RELATÓRIO E CONTAS 2011

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1 RELATÓRIO E CONTAS 2011

2 Índice I - VALORES CARACTERÍSTICOS... 3 II MENSAGEM DO PRESIDENTE... 4 III RELATÓRIO, PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS E CONTAS CONSOLIDADAS... 6 III.A RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO SEGMENTO ELETRICIDADE COMERCIAL... 8 Faturação de energia elétrica Indisponibilidades SISTEMAS ELETROPRODUTORES A REGULAÇÃO ECONÓMICA PPEC Plano de Promoção da Eficiência no Consumo PPDA - Plano de Promoção do Desempenho Ambiental INVESTIMENTO RECURSOS HUMANOS Evolução dos efetivos Formação Prevenção e Segurança Medicina do Trabalho SISTEMAS DE INFORMAÇÃO COMUNICAÇÃO QUALIDADE E AMBIENTE Qualidade Ambiente III.B RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO OUTROS GLOBALEDA, S.A SEGMA, Lda NORMAAÇORES ONIAÇORES, S.A CONTROLAUTO AÇORES, Lda NOVABASE ATLÂNTICO III.C - EVOLUÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA Demonstração dos resultados consolidada Evolução do Balanço consolidado Resultados do Exercício Gestão Financeira Dívida Financeira Gestão dos Riscos Operacionais Seguráveis Fundo de Pensões Gestão dos Ativos de Carbono III.D - UNIVERSO DA CONSOLIDAÇÃO III.E - PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS III.F - CONTAS CONSOLIDADAS ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO DEMONSTRAÇÃO DA ALTERAÇÃO DOS CAPITAIS PRÓPRIOS DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Pág. Relatório e Contas

3 2 - Declaração prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários Apreciação e certificação de contas consolidadas RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL CERTIFICAÇÃO LEGAL E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS CONTAS CONSOLIDADAS RELATÓRIO DE AUDITORIA IV. DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS ELETRICIDADE DOS AÇORES S.A ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS BALANÇO DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS. 151 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Apreciação e certificação de contas individuais RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS RELATÓRIO DE AUDITORIA VI - INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SEGMENTO ELETRICIDADE Santa Maria São Miguel Terceira Graciosa São Jorge Pico Faial Flores Corvo Relatório e Contas

4 I - VALORES CARACTERÍSTICOS COMERCIAL Nº de Clientes Eletricidade (1) Consumo de Energia (GWh): Doméstico Comércio e Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública PRODUÇÃO Produção Total Eletricidade (GWh) Produção Térmica (GWh) EQUIPAMENTO Centrais Térmicas a Fuel (nº) Centrais Térm. Gasóleo (nº) (2) Centrais Térm. Fuel e Gás. (nº) Centrais Geotérmicas (nº) Centrais Hídricas (nº) Parques Eólicos (nº) Potência Instalada em Centrais (MW) Redes Transporte e Distribuição MT (km) Postos de Transformação (nº) (3) Potência Instalada em PT (MVA) ECONÓMICO-FINANCEIROS Volume de Negócios (mil euros) Resultado Operacional - EBIT (mil euros) EBITDA (mil euros) Ativo Líquido (mil euros) Investimento Segmento Energia (mil euros) (1) (2) (3) Inclui instalações de Média Tensão, Baixa Tensão, Iluminação Pública e Consumos próprios - Inclui centrais comunitárias - Inclui postos de transformação do cliente Relatório e Contas

5 II MENSAGEM DO PRESIDENTE Senhores Acionistas, O ano de 2011 ficou, indelevelmente, marcado pelo recrudescimento intenso da crise da dívida soberana na zona Euro e pelas condições gravosas de acesso aos mercados de financiamento internacionais que obrigaram ao reajustamento forçado, com ou sem auxílio externo, de alguns Países da União Europeia. A economia portuguesa, devido ao seu elevado nível de endividamento externo e ao baixo crescimento económico, em conjugação com níveis do défice e da dívida pública relativamente altos, foi duramente atingida pelas condições de financiamento externo. O pedido de assistência financeira internacional, concretizado no início de Abril de 2011, foi a consequência deste processo de degradação das condições de financiamento do País. Esta assistência financeira obrigou Portugal ao cumprimento de um Programa de ajustamento económico e financeiro acordado com a Comissão Europeia e com o Fundo Monetário Internacional. Este Programa de ajustamento afetou as famílias, as empresas e a economia de uma forma geral. A Banca portuguesa foi sujeita a um conjunto de testes de stress e obrigada a reforçar o seu capital, o que originou uma forte retração no crédito concedido. Com a retração do investimento público, com a redução do consumo e com a falta de liquidez do mercado financeiro, criaram-se as condições para uma forte recessão económica que originou falências, aumento do desemprego e insolvência de muitas famílias. Por outro lado, o País viu o seu rating ser degradado pelas principais agências da especialidade. As empresas de capitais maioritariamente públicos foram também contaminadas pelo rating da República. O custo com o financiamento, no curto prazo, da EDA praticamente duplicou face a Os encargos financeiros associados ao serviço da dívida consolidada totalizaram, em 2011, 12,4 milhões de euros, mais 5 milhões de euros que o total dos juros suportados no exercício de A taxa de juro ponderada para o Grupo EDA foi, em 2011, de 3,44%, enquanto em 2010 foi de apenas 2,52%. Este agravamento dos custos financeiros foi uma consequência direta da crise financeira que se instalou no País e na Europa e nada teve a ver com os indicadores económicos e financeiros do Grupo. Para além disto, assistiu-se a uma cada vez maior dificuldade em renovar os empréstimos obtidos, mesmo em condições substancialmente mais gravosas. O Grupo EDA não poderia ficar indiferente a toda esta conjuntura desfavorável. As condições de financiamento mudaram e como tal havia que adequar o Plano aprovado para 2011 à nova realidade. Assim, procedeu-se a uma profunda reanálise de todos os investimentos inscritos no Plano de Atividades. Foi dada prioridade aos investimentos que estavam em curso e que, pela sua natureza, não podiam ser adiados, prosseguiu-se com todos os investimentos necessários à segurança e manutenção de equipamentos e de redes, continuou-se com todas as ações no âmbito dos estudos e de projetos relativos a investimentos considerados estratégicos, nomeadamente na área das energias renováveis, e procedeu-se a uma redução substantiva das diversas despesas de funcionamento. O ano de 2011 ficou também caracterizado por uma forte subida dos combustíveis fósseis, nomeadamente do fuelóleo e do gasóleo. O custo médio com os combustíveis para a produção de 1 MWh térmico nos Açores subiu 23.5%, face a Esta realidade veio demonstrar, mais uma vez, a correção da aposta da EDA na produção de energia elétrica a partir de fontes de energias renováveis. Relatório e Contas

6 A SOGEO e a EEG foram responsáveis pela produção de 30% da energia elétrica dos Açores em Com efeito, a geotermia foi responsável pela produção de GWh em São Miguel, o que correspondeu a cerca de 42.2% da produção de eletricidade desta ilha. Em 2011, procedeu-se à ampliação do Parque Eólico da Serra do Cume, na ilha Terceira, à construção do Parque Eólico dos Graminhais, em São Miguel, adquiriram-se os aerogeradores para a construção do novo Parque Eólico do Salão, no Faial, prepararam-se os projetos e lançaram-se os concursos para que em 2012 se venha a concretizar, não só a construção do Parque Eólico do Salão, como a ampliação dos Parques Eólicos do Pico, de São Jorge e de Santa Maria. Em 2011, registou-se, pela primeira vez, uma redução de 1% no consumo de eletricidade. Esta queda no consumo acentuou-se a partir do mês de Outubro. Nesta conjuntura desfavorável, foi importante iniciar os trabalhos necessários a uma restruturação do Grupo, alienando participações que não faziam parte dos interesses nucleares da EDA ou fundindo empresas que que apresentassem sinergias e objetivos comuns. Em termos de regulação, no ano de 2011 a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos promoveu a revisão de diversos regulamentos, com destaque para o tarifário e o de relações comerciais, tendo a EDA contribuído ativamente no processo, através de comentários e propostas. Os tempos que vivemos são difíceis. O País está a passar por uma das maiores crises da sua história. É neste período de mudança que o Grupo EDA tem de encontrar a melhor estratégia para continuar a investir no futuro, mantendo um serviço de qualidade a todos os seus clientes. O Relatório e Contas de 2011 espelha bem que é possível continuar a prosseguir este caminho. Por último gostaria de endereçar uma palavra de agradecimento aos senhores acionistas pelo apoio e pelo estímulo imprescindível na prossecução dos objetivos estabelecidos para Gostaria também de manifestar o apreço que é devido a todos os colaboradores, quadros técnicos, dirigentes e administradores do Grupo EDA pelo empenho e dedicação que demonstraram ao longo de Relatório e Contas

