DIRETORIA DA FIERN QUADRIÊNIO

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2 DIRETORIA DA FIERN QUADRIÊNIO Amaro Sales de Araújo - Presidente Pedro Terceiro de Melo - 1º Vice-Presidente Vice-Presidentes Antônio Thiago Gadelha Simas Neto Francisco Vilmar Pereira Sílvio de Araújo Bezerra Sérgio Henrique Andrade de Azevedo Sílvio Torquato Fernandes Maria da Conceição R. D. Tavares Álvaro Coutinho da Motta Diretor 1º Secretário Heyder de Almeida Dantas Diretor 2º Secretário Djalma Barbosa da Cunha Júnior Diretor 1º Tesoureiro Roberto Pinto Serquiz Elias Diretor 2º Tesoureiro José Garcia da Nóbrega Diretoria Francisco Ferreira Souto Filho Francisco Assis de Medeiros João Batista Gomes Lima Pedro Alcântara Rego de Lima Francisco Vilmar Pereira Segundo Antônio Leite Jales Jorge Ricardo do Rosário Geraldo Orlando Santos Gadelha Simas José Zélito Nunes Edilson Batista da Trindade Carlos Vinícius Aragão Costa Lima Marinho Herculano de Carvalho Ricardo Valença Gomes CONSELHO FISCAL Efetivos Francisco Pereira Soares Alberto Henrique Serejo Gomes Jorge José da Silva Bastos Filho Suplentes Gustavo Henrique Calafange Motta Tennyson Brito Holder da Silva Euzim Alves dos Santos DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA Efetivos Amaro Sales de Araújo Flávio José Cavalcanti de Azevedo Suplentes Antônio Thiago Gadelha Simas Neto Roberto Pinto Serquiz Elias 1

3 MACROPLAN Claudio Porto - Diretor do projeto Sérgio Buarque Leon Tomelin - Coordenador Bruna Garretano Éber Gonçalves Raphaela Moreira Flávio Tadashi Design Luiza Raj Tatiane Limani 2

4 MENSAGEM DO PRESIDENTE DA FIERN Em 2005, o Rio Grande do Norte era o estado melhor posicionado, em condições gerais, nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Ocupávamos a 12ª posição entre todos os estados do país. Dez anos depois, tínhamos perdido posições e havia indicadores claros de que estávamos perdendo nosso dinamismo. Este fenômeno foi diagnosticado desde 2014 pelo Plano Mais RN. Por isso, propusemos uma colaboração ativa com o Poder Público e a sociedade potiguares para, em conjunto, implementar uma estratégia de longo prazo pactuada para melhorar o Estado e levá-lo a um novo patamar de desenvolvimento econômico e social. Infelizmente esse Pacto não aconteceu e a trajetória de declínio do estado se acentuou. Tivemos pioras significativas ou avançamos pouco nos indicadores de crescimento econômico, segurança, educação, saúde, investimentos, empregos, renda, saneamento e congestionamento da justiça, entre outros. E uma das principais causas dessa situação foi a profunda crise fiscal e financeira do Estado. Se for mantida a tendência dos últimos 10 anos, até 2022 cairemos para a 23ª posição entre os estados brasileiros. E o Rio Grande do Norte poderá se tornar um dos estados menos atrativos do Brasil. Por isso, é importante e urgente que as lideranças potiguares, apesar de suas diferenças, se unam e enfrentem as debilidades do estado de modo decisivo para evitar que o pior cenário aconteça. Neste sentido, agregamos as principais entidades empresariais e consultamos autoridades, empresários e especialistas e construímos uma proposta de trabalho objetiva para resgatar o Rio Grande do Norte nos próximos quatro anos. Esta proposta a Agenda Potiguar que compartilhamos com a sociedade em geral, e com as lideranças e formadores de opinião do estado, em particular, foi feita de acordo com a realidade potiguar e inspirada em casos de sucesso de outros estados brasileiros. Mas ela só terá chance de sucesso se for assumida e liderada pelo Governador eleito este ano, e compartilhada solidariamente por todas as instituições privadas e da sociedade civil e demais poderes públicos do estado. Vamos nos unir para fazer o Rio Grande do Norte voltar a crescer, gerar bons negócios, mais empregos e qualidade de vida. Mãos à obra! AMARO SALES DE ARAÚJO Presidente da FIERN 3

5 NOTA METODOLÓGICA A Agenda Potiguar é um trabalho que articula uma visão de conjunto do Rio Grande do Norte numa perspectiva comparada (Parte I) com propostas concretas para o enfrentamento das principais debilidades e vulnerabilidades estruturais do estado e, ao mesmo tempo, criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento de suas principais potencialidades (Parte II). Os diagnósticos e prognósticos, assim como as propostas de ação, estão baseadas em evidências (análises de dados e fatos, além de estudos disponíveis) e em percepções e sugestões de autoridades, empresários, lideranças e especialistas potiguares que foram consultados ao longo deste ano. Incorporam, também, conhecimentos da Macroplan obtidos em trabalhos semelhantes e na pesquisa Desafios da Gestão Estadual que a consultoria realiza todos os anos 1. Casos de sucesso identificados em outros estados ou países assemelhados também constituíram fonte relevante para a formulação das propostas ora apresentadas. É necessário e oportuno antecipar que a quase totalidade dos dados utilizados nas análises foi obtida em fontes oficiais. No entanto, especialmente nos dados fiscais, orçamentários e financeiros, infelizmente ainda há lacunas, imprecisões, informações contraditórias ou desatualizadas nessas fontes. Mas isso não invalida as constatações e análises feitas aqui, tal a magnitude dos fenômenos considerados. Por exemplo, pode-se ter informações discrepantes a respeito dos déficits fiscal ou de caixa do Estado, mas não há dúvida de que eles existem e são significativos. De modo que, como aqui não se trata de uma auditoria, mas de uma avaliação estratégica, o nível de precisão dos dados disponíveis é suficiente para identificar problemas e oportunidades e indicar caminhos. Mas a dosagem exata (ou pelo menos mais precisa) dos desafios a serem enfrentados e das medidas a serem tomadas (a magnitude do ajuste fiscal, por exemplo) na melhor das hipóteses só será possível após concluído o processo eleitoral. Missão estratégica e urgente do governante eleito, qualquer que seja. Outra questão que vale antecipar, é que ao longo do texto serão encontradas algumas redundâncias de informações, de gráficos ou tabelas ou mesmo de argumentos. Essas redundâncias são deliberadas pois visam facilitar a compreensão do leitor, poupando-o de muitas remissões. Finalmente, uma consideração a respeito da agenda proposta Grandes Desafios, Áreas de Resultado, Objetivos, Metas Indicativas, Estratégias e Ações Prioritárias. Ela foi formulada com 1 O Anexo II apresenta uma descrição sumária da metodologia empregada nesta pesquisa. 4

6 base no diagnóstico realizado, inspirada em casos de sucesso e boas práticas de outros estados ou grandes cidades, e levando em conta três critérios: 1. Seletividade: foco exclusivo no que é decisivo para o futuro do RN e dos negócios privados até 2022; 2. Realismo: a ambição foi calibrada pelo cenário de fortes restrições fiscais, políticoinstitucionais e financeiras do país e do RN; e 3. Protagonismo solidário: a superação do cenário de dificuldade não depende só do Governo do Estado. Deste modo, é uma agenda que também envolve os outros poderes públicos e os atores privados ou da sociedade civil. Portanto, o conjunto de propostas aqui apresentado devem ser entendido como um ponto de partida organizado e focalizado nas questões imediatas mais relevantes para fazer o Rio Grande do Norte sair da crise. Certamente muitos ajustes serão necessários na medida em que os desafios e os limites e possibilidades de agir forem ficando mais nítidos. 5

7 SUMÁRIO Parte I - O RIO GRANDE DO NORTE NUMA PERSPECTIVA COMPARADA Avaliação situacional e retrospectiva Pontos fortes e potencialidades do Rio Grande do Norte Debilidades e vulnerabilidades do Rio Grande do Norte Síntese e conclusões: os quatro desafios prioritários para o resgate do Rio Grande do Norte PARTE II PROPOSTAS PARA AS ÁREAS DE RESULTADO Segurança Pública Educação Saúde Pública Assistência e inclusão social Transporte e conectividade Recursos hídricos e saneamento Ambiente de negócios Atração e retenção de investimentos Produtividade e inovação públicas Geração de receitas públicas Redução de despesas Melhoria da gestão pública estadual Governança cooperativa e solidária Protagonismo regional e nacional ANEXOS Anexo I Relação dos entrevistados Anexo II Estudo e Índice Desafios da Gestão Estadual

8 PARTE I - O RIO GRANDE DO NORTE NUMA PERSPECTIVA COMPARADA 7

9 1. CAPÍTULO 1. AVALIAÇÃO SITUACIONAL E RETROSPECTIVA 8

10 Em 2005, o Rio Grande do Norte era o estado melhor posicionado, em termos de desenvolvimento, nas regiões norte e nordeste do Brasil. Segundo o IDGE (Índice Desafios da Gestão Estadual) 2, naquele ano ocupava a 12ª posição entre os 27 estados brasileiros. Dez anos depois, em 2015, o RN já havia perdido duas posições, ultrapassado pelos estados de Pernambuco e Ceará. E encurtou muito sua dianteira em relação à Paraíba e Rondônia, estados posicionados em 15º e 16º lugar neste ranking. Figura 1. IDGE 2017 Ranking Geral Indicador Sintético (Com base em dados até 2015) RR AM AC RO Legenda ² : 0,752 0,626 e 0,751 0,549 e 0,625 0,519 e 0,548 0,518 Nota: 1 Dependendo do indicador, o ano final pode variar de 2014 a 2016, sendo que grande parte é referente a Os anos iniciais foram definidos considerando o período de uma década sempre que possível ( ). Os indicadores com períodos diferentes são: PIB per capita ( ); Déficit Habitacional ( ); Acesso à Internet ( ); Qualidade das Rodovias ( ); Congestionamento da Justiça ( ) e Transparência (2010 e 2014). 2 Os valores da legenda foram definidos dividindo os Estados em 5 grupos no último ano. Esse mesmo intervalo foi aplicado para os anos iniciais e para AP PA TO MT DF GO MS SP PR SC RS MA CE PI BA MG ES RJ RN PB PE AL SE Posição UF posições posições SP 0,846 0, , SC 0,827 0, , DF 0,825 0, , RS 0,781 0, , PR 0,768 0, , RJ 0,752 0, , MG 0,748 0, , ES 0,735 0, , MS 0,697 0, , GO 0,655 0, , MT 0,626 0, , PE 0,576 0, , CE 0,553 0, , RN 0,553 0, , PB 0,549 0, , RO 0,549 0, , BA 0,545 0, , AC 0,531 0, , TO 0,525 0, , SE 0,522 0, , AM 0,519 0, , AP 0,513 0, , RR 0,512 0, , PA 0,492 0, , PI 0,489 0, , AL 0,454 0, , MA 0,432 0, ,304-2 Fonte: Macroplan -Índice Desafios da Gestão Estadual A figura 2, a seguir, expõe uma visão mais detalhada que evidencia a posição relativa de cada um dos 28 indicadores do IDGE do RN em comparação com os demais estados da federação. 2 Índice calculado e divulgado anualmente pela Macroplan, com base em modelo matemático que consolida resultados de 28 indicadores relacionados a educação, juventude, saúde, segurança, transportes, telecomunicações, energia elétrica, desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, condições de vida e instituições. Ver No Anexo I deste documento há uma apresentação e descrição sucinta desses indicadores. 9

11 Qualidade da energia - Nº de interrupções (2015) Proporção de Rodovias Pavimentadas (2015) Qualidade da energia - Horas de interrupção (2015) Expectativa de Vida (2015) Taxa de óbitos por acidente de trânsito (2015) Déficit habitacional (2014) Acesso à internet (2015) Gravidez precoce (2015) Acesso à telefonia (2015) Renda domiciliar per capita (2015) Mortalidade infantil (2015) Desigualdade de renda (2015) Pobreza (2015) Jovens com ensino superior completo (2015) Transparência (2014) Informalidade (2015) Escolaridade média da população adulta (2015) Jovens Nem Nem Nem (2015) IDEB EF II (2015) PIB Per Capita (2014) IDEB EF I (2015) IDEB EM (2015) Saneamento adequado (2015) Analfabetismo de jovens e adultos (2015) Qualidade das Rodovias (2016) Taxa de homicídios (2015) Congestionamento da Justiça - 1º grau (2015) Taxa de desemprego (2015) Figura 2. IDGE 2017 Posição do RN no ranking dos 27 Estados (Com base em dados até 2015) 1º 2º 3º 4º 5º 6º 6 7º 7 8º 9º º 11º 12º 12 13º 14º 14 15º º º º 19º 19 20º 20 21º 21 22º º º 25º 25 26º 26 27º Fonte: Macroplan -Índice Desafios da Gestão Estadual Qualidade da energia (DEC e FEC) 3, proporção de rodovias pavimentadas, expectativa de vida e taxa de óbitos por acidente de trânsito são os cinco indicadores em que o RN estava melhor posicionado em Por outro lado, o RN posicionava-se entre as piores posições (26ª à 22ª), no mesmo período, nos seguintes quesitos: taxa de desemprego, congestionamento da Justiça - 1º grau, taxa de homicídios, qualidade das rodovias e analfabetismo de jovens e adultos. Na verdade, a perda de dinamismo do RN, em comparação com outros estados, já fora diagnosticada nos estudos componentes do Plano Estratégico de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte , também conhecido como Mais RN 4. Como saída para reverter a trajetória de declínio, este Plano propôs, como ponto de partida, a celebração de um Amplo Pacto Político e Social para implementar uma ousada agenda que articule a qualidade das instituições, a eficiência do estado, o ajuste fiscal, os investimentos em infraestrutura e em educação com o empreendedorismo potiguar. Infelizmente este Pacto, proposto em 2014, não foi concretizado, nem tampouco se progrediu na agenda de melhorias do Rio Grande Norte pelo menos em comparação com o ritmo da maioria dos demais estados brasileiros. 3 Indicadores de desempenho da COSERN, empresa de distribuição de energia elétrica privatizada em FIERN, julho Versão completa acessível em 10

12 Pelo contrário, segundo o estudo Desafios da Gestão Estadual, a trajetória de declínio se acentuou. Entre 2005 e 2015 o RN piorou de posição em relação à maioria dos outros estados brasileiros: melhorou em 11 mas piorou em 15 dos 28 indicadores do IDGE. Figura 3. IDGE 2017 VARIAÇÃO DE POSIÇÕES RN X DEMAIS ESTADOS BRASLEIROS (Com base em dados até 2015) INDICADORES POSIÇÃO 2005 POSIÇÃO 2015 Desigualdade de renda 26º 16º Jovens Nem Nem 25º 17º POSIÇÃO 2010 POSIÇÃO 2014 Transparência 24º 17º POSIÇÃO 2007 POSIÇÃO 2014 Déficit habitacional 18º 12º POSIÇÃO 2005 POSIÇÃO 2015 Acesso à internet 19º 14º IDEB EF I 25º 21º Pobreza 19º 16º IDEB EF II 22º 19º Qualidade da energia Nº de interrupções Jovens com ensino superior completo Escolaridade média da população adulta 8º 6º 17º 16º 18º 17º INDICADORES Qualidade da energia - Horas de interrupção POSIÇÃO 2005 POSIÇÃO º 9º Expectativa de Vida 8º 9º Renda domiciliar per capita 14º 15º Acesso à telefonia 14º 15º Informalidade 16º 17º IDEB EM 21º 22º Taxa de óbitos por acidente de trânsito 6º 9º POSIÇÃO 2004 POSIÇÃO 2014 PIB Per Capita 17º 20º Proporção de Rodovias Pavimentadas POSIÇÃO 2005 POSIÇÃO º 7º Taxa de desemprego 21º 26º Gravidez precoce 8º 15º Mortalidade infantil 9º 16º Saneamento adequado 15º 22º Congestionamento da Justiça - 1º grau POSIÇÃO 2009 POSIÇÃO º 25º POSIÇÃO 2005 POSIÇÃO 2015 Taxa de homicídios 3º 23º Fonte: Macroplan -Índice Desafios da Gestão Estadual Particularmente preocupante, nesta trajetória de declínio, foram os comportamentos observados nos quesitos Institucional uma queda de 6 posições, posicionando o RN como o 25º estado brasileiro; e Desenvolvimento Econômico uma queda de 8 posições, indicando que o RN era o penúltimo estado brasileiro! 11

13 Figura 4. IDGE 2017 POSIÇÃO RELATIVA DO RN NA DIMENSÃO INSTITUCIONAL (Com base em dados até 2015) RR AM AC RO Legenda 2 : 0,503 0,479 e 0,502 0,413 e 0,478 0,351 e 0,412 0,350 Nota: 1 Dependendo do indicador, o ano final pode variar de 2014 a 2016, sendo que grande parte é referente a Os anos iniciais foram definidos considerando o período de uma década sempre que possível ( ). Os indicadores com períodos diferentes são: Congestionamento da Justiça ( ) e Transparência (2010 e 2014). 2 Os valores da legenda foram definidos dividindo os Estados em 5 grupos no último ano. Esse mesmo intervalo foi aplicado para os anos iniciais e para PA MT MS RS AP TO DF GO SP PR SC MA CE PI BA MG ES RJ AL SE RN PB PE Posição UF posições posições DF 0,650 0, , ES 0,615 0, , AP 0,601 0, , MG 0,517 0, , RS 0,516 0, , PE 0,503 0, , SP 0,501 0, , CE 0,501 0, , PI 0,487 0, , MT 0,484 0, , RR 0,479 0, , SC 0,473 0, , PR 0,470 0, , MS 0,438 0, , AC 0,434 0, , PA 0,413 0, , RJ 0,397 0, , PB 0,389 0, , AL 0,388 0, , TO 0,380 0, , SE 0,351 0, , AM 0,349 0, , MA 0,335 0, , GO 0,331 0, , RN 0,319 0, , RO 0,293 0, , BA 0,281 0, ,280-3 Fonte: Macroplan -Índice Desafios da Gestão Estadual Figura 5. IDGE 2017 POSIÇÃO RELATIVA DO RN NA DIMENSÃO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - (Com base em dados até 2015) RR AM AC RO Legenda 2 : 0,700 0,592 e 0,699 0,426 e 0,591 0,398 e 0,425 0,397 Nota: 1 Com exceção dos dados de PIB Per Capita ( ). 2 Os valores da legenda foram definidos dividindo os Estados em 5 grupos no último ano. Esse mesmo intervalo foi aplicado aos anos iniciais e para MT MS PA RS AP TO DF GO SP PR SC MA CE PI BA MG ES RJ RN PB PE AL SE Posição UF posições posições SC 0,827 0, , DF 0,762 0, , PR 0,731 0, , RS 0,719 0, , MS 0,705 0, , MT 0,700 0, , SP 0,682 0, , RJ 0,629 0, , GO 0,626 0, , ES 0,603 0, , MG 0,592 0, , RO 0,581 0, , AC 0,491 0, , AP 0,456 0, , AM 0,432 0, , PA 0,426 0, , CE 0,418 0, , SE 0,415 0, , RR 0,410 0, , PE 0,401 0, , TO 0,398 0, , PI 0,388 0, , MA 0,373 0, , BA 0,368 0, , PB 0,357 0, , RN 0,353 0, , AL 0,278 0, ,310-8 Fonte: Macroplan -Índice Desafios da Gestão Estadual

14 Os principais fatores explicativos tanto da posição de destaque do RN até 2005 como do declínio mais recente estão expostos nos Capítulos 2 e 3, adiante. Antes, porém, é oportuno e necessário fazer uma breve exploração prospectiva caso sejam mantidas as tendências recentes, o que é feito no item a seguir. 1.1 ANÁLISE PROSPECTIVA O prognóstico para o posicionamento do RN é muito desfavorável. Na hipótese de que seja mantida a tendência dos últimos 10 anos, e considerando exclusivamente os estados das regiões Norte e Nordeste 5, o RN cairá para a 23ª posição no ranking do DGE em Uma queda de 10 posições entre 2014 e 2022, como mostra a figura 6, abaixo: Figura 6. POSIÇÃO RELATIVA DOS ESTADOS DO NORDESTE E NORTE DO BRASIL - IDGE 2014/15 (Dados Observados) x IDGE 2022 (Dados Projetados) Projeção RR AP RR 13º 23º AP AC AM RO PA TO MA PI BA CE RN PB PE AL SE AC AM RO PA TO MA CE PI BA RN PB PE AL SE Posição no ranking 1º ao 6º 7º ao 11º 12º ao 16º 17º ao 21º 22º ao 27º Uma visão mais detalhada desta visão extrapolativa do posicionamento dos estados do Norte e Nordeste no IDGE pode ser visualizada na figura 7. Alguns pontos a destacar: No período observado ( ): a. dos 16 estados, 7 melhoraram de posição e 9 tiveram piora; b. entre os estados que melhoraram, destacam-se Pernambuco em 1º lugar (subiu 11 posições e tornou-se líder de todo o grupo), Paraíba em 2º (subiu 5 posições) e Ceará 5 Uma vez que os estados das outras três grandes regiões geográficas do país estão em patamar de desempenho superior ou seja, entre a 1ª e a 11ª posição no indicador sintético do IDGE. 13

15 em 3º (avançou 4 posições). Tocantins (duas posições a mais) e Roraima, Piauí e Alagoas (melhoria de 1 posição cada) completam o quadro; c. já entre os 9 estados que pioraram, os três principais destaques negativos são Sergipe, Acre (menos 4 posições) e Amapá (menos 3), seguidos do Rio Grande do Norte, Rondônia, Pará e Maranhão (queda em 2 posições). Bahia e Amazonas completam o grupo (perda de uma posição) Já no período projetado ( ), os principais movimentos são os seguintes: a. dos 16 estados, 7 tendem a melhorar de posição, 3 ficarão estáveis e 6 provavelmente piorarão em comparação com os demais; b. entre os que tendem a ganhar posições, destacam-se Roraima como o de maior avanço esperado (mais 8 posições); seguido do Piauí (mais 6 posições), Alagoas (melhora em 5) e Rondônia (mais 3). Paraíba, Tocantins e Amazonas tendem a ganhar uma posição cada; c. três estados permanecem estáveis, com as mesmas posições de 2005: Pernambuco (1º de todo o grupo e 12º do país), Bahia (6º do grupo e 17º do país) e Maranhão (último do grupo e, também, do Brasil); d. entre os estados que declinam, a maior perda esperada de posições é o Rio Grande do Norte: tende a cair 10 posições (da 3ª para a 12ª no Norte/Nordeste e da 13ª para a 23ª entre todos os estados do país); e. neste grupo seguem-se o Acre (perda esperada de 6 posições), Amapá e Ceará (menos 3 posições) e, finalmente Pará e Sergipe (duas a menos). 14

16 POSIÇÃO DGE Gráfico 1. RIO GRANDE DO NORTE NO RANKING DO DGE - EVOLUÇÃO OBSERVADA ( ) E PROJEÇÃO EXTRAPOLATIVA ( ) 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º PE RO PB RR CE BA TO PI AM AL SE RN AC AP PA MA Fonte: Macroplan. Ressalve-se que o quadro prognosticado não é uma fatalidade. Aponta apenas uma tendência caso sejam mantidas as condições (externas e internas) que todos os estados brasileiros vivenciaram no período Ou seja, este prognóstico só se concretizará se as mesmas condições prevalecentes no período passado forem mantidas de 2016 a 2022, inclusive o desempenho e as práticas e políticas adotadas pelos poderes públicos potiguares. Para o Rio Grande do Norte, o prognóstico acima esboçado deve servir como um sinal de alerta: ou o estado muda e melhora as suas opções e as práticas político-administrativas dominantes desde 2005, fortalece suas instituições, recupera a governabilidade e cria um ambiente favorável aos negócios, ou estará fadado a uma decadência acelerada em comparação aos demais estados do país e da região. O que motiva e justifica este trabalho é justamente a perspectiva de evitar que ocorra o pior cenário para o Rio Grande do Norte 6. Mas, tanto para evitar um voluntarismo cego como a espera por um milagre, é preciso compreender melhor os fatores que influenciam esta perspectiva de decadência e reavaliar as potencialidades do estado, para formular uma agenda de resgate com base em evidências, dados e fatos. Este é justamente o objeto dos Capítulos seguir. 6 Fazer referência ao cenário Derrubando o Elefante 15

17 2. CAPÍTULO 2 PONTOS FORTES E POTENCIALIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE 16

18 Já em 2014, o Plano Mais RN 7 destacava que a economia potiguar reunia potencialidades valiosas: capacidade de geração de energia eólica e solar, uma rede de cidades bem conectada por uma malha rodoviária com qualidade superior à média da região, um dos melhores IDH do Nordeste, recursos naturais abundantes com importantes ativos minerais e um litoral belo e extenso, além de uma localização estratégica privilegiada 8. Para os fins deste trabalho, focalizado em uma agenda de curto-médio prazos ( ), ao invés de uma avaliação exaustiva dessas potencialidades, importa destacar aqueles que podem constituir em alavancas de um processo de recuperação imediata. Neste sentido, pesquisas realizadas pela Macroplan junto a empresários e autoridades públicas, entre abril e junho de 2018, destacaram dez áreas de oportunidade com maior potencial de resposta para sustentar um novo ciclo de crescimento do estado. Esses segmentos, destacados na figura 8, estão analisados sumariamente a seguir. Figura 7. PRNCIPAIS POTENCIALIDADES ECONÔMICAS DO RIO RANDE DO NORTE 1 ENERGIA Eólica Solar 6 CO NFECÇÕES 2 TURISMO 7 BIO MA CAATINGA 3 FRUTICULTURA IRRIGADA 8 SERVIÇOS AVANÇADOS 4 PESCA OCEÂNICA E CARCINICULTURA 9 CO MÉRCIO 5 MINERAÇÃO 10 CO NSTRUÇÃO CIVIL Fonte: Macroplan 2.1. ENERGIA EÓLICA Atualmente, o Rio Grande do Norte possui o principal parque instalado de geração de energia eólica do Brasil, com mais de MW de capacidade instalada, 50% mais que o segundo colocado no Brasil (Bahia, com MW). Mesmo com a liderança nas instalações já 7 Capítulo 1 Análise retrospectiva e situação atual 8 Uma avaliação bem mais ampla e detalhada desses potenciais está feita no Plano Mais RN Capítulos 4 - Metas Indicativas e Estratégias de Curto, Médio e Longo Prazo; 5 - Análise e Seleção Preliminar de Oportunidades de Investimentos e Negócios e 6 - Planos de Ação Indicativos para 10 Subsetores Produtivos Prioritários. (FIERN, 2014) 17

19 existentes, ainda existe grande potencial de expansão, devido às condições climáticas favoráveis (disponibilidade de ventos) e à necessidade crescente de geração de energias limpas e sustentáveis. Figura 8. Parques instalados, capacidade de geração e evolução da energia eólica no Brasil Fonte: ENERGIA SOLAR Assim como no caso da energia eólica, o Rio Grande do Norte possui um grande potencial de geração de energia solar. Na figura 9 abaixo, pode-se ver que o estado se situa entre os maiores potenciais geradores do Brasil. 18

20 Figura 9. Mapa do potencial de geração de energia solar Fonte: INPE, Atlas Brasileiro de Energia Solar, 2ª edição, 2017 Além do potencial de geração, a energia solar é também uma fonte de sinergia com outra indústria do Rio Grande do Norte: a mineração. Existe potencial de produção de quartzo no estado, que é uma das principais matérias primas na fabricação de células fotovoltaicas. O aproveitamento dessa sinergia produtiva seria vantajoso para o adensamento da cadeia de produção e maior ganho de dinamismo para o estado DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Além dos potenciais de geração, o Rio Grande do Norte dispõe de uma empresa de distribuição de energia elétrica que, após privatizada, situa-se entre as mais eficientes do país, ficando na 11ª posição nacional entre as grandes distribuidoras no ranking de Desempenho Global de Continuidade 2017, um índice que mede a qualidade de distribuição de energia elétrica. A COSERN também figura entre as melhores distribuidoras do país segundo a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE), sendo considerada a 5ª melhor em

21 A disponibilidade e a confiabilidade do suprimento e energia elétrica de qualidade representam um diferencial competitivo para o estado, que possui maior facilidade de oferecer energia elétrica de qualidade para pessoas e empresas PETRÓLEO & GÁS A produção do petróleo, embora atualmente em estágio declinante, ainda tem capacidade de dinamizar a economia com bom aproveitamento dos poços maduros, avanços futuros na produção offshore e expansão do refino de querosene de aviação (QAV). A extração de petróleo e gás também aquece toda a economia local, garantindo investimentos em logística e infraestrutura, por exemplo. No entorno dessas três fontes de energia, e da COSERN, há espaços atrativos para o adensamento da cadeia fabricação de componentes e equipamentos, como células fotovoltaicas, geradores e peças para subestações. A geração de energia elétrica se coloca, então, como grande potencial para o desenvolvimento de uma extensa rede de serviços com valor agregado e criação de empregos para o Rio Grande do Norte TURISMO Trata-se de um segmento econômico consolidado com um grande potencial de crescimento e de aproveitamento econômico das belezas naturais, do patrimônio cultural e da posição geográfica do Rio Grande do Norte. Tem posição consolidada como o quarto maior receptivo nacional e internacional do Nordeste, atraindo intenso movimento turístico (nacional e internacional) turismo de aventura, rural e cultural 20

22 Gráfico 2. EVOLUÇÃO DO INGRESSO DE TURISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS - RN e Outros Estados do Nordeste QUANTIDADE DE TURISTAS NACIONAIS RN PB PE PI CE BA QUANTIDADE DE TURISTAS INTERNACIONAIS RN PE CE BA Fonte: Ministério do Turismo, Anuários Estatísticos de Turismo O Rio Grande do Norte possui diversas alternativas turísticas 9, atraindo tanto visitantes brasileiros como estrangeiros (Figura 10 abaixo). Para que esta vocação seja impulsionada, são fatores críticos: uma melhoria substancial na segurança pública e nos serviços de saneamento (água e esgotos), sinalização, transportes e serviços especializados no apoio ao turismo O Governo do RN, por meio do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), realizou investimentos para criar o primeiro parque urbano à beira bar, na Via Costeira da cidade de Natal, o Costeira Parque, que até agosto de 2018 já conta com 70% da sua obra concluída. O parque contará com diversas áreas para a prática de esportes, para visitantes e turistas de todas as idades. 10 Ver mais detalhes no Plano Mais RN Capítulo 6 - Planos de Ação Indicativos para 10 Subsetores Produtivos Prioritários - Turismo. (FIERN, 2014) 21

23 Figura 10. Polos turísticos do Rio Grande do Norte e seus atrativos MOSSORÓ Religioso e Eventos: Festa Junina Negócios : 2º maior PIB municipal do RN ANGICOS Ecoturismo: Pico do Cabugi GALINHOS Litorâneo: Piscinas naturais de águas quentes na Ponta do Farol e cenários semidesertos Cultural: Cooperativa de artesanato local SÃO MIGUEL DO GOSTOSO Litorâneo: Praia Ponta do Santo Cristo, Praia do Cardeiro e Praia da Xepa. Cultural: Museu Casa de Taipa ITAJÁ Ecoturismo: Vegetação de carnaubais e caatinga PATU Aventura: Asa delta e parapente MACAU Eventos: Maior carnaval do RN Litorâneo : Praias Límpidas Gastronômico: Frutos do Mar SÃO GONÇALO DO AMARANTE Religioso: Capela dos Mártires e Romaria Religiosa EXTREMOZ Litorâneo: Dunas de Genipabú, Passeio de Buggy LUÍS GOMES Alto Luxo: Voo de ultraleve Serrano: Clima ameno Religioso e Eventos: Festas e danças típicas Ecoturismo: Cachoeira do Relo e Mirante da Serra NATAL Eventos: Cartanal e Rally dos Sertões Religioso: Forte dos Reis Magos Científico: Museu Câmara Cascudo MARTINS Ecoturismo: Casa da Pedra Eventos: Festival de Gastronomia Litorâneo: Morro do Careca Negócios: Maior PIB do RN PARNAMIRIM TIMBAÚBA DOS BATISTAS Litorâneo: Cajueiro Gigante e Praia de Pirangi Eventos: Corrida de Jegues Científico: Base de Lançamento CAICÓ NÍSIA FLORESTA Eventos e Religioso: Festa de Sant ana Litorâneo: Complexo de Lagoas, Praia de Búzios e Tabatinga Científico: Lajedo Soledade Cultural: Terra do Bordado TIBAU DO SUL Aventura: Rapel, escalada, mountain bike Litorâneo: Praia da Pipa JARDIM DO SERIDÓ Ecoturismo: Poço da Moça BAÍA FORMOSA Ecoturismo: Lagoa da Coca-Cola CURRAIS NOVOS Científico: Mina Brejuí JAÇANÃ Cultural: Feira de Artesanato SANTA CRUZ Religioso : Estátua Sta. Rita de Cássia SÍTIO NOVO Histórico e Religioso: Castelo do Zé Monte Polo Costa Branca Polo Serrano Polo Seridó Polo Agreste / Trairi Polo Costa das Dunas Fonte: Plano Mais RN Capítulo 6. Elaborado pela Macroplan 2.6. FRUTICULTURA IRRIGADA O Rio Grande do Norte já é o maior produtor e exportador de melões frescos do Brasil, com a produção concentrada nas regiões Oeste e do Vale do Açu. Nos gráficos 3 e 4 abaixo estão os dados de quantidade produzida e exportada do produto. Gráfico 3. Quantidade produzida de melões, em toneladas RN e outros estados do Nordeste RN PB PE Fonte: IBGE. Produção Agrícola Municipal 22

