Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Mato Grosso do Sul. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas
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- Anderson de Caminha Antas
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1 Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 24/2014 Mato Grosso do Sul // Federal IPI Mostruário // Estadual ICMS Consulta tributária Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de seguro a ICMS - ICMS Garantido // IOB Setorial Estadual Transporte - ICMS - Emissão do MDF-ee recentes alterações // IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação // IOB Perguntas e Respostas ICMS/MS Penalidade - Substituição tributária - Falta de pagamento
2 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) (São Paulo) (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : mostruário : IOB comente : IPI ed. -- São Paulo : IOB SAGE, (Coleção manual de procedimentos) ISBN Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série CDU-34: (81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34: (81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34: (81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de , DOU de ). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB
3 Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Mostruário IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Incidência 3. Isenção 4. Retorno 5. Considerações quanto ao ICMS 6. Exemplo 1. Introdução A figura do mostruário é conceituada pela legislação fiscal como a remessa a título de amostra de mercadoria, com valor comercial, a empregado ou representante, nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 8/2008. Neste texto, examinaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do IPI para a saída de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado a título de mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008, cláusula terceira) 2. Incidência A legislação não prevê benefício fiscal do IPI na saída de produto a título de mostruário, devendo a operação ser normalmente tributada, de acordo com a sua classificação fiscal e alíquotas previstas na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), exceto na hipótese de existência de benefício fiscal específico previsto na legislação para o produto (veja item 3). (RIPI - Decreto nº 7.212/2010, art. 189; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) 2.1 Base de cálculo A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente. A base de cálculo na saída de produtos a título de mostruário será o preço corrente do produto ou de seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente Quanto ao alcance da expressão mercado atacadista da praça do remetente, os itens 6 e 7 do Parecer Normativo CST nº 44/1981, transcritos a seguir, trazem os seguintes esclarecimentos: Parecer Normativo CST nº 44/1981 Quando a determinação do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for efetuada através dos preços praticados no mercado atacadista da praça do remetente, será considerado o universo das vendas realizadas naquela localidade. [...] 6. Registram os Dicionários de Língua Portuguesa que mercado, convencionalmente, significa a referência feita em relação à compra e venda de determinados produtos. 6.1 Isto significando, por certo, que numa mesma cidade, ou praça comercial, o mercado atacadista de determinado produto, como um todo, deve ser considerado relativamente ao universo das vendas que se realizam 3. Isenção naquela mesma localidade, e não somente em relação àquelas vendas efetuadas por um só estabelecimento, de forma isolada. 7. Por isso, os preços praticados por outros estabelecimentos da mesma praça que a do contribuinte interessado em encontrar o valor tributável do IPI através do preço corrente no mercado atacadista devem ser considerados para o cálculo.... (RIPI/2010, art. 192; Parecer Normativo CST nº 44/1981, itens 6 e 7) Conforme mencionado no item 2, inexiste qualquer benefício previsto na legislação para as saídas de produtos a título de mostruário. Contudo, determinados produtos são beneficiados com a isenção do imposto (isenção objetiva), benefício este aplicável nas saídas a qualquer título, inclusive a título de mostruário, como por exemplo: a) os pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento industrial, desde que tenham gravadas, no solado, a expressão Amostra para viajante ; e Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 MS24-01