7 III RELATÓRIO, PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS E CONTAS CONSOLIDADAS Relatório e Contas

8 III.A RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO SEGMENTO ELETRICIDADE Relatório e Contas

9 1 - COMERCIAL No ano de 2011, a procura de eletricidade referida ao consumo ascendeu a 771 GWh, resultando num decréscimo global de -1,0% relativamente ao ano anterior, verificando-se uma diminuição da procura em ambos os níveis de tensão, que correspondeu a -0,7% na média tensão e -1,2% na baixa tensão. No mesmo ano, a rede de distribuição abasteceu clientes, correspondendo a um aumento de 0,5%. Var.% /11 Nº de Clientes ,5 Baixa Tensão ,4 Média Tensão ,6 Consumo de Energia (GWh): 753,7 756,7 756,7 778,6 770,8-1,0 Doméstico 253,5 256,5 256,5 271,3 266,8-1,7 Comérc. e Serviços 252,3 251,0 251,0 256,4 254,5-0,8 Serviços Públicos 89,0 87,8 87,8 89,6 87,5-2,4 Industriais 125,6 127,3 127,3 127,5 127,2-0,2 Ilumin. Pública 33,4 34,2 34,2 33,7 34,8 3,0 O mercado da Região caracteriza-se pela sua reduzida dimensão e grande dispersão, predominando o consumo do comércio e serviços (incluindo serviços públicos), com 44,4% da estrutura de consumos, seguido dos usos domésticos e industriais, com 34,6% e 16,5%, respetivamente. É ainda de salientar que as ilhas de S. Miguel e Terceira foram responsáveis por 79,0% do fornecimento de energia elétrica e 73,3% dos contratos com clientes. O consumo anual per capita * tem revelado um aumento sucessivo nos últimos anos, apresentando taxas de crescimento nos últimos cinco anos que, em média, se situaram na ordem dos 3,1%, sendo, no total da Região e em 2011, de kwh/habitante. Neste ano, o valor mais elevado verificou-se na ilha de Santa Maria, com kwh/habitante, e o mais baixo na ilha do Corvo, com kwh/habitante. * No cálculo do consumo anual per capita, foram utilizadas as estimativas do número de habitantes publicadas pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores para os anos de 2005 a 2009 e para 2010 foram utilizados os resultados provisórios dos censos Relatório e Contas

10 Nº de instalações Consumo kwh/hab Capitação (consumo/hab) SMA SMG TER GRA SJG PIC FAI FLO COR * * - Consumo de 2011 e estimativa do número de habitantes de 2010 Consumo e Nº de instalações SMA SMG TER GRA SJG PIC FAI FLO COR Nº Instalações (mil) Consumo (GWh) Inclui instalações de Média Tensão, Baixa Tensão, Iluminação Pública e Consumos próprios Relatório e Contas

11 Faturação de energia elétrica A faturação de energia elétrica atingiu, em 2011, o montante de mil euros, dos quais mil euros correspondem a fornecimentos de energia em Baixa Tensão, e os restantes mil euros a fornecimentos em Média Tensão. É de realçar que estes últimos representam 28,1% do valor total, embora concentrados em apenas 0,57% do número de contratos de fornecimento de energia elétrica. Face a 2010, a faturação cresceu cerca de 3,6%, em resultado por um lado de uma contração na procura de eletricidade de 1% e do acréscimo do preço médio de venda em 4,7% Faturação * (mil ) Média Tensão Baixa Tensão Energia Faturada ** (GWh) 726,4 751,7 754,8 777,0 769,2 Média Tensão 275,1 283,0 281,9 287,8 286,0 Baixa Tensão 451,3 468,7 473,0 489,2 483,2 Preço Médio Venda (c /kwh) 11,90 12,20 12,77 13,13 13,56 Média Tensão 9,51 9,60 9,85 9,82 10,37 Baixa Tensão 13,35 13,76 14,50 15,09 15,44 * Não inclui energia em contadores e compensação tarifária. ** Não inclui consumos próprios cent /kwh Evolução do preço médio de venda 2007/ ,00 16,00 15,00 14,00 13,00 12,00 11,00 10,00 PMV EDA PMV MT PMV BT 9, Relatório e Contas

12 Indisponibilidades O indicador geral de continuidade de serviço TIEPI (Tempo de Interrupção Equivalente da Potência Instalada) encontra-se evidenciado no gráfico seguinte. Os valores apresentados incluem indisponibilidades dos sistemas eletroprodutores, das redes e instalações de clientes, para interrupções curtas e longas ( 3 minutos e > 3 minutos), para todo o tipo de causas. O ano de 2010 apresenta uma melhoria generalizada do indicador TIEPI em várias das ilhas da Região. As exceções verificadas são maioritariamente justificadas pelo aumento de interrupções previstas, para efeitos de manutenção e intervenções nas redes. De salientar que este indicador inclui todas as interrupções verificadas, intrínsecas aos sistemas da EDA ou devido a problemas nas instalações dos clientes. horas 48 Indisponibilidades Totais Santa Maria São Miguel Terceira Graciosa São Jorge Pico Faial Flores Corvo Ano 2007 Ano 2008 Ano 2009 Ano 2010 Ano 2011 Relatório e Contas

13 2 - SISTEMAS ELETROPRODUTORES Em 2011, o sistema eletroprodutor explorado diretamente pela EDA era constituído por nove Centrais Termoelétricas com uma potência total instalada de 217MW. Explorados pela EEG, empresa participada pela EDA, existiam oito Parques Eólicos nas ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico, Faial e Flores, com uma potência total instalada de 25,0 MW, doze Centrais Hídricas, com uma potência total de 8,2 MW, e ainda duas Centrais Geotérmicas, pertencentes à SOGEO, com uma potência de 23,0 MW. A EDA deu ainda apoio à exploração de duas Centrais Comunitárias, na ilha de São Jorge, tendo uma sido desativada no início do ano em questão. A produção anual de eletricidade atingiu os 840,0 GWh, correspondendo a um decréscimo de 1,1% relativamente ao ano anterior. Dessa produção, o parque termoelétrico contribuiu com 70,0%, com preponderância da produção a fuel, com 61,5%. De realçar, ainda, que a produção termoelétrica sofreu uma redução de 9,5% nos últimos seis anos, passando de 650 GWh em 2006 para 588 GWh em 2011, fruto do incremento da produção com origem em fontes renováveis, a qual foi suficiente para fazer face ao crescimento da procura. No âmbito das energias renováveis, destaca-se a emissão de energia de origem geotérmica, que contribuiu com 22,1% do total e 41,6% do total da ilha de São Miguel, tendo aumentado 7,0% em relação a As energias de origem hídrica, eólica e outras apresentaram, face ao ano transato, variações de 5,3%, -2,3% e 90,4% respetivamente. O crescimento verificado nas outras renováveis é justificado pela entrada em exploração de novos produtores independentes (fotovoltaica, eólica) e micro produtores (fotovoltaica). Emissão de energia (GWh) - Açores Var.% 10/11 Térmica 563,1 587,7 595,5 592,5 570,2-3,7 Fuel 504,2 525,4 525,4 523,4 501,2-4,2 Gasóleo 58,8 62,3 70,1 69,1 69,0 0,0 Hídrica 31,3 25,3 22,4 31,3 33,0 5,3 Geotérmica 177,5 170,3 161,7 173,6 185,6 7,0 Eólica 15,6 21,9 31,1 33,7 33,0-2,3 Outras 0,2 0,0 0,1 0,3 0,4 45,0 Total 787,6 805,2 810,9 831,4 822,3-1,1 Térmica Gasóleo: Inclui Centrais Comunitárias Outras: Biogás, central das Ondas, microgeração e produção independente. Relatório e Contas

14 900,0 800,0 700,0 600,0 500,0 400,0 300,0 200,0 100,0 Emissão Energia (GWh) 0, Outras Eólica Geotérmica Hídrica Gasóleo Fuel As ilhas de São Miguel e Terceira contribuíram com 53,54% e 25,34%, respetivamente, do total da energia emitida para as redes. Realça-se o facto das centrais do Caldeirão, em São Miguel, e do Belo Jardim, na Terceira, terem uma produção correspondente a cerca de 52% do total da energia emitida na região, o que é elucidativo da dificuldade na obtenção dos benefícios das economias de escala, face à descontinuidade geográfica da Região. Emissão de energia elétrica por ilha (GWh) Var.% 10/11 Santa Maria 19,1 19,7 20,4 21,5 21,0-2,2 São Miguel 424,1 435,3 437,1 447,6 440,2-1,7 Terceira 201,6 203,5 204,2 208,2 208,3 0,1 Graciosa 12,7 13,3 13,3 13,7 13,3-3,3 São Jorge 26,1 27,3 28,8 30,3 30,5 0,3 Pico 41,7 42,9 43,9 46,1 46,5 0,8 Faial 50,1 50,6 50,2 50,7 49,6-2,1 Flores 11,1 11,4 11,7 11,9 11,5-2,8 Corvo 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 0,9 787,6 805,2 810,9 831,4 822,3-1,1 Relatório e Contas