24 Gráfico 4. Valor exportado de melões frescos, em milhares de dólares RN e outros estados do Nordeste RN PB PE PI CE BA Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. ComexStat Além dos melões, existe o potencial de aumentar a produção de outras frutas, como abacaxi, coco, banana e melancia. Esse é um setor relevante para o estado e que pode gerar desenvolvimento e empregos também no interior. É necessário investir em infraestrutura, principalmente transportes e portos, a fim de escoar a produção da fruticultura. Também é preciso que o fornecimento de água para irrigação tenha continuidade e seja feito de forma eficiente, com menor índice de perdas e de desperdício. Figura 11. Localização da Produção de Frutas e dos Polos Logístico e Industrial ÁREA PARA INSTALAÇÃO DO POLO INDUSTRIAL E DO CENTRO LOGÍSTICO ÁREA PARA INSTALAÇÃO DO POLO INDUSTRIAL DO COCO CE PB ÁREA DE EXPANSÃO DA IRRIGAÇÃO COM A TRANSPOSIÇÃO Produção de frutas (2013) Expansão com irrigação (2035) Fonte: Plano Mais RN Capítulo 6. Projeção Macroplan 23

25 2.7. PESCA OCEÂNICA E CARCINICULTURA A pesca oceânica e a carcinicultura se apresentam como grandes potenciais para o Rio Grande do Norte, que já é um dos maiores produtores brasileiros de camarões. Como visto no Gráfico 5, o estado fica atrás apenas do Ceará no Nordeste, mostrando que é uma atividade econômica relevante para o RN. Gráfico 5. Quantidade produzida de camarões, em toneladas RN PB PE PI CE BA Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal Um dos maiores entraves para o desenvolvimento mais acelerado da pesca oceânica é a questão trabalhista, já que a atividade demanda um tempo de permanência maior em alto mar, sendo incompatível com as regras trabalhistas atuais, dificultando a obtenção de mão-deobra. Figura 12. Localização das áreas potenciais de investimento em Piscicultura, dada a localização das principais Reservas Hidrográficas do Rio Grande do Norte Açudes/Barragens Mangue MOSSORÓ ASSÚ GUAMARÉ/GALINHOS RIO APODI MOSSORÓ 3 RIO DO CARMO CE 9 RIO PIRANHAS AÇU RIO CEARÁ-MIRIM 4 CEARÁ-MIRIM POTENGI 11 RIO POTENGI 7 LAGOA DE GUARAÍRAS 10 8 RIO SERIDÓ 12 6 PB RIO CURIMATAÚ 24

26 Fonte: Plano Mais RN Capítulo 6. Elaboração Macroplan 2.8. MINERAÇÃO O estado do Rio Grande do Norte possui reservas significativas de diversos minérios metálicos, como ferro, tungstênio e ouro, e de minérios não metálicos, como calcário e feldspato. A extração desses minérios, assim como a criação e expansão de indústria de beneficiamento, representa uma atividade com potencial de geração de riqueza para o estado. A existência de reservas de quartzo, uma das principais matérias-primas de células fotovoltaicas, é também um potencial tanto para a atividade extrativista quanto para o surgimento de sinergia com a indústria de geração de energia solar. Além da atividade mineradora, o petróleo e gás também geram renda e empregos no Rio Grande do Norte, mesmo com uma boa quantidade dos poços de petróleo já maduros. A água mineral e as rochas ornamentais também são citadas como potencialidades e fontes de riqueza para o estado. Figura 13. Localização das reservas de ferro, tungstênio, calcário e feldspato Ferro Tungstênio Calcário Feldspato MUNICÍPIOS 1. Acari 14. Alexandria 2. Assú 15. Apodi CE Bodó 4. Cruzeta 5. Currais Novos 6. Ipueira 7. Jardim de Piranhas 8. Jucurutu 9. Lajes 16. Baraúna 17. Equador 18. Felipe Guerra 19. Gov. Dix-Sept Rosado 20. Jandaíra 21. Jardim do Seridó 22. Lajes Pintadas Ouro Branco 11. Parelhas 12. Pedro Avelino 13. São Rafael 23. Macau 24. Mossoró 25. Pendências 26. Santana do Seridó PB Fonte: Plano Mais RN Capítulo 6. Elaboração Macroplan 25

27 Figura 14. Localização das reservas de água mineral, rochas ornamentais, pegmatitos e gemas Reservas de Água Mineral Reservas de Rochas Ornamentais Reservas de Rochas Ornamentais, Pegmatitos e Gemas CE PB Fonte: Plano Mais RN Capítulo 6. Elaboração Macroplan 2.9. CONFECÇÕES A indústria têxtil é uma das vocações mais consolidadas do Rio Grande do Norte, que conta com quantidade significativa de empregos, principalmente em municípios do interior potiguar. Nesses municípios, a maior parte das empresas são de pequeno porte, embora muitas atuem como fornecedoras para empresas maiores. A presença de uma grande indústria de confecções (Guararapes) pode facilitar a criação de um grande hub para a indústria têxtil do estado, gerando também oportunidades para outros setores de suporte, como serviços mecânicos e eletrônicos, necessários para a manutenção de máquinas e equipamentos. Gráfico 6. Valor Bruto da Produção Industrial do segmento Têxtil (em R$ mil) ,8% 13,3% 12,8% 13,4% 13,6% 13,1% 11,6% VBPI do RN Participação percentual do RN no Nordeste 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Fonte: Pesquisa Industrial Anual Empresa. IBGE. Elaboração Macroplan 26

28 Gráfico 7. Valor Bruto da Produção Industrial do segmento de Confecções (em R$ mil) ,2% 14,2% 13,6% 14,7% 14,8% 15,8% 17,3% 20,0% 15,0% ,0% ,0% VBPI do RN Participação percentual do RN no Nordeste 0,0% Fonte: Pesquisa Industrial Anual Empresa. IBGE. Elaboração Macroplan A região do Seridó também pode crescer como um polo têxtil, fornecendo modinha 11 para o resto do Brasil e para exportação. A atuação do Poder Público do Estado é importante para incentivar o desenvolvimento dessa indústria no Rio Grande do Norte, principalmente visando as pequenas empresas, com apoio à criação e manutenção de Arranjos Produtivos Locais (APL). Figura 15. Total de mão de obra empregada nos segmentos têxtil e de confecções (em empregados por município) MOSSOROENSE 1 a a a a a Média: 376 CE LITORAL ORIENTAL CAICÓ CURRAIS NOVOS PB 11 Modinha são produtos que entram e saem de moda em um curto espaço de tempo, usualmente ditado por artigos usados em novelas, filmes ou programas de televisão. 27

29 Fonte: Plano Mais RN Capítulo 6. Elaborado pela Macroplan com dados da RAIS BIOMA CAATINGA A maior parte do Rio Grande do Norte se situa no bioma caatinga (exceto uma parte do litoral leste do estado). A biodiversidade deste bioma representa um enorme potencial para o estado, tanto do ponto de vista acadêmico, de estudo e conhecimento das espécies ali presentes, como do ponto de vista econômico, com atividades tanto agropecuárias como industriais. Figura 16. Mapa do bioma caatinga no Nordeste Fonte: IBGE. Mapa de Biomas do Brasil, Adaptação de Tatiana Ayako Taura As principais indústrias que utilizam os recursos da caatinga são do ramo farmacêutico e de cosméticos, químico e de alimentos. A exploração dos recursos de forma sustentável é uma das melhores formas de desenvolver economicamente a região mais interior do Rio Grande do Norte, além de aproveitar toda a riqueza natural que o bioma pode oferecer. 28

30 SERVIÇOS AVANÇADOS Serviços avançados são aqueles intensivos em conhecimento, onde o maior ativo é o capital humano especializado. Tais serviços são essenciais como suporte à indústria de geração de valor agregado. Os serviços que podem ser benéficos ao desenvolvimento da economia potiguar são: saúde, ensino superior, educação tecnológica, telecomunicações, tecnologia da informação, operações financeiras complexas, consultoria em gestão, pesquisa e desenvolvimento (P&D), manutenção de equipamentos informatizados e projetos de engenharia e manutenção. Tanto no nível superior quanto no nível técnico, tais habilidades seriam bem utilizadas pela economia do Rio Grande do Norte. O estado já possui uma das maiores taxas de pesquisadores por milhão de habitantes do Nordeste (1.364,9), ficando atrás apenas do Sergipe (1.412,3). A disponibilidade de universidades também é um ponto positivo, com diversas instituições públicas e privadas instaladas na capital e na segunda maior cidade (Mossoró). Também conta com um polo de excelência justamente em serviços ligados à tecnologia e comunicação, com o Instituto Metrópole Digital, em Natal. A maior utilização de serviços com alto valor agregado na indústria do Rio Grande do Norte seria muito benéfica para a produtividade do estado, sendo uma de suas potencialidades a serem exploradas no curto e médio prazo. Gráfico 8. Percentual de empregos em serviços avançados de suporte à indústria RN ,4% 4,8% 5,7% 5,2% 5,0% 5,3% 5,1% 7,0% 6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% ,0% Empregos em Serviços Avançados % dos Serviços Avançados no total 0,0% Fonte: RAIS/MTE. Elaboração Macroplan COMÉRCIO O comércio é uma das principais atividades da economia potiguar. Em 2015, o valor adicionado do comércio representou 13,4% do total das atividades do estado, segundo o IBGE. Em 2016, o setor de Comércio foi responsável por quase 20% dos empregos formais no Rio Grande do 29

31 Norte. Esses números mostram que o setor é importante tanto para a economia quanto para a população do estado. Por ser um dos setores que mais sofre com algumas das debilidades apresentadas neste trabalho, como a insegurança pública e a infraestrutura de transportes e logística, além da perda de dinamismo econômico do estado, é essencial que tais obstáculos sejam sanados para que o comércio possa atuar livremente e fortalecer-se como um dos motores da economia potiguar. Também é importante a sinergia gerada pelo comércio com outras potencialidades do estado, principalmente o turismo, gerando renda e desenvolvimento tanto para a capital quanto para o interior do estado, através das redes de cidades do Rio Grande do Norte, muito ativas devido à atuação do comércio. Figura 17. Rede de cidades do Rio Grande do Norte Fonte: IBGE Regiões de influência das cidades CONSTRUÇÃO CIVIL O setor de construção civil também é bastante relevante para a economia do Rio Grande do Norte. Embora não tão representativo quanto o comércio, o setor foi responsável por 4,4% de todos os empregos do estado em O valor adicionado bruto do setor foi 7,8% de todo o valor adicionado no RN em Esses dados mostram, além da relevância da construção civil, que se trata de um setor com maior valor agregado, impulsionando a produtividade potiguar. Também é importante por ser a base para a solução de uma das debilidades do desenvolvimento do Rio Grande do Norte: a infraestrutura. Com maiores investimentos em empreendimentos imobiliários, reservatórios, adutoras, canais; e na construção e manutenção de rodovias o setor teria um alto potencial de se tornar ainda maior no estado. Além disso, é uma atividade que incentiva o crescimento de outras, como a mineração e a produção de materiais, gerando sinergias positivas para o desenvolvimento norte-rio-grandense. 30

32 6,7% 6,8% 7,1% 6,8% 6,6% 5,7% 4,4% Gráfico 9. Participação da construção civil no total de empregos e no valor agregado bruto do Rio Grande do Norte 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% 7,0% 7,8% 8,2% 9,0% 8,1% 7,8% Participação no total de empregos Participação no valor bruto agregado 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% Fonte: RAIS/MTE e IBGE. Elaboração Macroplan 31

33 3. CAPÍTULO 3 DEBILIDADES E VULNERABILIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE 32

34 O subaproveitamento das potencialidades potiguares é produzido, em boa parte, pelo efeito conjunto de oito grandes debilidades ou vulnerabilidades estruturais do estado que também explicam a aceleração da decadência do Rio Grande do Norte. 1 INSEGURANÇA PÚBLICA 2 DEFASAGEM DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO 3 INFRAESTRUTURA E SERVIÇO DE TRANSPORTE 4 RESTRIÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS 5 BAIXA PRODUTIVIDADE 6 AMBIENTE HOSTIL E POUCO AMIGÁVEL AO DESENVOLVIMENTO DOS NEGÓCIOS 7 ACO MODAÇÃO DE (PARTE) DO EMPRESARIADO POTIGUAR 3.1. INSEGURANÇA PÚBLICA Durante a última década, a situação da segurança pública deteriorou gravemente no Rio Grande do Norte. A atuação de organizações criminosas regionais e nacionais teve forte impacto negativo na criminalidade e nos homicídios do estado, além de dificultar a gestão prisional. No Gráfico 10 fica evidente a piora da violência no RN, com a taxa de homicídios quase quadruplicando entre 2006 e

35 Gráfico 10. Taxa de homicídios por habitantes RN e outros estados do Nordeste 60 53, , RN PB PE PI CE BA Fonte: Datasus. No mesmo período, o estado saiu da terceira posição entre todos os estados brasileiros com menores taxas de homicídios para a vigésima quinta posição em A falta de segurança pública é um dos principais obstáculos à competitividade potiguar e sempre citada como o principal problema atual e como prioridade de atuação do poder público estadual. Dados recentes do Fórum Nacional de Segurança Pública mostram que a violência no RN está alcançando patamares extremamente altos. A taxa de mortes violentas intencionais cresceu 19,4% entre 2016 e 2017 e alcançou 68 por 100 mil habitantes nesse último ano. Esse é o maior índice de violência dentre todas as unidades da federação DEFASAGEM DE QUALIDADE NA EDUCAÇÃO Embora o Rio Grande do Norte tenha apresentado evolução nos seus indicadores de educação nos últimos anos, a melhora ainda é mais lenta que outros estados do Nordeste, como Ceará e Pernambuco. Também existe um problema de custo e dimensionamento da rede escolar, reduzindo a eficiência do sistema público de educação e impactando negativamente as análises de custo-benefício. Além disso, a UERN também absorve um volume significativo de recursos do Governo do Estado, que deixa de aplicar esses recursos na educação básica ou no ensino profissional de nível médio. Gráfico 11. Nota do IDEB do Ensino Fundamental II (rede total) RN e outros estados do Nordeste 5 4 3, , RN PB PE Fonte: INEP 34

36 Gráfico 12. Nota do IDEB do Ensino Médio (rede total) RN e outros estados do Nordeste 4,5 4 3,5 3 2,5 2, ,2 RN PB PE Fonte: INEP A situação é mais crítica no Ensino Médio, onde a nota do IDEB do estado está praticamente estagnada há mais de 10 anos. A qualificação da mão-de-obra é um dos principais pilares da competitividade de um estado, sendo a baixa qualidade da educação potiguar um dos grandes entraves ao desenvolvimento INEFICIÊNCIAS NO SISTEMA DE SAÚDE O Rio Grande do Norte possui bons indicadores de saúde, principalmente quando comparado a outros estados do Nordeste. Sua taxa de mortalidade infantil é baixa e a expectativa de vida da população é a maior do Nordeste. Porém, uma crítica frequente ao Governo do Estado é quanto à ineficiência do sistema público de saúde. Existem deficiências no atendimento à população devido à falta de recursos, mas também à gestão precária da verba disponível e à má distribuição espacial da rede de saúde. Há indícios de que a estrutura hospitalar do estado é mal dimensionada e redundante, sendo inadequada para o atendimento correto e com qualidade da população potiguar. A utilização de hospitais privados para suprir as necessidades públicas é parte da solução, mas tem limites, uma vez que as tabelas de repasses do SUS são bem inferiores aos valores cobrados normalmente, por vezes até menores que os custos dos procedimentos. Tais deficiências fazem com que a população, a despeito dos bons indicadores, tenha a sensação de que os serviços de saúde são precários e que não atendem as suas demandas. 35

37 Gráfico 13. Taxa de mortalidade infantil por nascidos vivos RN e outros estados do Nordeste ,6 12, RN PB PE Fonte: Datasus 3.4. GARGALOS E DETERIORAÇÃO NA INFRAESTRUTURA E NOS SERVIÇOS DE TRANSPORTE Embora o Rio Grande do Norte apresente a maior proporção de rodovias federais e estaduais pavimentadas do Nordeste, existem gargalos significativos de qualidade. Apenas 46% das rodovias pavimentadas são consideradas de ótima ou boa qualidade, segundo avaliação da CNT. Essa deficiência aumenta a depreciação dos veículos que circulam pelas rodovias, aumentando também os custos de transporte e frete, além da possibilidade de acidentes com perda de produtos e danos diretos às pessoas. A falta de ferrovias em operação também é um problema do estado, que precisa de transporte de cargas com alta capacidade para escoar a produção de minérios e outros produtos, tanto para mercados nacionais quanto internacionais. A reativação deste modal e sua integração com a Transnordestina traria uma melhoria significativa para a infraestrutura de transporte de cargas do estado, melhorando sua competitividade 12. O transporte público também é precário, principalmente o intermunicipal e fora das grandes cidades, como Natal e Mossoró (também é precário nessas cidades, mas em menor intensidade), demandando maior atenção do poder público. 12 Viabilizada no contexto de um projeto de desenvolvimento regional de longo prazo, com aporte de recursos federais 36

38 Gráfico 14. Proporção de rodovias pavimentadas no total (Federal + Estadual) RN e outros estados do Nordeste 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 77% 77% RN PB PE PI CE BA Fonte: CNT/DNIT. Anuário do Transporte Gráfico 15. Qualidade das rodovias (Proporção com qualidade Ótima ou Boa) RN e outros estados do Nordeste 60,0% 50,0% 46,1% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 7,5% RN PB PE PI CE BA Fonte: CNT/DNIT. Anuário do Transporte e Pesquisa CNT de Rodovias 3.5. RESTRIÇÕES HÍDRICAS A maior parte do Rio Grande do Norte se encontra no semiárido brasileiro, uma região mais seca e com média de precipitação abaixo inclusive de outros estados do Nordeste. Devido a esta baixa disponibilidade de recursos hídricos, é necessário que a gestão destes seja feita da forma mais eficiente possível, reduzindo perdas e desperdícios. O atraso na recepção das águas do São Francisco e os problemas de roubo de água, principalmente no Baixo Açu, também são dificuldades enfrentadas pelo estado na sua gestão hídrica. 37

39 Figura 18. Mapa da precipitação anual média do Nordeste e limite do semiárido brasileiro Fonte: Embrapa, com dados da Sudene e DCA/UFCG A falta de água afeta tanto a população diretamente quanto a economia potiguar, especialmente a agricultura e a pecuária, atividades intensivas na utilização de água. A própria mineração também sofre com o problema, já que alguns minerais precisam ser tratados com água para se tornarem comercializáveis. Parte da solução da escassez de água passa pela redução das perdas nos sistemas de distribuição. A redução das perdas físicas é um grande desafio para as empresas operadoras do sistema de saneamento no Brasil. As perdas registradas pela CAERN vêm caindo ano a ano, mas ainda estão num patamar muito elevado. Em 2017, as perdas no Rio Grande do Norte ficaram em 51,6%, enquanto na Paraíba foram de 36% em BAIXA PRODUTIVIDADE DA ECONOMIA A produtividade (produto por trabalhador) do Rio Grande do Norte, embora seja superior à produtividade média do Nordeste, é bem inferior à produtividade brasileira. Isso ocorre tanto na produtividade geral quanto nas divisões setoriais. O valor do RN representou aproximadamente 66% da produtividade média brasileira em O diferencial para o Nordeste caiu de 2002 para 2015: em 2002, representava 136% da produtividade do Nordeste, percentual que caiu para 115% em As atividades com baixa produtividade e valor agregado desenvolvidas no estado restringem a capacidade competitiva da economia potiguar. Parte do problema também se deve à baixa 38

40 qualificação da mão-de-obra e à falta de inovação por parte das empresas do Rio Grande do Norte, que utilizam processos produtivos mais ineficientes que outros estados. Gráfico 16. Produtividade (R$ mil por trabalhador) a preços correntes e proporção do RN em relação ao Brasil e ao Nordeste 70,0 50,0 30,0 10,0 15,0 7,3 136% 66% 9,9 51,7 115% 29,6 66% 34,0 230% 180% 130% 80% 30% -10, % Brasil Nordeste Rio Grande do Norte Fonte: IBGE e RAIS 3.7. AMBIENTE HOSTIL OU POUCO AMIGÁVEL AO DESENVOLVIMENTO DOS NEGÓCIOS Atualmente, tanto no Rio Grande do Norte quanto fora do estado, predomina a percepção, por parte principalmente de investidores, de que o ambiente institucional é hostil aos negócios. Essa hostilidade viria tanto de autoridades públicas quanto de próprias instituições. Existe, segundo alguns entrevistados consultados, uma visão preconceituosa sobre os empresários e as atividades produtivas, o que leva à criação de barreiras para exercer tais atividades. Na fala de um dos entrevistados: No licenciamento ou fiscalização ambiental, as exigências em muitos casos são muito subjetivas e arbitrárias e geram prejuízos e insegurança jurídica para nossos negócios. Precisamos de mais objetividade e neutralidade. Criar um ambiente amigável para negócios é essencial para melhorar a competitividade do estado e atrair mais investimentos, empregos e renda, inclusive arrecadando mais impostos para o Governo do Estado ACOMODAÇÃO DE (PARTE) DO EMPRESARIADO POTIGUAR Existe também uma percepção de que há uma baixa propensão empreendedora no Rio Grande do Norte. Segundo empresários e especialistas consultadas, parte do empresariado potiguar é acomodado, não estaria disposto a atuar ativamente na melhoria do estado e suas instituições e nem mesmo de suas próprias empresas. Não existe protagonismo intenso dos empresários, que deveriam, ao mesmo tempo que cobram ações do governo, atuar no campo privado para gerar também soluções para os problemas de desenvolvimento do estado. 39

41 Segundo um dos entrevistados: Boa parte dos empresários potiguares têm até um discurso articulado, mas baixo protagonismo querem que o Governo resolva tudo para eles. Há vários empresários despreparados e pouco interessados em modernizar suas empresas e métodos de gestão dos negócios deles... Não fazem como os empresários cearenses. Para superar a crise atual é preciso que os empresários e as entidades empresariais potiguares também assumam papel de destaque e protagonismo para auxiliar o desenvolvimento do estado CRISE E INSOLVÊNCIA DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL É de conhecimento de todos que o país passa por uma das mais intensas e prolongadas crises econômicas de toda a sua história, o que agrava os problemas fiscais de todas as esferas de governo. O Rio Grande do Norte, porém, se encontra em uma crise fiscal ainda maior que a média dos outros estados. O déficit mensal do Poder Executivo é crescente, muito pressionado pelos gastos previdenciários. O estado ultrapassou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com os pagamentos com pessoal ultrapassando 71% da Receita Corrente Líquida (RCL), segundo o Balanço Consolidado de Estudos realizados pelo próprio Governo do Estado ISEPLAN) mostram que de 2010 para 2018, o orçamento geral do estado cresceu 53,5% (a preços correntes). Por sua vez, o orçamento da Assembleia Legislativa aumentou 90,3%, o do Tribunal de Contas, 137,8%, o do Tribunal de Justiça, 94% e da Defensoria Pública Geral do Estado e da Procuradoria Geral da Justiça, respectivamente, 138,6% e 150,5%. Um crescimento desproporcional, quando comparado a outros estados da federação e mesmo às reais possibilidades orçamentárias do Rio Grande do Norte. A evolução da folha de pessoal do Executivo e de gastos da Previdência mostram bem a situação em que se encontra o estado. De janeiro de 2015 para novembro de 2017, o valor gasto com os servidores ativos caiu de 236,8 para 220,8 milhões, enquanto o gasto com inativos e pensionistas subiu de 129,6 para 231,6 milhões, uma variação bruta de 78,6%. A quantidade de servidores ativos e inativos teve comportamento parecido, com a quantidade de ativos caindo de para e a quantidade de inativos subindo de para , dos quais apenas 17% contribuem para a previdência do estado Dados da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (SEPLAN-RN) 40

42 Tabela 1. Evolução da folha bruta de servidores ativos e inativos do Executivo 2015 e 2017 Jan/15 Nov/17 Variação Absoluta Variação Percentual Servidores ativos ,75% Inativos e Pensionistas ,61% Relação 1,83 0, Folha Bruta ,45% Fonte: SEPLAN-RN Acresce que as despesas empenhadas por função do Rio Grande do Norte são bem maiores que a média do Nordeste e maiores que outros estados similares. A despesa empenhada per capita do Legislativo em 2016 foi de R$104,09, com uma redução de 1,5% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, ficou acima da média do Nordeste, que foi de R$76,38 (a média brasileira foi R$76). No caso do Judiciário, o gasto é ainda maior, com uma despesa empenhada por habitante de R$223,38 em 2016, com aumento de 11,3% em relação a Enquanto isso, a média do Nordeste foi de R$146,66 e a média brasileira, R$187,60. Gráfico 17. Despesa empenhada per capita do Poder Legislativo ,00 500,00 Média BR R$76,00 Média Nordeste R$76,38 400,00 300,00 200,00 104,09 100,00 0,00 RR AP DF AC MT TO RO MS PI SE AM RN PB RJ PA SC PE AL RS MA ES GO CE PR MG BA SP Fonte: Macroplan com base nos dados do SICONFI / Tesouro Nacional. Obs: Em valores de 2016 IPCA 41

43 Gráfico 18. Despesa empenhada per capita do Poder Judiciário ,0 400,0 Média BR R$ 187,60 Média Nordeste R$146,70 350,0 300,0 250,0 223,4 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 RR RO AP TO MT AC MS RJ ES RN SC SE SP PR RS GO MG PB AM AL PI PE BA MA CE PA Fonte: Macroplan com base nos dados do SICONFI / Tesouro Nacional. Obs: Em valores de 2016 IPCA Os dados da Tabela 2, relativos ao total de servidores e o custo da folha de pagamentos em abril de 2018, evidenciam uma substancial diferença entre o custo unitário do servidor público no Rio Grande do Norte e na Paraíba. O custo é 43% mais elevado no RN. O custo médio do servidor público, ativo ou inativo, é R$ 5,1 mil no RN enquanto na PB é de R$ 3,6 mil. A diferença significativa reforça a necessidade de se rever a estrutura de gastos no RN, especialmente dos gastos com a folha de pagamentos. Tabela 2. Custo Unitário por Servidor Público, Rio Grande do Norte e Paraíba abril/2018 Rio Grande do Norte Paraíba Servidores ativos Servidores inativos Total servidores Folha bruta ativos R$ R$ Folha bruta inativos R$ R$ Folha total R$ R$ Folha total/total servidores R$ 5.137,64 R$ 3.583,27 Fontes: Governo e TCE PB; SEARH RN, Tribuna do Norte RN Outro fator que pressiona a gestão fiscal do Rio Grande do Norte é a existência de gastos que, embora tenham pesos menores que os do Legislativo e do Judiciário, apresentados anteriormente, têm sua efetividade questionada por parcela da população. Entre essas despesas, pode-se citar incentivos fiscais que não são avaliados quanto ao seu impacto na 42

44 economia local e os recursos destinados à Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Além do estado mostrar sinais de que tem dificuldade de sustentar a manutenção da UERN, a produtividade dos recursos investidos nela também são inferiores a instituições similares, como a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A Tabela 3 abaixo traz uma breve comparação de alguns gastos do Rio Grande do Norte e da Paraíba, mostrando que o estado vizinho consegue fazer mais com menos recursos. Tabela 3. Comparativo de gastos com servidores e universidades estaduais RN e PB Indicador Unidade de medida Paraíba Rio Grande do Norte RN/PB Custo anual R$ % % sobre Custo Total Função Educação % % Alunos matriculados Unidade (2016) (2017) - 43% Custo Médio por Aluno/Ano R$ ,982 24, % Fonte: Balanços Consolidados do RN e da PB, UERN e UEPB O custo de um aluno na UERN é mais do que o dobro da UEPB. Mesmo havendo eventuais imprecisões nos dados da Tabela 3, há forte evidência de que o custo do aluno na UERN é muito elevado, especialmente em face da situação de empobrecimento e crise fiscal que o estado se encontra. Estudos sobre os gastos desta natureza precisam ser aprofundados e iniciativas de racionalização precisam ser realizadas com urgência para aumentar a produtividade e a equidade do gasto público CRISE DE GOVERNABILIDADE Há testemunhos e evidências de que o Rio Grande do Norte está passando, nos últimos anos, por uma grave crise de governabilidade e representatividade. Pelo menos temporariamente, o Poder Executivo teria perdido ou enfraquecido a sua capacidade de articular ou coordenar ações junto com atores políticos e outras autoridades públicas para solucionar as crises que eclodiram recentemente e encaminhar questões de interesse comum. Essa incapacidade de atuar de forma coordenada impede que o Estado consiga garantir o pleno exercício do governo, além de dificultar o processo de lidar com crises ou ações emergenciais. Com o problema de perda de governabilidade, os atores potiguares, públicos e privados, não conseguem avançar em medidas efetivas para o resgate do Rio Grande do Norte. O insucesso em aprovar os pacotes de ajuste fiscal mostra que qualquer medida que demande atuação em 43

45 conjunto com outros poderes e que tenha um custo político envolvido, em boa parte das vezes não tem sido bem-sucedido na atual gestão. Uma evidência da falta de cooperação é justamente na gestão fiscal. Enquanto o Executivo sofre com déficits e falta de verba para as coisas mais simples, como pagamento de salários, tanto o Legislativo quanto o Judiciário mantêm reservas significativas dinheiro em caixa que poderiam ser utilizado em tais momentos críticos. 14 Esse tipo de situação aguça ainda mais a percepção da sociedade de que o sistema político potiguar não está conseguindo governar o estado de forma cooperativa e agregadora. O Governo do Estado do Rio Grande do Norte vem realizando esforços para equalizar as finanças do estado. Porém, boa parte das medidas propostas sofrem com resistência por parte de outros setores políticos, como a Assembleia Legislativa. Entre o final de 2017 e o início de 2018, diversos projetos com a finalidade de reduzir ou limitar gastos foram enviados para a Assembleia. Os projetos mais relevantes financeiramente, entretanto, ainda estão pendentes de aprovação. A proposta de emenda constitucional chamada de teto do gasto, por exemplo, representaria uma economia estimada de R$9 bilhões, segundo a SEPLAN-RN, mas ainda não foi aprovada. Mesmo as medidas ou projetos de lei que foram avaliadas e aprovadas na Assembleia Legislativa apresentaram, em sua maioria, emendas e alterações que afetam a eficácia e o impacto originalmente proposto. Em duas medidas ligadas a gastos com pessoal, por exemplo, os textos aprovados foram alterados de forma que aumentou a despesa esperada, indo na contramão do ajuste fiscal (os projetos de lei foram do Plano de cargos e carreira FUNDASE e da Diária Operacional ). Também foram enviados projetos ligados à Previdência e redução do déficit da Previdência Estadual. Das medidas propostas, apenas uma foi aprovada, mas com emendas em artigos considerados importantes e que prorrogaram sua eficácia para Já as medidas mais gerais, ligadas à contribuição patronal dos inativos e ao cálculo da Previdência ainda estão pendentes de aprovação Tal fato se tornou, inclusive, objeto de uma disputa judicial, conforme noticiaram jornais locais. Ver: 15 Fonte: SEPLAN-RN. Sobre o pacote de medidas enviadas à Assembleia Legislativa do RN, ver 44

