AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES. Eng. Agr. Clélia Maria Mardegan
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1 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES Eng. Agr. Clélia Maria Mardegan
2 O QUE VAMOS ESTUDAR SOBRE QUALIDADE DE SEMENTES: Introdução a análise de sementes. Amostragem. Análise de pureza física. Germinação. Teste padrão de germinação. Dormência de sementes. Vigor de sementes. Métodos para testar o vigor. Teste de tetrazólio. Determinação do grau de umidade. Determinações adicionais. Testes rápidos. Patologia e tratamento de sementes. Práticas.
3 1 Bimestre: AVALIAÇÃO 1ª Prova escrita individual (0 10) Elaboração e entrega de trabalho escrito em grupo (0-10) 2 Bimestre: Trabalho prático apresentado sob forma de aula (elaboração e apresentação de trabalho) em grupo (0-10) 2ª Prova escrita (0-10)
4 ALUNOS TESTE (ASSUNTO) 1 Diego, Juliane e Gabriel Teste de germinação (milho) Emergência em substrato pg 23 (2) 2 Mateus e Igor Teste de germinação à baixas temperaturas (soja)7-1 a 7-4(1) 3 Veronica,Jose Paulo e Sergio Teste de vigor (Velocidade de germinação) 2-3 a 2-8 (1) 4 Milena e Jaqueline Classificação do vigor da planta Feijão 2-15 a 2-19 (1) 5 Larissa e Paula Teste de vigor (emergência no campo) (milho) pg (4) 6 Lilian e Jeferson Teste de vigor (emergência no campo) (feijão) pg (4) 7 Isabela, Tiago e Vinicius Análise de pureza pg cap.iii (3) (florestais) 8 Murilo e Stefani Teste de viabilidade (tetrazólio) (soja) a 5.6 e 8.10 a 8.20 (1) 9 Taynara, Bruno e Alex Teste de viabilidade (tetrazólio)(milho) a 4.9(1) 10 Evandro e Heitor Quebra de dormência física : dormencia fisica,
5 (1) KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.de B. (Ed.). Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, p. (2) SÁ, E. M; OLIVEIRA, S.A;BERTOLIN,D.C. Roteiro prático da disciplina de produção e tecnologia de sementes: análise da qualidade de sementes. UNESP, (3) JR LIMA, M.de J.da. Manual de procedimentos para análise de sementes florestais, (4)PESKE,S.T; ROSENTHAL, M.D AVILA; ROTA, G.R.M. Sementes: Fundamentos científicos e tecnológicos,2003.
6 O QUE ABORDAR NA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO SEMINÁRIO/ARTIGO Pesquisar e aproveitar material dado em sala de aula sobre o assunto tema. *apresentar e explicar o teste em estudo. *sua utilidade (para que serve). *como é utilizado pelas empresas produtoras de sementes (pesquisar em pelo menos duas empresas produtoras de sementes). *resultados de campo (ou laboratório) obtidos pelo grupo. * avaliação do grupo sobre a importância do teste. (basear a avaliação em pesquisa sobre o tema em material de jornal, revista da área agronômica ou outros).
7 EVOLUÇÃO DO SETOR DE SEMENTES NO BRASIL
8 A organização do sistema de abastecimento de sementes no Brasil teve início em 1920, a partir da criação do Serviço de Sementes (Ministério da Agricultura) cujas atribuições incluíam a multiplicação, o controle da produção, a análise e a distribuição (França-Neto et al, 1998). Na década de 40, o governo do Estado de São Paulo estabeleceu um sistema estatal de distribuição de sementes de algodão. Nesta mesma época em Minas Gerais nasce a Agroceres, que com o apoio da Universidade Federal de Viçosa, lançou as primeiras cultivares híbridas de milho. Em 1965 : 1ª Lei de Sementes estabelece regras para o setor, criando as bases para o desenvolvimento da indústria de sementes no país. A empresa CARGIL : primeira multinacional a entrar no mercado brasileiro, (1965).
9 Com a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) em 1973, o setor público construiu uma rede nacional de avaliação de cultivares garantindo o desenvolvimento das pesquisas em melhoramento de plantas. Entre 1979 e 1990, o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) lançou 497 novas cultivares, das quais 18% de soja e 12% de milho (Almeida, 1997). A estratégia de trabalhar em parceria com produtores de sementes e cooperativas permitiu que a Embrapa alcançasse uma alta taxa de adoção de suas variedades, chegando a ocupar 64% do mercado de soja comercializada no estado do Paraná, na safra de 1999/2000 (Domit et al. 2007).