15 Ano Ano As pontas máximas em cada uma das ilhas nos últimos cinco anos ocorreram, maioritariamente, no 2º semestre de cada ano. Verificaram-se exceções em 2008 para o Corvo, em 2010 para as ilhas do Faial, Flores e Corvo e, em 2011 para as ilhas da Terceira, São Jorge, Pico e Flores que ocorreram no 1º semestre. No que respeita à evolução da ponta em 2011, relativamente a 2010, verificou-se uma quebra generalizada da mesma, verificando-se que a maior quebra foi registada na ilha da Terceira, com -9,8%, seguida pelas ilhas de São Jorge e do Faial, com -4,9% e -4,8%, respetivamente. Ponta máxima anual (kw) Data da ocorrência em 2011 Santa Maria de Agosto São Miguel de Agosto Terceira de Janeiro Graciosa de Agosto São Jorge de Janeiro Pico de Janeiro Faial de Agosto Flores de Fevereiro Corvo de Dezembro EVOLUÇÃO DA PONTA POR ILHA ( ) Santa Maria São Miguel kw kw Relatório e Contas

16 Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Terceira Graciosa kw kw S. Jorge Pico kw kw Faial Flores kw kw Corvo kw Relatório e Contas

17 3 - A REGULAÇÃO ECONÓMICA As tarifas de eletricidade a cobrar aos consumidores são fixadas anualmente pela ERSE - Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, em função da regulamentação constante do Regulamento Tarifário, onde, para além da metodologia de determinação do nível de proveitos a proporcionar por cada tarifa, se caracteriza a metodologia de cálculo tarifário e a forma de determinação da estrutura das tarifas. A estrutura das tarifas de Venda a Clientes Finais, tanto no Continente como nas Regiões Autónomas, resultou, até 2011, da aplicação do princípio da aditividade tarifária que consiste na definição de tarifas de Venda a Clientes Finais com preços que resultam da adição dos preços das tarifas por atividade aplicáveis em cada nível de tensão e opção tarifária aos clientes do comercializador de último recurso, nomeadamente: tarifas de Energia, Uso da Rede de Transporte, Uso da Rede de Distribuição, Comercialização e Uso Global do Sistema. As tarifas são estabelecidas por forma a proporcionar à entidade concessionária da RNT e aos detentores de licença vinculada de distribuição um montante de proveitos calculados de acordo com as disposições constantes no Regulamento Tarifário, sendo construídas com base em estimativas de vendas de energia, custos operacionais e de investimento entregues pelas empresas reguladas, sendo previamente sujeitas a um processo de aceitação pelo regulador. Dado que as tarifas fixadas têm por base estimativas de venda de energia e custos aceites, existe um mecanismo de ajustamento que permite incluir nas tarifas do ano n+2 o valor do respetivo ajustamento e, desta forma, a empresa pode recuperar ou devolver aos consumidores o montante que resulta da aplicação deste mecanismo, referente ao ano n. Os sobrecustos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são incluídos na Tarifa de Uso Global do Sistema que é aplicada pelos distribuidores vinculados aos fornecimentos a clientes do comercializador de último recurso e às entregas a clientes no mercado liberalizado. Desde 2003, primeiro ano da fixação pela ERSE das tarifas praticadas pela empresa concessionária do transporte e distribuição da RAA, à EDA Eletricidade dos Açores, S.A., até 2008, foi aplicada uma metodologia de regulação por custos aceites para todas as atividades reguladas da empresa. A partir de 2009, a ERSE alterou a forma de regulação das atividades de Distribuição de energia elétrica e de Comercialização de energia elétrica, que passou a ser efetuada por price cap, com o objetivo de incentivar a empresa a obter maiores ganhos de eficiência naquelas atividades. Quanto à atividade de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema, manteve-se o mesmo tipo de regulação baseada em custos aceites e na aplicação de uma taxa de remuneração sobre os ativos líquidos. Para o período de regulação , a ERSE, através do Regulamento Tarifário publicado em Julho de 2011, reviu as metodologias de regulação das atividades desenvolvidas pela Empresa. A atividade de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema terá uma regulação por incentivos, com a definição de metas de eficiência para o OPEX, mediante a aplicação da metodologia de regulação por revenue cap ao nível destes custos, com exceção dos custos com operação e manutenção de equipamentos produtivos afetos a esta atividade. Para as atividades de Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica, manter-se-á a regulação por price cap. Na atividade de Distribuição de Energia Elétrica, os custos de exploração resultarão do mix entre os custos fixos e os custos variáveis, que dependerão dos respetivos drivers de custos e das metas de eficiência a aplicar, enquanto que na atividade de Relatório e Contas

18 Comercialização, os custos de exploração serão o resultado do somatório dos custos aderentes e não aderentes aos custos de referência do Continente e dos respetivos parâmetros de eficiência 2. Para todas as atividades reguladas, o CAPEX terá uma regulação por custos aceites. A EDA desenvolve assim as suas atividades de produção, distribuição e comercialização de energia elétrica num contexto regulado pela legislação em vigor e pela regulamentação emitida pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos. Os parâmetros do atual período regulatório ( ) foram fixados em Relativamente à remuneração dos ativos, destacam-se os seguintes parâmetros que vigoraram no período regulatório que terminou em 2011: A taxa de remuneração do ativo fixo afeto à atividade de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema foi indexada à rendibilidade média diária das OT a 10 anos, acrescida de 300 pontos percentuais, valor que ascende a 400 pontos percentuais para a atividade de Distribuição de energia elétrica. Refira-se que apenas recentemente foram fixados os parâmetros referentes ao fator de eficiência associado aos custos com a descarga, armazenamento, transporte e comercialização do fuelóleo. A fixação destes parâmetros, assim como o custo unitário do fuelóleo para a produção de energia elétrica praticado no mercado primário de referência, previsto no Regulamento Tarifário, ficou dependente de um estudo realizado por um consultor externo, concluído no início de Relativamente aos custos com combustíveis, destaca-se o Acordo celebrado, em Dezembro de 2009, entre a Região Autónoma dos Açores e a EDA, S.A., onde se prevê que: A RAA obriga-se a suportar o eventual diferencial que se verificar entre o custo real suportado pela EDA na aquisição de fuelóleo e o custo de aquisição de fuelóleo para a produção de energia elétrica aceite pela ERSE em conformidade com o disposto no seu Regulamento Tarifário. Em 2011, prosseguiu-se com o processo de convergência das tarifas da Região para com as do Continente, constatando-se que o processo de convergência, em termos médios e por tipo de fornecimento, se encontra concluído. O atual mecanismo de convergência tarifária, estabelecido no Regulamento Tarifário, tem como referencial os preços das Tarifas de Venda a Clientes Finais (TVCF) em vigor em Portugal continental, assegurando, por um lado, a igualdade de preços médios praticados por grupo de clientes e, por outro lado, a convergência individual dos preços da região para os preços das tarifas em Portugal continental. Com a extinção das tarifas de venda a clientes finais acima de 41,4 kw (MAT, AT, MT e BTE), decorrentes da publicação do Decreto-Lei nº. 104/2010, de 29 de Setembro, o mecanismo de convergência necessita de ser ajustado à nova realidade legislativa, tendo a ERSE proposto que o referencial de preços para o qual devem convergir as TVCF de MT e BTE nos Açores e na Madeira seja determinado tendo em conta: (i) os resultados da monitorização dos preços de eletricidade praticados no mercado (ii) as variações das tarifas de acesso às redes e (iii) as variações dos preços de energia. Para o exercício de 2011, a compensação financeira previsional atribuída à EDA ascendeu a 43,1 milhões de euros. Refira-se, porém, que, através do Despacho de 3 de Outubro de 2008, o Ministro da Economia e da Inovação determinou que o montante de 50 milhões de Euros, relativo ao valor de equilíbrio económico-financeiro previsto no Artigo 92º. do Decreto-Lei nº. 226 A/2007, de 31 de Maio, fosse afetado à estabilização das tarifas mediante a redução do financiamento dos custos com a convergência tarifária de 2009 entre as Regiões Autónomas e o Continente. A componente correspondente à Eletricidade dos Açores S.A. não foi transferida pela REN, conforme determinado pela ERSE aquando da publicação das tarifas de 2009, pelo facto da REN não ter recebido qualquer valor previsto no Despacho anteriormente referenciado. 2 A aplicação deste princípio encontra-se dependente do estudo que a ERSE se encontra a realizar. Relatório e Contas

