reduzida, por ocorrer à desidratação do grão de pólen, levando assim ao abortamento das mesmas.

38 27 Figura 11- Umidade relativa do ar, máxima, média e mínima no interior do ambiente protegido. São Manuel-SP, Características avaliadas a) Altura média da primeira bifurcação (cm): medida em três plantas de cada parcela aos 85 dias após o transplante, com auxilio de uma trena (16/04/2011); b) Altura das plantas (cm): Foram feitas medidas de altura a cada 15 dias (até aos 120 DAT), determinada do colo da planta até o ápice da maior haste em duas plantas por parcela, com auxilio de uma trena; c) Produção: nas duas plantas centrais de cada parcela foram realizadas sete colheitas dos frutos, onde se avaliaram as seguintes características: - comprimento dos frutos (cm), com auxílio de uma fita métrica graduada; - calibre dos frutos (cm), medido com o auxílio de paquímetro digital; - espessura da parede dos frutos em (mm), realizada com auxílio de paquímetro digital após um corte transversal nos frutos;

39 28 - massa total (kg), com auxílio de balança digital; - massa média (g), com auxílio de balança digital; - produtividade kg m 2 ; d) A classificação dos frutos de acordo com as normas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo-CEAGESP (1998); e) Massa da matéria seca: aos 35, 85, 112 e 143 DAT, retirou-se uma planta por parcela, sendo a mesma separada em parte vegetativa (folha + caule) e frutos, e posteriormente pesada, lavada em água corrente, água + sabão e em duas vezes em água deionizada. Posteriormente foram levadas à estufa com circulação de ar forçado a 65 ºC, até atingir massa constante. Nesta ocasião, foi obtida a massa de matéria seca das partes avaliadas; f) Análise química da planta: foi coletada uma planta por parcela aos 35, 85, 112 e 143 DAT, para realização das análises da parte vegetativa (folha + caule) e frutos, para verificar a concentração e o acúmulo de nutrientes. As plantas retiradas aos 35 DAT não tiveram frutos para a análise. As plantas coletadas aos 85 DAT haviam produzidos frutos de uma colheita e as plantas aos 112 e 143 DAT produziram frutos em 6 e 8 colheitas, respectivamente, antes de serem retiradas. Todos os frutos produzidos foram analisados e o resultado foi considerado na quantidade de massa de matéria seca final da planta e na quantidade de nutrientes absorvidos; As amostras da parte vegetativa (folha + caule) foram moídas obedecendo a relação de 2:1 de folha e caule, respectivamente. O material foi moído em moinho tipo Wiley, e enviado para o laboratório do Departamento de Recursos Naturais Setor Ciência do Solo da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP de Botucatu, onde foram determinados os teores de macro e micronutrientes, utilizando-se o método recomendado por Malavolta et al (1997). g) Quantidade total (g m 2 ) e distribuição de nutrientes na planta: A quantidade total dos nutrientes foi calculada da seguinte forma: Somou-se a quantidade absorvida de todas as épocas das coleta para parte vegetativa e dos frutos. O resultado multiplicou-se por

40 29 1,8 que é a quantidade de plantas em 1m 2. Do valor total destinou-se em porcentagem a quantidade acumulada na parte vegetativa e nos frutos. 5.9 Análise Estatística Os dados foram submetidos à análise de variância (teste F) a 5% de probabilidade (Tabela 5) e quando houve significância utilizou-se o teste Tukey a 5% de probabilidade para comparar as médias. Os dados foram analisados com auxílio do programa computacional SISVAR (FERREIRA, 1998). Tabela 5- Quadro de variância do experimento. UNESP/FCA. São Manuel- SP, Causa da Variação GL Tratamento 3 Bloco 4 Resíduo 12 Total 19

41 30 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1 Características agronômicas Altura da primeira bifurcação A altura da 1 bifurcação foi realizada aos 85 DAT, segundo Tivelli (1999), onde foi determinada a altura 1 bifurcação aos 85 DAT e não se alterou quando comparada aos170 DAT, sendo essa característica definida na fase inicial do ciclo da planta. Verificou-se diferença entre os tratamentos para esta característica avaliada (Tabela 6). O pé-franco atingiu maior altura quando comparado com os demais tratamentos. Os dados se mostram coerentes uma vez que o pé-franco demostra toda característica do híbrido utilizado AF7125 e a combinação do porta-enxerto AF 8253 com hibrido AF 7125, pode ter sofrido alguma influência do porta-enxerto interferindo assim nessa avaliação. Segundo alguns autores podem ocorrer variação em função da cultivar ou híbrido utilizado, mas a variação de altura pode ser atribuída principalmente a fatores genéticos e ambientais (TIVELLI, 1999; RODRIGUES, 2001; SANTOS, 2005).

42 31 Com relação a plantas enxertadas e pé-franco de dois híbridos (Rubia - R e Magarita) o pé-franco Rubia-R teve maior valor para altura da 1 bifurcação, diferindo das plantas enxertadas (SANTOS, 2005). Os resultados obtidos na Tabela 6 vêm corroborar com os dados encontrados pela autora, onde uma possível influência da enxertia pode ter interferido na altura da 1 bifurcação. Tivelli (1999) determinou a altura da 1 bifurcação em cultivo protegido de seis híbridos, obtendo-se valor médio 21 cm e Santos (2005) trabalhando com plantas enxertadas obteve média de 27,99 cm. A altura média da 1 bifurcação das plantas enxertadas obtidas neste trabalho foi 22,9 cm. No entanto, vários pesquisadores não verificaram relação entre altura da primeira bifurcação e produção nos híbridos comerciais, sendo esta característica não influenciável na produção de frutos (TIVELLI, 1999; RODRIGUES, 2001, SANTOS, 2005). Tabela 6- Médias da altura da primeira bifurcação. São Manuel-SP, Tratamentos Altura 1 bifurcação (cm) Pé-franco Contato em bisel 29.5 a 21,8 b Fenda cheia 22.8 b Encostia 24.1 b Média 24,57 F 13,93 ** CV (%) 8,26 DMS 3,81 Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% (P<0,05%). ns= não significativo, ** significativo a 1 %, * significativo a 5 % pelo teste F Altura das plantas Para altura das plantas avaliadas em diferentes momentos ao longo do ciclo, apresentaram diferença apenas nas duas primeiras avaliações (Figura 12). Na primeira avaliação observa-se que o pé-franco foi significativamente superior aos demais tratamentos de plantas enxertadas. Essa diferença é em função das plantas enxertadas terem um