46 4. CAPÍTULO 4 SÍNTESE E CONCLUSÕES: OS QUATRO DESAFIOS PRIORITÁRIOS PARA O RESGATE DO RIO GRANDE DO NORTE 45

47 Uma visão de conjunto das análises situacional, retrospectiva e prospectiva acima expostas, reúne evidências suficientes para afirmar que o estado do Rio Grande do Norte está imerso numa crise estrutural e que chegou a uma situação limite. Ou as lideranças potiguares enfrentam as debilidades e vulnerabilidades do estado de modo decisivo e com senso de urgência, num pacto cooperativo e solidário 16, ou então o Rio Grande do Norte se afundará numa trajetória de decadência acelerada que o levará o a ser um dos estados menos desenvolvidos e atrativos do Nordeste e do Brasil. Este enfrentamento, para ser eficaz, deve orientar-se por três grandes premissas: 4. Seletividade: foco exclusivo no que é decisivo para o futuro do RN e dos negócios privados até 2022; 5. Realismo: a ambição deve ser calibrada pelo cenário de fortes restrições fiscais, político-institucionais e financeiras do país e do RN; 6. Protagonismo solidário: a superação do cenário de dificuldade exigirá que todos terão que sacrificar ganhos ou mesmo direitos no curto prazo para evitar a continuidade da trajetória de decadência do Estado; e 7. Senso de urgência e timming: é impossível realizar todo o ajuste necessário de uma vez só e rapidamente. Não há recursos financeiros, bem políticos e tampouco competências técnicas e gerenciais disponíveis ou mobilizáveis para tarefa tão grande e complexa. Será preciso contribuir uma estratégia de ajuste e resgate dividida em etapas. Mas uma deve começar logo no dia seguinte ao da eleição do novo Governador: a preparação das medidas legislativas mais urgentes, inclusive no campo orçamentário, para que uma parte do que é preciso fazer seja feito no primeiro trimestre do novo Governo, enquanto o seu capital político é elevado. Do ponto de vista das lideranças empresariais do estado, esta agenda de resgate significa enfrentar e resolver quatro grandes desafios que agrupam 14 áreas de resultado prioritárias: 1º Desafio: MELHORAR OS SERVIÇOS E A INFRAESTRUTURA PÚBLICA Áreas de Resultado: Segurança Educação Saúde Pública 16 Pacto que reúna todos os poderes, forças políticas e lideranças do setor privado e da sociedade civil em torno de uma agenda consensual de resgate, 46

48 Assistência e Inclusão Social Transportes Recursos Hídricos 2º Desafio: MELHORAR O AMBIENTE DE NEGÓCIOS E AMPLIAR A ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS Áreas de Resultado: Ambiente Amigável para Negócios e Empresas Atração e Retenção de Investimentos com Foco nas Potencialidades Produtividade e Inovação 3º Desafio: REALIZAR O AJUSTE FISCAL E MELHORAR A QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO Áreas de Resultado: Geração de Receitas Redução, Racionalização e Controle de Despesas Melhoria da Gestão Pública Estadual 4º Desafio: RECONSTRUIR A GOVERNABILIDADE PARA RESGATAR O RN Áreas de Resultado: Instituição de um Governança Cooperativa, Agregadora e Solidária Protagonismo Regional e Nacional Esta é a agenda que os empresários potiguares, por meio de suas instituições representativas, propõem para o Rio Grande do Norte nos próximos 4 anos. Agenda que deve ser liderada e empreendida pelo Governador a ser eleito este ano e assumida também pelos integrantes dos poderes Legislativo, Judiciário e pelo Ministério Público, além do Tribunal de Contas e todas as instituições privadas e da sociedade civil para fazer o Rio Grande do Norte voltar a crescer e gerar mais riqueza, bons empregos e mais qualidade de vida. Como contribuição objetiva, além desta avaliação global, os empresários oferecem um desdobramento desta agenda contendo avaliações específicas e propostas concretas de objetivos, metas indicativas e ações prioritárias para cada uma dessas áreas de resultado. 47

49 Todas elas formuladas de acordo com a realidade potiguar e com as melhores práticas do Brasil ou de países semelhantes e inspirada em casos de sucesso de outros estados brasileiros. Quadro 1. Agenda Potiguar Objetivos, Metas Indicativas, Estratégias e Ações Prioritárias por Área de Resultado TEMAS FOCALIZADOS Objetivos Metas indicativas Estratégias Ações prioritárias 1. Segurança Pública Educação Saúde Pública Assistência Social Transportes e Conectividade Recursos Hídricos e Saneamento Ambiente de Negócios Atração e Retenção de Investimentos Produtividade e Inovação Geração de Receitas Redução, Controle e Racionalização de Despesas 12. Melhoria da Gestão Pública Estadual 13. Governança Cooperativa, Agregadora e Solidária Protagonismo Regional e Nacional Totais

50 PARTE II PROPOSTAS PARA AS ÁREAS DE RESULTADO 49

51 1. SEGURANÇA PÚBLICA 1.SEGURANÇA PÚBLICA ESTRATÉGIAS

52 VISÃO 2022 O Estado melhora a capacidade de oferecer segurança para a sua população e visitantes. As polícias são fortalecidas e têm melhor desempenho repressivo, investigativo e, também, na atuação preventiva. Existe melhor integração entre as polícias estaduais e as forças federais, o que torna mais eficaz o combate ao crime em geral e especialmente ao crime organizado. A participação dos principais municípios na agenda de segurança torna-se mais ativa, em cooperação com o Estado. A tecnologia é utilizada de forma mais eficiente para auxiliar o planejamento do policiamento e o diagnóstico da criminalidade do estado. A maior sensação de segurança aumenta o fluxo de turistas e a atração de empresas, o que ajuda a gerar mais empregos e renda para o Rio Grande do Norte. POR QUE SEGURANÇA PÚBLICA? Segurança pública funcional é essencial para o bom funcionamento de um estado, região ou cidade. Além de afetar diretamente a qualidade de vida da população, é um dos fatores preponderantes para o desempenho econômico, especialmente em estados como o Rio Grande do Norte, que tem no turismo uma de suas principais atividades. Outro setor que sofre muito com a escalada da violência é o comércio, um dos principais alvos diretos da criminalidade. Um sistema de segurança eficaz também melhora a percepção positiva em relação ao governo por parte da população, que readquire confiança nas instituições públicas. No Rio Grande do Norte, a segurança pública vem piorando consideravelmente nos últimos 10 anos. Em 2016, a taxa de homicídios do estado foi a 3ª pior do Brasil, mostrando que a violência é um dos principais problemas atuais do estado. Essa piora, além de ser percebida pela população, é danosa à economia potiguar, que perde competitividade e fluxo turístico frente a outros estados, inclusive do Nordeste. 51

53 COMO ESTAMOS? Gráfico 19. Taxas de homicídios por habitantes RN, BR, melhor do NE (PI) e melhor do BR (SP) 60 53, , Rio Grande do Norte Brasil Piauí São Paulo Fonte: Atlas da Violência Elaboração Macroplan O Rio Grande do Norte foi em 2016 o 25º estado brasileiro em taxa de homicídios por habitantes, ficando atrás apenas de Sergipe e Alagoas. Além disso, foi o estado que mais deteriorou sua condição de segurança entre 2006 e 2016, tendo um aumento de mais de 250% na taxa de homicídios. Essa escalada da violência é citada por diversos atores sociais como um dos principais problemas da gestão pública no estado. Dados recentes do Fórum Nacional de Segurança Pública mostram que a violência no RN está alcançando patamares extremamente altos. A taxa de mortes violentas intencionais cresceu 19,4% entre 2016 e 2017 e alcançou 68 por 100 mil habitantes nesse último ano. Esse é o maior índice de violência dentre todas as unidades da federação Redução da Criminalidade Um bom sistema de segurança pública é essencial para o desenvolvimento de determinada região. A violência traz perdas não só para a sociedade, mas também para a economia, aumentando custos e reduzindo eficiência e produtividade. A precariedade da segurança pública faz com que as pessoas precisem pagar duas vezes pela segurança, em forma de impostos e novamente em segurança privada (principalmente empresas). Esse aumento dos custos gera uma perda de investimento produtivo, pois esses recursos poderiam estar sendo utilizados para aumentar a produtividade com compra de máquinas e equipamentos, por exemplo. A produtividade individual dos trabalhadores também fica comprometida com altos níveis de violência, seja de forma indireta (preocupação, ansiedade ou receio quanto à segurança) ou direta (atrasos e ausências devido à violência). De forma geral, a falta de segurança implica em 52

54 uma perda substancial de competitividade, afastando oportunidades de investimento e sendo um entrave para o desenvolvimento. A situação da segurança pública no Rio Grande do Norte se deteriorou muito em 10 anos. Em 2006, o estado era o 3º do Brasil com menor taxa de homicídios (14,9 por habitantes), ficando atrás apenas de Santa Catarina e Piauí. Já em 2016, ele se posicionou como o 3º com maior taxa (53,4 por habitantes), superado apenas por Alagoas e Sergipe. Esse aumento da quantidade de homicídios foi o mais intenso entre todos os estados brasileiros (aumento de 256,9% em 10 anos). Esses números mostram como é importante a atuação forte do Governo Estadual, em parceria também com a esfera federal e municipal, para combater a criminalidade e voltar a oferecer sensação de segurança para sua população. UM CASO DE SUCESSO O Pacto pela Vida (Pernambuco) Ainda que os resultados nos últimos anos estejam indicando um esgotamento do modelo, uma política de segurança que obteve muito sucesso no Brasil foi o Pacto Pela Vida (PPV), de Pernambuco. A política foi um esforço do Governo do Estado iniciado em 2007, na gestão do Governador Eduardo Campos, e consistiu em um programa transversal e integrado, em articulação permanente com o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Assembleia Legislativa, os municípios e a União. 17 O PPV foi criado com a finalidade de realizar uma repressão mais qualificada e a prevenção de crimes (principalmente homicídios). O principal objetivo da política era reduzir a quantidade de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI), o que foi atingido de forma exitosa até 2013, uma época em que a violência estava crescendo em todos os estados do Nordeste. A partir de 2014, a violência voltou a crescer no estado, devido ao esgotamento do programa e menores investimentos e perda de intensidade por parte das novas gestões estaduais. As principais medidas adotadas pelo PPV foram na área de gestão de segurança, com um planejamento mais qualificado do policiamento e repressão dos crimes, com enfoque territorial. Também foram criados estímulos e gratificações para policiais que cumprissem metas nas áreas sob sua responsabilidade. Essas medidas, somadas à integração entre os poderes e o Ministério Público, contribuíram ativamente para os resultados positivos da política. 18 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE 1. Reduzir a taxa de homicídios i. Meta indicativa para 2022: Reduzir a taxa de homicídios por habitantes de 53,4 para 33, RATTON e DAUDELIN, Governança da Segurança Pública e Dissuasão Policial em Pernambuco: Ascensão e Declínio do Pacto Pela Vida

55 Reduzir a taxa de homicídios de jovens i. Meta indicativa para 2022: Reduzir a taxa de homicídios de jovens de 138,4 para 72 por jovens 2. Reduzir a quantidade de crimes contra o patrimônio i. Meta indicativa para 2022: Reduzir a taxa de roubos de veículos por veículos de 508 para 400 Gráfico 20. Taxas de homicídios por habitantes, meta ,9 53,4 Resultado tendencial 71 Meta 34 Rio Grande do Norte Tendência últimos 3 anos Trajetória meta indicativa Fonte: Atlas da Violência Elaboração Macroplan Gráfico 21. Taxas de homicídios de jovens por jovens, meta Meta 72 Rio Grande do Norte Tendência dos últimos anos Trajetória meta indicativa Fonte: Datasus. Elaboração Macroplan 54

56 Gráfico 22. Taxas de roubo de veículos por veículos, tendência dos últimos anos e meta Resultado tendencial 716 Meta 400 Rio Grande do Norte Tendência últimos 5 anos Trajetória meta indicativa Fonte: Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Elaboração Macroplan ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Diminuir a quantidade de crimes violentos, contra a vida e contra o patrimônio ii. Implementar programas de prevenção à criminalidade, principalmente entre os jovens vulneráveis iii. Aumentar as operações com foco em apreensões de armamentos e munição iv. Melhorar a resolutividade de crimes, principalmente os letais 2. Garantir que a polícia funcione normalmente, com policiais motivados e equipamentos adequados i. Realizar o pagamento dos salários dos policiais em dia ii. Realizar manutenção adequada e renovar viaturas e equipamentos (coletes, armamento) iii. Reforçar o policiamento em regiões com maior incidência de crimes e em áreas turísticas 3. Melhorar a capacidade da polícia de enfrentar o crime organizado i. Intensificar operações de inteligência policial, com integração entre governo estadual e federal ii. Implementar sistema de videomonitoramento, tornando mais fácil o enfrentamento do crime 55

57 1.2. Sistema prisional Nos últimos anos, o sistema prisional do Rio Grande do Norte mostrou que precisa de profundas reformas estruturais e de gestão. A rebelião de janeiro de 2017 na Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi o evento que evidenciou para o país inteiro a situação precária em que se encontrava a gestão prisional no estado. Um sistema prisional mal administrado e deficiente é muito danoso para o estado, uma vez que diminui consideravelmente a chance do indivíduo preso se recuperar e não cometer novos crimes. Com o aumento da reincidência, fica cada vez mais difícil diminuir os níveis de criminalidade e violência no estado. Além dos danos indiretos e de médio/longo prazo, há também o dano mais direto à economia local, principalmente o turismo. O setor turístico é bastante prejudicado pela imagem negativa do estado quando ocorre um conflito ou rebelião em presídios. No caso de um evento de grandes proporções, como o que ocorreu em Alcaçuz, essa imagem repercutiu inclusive internacionalmente, reduzindo o potencial atrativo do Rio Grande do Norte. Na gestão penitenciária estadual, é essencial que existam programas voltados para a reinserção dos presos no mercado de trabalho, seja via qualificação ou exercendo atividade dentro do próprio cárcere. Esse tipo de programa reduz a reincidência no crime, ajudando a reduzir a violência no estado. Outra medida interessante a ser adotada são as penas alternativas para crimes com menor potencial ofensivo, diminuindo a superlotação dos presídios e facilitando o controle dos mesmos. AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E META INDICATIVA SISTEMA PRISIONAL 1. Reduzir a violência nos presídios e evitar novas rebeliões e conflitos i. Meta indicativa para 2022: Nenhuma rebelião em presídios no RN ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Garantir a segurança nos presídios, tanto para agentes e funcionários quanto para os presidiários i. Garantir quantidade suficiente de agentes responsáveis pelos presídios ii. Recuperar os presídios existentes e degradados iii. Realizar manutenção da infraestrutura de forma preventiva e constante 56

58 iv. Segmentar os presos de acordo com tipo de crime e periculosidade para evitar contaminação do crime organizado v. Realizar mutirão pelo Judiciário para liberação de presos que estão presos indevidamente ou sem julgamento vi. Elaborar planos de emergência para ação rápida em caso de necessidade de intervenção 2. Aumentar a eficácia do sistema prisional i. Aumentar a oferta de escolarização e trabalho para os internos, reduzindo a probabilidade de reincidência ii. Combater a atuação de organizações criminosas dentro dos presídios iii. Manter informações atualizadas e confiáveis sobre a situação penal de cada presidiário iv. Ampliar aplicação de punições alternativas para reduzir a lotação do sistema prisional 3. Melhorar a integração com o Governo Federal i. Utilizar os recursos e inteligência do SUSP para prevenir conflitos nas prisões ii. Trabalhar em conjunto com a Polícia Federal para coibir a atuação de criminosos de outros estados nos presídios 57

59 SEGURANÇA DO RN EM NÚMEROS INDICADORES DE RESULTADO Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Taxa de homicídios por habitantes Atlas da Violência ,4 Taxa de óbitos no trânsito por habitantes DATASUS ,6 Taxa de CVLI por habitantes FBSP ,1 Taxa de roubo de veículos por veículos FBSP Taxa de furto de veículos por veículos FBSP ,9 Taxa de roubo a instituições financeiras por 100 instituições FBSP ,89 Taxa de aprisionamento por habitantes Infopen ,5 Taxa de ocupação dos presídios Infopen ,5% REDE DE SEGURANÇA PÚBLICA DO RN Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Efetivo da Polícia Civil Sinpol-RN e Adepol-RN Efetivo da Polícia Militar PMRN Efetivo do Corpo de Bombeiros Corpo de Bombeiros - RN Quantidade de delegacias Polícia Civil RN REDE PENITENCIÁRIA DO RN Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente População prisional Infopen Vagas no sistema prisional Infopen

60 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Objetivos SEGURANÇA PÚBLICA Redução da Criminalidade Sistema Prisional Reduzir a taxa de homicídios Reduzir a taxa de homicídios de jovens Reduzir a quantidade de crimes contra o patrimônio Reduzir a violência nos presídios e evitar novas rebeliões e conflitos Reduzir a taxa de homicídios por habitantes de 53,4 para 33,5 Reduzir a taxa de homicídios por jovens de 138,4 para 72 Reduzir a taxa de roubos de veículos por veículos de 508 para 400 Nenhuma rebelião em presídios no RN Diminuir a quantidade de crimes violentos, contra a vida e contra o patrimônio Garantir a segurança nos presídios, tanto para agentes e funcionários quanto para os presidiários Implementar programas de prevenção à criminalidade, principalmente entre os jovens vulneráveis Aumentar as operações com foco em apreensões de armamentos e munição Melhorar a resolutividade de crimes, principalmente os letais Garantir que a polícia funcione normalmente, com policiais motivados e equipamentos adequados Realizar o pagamento dos salários dos policiais em dia Realizar manutenção adequada e renovar viaturas e equipamentos (coletes, armamento) Reforçar o policiamento em regiões com maior incidência de crimes e em áreas turísticas Garantir quantidade suficiente de agentes responsáveis pelos presídios Recuperar os presídios existentes e degradados Realizar manutenção da infraestrutura de forma preventiva e constante Segmentar os presos de acordo com tipo de crime e periculosidade para evitar contaminação do crime organizado Realizar mutirão pelo Judiciário para liberação de presos que estão presos indevidamente ou sem julgamento Elaborar planos de emergência para ação rápida em caso de necessidade de intervenção Aumentar a eficácia do sistema prisional Melhorar a capacidade da polícia de enfrentar o crime organizado Intensificar operações de inteligência policial, com integração entre governo estadual e federal Implementar sistema de videomonitoramento, tornando mais fácil o enfrentamento do crime Aumentar a oferta de escolarização e trabalho para os internos, reduzindo a probabilidade de reincidência Combater a atuação de organizações criminosas dentro dos presídios Manter informações atualizadas e confiáveis sobre a situação penal de cada presidiário Ampliar aplicação de punições alternativas para reduzir a lotação do sistema prisional Melhorar a integração com o Governo Federal Utilizar os recursos e inteligência do SUSP para prevenir conflitos nas prisões Trabalhar em conjunto com a Polícia Federal para coibir a atuação de criminosos de outros estados nos presídios 59

61 2. EDUCAÇÃO 60

62 VISÃO 2022 O Estado melhora a capacidade de oferecer educação de qualidade para a sua população. A rede escolar experimenta um processo de reestruturação e reorganização para reduzir custos fixos e, ao mesmo tempo, melhor atender a demanda. Há evidências de melhoria da qualidade do ensino médio e maior integração com a educação profissional e técnica. A formação de jovens para o mercado de trabalho é ampliada, melhorando progressivamente a oferta de capital humano qualificado no estado. POR QUE EDUCAÇÃO? Além de ser uma das áreas de atuação historicamente associados ao setor público, a educação é uma das principais preocupações da população brasileira (CNI, 2018). 19 Um melhor nível de educação e escolaridade impacta diretamente a produtividade das empresas, uma vez que o capital humano é um dos principais determinantes desta produtividade. Uma oferta maior de profissionais qualificados é essencial para o desenvolvimento econômico do estado, para a atração de investimentos e para a geração de bons empregos. 20 No Rio Grande do Norte, a qualidade da educação é insatisfatória em todos os níveis, desde a educação básica até o ensino superior. Essa deficiência constitui uma barreira para o crescimento da produtividade da economia potiguar, colocando o estado em desvantagem frente a outros estados do Nordeste. COMO ESTAMOS? O Rio Grande do Norte foi em 2015 o 21º estado brasileiro na nota do IDEB dos anos iniciais do ensino fundamental, 22º nos anos finais do ensino fundamental e 22º também no ensino médio. Apesar das notas nos 3 indicadores terem aumentado, não foi o suficiente para posicionar o estado entre os melhores do Nordeste, tendo ainda um fraco desempenho comparado com os melhores do país. 19 Fonte: Retratos da Sociedade Brasileira Em novembro de 2016, o Governo do RN lançou o programa RenovEscola, um programa de manutenção, reforma, ampliação e construção de escolas da rede estadual de ensino, que busca garantir melhorias físicas na estrutura das escolas do estado, com uma meta de 30 escolas reformadas. 61

63 Gráfico 23. Notas do Rio Grande do Norte, média brasileira e do melhor estado do Nordeste no IDEB (rede total) dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio EF I EF II EM 4,8 5,5 5,9 3,8 4,5 4,8 3,2 3,7 4 CE CE PE Rio Grande do Norte Brasil Melhor do Nordeste Fonte: INEP. Elaboração Macroplan 2.1 Ensino Fundamental Uma boa qualidade nos anos iniciais da trajetória educacional de uma pessoa faz toda a diferença no desenvolvimento de competências e habilidades necessários no futuro. Ainda que tenha evoluído nos últimos anos, a qualidade da educação básica no Rio Grande do Norte ainda deixa a desejar, apresentando resultados abaixo na média brasileira. O estado investe abaixo da média do Nordeste em educação custo médio por aluno do ensino fundamental e possui um sistema de gestão que não consegue utilizar esses recursos já escassos de forma eficiente. O estado do Ceará, por exemplo, conseguiu melhorar consideravelmente suas notas nos anos iniciais e finais do ensino fundamental enquanto reduziu seu custo por aluno de 2008 até O IDEB do EF I passou de 3,2 em 2005 para 5,9 em 2015, enquanto a nota do EF II passou de 3,1 para 4,8 no mesmo período, mostrando que a gestão do sistema de educação pode ser utilizada para fazer mais com menos recursos (o estado reduziu o custo por aluno de R$ em 2008 para uma média de R$ entre 2012 e 2015). Os resultados são mais preocupantes nos anos finais do ensino fundamental, aonde o estado sequer consegue atingir a meta proposta pelo MEC para o IDEB desde 2011 (rede estadual), 2.1 tendo ficado aquém novamente em Considerando toda a rede pública (municipal, estadual e federal), o resultado melhora um pouco, mas ainda abaixo da meta em 2013 e

64 UM CASO DE SUCESSO Ensino Fundamental no Ceará O caso do estado do Ceará é o mais citado quando se pensa em avanços de resultados do ensino fundamental. O modelo cearense começou a ser adotado em 2007, com uma colaboração sistemática entre o governo estadual e as administrações municipais associada a um sistema de incentivos. Projetos de cooperação prévia já existiam desde os anos 1970, mas não na escala mais recente. As principais medidas da cooperação entre estados e municípios foram: difundir experiências inovadoras, principalmente focadas no caso de Sobral; incentivar a participação de diferentes atores no processo educacional (além de secretarias de educação, envolveu órgãos como Unicef, Inep e universidades); atuação direta dos empreendedores políticos que participaram na gestão de Sobral; formação de professores, distribuição de material didático e acompanhamento pedagógico; e incentivos financeiros para premiar municípios e escolas que se destacam e auxiliam outras escolas. Com essas medidas, o estado foi capaz de difundir as boas políticas adotadas em determinadas escolas para a maior parte da rede pública. Os resultados alcançados são muito relevantes, com o estado saindo da 16ª posição no IDEB dos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública em 2007 para a 5ª posição em Além disso, 77 das 100 melhores escolas públicas brasileiras são do Ceará. 21 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS ENSINO FUNDAMENTAL 1. Elevar a qualidade do Ensino Fundamental I i. Meta indicativa para 2022: Melhorar a nota do IDEB EF I de 4,8 para 6,5 2. Elevar a qualidade do Ensino Fundamental II i. Meta indicativa para 2022: Melhorar a nota do IDEB EF II de 3,8 para 5,2 21 Fontes: ABRUCIO, SEGATTO e PEREIRA, Regime de colaboração no Ceará: funcionamento, causas de sucesso e alternativas de disseminação do modelo PAIVA, O Salto da educação cearense Disponível em: 63

65 Gráfico 24.Notas do IDEB Ensino Fundamental I, tendência dos últimos anos e meta 8,0 7,0 META 6,5 6,0 5,0 4,0 3,0 4,1 4,8 Resultado tendencial 6,0 4,4 2, IDEB EF I Real Tendência últimos 3 anos Trajetória Meta Indicativa Fonte: INEP. Elaboração Macroplan Gráfico 25. Notas do IDEB Ensino Fundamental II, tendência dos últimos anos e meta 5,5 5,0 META 5,2 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 3,4 3,8 Resultado tendencial 4,5 3,6 2, IDEB EF II Real Tendência últimos 3 anos Trajetória Meta Indicativa Fonte: INEP. Elaboração Macroplan ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS Garantir que todas as escolas de ensino fundamental funcionem normalmente, com presença regular de professores i. Qualificar e racionalizar a rede escolar ii. Assegurar a frequência regular dos profissionais nas escolas iii. Garantir o pagamento em dia dos salários dos profissionais da educação 22 Embora a responsabilidade institucional pelo ensino fundamental público seja dos municípios, o caso de sucesso do Ceará indica que o protagonismo do Governo Estadual neste campo é decisivo 64

66 2. Aumentar e melhorar a produtividade do gasto com o ensino fundamental i. Implantar a Base Nacional Comum Curricular ii. Melhorar continuamente a qualidade dos docentes iii. Implantar e operar sistema de monitoramento e avaliação do desempenho dos alunos iv. Implantar modelo de gestão orientado para resultados e baseado em casos de sucesso (adaptar o modelo do Ceará para o Rio Grande do Norte) 3. Melhorar a qualidade das escolas e o seu desempenho em avaliações i. Fornecer material didático estruturado e bem definido ii. Garantir que a infraestrutura das escolas seja adequada com melhoria dos equipamentos e instalações iii. Selecionar e designar os diretores das escolas com base no mérito 4. Reforçar o protagonismo do Estado como indutor e regulador da melhoria da qualidade do Ensino Fundamental, em cooperação sistemática com todos os Municípios 2.2 Ensino Médio O ensino médio é uma fase essencial para a inserção dos jovens no mercado de trabalho de forma mais qualificada. Além de oferecer qualidades importantes para exercer diversas profissões, é o passo intermediário para o ensino profissional e o ensino superior. Por isso, ter um ensino médio de qualidade e com baixa taxa de evasão de jovens é importante para a formação de mão-de-obra mais qualificada e com mais facilidade de conseguir bons empregos. Mesmo com a relevância do tema, o Rio Grande do Norte investe menos por aluno do que a média do Nordeste. Essa defasagem de recursos é um dos motivos da incapacidade do estado de melhorar sua nota no IDEB do ensino médio nos últimos anos. A nota da rede estadual está praticamente estagnada desde 2005, flutuando entre 2,6 e 2,8. Mesmo levando em conta a rede total (privada incluída), a nota do estado passou de 2,9 em 2005 para 3,2 em 2015, ficando abaixo da média brasileira de 3,7. O estado de Pernambuco, por sua vez, evoluiu bastante nos últimos anos, enquanto continua com um custo por aluno mais baixo que o RN. Isso mostra que é possível dar um salto de qualidade sem aumentar significativamente os gastos, apenas com melhoras no gerenciamento e na alocação de recursos. Além da baixa qualidade, a permanência dos jovens na escola é um problema no RN. A proporção de jovens entre 15 e 29 anos que não estuda nem trabalha foi de 26,4% em 2017, de acordo com a PNAD Contínua. Isso mostra uma dificuldade das escolas do estado de manter os alunos estudando após o ensino fundamental e de qualificá-los para entrar no mercado de trabalho. 65

67 UM CASO DE SUCESSO Ensino Médio em Pernambuco O estado brasileiro que se tornou referência de melhoria de qualidade do ensino médio é Pernambuco. De 2005 para 2015, o estado passou de 21º lugar no IDEB do ensino médio da rede estadual (nota 2,7) para 1º lugar (nota 3,9), empatado com São Paulo. Os resultados alcançados se devem a dois motivos principais: primeiro, a implantação do sistema de educação em tempo integral; depois, um esforço de replanejamento da máquina pública, com diagnóstico e definição das áreas prioritárias para o desenvolvimento do estado. A implementação do ensino em tempo integral é vista como o principal determinante do bom desempenho pernambucano. O projeto começou a ser aplicado em 2004, com os chamados Centros de Ensino Experimental. Em 2008, a Lei Complementar nº 125/2008 criou o Programa de Educação Integral (PEI), que tem por objetivo desenvolver políticas públicas para melhoria da qualidade do ensino médio e difundir o modelo de educação integral no estado de Pernambuco. Essa política de educação tomou forma através das Escolas de Referência em Ensino Médio, que seguem critérios estabelecidos de infraestrutura, equipamentos, remuneração dos professores e carga horária, entre outros. O crescimento do ensino em tempo integral foi aliado com uma nova visão do ensino médio, com mais participação dos alunos e atividades ligadas à tecnologia. Com o objetivo de tornar a escola mais atrativa para os jovens, foram criadas estratégias para fugir das aulas tradicionais, inclusive com maior integração com o ensino técnico profissionalizante. Essa proposta tem se mostrado eficaz, uma vez que a taxa de abandono em 2016 foi uma das menores do país (1,6%). As escolas em tempo integral estão presentes em todo o estado, havendo ao menos uma por município, o que ajuda a disseminar a política estadual e intensifica seus resultados. 23 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E META INDICATIVA ENSINO MÉDIO 1. Elevar a qualidade do ensino médio iv. Meta indicativa para 2022: Melhorar a nota do IDEB EM de 3,2 para 4,3 23 Fontes: GOMES e ABRANCHES, Um estudo sobre a meta do governo estadual: uma escola em tempo integral em cada município de Pernambuco CHAVES, Entenda por que Pernambuco é um dos estados com a melhor educação pública do Brasil Disponível em: 66

68 Gráfico 26. Notas do IDEB Ensino Médio, tendência dos últimos anos e meta 5,0 META 4,3 4,0 3,0 3,1 3,2 3,1 Resultado tendencial 3,4 2, IDEB EM Real Tendência últimos 3 anos Trajetória Meta Indicativa Fonte: INEP. Elaboração Macroplan ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Garantir que todas as escolas de ensino médio funcionem normalmente, com presença regular de professores i. Qualificar e racionalizar a rede escolar de ensino público de nível médio ii. Assegurar a frequência dos profissionais das escolas iii. Garantir o pagamento em dia dos salários dos profissionais da educação 2. Melhorar a qualidade do Ensino Médio i. Implantar o Novo Ensino Médio 24, incluindo integração com Educação Profissional ii. Articular e consolidar parceria com o Sistema S para implantação do novo ensino médio com as Unidades Educacionais formais e informais, ampliando o número de vagas e barateando os custos iii. Operar e implantar sistema de monitoramento e avaliação do desempenho dos alunos iv. Desenvolver a capacidade gerencial de diretores, com seleção baseada em critérios de mérito e liderança 24 O Novo Ensino Médio foi o nome dado à reforma estrutural do ensino médio, buscando oferecer mais flexibilidade para os jovens na escolha das áreas de conhecimento, uma base comum curricular nacional e maior integração com o ensino técnico profissionalizante. Para mais informações, visitar o endereço: 67

69 3. Diminuir a evasão dos alunos i. Implantar progressivamente a educação em tempo integral nas escolas de ensino médio do Estado 4. Acelerar a integração do ensino médio com o ensino técnico profissionalizante i. Atuar em parceria com o Instituto Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte e com as entidades de formação profissional do Sistema S 2.3 Ensino Profissional e Superior O ensino profissional e o ensino superior são as principais portas de entrada, do ponto de vista da qualificação, dos jovens no mercado de trabalho. Os níveis de qualidade de cada uma dessas etapas de ensino são determinantes diretos da produtividade dos trabalhadores e, em consequência, das empresas. Além disso, o ensino profissional é uma alternativa para diminuir a evasão de jovens do ensino médio, tornando a escola mais atrativa e mais conectada com o mercado de trabalho. Embora o Rio Grande do Norte tenha uma integração do ensino médio com o ensino profissional maior do que a média brasileira, a taxa de integração ainda é menor do que outros estados com resultados melhores em educação, como Ceará e Piauí. O estado do Piauí, especificamente, foi considerado pelo MEC, em 2015, uma referência nacional em ensino profissionalizante, devido à integração com o Pronatec e com unidades próprias de ensino técnico. No caso do ensino superior, o RN possui um dos melhores indicadores do Nordeste, principalmente entre os jovens. A proporção de jovens entre 25 e 29 anos que já concluíram o ensino superior foi de 12,81% em 2015, a melhor taxa do Nordeste, mas que ainda está abaixo da média brasileira. Aumentar o acesso dos jovens ao ensino superior é uma tarefa importante para aumentar a oferta de profissionais qualificados e a competitividade do estado. Neste campo, cabe ressaltar que a UERN absorve cerca de 18% dos recursos destinados à educação do orçamento do Estado R$ 278,4 milhões (Fonte: Demonstrativo de Despesa por Função e Órgão do Governo do Estado ), 60% mais do que a UEPB (11% segundo fonte semelhante). Neste ano a UERN atendeu alunos. Segundo a mesma fonte, do orçamento estadual para o Ensino Fundamental foram destinados 21% - R$ 323 milhões; e 23% para o ensino médio, R$ 361 milhões, alcançando um público-alvo de mais de 200 mil matriculados. 25 Fonte: 26 Em meados de 2018, o Governo do Rio Grande do Norte está em fase de finalização de duas obras de escolas de educação técnica profissional, uma no Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica de Assú e a outra no Parque dos Coqueiros, em Natal. 68