19 Refira-se também que a Lei 12/2008, de 26 de Fevereiro, relativa aos serviços públicos essenciais, determinou que os custos com contadores deixam de ser considerados no cálculo das tarifas de energia elétrica, em resultado da proibição da cobrança aos utentes de qualquer importância a título de preço, aluguer, amortização ou inspeção periódica de contadores ou qualquer outra taxa de efeito equivalente independentemente da designação utilizada. Esta Lei teve como consequências a diminuição da base de ativos a amortizar e a remunerar a partir de 2009, no âmbito da determinação do sobrecusto da atividade de distribuição de energia elétrica. PPEC Plano de Promoção da Eficiência no Consumo A medida Auditoria Energética a Edifícios Escolares, de carácter intangível, desenvolvida ao abrigo do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo, para o período , visou a realização de uma auditoria energética num estabelecimento de ensino público na Região Autónoma dos Açores (Escola Básica Integrada dos Arrifes). O principal objetivo desta medida é, através da auditoria, identificar oportunidades de melhoria do desempenho energético que potencie a redução dos respetivos consumos, bem como avaliar técnica e economicamente os benefícios da implementação de soluções mais eficientes do ponto de vista energético nas instalações escolares do território açoriano. Um segundo objetivo é a divulgação posterior das medidas de eficiência energética propostas junto dos restantes estabelecimentos de ensino e dos serviços regionais de educação. Pretende-se, assim, desenvolver um legado de conteúdos sobre os resultados obtidos na auditoria energética e sobre a importância e necessidade de poupar energia elétrica como estratégia para estimular a mudança de comportamentos da população escolar para a redução do consumo de eletricidade e seus impactos na redução das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE). Para uma maior eficácia desta divulgação, foi impressa uma brochura informativa com os resultados e medidas da auditoria energética, bem como criado um manual de eficiência energética em estabelecimentos escolares. Foi lançado um concurso de ideias interescolar para alunos, organizados em grupos, com vista à apresentação de soluções no âmbito da promoção da eficiência energética e da redução de consumos, tendo em vista a sua implementação no curto prazo nos próprios estabelecimentos de ensino. Para a melhor ideia foi atribuído um prémio ao grupo vencedor, da responsabilidade do Promotor: uma viagem a Lisboa com visita ao Museu da Eletricidade que teve lugar no dia 13 de Abril de Os resultados finais do concurso foram divulgados no workshop com apresentação pública no dia 26 de Novembro de 2010, na Escola EB1 dos Arrifes, em Ponta Delgada e foi dirigida a toda a comunidade educativa. PPDA - Plano de Promoção do Desempenho Ambiental Na continuidade do Plano de Promoção de Desempenho Ambiental (PPDA) da EDA, referente ao período regulatório , procedeu-se ao acompanhamento das medidas dos projetos afetos ao PPDA Relatório e Contas

20 4 - INVESTIMENTO Em 2011, o investimento, a custos totais, realizado no segmento de eletricidade atingiu cerca de 52 milhões de euros. Do investimento realizado, cerca de 51,9% foram utilizados no reforço do sistema electroprodutor, enquanto 37,9% corresponderam ao investimento na rede de transporte e distribuição, numa ótica de garantia da continuidade e qualidade do fornecimento de energia elétrica. O investimento efetuado pela EEG diz respeito aos montantes despendidos na construção/ampliação de parques eólicos e aproveitamentos hidrelétricos. Decorrente da atividade da SOGEO e GEOTERCEIRA, foram investidos, em 2011, cerca de 5 milhões de euros no aproveitamento dos recursos geotérmicos. Investimento (10 3 euros) Actividade Custos Técnicos Encargos Financeiros Total Centros Produtores Centrais Termoeléctricas Parques Eólicos e Aproveitamentos Hidroeléctricos Aproveitamento Recursos Geotérmicos Rede Transporte e Grande Distribuição Rede Pequena Distribuição Outros Total A evolução dos montantes investidos nas atividades de produção, transporte e distribuição de energia elétrica, a preços correntes, nos últimos exercícios, é apresentada nos gráficos seguintes. 10³ euros Investimento Total (preços correntes) Encargos Financeiros Custos Técnicos Relatório e Contas

21 10³ euros Investimento a Custos Técnicos (preços correntes) Centrais Termoeléctricas Parques Eólicos e Aproveitam. Hidroeléctricos Aproveitamento Recursos Geotérmicos Transp. Grande Distr. Pequena Distribuição Outros Relativamente aos projetos de investimento realizados em 2011, destacam-se como mais significativos os seguintes: Produção - EDA Ampliação da central termoelétrica do Aeroporto, em Santa Maria, com a finalização da instalação dos grupos VIII e XIX, conclusão da remodelação do sistema SCADA e da sala de comando; Na ilha de São Miguel, atualização do sistema de comando e controlo da central termoelétrica do Caldeirão, conservação e obras de beneficiação dos tanques de combustíveis da central; Obras de beneficiação das instalações da central termoelétrica de Belo Jardim, na ilha da Terceira; Remodelação e ampliação do sistema de combate a incêndios da central termoelétrica do Caminho Novo, em São Jorge; Na ilha do Pico, a substituição da cobertura do edifício da central termoelétrica do Pico; Ampliação da central termoelétrica de Santa Bárbara, no Faial, com a continuação da instalação do grupo VIII e a revitalização do edifício da portaria da central; Continuação da construção da nova central termoelétrica da Ribeira Além Fazenda, na ilha das Flores. Ampliação da central termoelétrica do Corvo, com a continuação da instalação do grupo V. Produção EEG Início da execução da obra de construção civil do Parque Eólico nos Graminhais, na ilha de S. Miguel, com a execução da empreitada a decorrer entre janeiro e junho. A instalação dos aerogeradores ocorreu nos meses de julho e agosto tendo, a partir de setembro, decorrido a empreitada de montagem dos equipamentos de média tensão. Relatório e Contas

22 Entre os meses de maio e agosto decorreu também a empreitada de construção civil para ampliação do parque eólico da Serra do Cume, a que se seguiu a montagem dos aerogeradores e de ligação elétrica nos meses de setembro e outubro, data a partir da qual se pode já contar com a produção de energia elétrica a partir das novas unidades. Em relação ao novo parque eólico da ilha do Faial, na freguesia do Salão, durante o ano decorreu o processo de seleção do fornecedor dos aerogeradores e elaborou-se o projeto de execução final para os trabalhos de construção civil, tendose procedido também à seleção do empreiteiro para essa realização. As obras de investimento relacionadas com as ampliações dos parques eólicos das ilhas de S. Maria, S. Jorge e Pico prosseguiram com a realização do levantamento topográfico atualizado e com os estudos necessários à alteração de configuração das instalações elétricas existentes face ao previsto aumento de potência eólica. Produção SOGEO Beneficiação dos poços geotérmicos CL2 e CL4. Projeto de execução do poço geotérmico CL8. Com o intuito de expansão da central do Pico Vermelho, foi construído um sistema hidráulico, de caráter definitivo, que permite a derivação e a condução dos caudais provenientes desta central para injeção nos novos poços geotérmicos PV9, PV10 e PV11, executados em Aumento da capacidade de transporte e separação do poço PV4. Avaliação do potencial de produção no campo geotérmico da Ribeira Grande., através de ensaios que contemplaram a estimulação da injetividade do poço PV10 e a caracterização da produtividade dos poços geotérmicos PV9, PV11 e RG5. Finalização da execução dos poços geotérmicos PV9, PV10 e PV11 da central do Pico Vermelho (CGPV), com a relocalização da zona de injeção do fluido geotérmico proveniente da CGPV. Interligação dos poços geotérmicos PV9, PV10 e PV11. Estudo de reconhecimento do potencial geotérmico nas ilhas Graciosa, São Jorge e Pico. Produção GEOTERCEIRA Conclusão dos ensaios dos poços geotérmicos (PA1 a PA4 e PA8) e serviços de consultoria no âmbito da determinação da viabilidade técnica e económica do recurso geotérmico. Transporte e Grande Distribuição Na Ilha de Santa Maria, e ao nível das linhas de distribuição, a remodelação da rede subterrânea 6/10 kv do aeroporto. Na Ilha de São Miguel, ao nível das linhas de transporte em alta tensão (AT), continuação da construção das linhas de transporte de 60 kv dos troços subestação da Lagoa (SELG) 30 Reis I (1ª Fase), 30 Reis I - subestação da Lagoa de Congro (SELC) (1ª Fase) e parque eólico dos Graminhais (PEGR) SELC (1ª Fase). Ao nível das subestações, o início da reformulação da subestação de Ponta Delgada (1ª Fase) e a finalização da montagem do painel de linha AT 60 kv na subestação da Lagoa (SELG). Relatório e Contas

