Os benefícios econômicos do uso de inovações em eficiência energética
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- Luiz Eduardo Alvarenga Fernandes
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1 Seminário: Eficiência Energética São Paulo, 15 de Abril de 2010 Os benefícios econômicos do uso de inovações em eficiência energética Marcelo Sigoli
2 Quem somos ABESCO Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia Fundada em 1997, é uma entidade civil, sem fins lucrativos que representa o segmento de eficiência energética brasileiro. Hoje congrega mais de 80 empresas, universidades e consultores. MISSÃO: Fomentar e promover ações e projetos para o crescimento do mercado energético.
3 Setor Industrial Setor Comercial Potenciais de Eficiência Energética POTENCIAL DE ECONOMIA 10,6% Consumo Anual 56 TWh 44% 10,6% 20% = 617% TWh 19% Iluminação Refrigeração Ar Condicionado Outros 6,2% Consumo Anual 164 TWh 51% 21% 6,2% 20% = 10 6% TWh 2% Motores Processo Eletroquímico Processo Eletrotérmico Refrigeração Outros Fonte: EPE
4 Cenário Hoje, o Brasil é o quinto maior emissor mundial de gases de efeito estufa, mas é o terceiro com mais capacidade para reduzir as emissões em até 30% até Tecnologias que podem ajudar a diminuir a emissão dos gases de efeito estufa: Videoconferência e teleconferências Trabalho remoto Sistemas de gerenciamento de energia em edifícios Medidores de energia para monitoramento à distancia Impressão digital Automação de processos industriais
5 Barreiras O custo mais elevado de novas tecnologias, conjuntamente com as indeterminações que estas acarretam. Desconhecimento das vantagens econômicas e ambientais da conservação e uso racional da energia. Elevados custos iniciais de implantação de eficiência energética, com possíveis mudanças tecnológicas. Carência de informações sobre as melhores tecnologias e os custos-benefícios a elas associados para os consumidores finais. Difícil avaliação dos resultados econômicos alcançados pelos consumidores finais (ganhos ou falta de percepção dos reais benefícios previstos). Divergência de objetivos, onde quem decide sobre a utilização de tecnologia eficiente não é o usuário final da energia. Dificuldade de obtenção de recursos financeiros em condições atrativas. Os agentes financeiros não estão acostumados com a avaliação deste tipo de projeto.
6 Linha Tríplice dos Resultados Resultados Financeiros Resultados Financeiros Qualidade Ambiental Medição Antiga Equidade Social Medição Atual
7 Iniciativas LEI Nº 9.991, DE 24/07/2000 Dispõe sobre realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica. LEI Nº , DE 17/10/2001 Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia e estabelece níveis máximos de consumo específico de energia, ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou comercializados no País.
8 Iniciativas PROGRAMA BRASILEIRO DE ETIQUETAGEM (PBE) Programa de conservação de energia, cujo objetivo é alertar o consumidor quanto a eficiência energética de alguns dos principais eletrodomésticos nacionais. Etiquetas Informativas. Selo de Eficiência Energética.
9 SELO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS Iniciativas Programa de Avaliação da Conformidade de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos, para fins de Classificação do Nível de Eficiência Energética (Desempenho Energético e Consumo de Energia Elétrica) de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos: Envoltória: zona bioclimática em que o edifício está localizado; Sistema de iluminação: área de piso dos ambientes iluminados; Sistema de condicionamento de ar: tipo do sistema e relação entre área condicionada e área útil da edificação.
