Escola Casa Fundamental

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "Escola Casa Fundamental"

Adelina Coradelli Ferretti
5 Há anos
Visualizações:

Escola Casa Fundamental Belo Horizonte - MG Bairro Castelo Projeto : Setembro 16 Abril 17 Obra : Setembro 17 Área : 865m 2 A Casa Fundamental é uma escola de educação infantil e ensino fundamental.

1 Escola Casa Fundamental Belo Horizonte - MG Bairro Castelo Projeto : Setembro 16 Abril 17 Obra : Setembro 17 Área : 865m 2 A Casa Fundamental é uma escola de educação infantil e ensino fundamental. Foi concebida para ser um espaço de ensino e aprendizagem, essencialmente do convívio, do debate educacional, do rigor acadêmico, da experimentação pedagógica, das relações mais cuidadosas e gentis, como coloca os fundadores-educadores. O projeto arquitetônico da escola foi elaborado simultaneamente com a pesquisa de propostas educacionais inovadoras que levam em consideração o espaço como elemento ativo do processo de ensino e aprendizado, como Loris Malaguzzi e a rede Reggio Emilia, Herman Hertzberger e as escolas montessorianas, a Altschool e a pesquisadora Doris Kowaltowski. A integração com o bairro Castelo e a comunidade local é um dos pilares da Escola, que incorpora a praça pública Manoel de Barros como lugar para atividades externas com os alunos. Considerada como uma continuiade da rua, a PRAÇA INTERNA proposta no projeto é o espaço articulador da escola, o ambiente de vivência coletiva, socialização, brincadeiras e eventos diversas para a comunidade escolar - alunos, pais e educadores - assim como vizinhos e habitantes do bairro. 19 a PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA IAB-MG

praça Manoel de Barros avenida Heráclito Mourão de Miranda intervenção Bairro Castelo localização relação com vizinhança O projeto

Uma escolha pouco convencional mas com características interessantes por se tratar de um vão livre amplo, pé direito alto e a pouca

antes fachada antes galpão fachada rua Castelo de Lisboa, 392 Para resolver as condições críticas de temperatura, iluminação e

novas aberturas, o aumento das zenitais e um jateamento termoacústico por cima do telhado.

simplificada e maior rapidez na execução, um canteiro de obras mais limpo e organizado, promovendo maior seguranca ao trabalhador.

2 praça Manoel de Barros avenida Heráclito Mourão de Miranda intervenção Bairro Castelo localização relação com vizinhança O projeto foi assentado em um galpão existente, configurando uma transformação de uso industrial para educacional. Uma escolha pouco convencional mas com características interessantes por se tratar de um vão livre amplo, pé direito alto e a pouca compartimentação do espaço. antes fachada antes galpão fachada rua Castelo de Lisboa, 392 Para resolver as condições críticas de temperatura, iluminação e acústica interviu-se na estrutura existente com a substituição de materiais de vedação por telha perfurada e cobogó, a criação de novas aberturas, o aumento das zenitais e um jateamento termoacústico por cima do telhado. Foi adotada uma solução construtiva a seco tendo em vista as vantagens que o sistema industralizado permite como a montagem simplificada e maior rapidez na execução, um canteiro de obras mais limpo e organizado, promovendo maior seguranca ao trabalhador. Os elementos construtivos adotados foram perfis laminados de aço para compor a estrutura, Paineis Wall como sistema de lajes, Drywall e solucoes de marcenaria e serralheria para divisorias e fechamentos verticais. Por serem modulares, tambem facilitam flexibilizações futuras. 19a PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA IAB-MG

legenda 6 12 12 44 5 4 17 17 44 4 2 9 13 13 3 8 16 16 7 10 1 23 1o pavto PLANTA PAV.

Arquibancada 4 Sala de Aula 5 Refeitório 6 Cozinha 7 Secretaria 8 Banheiros 9 Altar 10 Horta Elevador 12 Pátio 13 Ateliê 14 Sala de Reunião 15

circulacao vertical e horizontal foram pensado como polivalentes para incentivar outras apropriacoes e usos.

uma ARQUIBANCADA que é uma plataforma de convergencia no galpao promovendo reuniões, apresentações artísticas, brincadeiras e atividades de apoio

3 legenda o pavto PLANTA PAV. TÉRREO oplanta2º PAVIMENTO 2PLANTA pavto 2ºPAVIMENTO subsolo PLANTASUBSOLO SUBSOLO PLANTA Entrada 2 Praça 3 Arquibancada 4 Sala de Aula 5 Refeitório 6 Cozinha 7 Secretaria 8 Banheiros 9 Altar 10 Horta Elevador 12 Pátio 13 Ateliê 14 Sala de Reunião 15 Diretoria 16 Sala Professores 17 Circulação 18 Despensa 19 Arquivo Almoxarifado 21 Área de Serviço 22 Depósito 23 Parklet Os elemenos de circulacao vertical e horizontal foram pensado como polivalentes para incentivar outras apropriacoes e usos. Para solucionar a circulação vertical foram propostos, além das escadas e elevador acessível, um escorregador que configura atalho e diverssão, e uma ARQUIBANCADA que é uma plataforma de convergencia no galpao promovendo reuniões, apresentações artísticas, brincadeiras e atividades de apoio pedagógico. Destaca-se também o corredor que dá acesso a salas do mezanino pensado como um balcão de teatro, com apoio para os pés das crianças que se assentam com as pernas entre as barras do guarda corpo. 19a PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA IAB-MG