23 Nas linhas de distribuição, a continuação da remodelação da rede 10 kv da cidade de Ponta Delgada (3ª Fase), das linhas 10/30 kv do Cabouco (3º troço) e da rede MT 30 kv das Capelas, reforço da secção da linha Sul - posto de seccionamento Areias subestação das Furnas (SEFU), construção do ramal MT 30 kv do PT R. Amaro Dias, desdobramento da linha MT 30 kv Arrifes e ampliação de diversas redes MT. Na Ilha Terceira, ao nível das subestações, a continuação da ampliação da subestação das Lajes (SELJ) e a construção do centro de distribuição de Belo Jardim (CDBJ). Nas linhas de distribuição, a conclusão da construção da saída subterrânea 15 kv da subestação das Lajes e da saída 15 kv da subestação de Vinha Brava São Bartolomeu (nó PT 95), a remodelação da linha MT Angra II, das linhas e ramais 15 kv da subestação das Quatro Ribeiras (Serreta) e do troço PT 73 PT 79 Boaventura e da rede subterrânea MT 15 kv da cidade de Angra do Heroísmo. Na Ilha Graciosa e ao nível das linhas de distribuição, a ampliação de redes MT. Na Ilha de São Jorge, ao nível dos centros de controlo e telemedida, a montagem de teleinterruptores na rede MT de 15 kv. Nas Linhas de Distribuição, a ampliação em diversos ramais e na rede MT 15 kv. Na Ilha do Pico, ao nível das linhas de distribuição, a remodelação 15/30 kv das linhas Madalena Bandeiras Santo António e Lajes São Mateus, e diversas ampliações da rede MT. Na Ilha do Faial, ao nível dos centros de controlo e telemedida, a montagem do sistema de teleação na rede MT, da cidade da Horta. Ao nível das linhas de distribuição, a conclusão da remodelação da linha e ramais 15 kv Horta Cedros PT8 PT20. Na Ilha das Flores, e ao nível dos postos de seccionamento, a conclusão da construção do posto de seccionamento de Santa Cruz. No que diz respeito às linhas de distribuição, a conclusão da construção das saídas 15 kv da nova central das Flores. Pequena Distribuição Em Santa Maria, ao nível de postos de transformação, a eletrificação e alteração de potências em diversos PT e remodelação 6/10 kv de PT públicos do Aeroporto. Ao nível das redes rurais, a continuação da ampliação de redes BT de Santa Maria. Em São Miguel, ao nível de postos de transformação, a eletrificação e alteração de potência em diversos PT, a remodelação 10/30 kv dos PT da linha do Cabouco e da freguesia das Capelas e a construção do posto de transformação público de cabine baixa - R. Amaro Dias. Ao nível das redes urbanas, a continuação da remodelação da rede de baixa tensão da cidade de Ponta Delgada (4ª fase). Quanto às redes rurais, a conclusão da remodelação da rede BT do PT 165 (Salga), para além de diversas ampliações de rede BT. Na Terceira, ao nível de postos de transformação, a conclusão da eletrificação e de alterações nas potências de diversos PT. Ao nível das redes urbanas, a remodelação das redes BT da Estrada 25 de Abril (Praia da Vitória) e de Belo Jardim. No que diz respeito às redes rurais, a remodelação da rede BT do PT 23 C. Nova S. Carlos, assim como a ampliação e a construção de redes BT. Relatório e Contas

24 Na Graciosa, ao nível dos postos de transformação, a conclusão da remodelação dos PT 3 (Luz) e 25 (Igreja). Nas redes rurais, a continuação da remodelação da rede BT do PT 14 Brasileira. Em São Jorge, ao nível de postos de transformação, a construção do PT aéreo de 100 kva com seccionador Ponta Topo. Ao nível das redes urbanas, a remodelação da rede BT da Calheta. Nas redes rurais, a remodelação das redes BT do PT 69 (Bairro de Santa Catarina) e ampliação das redes BT da ilha de São Jorge. No Pico, ao nível de postos de transformação, a continuação da remodelação 15/30 kv dos PT das linhas Madalena-Bandeiras- Santo António e Lajes-São Mateus 1. Ao nível das redes urbanas, a remodelação da rede BT das Lajes do Pico. Quanto às redes rurais, a remodelação da rede BT em diversas zonas da ilha e o prosseguimento da ampliação de redes BT. No Faial e ao nível de postos de transformação, continuação de diversas eletrificações e alterações de potência em PT e a remodelação do PT 20 (Praça). Quanto às redes rurais, a ampliação de redes BT. Nas Flores e ao nível das redes rurais, a ampliação de redes BT. No Corvo e ao nível das Redes Urbanas, a conclusão da remodelação da rede BT da Vila Nova do Corvo. Relatório e Contas

25 5 - RECURSOS HUMANOS As organizações que desfrutam de uma longa vida assentam em fundações sólidas. Os colaboradores do grupo EDA constituem o ativo mais valioso das empresas para a manutenção de elevados níveis de serviço, com capital humano altamente motivado e alinhado com os objetivos estratégicos, no sentido de alcançar a sustentabilidade a longo prazo, assegurar e reforçar continuamente valores como trabalho de equipa, inovação, partilha de saberes, integridade e atualização de conhecimentos. Evolução dos efetivos O número total de trabalhadores com vínculo ao Grupo EDA, no final de 2011, correspondeu a 947, representando assim um aumento de 0,1%, relativamente ao ano anterior. Trabalhadores com vínculo GRUPO EDA % EDA ,2% EEG ,3% SOGEO ,0% GLOBALEDA ,5% SEGMA ,0% GEOTERCEIRA ,0% NORMAÇORES ,5% CONTROLAUTO ,3% Req./Cedidos Grupo EDA ,4% Requisitados Ent. Oficiais ,0% Total ,1% Formação Atualmente, assistimos a grandes alterações na nossa realidade quotidiana que ocorrem de uma forma contínua e num curto espaço de tempo. Estas alterações constantes implicam que as organizações estejam também em constante mudança com o objetivo de se adaptarem a estas novas exigências e a poderem responder da forma mais adequada possível. Neste contexto, a função da formação é responder às necessidades de acordo com características específicas vividas pela organização, visando dotar os sujeitos de capacidades de planeamento, diagnóstico, tratamento de informação e de decisão, bem como ajudar a empresa a ser flexível e a adaptar-se às novas tecnologias. A qualificação dos colaboradores e o apoio à sua valorização pessoal e profissional são uma prioridade para o Grupo EDA. O Plano de Formação constitui, por isso, um referencial orientador da gestão da formação e está alinhado com a Visão, Valores, Compromissos e Desafios estratégicos da organização. Em 2011, o total de horas de formação foi de , a que corresponde um crescimento de 38%, em relação ao ano anterior. Relatório e Contas

26 Nas áreas temáticas abrangidas pela formação, a área de Eletricidade e Energia, com 27% das ações foi claramente a área mais assistida em Em certa medida este aumento resultou do avultado número de colaboradores que se encontram a laborar nesta área específica. Registe-se também a formação na Proteção e Ambiente e na Segurança e Higiene no Trabalho, que apesar do número reduzido de horas por ação, abrange colaboradores de quase todas as estruturas organizativas, sendo estas ações quase todas ministradas por formadores internos. A EDA tem vindo a desenvolver uma série de dinâmicas, instrumentos e ferramentas de apoio ao exercício de liderança. Destacase o curso de formação Inteligência Emocional realizado em 2011, entre os meses de maio e setembro, tendo sido ministradas 7 Ações de Formação (6 em São Miguel e 1 na Terceira), envolvendo 73 participantes com diferentes funções de coordenação, nas diversas áreas funcionais, ao longo de 2 dias. Esta ação possibilitou uma reflexão sobre a gestão das emoções, através do reconhecimento da relevância da Inteligência Emocional, para que seja possível atingir uma liderança de excelência. Prevenção e Segurança No ano de 2011, foi dada continuidade ao trabalho desenvolvido nos anos anteriores, de modo a atingir os objetivos propostos para a área da Prevenção e Segurança, no que se refere a uma melhoria contínua das condições de trabalho dos trabalhadores da EDA. Os trabalhos desenvolvidos que mereceram maior destaque, foram: Formação de Higiene e Segurança no Trabalho, Trabalhos em Altura, Gestão de Emergência (primeiros socorros e combate a incêndios); Auditorias de segurança a edifícios da área administrativa e armazéns; Medidas de controlo de Higiene, através de avaliação de ruído nas centrais Termoelétricas; Inspeção anual aos equipamentos de trabalhos em altura utilizados pelos operacionais das Direções da Produção, Distribuição e Comercial; Relatório e Contas