4 b) os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, por estabelecimentos com projetos aprovados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), exceto nas modalidades de acondicionamento ou reacondicionamento, destinados à comercialização em qualquer outro ponto do território nacional (consideradas as exceções previstas na legislação). (RIPI/2010, art. 54, V, e art. 81, II) 4. Retorno Considerando que normalmente os produtos enviados a título de mostruário são destinados a pessoas que não são contribuintes do ICMS e do IPI, portanto não obrigados à emissão de documentos fiscais, o seu retorno será acompanhado por carta ou memorando emitido pelo remetente, competindo ao vendedor a emissão da nota fiscal relativa à entrada do mostruário. A nota fiscal deverá ser emitida com todos os requisitos regulamentares e deverá conter, ainda, a indicação do número, da data da emissão da nota fiscal originária (de remessa do mostruário) e do valor do IPI destacado na nota fiscal de remessa. 6.1 Remessa Caso o destinatário assuma o encargo de retirar ou de transportar o produto, a referida nota fiscal relativa à entrada servirá para acompanhá-lo no seu trânsito. (RIPI/2010, art. 232) 5. Considerações quanto ao ICMS Os contribuintes do ICMS deverão observar a legislação vigente na Unidade da Federação onde se realizar a operação de remessa do produto. Saliente-se que o Ajuste Sinief nº 8/2008 dispõe sobre as remessas de mercadorias destinadas a mostruário. (Ajuste Sinief nº 8/2008) 6. Exemplo A seguir, exemplificamos a forma de emissão do Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), na remessa e no retorno de mostruário de produto normalmente tributado pelo IPI, remetido para pessoa física (vendedor) MS Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
5 6.2 Retorno N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 MS24-03
6 a Estadual Consulta tributária ICMS SUMÁRIO 1. Introdução 2. Legitimidade para formulação 3. Competência 4. Requisitos e local de apresentação 5. Apreciação e processamento 6. Prazo para formulação da consulta e recolhimento do imposto e efeitos da consulta 7. Divergências nas consultas formuladas 8. Perda da eficácia 9. Modelo de consulta 1. INTRODUÇÃO A consulta formulada por escrito é o instrumento que o contribuinte possui para dirimir dúvidas quanto a determinado dispositivo da legislação tributária, relacionado com sua atividade. Deve a consulta circunscrever-se a fato determinado, descrevendo suficientemente o seu objeto e indicando as informações necessárias à elucidação da matéria. Na formulação da petição, devem ser indicados os dispositivos da legislação que ensejaram a apresentação da consulta cuja interpretação se requer, bem como a descrição minuciosa e precisa dos fatos. O fato de efetuar a consulta enseja a edição de ato administrativo destinado a prestar ao consulente a orientação oficial sobre questões tributárias de seu legítimo interesse, visando ao cumprimento das prescrições da legislação tributária relativas ao ICMS. As disposições aqui abordadas aplicam-se também à consulta tributária destinada a obter orientação oficial sobre questões tributárias, visando ao cumprimento das prescrições da legislação tributária relativas aos demais tributos estaduais. (RICMS-MS/1998, arts. 185 e 199) 2. LEGITIMIDADE PARA FORMULAÇÃO Podem formular consulta tributária: a) o sujeito passivo, devendo ser observado, quanto ao substituto tributário, que, no caso de dúvida acerca de normas reguladoras do ICMS, no regime de substituição tributária, fica assegurado ao substituído tributário o acesso à consulta tributária; b) os órgãos das administrações públicas federal, estaduais, distrital e municipais; c) as entidades representativas de categorias econômicas ou profissionais e as cooperativas, no interesse de seus associados, filiados ou cooperados, quando por estes autorizadas nos termos de seus atos constitutivos; d) as pessoas físicas ou jurídicas sujeitas ao cumprimento de deveres jurídicos de natureza instrumental. (RICMS-MS/1998, art. 189) 3. COMPETÊNCIA A solução de consulta tributária compete à Unidade de Consulta e Julgamento (UCJ) e ao agente do Fisco designado pelo Secretário de Estado de Fazenda para essa função (Lei nº 2.387/2001, art. 5º, 1º), sem prejuízo da designação, a título provisório e mediante ato do Superintendente de Administração Tributária, de agente do Fisco apto para solucionar as consultas. A solução de consulta tributária deve ser dada no prazo de 30 dias, contado da data de sua entrega ao agente do Fisco incumbido de solucioná-la. Tratando-se de consulta tributária de natureza complexa, o prazo de 30 dias pode sofrer dilação por igual período, a critério do chefe da UCJ. A solução dada à consulta deve ser submetida à apreciação do Superintendente de Administração Tributária da Secretaria de Estado de Fazenda, para aprovação, sem prejuízo no cabimento do recurso de solução de consulta divergente, facultado ao mesmo: a) obter manifestação prévia dos órgãos de fiscalização, quando entender conveniente em face da natureza do assunto; b) complementar a solução, visando conferir maior segurança na sua aplicação. Por fim, ressalta-se que a resposta à consulta tributária deve ser comunicada ao consulente segundo as regras da intimação. (RICMS-MS/1998, art. 195) MS Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