70 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS ENSINO PROFISSIONAL E SUPERIOR 1. Melhorar a integração entre o ensino médio e o ensino profissionalizante i. Meta indicativa para 2022: Aumentar a proporção de jovens do ensino médio matriculados no ensino técnico integrado ou concomitante de 14,9% para 20% (trajetória próxima ao do Ceará) 2. Melhorar o acesso da população carente ao ensino superior i. Meta indicativa para 2022: Aumentar a taxa líquida de matrículas no Ensino Superior dos atuais 15,6% para 24% (metade da distância para a meta 2024 do Brasil no PNE) ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Preservar a capacidade da oferta de ensino da UERN i. Reformular o modelo de financiamento da UERN incluindo a diversificação de fontes 2. Ampliar o apoio do Governo Estadual ao acesso de jovens de baixa renda ao ensino técnico ou superior i. Implementar sistema estadual de concessão de vouchers e bolsas de estudo em faculdades privadas ou escolas de ensino técnico para alunos de baixa renda, mas com alto potencial ii. Implantar serviço de orientação para captação de PROUNI/FIES 69

71 EDUCAÇÃO DO RN EM NÚMEROS INDICADORES DE DESEMPENHO - INEP INDICADORES DE DESEMPENHO - IBGE Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente IDEB Ensino Fundamental I - Rede Pública INEP ,4 Escolaridade Média (25 anos ou mais) PNAD Contínua ,2 IDEB Ensino Fundamental II - Rede Pública INEP ,4 Jovens Nem Nem Nem (15 a 29 anos) PNAD ,3% IDEB Ensino Médio - Rede Estadual INEP ,8 Jovens Nem Nem (15 a 29 anos) PNAD Contínua ,4% Percentual de matrículas do ensino médio em tempo integral - Rede Estadual INEP ,4% Jovens que concluíram o Ensino Superior (25 a 29 anos) PNAD ,8% Percentual de matrículas no ensino técnico integrado ou concomitante em relação ao total do ensino médio INEP ,9% Taxa de Analfabetismo (15 anos ou mais) PNAD Contínua ,5% REDE DE ENSINO ESTADUAL Indicador Matrículas nos anos iniciais do Ensino Fundamental Docentes nos anos iniciais do Ensino Fundamental Fonte Período mais recente Dado mais recente Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente INEP Matrículas no Ensino Médio INEP INEP Docentes no Ensino Médio INEP Estabelecimentos nos anos iniciais do Ensino Fundamental INEP Estabelecimentos no Ensino Médio INEP Turmas nos anos iniciais do Ensino Fundamental INEP Turmas no Ensino Médio INEP Matrículas nos anos finais do Ensino Fundamental INEP Matrículas no Ensino Técnico (incluindo EJA e FIC) INEP Docentes nos anos finais do Ensino Fundamental INEP Docentes no Ensino Técnico (incluindo EJA e FIC) INEP Estabelecimentos nos anos finais do Ensino Fundamental INEP Estabelecimentos no Ensino Técnico (incluindo EJA e FIC) INEP Turmas nos anos finais do Ensino Fundamental INEP Turmas no Ensino Técnico (incluindo EJA e FIC) INEP REDE DE ENSINO SUPERIOR - UERN Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Indicador Fonte Período mais recente Total de alunos UERN Cursos presenciais UERN Dado mais recente Docentes efetivos ou provisórios UERN Técnicos efetivos ou provisórios UERN

72 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos EDUCAÇÃO Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Profissional e Superior Elevar a qualidade do EF I Elevar a qualidade do EF II Elevar a qualidade do EM Melhorar a integração entre o ensino médio e o ensino profissionalizante Melhorar o acesso da população carente ao ensino superior Melhorar a nota do IDEB EF I de 4,8 para 6,5 Melhorar a nota do IDEB EF II de 3,8 para 5,2 Melhorar a nota do IDEB EM de 3,2 para 4,3 Aumentar a proporção de jovens do ensino médio matriculados no ensino técnico integrado ou concomitante de 14,9% para 20% Aumentar a taxa líquida de matrículas no Ensino Superior de 15,6% para 24% Garantir que todas as escolas de ensino fundamental funcionem normalmente, com presença regular de professores Qualificar e racionalizar a rede escolar Assegurar a frequência regular dos profissionais das escolas Garantir o pagamento em dia dos salários dos profissionais da educação Aumentar e melhorar a produtividade do gasto com o ensino fundamental Implantar a Base Nacional Comum Curricular Melhorar continuamente a qualidade dos docentes Implantar e operar sistema de monitoramento e avaliação do desempenho dos alunos Implantar modelo de gestão orientado para resultados e baseado em casos de sucesso (adaptar o modelo do Ceará para o Rio Grande do Norte) Melhorar a qualidade das escolas e o seu desempenho em avaliações Garantir que todas as escolas de ensino médio funcionem normalmente, com presença regular de professores Qualificar e racionalizar a rede escolar de ensino público de nível médio Assegurar a frequência dos profissionais das escolas Garantir o pagamento em dia dos salários dos profissionais da educação Melhorar a qualidade do Ensino Médio Implantar o Novo Ensino Médio, incluindo integração com Educação Profissional Articular e consolidar parceria com o Sistema S para implantação do novo ensino médio com as Unidades Educacionais formais e informais, ampliando o número de vagas e barateando os custos Operar e implantar sistema de monitoramento e avaliação do desempenho dos alunos Desenvolver a capacidade gerencial de diretores, com seleção baseada em critérios de mérito e liderança Preservar a capacidade da oferta de ensino da UERN Reformular o modelo de financiamento da UERN incluindo a diversificação de fontes Ampliar o apoio do Governo Estadual ao acesso de jovens de baixa renda ao ensino técnico ou superior Implementar sistema estadual de concessão de vouchers e bolsas de estudo em faculdades privadas ou escolas de ensino técnico para alunos de baixa renda, mas com alto potencial Implantar serviço de orientação para captação de PROUNI/FIES Fornecer material didático estruturado e bem definido Garantir que a infraestrutura das escolas seja adequada com melhoria dos equipamentos e instalações Selecionar e designar os diretores das escolas com base no mérito Reforçar o protagonismo do Estado como indutor e regulador da melhoria da qualidade do EF, em cooperação sistemática com todos os Municípios Diminuir a evasão dos alunos Implantar progressivamente a educação em tempo integral nas escolas de ensino médio do Estado Acelerar a integração do ensino médio com o ensino técnico profissionalizante Atuar em parceria com as entidades de formação profissional do Sistema S e com o Instituto Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Norte e com as entidades de formação profissional do Sistema S 71

73 3. SAÚDE PÚBLICA 72

74 VISÃO 2022 O Estado melhora a qualidade de atendimento e de procedimentos da rede pública de saúde. A rede estadual de saúde é racionalizada e reorganizada ampliando a integração e complementaridade com as redes municipais de saúde e com as redes privadas. A medicina preventiva é mais aplicada e incentivada. As filas de espera diminuem e a percepção da sociedade sobre os serviços de saúde estaduais torna-se mais positiva. POR QUE SAÚDE? O setor de saúde é um dos principais pilares de atuação do governo, além de ser uma das principais demandas da população brasileira, aparecendo em primeiro lugar na lista de prioridades para o governo desde 2014 (CNI, 2018). Uma melhor condição da saúde pública impacta diretamente a vida das pessoas, aumentando o nível de qualidade de vida e satisfação. Também impacta os gastos com saúde privada, liberando recursos para áreas como consumo, poupança e lazer. Embora a situação da saúde pública no Rio Grande do Norte não seja crítica em comparação com outros estados do país, existe a percepção geral de que a rede hospitalar é desintegrada e territorialmente mal distribuída e não atende satisfatoriamente à população potiguar. A sua taxa de mortalidade infantil por nascidos vivos ficou abaixo da média do Nordeste e pouco acima da média nacional, mas ainda superior ao nível aceitável da OMS. COMO ESTAMOS? O Rio Grande do Norte foi em 2016 o 11º estado brasileiro com menor taxa de mortalidade infantil e o 3º melhor no Nordeste (ficando atrás do Ceará e da Paraíba). Apesar da ter melhorado a taxa nos últimos anos, o Estado perdeu posições no ranking nacional, mostrando que o ritmo de melhora pode ser intensificado, como está ocorrendo em outros estados. 73

75 Gráfico 27. Taxas de mortalidade infantil por nascidos vivos RN, BR, melhor do NE (CE) e melhor do BR (SC) , ,8 Rio Grande do Norte Brasil Ceará Santa Catarina Fonte: DATASUS. Elaboração Macroplan Saúde e bem-estar A qualidade da saúde e do bem-estar de uma pessoa impacta diretamente sua produtividade e capacidade de contribuir positivamente com a sociedade. O sistema de saúde de uma região deve ser capaz de prover tanto serviços de recuperação da saúde quanto prevenção de doenças e promoção de hábitos saudáveis. Em um local onde grande parcela da população depende do sistema público, é necessário que haja um planejamento racional e bem elaborado para garantir que a execução esteja em linha com as demandas da sociedade. O Estado do Rio Grande do Norte possui uma quantidade razoável de médicos por habitantes (pouco menos de 1,4, acima do recomendado pela OMS de 1,0), mais ainda abaixo da média brasileira, de aproximadamente 2,1 médicos por habitante. Em maio de 2018, o estado contava com 3 hospitais de gestão estadual, 86 de gestão municipal e 21 de gestão dupla, totalizando 110 hospitais. 27 Além da taxa de mortalidade infantil já citada acima, outra variável usada para medir a qualidade da saúde de uma região é a taxa de mortalidade por Doenças Crônicas Não- Transmissíveis na população de 30 a 69 anos. Neste indicador, o resultado do Rio Grande do Norte é mediano, sendo apenas o 6º melhor valor do Nordeste e o 18º melhor do Brasil. Para reduzir esta taxa, é essencial a adoção de medidas de conscientização da população e de promoção de hábitos saudáveis. 27 O Governo do Rio Grande do Norte implantou um programa de ampliação dos leitos de UTI, totalizando 44 novos leitos no estado e está trabalhando na construção do Hospital da Mulher de Mossoró, que até meados de 2018, já contava com 50% das obras concluídas. 74

76 UM CASO DE SUCESSO Saúde Pública no Espírito Santo Um estado que adotou diversas iniciativas para melhorar a situação da saúde e conseguiu obter bons resultados foi o Espírito Santo. Desde meados dos anos 2000, o ES tem atuado na modernização da gestão e da infraestrutura de saúde, com foco na atenção básica e na redução de mortalidade infantil. Entre as políticas e iniciativas adotadas pelo Governo do Estado do ES, os destaques são o financiamento para implantação de núcleos e unidades de Saúde da Família nos municípios, essenciais para o atendimento básico da população; a modernização da rede hospitalar especializada e uma central de regulamentação de leitos de CTI, que compra vagas em leitos de hospitais privados; e projetos ligados ao fornecimento de remédios e infraestrutura de farmácias, como o Farmácia Cidadã e o Sistema Estadual de Registros de Preços de Remédios (SERP), reduzindo custos de manutenção da rede estadual. Mais recentemente, o Espírito Santo implementou o projeto Rede Cuidar, implementado em meados de O projeto consiste em um novo modelo de atenção à saúde, principalmente para a população fora da capital Vitória. Com as novas unidades que estão sendo construídas, grande parte dos exames e atendimentos poderão ser realizados sem a necessidade do encaminhamento para a estrutura de Vitória, possibilitando um serviço mais próximo da população e mais humanizado. O objetivo é ter toda a estrutura, inclusive de capital humano, no mesmo lugar, fazendo com que exames e encaminhamentos sejam realizados no mesmo dia ou marcados para dias próximos. A própria capital está nos planos de implementação do programa, que foi inspirado nas experiências positivas de outros estados, como Minas Gerais. 28 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E METAS INDICATIVAS 1. Melhorar a qualidade do sistema público de saúde i. Meta indicativa para 2022: Reduzir a mortalidade infantil de 12,8 por nascidos vivos para menos de 10 ii. Meta indicativa para 2022: Reduzir a taxa de óbitos por Doenças Crônicas Não- Transmissíveis por habitantes de 30 a 69 anos de 143,3 para 123,7 28 Fonte: Rede Cuidar: Um novo modelo de atendimento integral à saúde (2018). Disponível em: 75

77 Gráfico 28. Taxa de mortalidade infantil por nascidos vivos, tendência dos últimos anos e meta Meta da OMS 10,0 12,8 13,8 12,8 Resultado Tendencial 11,2 Rio Grande do Norte Tendência últimos 3 anos Meta OMS Fonte: DATASUS. Elaboração Macroplan Gráfico 29. Taxa de mortalidade por DCNT por habitantes de 30 a 69 anos, tendência dos últimos anos e meta ,0 140,5 143,3 Resultado tendencial 165,4 Meta 124 Rio Grande do Norte Tendência últimos 3 anos Trajetória meta indicativa Fonte: DATASUS. Elaboração Macroplan ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Ampliar o acesso à atenção básica de qualidade iii. Qualificar profissionais de atenção primária iv. Expandir a estratégia da Saúde da Família v. Implantar melhorias na infraestrutura da rede básica nos municípios 76

78 2. Melhorar o atendimento e garantir o bom funcionamento dos estabelecimentos de saúde, com presença regular de profissionais i. Implementar controle de frequência dos profissionais de saúde ii. Ampliar cobertura da atenção primária a partir da Programa Saúde de Família iii. Qualificar e racionalizar a rede hospitalar, com focos de acordo com a complexidade dos procedimentos e a demanda iv. Implantar projetos experimentais de prestação de serviços de saúde à distância 3. Melhorar a gestão do sistema de saúde i. Realizar seleção pública de gestores de saúde com base no mérito ii. Implantar gestão por resultados na rede própria iii. Utilizar sistema transparente de gerenciamento de filas de espera de atendimentos, exames e cirurgias 4. Aumentar o protagonismo do cidadão nos cuidados da saúde i. Realizar campanhas educativas de promoção de hábitos saudáveis que melhoram a qualidade de vida ii. Ampliar campanhas contra o alcoolismo, o tabagismo e o consumo de drogas iii. Realizar campanha e monitoramento de trânsito para prevenção de acidentes, principalmente de moto 77

79 S A Ú D E P Ú B L ICA DO RN EM NÚMEROS INDICADORES DE RESULTADO Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Taxa de mortalidade infantil por nascidos vivos DATASUS ,8 Taxa de mortalidade por DCNT por habitantes de 30 a 69 anos DATASUS ,3 Expectativa de vida ao nascer IBGE ,7 REDE DE SAÚDE PÚBLICA DO RN Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Número de médicos CNES Número de médicos por habitantes CNES e IBGE ,4 Quantidade de hospitais - Gestão municipal CNES 05/ Quantidade de hospitais - Gestão estadual ou mista CNES 05/ Equipes de Saúde da Família DATASUS

80 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos SAÚDE PÚBLICA Melhorar a qualidade do sistema público de saúde Reduzir a mortalidade infantil de 12,8 por nascidos vivos para menos de 10 Reduzir a taxa de óbitos por Doenças Crônicas Não- Transmissíveis por habitantes de 30 a 69 anos de 143,3 para 124 Ampliar o acesso à atenção básica de qualidade Melhorar a gestão do sistema de saúde Qualificar profissionais de atenção primária Expandir a estratégia da Saúde da Família Implantar melhorias na infraestrutura da rede básica nos municípios Realizar seleção pública de gestores de saúde com base no mérito Implantar gestão por resultados na rede própria Utilizar sistema transparente de gerenciamento de filas de espera de atendimentos, exames, cirurgias Melhorar o atendimento e garantir o bom funcionamento dos estabelecimentos de saúde, com presença regular de profissionais Implementar controle de frequência dos profissionais de saúde Ampliar cobertura da atenção primária a partir do Programa Saúde da Família Qualificar e racionalizar a rede hospitalar, com focos de acordo com a complexidade dos procedimentos e a demanda Implantar projetos experimentais de prestação de serviços de saúde a distancia Aumentar o protagonismo do cidadão nos cuidados da saúde Realizar campanhas educativas de promoção de hábitos saudáveis que melhoram a qualidade de vida Ampliar campanhas contra o alcoolismo, o tabagismo e o consumo de drogas Realizar campanha e monitoramento de trânsito para prevenção de acidentes, principalmente de moto 79

81 4. ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL 80

82 VISÃO 2022 O Estado melhora o atendimento à sua população mais vulnerável. A assistência social é mais integrada ao mercado de trabalho e a inserção produtiva dos mais pobres começa a ser feita de forma mais efetiva. A pobreza diminui gradativamente, principalmente devido à maior taxa de participação no mercado de trabalho. POR QUE ASSISTÊNCIA SOCIAL? Historicamente, a assistência social foi vista como algo tradicionalmente clientelista ou paternalista por parte do Estado. Essa visão é muito ligada ao conceito de assistencialismo, que define a assistência mais como caridade do que como política pública propriamente dita. Em casos de sucesso recente (em países como Peru e Coreia do Sul), a assistência social é encarada como a transição entre a situação de vulnerabilidade e a inserção produtiva no mercado de trabalho, com os programas sociais atuando também para melhorar a empregabilidade das pessoas atendidas. Fornecer assistência para a parcela mais vulnerável da população não significa apenas incluir essas pessoas em programas sociais ou conceder benefícios (financeiros ou não). A pobreza só é combatida de verdade com a inclusão desta população no mercado de trabalho, que oferece muito mais oportunidades de crescimento e ascensão social. Por isso, a assistência social deve sempre estar integrada com o setor produtivo, buscando a inserção efetiva dos mais necessitados no mercado. COMO ESTAMOS? Em 2016, o Rio Grande do Norte tinha a menor proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza do Nordeste, ainda assim uma proporção muito elevada: 36,2%. Este resultado fica distante da média brasileira, de 25,4%, e dos melhores estados do Brasil, como Santa Catarina, São Paulo ou Rio Grande do Sul. As experiências recentes de outros estados brasileiros mostram que é possível reduzir bastante esta proporção em um curto espaço de tempo, com ações bem focalizadas e bem executadas. 81

83 Gráfico 30. Percentual de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza RN, BR e melhor do BR (SC) 60,0 50,0 40,0 30,0 57,0 28,6 36,2 20,0 10,0 0, * Rio Grande do Norte Brasil Santa Catarina Fonte: PNAD e PNAD Contínua. Elaboração Macroplan e OPE Sociais Obs: *Os dados de 2016 utilizam uma metodologia diferente dos anos anteriores, além de terem sido coletados da PNAD Contínua. A definição dos dados de 2016 é: proporção de residentes em domicílios com rendimento per capita inferior a US$ 5,5 PPC 2011 Assistência e inclusão social O conceito de desenvolvimento não está apenas atrelado ao desenvolvimento econômico de um estado ou região. Também está conectado com a emancipação social e melhoria do padrão de vida da população que ali vive. A Assistência Social tem especial importância ao apoiar a população em situação de vulnerabilidade social mais extrema. Melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população deve ser uma responsabilidade do Estado não somente pela questão humanitária, mas também pelo benefício que isso trará para o Rio Grande do Norte como uma região mais próspera, atraindo turismo e investimentos. O Estado do Rio Grande do Norte possui uma grande parcela de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza, com aproximadamente 28,6% dos residentes nesta situação em 2015 e 36,2% em 2016, embora o dado mais recente utilize metodologia e fonte de dados diferente dos anos anteriores. Isso mostra que a assistência social tem potencial de impactar diretamente a vida de algo entre 1/4 e 1/3 da população potiguar. Além da redução da quantidade de pobres propriamente dita, a assistência integrada ao setor produtivo também pode melhorar outros indicadores do estado, como aqueles ligados diretamente à renda e sua distribuição. Uma maior parcela da população inserida no mercado formal reduz a desigualdade de renda, aumenta a renda média do estado e aquece a economia, gerando consumo e investimento. 82

84 UM CASO DE SUCESSO Peru Um caso de sucesso reconhecido de redução da pobreza no mundo é o Peru. Dois foram os motivos principais do sucesso peruano no combate à pobreza: um programa social nacional bem estruturado e focalizado e o desenvolvimento econômico aliado a uma maior integração da população mais pobre com o mercado de trabalho. Implementado em 2005, o programa social Juntos, que teve o objetivo de garantir que crianças que vivem em famílias em situação de vulnerabilidade possam ser capacitadas para evitar a persistência desta condição no futuro, além de gerar capital humano nas famílias necessitadas. O programa foi inspirado em outros modelos de transferência condicional de renda, como o Progresa, do México e o Bolsa Família, do Brasil. O principal diferencial do Juntos é que existe um limite de tempo para permanência no programa, período no qual a família beneficiária é incentivada a acessar sistemas de saúde, nutrição e educação para que possam se inserir no mercado de trabalho com êxito. A maior parte da redução da pobreza no Peru veio justamente do mercado de trabalho, com aumento da renda média da população em todos os setores e transição da população empregada na agricultura para o setor de serviços. Isso fez com que a população de classe média peruana ultrapassasse em quantidade a população pobre, feito inédito até Esses resultados indicam que a integração com o setor produtivo é de fato a melhor forma de reduzir a pobreza de forma acelerada e sustentável. AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E META INDICATIVA 1. Combater a pobreza Meta indicativa para 2022: Diminuir o percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza de 36,2% para 12% Gráfico 31. Percentual de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, tendência dos últimos anos e meta 60,0 50,0 40,0 30,0 27,4 28,6 Resultado tendencial 24,8 20,0 25,2 10,0 0,0 Me ta: 12 Rio Grande do Norte Tendência últimos 3 anos Trajetória meta indicativa Fonte: PNAD. Elaboração Macroplan e OPE Sociais 83

85 ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Garantir que a assistência social chegue às pessoas mais necessitadas e tenha impacto na qualidade de vida ii. Identificar corretamente os grupos focais das políticas assistenciais iii. Acompanhar as pessoas em estado de vulnerabilidade, principalmente através de sistemas integrados, como o CadÚnico iv. Garantir o recebimento correto dos benefícios pelos respectivos beneficiários 2. Incentivar maior integração da população vulnerável com o mercado de trabalho i. Oferecer serviço de orientação profissional e inserção produtiva orientado para os APLs ii. Ampliar mecanismos de qualificação profissional da população de baixa renda iii. Apoiar a inclusão produtiva das famílias do meio rural iv. Incentivar o empreendedorismo através de expansão de programa de microcrédito e utilização de arranjos produtivos locais para promover maior igualdade regional 3. Integrar a assistência social estadual aos programas federais e municipais i. Implementar ou expandir programas de complementação de renda para beneficiários do Bolsa Família ou do BPC que estão matriculados na escola ii. Coordenar ações em conjunto com os municípios para aplicação de políticas públicas mais eficazes de combate à pobreza 84

86 A S S I S T Ê N C I A E INCLUS Ã O SOCIAL DO R N E M N Ú M EROS INDICADORES DE RESULTADO Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Percentual de pobres PNAD ,6 Proporção de residentes em domicílios com rendimento per capita inferior a US$ 5,5 PPC 2011 PNAD Contínua ,2 Renda domiciliar per capita IBGE INDICADORES DE REDE Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Quantidade de CRAS 29 Censo SUAS Quantidade de CREAS 30 Censo SUAS Quantidade de Centros de Acolhimento Municipais Censo SUAS Quantidade de Centros de Convivência Censo SUAS Figura 19. Mapa da extrema pobreza do RN 2010 Fonte: IBGE. Disponível em: 29 Centro de Referência de Assistência Social 30 Centro de Referência Especializado de Assistência Social 85

87 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL Combater a pobreza Diminuir o percentual de pessoas abaixo da linha de pobreza de 36,2% para 12% Garantir que a assistência social chegue às pessoas mais necessitadas e tenha impacto na qualidade de vida Identificar corretamente os grupos focais das políticas assistenciais Acompanhar as pessoas em estado de vulnerabilidade, principalmente através de sistemas integrados, como o CadÚnico Garantir o recebimento correto dos benefícios pelos respectivos beneficiários Incentivar maior integração da população vulnerável com o mercado de trabalho Integrar a assistência social estadual aos programas federais e municipais Implementar ou expandir programas de complementação de renda para beneficiários do Bolsa Família ou do BPC que estão matriculados na escola Coordenar ações em conjunto com os municípios para aplicação das políticas públicas mais eficazes de combate à pobreza Oferecer serviço de orientação profissional e inserção produtiva orientada para os APLs Ampliar mecanismos de qualificação profissional da população de baixa renda Apoiar a inclusão produtiva das famílias do meio rural Incentivar o empreendedorismo através de expansão de programa de microcrédito e utilização de arranjos produtivos locais para promover maior igualdade regional 86

88 5. TRANSPORTE E CONECTIVIDADE 5. TRANSPORTE E CONECTIVIDADE ESTRATÉGIAS

89 VISÃO 2022 O Rio Grande do Norte amplia sua eficiência logística com aumento, recuperação e conservação da rede multimodal de transporte, alto percentual de rodovias asfaltadas e com maior qualidade destas rodovias, parcela de ferrovias recuperadas e sistema portuário e com maior movimentação de carga e de passageiros. O transporte coletivo metropolitano e interurbano está mais organizado, com maior confiabilidade para os passageiros. Nos próximos anos, o Estado terá melhorada conectividade com ampliação da rede de fibra ótica e o aumento da velocidade de transmissão de dados. POR QUE TRANSPORTE E CONECTIVIDADE? A competitividade da economia e o pleno funcionamento das potencialidades econômicas dependem da uma infraestrutura de qualidade com eficiência e baixo custo de transporte da produção, especialmente a parte das atividades voltadas para os mercados regional e nacional, incluindo exportação (turismo, mineração, pesca e carcinicultura, e fruticultura irrigada). A existência de uma malha de estradas pavimentadas e com qualidade, assim como sua integração com outros modais, é fundamental para a competitividade do Rio Grande do Norte, da mesma forma que a rede de ferrovias que complementa o sistema no transporte de commodities e produtos de baixo valor agregado. A estes dois modais merece destacar a importância do sistema portuário, para transporte de longa distância, inclusive exportação, e aeroportuário, fundamental para o turismo. Por outro lado, é fundamental e urgente a melhoria do transporte de passageiros interurbanos e metropolitanos para aumentar a eficiência econômica das cidades e para assegurar o conforto e a qualidade de vida da população, reduzindo o tempo médio de deslocamento das pessoas. A integração da rede de cidades e a mobilidade nas grandes cidades e na metrópole são fatores decisivos da competitividade da economia. Finalmente, existe uma crescente demanda por serviços de comunicação e transmissão de dados e informação em alta velocidade que requer a ampliação das redes de fibra ótica, apoiada pela difusão via rádio. A conectividade da economia digital é fundamental para a melhoria dos negócios numa economia globalizada e tem grande relevância para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico. 88

90 COMO ESTAMOS? A infraestrutura de transporte interno do Rio Grande do Norte é estritamente rodoviária, com uma malha formada por rodovias federais e estaduais, com alto percentual de pavimentação, mas com baixa qualidade. O sistema de transporte coletivo metropolitano e interurbano do Rio Grande do Norte é muito precário com baixa qualidade e longos tempos de deslocamento, encarecendo a movimentação de cargas e comprometendo, principalmente, o conforto e a qualidade de vida da população norte-rio-grandense. O Rio Grande do Norte tem cerca de 4,5 mil quilômetros de estradas asfaltadas, apresentando o maior percentual de rodovias pavimentadas do Nordeste, cerca de 76,9% das rodovias (2015), mesmo quando se compara com os três grandes Estados da região, mantendo relativa estabilidade ao longo de mais de uma década, como mostra o gráfico 32. O percentual de pavimentação das rodovias do Rio Grande do Norte é muito superior ao da Bahia e do Ceará, mas ainda está abaixo do registrado em São Paulo que, em 2015, tinha 93,5% das suas rodovias pavimentadas. Gráfico 32. Percentual de rodovias pavimentadas no Rio Grande do Norte e Estados selecionados 100,0 93,6 93,5 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 75,2 76,9 71,7 68,4 63,6 61,5 56,0 51, Ceará Rio Grande do Norte Pernambuco Bahia São Paulo Fonte: CNT O alto percentual de pavimentação das rodovias do Rio Grande do Norte contrasta, contudo, com a baixa qualidade. Aproximadamente, 46,1% das rodovias do Estado têm qualidade ótima e boa qualidade. Depois de uma queda acentuada da qualidade em 2016, houve uma recuperação relevante em Esse percentual de qualidade das rodovias é o terceiro alto dos Estados do Nordeste. O RN fica atrás de AL e PB e está muito distante do nível apresentado por São Paulo que, em 2017, chegava a 77,8% O Governo do RN está investindo na restauração das rodovias do estado, como por exemplo, na RN 002 (de Monte Alegre à Lagoa Salgada), RN 160 (Monte Alegra à Brejinho) e a RN 316 (Monte Alegra à Brejinho). 89

91 Gráfico 33. Percentual de rodovias em bom e ótimo estado de conservação no Rio Grande do Norte e Estados selecionados 60% 50% 40% 30% 56,7% 46,1% 43,9% 39,4% 35,2% 20% 10% 0% 7,5% RN PB PE PI CE BA Fonte: CNT O sistema ferroviário potiguar está obsoleto e praticamente desativado, restringindo a multimodalidade do transporte de carga, e sem perspectiva de integração com a Ferrovia Transnordestina, em construção, e que articula o Nordeste (Suape, em Pernambuco e Pecem, em Fortaleza) ao Centro-oeste. Podem ser identificados alguns trechos ferroviários deteriorados e inutilizados no Estado e ferrovia de transporte urbano restrita ao entorno de Natal. Encontrar e viabilizar uma solução robusta para a reativação do sistema ferroviário potiguar e sua integração à malha nacional, no contexto de um projeto de desenvolvimento regional, é fundamental para a competitividade da economia estadual a médio e longo prazos. O Rio Grande do Norte tem três portos em operação - portos de Natal, Guamaré e Areia Branca - o segundo sendo um terminal da Petrobrás e Areia Branca dedicado exclusivamente ao transporte de sal. Entretanto, o porto de Natal enfrenta restrições para expansão devido à sua proximidade da cidade, que dificulta a implantação de conexão com ferrovias, e por conta de estrangulamentos das vias de acesso a caminhões. Atualmente, o porto de Natal tem uma capacidade de processamento de um milhão de toneladas/ano (dados de 2015 do CONDERN) muito abaixo de Suape com seus 30 milhões de toneladas. O Rio Grande do Norte conta, atualmente, com um moderno aeroporto que contribui para o transporte de carga de alto valor agregado e favorece a movimentação de passageiros, fundamental para o crescimento do turismo. O aeroporto Aluisio Alves, em São Gonçalo do Amarante, tem uma capacidade de 10 mil toneladas/ano (dado da INFRAERO), abaixo da capacidade do aeroporto de Pernambuco (14,3 mil toneladas/ano). O aeroporto comporta expansão do número de voos e deve ter construída uma segunda pista para aumento da movimentação. Cabe lembrar, por outro lado, que o Rio Grande do Norte é um dos poucos 90

92 Estados do Nordeste que tem uma refinaria de Querosene de Aviação (QAV), fator importante para implantação de hubs de transporte aéreo. Apesar da qualidade deste aeroporto, no que diz respeito à movimentação de passageiros, não houve crescimento nos voos nacionais, ao contrário do que ocorreu em quase todos os aeroportos do Brasil (exceto Acre e Sergipe). De 2010 a 2016 houve um crescimento do fluxo de passageiros nos Estados da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, com leve declínio a partir de 2014, ao mesmo tempo em que vem reduzindo no Rio Grande do Norte (ver gráficos). Nos voos internacionais, houve uma queda do fluxo de passageiros no Rio Grande do Norte, mas também nos três grandes Estados do Nordeste, embora tenha crescido continuamente em quase todos os aeroportos do Brasil, principalmente em São Paulo. Gráfico 34. Fluxo de Passageiros (voos domésticos) no Rio Grande do Norte e Estados comparados mil pessoas Bahia Ceará Pernambuco Rio Grande do Norte Fonte: Ministério do Turismo No terreno da conectividade digital, o Rio Grande do Norte ainda está bem atrasado, tendo uma pequena rede de fibra ótica, praticamente restrita à cidade de Natal, embora tenha a maior proporção de municípios conectados à internet do Nordeste (cerca de 86,2% do total). Por outro lado, de acordo com o Mais RN, apenas 30% dos domicílios potiguares possuem computador com internet e cerca de 32% dos municípios tem acesso à banda larga 3G 32. Esta realidade dos transportes e da conectividade contribui para situar o Rio Grande do Norte na 15ª posição do Ranking de Competitividade dos Estados do Centro de Liderança Pública (2016); embora transporte e conectividade não sejam os únicos pilares da competitividade, têm um papel importante na eficiência econômica do Estado. 32 FIERN - MAIS RN Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte 2016/ Análise Retrospectiva e Situação Atual da Economia Potiguar Capítulo 1 da Parte 1 Onde estamos e aonde queremos chegar. 91