43 32 crescimento inicial mais lento, pois essas plantas demandam um tempo maior para restabelecimento dos vasos condutores (MACEDO JÚNIOR, 1998; CAÑIZARES & VILLAS BOAS, 2003), entre plantas enxertadas não houve diferença significativas entre tratamentos. Segundo Malavolta (1989) o K participa do alongamento celular reforçando a parede celular. Cãnizares & Villas Bôas (2003) relacionam ainda hipótese que a concentração e quantidade de vários nutrientes, podem ser modificados devido esse impedimento dos vasos entre porta-enxerto e enxerto durante o processo de conexão dos tecidos. O atraso inicial atribuído a plantas enxertadas com relação à altura não deve ser considerado de forma absoluta, pois isto pode não ocorrer. De acordo com Santos (2005) até 28 DAT não houve diferença de altura entre plantas enxertadas e pé-franco de Margarita, contudo pela Figura 12 observa-se que o pé-franco teve maior valor para altura das plantas com relação às plantas enxertadas. Na segunda avaliação os tratamentos fenda cheia, contato em bisel e pé-franco tiveram valores semelhantes. Entre os métodos de enxertia utilizados observa-se que fenda cheia e contato em bisel foram superiores à encostia. Por sua vez a encostia não diferiu do pé-franco. A partir da 3 a avaliação até o final não houve diferença significativa entre os tratamentos. Em plantas de pepino enxertadas tem-se notado desempenho diferente onde Macedo Junior (1998), trabalhando com pepino enxertado, híbrido Hokuho em abóbora, híbrido Ikky Kyowa, verificou-se que a altura de plantas enxertadas foi superior em relação às não enxertadas. Costa et al., (2001) trabalhando com doses de K em plantas enxertadas e não enxertadas de pepino não observaram diferença com relação a altura das plantas. Esses resultados diversos em relação à altura de planta enxertada e não enxertada se deve ao possível atraso inicial de desenvolvimento das plantas enxertadas. Devem-se considerar outros fatores que podem influenciar na altura tais como: materiais genéticos utilizados, espaçamento, bem como sistema de condução utilizado, adubação, fatores climáticos, época de cultivo, entre outros. Rodrigues (2001) trabalhando com híbrido Zarco com diferentes coberturas de solo e lâminas de irrigação obteve as maiores alturas com

44 33 cobertura preta e verde durante o decorrer do período experimental. Segundo o mesmo autor a cobertura do solo pode influenciar no microclima, modificando o balanço da radiação, impedindo a evaporação da água do solo, afetando temperatura do solo, podendo influenciar de maneira positiva no desenvolvimento das plantas. Figura 12. Altura das plantas enxertadas e não enxertadas do híbrido AF São Manuel- SP, Características dos frutos de pimentão Avaliaram-se os frutos quanto ao comprimento, calibre e espessura. Os respectivos valores estão apresentados na Tabela 7. Esses valores são referentes à média de sete colheitas durante dois meses. Verificou-se que não teve efeito significativo entre os tratamentos para comprimento dos frutos.

45 34 Charlo et al., (2009) avaliaram o desempenho agronômico de cinco híbridos de pimentão amarelo (CLXP 1463, Matador, Zarco, Eppo e Línea) e obtiveram valores na ordem (13,6; 12,3; 12,1; 11,0; 10,6 cm) respectivamente. Palangana (2011) trabalhando com doses de Stimulate em plantas enxertadas e pé-franco (não enxertadas) no híbrido Zarco, não encontrou diferença para comprimento, calibre e espessura dos frutos, atingindo valor máximo de 9,6 e 7,0 cm e 5,1 mm respectivamente, onde as doses de stimulate e a enxertia não tiveram influência nas características dos frutos avaliadas. Com relação ao calibre dos frutos, notou-se que não houve diferença entre os tratamentos. Santos (2005) avaliou por 12 colheitas os frutos de pimentão dos híbridos Rúbia-R e Margarita sobre dois porta-enxertos, onde verificou diferença no calibre ao longo das colheitas, no entanto essas diferenças entre os híbridos não influenciaram na classificação dos frutos comerciais. A enxertia não influenciou na espessura média da parede dos frutos entre plantas enxertadas e pé-franco. Neste trabalho, de acordo com a Tabela 7 a espessura média foi de 5, 5 mm. A espessura de polpa está vinculada à qualidade do fruto e à produtividade, pois quanto mais grossa, maior conservação pós-colheita e maior resistência ao transporte (BLAT, 2007; CHARLO et al., 2009). O comprimento e a largura dos frutos (tamanho do fruto) são características importantes na comercialização de pimentão, porque de acordo com a classificação dos frutos o produtor receberá preço diferenciado pelo seu produto. No Estado de São Paulo a classificação dos frutos de pimentão segue normatização da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP, 1998). Os frutos produzidos pelo híbrido AF 7125 tiveram a seguinte classificação: grupo retangular, sub-grupo vermelho, classe 12 (12 a 15 cm de comprimento), sub-classe 6 (6 a 8 cm de calibre), categoria Extra (CEAGESP, 1998).

46 35 Tabela 7- Médias do comprimento, calibre e espessura da polpa dos frutos de pimentão, sobre diferentes métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tratamentos Comprimento Calibre Espessura da polpa (cm) (cm) (mm) Pé-franco 12,8 7,5 5,6 Fenda cheia 12,2 7,9 5,7 Contato em bisel 12,0 7,6 5,4 Encostia 12,1 7,9 5,4 Média 12,30 7,72 5,54 F 1,84 ns 1,51 ns 0,76 ns CV (%) 5,09 4,83 6,26 DMS 1,18 0,70 0,65 Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste Tukey a 5% (P<0,05%). ns= não significativo, ** significativo a 1 %, * significativo a 5 % pelo teste F Produção dos frutos Na Tabela 8 estão apresentados os resultados da produção dos frutos: massa total dos frutos (kg pl -1 ), massa média dos frutos (g) e produtividade em (kg m 2 ). Os tratamentos não tiveram efeito sobre a massa total de frutos. Com relação à massa média dos frutos observa-se que não tiveram diferença entre o pé-franco e as plantas enxertadas por diferentes métodos de enxertia, mas as plantas enxertadas tiveram incremento entre 8-10 % em relação ao pé-franco. Palangana (2011) obteve incremento com plantas enxertadas na ordem de 15 % quando comparadas com o pé-franco na massa média dos frutos de pimentão (híbrido Zarco) sem aplicação de Stimulate. A produtividade entre os tratamentos está expressa por m 2 (Tabela 8), onde se verifica que não teve efeitos significativos entre tratamentos. Ao transformar essa produção para 1 ha -1 ( m 2 ), obteve-se produtividade do pé-franco de 20 t ha -1 e das plantas enxertadas encostia, contato em bisel e fenda cheia foram 24, 25 e 26 t ha -1 respectivamente.