7 4. REQUISITOS E LOCAL DE APRESENTAÇÃO A consulta tributária deve: a) circunscrever-se a situação determinável ou a fato concreto, descrever suficientemente seu objeto e indicar as informações necessárias à elucidação dos aspectos controvertidos, inclusive e em sendo o caso, a data de ocorrência efetiva ou de possibilidade de ocorrência do evento ou do fato jurídico tributável ou do dever jurídico de natureza instrumental; b) ser escrita e apresentada na Agência Fazendária do domicílio tributário do consulente ou diretamente na UCJ da Secretaria de Estado de Fazenda; c) conter declaração do consulente, sob as penas da lei, de que ele não: c.1) foi intimado a pagar o valor do ICMS relativo à matéria consultada; c.2) foi notificado acerca do início de qualquer fiscalização destinada a apurar evento ou fato relacionado com a matéria da consulta; c.3) figura como interessado em litígio pendente de solução definitiva no âmbito administrativo, ou transitada em julgado na esfera judicial, relativamente à matéria consultada; c.4) figurou como destinatário de decisão anterior proferida em consulta ou litígio, na qual tenha sido tratada matéria idêntica, similar ou assemelhada àquela objeto da consulta. No caso de consulta versando sobre situação determinável, prevista na letra a, mas cujo evento ainda não ocorreu, o consulente deve demonstrar sua vinculação com a hipótese descrita, bem como a possibilidade de sua concretização. Ao consulente é facultado juntar pareceres, documentos, laudos ou qualquer trabalho técnico, bem como expor a interpretação que ele dá à matéria consultada. (RICMS-MS/1998, art. 186) 5. APRECIAÇÃO E PROCESSAMENTO Recebendo os autos da consulta tributária, o agente do Fisco da Agência Fazendária do domicílio tributário do consulente ou da UCJ deve: a) verificar a correção dos dados cadastrais informados pelo consulente e se, no instrumento da consulta, consta a do consulente, bem como se há a comprovação do pagamento da Taxa de Serviços Estaduais relativa à consulta; b) anotar os números do telefone e do telefax e o endereço eletrônico na Internet do consulente, bem como o nome e o endereço da pessoa que possa ser contatada para o esclarecimento de dúvidas ou para prestar outras informações; c) solicitar do consulente, ou diretamente prestar, os esclarecimentos e as informações que entender necessários para a solução da consulta. Sendo o caso de recebimento de consulta na Agência Fazendária do domicílio tributário do consulente, o chefe da repartição deve encaminhar, de imediato, todo o material recebido e devidamente autuado à UCJ para formular a resposta. Ressalta-se que a consulta que não preencha os requisitos legais não obriga a administração tributária a formular a resposta. (RICMS-MS/1998, arts. 187 e 188) 6. PRAZO PARA FORMULAÇÃO DA CONSULTA E RECOLHIMENTO DO IMPOSTO E EFEITOS DA CONSULTA A consulta tributária válida produz eficácia impeditiva da: a) aplicação de penalidade pecuniária e encargos pecuniários, em relação à matéria consultada e no período compreendido entre a data de seu protocolo e os 30 dias seguintes ao da ciência de sua solução, desde que o pagamento do valor do ICMS, se devido, ocorra nesse prazo; b) prática de qualquer ato de fiscalização destinado à apuração de faltas relacionadas com a matéria consultada até o término do prazo fixado na resposta. A consulta tributária sobre matéria relativa à obrigação tributária e ao seu inerente crédito, formulada fora do prazo estabelecido para a sua solvência, não elide, se considerado o ICMS devido, a incidência de encargos pecuniários até a data do protocolo daquela. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 MS24-05
8 Para efeitos de consulta, não é considerada encargo pecuniário a mera atualização de valor da moeda nacional. A consulta tributária não suspende a fluência dos prazos para: a) o recolhimento do valor de ICMS, observada a aplicação de penalidade pecuniária e encargos pecuniários, em relação à matéria consultada e no período compreendido entre a data de seu protocolo e os 30 dias seguintes ao da ciência de sua solução, desde que o pagamento do valor do ICMS, se devido, ocorra nesse prazo; b) a entrega de declaração de movimento econômico, para qualquer finalidade; c) o cumprimento de outros deveres jurídicos de natureza instrumental. (RICMS-MS/1998, arts. 190 e 191) 6.1 Efeito jurídico O efeito jurídico da consulta tributária: a) que se reporte à hipótese ainda não concretizada somente se aperfeiçoa no caso de sua concretização posterior e nos moldes em que tenha sido formulada previamente; b) exime