93 AONDE QUEREMOS CHEGAR? Transporte público de passageiros UM CASO DE SUCESSO Gestão do Transporte Público de Recife A Região Metropolitana do Recife, a mais populosa e densamente povoada do Nordeste, é referência nacional em relação a formulação de propostas de melhoria na gestão de transporte público. O seu Serviço de Transporte Complementar de Passageiros (STPCP) passou, em meados de 2008, por um processo de reestruturação institucional, que marcou a criação do Consórcio Metropolitano de Transporte, um organismo de gestão metropolitana de transporte público com participação efetiva dos estados e dos municípios da região, cujas funções são planejar, gerenciar e controlar os serviços de transporte, gerenciar financeiramente o sistema, além de buscar recursos externos a ele e garantir a universalização de seu acesso. O STPCP dessa região é composto pelos sistemas rodoviário, operado por linhas de ônibus convencionais e articulados e ferroviário, que conta com duas linhas de metrô e uma linha de trem a diesel. O sistema de transporte sobre trilhos está conectado a uma rede de linhas de ônibus, caracterizando as viagens como modais ou multimodais, capaz de transportar mais de 1,4 milhões de passageiros por dia. Além desses dois modos, a Grande Recife também conta com ônibus acessíveis para facilitar a acessibilidade de usuários com dificuldade de mobilidade e cadeirantes. Toda essa frota de ônibus conta com tecnologias como GPS integrado e softwares de gestão e estima-se que até 2014, o sistema era composto por mais de 400 linhas e 2700 ônibus, operadas por 18 empresas, que eram responsáveis por realizar aproximadamente viagens por dia. OBJETIVO E METAS INDICATIVAS 1. Reorganizar e melhorar o sistema estadual de transporte público de passageiros i. Meta indicativa para 2022: Reduzir o tempo médio de deslocamento de passageiros (residência-trabalho) da Região Metropolitana de Natal dos atuais 31 minutos para 28 minutos em ii. iii. Meta indicativa para 2022: Elaborar, em parceria com as Prefeituras Municipais, planos de melhoria do transporte público de passageiros de Mossoró e cidades potiguares com mais de 50 mil habitantes Meta indicativa para 2022: Disponibilizar um plano de melhorias e modernizar a regulação do transporte coletivo intermunicipal ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 2. Implantar modelo de gestão metropolitana de transporte público de passageiros semelhante ao utilizado na Região Metropolitana do Recife (Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano) 92

94 i. Planejar e gerenciar o sistema de transporte ii. iii. iv. Contratar serviços de transporte por meio de licitação pública Regulamentar as atividades concedidas, reforçar a fiscalização e atualizar contratos de concessão Combater o transporte clandestino de passageiros à medida em que as soluções públicas mais econômicas e seguras sejam implantadas 3. Melhorar e ampliar a oferta de transporte público urbano i. Estimular a renovação da frota de transporte coletivo urbano ii. Estimular os municípios a implantar projetos urbanos de mobilidade, especialmente na região metropolitana (foco nos municípios de São José de Mipibu, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo, Extremoz e Ceará-Mirim) 4. Elaborar um plano geral de melhorias do sistema e modernizar a regulação do transporte coletivo intermunicipal no RN i. Assegurar a participação dos principais atores intervenientes no plano de melhorias do transporte coletivo intermunicipal ii. Modernizar e fortalecer a regulação e fiscalização do transporte coletivo intermunicipal 93

95 Transporte de cargas UM CASO DE SUCESSO Porto de Suape Pernambuco O porto de Suape, em Pernambuco, está entre os portos públicos no Brasil com mais conexões e representatividade comercial, com grandes quantidades de linhas regulares geral (Ro-Ro 33 e containers) e escalas. No Nordeste, é o porto que realiza maior número de movimentações de containers e graneis líquidos. Esse desempenho é fruto de um projeto realizado pela empresa Bosch com o Estado de Pernambuco e a operadora Mercosul Line, cujo objetivo principal era melhorar a distribuição de ferramentas elétricas e acessórios, desde a fábrica e centro de distribuição da empresa, localizados em São Paulo, até seus revendedores nordestinos, por meio da multimodalidade do processo. Assim, o Porto de Suape se beneficiou não apenas da sua posição geográfica, mas também dos esforços administrativos do Estado e de seu complexo portuário e hoje apresenta grande destaque na região. O seu crescimento em relação à cabotagem, de 2004 a 2014 foi muito expressivo, quase triplicando o movimento de navegação doméstica, especialmente de granéis líquidos e containers. No ano seguinte, em 2015, o porto assumiu a liderança na movimentação de cargas por cabotagem no ranking nacional de portos públicos e ganhou visibilidade como uma opção atraente para o longo curso, por sua posição geográfica e transit times competitivos, de 7 dias para Nova York, 9 dias para Roterdã e 14 para Durban. OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS 1. Melhorar, expandir e integrar o sistema estadual de transporte de cargas i. Meta indicativa para 2022: Iniciar a implantação de uma solução técnica robusta para o funcionamento e a integração competitiva do transporte de cargas do RN aos mercados regional, nacional e internacional. ii. Meta indicativa para 2022: Elevar o percentual de rodovias com ótimo e bom estado de conservação dos atuais 46% (2017) para 60% 33 Ro-Ro é a abreviatura de Rolll on-roll off, um tipo de cargueiro gigante para o transporte de automóveis e outros veículos, que permite que estes saiam e entrem dos navios por seus próprios meios 94

96 Gráfico 35. Evolução do percentual de rodovias com qualidade ótima e boa para alcance da meta em % 46% 49% 51% 54% 57% 60% 20% Nota: Supondo manutenção do percentual do dado oficial em 2017 e 2018 Fonte: Macroplan iii. iv. Meta indicativa para 2022: Pavimentar 400 quilômetros de rodovias ampliando o total dos atuais 4,5 mil quilômetros (2015) para 4,9 mil quilômetros em 2022 Meta indicativa para 2022: Elevar a capacidade de movimentação de carga do Porto de Natal de 805 mil toneladas (2017) para 1,2 milhões de toneladas em 2022 v. Meta indicativa para 2022: Elevar a capacidade de movimentação de carga do aeroporto Aluísio Alves das atuais 10 mil toneladas (2015) para 15 mil toneladas em 2022 ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Robustecer o Sistema Integrado de Transporte de Cargas i. Elaborar uma solução técnica robusta para o funcionamento e a integração competitiva do transporte de cargas e da logística do RN aos mercados regional, nacional e internacional com a participação de todos os atores públicos e privados relevantes para a iniciativa ii. Gerir integradamente a elaboração e atualização de projetos de expansão e melhoria de obras e capacidades de todos os modais do sistema de transporte de cargas do RN 2. Melhorar e expandir a malha rodoviária i. Realizar programa emergencial de recuperação e melhoria das rodovias estaduais em estado de conservação ruim ou péssimo 95

97 ii. iii. iv. Reavaliar todas as obras rodoviárias estaduais em andamento para racionalizar os cronogramas de execução e entregas e a alocação de recursos Implantar ação sistemática de manutenção das rodovias estaduais Conceder à iniciativa privada as rodovias estaduais com ótima qualidade e alta densidade v. Atrair investimento federal para a recuperação e ampliação das rodovias federais vi. Elaborar e viabilizar projeto da Rodovia Litorânea Setentrional com integração a polos turísticos 3. Ampliar a capacidade e aumentar a eficiência do sistema portuário do RN i. Elaborar projeto robusto de ampliação da capacidade e da eficiência do sistema portuário do Rio Grande do Norte no contexto do sistema portuário regional ii. Empreender esforço ativo e sistemático junto ao Governo Federal para melhoria da eficiência operacional e ampliação da capacidade do porto de Natal 4. Estimular a ampliação e melhoria do sistema aeroportuário do RN i. Estimular a consolidação do aeroporto Aluísio Alves como hub regional de transporte de cargas ii. iii. Melhorar a interligação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante à Região Metropolitana de Natal Diligenciar pela reativação do aeroporto de Mossoró 5. Empreender esforço ativo e sistemático para a reativação da malha ferroviária do RN e sua integração à Transnordestina, no contexto de um projeto federal de desenvolvimento regional i. Elaborar projeto robusto de reativação, expansão e integração do sistema ferroviário do Rio Grande do Norte à Transnordestina ii. Estimular a reativação de trechos da malha ferroviária atual 96

98 Conectividade OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS Ampliar e melhorar a conectividade digital do Rio Grande do Norte com acesso à internet de banda larga e alta velocidade i. Meta indicativa para 2022: ampliar pelo menos em 10% a rede de fibra ótica para acesso à internet de alta velocidade ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Melhorar e expandir a rede de fibra ótica i. Investir na implantação de rede de fibra ótica no Estado ii. iii. iv. Implantar conexão de fibra ótica nas unidades de ensino e nas instituições de pesquisa do Estado Implantar rede de fibra ótica em cidades polos do Estado Investir na implantação de rádio frequência em cidades pequenas e locais de difícil acesso v. Apoiar a expansão do Instituto Metrópole Digital 97

99 T R ANSPORTE E CONECTI V IDADE DO R N EM NÚMEROS Transportes Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente % do PIB Estadual de transportes, armazenagem e correio IBGE ,20% Transporte urbano Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Malha Rodoviária total (federal + estadual) (km) CNT/DNIT ,5 Malha Rodoviária pavimentadas no total (Federal + Estadual) (km) CNT/DNIT Proporção das rodovias classificadas como Ótima ou Boa CNT/DNIT ,1% Proporção das rodovias classificadas com pavimentação Ótima ou Boa Proporção das rodovias classificadas com sinalização Ótima ou Boa CNT/DNIT ,1% CNT/DNIT ,1% Frota total de veículos com placa que circulam no estado CNT/DNIT Quantidade de passageiros transportados por km em linhas interestaduais (superiores a 75 km) Quantidade de passageiros transportados por km em linhas interestaduais (inferiores a 75 km) CNT/DNIT CNT/DNIT Frota de ônibus RN DETRAN-RN jul/ Frota de ônibus Natal DETRAN-RN jul/ Frota de ônibus Mossoró DETRAN-RN jul/ Tarifa de ônibus Natal - mai/18 3,65 Tarifa de ônibus Mossoró - mai/18 3,3 Concessionárias de ônibus - Natal Dados Abertos Natal fev/18 6 Número de linhas de ônibus - Natal Dados Abertos Natal 1º sem Número médio mensal de passageiros de ônibus - Natal Dados Abertos Natal 1º sem Número médio mensal de viagens de ônibus - Natal Dados Abertos Natal 1º sem

100 Transporte Portos Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Quantidade de portos em operação MaisRN Capacidade Nominal Porto Natal (TEU) Plano Mestre - Porto Natal mil Movimentação total de cargas Porto de Natal (ton) CODERN Capacidade da área retro portuária Porto Natal (m²) CODERN jul/ Capacidade de armazém seco Porto Natal(m²) CODERN jul/ Capacidade de armazém frigorífico Porto Natal (ton) CODERN jul/ Embarque total de sal no Porto Areia Branca (ton) CODERN Capacidade de armazém de sal Porto Areia Branca (ton) CODERN jul/ *TEU representa a capacidade de carga de um container marítimo normal, de 20 pés de comprimento, 8 de largura e 8 de altura Transporte Aeroportos Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Aeroportos utilizados para voos domésticos regulares e não regulares CNT/DNIT Aeródromos públicos existentes ANAC jul/18 5 Aeródromos privados existentes ANAC jul/18 7 Volume de passageiros transportados (internacional) Ministério do Turismo Volume de passageiros transportados (nacional) Ministério do Turismo Carga paga despachada pelo transporte aéreo (mercado doméstico) CNT/DNIT Conectividade Percentual de moradores por domicílios permanentes que apresentam telefone (fixos e celulares) PNAD Contínua 4º trimestre de ,3% Percentual de domicílios permanentes que utilizam internet por banda larga PNAD Contínua 4º trimestre de ,5% Moradores em domicílios particulares permanentes que tem acesso a internet PNAD Contínua 4º trimestre de ,3% Percentual de pessoas, com mais de 10 anos, que utilizam a internet PNAD Contínua 4º trimestre de ,9% Percentual de domicílios permanentes que possuem microcomputadores ou tablets PNAD Contínua 4º trimestre de ,3% 99

101 T R ANSPORTE E CONECTI V IDADE DO RN EM MAPA S Figura 20. Infraestrutura de Transportes do Rio Grande do Norte Rodovias Federais Duplicadas Em Duplicação Pavimentadas Em Pavimentação Implementadas Em Leito Natural Planejadas Rodovias Estaduais Duplicadas Em Duplicação Pavimentadas Em Pavimentação Implementadas Em Leito Natural Planejadas Ferrovias Hidrovias Portos Aeroporto Intern. Aeroporto Nac. Fonte: Ministério dos Transporte 100

102 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos TRANSPORTES E CONECTIVIDADE Transporte Público de Passageiros Transporte de Cargas Conectividade Reorganizar e melhorar o sistema estadual de transporte público de passageiros Melhorar, expandir e integrar o sistema estadual de transporte de cargas Ampliar e melhorar a conectividade digital do Rio Grande do Norte com acesso à internet de banda larga e alta velocidade Reduzir o tempo médio de deslocamento de passageiros (residênciatrabalho) da Região Metropolitana de Natal de 31 minutos para 28 minutos Disponibilizar um plano de melhorias e modernizar a regulação do transporte coletivo intermunicipal Elaborar, em parceria com as Prefeituras Municipais, planos de melhoria do transporte público de passageiros de Mossoró e cidades potiguares com mais de 50 mil habitantes Iniciar a implantação de uma solução técnica robusta para o funcionamento e a integração competitiva do transporte de cargas do RN aos mercados regional, nacional e internacional Elevar o percentual de rodovias com ótimo e bom estado de conservação de 20,4% (2016) para 42% Pavimentar 400 quilômetros de rodovias ampliando o total de 4,5 mil km (2015) para 4,9 mil km Elevar a capacidade de movimentação de carga do Porto de Natal de 805 mil ton (2017) para 1,2 milhões de ton Elevar a capacidade de movimentaçã o de carga do aeroporto Aluísio Alves de 10 mil ton (2015) para 15 mil ton Ampliar pelo menos em 10% a rede de fibra ótica para acesso à internet de alta velocidade Implantar modelo de gestão metropolitana de transporte público de passageiros semelhante ao utilizado na Região Metropolitana do Recife (Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano) Planejar e gerenciar o sistema de transporte Contratar serviços de transporte por meio de licitação pública Regulamentar as atividades concedidas, reforçar a fiscalização e atualizar contratos de concessão Combater o transporte clandestino de passageiros à medida em que as soluções públicas mais econômicas e seguras sejam implantadas Melhorar e ampliar a oferta de transporte público urbano Estimular a renovação da frota de transporte coletivo urbano Estimular os municípios a implantar projetos urbanos de mobilidade, especialmente na região metropolitana (foco nos municípios de São José de Mipibu, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo, Extremoz e Ceará-Mirim) Elaborar um plano geral de melhorias do sistema e modernizar a regulação do transporte coletivo intermunicipal no RN Assegurar a participação dos principais atores intervenientes no plano de melhorias do transporte coletivo intermunicipal Modernizar e fortalecer a regulação e fiscalização do transporte coletivo intermunicipal Robustecer o Sistema Integrado de Transporte de Cargas Elaborar uma solução técnica robusta para o funcionamento e a integração competitiva do transporte de cargas do RN aos mercados regional, nacional e internacional com a participação de todos os atores públicos e privados relevantes para a iniciativa Gerir integradamente a elaboração e atualização de projetos de expansão e melhoria de obras e capacidades de todos os modais do sistema de transporte de cargas do RN Melhorar e expandir a malha rodoviária Realizar programa emergencial de recuperação e melhoria das rodovias estaduais em estado de conservação ruim ou péssimo Reavaliar todas as obras de rodoviárias estaduais em andamento para racionalizar os cronogramas de execução e entregas e a alocação de recursos Implantar ação sistemática de manutenção das rodovias estaduais Conceder à iniciativa privada as rodovias estaduais com ótima qualidade e alta densidade Atrair investimento federal para a recuperação e ampliação das rodovias federais Elaborar e viabilizar projeto da Rodovia Litorânea Setentrional com integração a polos turísticos Estimular a ampliação e melhoria do sistema aeroportuário portuário do RN Estimular a consolidação do aeroporto Aluísio Alves como hub regional de transporte de cargas Melhorar a interligação do aeroporto de São Gonçalo do Amarante à Região Metropolitana de Natal Diligenciar pela reativação do aeroporto de Mossoró Ampliar a capacidade e aumentar a eficiência do sistema portuário do RN Elaborar projeto robusto de ampliação da capacidade e da eficiência do sistema portuário do Rio Grande do Norte no contexto do sistema portuário regional Empreender esforço ativo e sistemático junto ao Governo Federal para melhoria da eficiência operacional e ampliação da capacidade do porto de Natal Empreender esforço ativo e sistemático para a reativação da malha ferroviária do RN e sua integração à Transnordestina, no contexto de um projeto federal de desenvolvimento regional Elaborar projeto robusto de reativação, expansão e integração do sistema ferroviário do Rio Grande do Norte à Transnordestina Melhorar e expandir a rede de fibra ótica Investir na implantação de rede de fibra ótica no Estado Implantar conexão de fibra ótica nas unidades de ensino e nas instituições de pesquisa do Estado Implantar rede de fibra ótica em cidades polos do Estado Investir na implantação de rádio frequência em cidades pequenas e locais de difícil acesso Apoiar a expansão do Instituto Metrópole Digital Estimular a reativação de trechos da malha ferroviária atual 101

103 102

104 6. RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO 103

105 VISÃO 2022 O Rio Grande do Norte melhora a segurança hídrica com aumento da disponibilidade de água e gestão eficiente dos usos alternativos. Eleva sua capacidade de convivência com os períodos de estiagem, seja com uma gestão ativa da demanda, seja como decorrência da ampliação da rede de reservatórios e da malha de distribuição e de água para consumo humano e irrigação, contando com estrutura de reservatórios e adutoras que permite a recepção das águas da transposição. POR QUE RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO? A oferta adequada e estável dos recursos hídricos é um fator decisivo da qualidade de vida da população e de grande relevância para as atividades econômicas, determinante da competitividade da economia. Esta importância aumenta quando se trata de um Estado, como o Rio Grande do Norte, que tem, aproximadamente, 93% do seu território no semiárido, com grande instabilidade pluviométrica e elevada evaporação e, mais ainda, pelo peso da agricultura irrigada na economia potiguar. COMO ESTAMOS? Embora conte com grandes reservatórios de água, o Rio Grande do Norte não tem ainda uma rede ampla e adequada de canais e adutoras para abastecimento estável no conjunto do território. A capacidade dos reservatórios do Rio Grande do Norte chega a 4,44 mil hm 3, capacidade fortemente concentrada no reservatório Armando Ribeiro Gonçalves na bacia do Alto Piranhas que representa 54% do total. A localização deste reservatório é estratégica por ser a região de maior produção de fruticultura irrigada Sistema de Acompanhamento de Reservatórios - ANA 104

106 Figura 21. Bacias hidrográficas do Rio Grande do Norte Fonte: Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (SEMARH), 2017 Com quase 40% de todos os reservatórios do Estado, médios e pequenos, a bacia do Apodi- Mossoró concentra 24,9% da capacidade total de acumulação de água. 35 Para uma comparação com o Estado que tem a melhor rede de acúmulo de água do Semiárido, o Ceará tem 141 reservatórios com capacidade para 18,26 mil hm³ que, embora concentrados no Alto Jaguaribe (Oros e Castanhão), representam apenas 6,7% do total do Estado. Por outro lado, Pernambuco tem uma capacidade total inferior à do Rio Grande do Norte, apenas 3,2 hm³, todos de pequeno porte (o maior tem apenas pouco mais de 300 mil hm³). 35 O estado do RN contará, no futuro, com a Barragem de Oiticica, um grande reservatório de água, com capacidade de armazenamento de cerca de 590 milhões de m³ de água, que em 2018 já se encontra 75% concluído e será o segundo maior reservatório do estado. 105

107 Figura 22. Rede hidrometeorológica do Rio Grande do Norte Fonte: IGARN Depois de vários anos de seca, atualmente, os reservatórios do Rio Grande do Norte acumulam apenas 61,5% da sua capacidade, sendo que o maior reservatório (Armando Ribeiro Gonçalves) tem apenas 28,1% da sua capacidade. Para não depender exclusivamente da retomada das chuvas, os reservatórios do semiárido devem receber água da transposição do São Francisco. O projeto conta com dois canais que desaguarão no Rio Apodi e no Rio Piranhas-Açú (Figura 23), ampliando a segurança hídrica da região e estimava-se que a oferta de água nas regiões mais secas seria dobrada e permitiria a manutenção de regularidade no abastecimento de canais e açudes. Essa transposição beneficiará principalmente as regiões de Caicó, Alto Apodi e grande parte da região Mossoroense (Figura 24). 106

108 Figura 23. Projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco Fonte: Ministério da Integração Nacional. Adaptação Macroplan

109 Figura 24. Municípios vizinhos aos futuros canais de transposição ESTIMATIVA DE CIDADÃOS BENEFICIADOS AREIA BRANCA Trecho 1 Trecho 2 Total MOSSORÓ CE APODI SÃO RAFAEL TRECHO 1 TRECHO 2 PB Fonte: Elaborado por Macroplan com base em dados do IBGE. Ocorre, contudo, que o Rio Grande do Norte não tem uma estrutura preparada para a recepção das águas dessa transposição como Ceará e Pernambuco. Algumas obras previstas e em andamento não avançaram com o ritmo e a abrangência necessária para melhor o aproveitamento das águas da transposição de modo a garantir a oferta estável de recursos hídricos no Estado, tanto para o consumo humano quanto para irrigação. Por outro lado, mesmo diante de uma restrição hídrica decorrente da irregularidade da precipitação pluviométrica e do índice de evaporação do semiárido, o Rio Grande do Norte ainda registra um elevado percentual de perda de água na distribuição de água potável. De acordo com estudo do instituto Trata Brasil, na distribuição, o Rio Grande do Norte perde cerca de 50% da água, muito acima da média do Brasil (38%), um dos piores desempenhos do Brasil (apenas seis Estados tem perda superior), como mostra o gráfico Segundo fontes do Governo do Estado um trabalho de melhoria vem sendo feito com a realização de obras nos sistemas de água e esgoto tais como: (i) ampliação e expansão dos sistemas de abastecimento de água (SAA) de Nova Parnamirim, Caicó, Assú e Pedências (ii) ampliação e expansão dos sistemas de esgotamento sanitário no bairros Quintas e Nordeste; zonas norte e sul de Natal, Macaíba e das Bacias BS e CS. 108

110 Gráfico 36. Perdas de água na distribuição dos Estados brasileiros (%) do consumo Goiás Tocantis Rio de Janeiro Matro Grosso Distrito Federal Minas Gerais Paraná Paraíba Espírito Santo São Paulo Santa Catarina Rio Grande do Sul Bahia Brasil Ceará Mato Grosso do Sul Pará Piauí Amazonas Alagoas Sergipe Rio Grande do Norte Rondônia Pernambuco Acre Maranhão Roraima Amapá Fonte: Trata Brasil Saneamento e Saúde 109

111 UM CASO DE SUCESSO Gestão de Recursos Hídricos no Ceará A política de gestão das águas no Ceará foi desenvolvida sob uma base conceitual e legal bem definida e conta com a Secretaria de Recursos Hídricos, criada em 1987, com o Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos (SIGERH) e com uma série de instrumentos de gestão e iniciativas, que ao longo do tempo, ajudaram a impulsionar o estado para o seu considerável sucesso nesse meio. Uma iniciativa muito importante foi o Pacto das Águas, desenvolvido entre os anos de 2007 e 2009, que resultou no Plano Estratégico Dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará, um plano construído de forma participativa e integrada com as instituições e organismos coligados do SIGERH e que busca abordar um aspecto multissetorial da gestão dos recursos hídricos, além de identificar alternativas e soluções para a segurança hídrica e estabelecer compromissos institucionais para a implementação das ações propostas. Assim, este instrumento passou a ser adotado também como a atualização do Plano Estadual de Recursos Hídricos, traçado em 1992 e, associado aos Planos de Bacias Hidrográficas, vem orientando a atuação do SIGERH. Hoje, o Estado tenta direcionar seus esforços para se antecipar, de forma estruturante, à ocorrência das secas mais prolongadas e severas que ocorrem na região semiárida, para isso, identificou a necessidade de otimizar a operação dos reservatórios, diversificar o uso de fontes hídricas alternativas, promover o uso racional da água, implantar sistemas mais eficientes de transferência e distribuição de água no território, monitorar as águas subterrâneas, fortalecer a gestão compartilhada e participativa da água e outras diversas ações estratégicas, com horizonte temporal de longo prazo. UM CASO DE SUCESSO Gestão de Saneamento pela iniciativa privada em Niterói A gestão de saneamento da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, é realizada pela iniciativa privada, pela empresa Companhia Águas de Niterói, pertencente ao grupo Águas do Brasil. Quando a empresa assumiu a concessão em 1999, no lugar da Cedae, apenas 330 mil dos 450 mil habitantes da cidade tinham acesso a água encanada e um número ainda menor contava com esgoto tratado. Como Niterói não apresenta manancial de água, a cidade precisa comprar o recurso diretamente da produção da Cedae (responsável por distribuir água para a capital do Rio de Janeiro e toda a sua região metropolitana). Dessa forma, de 1999 até o ano de 2014, a empresa permaneceu comprando, todo mês, uma quantidade de litros de água por segundo por dia, além de realizar um esforço no sentido de reduzir as perdas, o que foi suficiente para universalizar a distribuição de água na cidade. Essa mudança na gestão da distribuição de água permitiu aumentar, no intervalo de dois anos, 36% a quantidade de pessoas atendidas pelo serviço, sem que fosse necessário elevar o volume de água consumida pelo município. Segundo os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), em 2014, todos os 491,8 mil moradores de Niterói tinham acesso a água encanada e 92,8% da população, acesso a esgoto tratado. No intuito de diminuir perdas, a empresa construí ainda um centro de monitoramento e controle automatizado da rede de distribuição, rearranjou as equipes de manutenção de vazamentos, trocou o parque de hidrômetros e empreendeu uma cruzada contra ligações irregulares. Segundo o SNIS, em 2014, Niterói tinha percentual de perdas físicas ou de faturamento de 19,55%, enquanto a média nacional era de 37,7%. 110

112 Esses resultados colocaram Niterói como o terceiro melhor município em 2008 em relação a cobertura de água e esgoto e em 14º lugar na edição de 2013 do Ranking do Saneamento elaborado pelo Instituto Trata Brasil com os dados do SNIS. 37 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E METAS INDICATIVAS 1. Melhorar a segurança hídrica do Rio Grande do Norte para assegurar a regularidade do abastecimento humano e da agricultura irrigada i. Meta indicativa para 2022: Aumentar a disponibilidade de água para consumo humano e para irrigação, com melhoria na eficiência no uso dos recursos hídricos ii. iii. iv. Meta indicativa para 2022: Reduzir o percentual de perda na distribuição dos atuais 50% para 41% (nível semelhante ao do Ceará) Meta indicativa para 2022: Ampliar a rede de reservatórios e o sistema de distribuição dos recursos hídricos (açudes, adutoras e canais) Meta indicativa para 2022: Regularizar o abastecimento de água das cidades v. Meta indicativa para 2022: Ampliar a área irrigada dos atuais 50,6 mil hectares (2015) para 60 mil (9,4 mil hectares adicionais). ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 2. Estruturar e ampliar a rede de reservatórios (preparação para o recebimento das águas do São Francisco) i. Realizar estudos das obras estaduais de conexão das bacias hidrográficas do Estado ii. iii. iv. Finalizar obras no leito dos rios Apodi e Piranha-Açu Finalizar obras do perímetro irrigado da chapada do Apodi Implantar o perímetro irrigado do Mendubim v. Concluir segunda etapa do Baixo Assu vi. vii. Viabilizar reativação dos perímetros de irrigação paralisados Concluir a barragem de Oiticica 37 Fonte: VETTORAZZO L, Niterói amplia acesso à água com rede de distribuição automatizada, Folha de São Paulo, 11/2014. Disponível em: 111

113 3. Consolidar a gestão hídrica integrada de todo o Estado i. Consolidar e aprimorar o sistema de planejamento e gestão dos recursos hídricos do Estado ii. iii. iv. Oferecer apoio técnico aos municípios para implantação do sistema de gestão dos recursos hídricos Implantar medidas de reutilização e conservação de recursos hídricos Incentivar o reaproveitamento da água da chuva e reuso de água e esgotos tratados v. Promover o reflorestamento de matas ciliares 4. Melhorar a disponibilidade e a qualidade do abastecimento de água nas cidades i. Investir no sistema de distribuição para reduzir vazamentos estruturais nas tubulações, redes e ramais ii. Introduzir medidas gerenciais para melhoria urgente da eficiência operacional e o desempenho da CAERN 112

114 R E C U R S O S HÍDRICOS D O RN EM NÚMEROS Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Consumo de água per capita (litro / hab. dia) SNIS jan/18 113,77 Índice de perda de água na distribuição Trata Brasil jan/18 49,9% Índice de atendimento total de água SNIS jan/18 79,2% Índice de atendimento urbano de água SNIS jan/18 92,1% Índice de atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água SNIS jan/18 23,5% Índice de coleta de esgoto SNIS jan/18 27,9% Índice de tratamento de esgoto SNIS jan/18 78,9% Tarifa média de água (R$/m³) SNIS jan/18 3,66 Tarifa média de esgoto (R$/m³) SNIS jan/18 2,78 Capacidade Total dos Reservatórios (hm³) ANA/SAR jul/ ,02 Volume atual (% relação à capacidade total) ANA/SAR jul/18 30,98% Capacidade Reservatório Armando Ribeiro Gonçalves (hm³) Volume Reservatório Armando Ribeiro Gonçalves (hm³) Quantidade de municípios atendidos com abastecimento de água Quantidade de municípios atendidos com esgoto sanitário ANA/SAR jul/ ANA/SAR jul/18 675,23 SNIS jan/ SNIS jan/

115 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos RECURSOS HÍDRICOS Melhorar a segurança hídrica do Rio Grande do Norte para assegurar a regularidade do abastecimento humano e da agricultura irrigada Aumentar a disponibilidade de água para consumo humano e para irrigação, com melhoria na eficiência no uso dos recursos hídricos Reduzir o percentual de perda na distribuição dos atuais 50% para 40% Ampliar a rede de reservatórios e o sistema de distribuição dos recursos hídricos (açudes, adutoras e canais) Regularizar o abastecimento de água das cidades Ampliar a área irrigada de 50,6 mil hectares (2015) para 60 mil Estruturar e ampliar a rede de reservatórios (preparação para o recebimento das águas do São Francisco) Realizar estudos das obras estaduais de conexão das bacias hidrográficas do Estado Finalizar obras no leito dos rios Apodi e Piranha- Açu Finalizar obras do perímetro irrigado da chapada do Apodi Implantar o perímetro irrigado do Mendubim Concluir segunda etapa do Baixo Assu Viabilizar reativação dos perímetros de irrigação paralisados Consolidar a gestão hídrica integrada de todo o Estado Consolidar e aprimorar o sistema de planejamento e gestão dos recursos hídricos do Estado Oferecer apoio técnico aos municípios para implantação dos sistemas locais de gestão dos recursos hídricos Implantar medidas de reutilização e conservação de recursos hídricos Incentivar o reaproveitamento da água da chuva e reuso de água e esgotos tratados Melhorar a disponibilidade e a qualidade do abastecimento de água nas cidades Investir no sistema de distribuição para reduzir vazamentos estrutural nas tubulações, redes e ramais Introduzir medidas gerenciais para melhoria urgente da eficiência operacional e o desempenho da CAERN 114