10 A Lei 9.456, aprovada em 28/04/97, instituiu o Serviço Nacional de Proteção de Cultivares SNPC, ligado ao Ministério da Agricultura, definindo regras para o registro de cultivares (garantindo royalties para obtentor). A nova Lei de Sementes, encaminhada ao Congresso em 1998, e aprovada em 2003, estabeleceu maiores restrições ao replantio de sementes comerciais para médios e grandes agricultores e estendeu à iniciativa privada algumas atribuições anteriormente exclusivas do setor público, caso dos serviços de certificação de produtores de sementes. LEI Nº , DE 5 DE AGOSTO DE 2003 : Dispõe sobre o Sistema Nacional de Sementes e Mudas // Art. 3º O Sistema Nacional de Sementes e Mudas - SNSM compreende as atividades:
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12 Em 2005, aprovou-se, no Brasil, a Lei estabelecendo normas de segurança e de fiscalização de organismos geneticamente modificados. Libera a semeadura e a venda de variedades transgênicas no Brasil. Em 2005, a Nidera adquiriu 100% dos programas de soja e de milho no Brasil de propriedade da Bayer. Em 2007, as aquisições chegaram ao ápice com a compra da divisão de sementes da Agromen, principal empresa brasileira de sementes de milho e detentora de 11% do mercado nacional, pela Dow AgroScience. Neste mesmo ano, a Monsanto adquiriu 100% da Agroeste, outra empresa brasileira líder no setor de sementes de milho híbrido. Desta forma, dez anos após a aprovação da Lei de Cultivares, o país assistiu a um processo crescente de concentração do mercado de sementes, seguindo a mesma tendência observada em outros países em desenvolvimento.
13 Nesses treze anos de reinado transgênico no país a perda da diversidade alimentar já é realidade: Essas empresas vêm homogeneizando a dieta com poucos produtos. Basicamente, aqueles produtos que interessam a elas do ponto de vista da aplicação de determinados agrotóxicos ou outros insumos, com a chamada venda casada. Darci Frigo, advogado da organização socio ambientalista Terra de Direitos
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15 PRINCIPAIS ATORES NO MERCADO BRASILEIRO DE SEMENTES Atualmente, o mercado de sementes conta com a presença do setor público, de grandes empresas multinacionais e de pequenas empresas nacionais. A participação de cada segmento no mercado varia em função do tipo de cultivo, com capacidade competitiva diferenciada em cada elo da cadeia produtiva, incluindo o melhoramento, a produção, a comercialização, a distribuição e a assistência técnica. Há empresas que dominam toda a cadeia, com grande capacidade de investimento na área de melhoramento vegetal. Há outras empresas que operam apenas como multiplicadores de material genético desenvolvido pela EMBRAPA ou por grandes empresas privadas. Fundações privadas são atores importantes na facilitação de acesso dos grandes produtores a novos cultivares, contribuindo significativamente na difusão de materiais desenvolvidos pela EMBRAPA e por grandes empresas privadas.
16 A colaboração entre os segmentos público e privado ocorre através de contratos de parceria tecnológica. Na área de soja, a Embrapa é a líder em contratos com empresas privadas, especialmente com instituições voltadas às demandas do agronegócio (Santini et al, 2002). As parcerias incluem ensaios para avaliação de cultivares bem como o intercâmbio ou licenciamento de genes para plantas geneticamente modificadas. Um exemplo é o contrato de parceria entre a EMBRAPA e Monsanto para o desenvolvimento de cultivares de soja transgênica tolerante ao glifosato. Fruto desta parceria, 18 variedades de soja desenvolvidas pela Embrapa, recomendadas na safra 2007/2008, tinham incorporado o gene RR licenciado pela Monsanto.
17 MERCADO DE SEMENTES MOVIMENTA R$ 10 BI AO ANO NO BRASIL O mercado de sementes movimenta R$ 10 bilhões ao ano (terceira maior indústria do mundo no setor) atrás de Estados Unidos e China segundo a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). O mercado cresceu 122% em dez anos, ao passar de 1,8 milhão de toneladas na safra 2005/06 para 4 milhões em 2015/16.
