Vegetação do Pantanal e mudancas climaticas Dra. Catia Nunes da Cunha. Núcleo de Estudos Ecológicos do Pantanal

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Vergílio Garrau Zagalo
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1 Vegetação do Pantanal e mudancas climaticas Dra. Catia Nunes da Cunha Núcleo de Estudos Ecológicos do Pantanal NEPA-IB/UFMT

2 Pantanal

3 Localização: Pantanal Brasil: Bolívia: Paraguai: Bacia do Alto Rio Paraguai

4 Tributários do Planalto que formam o Pantanal Área de estudo :

5 Pantanal

6 Pulso da inundação: Regime pluri-anual l seco seco seca úmido

7 Dinâmica dos corpos d água

8 Como as mudanças atuais naturais e antrópicas na hidrologia afetam o sistema pantaneiro? Construção de barragens Mudanças globais hidrovia Ciclos plurianuais

9 Pantanal X vegetação

10 A Vegetação no Contexto sul americano NUNES DA CUNHA, WITTMANN & JUNK (IN PREP.) Amazonian Basin Forest Floresta seca Chaco Cerrado Pantanal savana inundável 11% vegetatação aquática flutuante 2% pirizal/caetezal* 1% brejos 7% canjiqueiral* 1% outras 6% carandazal * 2% cambarazal * 3% savana seca 21% paratudal* 2% savana florestada 23% savana 14% floresta galeria 2% savana estepe 1% floresta semi-decídua 4% Radam Brasil (1982), small scales

2% pirizal/caetezal* 1% brejos 7% canjiqueiral* 1% outras 6% carandazal * 2% cambarazal * 3% savana seca 21%

11 Características do Pantanal como área úmida Savana Tropical Sazonalmente inundável savana inundável 11% vegetatação aquática flutuante 2% pirizal/caetezal* 1% brejos 7% canjiqueiral* 1% cambarazal * 3% outras 6% carandazal * 2% savana seca 21% paratudal* 2% savana florestada 23% savana 14% floresta galeria 2% savana estepe 1% floresta semi-decídua 4%

canjiqueiral* 1% cambarazal * 3% outras 6% carandazal * 2% savana seca 21% paratudal*

12 Seguir com a identidade do Pantanal

13 Pantanal Sua vegetação

14 A importância da flutuação anual e plurianual como força diretriz da cobertura da vegetação no Pantanal: Cambarazal Enclosure experiment Diameter class and species number

15 Modelgam do crescimento da madeira do cambará (Vochysia y divergens Pohl) no Pantanal Jochen Schöngart Cátia Nunes da Cunha Caroline Felfili Fortes Érica Cezarine de Arruda Sendo Instituto Max-Planck de Limnologia Universidade Federal do Mato Grosso Ecologia Tropical Pós-graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade id d

Cezarine de Arruda Sendo Instituto Max-Planck de Limnologia Universidade Federal

16 Relacionamento entre índices da largura dos aneis (Vochysia divergens Pohl) e precipitação anual (Cuiabá) p.p.r = 66.5 % Student s T-valor = 2.8 r = 0.22 (p<0.05) índices 100 Cronologia Precipitação ano

17 Abordagem conceitual: Habitats permanentemente aquáticos e os terrestres são unidos por uma Zona de Transição Aquático-terrestre (ATTZ). As fases aquática e terrestre estão intimamente ligadas e devem ser consideradas como os dois lados de uma moeda. A Inundação periódica é a força motora. Flood Pulse Concept (Junk et al. 1989)

As fases aquática e terrestre estão intimamente ligadas e devem ser consideradas

18 Pantanal X Política de áreas úmidas Convenção Ramsar e o Pantanal CPP Workshop APP - Rede Sustentabilidade da Pecuária Comunidade Científica NEPA-UFMT, Global Wetland Consorcium Comunidade Pantaneira Uma revisão?? das bases políticas que afetam as áreas úmidas

Comunidade Científica NEPA-UFMT, Global Wetland Consorcium

19 Convenção de Ramsar (1971): Áreas úmidas são "extensões de brejos, pântanos e turfeiras, ou superfícies cobertas de água, sejam de regime natural ou artificial, i permanentes ou temporárias, estancadas ou correntes, doces, salobras ou salgadas, incluídas as extensões de água marinha cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros".

permanentes ou temporárias, estancadas ou correntes, doces, salobras ou salgadas,

20 Áreas úmidas Áreas úmidas variam extensamente por causa das diferenças regionais e locais, dos solos, topografia, clima, hidrologia, química da água, vegetação, e outros fatores, incluindo o distúrbio humano.

topografia, clima, hidrologia, química da água,

21 Planície de Inundação Refere-se a paisagem adjacente aos rios e riachos na qual naturalmente ocorre inundação periódica Junk et al 1989 : áreas que são periodicamente inundadas por transbordamento lateral dos rios ou lagos e/ou por precipitação direta ou afloramento da água subterrânea, resultante num ambiente físico-químico que leva a biota a responder por adaptações morfológicas, anatômica, fisiológicas, fenológicos... e produzindo uma estrutura de comunidade característica.