47 36 Tivelli (1999) obteve produtividade entre 17 a 29 t ha -1 durante dois meses de colheita, com espaçamento de 1,5 m entre linhas, variando de 50, 33 e 25 entre plantas. Villas Bôas (2001) trabalhando com o híbrido Elisa (segmento vermelho), em espaçamento de 1,3 x 0,48 m, obteve uma produção por planta de 2,747 kg, o que corresponderia a 44 t ha -1. Fontes et al. (2005) utilizando o híbrido Elisa, no espaçamento de 1,0 x 0,6m, avaliando a produção de frutos em nove colheitas em um período de 224 DAT, obtiveram 51,9 t ha -1, sendo a produção por planta de 3,12 kg. Rosa (1995) conduziu pimentão amarelo Zarco na safra outono/inverno em ambiente protegido, com população de plantas ha -1 obteve produtividade de 1,84 a 2,82 kg por planta entre tratamentos ou de 36,8 a 56,4 t.ha -1 em quatro meses de colheita. Quando se comparou a produção de pimentão (Tabela 8) com outros dados de produção encontrados na literatura é apenas um referencial para cultura, pois em função de diferentes híbridos utilizados, adubação, espaçamento, densidade populacional, sistema de tutoramento, irrigação, fatores climáticos e principalmente período de colheita, os resultados são diversos. Tabela 8- Médias da massa total, massa média e produção dos frutos de pimentão, sobre diferentes métodos de enxertia. São Manuel-SP, Tratamentos ns= não significativo Massa total (kg pl -1 ) Massa média (g) Produção (kg m 2 ) Pé-franco 1,10 208,03 2,00 Contato em bisel 1,40 230,53 2,50 Fenda cheia 1,42 222,31 2,60 Encostia 1,30 228,18 2,40 F 2,08 ns 0,81 ns 2,08 ns CV (%) 16,98 11,29 16,98 DMS 0,41 47,12 0,75 O presente ensaio foi desenvolvido nas estações verão- outono- inverno constatando-se baixa produção por planta (Tabela 8) com produtividade entre t

48 37 ha -1. Esta baixa produtividade deve-se a vários fatores como a UR %, temperatura e fitossanidade da planta. A UR % baixa pode ter prejudicado a fixação de frutos, onde na grande maioria do tempo ficou abaixo dos 60 % (Figura 11) requerido pela cultura, principalmente na fase de floração onde o ideal é que fique em torno de % mencionado por (TIVELLI, 1998). A UR % pode ter favorecido o desenvolvimento do fungo Oidiopsis taurica, uma doença agressiva em ambiente protegido, principalmente quando se tem UR % baixas e temperaturas elevadas (Figura 10 e 11). Nas Figuras 13 e 14 mostram a evolução da doença durante as colheitas realizadas, ao longo do ciclo da cultura. Durante o experimento tiveram variações muito grandes entre o dia e a noite, o que pode ter influenciado no desenvolvimento, floração e frutificação da cultura. As temperaturas a partir do mês de junho foram abaixo da ideal e constantes chegando até 2 C, prejudicando principalmente neste período a floração e frutificação das plantas. Neste período segundo Tivelli (1998), plantas submetidas a temperaturas abaixo do mínimo pode comprometer a floração. SILVA, E.G Figura 13- Vista das plantas antes da 1 colheita. São Manuel-SP, SILVA, E.G Figura 14- Plantas com alto índice de Oidiopsis. taurica. São Manuel-SP, 2011.

Influência da enxertia em características morfológicas de híbridos de pimentão

Influência da enxertia em características morfológicas de híbridos de pimentão Influência da enxertia em características morfológicas de híbridos de pimentão Haydée Siqueira Santos, Rumy Goto UNESP-FCA, Departamento de Produção Vegetal/Horticultura, C. Postal 237, 18603-970. Botucatu-SP.

Leia mais

Mudas Enxertadas com Qualidade. Resistências

Mudas Enxertadas com Qualidade. Resistências Mudas Enxertadas com Qualidade Resistências Qualidade Produtividade Pesquisador: Sebastião Márcio de Azevedo Sakata Seed Sudamerica Ltda (sebastiao.azevedo@sakata.com.br) Produtividade; Resistências a

Leia mais

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE 16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE EM RELAÇÃO AO FORMULADO PADRÃO O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho do fertilizante Farture (00-12-12) em diferentes dosagens em relação ao

Leia mais

MUDAS ENXERTADAS COM QUALIDADE

MUDAS ENXERTADAS COM QUALIDADE Resistências Qualidade MUDAS ENXERTADAS COM QUALIDADE Produtividade Por que realizar a enxertia? Quais as vantagens da enxertia? Qual a importância no Brasil e no Mundo? Qual o custo/benefício da enxertia?

Leia mais

Doses de potássio na produção de sementes de alface.

Doses de potássio na produção de sementes de alface. 1 Doses de potássio na produção de sementes de alface. Cristiaini Kano 1 ; Andréa Reiko Oliveira Higuti 1 ; Antonio Ismael Inácio Cardoso 1 ; Roberto Lyra Villas Bôas 2 1 UNESP FCA Depto Produção Vegetal,

Leia mais

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO CULTIVO DO TOMATEIRO IRRIGADO *

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO CULTIVO DO TOMATEIRO IRRIGADO * VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DO CULTIVO DO TOMATEIRO IRRIGADO * VIEIRA, T.A. 1 ; SANTANA, M.J. 2 ; BARRETO, A.C. 2 * Projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

Leia mais

Mudas Enxertadas com Qualidade. > Lucratividade

Mudas Enxertadas com Qualidade. > Lucratividade Mudas Enxertadas com Qualidade > Resistências > Qualidade > Produtividade > Lucratividade > Precocidade Sebastião Márcio de Azevedo (Msc, Dr. Melhoramento Genético de Plantas-Olericultura) ENXERTIA É o

Leia mais

Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino

Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino Diagnose foliar na cultura do pimentão e pepino Simone da Costa Mello Departamento de Produção Vegetal, ESALQ/USP scmello@esalq.usp.br 19-34294190 r. 204 Diagnose foliar Interpretação: Material genético

Leia mais

ENXERTIA COM QUALIDADE

ENXERTIA COM QUALIDADE Resistências Qualidade ENXERTIA COM QUALIDADE Produtividade Por que realizar a enxertia? Quais as vantagens da enxertia? Qual a importância no Brasil e no Mundo? Qual o custo/benefício da enxertia? Quais

Leia mais

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM

15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM 15 AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS SEED E CROP+ EM ASSOCIAÇÃO COM LOCKER NA CULTURA DA SOJA O objetivo neste trabalho foi avaliar o desempenho dos produtos (Seed e Crop+) e a sua associação com Locker em aplicação

Leia mais

TEORES DE MACRONUTRIENTES EM PLANTAS DE PIMENTÃO ENXERTADAS SOB FERTIRRIGAÇÃO 1 RESUMO

TEORES DE MACRONUTRIENTES EM PLANTAS DE PIMENTÃO ENXERTADAS SOB FERTIRRIGAÇÃO 1 RESUMO 675 ISSN 1808-3765 TEORES DE MACRONUTRIENTES EM PLANTAS DE PIMENTÃO ENXERTADAS SOB FERTIRRIGAÇÃO EWERTON GASPARETTO DA SILVA 1 ; WILLIAM HIROSHI SUEKANE TAKATA 1 ; MANOEL XAVIER DE OLIVEIRA JÚNIOR 2 ;