o consulente que observar o entendimento nela consubstanciado da aplicação de penalidade pecuniária e da incidência de encargos pecuniários, enquanto prevalecer, na administração tributária, o mesmo entendimento. Os efeitos da consulta tributária formulada por qualquer estabelecimento do sujeito passivo estendem-se aos demais. A regra deste subtópico aplica-se, também, à consulta tributária formulada por entidade representativa de categoria econômica ou profissional ou por cooperativa, em relação a seus associados, filiados ou cooperados. (RICMS-MS/1998, arts. 192 e 193) 7. DIVERGÊNCIAS NAS CONSULTAS FORMULADAS Comprovada a divergência entre soluções dadas acerca da mesma matéria tributária, fundadas em idênticas regras jurídicas, cabe recurso de solução de consulta divergente ao Superintendente de Administração Tributária. O recurso referido pode ser interposto pelo destinatário da solução divergente no prazo de 20 dias (Lei nº 2.315/2001, art. 27, III, i ), contado da ciência. Ao recorrente cabe comprovar a existência de soluções divergentes sobre idêntica situação jurídica. O juízo de admissibilidade do recurso de solução de consulta divergente deve ser feito pelo chefe da UCJ. Incumbe a qualquer agente do Fisco, que tenha conhecimento da existência de soluções divergentes sobre a mesma matéria tributária, representar o fato ao chefe da UCJ. Nessa hipótese, a solução da divergência, que compete à UCJ, deve ser submetida à aprovação do Superintendente de Administração Tributária, para aprovação. A solução de divergência impõe a edição de ato específico, uniformizando o entendimento administrativo tributário, com a imediata ciência de seu conteúdo ao destinatário da solução reformada. A solução tributária reformada produz seus efeitos jurídicos a partir da data de sua ciência ao destinatário. (RICMS-MS/1998, arts. 196, 197 e 198) 8. PERDA DA EFICÁCIA Não produz efeitos jurídicos a consulta tributária formulada: a) com a inobservância dos requisitos estabelecidos no RICMS-MS/1998, arts. 186 e 189; b) em tese, com referência a hipótese ou fato genéricos, ou, ainda, que não identifique as regras da legislação tributária sobre cuja aplicação haja dúvida; c) sem a descrição adequada da hipótese ou do evento ou fato nela referidos, ou sem o conteúdo dos elementos necessários à sua solução, salvo quanto à inexatidão ou omissão escusáveis, a critério da autoridade incumbida da resposta; d) sobre fato que seja objeto de litígio pendente de decisão administrativa definitiva, ou judicial transitada em julgado, com a participação do consulente; e) acerca de hipótese, evento ou fato que tenham sido objeto de solução anterior, dada em consulta ou litígio em que o consulente tenha parti MS Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
9 cipado e cujo entendimento administrativo não tenha sido alterado por ato superveniente; f) sobre hipótese, evento ou fato específicos e minuciosamente esclarecidos por meio de atos administrativos publicados no Diário Oficial do Estado antes de seu protocolo; g) pela pessoa: g.1) já notificada ou intimada para solver obrigação tributária ou para cumprir dever jurídico de natureza instrumental, relativamente ao caso objeto da consulta; g.2) sob fiscalização iniciada antes de seu protocolo válido e cuja fiscalização seja destinada a apurar eventos ou fatos relacionados com a matéria consultada (Lei nº 2.315/2001, art. 33); h) com o fundamento de ilegalidade ou inconstitucionalidade de ato normativo ou de norma legal; i) sobre hipótese, evento ou fato definido em lei como crime ou contravenção penal. (RICMS-MS/1998, art. 194) 9. MODELO DE CONSULTA Com o fim meramente ilustrativo, apresentamos um modelo de petição para formulação de consulta. Vale lembrar que a consulta deverá referir-se a um só tema, admitindo-se a cumulação de matérias, em um mesmo pedido, quando se tratar de questões conexas. Campo Grande, de março de 20XX. À Superintendência Estadual de Tributação. Campo Grande - MS Prezados Senhores: A, estabelecida neste Estado, no Município de Campo Grande, na Rua nº, CEP, inscrita no CNPJ sob nº, tendo dúvidas a respeito da correta interpretação e do cumprimento da legislação tributária, vem, nos termos do art. 185 do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 9.203/1998, expor e formular a seguinte consulta: Exposição dos fatos: a) realiza os fins sociais (previstos no contrato social), na prestação de serviços de transporte rodoviário de cargas, cuja maior parte corresponde ao transporte de produtos industrializados destinados ao exterior e entregues em empresa exportadora para embarque no Porto de Santos (SP); b) tributa os serviços prestados nos mesmos moldes utilizados para a tributação pelo ICMS dos serviços prestados em caráter interestadual e intermunicipal, em face de orientação