22 Planície de Inundação x Pantanal Junk et al 1989 O Pantanal Mato-grossense é uma das maiores áreas úmidas da A.S., formada pela união das planícies de inundação dos principais rios que formam a parte alta da bacia do alto Rio Paraguai e de seus tributários. Alvarenga et al. (1980) Planícies e Pantanais Mato-grossenses -

23 Características do Pantanal como área úmida Pulso de inundação do tipo monomodal. Pequena amplitude de inundação Pela previsibilidade da inundação

24 Características do Pantanal como área úmida Diversidade de: - Unidades d de paisagem -Edáfica - Vegetacional - Topográfica - Tipo de alagamento - Grandes populações de plantas e animais

25 Heterogeneidade espacial

27 Diversidade x homem x natureza gradient diversity Seasonal diversity High in Aquatic phase Diversidade pelo manejo Low in Terrestrial phase Natural grassland Basal area Richeness l area (m2) Basa C9 C8 C7 C6 C5 C4 C3 C1 Groups of quadrats Richness and basal area cheness Ric Manejo sustentável Campo feito pelo homem

28 Características do Pantanal como área úmida Conseqüentemente apresenta - Diversidade de habitats

29 Unidades de paisagens e habitats do Pantanal Campos naturais Cordilheiras Capões Batume Baía Corixo Brejoj Bocas Vazantes

30 Campo sujo de pateiro Brejo Campo de murunduns:

31 Evolução do lençol freático PONTOS DOS PIEZÔMETROS /04/01 PROFUND DIDADE (M) LÃMINA D'ÁG GUA (C campo campo 23/06/01 20/12/01 20/03/02 Pico máximo da lâmina d'água na superfície do solo

32 Evolução da Lâmina dágua MEDIDAS EM CM campo campo PONTOS 1-6 Borda da cordilheira com campo murundum e 7 cordilheira e 8-13 borda da cordilheira com o campo mimoso 16/12/ /01/ /02/ /03/ /04/ /05/ //05/ //05/2001

33 Heterogeneidade espacial e comunidades de plantas campo campo Borda Centro

34 Figure 3. Landscape units of the Pantanal of Poconé. Pantanal de Mato Grosso.1-Campos (Field sazonality floded), 2- Capão (Islands vegetation).

35 F i g u r e 2. A - M e a n m o n t h l y p e r c i p i t a i o n n e a r C u i a b á ( ) a n d m e a n w a t e r l e v e l o f t h e C u i a b á R i v e r ( ). B - m e a n o f t h e w a t e r l e v e l o f t h e P a r a g u a y R i v e r ( ) ( D a t a a c c o r d i n g t o D N A E E ).

36 Plantas no gradiente de inundação Figure 4. The vegetation transect along the levee, the days of inundation g g g, y and water level (Cassange River, Pantanal of Mato Grosso).

37 Basal area Richeness al area (m m2) Bas Flooded Non-flooded Flooded Transition zone C9 C8 C7 C6 C5 C4 C3 C1 Groups of quadrats Richeness s Figure 7. Richeness and Basal area along the Hidrotopographic gradient, levee Cassange River, Pantanal of Mato Grosso.

38 F ig u r e 5. A - D e n d r o g r a m o f m u lt iv a r ia t e a n a ly s is s h o w in g F ig u r e 5. A D e n d r o g r a m of m u ltiv a ria te a n a ly s is show ing t h e d if f e r e n t c o m m u n it ie s, B. T h e c o m m u n it ie s a lo n g in t h e h id r o t o p o g r a p ic g r a d ie n t e le v e e o f C a s s a n g e R iv e r.

39 Estudos a longo prazo no Pantanal Mudanças na composição e estrutura mais evidentes Entretanto, quanto sob menor efeito da inundação

40 Isolamento do gado Estudo ao longo de 1 ano, acompanhamento sazonal Parcela amostral Espécies aquáticas

41 Figura 7. Colônias bacterianas e fúngicas nos solos de Cerrado (A e B) e de mata decídua com bambu (C e D) no Pantanal MT.

42 Banco de sementes Tratamento A Tratamento B Tratamento C Campo Brejo

43 Preferências no gradiente de inundação Plantas de fase úmida e aquática Plantas de ampla ocorrência Plantas exclusivas da fase aquática Plantas exclusivas da fase terrestre Total de espécies Número de espécies

44 Política de áreas úmidas para o Pantanal O Pantanal é mais do que uma forma de paisagem peculiar- beleza cênica- Funções ecológicas Funções sócio-econômicas

45 Política de áreas úmidas para o Pantanal O foco da Política em 2 níveis : Do ecossistema -Manejo na perspectiva da eco-regional - Da Unidade de Produção fazenda Processos do ecossistema e da biodiversidade id d

46 Manejo na perspectiva eco-regional Manutenção: Pulso de inundação Integridade dos cursos d água, sua vazão, direção Grandes corredores de migração Produtividade que sustenta grandes populações e especies-chave

47 Política de áreas úmidas para o Pantanal frente as mudanças climáticas Qual cenário para o Pantanal? Mudança no ciclo hidrologico Perda de habitats Segurar a água no Pantanal Hidrovia???? Hidroeletricas????

48 Altimetria: t i Gradiente topográfico: 0,3 a 0,5 m/km no sentido Leste-Oeste 0,03 a 0,15 m/km no sentido Norte-Sul Altimetrias variam de 80 a 150m.

49 obrigada

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