Leia mais

Mudas Enxertadas com Qualidade. Qualidade. Lucratividade

Mudas Enxertadas com Qualidade. Qualidade. Lucratividade Mudas Enxertadas com Qualidade Produtividade Resistência Qualidade Lucratividade Sebastião Márcio de Azevedo (sebastiao.azevedo@sakata.com.br) Sakata Seed Sudamerica Ltda ENXERTIA: É o processo de união

Leia mais

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA 17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA PRODUTIVIDADE DA SOJA O objetivo deste experimento foi avaliar a resposta do programa nutricional via foliar recomendado pela microquímica na cultura da soja

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CÂMPUS DE BOTUCATU DESEMPENHO AGRONÔMICO E MARCHA DE ABSORÇÃO DE NUTRIENTES EM PLANTAS DE PIMENTÃO (Capsicum annuum

Leia mais

Recomendação de correção e adubação para tomate de mesa. Giulia Simioni Lívia Akasaka Patrick Oliveira Samara Barbosa

Recomendação de correção e adubação para tomate de mesa. Giulia Simioni Lívia Akasaka Patrick Oliveira Samara Barbosa Recomendação de correção e adubação para tomate de mesa Giulia Simioni Lívia Akasaka Patrick Oliveira Samara Barbosa 1 Sumário Introdução Produção no Brasil Tipos e grupos Fenologia Distúrbios fisiológicos

Leia mais

Acúmulo e exportação de nutrientes em cenoura

Acúmulo e exportação de nutrientes em cenoura Acúmulo e exportação de nutrientes em cenoura Rafael Araújo de Oliveira 1 ; Saulo de Tarcio Pereira Marrocos 1 ; Rafaella Rayane Macedo de Lucena 1 ; Jorge Amado da Silva Ramos 2 ; Leilson Costa Grangeiro

Leia mais

RESPOSTA DO MILHO A NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E DOSES DE CÁLCIO*

RESPOSTA DO MILHO A NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E DOSES DE CÁLCIO* RESPOSTA DO MILHO A NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA NO SOLO E DOSES DE CÁLCIO* SILVEIRA, A.L. 1 ; REIS, H.P.O. 2 ; BARRETO, A.C. 3 ; SANTANA, M.J. 3 *Apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas

Leia mais

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA 18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO DE MACRONUTRIENTES EM PÓS- EMERGÊNCIA DA CULTURA O objetivo neste trabalho foi avaliar a aplicação de macronutrientes de diversas fontes e épocas de aplicação

Leia mais

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn Fabiano Andrei Bender da Cruz. Pesquisador/Consultor Fundação Bahia, Eng o. Agr o. Dr. CREA 40620232/MG. Aline Fabris. Estagiária, Acadêmica do Curso de Agronomia, convênio FAAHF/Fundação Bahia. Edimilson

Leia mais

13 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO VIA

13 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO VIA 13 AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS DE NUTRIÇÃO VIA FOLIAR APLICADOS NA SOJA EM LUCAS DO RIO VERDE, MT O objetivo neste trabalho foi testar e avaliar o programa de nutrição foliar recomendado pela empresa Helena

Leia mais

Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente

Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica, 9., 2, Belo Horizonte 1 Adubação orgânica do pepineiro e produção de feijão-vagem em resposta ao efeito residual em cultivo subsequente Carlos Henrique

Leia mais

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental

Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Anais do Seminário de Bolsistas de Pós-Graduação da Embrapa Amazônia Ocidental Desempenho de Cultivares de Alface Roxa sob

Leia mais

Mudas Enxertadas com Qualidade. > Resistências > Qualidade. > Produtividade > Lucratividade

Mudas Enxertadas com Qualidade. > Resistências > Qualidade. > Produtividade > Lucratividade Mudas Enxertadas com Qualidade > Resistências > Qualidade > Produtividade > Lucratividade Sebastião Márcio de Azevedo (sebastiao.azevedo@sakata.com.br) Sakata Seed Sudamerica Ltda ENXERTIA: É o processo

Leia mais

Produção de hortaliças (Aula 1-2ª. parte)

Produção de hortaliças (Aula 1-2ª. parte) Produção de hortaliças (Aula 1-2ª. parte) 1. Planejamento 2. Produção em ambientes controlados 3. Propagação Olericultura Olus, oleris = Hortaliça Colere = cultivar Culturas oleraceas Olericultura Horticultura

Leia mais

João Felipe AMARAL, Laércio Boratto de PAULA.

João Felipe AMARAL, Laércio Boratto de PAULA. Avaliação da composição mineral de morangueiro (Fragaria x ananassa) em cultivos convencional e semi-hidropônico no município de Alfredo Vasconcelos, MG. João Felipe AMARAL, Laércio Boratto de PAULA. Introdução

Leia mais

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS Carlos Hissao Kurihara (1), Bruno Patrício Tsujigushi (2) Introdução A adubação da cultura do milho safrinha

Leia mais

Avaliação de Acessos de Cucurbita spp. Visando a sua Utilização como Porta-Enxerto de Melancia e Melão.

Avaliação de Acessos de Cucurbita spp. Visando a sua Utilização como Porta-Enxerto de Melancia e Melão. Avaliação de Acessos de Cucurbita spp. Visando a sua Utilização como Porta-Enxerto de Melancia e Melão. Kátia Nunes de Medeiros 1, Rita de Cássia Souza Dias 2, Carla Maria de Jesus Silva 3, Graziela da

Leia mais

Porta-enxerto e Enxertia. Prof. M. Sc. Eng agrônomo Rafael O. Antunes

Porta-enxerto e Enxertia. Prof. M. Sc. Eng agrônomo Rafael O. Antunes Porta-enxerto e Enxertia Prof. M. Sc. Eng agrônomo Rafael O. Antunes antunesagronomia@gmail.com Porta-enxerto Pé-franco Emprego do porta-enxerto Adaptação às condições climáticas e edáficas; Maior produtividade

Leia mais

A Cultura do Algodoeiro

A Cultura do Algodoeiro A Cultura do Algodoeiro Saul Carvalho 10. Calagem Aproximadamente 94% da área cultivada é cerrado É uma das práticas mais importantes na cultura do algodoeiro Altas produtividades estão relacionadas com

Leia mais

PARAMETROS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA CULTURA DO PIMENTÃO

PARAMETROS DE CRESCIMENTO E PRODUÇÃO DA CULTURA DO PIMENTÃO Área: CV ( ) CHSA ( ) ECET ( x ) MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ UFPI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA Coordenadoria de Pesquisa CPES Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco

Leia mais

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina CLAUDINEI KURTZ Eng. Agrônomo, Dr. OBJETIVOS: MÁXIMA EFICIÊNCIA ECONÔMICA QUALIDADE DOS PRODUTOS MENOR RISCO DE CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL Brasil existem poucos estudos gerando curvas de acúmulo de nutrientes