27 Seleção de equipamentos de proteção individual a introduzir na EDA; Elaboração de procedimentos de segurança das atividades da Direção de Distribuição; Adaptação dos Planos de Emergência Internos das Centrais Termoelétricas do Caldeirão, Aeroporto e Belo Jardim, face à legislação recentemente publicada; Realização de Simulacros nas Centrais Termoelétricas do Caldeirão, Belo Jardim e Aeroporto; Realização da reunião anual da Comissão de Segurança. Quanto à sinistralidade laboral no ano de 2011, registaram-se 22 acidentes, sendo 17 com baixa médica, não se verificando acidentes mortais. Ano Acidentes Dias Perdidos No ano de 2011, verifica-se que existiu maior número de acidentes de trabalho e de dias perdidos relativamente ao ano anterior. O aumento de dias perdidos motivado por acidentes de trabalho, passou de 500 para 626 dias, um aumento de aproximadamente 25%. De referir que, relativamente ao tipo de acidentes do ano de 2011, 18% dizem respeito a Movimentos incorretos ou sobre esforços e 14% a acidentes de origem elétrica, salientando, pela negativa, o facto de se ter registado 3 acidentes de origem elétrica. A sinistralidade laboral registada no ano de 2011 nas restantes empresas do Grupo EDA, foi a seguinte: Relatório e Contas

28 SOGEO SEGMA GLOBALEDA GEOTERCEIRA TOTAL Nº ACIDENTES Nº DIAS PERDIDOS Registou-se uma baixa sinistralidade e um reduzido número de dias perdidos nestas empresas, fator esse que consideramos positivo e de realçar, face à atividade laboral desenvolvida. Medicina do Trabalho A Medicina do Trabalho efetuou durante o ano o conjunto de atividades habituais: exames, educação para a saúde, vacinação e acompanhamento de processos de reforma. Ao longo do ano foram realizadas 50 visitas aos postos de trabalho. VISITAS EDA 30 EEG 2 SOGEO 4 GLOBALEDA 5 SEGMA 6 GEOTERCEIRA 1 NORMA 2 A vacinação atingiu um total de 335 colaboradores e foram realizados 1612 exames médicos, com a seguinte repartição: EXAMES Admissão Periódico Ocasionais TOTAL EDA EEG SOGEO GLOBALEDA SEGMA GEOTERCEIRA NORMA CONTROLAUTO Relatório e Contas

29 6 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A área de Organização e Gestão de Processos de Negócio, concluiu, em 2011, todo o processo de levantamento dos processos de negócio da área de Exploração da Produção e iniciou o levantamento da área de Exploração da Distribuição (levantamento, análise, representação, automatização, integração, monitorização e otimização dos processos ao longo de toda a cadeia de valor). Na área dos Sistemas e Tecnologias de Informação, a monitorização sistemática das prestações a efetuar pelas empresas prestadoras de serviços em regime de outsourcing, NOVABASE e LOGICA, e avaliação de todos os aspetos conexos com a execução dos serviços, conforme previsto no modelo de relacionamento, constituiu uma das atividades que mais tempo consumiu à equipa do SITIC. Ao longo de 2011, foi realizado o acompanhamento de projetos, nomeadamente o upgrade SIT/SIG, SAP PM, PS e Mobilidade, Sistema Comercial ClienteMais (autonomização para as aplicações EDA Online, GCOB, AGC-offline, PTArquivo (IXOS), SAP BW e SGL), Portais (Sharepoint), SAP CATS (substituição EDATIME) e VOIP e Lync. Em Dezembro de 2010, foi feita a publicação do anúncio do Concurso Público Internacional que tem por objeto a adjudicação de uma proposta de fornecimento de serviços de desenho e implementação das soluções: i) SAP-PS (Project System) para suporte dos processos de gestão e controlo do investimento e projetos; ii) SAP-PM (Plant Maintenance) para suporte dos processos de gestão da manutenção, no contexto das operações das áreas de Produção e de Distribuição; e iii) Mobilidade para a área de manutenção. Durante o primeiro trimestre de 2011, foram apresentadas e analisadas as propostas. O contrato foi adjudicado, em Julho de 2011, ao agrupamento PT PRIME SOLUÇÕES EMPRESARIAIS DE TELECOMUNICAÇÕES E SISTEMAS, S. A. PT SISTEMAS DE INFORMAÇÃO S.A. e INDRA SISTEMAS PORTUGAL, S.A., com um prazo de execução de 28 semanas. O início do projeto ocorreu em Setembro de Durante o segundo trimestre concluiu-se a preparação de toda a documentação para o lançamento do procedimento Pré- Contratual para a Celebração de Contrato de Aquisição de Serviços para Desenho e Implementação de Solução SAP CATS Cross Application Time Sheet. Este projeto visa, entre outros, desenhar e implementar uma solução de preenchimento de folha de tempos por atividades substituindo a aplicação atual denominada EDA Time e que responda aos requisitos identificados neste caderno de encargos. O contrato foi adjudicado, em Setembro de 2011, à NOVABASE, com um prazo de execução de 8 semanas. O início do projeto ocorreu em Outubro de Ainda durante o segundo trimestre, concluiu-se a preparação de toda a documentação para o lançamento do procedimento Pré- Contratual para a Celebração de Contrato de Aquisição de Serviços para Desenho e Implementação de Solução de Intranet, Internet e Colaboração baseada em MICROSOFT Sharepoint. O projeto tem por objetivo responder à necessidade de renovação da imagem, usabilidade e da plataforma tecnológica dos atuais portais Internet, Intranet e Colaborativo, usados pela EDA e pelas empresas do GRUPOEDA que utilizam a infraestrutura partilhada. O contrato foi adjudicado, em Outubro de 2011, à UNISYS, com um prazo de execução de 23 semanas. O início do projeto ocorreu em Janeiro de Relatório e Contas

30 7 COMUNICAÇÃO O ano de 2011 começou com a realização da ação A Nossa Marca. Foi uma obra que teve um impacto muito significativo, quer no seio da empresa, quer na sociedade, dado que cerca de 70 colaboradores do Grupo EDA, voluntariamente, fizeram uma intervenção de fundo no Patronato de São Miguel, melhorando as condições das crianças que nele habitam. Foi uma ação de Solidariedade Social que, ao longo do ano, foi complementada com apoios financeiros a outras instituições da Região. Paralelamente, foram atribuídos patrocínios de cariz cultural, com vista ao apoio de diversos espetáculos, sendo de realçar o Workshop de Voz e Orquestra, do qual a EDA é patrocinador oficial. Foi ainda em 2011 que terminaram as comemorações do 20º aniversário da SOGEO. Com as fotografias e fotos recebidas no concurso A Energia da Nossa Terra organizou-se uma exposição, que esteve patente na Casa do Arcano, na Ribeira Grande. No último trimestre do ano realizou-se um encontro sob o tema Evolução a Curto Prazo do Sistema Elétrico da Ilha de São Miguel Perspetivas para a sua regulação. Este evento, promovido pela Eletricidade dos Açores, contou com a presença de várias personalidades, da TPF / ALSTOM, ORMAT, ABB e INESC do PORTO, que partilharam os seus conhecimentos com os vários quadros da EDA presentes. Ao longo do dia, foram discutidas as soluções existentes, a possibilidade de novas alternativas, com vista ao aperfeiçoamento e rentabilidade do Sistema Elétrico. Ao nível da Assessoria, manteve-se a mesma lógica de envio de notas aos órgãos de comunicação social, quer dos investimentos, quer de outras temáticas consideradas importantes pelo Conselho de Administração, assim como organização de conferências de imprensa e de entrevistas. Relatório e Contas