A autonomia do aluno é priorizada tanto na relação com

Por isso, o projeto preza pela TRANSPARÊNCIA E

em termos estéticos e de desempenho, com fluidez entre

Para proporcionar FLEXIBILIDADE diante de uma dinâmica

para alunos são abertas e tem um espaço amplo de 70m²

As portas de correr, com lousa branca na face interna,

modalides de ensino simultâneas, maneiras variadas de

Há tanto os dispositivos que incentivam o trabalho em

possibilita o eventual recolhimento da criança, como o

4 A autonomia do aluno é priorizada tanto na relação com o espaço da escola como no processo de aprendizado. Por isso, o projeto preza pela TRANSPARÊNCIA E INTEGRAÇÃO, propondo um espaço relacional - integrado em termos estéticos e de desempenho, com fluidez entre as zonas funcionais. Para proporcionar FLEXIBILIDADE diante de uma dinâmica de ensino que muda ao longo do ano, as salas de aula para alunos são abertas e tem um espaço amplo de 70m² para diversas configurações de layout. As portas de correr, com lousa branca na face interna, correm por um mesmo trilho variando as formas de acesso à sala ou abrindo completamente. O MOBILIÁRIO projetado com rodízios permite várias modalides de ensino simultâneas, maneiras variadas de postura e aprendizado. Há tanto os dispositivos que incentivam o trabalho em grupo, como as mini arquibancadas, como também o que possibilita o eventual recolhimento da criança, como o nicho. Cada sala apresenta sua propria biblioteca, provador de fantasias, pufes, tapete, mesas, espelhos, bancada e pia. 19 a PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA IAB-MG

Houve um cuidado especial com os materiais e cores por reconhecer a importância das MULTISSENSORIALIDADE do espaço e da investigação com o uso do corpo.

deixa o espaço convidativo para crianças sem estimular com exagero.

industrial de marmorite recuperado com a raspagem da tinta que o cobria.

A partir da noção pedagógica de PELE PSÍQUICA o projeto também se pautou em disponibilizar amplas superfícies e dispositivos que vão receber novas camadas de informação, novas

O ambiente físico da escola é considerado como um terceiro professor (em conjunto com os professores e o material escolar), por isso a escola assume um papel de laboratório que

5 Houve um cuidado especial com os materiais e cores por reconhecer a importância das MULTISSENSORIALIDADE do espaço e da investigação com o uso do corpo. A nova infra estrutura é construída com uma variedade de materiais e texturas: madeira, cimento, ferro, azulejo serigrafado, fibra de vidro e uma paleta de cores moderadas que deixa o espaço convidativo para crianças sem estimular com exagero. Optou-se por deixar todas as instalações aparentes, assim como aspectos originais do galpão como a textura as paredes em bloco de concreto que foram apenas pintadas e o piso industrial de marmorite recuperado com a raspagem da tinta que o cobria. A escolha dos elementos vazados também se deu por seu efeito perceptivo, pois filtra a luz e a projeta de maneiras diferenciadas no ambiente no passar do dia. A partir da noção pedagógica de PELE PSÍQUICA o projeto também se pautou em disponibilizar amplas superfícies e dispositivos que vão receber novas camadas de informação, novas narrativas didáticas construídas com o funcionamento da escola, tanto de resultados e sobretudo de prosseos de aprendizagem. O ambiente físico da escola é considerado como um terceiro professor (em conjunto com os professores e o material escolar), por isso a escola assume um papel de laboratório que possa favorecer o AUTO APRENDIZADO com espaços abertos e acessíveis. Dentre ele destacam-se: - O Ateliê - um espaço complementar a sala de aula para incentivar a experimentação e a pesquisa com materiais diversos, projeção de imagem e tecnologia. - A Horta - pra colocar a mão na terra, acompanhar o crescimento das plantas, estabelecer uma relação direta com o alimento - A Cozinha - com divisória transparente e bancada acessível para permitir participação das crianças. 19 a PREMIAÇÃO DE ARQUITETURA IAB-MG - 17

Documentos relacionados

Programa dos equipamentos públicos municipais de cultura

Programa dos equipamentos públicos municipais de cultura 1. Biblioteca, 2. Teatro, 3. Museu, 4. Casa de Cultura Casa de Cultura (do distrito, do bairro) Programa de referência para terrenos de 700,00 m2