Conselheiro PEDRO FIGUEIREDO

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Theodoro Cordeiro de Carvalho
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1 205 Processo nº /12-7 Natureza: Contas de Gestão Origem: Fundação Hospitalar e Educacional São Francisco de Assis - FHOESFA - Machadinho Gestor (es): Osvaldo Luiz Vecchi Exercício: 2012 Data da Sessão: Órgão Julgador: Relator: Segunda Câmara Conselheiro PEDRO FIGUEIREDO PROCESSO DE CONTAS DE GESTÃO - Inconformidades relativas à área de pessoal; terceirização indevida de atividade típica; falhas de cunho licitatório; inconformidades relativas à sistemática de controle vigente; não remessa de dados e informações ao TCE (documentos integrantes da Tomada de contas, BLM e SISCOP). Irregularidade de contas, multa e advertência à Origem. Trata-se das Contas de Gestão de Osvaldo Luiz Vecchi, Responsável pela Fundação Hospitalar e Educacional São Francisco de Assis - FHOESFA - Machadinho, exercício de A análise dos documentos juntados aos autos resultou no Relatório emitido pelo órgão técnico, evidenciando a ocorrência de inconformidades, sobre as quais o Responsável foi intimado, apresentou esclarecimentos e juntou documentos. A seguir, serão arroladas as inconformidades apontadas: - Relatório de Auditoria Ordinária Tradicional - Acompanhamento de Gestão Item Manutenção de quadro de pessoal integrado por empregados admitidos em desacordo com as normas constitucionais.

2014 Órgão Julgador: Relator: Segunda Câmara Conselheiro PEDRO FIGUEIREDO PROCESSO DE CONTAS DE GESTÃO - Inconformidades relativas à área de pessoal; terceirização indevida de atividade típica;

2 206 Item Manutenção de empregados cujos registros dos seus atos admissionais culminaram denegados por esta Corte de Contas. pública - serviços contábeis. Item Indevida terceirização de atividades típicas da administração Item Serviços de plantões médicos em regime de sobreaviso contratados junto à clínica médica sem a celebração de certame licitatório. Item Aquisições de gêneros alimentícios e de materiais de limpeza desprovidas de licitação. Outrossim, inexistência de setor de compras devidamente estruturado, bem como ausência de um sistema de registro de preços. Item Inexistência de mecanismos de controle a fim de averiguar o cumprimento ou não das exigências de cunho legal acerca dos atos e fatos praticados na gestão. Itens a Inconformidades relativas à sistemática de controle vigente: inadequação dos controles praticados sobre os bens patrimoniais; inexistência de almoxarifado organizado capaz de atestar as entradas e saídas de materiais de consumo adquiridos pela entidade; inconsistência no conteúdo das informações lançadas nos demonstrativos contábeis. - Relatório Geral de Consolidação das Contas Item Documentos de Tomada de Contas entregues fora do prazo regimental neste Tribunal. Ademais, não ocorreu o envio de todos os documentos integrantes dessa Tomada de Contas, restando pendente os seguintes: Relatório minucioso do Administrador sobre suas contas, abrangendo as metas físico-financeiras previstas e as alcançadas no exercício ou gestão em exame Não foram encaminhadas as seguintes Demonstrações Contábeis previstas na Lei Federal nº /64: Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e Demonstração das Variações Patrimoniais.

2.1 - Serviços de plantões médicos em regime de sobreaviso contratados junto à clínica médica sem a celebração de certame licitatório. Item 2.2.2 - Aquisições de gêneros alimentícios e de materiais de limpeza desprovidas de licitação.

3 207 Relevante destacar que as Demonstrações Financeiras apresentadas estavam em acordo com Lei Federal nº /76 - legislação societária. Controle Interno - UCCI Relatório e parecer do responsável pela Unidade Central de Declaração firmada pelo Administrador de que os agentes públicos atuantes no ente estatal estão em dia com a apresentação das declarações de bens e rendas. 3 - Da Base de Legislação Municipal - BLM Não houve a remessa de informações à Base de Legislação Municipal - BLM - de acordo com a Resolução TCE nº. 843/2009, combinada com a Instrução Normativa TCE nº. 12/ Sistema para Controle de Obras Públicas - SISCOP - Não houve a remessa de informações ao Sistema para Controle de Obras Públicas - SISCOP - de acordo com a Resolução TCE nº. 612/2002, combinada com a Instrução Normativa TCE nº. 23/2004. Parecer do Ministério Público de Contas A representante do Ministério Público de Contas, Adjunta de Procurador Daniela Wendt Toniazzo, por intermédio do Parecer nº /2014, manifestou-se pela imposição de multa; pela fixação de débito do valor expresso no item 1.2; pela irregularidade das contas; pela ciência ao Procurador-Geral de Justiça e ao Procurador Regional Eleitoral; pela verificação, em futura auditoria, das medidas implementadas pelo Responsável para o cumprimento da decisão exarada nestes autos. É o relatório. A matéria expressa no item 1.2 tratou de manutenção de empregados cujos registros dos seus atos admissionais culminaram denegados por esta Corte de Contas. Houve sugestão de débito de R$ ,72, valor despendido na remuneração dos servidores.