10 Iniciativas Audiência Pública Incentivos Fiscais (IPI) Proposição para implementação de regimes tributários e/ou fiscais especiais para os equipamentos regulamentados pela Lei nº /2001. EQUIPAMENTOS Refrigeradores, Congeladores e Combinados Aparelhos de Ar Condicionado ALÍQUOTAS ATUAIS IPI 15% 20% CLASSE DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ALÍQUOTAS PROPOSTAS IPI A 5% B 10% C e D 15% E 20% A 5% B 10% C e D 20% E 25% Lâmpadas Compactas, Coletores Solares e de Reservatórios Térmicos: Manter a alíquota de IPI em 0%
11 Iniciativas LINHA DE FINANCIAMENTO PROESCO Linha do BNDES direcionada à Empresas de Serviços de Conservação de Energia ESCO s e Usuários Finais de Energia, com foco no financiamento de projetos de eficiência energética. LINHA DE FINANCIAMENTO ECOMONIA VERDE Linha da Agência de Fomento do Estado de São Paulo direcionada à pequenos e médios empresários paulistas, com foco no financiamento de projetos que se concentrem em melhorias para o meio ambiente, novas tecnologias e usos de energias alternativas.
12 Evolução da Luz 15 W horas 7 W horas 60 W horas
13 Inovação Tecnológica Iluminação Tecnologias economizadoras de energia Aplicação Avanço nos últimos 15 anos Redução na emissão de CO 2 por lâmpada por ano Iluminação Pública 57% 109 kg CO 2 Iluminação Comercial 80% 115 kg CO 2 Iluminação Industrial / Escritórios 61% 77 kg CO 2 Iluminação Residencial 80% 104 kg CO 2 LED s 82% 34 kg CO 2
14 Participação no Consumo Iluminação 24%
15 Iluminação Pública 50% dos pontos de iluminação pública existentes no Brasil ainda utilizam a tecnologia de Vapor de Mercúrio, ineficiente e datada dos anos 60. As 6,5 milhões de lâmpadas de Vapor de Mercúrio existentes respondem por elevada emissão de CO 2, além de contribuírem para o desperdício de energia e gastos excessivos com as contas de iluminação pública. R$ 427 milhões por ano e o valor que as Prefeituras economizariam trocando as lâmpadas de Vapor de Mercúrio por tecnologia como Sódio. O que isso significa: Redução anual da emissão de CO 2 = 6,8 milhões de toneladas. Economia anual de energia elétrica = 2,8 TWh.
16 Iluminação Comercial 25% da iluminação comercial está baseada em sistemas de iluminação obsoletos e ineficientes (principalmente sistemas fluorescentes de 20W e 40W) e apenas 1% dos escritórios utilizam controles inteligentes (detector de presença e aproveitamento da luz natural). Existe um potencial de economizar mais de R$ 90 milhões por ano em energia, por meio da utilização de tecnologias mais modernas. O que isso significa: Redução anual da emissão de CO 2 = 864 mil toneladas. Economia anual de energia elétrica = 363 GWh. As novas tecnologias utilizam uma quantidade mínima de metais pesados. Os novos equipamentos auxiliares são 40% menores e mais leves.
17 Iluminação Residencial No Brasil ainda são usadas cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes. 85% destas lâmpadas estão instaladas em residências e 15% em aplicações profissionais. O que isso significa: Redução anual da emissão de CO 2 = 58 milhões de toneladas. Economia anual de energia elétrica = 24,5 TWh.
18 Segmento Industrial Os sistemas motrizes são responsáveis por mais de 55% do consumo do setor industrial: Esses sistemas são responsáveis por 26% da energia total consumida no país; Os sistemas motrizes apresentam o maior potencial de redução de perdas. 76% dos sistemas de bombeamento têm como forma de controle o ligadesliga; 32% dos sistemas de ar comprimido possuem perdas estimadas entre 5 a 10%; 27% dos sistemas de refrigeração possuem uma perda estimada entre 5 a 10%, devido a má isolação.
19 Às vezes existem projetos que não podem ser avaliados apenas por critérios econômicos. "Nesses casos temos que ter a visão de longo prazo e o viés econômico não permite benefícios de cunho social, economia futura nem efeito do aprendizado. Máximo Pompermayer Superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento em Eficiência Energética da ANEEL em entrevista à Revista Sustentabilidade.
20 "O homem nasceu para aprender, aprender tanto quanto a vida lhe permita João Guimarães Rosa
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