Leia mais

ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MAMONA CONDUZIDA POR DUAS SAFRAS EM PELOTAS - RS 1

ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MAMONA CONDUZIDA POR DUAS SAFRAS EM PELOTAS - RS 1 ÉPOCAS DE SEMEADURA DE MAMONA CONDUZIDA POR DUAS SAFRAS EM PELOTAS - RS 1 Rogério Ferreira Aires 1, Sérgio Delmar dos Anjos e Silva 2, João Guilherme Casagrande Junior 3, Dante Trindade de Ávila 3, Marcos

Leia mais

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO

ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 INTRODUÇÃO Página 1495 ADUBAÇÃO NPK DO ALGODOEIRO ADENSADO DE SAFRINHA NO CERRADO DE GOIÁS *1 Maria da Conceição Santana Carvalho 1 ; Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira 2 ; Ana Luiza Borin 2 1 Embrapa Arroz e

Leia mais

Fertilidade de Solos

Fertilidade de Solos Cultivo do Milho Economia da Produção Zoneamento Agrícola Clima e Solo Ecofisiologia Manejo de Solos Fertilidade de Solos Cultivares Plantio Irrigação Plantas daninhas Doenças Pragas Colheita e pós-colheita

Leia mais

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15 1 15 EFEITO DA APLICAÇÃO FOSFATADA VIA FOLIAR NA CULTURA DA SOJA Objetivo Avaliar o comportamento da cultura da soja mediante adubação complementar de fósforo via aplicação foliar através do produto Free

Leia mais

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade Departamento de Biologia

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DO TOMATEIRO E QUALIDADE DE FRUTOS ENXERTADOS EM DIFERENTES PORTA- ENXERTOS

DESENVOLVIMENTO DO TOMATEIRO E QUALIDADE DE FRUTOS ENXERTADOS EM DIFERENTES PORTA- ENXERTOS SIRTOLI LF; CERQUEIRA Desenvolvimento RC; FERNANDES do tomateiro LMS; OLIVEIRA e qualidade NG; GOTO de frutos R; RODRIGUES enxertados em JD. 2008. diferentes Desenvolvimento porta-enxertos do tomateiro

Leia mais

Produção de Mudas de Melancia em Bandejas sob Diferentes Substratos.

Produção de Mudas de Melancia em Bandejas sob Diferentes Substratos. Produção de Mudas de Melancia em Bandejas sob Diferentes. Jean de Oliveira Souza¹; Leilson Costa Grangeiro¹; Francisco Bezerra Neto¹; Aurélio Paes Barros Júnior¹; Maria Zuleide de Negreiros¹; Cosme Jales

Leia mais

AVALIAÇÃO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATE CV. DRICA

AVALIAÇÃO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATE CV. DRICA AVALIAÇÃO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE TOMATE CV. DRICA Antonio Carlos Martins dos Santos; Rubens Ribeiro da Silva 2 1 Aluno do Curso de Agronomia; Campus de Gurupi; antoniocarlos.uft@hotmail.com

Leia mais

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC Francieli WEBER 1, Guilherme VITORIA 2, Rodrigo SALVADOR 2, Herberto Jose LOPES

Leia mais

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS

MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira MILHO PARA OS DIFERENTES NÍVEIS TECNOLÓGICOS Prof. Dr. João Antonio da Costa Andrade Departamento de Biologia

Leia mais

Impacto Ambiental do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto: Descrição do Estudo

Impacto Ambiental do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto: Descrição do Estudo 1 Impacto Ambiental do Uso Agrícola do Lodo de Esgoto: Descrição do Estudo Wagner Bettiol; Otávio Antonio de Camargo; José Abrahão Haddad Galvão e Raquel Ghini Introdução O desconhecimento dos efeitos

Leia mais

FLÁVIO FAVARO BLANCO Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Dr. MARCOS VINÍCIUS FOLEGATTI

FLÁVIO FAVARO BLANCO Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Dr. MARCOS VINÍCIUS FOLEGATTI TOLERÂNCIA DO TOMATEIRO À SALINIDADE SOB FERTIRRIGAÇÃO E CALIBRAÇÃO DE MEDIDORES DE ÍONS ESPECÍFICOS PARA DETERMINAÇÃO DE NUTRIENTES NA SOLUÇÃO DO SOLO E NA PLANTA FLÁVIO FAVARO BLANCO Tese apresentada

Leia mais

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15 1 08 DOSES E MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE FÓSFORO NA CULTURA DA SOJA Objetivo Avaliar o efeito de diferentes doses e métodos de aplicação de fósforo na cultura da soja em Lucas do Rio Verde, MT. BOLETIM TÉCNICO

Leia mais

EXTRAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES PELA CULTURA DO SORGO FORRAGEIRO. C. A. Vasconcellos, J. A. S. Rodrigues, G.V.E. PITTA e F.G.

EXTRAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES PELA CULTURA DO SORGO FORRAGEIRO. C. A. Vasconcellos, J. A. S. Rodrigues, G.V.E. PITTA e F.G. EXTRAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES PELA CULTURA DO SORGO FORRAGEIRO C. A. Vasconcellos, J. A. S. Rodrigues, G.V.E. PITTA e F.G.SANTOS O conhecimento da absorção e do acúmulo de nutrientes nas diferentes

Leia mais

A SAÚDE DAS PLANTAS. José Angelo Rebelo, Eng.-Agr., Dr.

A SAÚDE DAS PLANTAS. José Angelo Rebelo, Eng.-Agr., Dr. A SAÚDE DAS PLANTAS José Angelo Rebelo, Eng.-Agr., Dr. se A SAÚDE DAS PLANTAS É obrigatório... Na extensão rural: A propriedade deve ser olhada como um todo Na assistência técnica: O cultivo deve ser olhado

Leia mais

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS DE TOMATEIRO CULTIVADOS EM AMBIENTE PROTEGIDO

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS DE TOMATEIRO CULTIVADOS EM AMBIENTE PROTEGIDO AVALIAÇÃO DE DIFERENTES PORTA-ENXERTOS DE TOMATEIRO CULTIVADOS EM AMBIENTE PROTEGIDO Luchele Furlan Sirtoli 1 ; Reginaldo Conceição Cerqueira 1 ; Luiza Maria de Souza Fernandes 1 ; João Domingos Rodrigues

Leia mais

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA BONFADA, Élcio B. 1 ; FIORIN, Jackson E. 2 ; SILVA, Alieze N. da 3 ; WYZYKOWSKI, Tiago 4 Palavras-chave: Nutrição de Plantas.