116 7. AMBIENTE AMIGÁVEL PARA NEGÓCIOS E EMPRESAS 115

117 VISÃO 2022 O Rio Grande do Norte começa a melhorar seu ambiente de negócios, tornando-se mais atrativo para empresas e investimentos e gerando empregos para a sua população. Assim, progressivamente se torna um estado mais competitivo. Os investimentos atraídos e mantidos no estado geram mais renda e ajudam a melhorar outros indicadores do estado, inclusive a arrecadação tributária. PORQUE AMBIENTE DE NEGÓCIOS? O ambiente de negócios é o conjunto de fatores externos que influenciam as decisões de investir e produzir dos empresários em determinado país ou região. Tais fatores incluem a dimensão e o perfil do mercado, forma de atuação do governo, competição com outras empresas, burocracia, entre outros. Um ponto importante que liga o governo ao ambiente de negócios diz respeito à burocracia e regulamentação, principalmente para abrir, manter ou fechar empreendimentos, o que impacta o custo dos negócios consideravelmente. Um outro fator diretamente ligado à gestão pública é a cobrança de impostos, tanto pela carga tributária quanto pela facilidade de pagamento. Ter um ambiente mais amigável para empresários e investidores envolve tanto um esforço de longo prazo, como investimento em qualificação de mão-de-obra, segurança pública e infraestrutura, como também de curto prazo, como facilidade para conseguir documentos, licenças e permissões para operar, acesso a crédito e flexibilidade do mercado de trabalho. O avanço neste tema é essencial para melhorar a competitividade do Estado e de garantir a retomada do crescimento sustentado. COMO ESTAMOS? Medir a competitividade de uma região é uma tarefa das mais complicadas, principalmente em regiões mais desagregadas, como estados. Uma pesquisa que faz este levantamento no Brasil é publicada pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e tenta medir, com base em 65 indicadores, a competitividade de cada estado brasileiro. No ranking mais recente, de 2016, o Rio Grande do Norte ficou na quarta posição no Nordeste, atrás de Pernambuco, Ceará e Paraíba, além de conseguir apenas a 18ª posição no Brasil. Isso indica que o estado tem muito a avançar para se tornar competitivo a nível nacional e se destacar em sua região Segundo o Governo do Estado, o RN tem a REDESIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios) em todos os seus 167 municípios, e é referência nacional. 116

118 Gráfico 37. Nota no ranking geral de produtividade da CLP 2016 RN e os outros estados do Nordeste 50,3 48,1 47,8 44,5 42,3 34,3 34,1 28,5 15,9 PE CE PB RN BA MA PI SE AL Fonte: Centro de Liderança Pública. Ranking de Competitividade dos Estados 2016 Ambiente de negócios e competitividade Com o mundo cada vez mais globalizado, o ambiente de negócios de uma região se torna um importante diferencial na decisão de investir do empresário. No contexto brasileiro, isso fica ainda mais em evidência uma vez que as condições favoráveis aos negócios variam muito de um estado para outro. Ter um ambiente amigável para as atividades econômicas é essencial para que o estado seja competitivo e atraia mais investimentos, empregos e renda. Atualmente, o Rio Grande do Norte se encontra em uma posição abaixo da média do Brasil, na 18ª posição do ranking de competitividade do CLP. Além disso, há uma percepção generalizada no empresariado local de que existem bolsões de hostilidade no ambiente de negócios potiguar. A insegurança jurídica, falta de critério na aplicação de regulamentações, demora para obter licenças e permissões e burocracia custosa são alguns dos entraves normalmente citados pelos investidores do estado. Enquanto alguns fatores são mais difíceis e demorados para resolver, como qualificação da mão-de-obra e infraestrutura, as dificuldades ligadas à burocracia ou atuação da gestão pública em geral podem ser melhorados adotando boas práticas. Mais transparência da gestão pública, facilidade e agilidade para abrir empresas (inclusive conseguindo licenças cabíveis), maior flexibilidade nas regulamentações e simplificação de pagamento de impostos são exemplos de medidas que possuem alto impacto no ambiente de negócios sem gerar custos excessivos O Governo do RN promoveu um movimento de desburocratização na liberação das licenças ambientais, o que ajuda e acelera o processo de instalação de algumas empresas, contribuindo também para a geração de empregos no estado. 117

119 UM CASO DE SUCESSO Melhorias no Ambiente de Negócios Chileno O Chile foi um país que investiu bastante em melhorar seu ambiente de negócios, principalmente a partir dos anos Além da modernização da gestão pública, com políticas fiscais responsáveis e transparentes, gestão orientada para resultados e investimento na cobertura integral da educação básica, o país criou serviços voltados diretamente para as empresas, facilitando o processo de abrir e fechar um estabelecimento. No início dos anos 2010, foi aprovada a lei de criação de empresas em um dia, que consiste em um portal eletrônico online onde se pode solicitar e conseguir todas as permissões mais simples para atuar em até 24 horas (se houver alguma licença mais específica ou de maior complexidade, é preciso aguardar mais tempo). Esse tipo de serviço diminui sensivelmente os custos para começar a operar, já que o empreendedor consegue legalizar seu negócio e oferecer seus produtos e serviços em menos tempo. O governo chileno também atuou para facilitar ao máximo as exportações, tendo identificado o mercado externo como importante consumidor e motor para o crescimento da economia do país. A estratégia se mostrou vantajosa para o país, que chegou a ter mais de 40% do seu PIB vindo diretamente das exportações em meados dos anos Mais recentemente, esse valor caiu para em torno de 30%, mas ainda é uma parcela bastante relevante da produção chilena. AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E META INDICATIVA 1. Melhorar o ambiente de negócios do Estado em comparação ao de outros estados do Nordeste i. Meta indicativa para 2022: Melhorar a percepção dos investidores em relação ao ambiente de negócios do RN ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Garantir o bom funcionamento dos serviços públicos essenciais para o funcionamento do Estado ii. Melhorar a situação da segurança pública iii. Assegurar a transparência dos serviços e órgãos públicos iv. Oferecer maior estabilidade nas regras e regulamentos que interferem em negócios v. Ampliar o protagonismo do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos órgãos de controle na melhoria da segurança jurídica no Rio Grande do Norte 118

120 2. Reduzir a burocracia e facilitar as atividades produtivas i. Desburocratizar o processo de abertura, licenciamento e baixa de CNPJs através da expansão do sistema REDESIM RN ii. Simplificar obrigações e licenças não fundamentais, principalmente em micro e pequenas empresas iii. Realizar parcerias com Ministério Público e agências reguladoras para facilitar a adequação de negócios às exigências vigentes 3. Melhorar fatores de competitividade de negócios para atrair e reter negócios e gerar empregos privados i. Melhorar a qualificação da mão-de-obra potiguar, com investimento em educação de nível médio e profissional ii. Garantir uma boa qualidade de infraestrutura de transporte rodoviário e de portos iii. Estimular o desenvolvimento do mercado financeiro e de crédito, facilitando o investimento das empresas 119

121 AMBIENTE DE NEGÓCIOS DO RN EM NÚMEROS Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Nota no ranking de competitividade do CLP CLP ,5 Posição no ranking de competitividade do CLP CLP ª Escolaridade Média (25 anos ou mais) PNAD Contínua ,2 Percentual de matrículas no ensino técnico integrado ou concomitante em relação ao total do ensino médio INEP ,93% IDEB Ensino Fundamental I - Rede Pública INEP ,4 IDEB Ensino Fundamental II - Rede Pública INEP ,4 IDEB Ensino Médio - Rede Estadual INEP ,8 Taxa de homicídios por habitantes Atlas da Violência ,4 Taxa de CVLI por habitantes FBSP ,1 Taxa de roubo de veículos por veículos FBSP Taxa de furto de veículos por veículos FBSP ,9 Taxa de roubo a instituições financeiras por 100 instituições FBSP ,89 Taxa de mortalidade por DCNT por habitantes de 30 a 69 anos DATASUS ,3 Proporção de rodovias pavimentadas no total (Federal + Estadual) CNT/DNIT ,9% Proporção das rodovias classificadas como Ótima ou Boa CNT/DNIT ,4% PIB per capita (valores correntes) IBGE Nota no Ranking Nacional de Transparência MPF ,2 Taxa de congestionamento da justiça estadual (1º grau) CNJ ,7 120

122 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos AMBIENTE DE NEGÓCIOS Melhorar o ambiente de negócios do Estado em comparação ao de outros estados do Nordeste Melhorar a percepção dos investidores em relação ao ambiente de negócios do RN Garantir o bom funcionamento dos serviços públicos essenciais para o funcionamento do Estado Melhorar a situação da segurança pública Assegurar a transparência dos serviços e órgãos públicos Oferecer maior estabilidade nas regras e regulamentos que interferem em negócios Ampliar o protagonismo do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos órgãos de controle na melhoria da segurança jurídica no Rio Grande do Norte Reduzir a burocracia e facilitar as atividades produtivas Desburocratizar o processo de abertura, licenciamento e baixa de CNPJs através da expansão do sistema REDESIM RN Simplificar obrigações e licenças não fundamentais, principalmente em micro e pequenas empresas Realizar parcerias com Ministério Público e agências reguladoras para facilitar a adequação de negócios às exigências vigentes Melhorar fatores de competitividade de negócios para atrair e reter negócios e gerar empregos privados Melhorar a qualificação da mão-de-obra potiguar, com investimento em educação de nível médio e profissional Garantir uma boa qualidade de infraestrutura de transporte rodoviário e de portos Estimular o desenvolvimento do mercado financeiro e de crédito, facilitando o investimento das empresas 121

123 8. ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE INVESTIMENTOS 122

124 VISÃO 2022 Até 2022, o Rio Grande do Norte amplia a atração e a capacidade de retenção de investimentos produtivos privados e aumenta os investimentos públicos estaduais e a captação de investimentos federais estruturadores, contribuindo para a melhoria das vantagens competitivas do estado. POR QUE ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE INVESTIMENTOS? O crescimento da economia e a geração de emprego e renda no Estado dependem do aumento dos investimentos, públicos e privados, que ampliam a competitividade e elevam a capacidade produtiva. Finalmente, a atração e retenção de investimentos privados dependem da combinação de quatro fatores: (i) ambiente de negócios favorável do ponto de vista institucional ou regulatório; (ii) capacidade de sensibilização, atração de e negociação com potenciais investidores privados na forma de marketing das potencialidades e oportunidades de investimento no Estado e de um atendimento expedito e preciso às suas demandas de informações e contatos com autoridades públicas e investidores locais; (iii) vantagens competitivas dadas ou construídas por investimentos já realizados especialmente em capital físico (infraestrutura) e humano; e (iv) incentivos fiscais que oferecem um diferencial mas têm, como contrapartida, alguma forma de renúncia fiscal. Os investimentos públicos, estaduais ou federais, tendem a se concentrar nos componentes de competitividade infraestrutura, capacitação e inovação enquanto os investimentos privados, mesmo podendo ocupar espaços na infraestrutura, se orientam, normalmente, para as atividades produtivas, dinamizando a economia e ampliando a oferta de emprego. O investimento público estadual depende da situação fiscal com a disponibilidade de recursos para além do custeio e das despesas com pessoal e encargos e previdência social. Para a atração de investimento público federal são necessários a elaboração de bons projetos e o esforço de negociação técnica e política com as diferentes instâncias da União. COMO ESTAMOS? Mesmo com um baixo índice de investimento público, o Estado do Rio Grande tem atraído, nas últimas décadas, vários empreendimentos privados nacionais e mesmo internacionais para aproveitamento das suas potencialidades. Para se ter uma ideia, só em financiamento do Banco do Nordeste, foram injetados R$ 1,7 bilhões no Rio Grande do Norte em 2017, a maioria (65% ou R$ 1,10 bilhões) do FNE-Fundo Constitucional de Financiamento. Apesar da crise 123

125 Piauí Maranhão Rio Grande do Norte Bahia Paraíba Sergipe Ceará Pernambuc o Alagoas econômica nacional, com seus rebatimentos no Estado, este financiamento representou um aumento de 38% no que foi concedido em 2016 (dados oficiais do Banco do Nordeste). Este financiamento equivale a, aproximadamente, 2,6% do PIB (se for considerado o PIB de 2013 deflacionado supondo que não teve crescimento real de 2013 a 2017). Estimando que o Banco do Nordeste financia, em média, 60% do investimento, em 2017, teria havido um investimento de R$ 2,83 bilhões no Rio Grande do Norte alavancados por esta instituição de crédito, cerca de 4,7% do PIB do Estado. Em todo caso, no que se refere ao financiamento do FNE, houve um declínio de 2,86% de 2010 a 2017, passando de R$ 1.134,64 mil para R$ 1.102,14 a preços de 2017, tendo registrado uma queda drástica nos empréstimos de 2015 (apenas R$ 651,80 mil), como mostra a tabela comparando com os outros Estados. O maior declínio ocorreu no Ceará, queda de 7,86%, que, em todo caso, recebeu o quarto maior volume de financiamento, bem acima do que foi aplicado no Rio Grande do Norte. Tabela 4. Financiamento do FNE nos Estados do Nordeste 2010/2017 (a preços de 2017) Variação 2010/2017 Bahia 4.079, , ,25 0,61 Piauí 1.190, , ,10 10,18 Pernambuco 2.503, , ,72-2,08 Ceará 3.052, , ,29-7,86 Maranhão 1.429, , ,33 1,94 Rio Grande do Norte 1.134,64 651, ,14-0,41 Paraíba 823,62 690,97 903,08 1,32 Sergipe 678,92 407,20 604,38-1,65 Alagoas 716,25 471,34 448,53-6,47 Fonte: Banco do Nordeste Considerado apenas o financiamento do FNE, o Rio Grande do Norte recebeu, em 2017, cerca de 1,66% do PIB. Como mostra o gráfico 38, o Estado do Piauí se destaca do conjunto com quase seis porcento do PIB, mas o Rio Grande do Norte aparece como o terceiro maior beneficiário (em termos proporcionais) do Nordeste. Gráfico 38. Financiamento do FNE como percentual do PIB dos Estados do Nordeste ,83 1,88 1,66 1,62 1,51 1,33 1,23 1,19 0,94 Fonte: Banco do Nordeste 124

126 UM CASO DE SUCESSO A Investe São Paulo A Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade (INVESTE SÃO PAULO) é um Serviço Social Autônomo (SSA), pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública, vinculado por cooperação à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, autorizada a instituição por meio da Lei nº /2008 e instituída pelo Poder Executivo pelo Decreto nº /2008, com seu estatuto aprovado pelo Decreto nº /2008, do Estado de São Paulo. É a única representante do modelo Serviço Social Autônomo no âmbito do Governo do Estado de São Paulo, e uma entre as três dezenas de entidades no País. A agência INVESTE SÃO PAULO executa políticas que contribuem para a atração de novos investimentos nacionais e internacionais para o Estado de São Paulo, com o objetivo de estimular a competitividade da economia, a geração de emprego e renda para a população e a inovação tecnológica. A Agência fornece, gratuitamente, informações estratégicas que ajudam os investidores a encontrar os melhores locais para seus negócios, prestando assessoria ambiental, tributária e de infraestrutura, facilitando o relacionamento das empresas com instituições governamentais e concessionárias de serviços públicos. Estão ainda entre as atribuições da INVESTE SÃO PAULO prospectar novos negócios, recepcionar delegações estrangeiras, promover a imagem de São Paulo no Brasil e no exterior como principal destino de empresas na América Latina e propor ao Governo do Estado políticas que contribuam para a melhoria da competitividade de São Paulo. Além das competências definidas em Lei, a INVESTE SÃO PAULO tem como orientação de suas atividades a execução dos seguintes serviços: Apoio aos potenciais investidores em sua interlocução com órgãos públicos, com o objetivo de facilitar o processo de tomada de decisão e de implantação de novos empreendimentos. Apoio ao empreendedor para que ele identifique os melhores locais do estado para investir, de acordo com as necessidades de sua atividade: mão de obra, infraestrutura, logística, disponibilidade de fornecedores, mercado consumidor, meio ambiente, entre outros fatores. Fornecimento de informações pontuais e estratégicas sobre as melhores condições para se investir no estado de São Paulo. o o Articulação com entidades públicas e privadas relevantes para o processo de atração de investimentos: instituições públicas nos níveis estadual, municipal e federal; e instituições privadas, como concessionárias de serviços públicos, associações empresariais, entre outras. Articulação com os municípios visando: identificar oportunidades para atração de novos investimentos; apoiar os municípios na atração de empresas; e identificar entraves à competitividade e propor medidas para superá-los. MISSÃO: ser a porta de entrada das empresas que pretendem se instalar ou expandir seus empreendimentos no estado de São Paulo, gerando emprego e renda, além da melhoria contínua da competitividade e da imagem do estado. VISÃO: ser reconhecida como uma das melhores agências de promoção de investimentos no mundo, visando ao desenvolvimento econômico sustentável do estado de São Paulo Fonte: Mais RN Plano Estratégico de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte Capítulo

127 Já no tocante ao investimento público, dados da FIRJAN mostram que o Rio Grande do Norte investiu, em 2016, apenas 4,5% da Receita Corrente Líquida, sendo um dos Estados brasileiros com menor percentual de investimento. Este baixo investimento é o resultado do comprometimento de parcela significativa da receita com despesas de pessoal e encargos e com Previdência. Com efeito, o Rio Grande do Norte já ultrapassou o limite máximo definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal e tem um elevado déficit previdenciário: diante de uma receita equivalente a 12,7% da Receita Corrente Líquida, a Previdência teve, em 2016, um dispêndio com benefícios (aposentadoria e pensões) de 26%, gerando uma necessidade de financiamento de 13,4%, uma das mais altas dos Estados brasileiros (sétima maior). Gráfico 39. Investimento público como percentual da Receita Corrente Líquida dos Estados brasileiros Fonte: FIRJAN Publicações Sistema FIRJAN Pesquisas e Estudos Socioeconômicos Conjuntura Econômica abril de 2017 O ajuste fiscal é condição decisiva para que o estado possa captar mais empréstimos para investir. De fato, uma vez superada esta restrição fiscal, a capacidade de investimento do governo do Estado poderia ser ampliada de forma significativa através de financiamento na medida em que o Rio Grande do Norte tem o mais baixo índice de endividamento dos Estados brasileiros. Como mostra o gráfico 40, o endividamento do Rio Grande do Norte é apenas 3,1% quando a Lei de Responsabilidade Fiscal autoriza os Estados a se endividarem até 200% da Receita Corrente Líquida. Os Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais já ultrapassaram o limite legalmente autorizado apenas dois São Paulo e Alagoas tem compromissos superiores à Receita Corrente Líquida. 126

128 Gráfico 40. Dívida consolidada líquida (percentual da Receita Corrente Líquida) dos Estados brasileiros Fonte: FIRJAN Publicações Sistema FIRJAN Pesquisas e Estudos Socioeconômicos Conjuntura Econômica abril de 2017 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS 1. Ampliar a atração e retenção de investimentos privados para o RN i. Meta indicativa para 2022: Dobrar o volume de investimentos em novos empreendimentos privados no RN ii. Meta indicativa para 2022: Aumentar o financiamento do FNE dos atuais 1,66% do PIB do Estado para 1,8%, em 2022 (pouco menos do percentual recebido pelo Maranhão em 2017) 2. Elevar o investimento público i. Meta indicativa para 2022: Aumentar o percentual do investimento público estadual na Receita Corrente Líquida dos atuais 4,5% (2016) para 5,4% (nível de Pernambuco em 2016) 3. Ampliar a captação de recursos federais ou de instituições financeiras para investimentos estruturantes no Estado 127

129 i. Meta indicativa para 2022: Dobrar o volume de investimentos com recursos de terceiros em empreendimentos estruturantes no RN ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Implantar e operar o Investe-RN - agência público-privada de atração de investimentos i. Criar e implantar a INVESTE-RN, Serviço Social Autônomo (SSA), pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública conforme modelo proposto no Plano Mais RN (Capítulo 10) ii. Organizar e cumprir, em conjunto com investidores locais, uma agenda de missões no país e no exterior para atração de novos negócios e investimentos privados para o Rio Grande do Norte 2. Implantar e operar um processo poupa tempo (fast track) para receber, analisar e licenciar projetos de investimento no RN i. Fazer benchmarking de casos de sucesso em outros estados ou grandes cidades do Brasil ii. Desenhar, testar, implantar e operar processo adaptável ao RN, garantindo estreita articulação com todos os órgãos e poderes envolvidos 3. Organizar operação sistemática de captação de recursos a fundo perdido e de empréstimos federais, estrangeiros ou internacionais, para financiar investimentos de interesse estratégico para o Estado i. Inventariar e avaliar os investimentos públicos em andamento; e identificar e priorizar as principais necessidades de investimentos estruturantes no RN ii. iii. Elaborar estudos e projetos para captação de investimentos, incluindo identificação de fontes e modalidades (fundo perdido, PPPs, concessões, empréstimos e outros) Organizar e manter equipe especializada para executar e gerir um esforço continuado, coordenado e organizado do Governo Estadual na captação de recursos junto às fontes selecionadas 128

130 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE INVESTIMENTOS Ampliar a atração e retenção de investimentos privados para o RN Elevar o investimento público Ampliar a captação de recursos federais ou de instituições financeiras para investimentos estruturantes no Estado Dobrar o volume de investimentos em novos empreendimento s privados no RN Aumentar o financiamento do FNE de 1,66% do PIB do Estado para 1,8% Aumentar o percentual do investimento público estadual na Receita Corrente Líquida de 4,5% (2016) para 5,4% Dobrar o volume de investimentos com recursos de terceiros em empreendimento s estruturantes no RN Implantar e operar o Investe-RN - agência público-privada de atração de investimentos Criar e implantar a INVESTE-RN, Serviço Social Autônomo (SSA), pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse coletivo e de utilidade pública conforme modelo proposto no Plano Mais RN (Capítulo 10) Organizar e cumprir, em conjunto com investidores locais, uma agenda de missões no país e no exterior para atração de novos negócios e investimentos privados para o Rio Grande do Norte Implantar e operar um processo poupa tempo (fast track) para receber, analisar e licenciar projetos de investimento no RN Fazer benchmarking de casos de sucesso em outros estados ou grandes cidades do Brasil Desenhar, testar, implantar e operar processo adaptável ao RN, garantindo estreita articulação com todos os órgãos e poderes envolvidos Organizar operação sistemática de captação de recursos a fundo perdido e de empréstimos federais, estrangeiros ou internacionais, para financiar investimentos de interesse estratégico para o Estado Inventariar e avaliar os investimentos públicos em andamento; e identificar e priorizar as principais necessidades de investimentos estruturantes no RN Elaborar estudos e projetos para captação de investimentos, incluindo identificação de fontes e modalidades (fundo perdido, PPPs, concessões, empréstimos e outros) Organizar e manter equipe especializada para executar e gerir um esforço continuado, coordenado e organizado do Governo Estadual na captação de recursos junto às fontes selecionadas 129

131 9. PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO NAS EMPRESAS 130

132 VISÃO 2022 As empresas e empresários do Rio Grande do Norte intensificam e diversificam o seu esforço para aumentar a produtividade e melhorar sua capacidade de inovação. Também se observa uma melhoria contínua na capacidade de pesquisa e desenvolvimento das universidades e instituições tecnológicas, com maior interação com as empresas levando a um pequeno, mas consistente aumento da produtividade das empresas nos setores de maior potencial de desenvolvimento no Estado. Start-Ups se multiplicam, especialmente no campo da economia digital, dinamizando o ecossistema de inovação potiguar. POR QUE PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO? A competitividade das nações (e dos Estados brasileiros) depende cada vez mais do ambiente de inovação que pressupõe condições institucionais, capacidade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, e interação entre empresas e institutos de pesquisa. O nível de produtividade das empresas, fundamental para sua posição no mercado globalizado, depende, por outro lado, da postura inovadora dos empresários e da sua capacidade de introdução de novos processos e produtos. Além do nível de qualificação da mão de obra que permita aos funcionários acompanhar os avanços tecnológicos. Com uma economia fortemente integrada à economia nacional e com vínculos de alguns setores ao mercado internacional, o desempenho do Rio Grande do Norte está diretamente ligado à capacidade de inovação e seu resultado na produtividade das empresas, acompanhando as mudanças do ambiente externo ao Estado. COMO ESTAMOS? Embora não existam dados oficiais sobre a postura inovadora das empresas do Rio Grande do Norte (a pesquisa PINTEC do IBGE inclui apenas os grandes Estados do Nordeste, Bahia, Pernambuco e Ceará) 41, há uma percepção de que o empresariado potiguar inova muito pouco, acomodado com processos produtivos tradicionais, apresenta limitada cooperação com as instituições de pesquisa e praticamente não investe em pesquisa e desenvolvimento de processos e novos produtos. A capacidade científica e tecnológica do Rio Grande do Norte é relativamente baixa (medida pelo número de pesquisadores ativos), contando, em 2016, com apenas pesquisadores ativos que representavam por milhão de habitantes. Embora seja o 14º no número de pesquisadores ativos entre os Estados brasileiros, o número de pesquisadores do Rio Grande do Norte representa cerca de 2,1% do total dos 41 Mesmo nesses três Estados, quando as empresas falam em inovação, quase se limitam à simples aquisição e introdução de novos equipamentos nos processos produtivos, mais modernização que inovação. 131

133 pesquisadores do Brasil, bem mais do que a contribuição do Estado ao PIB brasileiro (apenas 0,97%). Em 2016, o Rio Grande do Norte tinha o quinto contingente de pesquisadores do Nordeste, abaixo apenas da Bahia, de Pernambuco, do Ceará e da Paraíba, mas aparecia em segundo no número de pesquisadores por milhão de habitantes, atrás apenas da Paraíba, como mostra o gráfico 41: Gráfico 41. Quantidade de pesquisadores e a proporção de pesquisadores por milhão de habitantes no Rio Grande do Norte e nos Estados do Nordeste Pesquisador Pesquisador por milhão de habitantes Fonte: CNPq Nos últimos anos, o número de pesquisadores no Rio Grande do Norte vem crescendo rapidamente, tendo saltado de 2.860, em 2010, para os atuais (2016), aumento de 66% em apenas seis anos (na média, a cada ano, 314 novos pesquisadores passam a atuar no Rio Grande do Norte). A capacidade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico do Rio Grande do Norte vem melhorando, como mostram os dados, mas ainda é bem modesta mesmo quando se compara com outros Estados do Nordeste, como a Paraíba. Vale lembrar que o Estado de São Paulo tinha no mesmo ano de 2016 quase dez vezes mais pesquisadores que o Rio Grande do Norte (45.204) embora com uma população também muito superior (pesquisador por milhão de habitante era apenas 1.010). O governo do Rio Grande do Norte destina cerca de 1,39% da receita total em ciência e tecnologia (2015), sendo o terceiro que mais gasta (percentualmente) no Nordeste, abaixo apenas da Paraíba (1,80%) e da Bahia (1,78%). Este dispêndio público do governo do Rio Grande registrou um rápido crescimento em 2009, chegando a 1,36% com tendência à flutuação em torno deste percentual (ver gráfico 42). 132

134 Gráfico 42. Percentual do dispêndio em ciência e tecnologia do Governo do Estado do Rio Grande do Norte em relação às receitas totais ,4 1,4 1,2 1,4 1,3 1,4 1,0 0,2 0,3 0,5 0,4 0,4 0,3 0,5 0,3 0, Fonte: MCTIC A melhora da capacidade científica e tecnológica e do dispêndio público em C&T não se traduz em inovação na medida em que existe um descolamento quase completo entre as instituições de pesquisa e as empresas do Rio Grande do Norte dificultando a incorporação de melhoria e inovações no setor produtivo. O que se reflete na baixa produtividade do trabalho no Estado. Em 2015, a produtividade do trabalho no Rio Grande do Norte era igual a R$ ,00 mil reais por trabalhador, acima da média do Nordeste (R$ 9.113,00) mas abaixo da média do Brasil (R$ ,00), como mostra o gráfico 43. No período de dez anos (2005/2015), a produtividade do Rio Grande do Norte cresceu lentamente, apenas 0,56% ao ano, assim mesmo em ritmo mais acelerado que o Brasil com apenas 0,29% ao ano; o Nordeste, que tem a mais baixa produtividade, teve crescimento bem maior no período, cerca de 1,98% ao ano. Gráfico 43. Produtividade do Rio Grande do Norte, Nordeste e Brasil VAB em R$ mil/trabalhador (a preços constantes de 2002) 16,00 14,00 14,1 14,3 14,5 12,00 10,00 8,00 10,3 10,9 10,9 7,5 8,6 9,1 6,00 4,00 2,00 - Brasil Rio Grande do Norte Nordeste Fonte: IBGE 133

135 UM CASO DE SUCESSO Investimento em P&D no Ceará A multinacional Schneider Electric, especializada em produtos e serviços para distribuição elétrica, controle e automação industrial, possui mais de 7 mil pontos de venda no Brasil e cinco fábricas em diferentes estados do país. Uma delas, localizada em Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, apresenta bons resultados para a empresa, o que a faz investir em P&D na região. A fábrica possui mão de obra intelectual 100% local, gera produtos com uma qualidade excelente, respondeu, no início de 2018, por quase metade de toda a demanda nacional atendida pela multinacional e em nível mundial, apresenta destaque por ser uma das poucas que conta com uma equipe própria responsável pela área de pesquisa e desenvolvimento de produtos, visando também a inovação. Esse grupo de pesquisadores é resultado de uma parceria da Schneider com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e é formado por profissionais nativos do Estado. Com esse nível de qualidade e especialização, a empresa pretende, nos próximos anos, expandir seu mercado para a América do Sul e retornar 5% do faturado na fábrica cearense em forma de investimento para ela própria, na área de P&D. AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS 1. Aumentar a competitividade e o nível tecnológico das empresas do Rio Grande do Norte i. Meta indicativa para 2022: Elevar a produtividade da economia do Rio Grande do Norte dos atuais (2015) R$ ,00/trabalhador para R$ ,00 em 2022, resultado de um crescimento médio de 0,63% ao ano (de 2005 a 2015 foi registrado um crescimento de 0,56% ao ano) 134

136 Gráfico 44. Tendência de Crescimento da Produtividade do Rio Grande do Norte e Meta de evolução da produtividade 2015/2022 VAB em R$ mil/trabalhador (a preços constantes de 2002) 11,5 11,4 11,3 11,2 11,1 11,0 10,9 10,8 10,7 10,6 10,5 11,3 10,7 10,9 Meta 11,42 Resultado tendencial 11,37 Rio Grande do Norte Tendência últimos dez anos Trajetória meta indicativa Fonte: IBGE. Elaboração Macroplan ii. iii. Meta indicativa para 2022: Aumentar o percentual das empresas do Rio Grande do Norte que inovam (introduzem melhorias ou novos processos e produtos) Meta indicativa para 2022: Aumentar o número de pesquisadores dos atuais (2016 CNPq) para em 2022, ultrapassando o número atual de Pernambuco, como resultado de um crescimento médio anual de 4% (de 2010 a 2016 houve um crescimento anual de 9%). Gráfico 45. Meta de evolução do Número de Pesquisadores / ,5 6010,5 5010, ,5 3010, ,5 1010,5 10,5 Rio Grande do Norte Trajetória meta indicativa 135

137 ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Estimular programas de melhoria da produtividade e inovação tecnológica das empresas i. Fomentar melhoria da produtividade e qualidade nas empresas ii. iii. iv. Fomentar a inovação e a incorporação de novas tecnologias pelas empresas Estimular a cooperação das instituições de pesquisa com o setor produtivo (articulação da pesquisa com as demandas de inovação e desenvolvimento tecnológico) Apoiar e inserir metas para qualificação profissional das empresas v. Fomentar a ampliação do acesso das empresas potiguares aos benefícios da lei federal de inovação 2. Promover o fortalecimento das instituições de pesquisa e a formação de recursos humanos i. Consolidar e fortalecer os centros de excelência atuantes no Rio Grande do Norte (incluindo universidades) ii. iii. iv. Promover a criação de novos centros de excelência Fomentar a formação e a atração de pesquisadores Explorar alternativas de financiamento do amparo à pesquisa 136

138 PRODUTIVIDADE E INOV AÇÃO DO R N EM NÚMEROS Indústria RN Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente PIB Industrial RN (R$) CNI jul/18 10,7 bilhões Número de empresas industriais no RN CNI Número de trabalhadores empregados na indústria CNI jul/ Rede de Ensino Superior UERN Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Escolaridade Média (25 anos ou mais) PNAD Contínua ,2 Total de alunos matriculados no ensino superior UERN UERN Percentual de matrículas no ensino técnico integrado ou concomitante em relação ao total do ensino médio Docentes efetivos ou provisórios no ensino superior UERN INEP ,93% UERN Cursos presenciais no ensino superior UERN UERN Técnicos efetivos ou provisórios no ensino superior UERN UERN Pesquisas Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Produtividade do trabalho no RN (R$/trabalhador) IBGE mil Número de pesquisadores ativos no RN CNPq Percentual de pesquisadores do Brasil que são norte riograndense Percentual da receita total investido em ciência e tecnologia pelo governo do RN CNPq ,1% MCTIC ,39% Patentes e Marcas Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Número de Patentes no RN INPI Proporção patentes RN em relação ao total de patentes brasileiras INPI ,71% Número de Marcas no RN INPI