31 8 QUALIDADE E AMBIENTE Em 2011, a EDA, S.A. deu continuidade ao projeto de Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente, demonstrando a sua preocupação e empenho em garantir a SATISFAÇÃO DO CLIENTE, a sistematização das ações de MELHORIA CONTINUA e a redução dos IMPACTES AMBIENTAIS resultantes da sua atividade. O projeto teve como objetivo estender o sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9001:2008) já existente, à condução de Centrais, neste caso à Central do Caldeirão e integrar a Gestão Ambiental (ISO 14001:2004). Para alé m disso foi efetuada a integração de todos os Sistemas Certificados (EPROD, COMEL) e não Certificados (EDIST) passando os processos de suporte a serem transversais a todas as áreas. No decurso do ano 2011, foram alcançados os objetivos previstos, destacando-se as seguintes atividades: A Manutenção da Certificação dos Sistemas de Gestão da Qualidade implementados, através do cumprimento dos requisitos definidos pelos respectivos referenciais; A dinamização das ações de melhorias no domínio do Ambiente. Integração do Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente Realização de ações de monitorização, em conformidade com os requisitos de Lei, nas áreas operacionais da EDA. A consolidação do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos e a consequente disciplina de gestã o de resíduos, por utilização de práticas adequadas. O cumprimento da política interna de diminuição do impacto das atividades da EDA no Ambiente e melhorias de Qualidade, contribuindo assim para a obtenção de melhor desempenho e consequentes resultados positivos da atividade do sector energético. Qualidade Em 2011 foi dada continuidade ao projeto de Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente na EDA, S. A. Com a implementação do SGQA na EDA, S.A. o Sistema de Gestão passa a ter o seguinte âmbito: Produção de Energia em Sistemas Termoeléctricos. Manutenção dos Sistemas de Produção de Energia, no âmbito da Direção de Exploração da Produção, que integra a certificação NP EN ISO e NP EN ISO 14001:2004. Comercialização de Energia, Potência e Serviços Conexos, no âmbito da Direção Comercial, com certificação na NP EN ISO 9001:2008. Planeamento e Execução de Manutenção de Subestações, Linhas AT/MT e Equipamentos de Manobra da Rede, Análise de Projetos para Instalações Particulares e de Serviço Público e Viabilidades para Operações Urbanísticas e Obras Particulares Não Sujeitas a Licenciamento Municipal, no âmbito da Direção de Exploração da Distribuição, que ainda não se encontra integrado na Certificação. Relatório e Contas

32 Ao nível do Sistema de Gestão implementado no Laboratório de Contadores de Energia Elétrica, em Fevereiro de 2011 foi realizada a Auditoria de Acreditação do Laboratório pelo IPAC, de acordo com o referencial NP EN ISO/IEC 17025:2005, tendo sido obtida a Acreditação do Laboratório em Maio de Em 2011, foi também assegurada a manutenção da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade da Globaleda, de acordo com o referencial NP EN ISO 9001:2008. Ambiente Efluentes Gasosos Foram efetuadas 2 campanhas de monitorização pontual dos efluentes gasosos para as fontes das centrais termoelétricas, nos parâmetros requeridos legalmente. As Centrais Termoelétricas de São Miguel e da Terceira dispõem de monitorização em contínuo, tendo sido apresentados, em 2011, à Direção Regional do Ambiente, os relatórios trimestrais com os resultados obtidos. De um modo geral verifica-se uma diminuição das emissões de Óxidos de Azoto (NOx), Dióxido de Enxofre (SO 2 ) e Partículas (PTS) em parte devido à diminuição da produção. Em contraponto verificou-se um ligeiro aumento das emissões de Monóxido de Carbono (CO) NOX (ton) SO2 (ton) PTS (ton) CO (ton) Produção (MW) Efluentes Líquidos As Centrais Termoelétricas da EDA possuem instalações de tratamento de efluentes líquidos, que permitem assegurar uma adequada qualidade do efluente rejeitado, conforme definido no Decreto-lei 239/98 de 1 de Agosto. Todas as centrais possuem licença de descarga ao solo de efluentes líquidos e, como preconizado nestas, efetuou-se a monitorização, durante o ano 2011, das águas residuais, com a periodicidade bimestral no caso das Centrais do Caldeirão e do Belo Jardim e trimestral no caso das restantes centrais. Relatório e Contas

33 Licenciamento Ambiental (PCIP Prevenção e Controlo Integrado da Poluição) Foram realizadas ações de formação/sensibilização para o cumprimento das exigências ambientais, estipuladas nas Licenças Ambientais. De acordo com o estipulado nas Licenças Ambientais, foram entregues, na Direção Regional do Ambiente (DRA), os Relatórios Ambientais Anuais (RAA) referentes a 2010 para as Centrais Termoelétricas do Caldeirão e Belo Jardim. Igualmente decorrentes das obrigações das Licenças Ambientais foram elaborados e enviados para a autoridade, os Planos de Desempenho Ambiental (PDA) para o período , com ações de melhoria ambiental, de forma a minimizar ou evitar efeitos adversos no ambiente. Releva-se a participação da EDA-GQAMB no 3º Encontro Regional de Operadores PCIP-PRTR, que se realizou em Ponta Delgada, no qual efetuou uma apresentação do desempenho ambiental da Central do Caldeirão na ilha de São Miguel. Mercado de Carbono O Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) abrange quatro Centrais Termoelétricas da EDA e constitui um importante mecanismo de mercado no combate às alterações climáticas. O processo encontra-se presentemente no chamado período , no qual foram alocadas à EDA - PNALE II (Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão) em Portugal - licenças de emissão da ordem das 1,9 Mt CO2. Na Exploração de Produção deu-se continuidade à gestão das licenças de carbono, para o período , sendo que a Verificação das licenças de carbono, referente ao ano de 2011, foi realizada no decurso do mês de Fevereiro de 2012, por uma entidade verificadora certificada. Nos quadros seguintes apresenta-se o comparativo da gestão de licenças de carbono (tco2) e os consumos específicos (kgco2/kwh), para o período Relatório e Contas

34 Do total de licenças de carbono alocadas à EDA ( tco2), para o ano de 2011 e para as 4 centrais CELE (Central Termoelétrica do Caldeirão S. Miguel, Central Termoelétrica do Belo Jardim Terceira, Central Termoelétrica de S. Bárbara Faial e Central Termoelétrica de S. Roque do Pico Pico), apenas foram consumidas 71% das licenças ( tco2), ficando um remanescente de tco2. PRTR - Pollutant Release and Transfer Register De acordo com o Regulamento PRTR, as Centrais do Caldeirão e Belo Jardim encontram-se abrangidas por este inventário, devido à sua capacidade térmica instalada (>50 MWt). Para estas Centrais foram efetuados os devidos registos, via online no sítio da Direção Regional do Ambiente (DRA). O preenchimento do Formulário PRTR2010 decorreu entre Março e Maio de 2010, tendo as informações reportadas pela EDA sido verificadas e aceites para ambas as Centrais. A sigla PRTR significa Pollutant Release and Transfer Register, em português Registo de Emissões e Transferências de Poluentes. Resíduos A EDA realiza uma gestão de resíduos com a constante preocupação da redução da sua produção na origem e da valorização através do seu encaminhamento para os Operadores Licenciados para a gestão de resíduos (quando existentes), conforme estipulado na legislação vigente. Nas centrais térmicas da EDA são gerados em grandes quantidades resíduos provenientes do tratamento do fuelóleo. Nos processos de operação e manutenção das redes elétricas são produzidos igualmente resíduos metálicos e de postes de betão. Relatório e Contas

35 Durante o ano 2011 deu-se continuidade à gestão e conveniente encaminhamento dos diversos tipos de resíduos, desenvolvendo-se esforços para obtenção das soluções sustentáveis para todos os resíduos. Neste período, a EDA, S.A. declarou à DRA, a produção de 7.318,7 toneladas de resíduos produzidos, das quais 2.247,8 toneladas (30,7%) correspondem a resíduos industriais perigosos (RIP). De referir que em comparação com 2010, verificou-se um aumento de mais do dobro dos resíduos produzidos (+132,1%), resultantes do correto encaminhamento de resíduos de construção e demolição, de obras promovidas pela EDA, para destino adequado. Quadro síntese de resíduos da EDA encaminhados para Operadores Licenciados Produção (tons) Tipos de resíduos Variação Destino Resíduos Industriais Perigosos 1.900, , ,9 p Óleos Usados 78,7 99,6 129,4 p Valorização Resíduos de Combustível 1.814, , ,3 p Valorização Lâmpadas 0,8 1,0 1,3 p Reciclagem Águas Oleosas 4,0 0,0 18,7 p Valorização Outros resíduos perigosos 2,3 6,2 50,2 p Valorização/Eliminação Resíduos Industriais Banais 665, , ,9 p Produtos Químicos 0,0 0,0 0,0 Valorização Sucata 189,5 264,7 197,1 q Reciclagem RC&D 445,2 717, ,3 p Reciclagem/Eliminação Papel 3,3 8,3 5,4 q Reciclagem/Eliminação Equip. e componentes fora de uso 23,7 79,3 52,3 q Reciclagem Outros resíduos banais 4,0 110,0 65,8 q Reciclagem/Eliminação TOTAL DE RESÍDUOS 2.566, , ,7 p Legenda: p Aumento da quantidade de resíduos q Diminuição da quantidade de resíduos Relatório e Contas