Leia mais

INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE CULTIVO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE

INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE CULTIVO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE CULTIVO SOBRE A PRODUÇÃO DE ALFACE Matheus D. LAIRA 1 ; Marcos C. RIBEIRO 2 ; Sindynara FERREIRA 3 ; RESUMO A Hidroponia é uma técnica agrícola onde cultiva-se plantas sem a necessidade

Leia mais

AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO

AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE METAIS PESADOS EM GRÃOS DE SOJA E FEIJÃO CULTIVADOS EM SOLO SUPLEMENTADO COM LODO DE ESGOTO R. F. Vieira 1, D. Perez 2, C. M. M. S. Silva 1 1 Embrapa Meio Ambiente, Caixa Postal

Leia mais

Requisitos de Clima e Solo da espécie

Requisitos de Clima e Solo da espécie Requisitos de Clima e Solo da espécie Clima O amendoim forrageiro apresenta ampla faixa de adaptação, desenvolvendo-se bem desde o nível do mar até aproximadamente 1.800 m de altitude, em áreas com precipitação

Leia mais

Nutrição, Adubação e Calagem

Nutrição, Adubação e Calagem Nutrição, Adubação e Calagem Importância da nutrição mineral Embora o eucalipto tenha rápido crescimento, este é muito variável. Os principais fatores que interferem no crescimento estão relacionados com

Leia mais

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE UM POLIFOSFATO SULFORADO (PTC) NO ALGODOEIRO EM SOLO DE GOIÂNIA-GO *

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE UM POLIFOSFATO SULFORADO (PTC) NO ALGODOEIRO EM SOLO DE GOIÂNIA-GO * EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE UM POLIFOSFATO SULFORADO (PTC) NO ALGODOEIRO EM SOLO DE GOIÂNIA-GO * Wilson Mozena Leandro 1, Juarez Patrício de Oliveira Jr. 1, Marcelo Vieira Rolim 2. Fabio do Vale 2, Adriano

Leia mais

Avaliação de Porta-Enxertos de Pimentão Para o Controle de Nematóides em Cultivos Sob Ambiente Protegido.

Avaliação de Porta-Enxertos de Pimentão Para o Controle de Nematóides em Cultivos Sob Ambiente Protegido. Avaliação de Porta-Enxertos de Pimentão Para o Controle de Nematóides em Cultivos Sob Ambiente Protegido. Renato Braga 1 ; Davi Ricardo Reche Nunes 1 ; César Augusto Almeida 1 ; Vander Pereira Bom 2 ;

Leia mais

Produção de alface americana em função de doses de potássio. Estudo preliminar.

Produção de alface americana em função de doses de potássio. Estudo preliminar. Produção de alface americana em função de doses de potássio. Estudo preliminar. Santino Seabra Jr 1 ; Juliana Gadum; Luis Felipe Villani Purquerio; Eduardo Elias Orian; Roberto Lyra Villas Boas; Norberto

Leia mais

RECOMENDAÇÃO DA DOSE DE BORO, EM SOLO HIDROMÓRFICO, PARA A CULTURA DO RABANETE.

RECOMENDAÇÃO DA DOSE DE BORO, EM SOLO HIDROMÓRFICO, PARA A CULTURA DO RABANETE. 6ª Jornada Científica e Tecnológica e 3º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 04 e 05 de novembro de 2014, Pouso Alegre/MG RECOMENDAÇÃO DA DOSE DE BORO, EM SOLO HIDROMÓRFICO, PARA A CULTURA DO RABANETE.

Leia mais

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17 AVALIAÇÃO DA RESPOSTA DA LINHA DE FERTILZIANTES FOLIARES BIOSUL NA PRODUTIVIDADE DA SOJA SAFRA 2017 / 2018 OBJETIVO: O manejo da adubação nos solos, é fundamental para alcançar altas produtividades na

Leia mais

Soluções Nutricionais Integradas via Solo

Soluções Nutricionais Integradas via Solo Soluções Nutricionais Integradas via Solo Pedro Torsone Gerente Técnico Cerrado MT / MS Soluções Nutricionais Integradas Fertilidade do Solo e Nutrição Plantas Etapas da construção da Fertilidade / Produtividade

Leia mais

Absorção de macronutrientes pelo híbrido de tomate Serato

Absorção de macronutrientes pelo híbrido de tomate Serato Absorção de macronutrientes pelo híbrido de tomate Serato Afonso Henrique V. de Oliveira 1 ; Luis Felipe V. Purquerio 2 Thiago L. Factor 3. 1 UNESP, Rua Nelson Brihi Badur 119, 11900-000 Registro-SP, afonso.oliveira@registro.unesp.br;

Leia mais

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia

AGRICULTURA I Téc. Agroecologia AGRICULTURA I Téc. Agroecologia CULTURA DO MILHO IFSC CÂMPUS LAGES FENOLOGIA DO MILHO Etapas de desenvolvimento: 1.Germinação e emergência: Semeadura até o efetivo aparecimento da plântula, Duração pode

Leia mais

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média

Protocolo. Boro. Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média Protocolo Boro Cultivo de soja sobre doses de boro em solo de textura média Set/ 2016 Out/ 2016 Nov/ 2016 Dez/ 2016 Jan/ 2017 Fev/ 2017 Mar/ 2017 Abr/ 2017 Mai/ 2017 Precipitação pluvial (mm) CAD Parecis

Leia mais

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia MICRO UTRIE TES. Prof. Dr.

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia MICRO UTRIE TES. Prof. Dr. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Campus Experimental de Dracena Curso de Zootecnia MICRO UTRIE TES Disciplina: Fertilidade do solo e fertilizantes Prof. Dr. Reges Heinrichs Dracena

Leia mais

APRESENTAÇÃO: FERTILIZANTE TERRAPLANT

APRESENTAÇÃO: FERTILIZANTE TERRAPLANT APRESENTAÇÃO: FERTILIZANTE TERRAPLANT DESCRIÇÃO DO PRODUTO Fertilizante proveniente de cama de aviário; Fonte de macro e micro nutrientes; Fonte excepcional de matéria orgânica. DESCRIÇÃO DO PRODUTO Para

Leia mais

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO

431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO Manejo de Agroecosistemas Sustentaveis Monferrer 431 - AVALIAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTIO EM SISTEMA ORGÂNICO DE PRODUÇÃO José C. Cruz 1 ; Israel A. Pereira Filho 1 ;

Leia mais

Influência de doses de fósforo e de nitrogênio na produção de abobóra híbrida, tipo tetsukabuto, na região norte de Minas Gerais

Influência de doses de fósforo e de nitrogênio na produção de abobóra híbrida, tipo tetsukabuto, na região norte de Minas Gerais Influência de doses de fósforo e de nitrogênio na produção de abobóra híbrida, tipo tetsukabuto, na região norte de Minas Gerais Sanzio Mollica Vidigal¹; Dilermando Dourado Pacheco¹; Cláudio Egon Facion¹

Leia mais

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Produção Vegetal PROPAGAÇÃO DE HORTALIÇAS

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Produção Vegetal PROPAGAÇÃO DE HORTALIÇAS Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Departamento de Produção Vegetal PROPAGAÇÃO DE HORTALIÇAS Profa. Simone da Costa Mello Métodos de propagação Propagação sexuada

Leia mais

PVH1600 NOVO Excelente qualidade do tabaco curado. Alta produtividade. Boa adaptabilidade e conservação na lavoura.