139 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos PRODUTIVIDADE E INOVAÇÃO Aumentar a competitividade e o nível tecnológico das empresas do Rio Grande do Norte Elevar a produtividade da economia do Rio Grande do Norte dos atuais (2015) R$ ,00/trabalhador para R$ ,00 em 2022, resultado de um crescimento médio de 0,63% ao ano Aumentar o percentual das empresas do Rio Grande do Norte que inovam (introduzem melhorias ou novos processos e produtos) Aumentar o número de pesquisadores de (2016 CNPq) para 6.140, como resultado de um crescimento médio anual de 4% Estimular programas de melhoria da produtividade e inovação tecnológica das empresas Fomentar melhoria da produtividade e qualidade nas empresas Fomentar a inovação e a incorporação de novas tecnologias pelas empresas Estimular a cooperação das instituições de pesquisa com o setor produtivo (articulação da pesquisa com as demandas de inovação e desenvolvimento tecnológico) Apoiar e inserir metas para qualificação profissional das empresas Fomentar a ampliação do acesso das empresas potiguares aos benefícios da lei federal de inovação Promover o fortalecimento das instituições de pesquisa e a formação de recursos humanos Consolidar e fortalecer os centros de excelência atuantes no Rio Grande do Norte (incluindo as Universidades) Promover a criação de novos centros de excelência Fomentar a formação e a atração de pesquisadores Explorar alternativas de financiamento do amparo à pesquisa 138

140 10. GERAÇÃO DE RECEITAS PÚBLICAS 139

141 Bilhões VISÃO 2022 O Rio Grande do Norte aumenta a receita pública com melhoria da arrecadação contribuindo para o equilíbrio fiscal e a elevação da capacidade de investimento público do Estado com maior da eficiência na gestão e sem alteração da carga tributária. POR QUE GERAÇÃO DE RECEITA? Os gastos e investimentos públicos têm um papel fundamental na prestação de serviços à sociedade e na promoção das condições de competitividade da economia principalmente em educação, infraestrutura e inovação, criando as bases para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Mais ainda em um Estado, como o Rio Grande do Norte, com enorme necessidade de iniciativas e projetos governamentais para promoção da competitividade e aumento da oferta de serviços públicos de qualidade. COMO ESTAMOS? O Rio Grande do Norte registrou, em 2017, uma receita total de R$ 10,58 bilhões (2017), o que representa, aproximadamente, 18,5% do PIB (cálculo com PIB de 2015, último ano com dado oficial disponível). Nos últimos anos, a receita total do Estado vem declinando continuamente, depois um longo período de crescimento de 2005 a 2013, como mostra o gráfico 46. Gráfico 46. Receita total do Estado do Rio Grande do Norte R$ bilhões (a preços de 2017) 2005/ ,07 11,31 10,43 11,93 11,24 12,92 12,25 11,53 10,41 10,58 9 8,57 9, , Fonte: Balanços Consolidados do RN. Disponível em: Deflator: IPCA No mesmo ano (2017), o governo do Rio Grande do Norte teve uma despesa (autorizada/empenhada) de R$ 11,33 bilhões, do que resultou um déficit de R$ 754,46 milhões. Ao longo dos 12 anos (2005 a 2017), o Estado acumulou déficits continuados, 140

142 Bilhões alcançado o auge em 2009 (cerca de R$ 2,77 bilhões) embora declinando no período mais recente com a despesa acompanhando a queda da receita. Gráfico 47. Déficit orçamentário do Rio Grande do Norte (a preços de 2017) Receita Despesa empenhada/autorizada Déficit Fonte: Balanços Consolidados do RN. Disponível em: Deflator: IPCA Fatores estruturais e conjunturais contêm o aumento da receita pública do Rio Grande do Norte e levam ao seu declínio é contida por três fatores combinados: alta informalidade da economia associada à sonegação (a informalidade do estado alcançou quase 50% dos trabalhadores empregados no primeiro trimestre de 2018), renúncia fiscal decorrente dos incentivos fiscais, e persistência de elevada dívida ativa, estimada pela Procuradoria Geral do Estado em R$ 7,5 bilhões. 42 A recuperação de parte dessa dívida ativa (boa parte da dívida é considerada irrecuperável ) é uma das alternativas para gerar receitas extraordinárias e ajudar a equilibrar as contas públicas no curto prazo. 42 Fonte: 141

143 UM CASO DE SUCESSO Estado e Município de São Paulo Tanto o estado quanto o município de São Paulo são bons exemplos de geração de receitas extraordinárias. O Governo do Estado é controlador da Companhia Paulista de Securitização, cujo objetivo é a aquisição de direitos creditórios de titularidade do Estado de São Paulo, originários de créditos tributários e não tributários e a estruturação e implementação de operações envolvendo emissão de valores mobiliários. Em outras palavras, a companhia utiliza os recebíveis do Estado para emitir títulos mobiliários, como debêntures, e comercializa esses títulos no mercado de capitais, a fim de obter recursos para o tesouro estadual. Essa é uma forma mais prática de gerar receita através da dívida ativa do Governo do Estado, além de representar um fluxo de caixa de curto prazo. 43 Já no município de São Paulo, o exemplo de geração de receitas vem da Secretaria de Desestatização e Parcerias, responsável pelo Plano Municipal de Desestatização. O Plano consiste em uma lista de serviços e ativos que podem ser alvos de desestatização, ou seja, que possam através de concessão, Parceria Público Privada ou privatização, ser geridos pela iniciativa privada, desonerando a prefeitura. Além de estudar e propor as áreas ou serviços a serem privatizados, também foi criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Social, onde ficariam depositadas as receitas oriundas das desestatizações. A existência do Fundo garante que essas receitas não serão utilizadas com custeio, e sim com investimentos em áreas prioritárias, como saúde, educação ou habitação. A Secretaria já obteve sucesso na criação e aprovação de alguns Projetos de Lei (PLs), como a concessão do Mercado de Santo Amaro e do Complexo do Pacaembu, sendo uma importante fonte de receita e de desoneração da Prefeitura de São Paulo. 44 AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS 1. Ampliar a receita pública estadual sem aumento da carga tributária i. Meta indicativa para 2022: Aumentar a receita pública em 10% (a preços constantes) passando dos atuais R$ 10,6 bilhões (2017) para cerca de R$ 11,6 bilhões (2022) 2. Recuperar parte da dívida ativa e gerar outras receitas extraordinárias i. Meta indicativa para 2022: Gerar receita extraordinária até 2022 com a venda de ativos ii. Meta indicativa para 2022: Recuperar pelo menos 20% da dívida ativa estadual ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Manter esforço de melhoria contínua da capacidade de arrecadação i. Intensificar a digitalização e a automação da arrecadação 43 Fonte: 44 Fonte: 142

144 ii. iii. iv. Combater a sonegação de impostos Intensificar processo de formalização de empresas Adotar política de tolerância zero com devedores reincidentes sem justa causa 2. Revisar e aprimorar o sistema de incentivos fiscais i. Reavaliar periodicamente todas as isenções de impostos e taxas concedidas, de forma transparente e segundo critérios objetivos de efetividade e economicidade ii. iii. iv. Realizar simulações para avaliar relação entre incentivos (renúncia) e impactos na receita total Analisar modelos de incentivos fiscais de outros Estados (benchmarking) Definir novo sistema de isenções fiscais mais eficiente e com impacto positivo na receita total (renúncia/arrecadação adicional) v. Negociar novo modelo com os beneficiários respeitando os contratos firmados e os direitos adquiridos 3. Securitizar os recebíveis da dívida ativa i. Analisar o perfil da dívida ativa e as características de sua recuperação ii. iii. iv. Fazer benchmarking das melhores práticas no Brasil (níveis estadual e municipal) Efetuar a modelagem jurídica e econômico-financeira das operações de securitização Aprovar as medidas legislativas necessárias inclusive para assegurar segurança jurídica às operações 4. Vender ativos imobiliários i. Atualizar inventário geral dos bens imóveis do Estado e definir estratégia específica de desmobilização e destinação dos ativos imobiliários ii. iii. Efetuar a modelagem jurídica e econômico-financeira das operações de venda ou realocação dos ativos imobiliários Aprovar as medidas legislativas necessárias inclusive para assegurar segurança jurídica às operações 143

145 iv. Assegurar gestão especializada e profissional da operação de venda ou realocação dos ativos imobiliários IV. Privatizar estatais e realizar concessões de serviços públicos ao setor privado i. Fazer benchmarking das melhores práticas e casos de sucesso no Brasil (níveis federal, estadual e municipal) ii. iii. iv. Realizar avaliação das empresas e/ou serviços do Estado passíveis de privatização ou concessão Definir estratégia de privatização ou concessão com ampla discussão pública do tema e em parceria com o BNDES Aprovar as medidas legislativas necessárias inclusive para assegurar segurança jurídica às operações v. Assegurar gestão especializada e profissional das operações de privatização e concessão 144

146 F I NANÇAS DO RN EM NÚMEROS Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente PIB, em reais de 2015 IBGE Receita arrecadada, em reais SIAF/RN Despesa empenhada, em reais SIAF/RN Despesa bruta com pessoal, em reais (todos os Poderes) Despesa bruta apenas com pessoal ativo, em reais (todos os Poderes) Despesa bruta com pessoal inativo e pensionistas, em reais (todos os Poderes) SIAF/RN SIAF/RN SIAF/RN Receita Corrente Líquida (RCL), em reais SIAF/RN Orçamento do Legislativo, em reais per capita Orçamento do Judiciário, em reais per capita Lei Orçamentária Anual Lei Orçamentária Anual , ,94 Déficit orçamentário do Balanço Geral Consolidado SIAF/RN

147 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Objetivos GERAÇÃO DE RECEITAS PÚBLICAS Ampliar a receita pública estadual sem aumento da carga tributária Recuperar parte da dívida ativa e gerar outras receitas extraordinárias Aumentar a receita pública em 10% (a preços constantes) passando de R$ 10,6 bilhões (2017) para cerca de R$ 11,6 bilhões (2022) Gerar receita extraordinária até 2022 com a venda de ativos Recuperar pelo menos 20% da atual dívida ativa estadual Manter esforço de melhoria contínua da capacidade de arrecadação Intensificar a digitalização e a automação da arrecadação Combater a sonegação de impostos Intensificar processo de formalização de empresas Dar tratamento diferenciado aos bons pagadores Adotar política de tolerância zero com devedores reincidentes sem justa causa Revisar e aprimorar o sistema de incentivos fiscais Reavaliar periodicamente todas as isenções de impostos e taxas concedidas, de forma transparente e segundo critérios objetivos de efetividade e economicidade Realizar simulações para avaliar relação entre incentivos (renúncia) e impactos na receita total Analisar modelos de incentivos fiscais de outros Estados (benchmarking) Definir novo sistema de isenções fiscais mais eficiente e com impacto positivo na receita total (renúncia/arrecadação adicional) Negociar novo modelo com os beneficiários respeitando os contratos firmados e os direitos adquiridos Securitizar os recebíveis da dívida ativa Analisar o perfil da dívida ativa e as características de sua recuperação Fazer benchmarking das melhores práticas no Brasil (níveis estadual e municipal) Efetuar a modelagem jurídica e econômico-financeira das operações de securitização Aprovar as medidas legislativas necessárias inclusive para assegurar segurança jurídica às operações Vender ativos imobiliários Atualizar inventário geral dos bens imóveis do Estado e definir estratégia específica de desmobilização e destinação dos ativos imobiliários Efetuar a modelagem jurídica e econômico-financeira das operações de venda ou realocação dos ativos imobiliários Aprovar as medidas legislativas necessárias inclusive para assegurar segurança jurídica às operações Assegurar gestão especializada e profissional da operação de venda ou realocação dos ativos imobiliários Privatizar estatais e realizar concessões de serviços públicos ao setor privado Fazer benchmarking das melhores práticas e casos de sucesso no Brasil (níveis federal, estadual e municipal) Realizar avaliação das empresas e/ou serviços do Estado passíveis de privatização ou concessão Definir estratégia de privatização ou concessão com ampla discussão pública do tema e em parceria com o BNDES Aprovar as medidas legislativas necessárias inclusive para assegurar segurança jurídica às operações Assegurar gestão especializada e profissional das operações de privatização e concessão 146

148 11. REDUÇÃO DE DESPESAS PÚBLICAS 147

149 VISÃO 2022 Até 2022, os gastos públicos do Estado alcançarão níveis compatíveis com a receita, levando a um declínio continuado e consistente do déficit público, como resultado do efeito combinado de racionalização das despesas, redução de gastos desproporcionais nas atividades-meio, e corte dos desperdícios, contribuindo para ampliação da capacidade de investimento público no Rio Grande do Norte. POR QUE REDUÇÃO DE DESPESAS? O gasto público é um fator determinante do desenvolvimento pelo que representa de promoção da competitividade econômica (infraestrutura, educação e inovação) e oferta de serviços públicos de qualidade à população. No entanto, no Brasil e vários dos Estados, incluindo o Rio Grande do Norte, os gastos públicos vêm crescendo de forma exagerada e desordenada, atendendo a interesses corporativos, além do desperdício de recursos públicos, o que vem comprometendo gravemente a capacidade de investimento dos governos nas áreas que, efetivamente, contribuem para o desenvolvimento. Por isso, é fundamental um esforço de redução de gastos em áreas e atividades que criam rigidez e que dificultam o cumprimento da responsabilidade central dos governos na sociedade. COMO ESTAMOS? O Rio Grande do Norte vive uma grave crise fiscal com elevado déficit (mais de R$ 110 milhões por mês) e descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal com gastos com pessoal alcançando 71,6% da Receita Corrente Líquida para todos os Poderes e 62,3%, considerando somente o Poder Executivo, segundo o Balanço Consolidado Além dos desperdícios e perdas por conta de ralos, grandes e pequenos, por onde fluem os recursos públicos, o principal responsável pelo déficit fiscal é o crescente gasto com os servidores públicos assim como o déficit do sistema de Previdência. De 2003 a 2017, as despesas com pessoal (ativos e inativos) saltaram de R$ 3,31 bilhões para R$ 8,40 bilhões (a preços de 2017), crescimento médio real de 6,68% ao ano. No mesmo período, os gastos com inativos e pensionistas cresceram de R$ 324 milhões (2005) para R$ 2,83 bilhões, um crescimento médio anual de 16,7%. 148

150 Milhões Gráfico 48. Evolução das despesas com Pessoal (Ativos e Inativos+pensionistas) R$ milhões (a preços de 2017) 2003/ Despesa bruta com pessoal inativo ou pensionista Despesa bruta com pessoal ativo Fonte: Balanços Consolidados Anuais. Depois de um leve declínio das despesas em 2015, iniciou-se um processo de crescimento acelerado principalmente com Previdência social: em dois anos (2015/2017), as despesas totais de pessoal ativo e inativos (e pensionista) cresceram 8,95% ao ano, sendo 6,11% de pessoal ativo e 15,28% ao ano de benefícios da Previdência (ver gráfico 48). Em termos absolutos, nos últimos anos, vem declinando o número de servidores ativos (do Executivo) movimento acompanhado do aumento significativo de inativos e pensionistas, como mostra a tabela. Apenas no período recente (janeiro de 2015 a novembro de 2017), o número de servidores declinou da ativa cerca de 18,04%, precisamente o segmento que contribui para a Previdência social do Estado, enquanto o número de inativos e pensionistas subiu mais de 33%. O resultado é drástica diminuição da relação ativos/inativos que compromete a solvência do sistema previdenciário: em janeiro de 2015 o setor público do Rio Grande do Norte ainda tinha uma relação era de 1,71 ativos para cada inativo (já muito baixa), relação que caiu para quase 1 a 1 em novembro de Tabela 5. Variação de servidores ativos e inativos no Estado do Rio Grande do Norte Jan/15 Nov/17 Variação absoluta Variação percentual Total de servidores que contribuem Percent. Servidores ativos ,04% ,30% Inativos e pensionistas ,40% ,14% Relação 1,71 1, ,14% Fonte: Governo do Estado do RN SEPLAN janeiro, 2018 Em apenas três anos, o déficit da Previdência no Rio Grande do Norte mais que dobrou em termos reais, passando de R$ 63,4 milhões por mês, em janeiro de 2014, para R$ 132,34, em janeiro de 2017, como mostra o gráfico

151 Gráfico 49. Evolução do déficit da Previdência do Rio Grande do Norte (em R$ milhões de jan/17) 122,1 132,3 63,4 75,4 jan/14 jan/15 jan/16 jan/17 Fonte: Governo do Estado do RN SEPLAN janeiro, Valores deflacionados pelo IPCA. Entretanto, enquanto o Executivo afunda na crise com elevado déficit fiscal, os outros poderes Legislativo e Judiciário apresentam superávits, evidenciando uma desigual distribuição dos recursos públicos estaduais. Para se ter uma ideia do desequilíbrio, no período de 2010 a 2018, em valores correntes, o orçamento geral do Estado cresceu cerca de 53% enquanto o orçamento dos poderes e órgãos do Judiciário e Legislativo subiu algo próximo de 110%. Os dois poderes do Rio Grande do Norte, Judiciário e Legislativo, estão entre os mais caros do Brasil e do Nordeste quanto se estima sua despesa per capita. Em 2016, o Legislativo do Rio Grande do Norte teve uma despesa per capita empenhada de, aproximadamente, R$ 104,09, bem acima das médias do Nordeste (R$ 76,38) e do Brasil (R$ 76,00); e o Judiciário gastou (despesa empenhada) cerca de R$ 223,40 per capita, muito superior às médias do Nordeste (R$ 146,70) e do Brasil (R$ 187,60), como mostram os gráficos 50 e

152 Gráfico 50. Despesa Empenhada per Capita Poder Legislativo - Estados Brasileiros ,00 500,00 Média BR R$76,00 Média Nordeste R$76,38 400,00 300,00 200,00 104,09 100,00 0,00 RR AP DF AC MT TO RO MS PI SE AM RN PB RJ PA SC PE AL RS MA ES GO CE PR MG BA SP Fonte: Macroplan com base nos dados do SICONFI / Tesouro Nacional. Obs: Em valores de 2016 IPCA Gráfico 51. Despesa Empenhada per Capita por Função Judiciário - Estados Brasileiros ,0 400,0 Média BR R$ 187,60 Média Nordeste R$146,70 350,0 300,0 250,0 223,4 200,0 150,0 100,0 50,0 0,0 RR RO AP TO MT AC MS RJ ES RN SC SE SP PR RS GO MG PB AM AL PI PE BA MA CE PA Fonte: Macroplan com base nos dados do SICONFI / Tesouro Nacional. Obs: Em valores de 2016 IPCA O efeito mais imediato e dramático desta crise fiscal tem sido atrasos frequentes no pagamento de salários e de fornecedores com resultados negativos na economia potiguar e na vida das famílias. A crise pode se agravar no futuro por conta da tendência inercial de crescimento dos gastos com a Previdência social com a pressão de inativos que acompanham o movimento geral de envelhecimento da população. 151

153 UM CASO DE SUCESSO Peru O estado do Espírito Santo vem conseguindo, desde 2015, reduzir consistentemente suas despesas e, consequentemente, sua dívida consolidada. Mesmo em um contexto de recessão econômica, o estado foi capaz de reverter um déficit de 1,4 bilhões de reais em 2014 e conseguiu superávits em 2015 e 2016 (embora os saldos positivos tenham sido tímidos, 199 e 25 milhões, respectivamente, é um avanço significativo dado o cenário econômico e a situação fiscal anterior). Tal resultado foi alcançado principalmente via corte de despesas, uma vez que as receitas arrecadadas no período foram abaixo do previsto. Uma das principais medidas foi a não concessão de reajuste linear anual para os servidores públicos em 2015 e 2016, o que ajudou a equacionar melhor os gastos com pessoal e previdenciários. Para realizar e acompanhar o ajuste fiscal, o Governo do Estado criou o Programa de Reestruturação e de Ajuste Fiscal do Estado do Espírito Santo, onde estabelece objetivos e metas para alcançar o equilíbrio fiscal, além de realizar breve diagnóstico da situação atual das finanças estaduais. O programa contempla o total de 6 metas, englobando variáveis de receita, despesa e resultado primário. Os objetivos envolvem: controle da relação Dívida Consolidada/Receita Corrente Líquida, realização de resultados primários previstos, adequação da despesa com pessoal ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, aumentar receitas de arrecadação própria, melhorar a gestão pública e a transparência dos dados fiscais e obter maior disponibilidade de caixa. O comprometimento do poder público com o ajuste fiscal capixaba fez com que o estado, na contramão da maior parte das unidades federativas, obtivesse um bom resultado fiscal nos últimos anos. Tal resultado possibilita que as obrigações do Estado sejam cumpridas nos prazos corretos e consegue manter a responsabilidade fiscal apesar de resultados fracos do PIB estadual (e consequentemente das receitas). AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS E METAS INDICATIVAS 1. Reduzir e conter a despesa corrente global do Estado em patamar que assegure o equilíbrio fiscal i. Meta indicativa para 2022: Alcançar o equilíbrio entre a receita e a despesa corrente considerando todos os Poderes do Estado ii. Meta indicativa para 2022: Reduzir a participação dos demais Poderes no orçamento estadual à média da região (excluído o RN no cálculo desta média) 2. Enquadrar as finanças do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal i. Meta indicativa para 2022: Reduzir a relação Gastos com pessoal/rcl do Poder Executivo dos atuais 62% para 48%, pouco abaixo do limite máximo (49%), e de todos os Poderes dos atuais 71% para 59%, pouco abaixo do limite máximo (60%) 152

154 ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS I. Reduzir o tamanho da estrutura administrativa estadual para que ela caiba nas reais possibilidades do Governo do Estado i. Vender participações e vender ou conceder empresas ou serviços estatais para terceiros (CAERN, POTIGÁS, CEASA, etc.), preservado o interesse público ii. iii. iv. Avaliar a essencialidade e a economicidade de todos os órgãos, empresas e autarquias vinculadas ao Governo do Estado no atual contexto de crise econômica e escassez de recursos públicos Planejar a racionalização e compactação da estrutura administrativa e redução dos cargos comissionados Extinguir todos os órgãos públicos que perderam a função ou que representem um luxo face à atual situação de insolvência e déficit estrutural do Estado II. Avaliar e racionalizar todas as obras do Estado i. Auditar todos os contratos de obras com o Estado do RN ii. iii. iv. Suspender ou cancelar obras com evidências de irregularidades e/ou que sejam supérfluas em face ao contexto atual do Estado Só dar continuidade às obras consideradas essenciais e que tenham recursos asseguradas Reconhecer os débitos legítimos do Estado em atraso com as empresas executoras de obras e negociar um plano de quitação desses débitos III. Reduzir o custeio e as despesas com pessoal i. Negociar com os servidores públicos o congelamento de salários e vantagens em troca do pagamento em dia, enquanto não for alcançado o equilíbrio fiscal do Estado ii. iii. iv. Atuar decisivamente para a inclusão da Previdência Estadual na Reforma da Previdência pública nacional Revisar todos os programas, projetos, atividades e gastos públicos e montar um PPA e orçamento muito mais enxuto. Eliminar sumariamente todos os programas, projetos e atividades de baixo retorno Auditar as aposentadorias e pensões 153

155 v. Auditar e renegociar todos os contratos de prestação de serviços de terceiros, assegurando a quitação de débitos vi. vii. Minimizar a frota de veículos do Estado ou terceirizados e o uso de imóveis alugados pelo Estado Manter controle rigoroso de diárias e despesas de viagens IV. Reduzir progressivamente a participação dos poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público na receita estadual no contexto de um esforço multi-institucional e cooperativo de busca do equilíbrio fiscal i. Negociar e estabelecer metas de redução da participação dos demais Poderes no orçamento estadual ii. iii. Incluir os saldos dos poderes na formação do orçamento do ano seguinte Monitorar e gerir a realização dessas metas de forma participativa e transparente 154

156 F I NANÇAS DO RN EM NÚMEROS Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Receita arrecadada, em reais SIAF/RN Despesa empenhada, em reais SIAF/RN Despesa bruta com pessoal, em reais (todos os Poderes) Despesa bruta apenas com pessoal ativo, em reais (todos os Poderes) Despesa bruta com pessoal inativo e pensionistas, em reais (todos os Poderes) SIAF/RN SIAF/RN SIAF/RN Receita Corrente Líquida (RCL), em reais SIAF/RN Nota de Capacidade de Pagamento (CAPAG) STN 07/2018 C Custo per capita da Assembleia Legislativa Orçamento do Legislativo, em reais per capita Orçamento do Judiciário, em reais per capita Conselho Regional de Contabilidade de SC Lei Orçamentária Anual Lei Orçamentária Anual , , ,94 Déficit orçamentário do Balanço Geral Consolidado SIAF/RN

157 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos REDUÇÃO DE DESPESAS PÚBLICAS Reduzir e conter a despesa corrente global do Estado em patamar que assegure o equilíbrio fiscal Enquadrar as finanças do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal Alcançar o equilíbrio entre a receita e a despesa corrente considerando todos os Poderes do Estado Reduzir a participação dos demais Poderes no orçamento estadual à média da região (excluído o RN no cálculo desta média) Reduzir a relação Gastos com pessoal/rcl do Poder Executivo de 62% para 48% e de todos os Poderes de 71% para 59% Reduzir o tamanho da estrutura administrativa estadual para que ela caiba nas reais possibilidades do Governo do Estado Vender participações e vender ou conceder empresas ou serviços estatais para terceiros (CAERN, POTIGÁS, CEASA, etc), preservado o interesse público Avaliar a essencialidade e a economicidade de todos os órgãos, empresas e autarquias vinculadas ao Governo do Estado no atual contexto de crise econômica e escassez de recursos públicos Planejar a racionalização e compactação da estrutura administrativa e redução dos cargos comissionados Extinguir todos os órgãos públicos que perderam a função ou que representem um luxo face à atual situação de insolvência e déficit estrutural do Estado Avaliar e racionalizar todas as obras do Estado Auditar todos os contratos de obras com o Estado do RN Suspender ou cancelar obras com evidências de irregularidades e/ou que sejam supérfluas em face ao contexto atual do Estado Só dar continuidade às obras consideradas essenciais e que tenham recursos asseguradas Reconhecer os débitos legítimos do Estado em atraso com as empresas executoras de obras e negociar um plano de quitação desses débitos Reduzir o custeio e as despesas com pessoal Negociar com os servidores públicos o congelamento de salários e vantagens em troca do pagamento em dia, enquanto não for alcançado o equilíbrio fiscal do Estado Atuar decisivamente para a inclusão da Previdência Estadual na Reforma da Previdência pública nacional Revisar todos os programas, projetos, atividades e gastos públicos e montar um PPA e orçamento muito mais enxuto. Eliminar sumariamente todos os programas, projetos e atividades de baixo retorno Auditar as aposentadorias e pensões Auditar e renegociar todos os contratos de prestação de serviços de terceiros, assegurando a quitação de débitos Minimizar a frota de veículos próprios do Estado ou terceirizados e o uso de imóveis alugados pelo Estado Manter controle rigoroso de diárias e despesas de viagens Reduzir progressivamente a participação dos poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público na receita estadual no contexto de um esforço multi-institucional e cooperativo de busca do equilíbrio fiscal Negociar e estabelecer metas de redução da participação dos demais Poderes no orçamento estadual Monitorar e gerir a realização dessas metas de forma participativa e transparente 156

158 12. MELHORIA DA GESTÃO PÚBLICA ESTADUAL 157

159 VISÃO 2022 Para fazer face ao cenário de forte escassez de recursos o Estado avança na modernização da gestão pública, com foco na produtividade do gasto público e na qualidade dos serviços prestados. Com isso, aumenta a credibilidade do Governo (poder Executivo) do Estado junto à população, aos demais Poderes estaduais, aos investidores e empresários, e aos níveis federal e municipal. POR QUE GESTÃO PÚBLICA? Uma gestão pública de qualidade é condição necessária para o bom desempenho de um estado em diversas áreas de resultado. Seja na saúde, educação, segurança pública, ambiente de negócios ou infraestrutura, buscar a eficiência e a produtividade dos gastos públicos é sempre o melhor caminho para se alcançar resultados expressivos e sustentáveis. Sendo assim, é de extrema importância que os entes públicos sejam estruturados de forma a oferecer incentivos corretos para a obtenção desses resultados. Isso envolve desde transparência dos órgãos públicos até a gestão orientada para resultados e focada nas necessidades da população. Este tema será dividido em 3 áreas distintas, mas interligadas: Equilíbrio Fiscal, Produtividade do Gasto e Qualidade dos Serviços. Ao melhorar nessas áreas, o Rio Grande do Norte estará no caminho para ser mais competitivo e entregar melhores resultados para seus habitantes. COMO ESTAMOS? Gráfico 52. Posição no ranking geral do DGE RN e os outros estados do Nordeste RN CE PE PB Fonte: Macroplan. 158

160 Gráfico 53. Nota de Capacidade de Pagamento (CAPAG)45 calculada pelo STN RN e os outros estados do Nordeste B B C C RN CE PE PB Fonte: STN. Elaboração Macroplan Embora a gestão pública seja um conceito mais complexo de ser medido, existem alguns indicadores que podem ser usados como boas aproximações. O Índice dos Desafios da Gestão Estadual (IDGE), elaborado pela Macroplan, é um deles, avaliando a qualidade dos serviços públicos prestados pelos governos estaduais. Neste indicador, o Rio Grande do Norte está com sua posição estagnada, porém com tendência de baixa, diferente de Pernambuco e Paraíba, por exemplo, que mostraram evolução significativa entre 2005 e Outro indicador, mais ligado à gestão fiscal, é a CAPAG, divulgada pelo Tesouro Nacional. Ele mede diversos fatores que afetam a saúde fiscal dos estados e a capacidade dos mesmos de receber e pagar eventuais empréstimos junto ao Tesouro. O Rio Grande do Norte obteve mais recentemente a nota C, juntamente com outros estados do Nordeste, como Paraíba, Bahia, Piauí e Sergipe. Os demais estados da região receberam nota B, mostrando que o RN pode avançar na sua gestão fiscal. Gestão fiscal e equilíbrio das contas públicas Após a crise de 2008, diversos estados brasileiros presenciaram uma acelerada deterioração de suas contas. O Rio Grande do Norte foi um deles, sendo o que apresentou pior resultado recente. Enquanto o estado acumulou superávit de R$ 4 bilhões entre 2011 e 2014, o panorama se reverteu para um déficit de mais de R$ 2,8 bilhões entre 2015 e Com um déficit desta magnitude, é praticamente impossível para o estado manter uma política de investimentos e até contar com seus pagamentos em dia. Como mostra a nota de Capacidade de Pagamento (CAPAG) do Tesouro Nacional, a situação fiscal do Rio Grande do Norte é precária, com o estado tendo dificuldade em cumprir suas 45 Para mais informações sobre a metodologia de cálculo da CAPAG, ver 46 Fonte: bi,

161 obrigações e obter novos financiamentos. As recentes crises, principalmente na área de segurança pública, apenas reforçam a necessidade do governo atuar ativamente e com agilidade para o equilíbrio das contas públicas e consequente retorno do funcionamento normal do Estado. O equilíbrio passa também por outros poderes, não apenas o poder Executivo, visto que a Assembleia Legislativa do estado é a 10ª mais cara do Brasil, em termos per capita, com custo de 87,68 reais anuais por habitante. 47 Além do equilíbrio das contas públicas e da redução dos gastos, também é necessário melhorar a transparência do governo estadual, ferramenta importante inclusive para que a sociedade civil auxilie a gestão pública com estes desafios. No ranking de transparência do MPF de 2016, o Rio Grande do Norte obteve nota 9,2, se posicionando em 9º lugar entre os estados brasileiros, mas ficando atrás de Ceará (que obteve nota 10) e Alagoas, o que mostra que é possível melhorar a transparência de suas informações para o público. UM CASO DE SUCESSO Programa Juntos Entre as iniciativas já realizadas para qualificar a gestão pública da área fiscal, uma que se destaca é o Programa Juntos. O programa foi criado para estimular parcerias que melhorem a gestão pública, inclusive disseminando boas práticas em áreas como educação, saúde e equilíbrio fiscal. Atuando principalmente com municípios, já atinge mais de 24 milhões de pessoas, atendendo cidades como São Paulo (SP), Campinas (SP) e Curitiba (PR). O Juntos apoia iniciativas inicialmente direcionadas para o equilíbrio fiscal, já que o ajuste das contas públicas resulta na reorganização da administração municipal. 48 Além do equilíbrio fiscal, o programa também envolve treinamentos com gestores públicos e servidores (em temas como métodos de gestão e acompanhamento de indicadores e resultados), busca de oportunidades de melhorias em processos internos e disseminação de boas práticas já mapeadas. Com a gestão mais eficiente e orientada para resultados, o objetivo final é proporcionar ao governo a capacidade de oferecer serviços de melhor qualidade para o público sem pressionar o aumento dos gastos. Produtividade do gasto e qualidade dos serviços públicos A boa qualidade dos serviços públicos é a principal demanda da sociedade para qualquer esfera de governo. No caso do Governo do Estado, essa cobrança é ainda mais intensificada pela maior disponibilidade de recursos e de responsabilidades. Com a dificuldade de equilibrar as contas públicas, o fazer mais com menos se torna cada vez mais necessário para conseguir oferecer esses serviços. Por isso, aumentar a produtividade do gasto público é essencial para resgatar a capacidade do Estado suprir as demandas da população. Existe uma forte percepção de que o Rio Grande do Norte não possui uma boa produtividade do gasto público, oferecendo pouco pela quantidade de recursos disponível para a 47 Fonte: Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina. Disponível em: 48 Para mais informações sobre o Programa Juntos, ver 160