obtida perante a repartição fazendária a que está subordinada. Entendimento: a) a alínea a do inciso X do 2º do art. 155 da Constituição Federal, promulgada em , dispõe que o ICMS não incide sobre as operações com produtos industrializados destinados ao exterior, caracterizada, assim, a imunidade tributária relativamente ao imposto de competência estadual; b) o inciso II do art. 3º da Lei Complementar nº 87/1996 dispõe, ainda, que o ICMS não incide sobre operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e industrializados, caracterizada, assim, mais uma vez, a imunidade tributária relativamente ao imposto de competência estadual; c) os serviços prestados (entrega dos produtos no porto de embarque para o exterior) configuram-se apenas como início da destinação das mercadorias, que será encerrada com a entrega ao destinatário/adquirente localizado no exterior, cumprindo, dessa forma, o preceito constitucional para fruição do benefício da imunidade tributária quanto ao imposto de competência estadual. Formulação da consulta: a) o entendimento formulado está correto? b) caso contrário, como proceder? Campo Grande, de julho de 20XX. José Maria Alvarino (Sócio-gerente) N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 MS24-07
10 a IOB Setorial Estadual Transporte - ICMS - Emissão do MDF-e e recentes alterações Uma das obrigações acessórias que deixam o papel e passam a ser cumpridas eletronicamente é a emissão do Manifesto de Carga, modelo 25, cujo lugar foi ocupado pelo Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e). O MDF-e deve ser emitido: a) pelo contribuinte emitente de CT-e, no transporte de carga fracionada, assim entendida a que corresponda a mais de um conhecimento de transporte; b) pelo contribuinte emitente de NF-e, no transporte de mercadorias ou bens acobertados por mais de uma NF-e, realizado em veículos próprios ou arrendados, ou mediante contratação de transportador autônomo de cargas. Assim, de acordo com recente alteração no Regulamento do ICMS do Estado do Mato Grosso do Sul, a definição do MDF-e mudou no sentido de que deixa de ser característica do documento a exigibilidade da sua emissão anteriormente ao fato gerador do imposto. Ainda com as mudanças, foram acrescentadas vedações aos estabelecimentos emissores do MDF-e, de forma que é proibida, aos contribuintes que emitem o MDF-e, a emissão do Manifesto de Carga, modelo 25, e da Capa de Lote Eletrônica (CL-e). Além dessa vedação da emissão da CL-e, a norma ainda apresenta uma dispensa da emissão da CL-e nas operações e prestações para as quais for emitido o MDF-e. Por fim, houve mudança na hipótese da subcontratação. Nesse caso, o MDF-e deve ser emitido, exclusivamente, pelo transportador responsável pelo gerenciamento deste serviço, assim entendido aquele que detenha as informações do veículo, da carga e sua documentação, do motorista e da logística do transporte. (RICMS-MS/1998, Anexo XV, Subanexo XVII, art. 1º e art. 3º, I e II; Decreto nº /2014) N a IOB Comenta Federal IPI - Industrialização - Não caracterização - Operações excluídas da tributação Caracteriza-se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo. Os diversos processos de industrialização são os mencionados nos incisos I a V do caput do art. 4º do Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, quais sejam: transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou recondicionamento. Entretanto, não são consideradas industrialização, perante a legislação do IPI, as operações com as seguintes características: a) o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: a.1) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; ou a.2) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a pessoas jurídicas e a outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; b) o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou MS Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
11 não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; c) a confecção ou preparo de produto de artesanato; d) a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador; e) o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; f) a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; g) a moagem de café torrado, realizada por estabelecimento comercial varejista como atividade acessória; h) a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: h.1) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); h.2) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; ou h.3) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; i) a montagem de óculos, mediante receita médica; j) o acondicionamento de produtos classificados nos capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de Natal e semelhantes, conforme segue: j.1) Capítulo 16: preparações de carne, de peixes e