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19 Desafios Novas cultivares e produtos com avanços tecnológicos entram no mercado ano a ano. Embrapa lançou no início de 2017 a cultivar de feijão carioca BRS FC402, cujo destaque é a resistência à antracnose e à murcha de fusário. Para a soja, a novidade é a cultivar BRS 413RR, desenvolvida em parceria com a Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa, que visa o alto potencial produtivo, a boa sanidade e a precocidade. É resistente ao cancro da haste, mancha olho de rã, oídio, podridão parda da haste.
20 QUANTIDADE DE SEMENTES Produtores de sementes (ultrapassam a 3.700) considerando todas as espécies, que variam, em grandeza, desde de kg de sementes (hortaliças e flores) até milhões de sacos (40kg para soja e 20kg milho). Milho Está em primeiro lugar entre as espécies (com 90%): 15,4 milhões de hectares cultivados, mais de 13,5 milhões são estabelecidos com sementes comerciais, resultando em uma demanda efetiva de 250 mil toneladas anualmente. Isto devido ao fato de os agricultores reconhecerem os benefícios do uso de híbridos, cuja genética não se mantém geração após geração, sendo necessária a compra de semente para cada cultivo. O mercado das sementes de milho é dominado por oito empresas, das quais três detêm mais de 70% do market share (participação de mercado).
21 Soja Maior área de cultivo, sendo superior a 33 milhões de hectares, com uma TUS (taxa de utilização de sementes) de 61%. Isto significa que mais de 20 milhões de hectares são estabelecidos com sementes comerciais. Considerando uma densidade de semeadura de 0,06t/ha, a demanda efetiva de sementes de soja no país é superior a 1,2 milhão de toneladas por ano, requerendo uma área de cultivo para produção de sementes que se aproxima a um milhão de hectares. Para isso, existem mais de 400 produtores de sementes devidamente estruturados, quanto a unidades de beneficiamento, campos de produção e equipes de venda e assistência técnica.
22 Trigo, arroz, algodão e feijão O trigo é a cultura que deu início ao programa de sementes no país, na década de Brasil produz apenas a metade de suas necessidades, sendo produzida principalmente na região Sul, com uma área superior a 2,4milhões de hectares, na maioria das vezes em rotação com as culturas de soja e milho. O arroz faz parte da cesta básica de alimentação do país, com um consumo per capita superior a 40kg/ano. São cultivados mais de dois milhões de hectares, sendo 1,4 milhão no sistema irrigado.
23 O algodão é um cultivo que utiliza alta tecnologia de produção, sendo cultivados no país mais hectares. São poucos os produtores de sementes de algodão, sendo que mais de 60% do comércio é realizado de forma vertical pelas cinco empresas obtentoras de novas cultivares. O feijão também faz parte da cesta básica de alimentação, com um consumo per capita anual de 16kg. São mais de três milhões de hectares cultivados no Brasil, provenientes de três cultivos anuais na maior parte do país, sendo que apenas 19% desta área é estabelecida com sementes comerciais. São poucos os produtores de sementes de feijão, que muitas vezes vendem seu produto como grão, em vez de semente, em ocasiões de altas de preço do grão. Em termos de programas de melhoramento, são praticamente todos públicos, isto devido ao baixo retorno financeiro da atividade.
24 Forrageiras O país possui mais de 130 milhões de hectares cultivadas com forrageiras tropicais e mais de cinco milhões com forrageiras de clima temperado. As forrageiras tropicais são dominadas por oito gêneros, entre gramíneas e leguminosas, entretanto as brachiarias possuem a preferência dos pecuaristas; azevém, forrageira de clima temperado preferida pelos pecuaristas (gado de leite), adubos verdes
25 Hortaliças e flores Centenas de espécies disponíveis no mercado, muitas das quais híbridas. Existem mais de 30 empresas que se dedicam à criação, desenvolvimento e comercialização de sementes de hortaliças e flores, sendo que praticamente todas as empresas internacionais estão presentes no país. Estima-se que o comércio das sementes seja superior a 0,7 bilhão de reais por ano, com destaque para as sementes de tomate e cebola. Grande parte das sementes híbridas são importadas, como aquelas espécies que requerem temperatura e fotoperíodo especial, alcançando um valor próximo a 100 milhões de reais por ano. Algumas sementes, especialmente de espécies de polinização aberta, são exportadas, alcançando um valor anual próximo a 20 milhões de reais.
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