4 - Declaração firmada pelo Administrador de que os agentes públicos atuantes no ente estatal estão em dia com a apresentação das declarações de bens e rendas.

4 208 O Serviço de Instrução Municipal I - SIM I da SICM - manteve a inconformidade apenas quanto ao aspecto formal, isto é, afastou o débito, a partir de decisão atinente ao exercício anterior, prolatada em , cujo voto do Conselheiro- Relator, Algir Lorenzon, culminou acolhido à unanimidade pelo Tribunal Pleno deste TCE, pelo afastamento do débito sugerido, sobremaneira porque em nenhum momento o Relatório de Auditoria colocou dúvidas acerca do cumprimento da jornada por parte dos servidores, o que significa ter havido a contraprestação laboral, tornando o débito ora solicitado como enriquecimento sem causa da administração pública. No caso examinado, além de não ter havido qualquer contestação no Relatório de Auditoria quanto à realização da jornada de trabalho, o que acarretou a repetição da situação flagrada no exercício anterior - já decidida - as alegações trazidas pelo Gestor sobre a existência de uma ação judicial para a extinção da entidade, bem como a falta de recursos financeiros para custear as despesas decorrentes da finalização do vínculo dos servidores, são profícuas para afastar o débito proposto. No que tange à irregularidade de contas sugerida pelo Ministério Público de Contas, em função do conjunto de inconformidades descritas, mormente pela sua reiteração, associa-se a esse entendimento. A Fundação vem sendo advertida pelo nosso Tribunal há alguns anos para que regularizasse a situação relativa aos documentos integrantes da Tomada de Contas, em especial o método de escrituração dos fatos contábeis, entretanto nenhuma medida por ela foi implementada. Ou seja, houve desatendimento às decisões deste Tribunal. As demais matérias remanescentes abarcam inconformidades atinentes às áreas de administração financeira e orçamentária, bem como revelam a não remessa de dados e informações ao TCE (documentos da Tomada da de Contas, BLM e SISCOP), acarretando a imposição de multa ao Gestor, além de ensejar a aplicação de advertência à Origem. Diante do exposto, vota-se: a) pela irregularidade das Contas de Gestão de Osvaldo Luiz Vecchi, Responsável pela Fundação Hospitalar e Educacional São Francisco

nenhum momento o Relatório de Auditoria colocou dúvidas acerca do cumprimento da jornada por parte dos servidores, o que significa ter havido a contraprestação laboral, tornando o débito ora

5 209 de Assis - FHOESFA - Machadinho, exercício de 2012, nos termos do inciso III do artigo 99 do Regimento Interno deste TCE; Regional Eleitoral; b) pela ciência ao Procurador-Geral de Justiça e ao Procurador c) pela imposição de multa na ordem de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) a Osvaldo Luiz Vecchi, Responsável pela Fundação Hospitalar e Educacional São Francisco de Assis - FHOESFA - Machadinho no exercício de 2012, por inobservância a normas de administração financeira e orçamentária, forte nos artigos 67 da Lei nº 11424/00 e 132 do Regimento Interno deste Tribunal, a qual deverá ser recolhida aos cofres estaduais no prazo de 30 (trinta) dias, com a devida comprovação a este Tribunal; d) antes, pelo envio do feito à Supervisão competente para que promova a atualização da multa, nos termos da Resolução vigente; e) não cumprida a decisão e decorrido o prazo regimental para o recolhimento da multa, ou interposição de recurso, extraia-se Certidão de Decisão com eficácia de Título Executivo, de conformidade com o 3º do art. 71 da Constituição da República; f) pela cientificação à Origem para que promova o saneamento das falhas apontadas, as quais deverão ser, necessariamente, objeto de verificação em futura auditoria; e Interno. g) após o trânsito em julgado, cumpra-se o estatuído no Regimento PEDRO FIGUEIREDO Conselheiro Relator 06

500,00 (um mil e quinhentos reais) a Osvaldo Luiz Vecchi, Responsável pela Fundação Hospitalar e Educacional São Francisco de Assis - FHOESFA - Machadinho no exercício de 2012, por inobservância a

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