PVH1600 NOVO Excelente qualidade do tabaco curado. Alta produtividade. Boa adaptabilidade e conservação na lavoura. Híbridos Virgínia PVH1600 NOVO Excelente qualidade do tabaco curado. Alta produtividade. Boa adaptabilidade e conservação na lavoura. Alta tolerância à murcha bacteriana. Moderada tolerância a Black Shank,

Leia mais

8º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 14 de agosto de 2014 Campinas, São Paulo

8º Congresso Interinstitucional de Iniciação Científica CIIC a 14 de agosto de 2014 Campinas, São Paulo CARACTERIZAÇÃO DO CRESCIMENTO DA PLANTA E DOS TEORES DE NUTRIENTES DA CENOURA FRANCINE AO LONGO DO CICLO PRODUTIVO Gisele de F. Gabriel Cardoso 1 ; Thiago L. Factor 2; Luis Felipe V. Purquerio 3 Nº 14110

Leia mais

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis

CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis CALAGEM, GESSAGEM E MANEJO DA ADUBAÇÃO EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM Brachiaria ruziziensis Bruno Patrício Tsujigushi, Carlos Hissao Kurihara (2), Laércio Alves de Carvalho (3) Introdução A adoção

Leia mais

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO 1. INTRODUÇÃO M = nutriente transportado NUTRIENTE FORMAS NUTRIENTE FORMAS Nitrogênio NO - + 3 e NH 4 Boro H 3 BO 3 Fósforo - H 2 PO 4 Cloro Cl - Potássio K + Cobre Cu

Leia mais

Domesticação E Cultivo. Plantas Medicinais e Fitoterapia

Domesticação E Cultivo. Plantas Medicinais e Fitoterapia Domesticação E Cultivo Plantas Medicinais e Fitoterapia A domesticação de espécies silvestres é um compromisso com a preservação da biodiversidade regional, com a saúde do ser humano e com a estabilidade

Leia mais

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia Coorientador: Flávio Ferlini Salles RELEVÂNCIA O solo é importante

Leia mais

Tipos de Bandejas e Número de Sementes por Célula Sobre o Desenvolvimento e Produtividade de Rúcula.

Tipos de Bandejas e Número de Sementes por Célula Sobre o Desenvolvimento e Produtividade de Rúcula. Tipos de Bandejas e Número de Sementes por Célula Sobre o Desenvolvimento e Produtividade de Rúcula. Luis Felipe V. Purquerio 1, Ary Gertes Carneiro Jr. 1, Rumy Goto 1. 1 UNESP-FCA, Depto. Produção Vegetal/Horticultura,

Leia mais

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS. CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS. Pedro Silvério Xavier Pereira (1) ; Marice Cristine Vendruscolo (2) ; Astor Henrique Nied (3) ; Rivanildo Dallacor (4) ; Marcelo

Leia mais

ABSORÇÃO DE MICRONUTRIENTES PELOS HIBRIDOS DE TOMATE GAULT E POMERANO Nº 12147

ABSORÇÃO DE MICRONUTRIENTES PELOS HIBRIDOS DE TOMATE GAULT E POMERANO Nº 12147 ABSORÇÃO DE MICRONUTRIENTES PELOS HIBRIDOS DE TOMATE GAULT E POMERANO TÁBATA RENÉE DORATIOTO 1 ; AFONSO HENRIQUE V. DE OLIVEIRA 2 ; THIAGO L. FACTOR 3 ; LUIS FELIPE V. PURQUERIO 4 Nº 12147 RESUMO Na estação

Leia mais

Desempenho do pepino holandês Dina, em diferentes densidades de plantio e sistemas de condução, em ambiente protegido.

Desempenho do pepino holandês Dina, em diferentes densidades de plantio e sistemas de condução, em ambiente protegido. Desempenho do pepino holandês Dina, em diferentes densidades de plantio e sistemas de condução, em ambiente protegido. Luis A. Cirino Ruocco 1, Leila Trevizan Braz 1 ; Adriana A. Nascimento Rizzo 1 1 UNESP-FCAV,

Leia mais

Manejo de água em cultivo orgânico de banana nanica

Manejo de água em cultivo orgânico de banana nanica Manejo de água em cultivo orgânico de banana nanica Water management in organic cultivation of banana nanica PINTO, José Maria. Embrapa Semiárido, Petrolina, PE, jmpinto@cpatsa.embrapa.br; GALGARO, Marcelo.

Leia mais

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE SORGO FORRAGEIRO NO OESTE DA BAHIA

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE SORGO FORRAGEIRO NO OESTE DA BAHIA CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE VARIEDADES E HÍBRIDOS DE SORGO FORRAGEIRO NO OESTE DA BAHIA Luiz Henrique BERTUNES* 1, Danilo Gusmão de QUADROS 1, Alexandro Pereira ANDRADE 1, Eudo Barreto de Sá TELES 1,

Leia mais

EQUILÍBRIO QUÍMICO DO SOLO EM PROFUNDIDADE. Eng. Agr. Dr. Nelson Harger Coordenador Estadual/Emater

EQUILÍBRIO QUÍMICO DO SOLO EM PROFUNDIDADE. Eng. Agr. Dr. Nelson Harger Coordenador Estadual/Emater EQUILÍBRIO QUÍMICO DO SOLO EM PROFUNDIDADE Eng. Agr. Dr. Nelson Harger Coordenador Estadual/Emater Abordagem Aspectos qualitativos no SPDP; Perdas no sistema (nutrientes); Variabilidade horizontal e vertical;

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS CAMPUS DE BOTUCATU ENXERTIA, POTÁSSIO E MAGNÉSIO NA NUTRIÇÃO, DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE PEPINO KATHIA ALEXANDRA

Leia mais

002

002 001 DIAGNOSE FOLIAR NAS CULTURAS DA MACIEIRA E VIDEIRA GILMAR R. NACHTIGALL Embrapa Uva e Vinho 002 003 004 005 Análise Visual: Identificação de desequilíbrios nutricionais através da observação de sintomas

Leia mais

EFEITO DA ADUBAÇÃO BORATADA NO DESEMPENHO PRODUTIVO DE GIRASSOL

EFEITO DA ADUBAÇÃO BORATADA NO DESEMPENHO PRODUTIVO DE GIRASSOL EFEITO DA ADUBAÇÃO BORATADA NO DESEMPENHO PRODUTIVO DE GIRASSOL Nome dos autores: Emerson de Castro Ferraz 1 ; Wembles Ribeiro dos Santos 1 ; Stefany Gregory Moura 1 ; Juara Leme de Oliveira 1 ; Adão Felipe

Leia mais

CRESCIMENTO DE CLONES DE

CRESCIMENTO DE CLONES DE CRESCIMENTO DE CLONES DE Eucalyptus EM FUNÇÃO DA DOSE E FONTE DE BORO UTILIZADA Parceria RR Agroflorestal e VM Claudemir Buona 1 ; Ronaldo Luiz Vaz de A. Silveira 1 ; Hélder Bolognani 2 e Maurício Manoel

Leia mais

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde. Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde. XXIV Congresso Nacional de Milho e Sorgo - 01 a 05 de setembro de 2002 - Florianópolis - SC Monteiro, M. A. R1., Pereira Filho,

