CONFLITO DE INTERESSES. Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2018
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- Isaque Alcaide Balsemão
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1 CONFLITO DE INTERESSES Leandro de Matos Coutinho Presidente do ICRio Fernando Fleider Sócio Diretor da ICTS Protiviti Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2018
2 CONFLITO DE INTERESSES Uma visão legal e sociológica
3 CONFLITO DE INTERESSES Uma visão legal e sociológica
4 VISÃO LEGAL - Instituto Compliance Rio (ICRio) - Lei nº / Recomendação da OCDE - Nepotismo - Código de Conduta
5 Associação civil sem fins lucrativos, independente e apartidária que nasceu dos encontros periódicos realizados, desde 2016, pelo assim intitulado Grupo Compliance Rio, composto por profissionais liberais, representantes de empresas públicas e privadas e entidades do terceiro setor, membros da academia e demais interessados em contribuir de forma organizada e sustentada para a melhoria das práticas empresariais, do ambiente de negócios e do padrão ético nas relações público-privadas.
6 Lei nº /2013 Dispõe sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores ao exercício do cargo ou emprego. Art. 3º Para os fins desta Lei, considera-se: I - conflito de interesses: a situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública; e II - informação privilegiada: a que diz respeito a assuntos sigilosos ou aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha repercussão econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento público.
7 Lei nº /2013 Art. 5o Configura conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego [...]: I - divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de terceiro, obtida em razão das atividades exercidas; II - exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este participe; III - exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, [...]; IV - atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados [...]; V - praticar ato em benefício de interesse de pessoa jurídica de que participe o agente público, seu cônjuge, companheiro ou parentes, [...]; VI - receber presente [...] fora dos limites e condições estabelecidos em regulamento; e VII - prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada [...].
8 Lei nº /2013 Art. 12. O agente público que praticar os atos previstos nos artigos 5o e 6o desta Lei incorre em improbidade administrativa, na forma do art. 11 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando não caracterizada qualquer das condutas descritas nos artigos 9o e 10 daquela Lei. Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput e da aplicação das demais sanções cabíveis, fica o agente público que se encontrar em situação de conflito de interesses sujeito à aplicação da penalidade disciplinar de demissão, prevista no inciso III do art. 127 e no art. 132 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, ou medida equivalente.
9 RECOMENDAÇÃO DA OCDE SOBRE INTEGRIDADE PÚBLICA Estabelecer procedimentos claros e proporcionais para ajudar a prevenir violações dos padrões de integridade pública e para gerir conflitos de interesse reais ou potenciais. Fornecer mecanismos de orientação e consulta formais e informais facilmente acessíveis para ajudar os funcionários públicos a aplicar padrões de integridade pública em seu trabalho diário, bem como gerir situações de conflito de interesses. Evitar a captura de políticas públicas por grupos de interesse particulares através da gestão de situações de conflito de interesses e promover a transparência nas atividades de lobby e no financiamento de partidos políticos e campanhas eleitorais.
10 NEPOTISMO DECRETO Nº 7.203, DE 4 DE JUNHO DE Dispõe sobre a vedação do nepotismo no âmbito da administração pública federal. Súmula Vinculante 13 A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.
11 CÓDIGO DE CONDUTA Um dos principais mecanismos para definição das situações de conflito de interesses (potenciais ou reais) e peça fundamental para um efetivo programa de integridade (artigo 41 do Decreto no. 8420/2015). Deve estabelecer as condutas esperadas e as vedadas, de acordo com a análise de riscos da entidade, por exemplo: o Relacionamentos familiares, o o o Relacionamento com clientes e fornecedores Presentes e amenidades Entre outros.
12 CONFLITO DE INTERESSES Uma visão legal e sociológica
13 Quais as principais motivações que levam profissionais a se flexibilizarem diante do conflito de interesses? 13
14 FATORES INFLUENCIADORES Existem 4 grandes grupos de fatores motivacionais que podem influenciar o comportamento de um profissional nesta ameaça: Não percepção ou compreensão do cenário Vivência de pressões situacionais Percepção de oportunidades de ganhos Busca sistemática por favorecimento 14
15 FATORES INFLUENCIADORES Para falarmos de pessoas corretas, essencialmente éticas, abordaremos as seguintes motivações: Não percepção ou compreensão do cenário Vivência de pressões situacionais Percepção de oportunidades de ganhos Busca sistemática por favorecimento 15
16 NÃO PERCEPÇÃO OU COMPREENSÃO DO CENÁRIO Não entendimento dos problemas derivados do conflito de interesses; Acreditar que está fazendo o bem a outras pessoas; Acreditar que está fazendo o bem para a companhia; Não ver prejuízo na ação realizada; Acreditar que está sendo isento e racional na escolha; São pessoas essencialmente boas que, sem conhecimento direto ou uma intenção negativa, elevam os riscos corporativos. 16
17 PRINCIPAIS AÇÕES DE TRATAMENTO Não devemos contar com isolamento total entre o emocional e o racional do ser humano. Educar sobre os riscos do conflito de interesses e sobre como ficamos vendados, nessas situações, é fundamental para mitigar esse risco. 17
18 VIVÊNCIA DE PRESSÕES SITUACIONAIS Dificuldade de negar a um familiar ou conhecido a participação (não adequada) na negociação; Submissão ao lidar com pressões de líderes ou pares no momento de tomada de decisão; Pressões financeiras pessoais ou familiares sentidas como críticas que seriam aliviadas através de uma contratação indevida; Não percepção de uma saída ética para as pressões vividas optando, portanto por agir contra os próprios valores.
19 PRINCIPAIS AÇÕES DE TRATAMENTO A possibilidade de compartilhamento e despressurização das pressões vividas diminui drasticamente a realização de atos ilícitos. Reforçar os valores da companhia, falar constantemente sobre ética e conflitos de interesses, bem como treinamentos sobre como reportar ou denunciar irregularidades são ações efetivas. 19
20 NÃO CONFORMIDADE COM PROCEDIMENTOS Análise realizada com profissionais brasileiros entre os anos de 2012 a 2016
21 NÃO CONFORMIDADE COM PROCEDIMENTOS
22 Leandro de Matos Coutinho Fernando Fleider protiviti.com.br
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