162 IDEB Ensino Médio - Rede Estadual administração estadual. Para exemplificar essa questão, o gráfico 54 apresenta a evolução recente do gasto por aluno e das notas do IDEB do Ensino Médio (responsabilidade estadual) do Rio Grande do Norte e de Pernambuco. Fica evidente que, enquanto ambos os estados aumentaram seu gasto por aluno, apenas Pernambuco obteve resultados melhores na avaliação, aumentando sua nota de 3,0 para 3,9. O Rio Grande do Norte, por sua vez, ficou com a nota estagnada em 2,8, embora tenha quase dobrado o gasto por aluno. Gráfico 54. Nota no IDEB Ensino Médio e gasto por aluno do RN e de PE 2009 e ,8 3,6 3,4 3,2 2015; PE (R$3.173,57 / 3,9) 3 2,8 2,6 2,4 2,2 2009; PE (R$1.430,85 /3) 2009; RN 2015; RN (R$2.562,14 / 2,8) (R$4.867,57 /2,8) 2 R$1.000,00 R$2.000,00 R$3.000,00 R$4.000,00 R$5.000,00 R$6.000,00 Gasto por aluno do Ensino Médio (R$ de 2015) PE RN Fonte: INEP e SIOPE. Elaboração Macroplan. Obs: Gastos em valores de 2015 deflacionados pelo IPCA. O objetivo de melhorar a produtividade do gasto público pode ser atingido de duas maneiras diferentes: redução dos gastos sem queda correspondente dos resultados ou melhorar os resultados sem gerar pressão nos gastos. Nesse sentido, os extremos não são desejáveis, uma vez que não é interessante reduzir gastos e oferecer um atendimento precário, ao mesmo tempo que não há espaço fiscal para investir de forma agressiva em uma melhora na qualidade dos serviços. Assim como na área fiscal, é preciso encontrar o equilíbrio entre gastos razoáveis e serviços que atendam as demandas sociais. 161

163 UM CASO DE SUCESSO Escola de Gestão Pública no Estado do Ceará Um bom projeto de modernização da gestão pública foi implantado no Ceará em 2009 e está em atuação até hoje: a Escola de Gestão Pública do Estado do Ceará. A implantação do projeto foi feita inteiramente pela Secretaria de Planejamento do Estado do Ceará e as atividades são concentradas em duas linhas de atuação: desenvolvimento e atualização de competências de servidores e empregados públicos do poder Executivo estadual e municipal (cursos de aperfeiçoamento e escolarização) e melhorias de bem-estar no trabalho. Outra iniciativa um pouco mais simples, mas que obteve bons resultados tanto na área de custos quanto no atendimento à população foi o Poupatempo em São Paulo. O objetivo do programa é reunir, em um único local, diversos serviços públicos, principalmente os que envolvem emissão de documentos ou trâmites burocráticos, a fim de reduzir os custos da burocracia e gerar um contato mais direto dos cidadãos com os órgãos públicos. O projeto apresenta alto nível de satisfação por parte da população e realizou mais de 40 milhões de atendimentos no ano de AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVOS e METAS INDICATIVAS 1. Alcançar e manter o equilíbrio fiscal do Estado i. Meta indicativa para 2022: Déficit público zero em 2020 (todos os poderes consolidados) e manutenção do equilíbrio até Melhorar a qualidade e produtividade do gasto público estadual i. Meta indicativa para 2022: Aumentar, no mínimo em 20%, a relação resultado/custo dos serviços de educação, saúde e segurança pública do Estado, segundo indicadores monitorados por instituições independentes ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Formular e implementar estratégia de ajuste e equilíbrio fiscal sustentável i. Efetuar benchmarking das melhores estratégias de equilíbrio fiscal postas em prática por estados e municípios no Brasil em período recente ii. Avaliar todas as medidas de ajuste fiscal e financeiro encaminhadas à Assembleia Legislativa nos últimos dois anos e que ainda não foram aprovadas iii. Propor, negociar, obter apoios estratégicos (demais poderes, empresários, servidores e opinião pública) e viabilizar a aprovação legislativa de um pacote de ajuste e equilíbrio fiscal, incluindo ajustes na Previdência Estadual iv. Captar assistência técnica da STN, do COMFAZ e de outros estados para a formulação e implementação da estratégia de ajuste 162

164 v. Instituir o Conselho Estadual de Responsabilidade Fiscal, com mandato de 5 anos, e composto por representantes de todos os poderes, dos contribuintes e servidores e da sociedade civil, para monitorar e fazer a gestão estratégica do desempenho fiscal do estado 2. Instituir e pôr em execução Programa Estadual de Melhoria da Qualidade e Produtividade do Gasto Público i. Efetuar benchmarking das melhores práticas e modelos de gestão em outros estados ii. Estabelecer metas e programas focalizados na melhoria da produtividade dos principais serviços e órgãos públicos estaduais. iii. Revisar todos os programas, projetos, atividades e gastos públicos e montar um PPA e orçamento muito mais enxuto. iv. Eliminar sumariamente todos os programas, projetos e atividades de baixo retorno v. Captar assistência técnica nacional e internacional para a formulação e implementação dos programas de melhoria 3. Melhorar a qualidade da prestação dos serviços públicos estaduais i. Ampliar a oferta de serviços públicos básicos pela internet, com mais proximidade dos cidadãos ii. Implementar política de foco em resultado nos órgãos públicos, com incentivos à produtividade e meritocracia iii. Formular parcerias com o setor privado para novos modelos de gestão (PPP, OS, etc.) iv. Melhorar o acesso remoto a dados do Estado e a informações relevantes para o cidadão 4. Tolerância zero com corrupção e privilégios i. Fortalecer sistemas de prevenção e combate à corrupção e fraudes - transparência, rastreabilidade dos atos administrativos, códigos de conduta, avaliação por instituições independentes, etc. ii. Estimular a atuação de entidades independentes na avaliação da qualidade do gasto público e da prática de privilégios ( Public Expenditure Review ). iii. Assegurar a transparência da atuação do Estado e de seus agentes. iv. Estimular a agilização de processos de investigação e punição de casos de corrupção nas esferas privada, pública ou no terceiro setor. 163

165 G E S T ÃO PÚBLICA DO RN EM NÚMEROS Indicador Fonte Período mais recente Dado mais recente Nota no ranking de competitividade do CLP CLP ,5 Posição no ranking de competitividade do CLP CLP ª Posição no ranking do IDGE Macroplan ª Nota de Capacidade de Pagamento (CAPAG) STN 07/2018 C Custo per capita da Assembleia Legislativa Conselho Regional de Contabilidade de SC ,68 Déficit orçamentário do Balanço Geral Consolidado SIAF/RN Nota no Ranking Nacional de Transparência MPF ,2 Taxa de congestionamento da justiça estadual (1º grau) CNJ ,7 164

166 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos MELHORIA DA GESTÃO PÚBLICA ESTADUAL Alcançar e manter o equilíbrio fiscal do Estado Melhorar a qualidade e produtividade do gasto público estadual Déficit público zero em 2020 (todos os poderes consolidados) e manutenção do equilíbrio até 2022 Aumentar, no mínimo em 20%, a relação resultado/custo dos serviços de educação, saúde e segurança pública do Estado, segundo indicadores monitorados por instituições independentes Formular e implementar estratégia de ajuste e equilíbrio fiscal sustentável Efetuar benchmarking das melhores estratégias de equilíbrio fiscal postas em prática por estados e municípios no Brasil em período recente Avaliar todas as medidas de ajuste fiscal e financeiro encaminhadas à Assembleia Legislativa nos últimos dois anos e que ainda não foram aprovadas Propor, negociar, obter apoios estratégicos (demais poderes, empresários, servidores e opinião pública) e viabilizar a aprovação legislativa de um pacote de ajuste e equilíbrio fiscal, incluindo ajustes na Previdência Estadual Captar assistência técnica da STN, do COMFAZ e de outros estados para a formulação e implementação da estratégia de ajuste Instituir o Conselho Estadual de Responsabilidade Fiscal, com mandato de 5 anos, e composto por representantes de todos os poderes, dos contribuintes e servidores e da sociedade civil, para monitorar e fazer a gestão estratégica do desempenho fiscal do estado Instituir e pôr em execução Programa Estadual de Melhoria da Qualidade e Produtividade do Gasto Público Efetuar benchmarking das melhores práticas e modelos de gestão em outros estados Estabelecer metas e programas focalizados na melhoria da produtividade dos principais serviços e órgãos públicos estaduais. Revisar todos os programas, projetos, atividades e gastos públicos e montar um PPA e orçamento muito mais enxuto. Eliminar sumariamente todos os programas, projetos e atividades de baixo retorno Captar assistência técnica nacional e internacional para a formulação e implementação dos programas de melhoria Melhorar a qualidade da prestação dos serviços públicos estaduais Ampliar a oferta de serviços públicos básicos pela internet, com mais proximidade dos cidadãos Implementar política de foco em resultado nos órgãos públicos, com incentivos à produtividade e meritocracia Formular parcerias com o setor privado para novos modelos de gestão (PPP, OS, etc) Melhorar o acesso remoto a dados do Estado e a informações relevantes para o cidadão Tolerância zero com corrupção e privilégios Fortalecer sistemas de prevenção e combate à corrupção e fraudes - transparência, rastreabilidade dos atos administrativos, códigos de conduta, avaliação por instituições independentes, etc. Estimular a atuação de entidades independentes na avaliação da qualidade do gasto público e da prática de privilégios ( Public Expenditure Review ). Assegurar a transparência da atuação do Estado e de seus agentes. Estimular a agilização de processos de investigação e punição de casos de corrupção nas esferas privada, pública ou no terceiro setor. 165

167 13. GOVERNANÇA COOPERATIVA E SOLIDÁRIA 166

168 VISÃO 2022 Estimulados pelo Governador do Estado, que assume papel ativo e exemplar, os principais atores políticos, econômicos e sociais do Rio Grande do Norte, constroem e operam redes e fóruns de diálogo, articulação e cooperação visando reverter a tendência de declínio econômico e de acentuação da pobreza do Rio Grande do Norte. Na esfera pública estadual, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e o Ministério Público harmonizam suas agendas; e o Governo do Estado intensifica uma atuação conjunta com todos os municípios potiguares independentemente das vinculações político-partidárias dos Prefeitos. POR QUE GOVERNANÇA? Governança se refere a padrões de articulação e cooperação entre atores sociais e políticos, assim como os arranjos institucionais que coordenam e regulam essas articulações. Do ponto de vista do governo, uma governança cooperativa, agregadora e solidária pressupõe uma atuação mais dinâmica, democrática e baseada na participação ativa de diferentes setores da sociedade. No mundo atual, tomar decisões em conjunto com a população é essencial para que essas sejam bem aceitas e tenham resultados efetivos. A Nova Governança Pública é um paradigma da atuação do Estado contemporâneo que valoriza princípios como foco no público alvo (cidadãos), entrega de resultados relevantes para a sociedade, flexibilidade administrativa, valorização e comprometimento do profissional público e controle social. Inclui também a ênfase na integração e avaliação das políticas públicas, ênfase nos valores públicos e na ética e, principalmente, cooperação e colaboração na administração e nas políticas públicas. Desta forma, atuar segundo este novo paradigma é benéfico para qualquer nível de gestão pública. No caso do Governo Estadual, a necessidade se torna ainda mais patente, pelo fato de existirem diversos atores sociais e políticos impactados pela gestão estadual (prefeituras, ONGs, entidades civis e empresariais). Tomar decisões compartilhadas ou suportadas em processos de consulta prévia é, então, uma boa prática no sentido de assegurar maior legitimidade e apoio e maiores chances de execução. COMO ESTAMOS? Como a governança é um tema muito complexo de se medir, não existem indicadores disponíveis para quantificar a situação do Rio Grande do Norte. De toda forma, a percepção de grande parte da população potiguar é de que a atual governança é fragmentada e frágil, com falta de cooperação sistemática inclusive entre os três Poderes estaduais. Nesse cenário, é 167

169 dificultada a elaboração de políticas públicas eficazes e que realmente impactem positivamente e diretamente a população. Um dos preceitos da gestão pública moderna, assim como de uma boa governança, é a transparência. Todos os cidadãos deveriam ter a capacidade de acessar os dados do governo e avaliar o andamento de suas políticas e ações. No ranking de transparência do MPF, embora tenha avançado bastante nos últimos anos, o Rio Grande do Norte ainda fica atrás de Ceará e Alagoas no Nordeste (é o 9º lugar do Brasil). Ainda que seja um bom resultado, é possível melhorar a disponibilidade de informações e a forma como são divulgadas, podendo ser mais claras e acessíveis. O Governo do Estado do RN já tomou medidas na tentativa de melhorar sua governança e realizar pactuações com a sociedade, inclusive assumindo compromissos e metas, principalmente com o projeto GoveRNança Inovadora. 49 Porém, essas medidas ainda não se converteram em resultados efetivos, sendo necessário novo esforço para avançar na gestão pública. Governança e cooperação Com a divisão entre os Poderes e entre as diferentes esferas de governo (Municipal, Estadual e Federal), os incentivos à cooperação são reduzidos, uma vez que cada um deles possui seus orçamentos e responsabilidades de acordo com a lei. A atuação em conjunto deve ser feita sempre de acordo com a legalidade, com responsabilidades bem definidas e objetivos claros e pactuados. Embora os incentivos de cooperar não sejam os melhores, diversos casos de sucesso mostram que seus resultados são benéficos tanto para a população quanto para a própria gestão pública. Atualmente no Rio Grande do Norte ocorre um desequilíbrio entre os Poderes. Tanto do ponto de vista fiscal quanto do ponto de vista político, o Poder Executivo é prejudicado nas negociações com os outros dois. Em parte, isso é devido à incapacidade do próprio Executivo de abrir uma linha de diálogo agregadora com o Legislativo e o Judiciário. Mas além disso, também existe certa intransigência por parte destes últimos, que aproveitam a fragilidade do Executivo para perseguir seus próprios objetivos individuais. O ideal para a gestão pública (e para a sociedade) seria uma relação mais transparente e integrada entre os Poderes, que poderiam oferecer melhores soluções para os complexos problemas do estado. Uma relação de cooperação que já foi realizada em outras regiões do Brasil e sempre com resultados expressivos é a do Governo do Estado com os municípios. Embora suas responsabilidades constitucionais sejam distintas, as políticas e ações organizadas em conjunto tendem a apresentar resultados positivos e que agradam à população. O papel do governo estadual deve ser o de coordenar, junto com as Prefeituras, a execução das políticas 49 Mais detalhes do projeto GoveRNança Inovadora podem ser encontrados em seu site: 168

170 propostas, além de atuar diretamente no seu planejamento e idealização. Desta forma, a cooperação traz benefícios tanto para os municípios quanto para o estado como um todo. UM CASO DE SUCESSO Educação no Ceará e Consórcio Brasil Central Existem diversos casos de sucesso de cooperação e governança colaborativa. No tema de Educação, o Ceará é um dos casos mais emblemáticos da atuação conjunto entre estado e municípios. O Governo do Estado atuou para identificar e mapear boas práticas e iniciativas utilizadas em escolas municipais que apresentavam resultados excepcionais. Em seguida, essas práticas passaram a ser disseminadas para outros municípios, com apoio da Secretaria de Educação do Estado. Isso fez com que os avanços educacionais fossem melhor distribuídos por todo o estado, impactando milhões de habitantes de forma direta. Outro caso de cooperação entre estados e municípios é o Consórcio Público Brasil Central, criado para facilitar a comunicação e cooperação federativa entre a União, estados e seus municípios. Os estados participantes do consórcio atualmente são: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Distrito Federal. Juntos, eles buscam soluções para o desenvolvimento econômico e social sustentável, melhoria da competitividade, articulação institucional e gestão pública. Com os municípios, atuam principalmente com grupos focais, a fim de resolver os problemas nas regiões onde eles exercem maior impacto e, consequentemente, atingem uma maior parcela da população. 169

171 UM CASO DE SUCESSO Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) 50 O CDES foi criado em 1º de janeiro de 2003, por meio de medida provisória, pelo presidente Lula. Ele consiste em uma estrutura corporativa de negociação entre governo, trabalhadores e empresários. Além dessas classes, também participavam do conselho membros de diversos movimentos sociais, intelectuais e personalidades, buscando representar a sociedade como um todo. O presidente do Conselho é o próprio presidente da república, com o governo sendo representado por conselheiros. Os primeiros conselheiros foram escolhidos pelo presidente Lula e atuaram no primeiro biênio, podendo continuar nos biênios seguintes. Dos representantes da sociedade civil, vinte se mantiveram no Conselho até o final do governo Lula, em 2010, sendo doze do empresariado, cinco representantes dos trabalhadores e três do restante da sociedade civil. A grande inovação do CDES foi na sua abrangência de composição e na sua função, que não era restrita a políticas setoriais. O objetivo do Conselho é discutir os caminhos do desenvolvimento econômico e social e a construção de novo pacto social, mais igualitário e justo. O órgão tem caráter consultivo (e não deliberativo), mas representa uma linha de diálogo direto entre diversos atores da sociedade e o Presidente da República. O CDES possui duas formas de atuação: as reuniões do Pleno, onde todos os conselheiros estão presentes, inclusive o Presidente da República, e os Grupos Temáticos ou de Trabalho (GTs). Nos GTs são discutidos e aprofundados os temas propostos pelos membros do Conselho ou pelo governo diretamente. Esses GTs são coordenados por membros do governo, representantes do Ministério da área temática e dez conselheiros, podendo contar com o apoio de cidadãos convidados de fora do Conselho. Um dos mais abrangentes Grupos de Trabalho foi de Fundamentos Estratégicos para o Desenvolvimento. Esse GT foi responsável por elaborar a Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), lançada pelo governo em agosto de 2005 e divulgada como fruto da concertação, e não como projeto governamental. O Grupo contava com cerca de 50 do total de 176 conselheiros e se reuniu durante os dois primeiros anos do Conselho. A Agenda elaborada apontava seis áreas problemáticas, traçando seis objetivos a serem alcançados. A partir dessas áreas e objetivos, são propostas diretrizes estratégicas com ações governamentais e medidas para alcançar mais equidade social, fortalecimento das instituições e reformas tributária e judiciária, por exemplo. A atuação do CDES é um caso prático de como diferentes atores sociais podem trabalhar em conjunto para pensar em soluções para os problemas e obstáculos do país, independente da heterogeneidade entre seus integrantes. AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E META INDICATIVA 1. Pactuar e pôr em prática um modelo de Governança do Estado do Rio Grande do Norte que assegure o protagonismo cooperativo, agregador e solidário de todos os Poderes e das principais lideranças privadas e da sociedade civil do Estado i. Meta indicativa para 2022: Ter o novo modelo de Governança implantado, consolidado e reconhecido como uma boa prática entre especialistas e formadores de opinião. 50 Fonte: ARAUJO, M. P., Participação social no governo Lula: Os casos do CDES e do CNDI. Diversitates, vol. 5, nº 2, págs 109 a

172 ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 1. Pactuar e fazer funcionar regularmente um modelo de Governança participativa dos assuntos de interesse público do Rio Grande do Norte ii. Viabilizar um pacto com a participação de todos os Poderes públicos e principais agentes do setor privado e da sociedade civil visando ao resgate, crescimento e modernização do RN iii. Instituir o Comitê de Gestão Estratégica do Estado, com a participação dos dirigentes dos poderes públicos estaduais; das entidades de representação empresarial e da sociedade civil, com a missão de monitorar mensalmente o desempenho finalístico, financeiro e fiscal do Estado do Rio Grande do Norte iv. Estimular a organização e funcionamento de redes sociais de participação cidadã no monitoramento de ações, metas e resultados do Governo do Estado. v. Liderar pelo exemplo: estimular o Governador do Estado a dialogar com todas as lideranças sobre problemas e soluções para o RN, independentemente das suas vinculações ou preferências político-partidárias, ideológicas, religiosas, de cor ou sexo vi. Dar transparência total aos atos do governo e prestar contas à toda a população do RN, todos os meses, das ações e dos gastos do governo 2. Instituir e fazer funcionar uma Aliança Estado-Municípios pelo crescimento econômico e qualidade de vida i. Mapear e avaliar experiências e casos de sucesso de parcerias (alianças) entre Estado-Municípios ii. Desenhar, testar, implantar e gerir o modelo potiguar com foco em temas de alta sinergia: educação, saúde, segurança e infraestrutura urbana iii. Garantir a extensão da Aliança a todos os municípios do RN, independente das vinculações partidárias dos prefeitos iv. Assegurar o monitoramento de resultados e a avaliação de impactos por instituições independentes 171

173 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos GOVERNANÇA COOPERATIVA E SOLIDÁRIA Pactuar e por em prática um modelo de Governança do Estado do Rio Grande do Norte que assegure o protagonismo cooperativo, agregador e solidário de todos os Poderes e das principais lideranças privadas e da sociedade civil do Estado Ter o novo modelo de Governança implantado, consolidado e reconhecido como uma boa prática entre especialistas e formadores de opinião Pactuar e fazer funcionar regularmente um modelo de Governança participativa dos assuntos de interesse público do Rio Grande do Norte Viabilizar um pacto com a participação de todos os Poderes públicos e principais agentes do setor privado e da sociedade civil visando ao resgate, crescimento e modernização do RN Instituir o Comitê de Gestão Estratégica do Estado, com a participação dos dirigentes dos poderes públicos estaduais; das entidades de representação empresarial e da sociedade civil, com a missão de monitorar mensalmente o desempenho finalístico, financeiro e fiscal do Estado do Rio Grande do Norte Estimular a organização e funcionamento de redes sociais de participação cidadã no monitoramento de ações, metas e resultados do Governo do Estado. Liderar pelo exemplo: estimular o Governador do Estado a dialogar com todas as lideranças sobre problemas e soluções para o RN, independentemente das suas vinculações ou preferências políticopartidárias, ideológicas, religiosas, de cor ou sexo Dar transparência total aos atos do governo e prestar contas a toda a população do RN, todos os meses, das ações e dos gastos do governo Instituir e fazer funcionar uma Aliança Estado- Municípios pelo crescimento econômico e qualidade de vida Mapear e avaliar experiências e casos de sucesso de parcerias (alianças) entre o Estado e todos os Municípios Desenhar, testar, implantar e gerir o modelo potiguar com foco em temas de alta sinergia: educação, saúde, segurança e infraestrutura urbana Garantir a extensão da Aliança a todos os municípios do RN, independente das vinculações partidárias dos prefeitos Assegurar o monitoramento de resultados e a avaliação de impactos por instituições independentes 172

174 14. PROTAGONISMO REGIONAL E NACIONAL 173

175 VISÃO 2022 Até 2022 o Rio Grande do Norte amplia sua participação ativa no debate regional e nacional, através dos seus principais atores sociais e políticos, tanto sobre as reformas econômicas e institucionais e como sobre políticas e instrumentos de desenvolvimento influenciando nas grandes decisões que impactam o desenvolvimento do Estado. POR QUE PROTAGONISMO? As decisões e orientações políticas nacionais e regionais têm impacto sobre a realidade do Rio Grande do Norte tanto em termos econômicos e sociais como também fiscais. Deste modo, os atores sociais e políticos do Estado devem estar atentos para a pauta de decisões nacionais e regionais e tomar iniciativa para atuar em bloco para defender os interesses do Rio Grande do Norte. COMO ESTAMOS? Há uma percepção dominante entre observadores do cenário político, de que a participação dos atores sociais e políticos do Rio Grande do Norte no debate nacional e regional é tímida e descoordenada, mesmo quando se trata de temas de alta relevância para o desempenho futuro do Estado como as reformas tributária, previdenciária e política e a formulação de planos e políticas na Segurança Pública. Da mesma forma, pelo menos aparentemente tem sido pouco ousada e propositiva a atuação do Rio Grande do Norte nas questões de interesse regional com grande impacto no Estado como a guerra fiscal, as políticas e instrumentos regionais, e os projetos estruturadores voltados para o Nordeste. Uma medida que tenta aproximar a capacidade dos atores políticos de se organizarem e representarem protagonismo são as chamadas emendas de bancada. Essas emendas coletivas demandam que os deputados/senadores atuem de forma colaborativa, independente dos interesses e diferenças partidárias para conseguir junto à União verba para temas de maior importância para o estado. Na tabela abaixo estão os valores desde 2013 das emendas autorizadas para cada estado do Nordeste, ponderadas pela despesa orçamentária anual do estado. O Rio Grande do Norte se posiciona bem neste indicador, sendo o segundo estado com maior percentual da despesa de 2017 vindo dessas emendas. Isso mostra que os atores políticos ainda são bastante capazes de atuar em conjunto na busca dos melhores interesses do estado. 174

176 Tabela 6. Valor autorizado total por emendas de bancada dividido pela despesa orçamentária empenhada por estado Alagoas 6,3% 4,2% 0,8% 1,8% 2,7% Bahia 1,6% 1,7% 0,6% 0,6% 0,9% Ceará 2,3% 1,9% 3,1% 9,3% 3,5% Maranhão 2,5% 2,6% 1,8% 2,2% 1,8% Paraíba 5,5% 5,3% 2,6% 4,7% 2,2% Pernambuco 1,6% 1,4% 0,6% 1,2% 0,5% Piauí 6,2% 5,1% 2,7% 5,0% 6,0% Rio Grande do Norte 2,6% 3,3% 1,3% 4,3% 4,8% Sergipe 4,8% 3,9% 2,4% 3,0% 4,6% Fontes: Siga Brasil e SICONFI/Finbra AONDE QUEREMOS CHEGAR? OBJETIVO E META INDICATIVA 1. Projetar o Rio Grande do Norte como protagonista nacional e regional nas questões de interesse estratégico para o desenvolvimento do Estado i. Meta indicativa para 2022: RN reconhecido nacional e regionalmente como protagonista atuante e propositivo ESTRATÉGIAS E INICIATIVAS PRIORITÁRIAS 2. Atuar de forma sistemática e coordenada para a viabilização de medidas favoráveis ao Rio Grande do Norte nos principais temas nacionais Reforma da Previdência, Reforma Tributária, Política de Segurança Pública, Pacto Federativo i. Inserir os servidores públicos estaduais na Reforma da Previdência pública ii. iii. iv. Introduzir mudanças no sistema tributário que elevem a participação dos Estados na receita (ICMS no destino) Ampliar a atuação da União na segurança pública do Estado, através do SUSP Negociar redistribuição da receita pública nacional nas instâncias federativas em favor dos Estados (Pacto federativo) 175

177 3. Atuar de forma sistemática e coordenada para a viabilização de projetos regionais convergentes e complementares acelerem o desenvolvimento do Nordeste com foco em capital humano, em educação, inovação, qualidade da infraestrutura i. Ampliar a atuação da União no desenvolvimento do capital humano da região ii. iii. iv. Ampliar a atuação da União na expansão e melhoria da infraestrutura regional de transporte de cargas de alta capacidade com integração à infraestrutura nacional Ampliar a atuação da União na expansão e melhoria da infraestrutura de recursos hídricos no Semiárido com prioridade para a conclusão da transposição do Rio São Francisco para o RN Estimular inovação e pesquisa e desenvolvimento tecnológico na Região v. Redefinir sistema de incentivos fiscais estaduais para eliminar ou conter a guerra fiscal predatória 176

178 Estratégias e iniciativas prioritárias Metas Indicativas 2022 Ob jetivos PROTAGONISMO REGIONAL E NACIONAL Projetar o Rio Grande do Norte como protagonista nacional e regional nas questões de interesse estratégico para o desenvolvimento do Estado RN reconhecido nacional e regionalmente como protagonista atuante e propositivo Atuar de forma sistemática e coordenada para a viabilização de medidas favoráveis ao Rio Grande do Norte nos principais temas nacionais Reforma da Previdência, Reforma Tributária, Política de Segurança Pública, Pacto Federativo Inserir os servidores públicos estaduais na Reforma da Previdência pública Introduzir mudanças no sistema tributário que elevem a participação dos Estados na receita (ICMS no destino) Ampliar a atuação da União na segurança pública do Estado, através do SUSP Negociar redistribuição da receita pública nacional nas instâncias federativas em favor dos Estados (Pacto federativo) Atuar de forma sistemática e coordenada para a viabilização de projetos regionais convergentes e complementares acelerem o desenvolvimento do Nordeste com foco em capital humano, em educação, inovação, qualidade da infraestrutura Ampliar a atuação da União no desenvolvimento do capital humano da região Ampliar a atuação da União na expansão e melhoria da infraestrutura regional de transporte de cargas de alta capacidade com integração à infraestrutura nacional Ampliar a atuação da União na expansão e melhoria da infraestrutura de recursos hídricos no Semiárido com prioridade para a conclusão da transposição do Rio São Francisco para o RN Estimular inovação e pesquisa e desenvolvimento tecnológico na Região Redefinir sistema de incentivos fiscais estaduais para eliminar ou conter a guerra fiscal predatória 177

179 ANEXOS 178

180 ANEXO I RELAÇÃO DOS ENTREVISTADOS 1. Amaro Sales Presidente da FIERN 2. Anderson Paiva Cruz Diretor do Parque Tecnológico Metrópole Digital 3. Antônio Jales Presidente do Tribunal de Contas do Estado 4. Eudo Laranjeiras Presidente da FETRONOR 5. Eudo Leite - Procurador-geral de Justiça 6. Expedito F. Souza Presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte 7. Fernando Freitas Presidente do SINDIFERN 8. Gustavo Fernandes Rosado Coêlho - Diretor Adjunto do Parque Tecnológico Metrópole Digital 9. Gustavo Nogueira -Secretário do Planejamento e das Finanças do Rio Grande do Norte 10. Ivênio Hermes Especialista em Segurança Pública 11. Jaime Mariz Diretor Executivo da FECOMÉRCIO 12. Jorge Bastos Presidente do SINDIPESCA 13. José Ferreira de Melo Neto Superintendente do SEBRAE 14. José Vieira Presidente da FAERN 15. Josivan Cardoso Moreno Diretor Geral do IGARN 16. Laumir Almeida Barrêto - Assessor Especial da Presidência da FECOMÉRCIO 17. Luis Roberto Barcelos Empresário do Setor de Fruticultura 18. Luiz Roberto Fonseca Especialista em Saúde e Diretor do Hospital Rio Grande 19. Marcelo Queiroz - Presidente da FECOMÉRCIO 20. Marcelo Rosado - Coordenador do Fórum Empresarial do RN 21. Mário Tavares de Oliveira Cavalcanti Neto Presidente do SINDMINERAÇÃO 22. Paulo Morais Empresário dos setores de Carcinicultura e Energia Fotovoltaica 23. Rondinelle Silva Oliveira- Diretor Geral do IDEMA 179

181 ANEXO II ESTUDO E ÍNDICE DESAFIOS DA GESTÃO ESTADUAL O estudo Desafios da Gestão Estadual é produto de uma ampla pesquisa realizada anualmente pela Macroplan e que avalia e compara todas as 27 unidades federativas do Brasil em 9 Áreas de Resultado, além da Gestão fiscal. O último estudo do DGE completo está disponível no link: O DGE busca contribuir para a melhoria da gestão pública brasileira com a análise de indicadores econômicos, socioambientais e institucionais. Ao se comparar cada UF individualmente e entre si, é possível apoiar políticos, gestores públicos e organizações da sociedade na definição mais clara das prioridades para ação governamental e na definição de metas para o desenvolvimento do estado. Um dos instrumentos centrais do estudo é o IDGE Índice Desafios da Gestão Estadual, que detalha as 9 Áreas de Resultado em 28 indicadores finalísticos. O IDGE permite uma comparação geral entre todos os Estados nestas áreas, num período de 10 anos, tanto no ranking atual quanto na evolução passada de cada uma das UFs. O estudo permite ainda identificar quais são as áreas e os indicadores mais críticos no estado em relação às outras 26 UFs, assim como avaliar onde o estado avançou ou recuou em relação aos demais. Esta avaliação inclui ainda um painel fiscal, que fornece um pano de fundo para avaliar os resultados alcançados em função da gestão fiscal realizada. 180

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