Leia mais

PRODUÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA

PRODUÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz ESALQ/USP HISTÓRIA DA PRODUÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA PRODUÇÃO DE MUDAS DE VIDEIRA - Método de estaquia - Europa: filoxera (praga do

Leia mais

AVALIAÇÃO DO USO DA CABAÇA COMO PORTA-ENXERTO PARA PRODUÇÃO DE ABÓBORA

AVALIAÇÃO DO USO DA CABAÇA COMO PORTA-ENXERTO PARA PRODUÇÃO DE ABÓBORA AVALIAÇÃO DO USO DA CABAÇA COMO PORTA-ENXERTO PARA PRODUÇÃO DE ABÓBORA Hermesson Alves Da Cruz 1 ; Mateus Simões Leite 1 ;Ricardo Monteiro Corrêa 2 ; Luciano Donizete Gonçalves 3 ;Vinícius Samuel Martins

Leia mais

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido

Prof. Francisco Hevilásio F. Pereira Cultivos em ambiente protegido Cultivos Protegidos Práticas de manejo em espécies hortícolas Pombal PB Alface Família: Asteráceae (Compositae) Espécie: Lactuca sativa Cultivares: divididas em cinco grupos Repolhuda crespa: cabeça fechada

Leia mais

DOSES DE FERTILIZANTES PARA O ABACAXIZEIRO PÉROLA NA MESORREGIÃO DO SUL BAIANO

DOSES DE FERTILIZANTES PARA O ABACAXIZEIRO PÉROLA NA MESORREGIÃO DO SUL BAIANO DOSES DE FERTILIZANTES PARA O ABACAXIZEIRO PÉROLA NA MESORREGIÃO DO SUL BAIANO Aristoteles Pires de Matos 1, Quionei Silva Araujo 2, Fábio José Pereira Galvão 3, Antônio Carlos Souza 4 1 Pesquisador, Embrapa

Leia mais

AGRISUS - RELATÓRIO MARÇO DE 2012

AGRISUS - RELATÓRIO MARÇO DE 2012 AGRISUS - RELATÓRIO MARÇO DE 2012 PA 463/08 Título: Avaliação da Aplicação de Gesso Agrícola, Magnesita e Calcário na Cultura da Cana-de-Açucar Interessado: Ronaldo Alberto Duenhas Cabrera Tipo: Auxílio

Leia mais

TEORES DE AMIDO EM GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA

TEORES DE AMIDO EM GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA TEORES DE AMIDO EM GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO POTÁSSICA Flávio Coelho Mendes 1 ; Priscila Fonseca Costa 1 ; Tânia Irres Lima de Sousa 1 ; Rodrigo de Castro Tavares 2 1 Aluno (a) do

Leia mais

CRESCIMENTO VEGETAL E DE PRODUÇÃO DE MELANCIA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ESPAÇAMENTOS

CRESCIMENTO VEGETAL E DE PRODUÇÃO DE MELANCIA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ESPAÇAMENTOS CRESCIMENTO VEGETAL E DE PRODUÇÃO DE MELANCIA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ESPAÇAMENTOS Caíke de Sousa Pereira 1* ; Antônio Veimar da Silva 2 1 Graduandos em Agronomia pela Universidade Estadual do Piauí UESPI,

Leia mais

Experimento Correção de P (safra 2010/11 a 2015/16)

Experimento Correção de P (safra 2010/11 a 2015/16) Experimento Correção de P (safra 21/11 a 215/16) Fundação MT PMA Janeiro/217 Protocolo: Correção de P Modos e doses de aplicação de P no sistema soja/milho safrinha em diferentes níveis de correções iniciais

Leia mais

Adubação na Cultura de Milho

Adubação na Cultura de Milho Adubação na Cultura de Milho Integrantes: Diego Fiuza Lucas Baroncini Matheus Zampieri Mireille Matos Thiago Faria INTRODUÇÃO Características gerais: Planta C4 Ciclo de 120-150 dias Maturação Milho seco:

Leia mais

Cultivo do pimentão. Profa. Simone da Costa Mello ESALQ/USP

Cultivo do pimentão. Profa. Simone da Costa Mello ESALQ/USP Cultivo do pimentão Profa. Simone da Costa Mello ESALQ/USP Origem e Classificação Origem: México e America Central Família: Solanaceae Gênero: Capsicum Espécie: Capsicum annuum Capsicum annuum Pimenta-doce,

Leia mais

EFEITO RESIDUAL DE LONGO PRAZO DA ADUBAÇÃO DE PRÉ-PLANTIO COM TORTA DE MAMONA NA PRODUÇÃO DE AMOREIRA-PRETA

EFEITO RESIDUAL DE LONGO PRAZO DA ADUBAÇÃO DE PRÉ-PLANTIO COM TORTA DE MAMONA NA PRODUÇÃO DE AMOREIRA-PRETA EFEITO RESIDUAL DE LONGO PRAZO DA ADUBAÇÃO DE PRÉ-PLANTIO COM TORTA DE MAMONA NA PRODUÇÃO DE AMOREIRA-PRETA LETICIA VANNI FERREIRA 1 ; LUCIANO PICOLOTTO 2 ; CARINE COCCO 1 ; SARAH FIORELLI DE CARVALHO

Leia mais

Recomendação de correção e adubação para cultura da alface

Recomendação de correção e adubação para cultura da alface Recomendação de correção e adubação para cultura da alface Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) hortaliças são plantas anuais, bianuais ou perenes cultivadas

Leia mais

Doses de Fósforo na Produção de Sementes de Alface.

Doses de Fósforo na Produção de Sementes de Alface. Doses de Fósforo na Produção de Sementes de Alface. Cristiaini Kano 1 ; Antonio Ismael Inácio Cardoso 1 ; Roberto Lyra Villas Bôas 2 1 UNESP FCA Depto Produção Vegetal, C. Postal 237, 18603-970, Botucatu,

Leia mais

Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes

Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes Calagem no Sistema Plantio Direto para Correção da Acidez e Suprimento de Ca e Mg como Nutrientes Eduardo Fávero Caires Professor Associado - Fertilidade do Solo UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SIMPÓSIO

Leia mais

Quadro 1 - Fatores para conversão de unidades antigas em unidades do Sistema Internacional de Unidades.

Quadro 1 - Fatores para conversão de unidades antigas em unidades do Sistema Internacional de Unidades. Informação sobre interpretação de Análise de Solo, segundo o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Solos e Recursos Ambientais, Instituto Agronômico de Campinas. Quadro 1 - Fatores para conversão de

Leia mais

Continente asiático maior produtor (80%) Arroz sequeiro perdendo área para milho e soja

Continente asiático maior produtor (80%) Arroz sequeiro perdendo área para milho e soja Alimento de importância mundial Continente asiático maior produtor (80%) Brasil 9º país produtor RS - 70% da produção nacional Arroz sequeiro perdendo área para milho e soja CONAB Nitrogênio é bastante

Leia mais