de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; j.2) Capítulo 17: açúcares e produtos de confeitaria; j.3) Capítulo 18: cacau e suas preparações; j.4) Capítulo 19: preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria; j.5) Capítulo 20: preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras plantas; j.6) Capítulo 21: preparações alimentícias diversas; e j.7) Capítulo 22: bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres; k) o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem como o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; l) o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; m) a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; n) a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento comercial varejista, efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas; e o) a operação de que resultem os produtos relacionados na subposição da TIPI (tabaco total ou parcialmente destalado), quando exercida por produtor rural pessoa física. Note-se que os produtos, partes ou peças empregados nas operações de que trata a letra h não estão excluídos da incidência do IPI, de acordo com o disposto no parágrafo único do art. 5º do RIPI/2010. Para efeito de aplicação da legislação, produto de artesanato é o proveniente de trabalho manual realizado por pessoa natural (física), nas seguintes condições: a) quando o trabalho não contar com o auxílio ou a participação de terceiros assalariados; e b) quando o produto for vendido a consumidor, diretamente ou por intermédio de entidade da qual o artesão faça parte ou seja assistido. Por outro lado, oficina é o estabelecimento que emprega, no máximo, 5 operários e, quando utiliza força motriz, não dispõe de potência superior a 5 kw; e trabalho preponderante é o que contribui, no mínimo, com 60%, no preparo do produto, para formação de seu valor, a título de mão de obra. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 MS24-09
12 Nos termos do 2º do art. 10 do Decreto-lei nº 1.950/1982, consideram-se: a) controladora ou controlada - qualquer pessoa que se enquadre nas definições contidas nos arts. 116 e 243, 2º, da Lei nº 6.404/1976; e b) interligadas - as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Portanto, as empresas são consideradas: a) interdependentes: a.1) quando uma delas tiver participação na outra de 15% ou mais do capital social, por si, seus sócios ou acionistas, bem como por intermédio de parentes destes até o segundo grau e respectivos cônjuges, se a participação societária for de pessoa física; a.2) quando, de ambas, uma mesma pessoa fizer parte, na qualidade de diretor, ou sócio com funções de gerência, ainda que exercidas sob outra denominação; a.3) quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do território nacional, e mais de 50%, nos demais casos, do volume das vendas dos produtos tributados, de sua fabricação ou importação; a.4) quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente de um ou de mais de um dos produtos industrializados ou importados pela outra, ainda quando a exclusividade se refira a padronagem, marca ou tipo do produto; a.5) quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto tributado que tenha fabricado ou importado; b) controladora: a definida pelo art. 116 da Lei nº 6.404/1976, o qual dispõe que se entende por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que: b.1) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da companhia; e b.2) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia; c) controlada: c.1) a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; c.2) a sociedade cujo controle, referido na letra antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas; e d) interligadas: as pessoas jurídicas que tenham como controlador o mesmo sócio ou acionista. Observar, ainda, que não é caracterizada a interdependência mencionada nas letras a.3 e a.4 para venda de matérias-primas e produtos intermediários, destinados exclusivamente à industrialização de produtos do comprador. (Decreto-lei nº 1.950/1982, art. 10, 2º; Lei nº 6.404/1976, arts. 116, caput, e 243, 2º; Código Civil - Lei nº /2002, art ; RIPI/2010, arts. 4º, caput, 5º, 7º e 612) N a IOB Perguntas e Respostas ICMS/MS Penalidade - Substituição tributária - Falta de pagamento Qual a penalidade a ser aplicada contra o contribuinte quando ocorrer a falta de pagamento do ICMS devido sob o regime de substituição tributária? O contribuinte substituto tributário sofrerá a imposição de uma multa equivalente a 150% do valor do ICMS devido pela falta de seu pagamento em operações, inclusive aquisições, ou prestações que estejam submetidas ao regime de substituição tributária. (RICMS-MS/1998, art. 119, I, e ) MS Manual de Procedimentos - Jun/ Fascículo 24 - Boletim IOB
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