36 Durante o ano de 2011, foram recolhidos separadamente nas instalações da EDA 51 tipos diferentes de resíduos, que originaram registos de movimentos de transporte de resíduos para aterros/lixeiras e Operadores Licenciados. Foram realizadas em 2011, 23 ações de formação intituladas Gestão de Resíduos, nível 1 e 2, onde participaram 168 colaboradores do universo do Grupo EDA. De um modo geral, a EDA em 2011 apresenta um indicador de produção de resíduos na ordem dos 12,4kg por cada megawatt elétrico produzido de origem térmica. Durante 2011 a gestão de resíduos envolveu custos na ordem dos 549 m, sendo que 84% desse valor é relativo à recolha dos resíduos de combustíveis das Centrais a Fuelóleo e 10% é relativo ao pagamento das ecotaxas com a aquisição de lubrificantes e equipamentos elétricos. À semelhança de anos anteriores, também se obteve algum proveito financeiro com a venda de resíduos metálicos, que em 2011 ascendeu aos 222 m, valor inferior em 10%, face ao registado em igual período em 2010 (246 m ). Ruído Em 2011 a EDA procedeu à realização de várias campanhas de medição do ruído ambiental nas Centrais Termoelétricas, tendo-se obtidos resultados satisfatórios. Na Central Termoelétrica do Belo Jardim foi efetuado um disgnóstico de causa para determinação das medidas de melhoria necessárias para a diminuição da incomodidade junto das habitações mais próximas da Central, no âmbito da Prevenção e Controlo do Ruído. Relatório e Contas

37 III.B RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO OUTROS GLOBALEDA, S.A. A GLOBALEDA Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. é uma empresa do Grupo EDA que tem como objetivo aproveitar os recursos existentes e o know-how da EDA, S.A. na área das telecomunicações. A empresa possui duas atividades principais: comercialização de Telemóveis e Acessórios e Projeto, Instalação, Operação e Manutenção de Infraestruturas de Telecomunicações. O exercício económico, de 2011, caracterizou-se por um acentuado decréscimo nos proveitos operacionais da empresa na ordem dos 26,1%, em linha com o cenário de crise económico-financeira que ao longo do ano se foi verificando e acentuando e que teve impacto no volume de negócios da empresa, sobretudo ao nível das vendas de telemóveis. A comercialização de telefones móveis celulares apresentou um decréscimo de 23,63%, face ao ano anterior, tendo-se assistido a uma redução da adesão ao serviço celular (decrescimento do número de ativações), quer por parte das empresas, quer por parte dos particulares. De realçar, ainda, que o menor volume de negócios apresentado nesta área, derivou do facto da estrutura de preferências dos consumidores ter-se alterado para a compra de equipamentos de baixo valor, fruto do clima recessivo existente, ao mesmo tempo que, no mercado empresarial, a contenção de custos nas comunicações das empresas foi bastante expressiva. A conjugação destes fatores negativos de comportamento macroeconómico levou, ao decréscimo da receita da Globaleda, não só em termos de faturação associada diretamente à comercialização de telemóveis, mas também, ao nível dos proveitos oriundos do comissionamento das ativações associadas ao agenciamento Vodafone. Nas atividades técnicas de conceção, projeto, fornecimento, instalação e de manutenção, verificou-se um decréscimo de cerca de 35% face ao ano de Como consequência destes resultados, experimentou-se um forte abrandamento ao nível da solicitação e dinâmica do mercado, fruto da atitude recessiva e cautelosa dos agentes económicos. O exercício económico de 2011 caracterizou-se por um decréscimo nos proveitos operacionais da empresa que ascenderam a mil euros, enquanto no exercício anterior, foram de mil euros, o que corresponde a uma variação negativa de 26,1%. O volume de negócios decresceu 26%, de 2010 para 2011, acompanhando, assim, o sentimento económico-financeiro presente. As Prestações de Serviços, rubrica com maior peso dos proveitos operacionais, ascenderam aos mil euros. No ano de 2010, atingiram os mil euros, registando um decréscimo de 27,1%. Os custos operacionais em 2011 ascenderam a mil euros. Comparativamente ao período homólogo anterior, em que o seu valor foi de mil euros, estes custos apresentam um decréscimo de cerca de 15,8%. A diminuição resulta das Relatório e Contas

38 variações negativas de todas as rubricas de custos operacionais, à exceção das Imparidades de Inventário e dos Outros Gastos e Perdas, nos quais se verifica um acréscimo global de 20,6 mil euros. Em 2011, ano caracterizado por um cenário macroeconómico bastante adverso, a empresa apresenta resultados operacionais no valor de 607 mil euros e resultados líquidos de cerca de 692 mil euros, ambos negativos. O resultado líquido negativo, deriva de um decréscimo mais acentuado dos Proveitos Operacionais, face aos custos de exploração, não obstante o esforço de racionalização levado a cabo no decurso do exercício. Em termos de indicadores económico-financeiros apresenta a seguinte evolução, relativamente ao período de 2007 a 2011: Indicadores Económicos e Financeiros Endividamento (%) 61,8 61,0 71,3 78,6 99,2 Autonomia financeira (%) 38,2 39,0 28,7 21,4 0,8 Solvabilidade (%) 71,0 71,1 40,2 27,3 0,8 Solvabilidade total (nº) 1,6 1,6 1,4 1,3 1,0 Enc.financ./vendas e prest. serv. (%) 0,5 0,7 0,23 0,34 1,26 Resultado Operacional EBIT ( ) *De 2007 a 2008 os Indicadores são calculados em base de POC, a partir de 2009 com base em SNC. Perspetiva-se que o cenário macroeconómico, para o ano de 2012, será de forte impacto negativo nos principais indicadores da economia portuguesa, com acentuado decrescimento do PIB, que se traduzirá no aumento das dificuldades da generalidade das empresas em todos os sectores de atividade económica, com reflexo em baixos investimentos nas áreas de Telecomunicações e atitudes mais cautelosas em termos de novos projetos. Para enfrentar este enquadramento adverso a empresa está determinada a levar a cabo uma reestruturação interna para redimensionamento da sua estrutura, a par de um esforço de diversificação da sua atividade para novas oportunidades de negócio. Relatório e Contas

39 SEGMA, Lda. A SEGMA Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda., é uma empresa do Grupo EDA, constituída em 1998, com o objetivo de prestar serviços na área de engenharia e tem vindo, progressivamente, a alargar a sua atividade a novos e mais exigentes segmentos de mercado. Atualmente, a SEGMA, está presente com equipas de operacionais na maioria das 9 ilhas dos Açores, posicionando-se como líder de marcado, com mais de 400 clientes, alguns internacionais, de países como Espanha, Alemanha, Estados Unidos e Austrália. Como áreas de Negócio, existem, atualmente, os Serviços EDA, a Manutenção, a Fiscalização, os Projetos, os Serviços Técnicos e a Consultoria. A organização da SEGMA por tipos de atividade (centros de resultado) e por núcleos de negócio, com órgãos de apoio flexíveis e leves, tem-se revelado um modelo eficaz, a manter e melhorar. O segmento dos Serviços EDA, ascendeu, em 2011, a 956 mil euros, valor que está em linha com a realização em Relativamente à Manutenção, setor que se pretende que seja cada vez mais importante, o valor da produção foi de mil euros, mais 41% que em O negócio da Fiscalização atingiu 66 mil euros em 2011, o que traduz um aumento de 7% em relação a Os Projetos de Infraestruturas Elétricas diminuíram em 2011 cerca de 22%, ficando-se pelos 417 mil euros. No segmento dos Serviços Técnicos, o crescimento de 2010 para 2011, foi significativo, tendo atingido cerca de mil euros, isto é, um crescimento de 33%. A Consultoria registou o valor de 85 mil euros, em 2011, realização que se encontra ao mesmo nível do que foi alcançado em No que concerne aos núcleos de negócio, estes são compostos por quatro núcleos: São Miguel e Santa Maria (SMG/SMA) Terceira, Graciosa e São Jorge (TER/GRA/SJG) Pico, Faial, Flores e Corvo (PFFC) Direção de Projetos Na distribuição percentual de faturação por núcleos de negócio, há a realçar o ligeiro aumento do peso do núcleo de SMG/SMA para cerca de 73% (66% em 2010). Com evolução inversa, o núcleo TER/GRA/SJG apresenta 12%, o núcleo PFFC com 7% e o núcleo de Projetos com 8% do total faturado. A situação económica da SEGMA, no fim do exercício de 2011, apresenta-se significativamente reforçada, com a obtenção de 727 mil euros de resultados líquidos, correspondente a um acréscimo de 37% face aos resultados de 2010, isto é mais 196 mil euros. Deste modo, assistimos ao maior resultado de sempre da SEGMA. Os resultados operacionais atingiram os 872 mil euros, mais 39,3% que no ano anterior, por via de um maior aumento das prestações de serviços, 752 mil euros, face à subida dos custos de produção em 528 mil euros. Deste modo o Relatório e Contas

40 resultado sofreu um incremento de 246 mil euros. Os resultados financeiros apresentam uma evolução favorável, tendo atingido uma valor de 39 mil euros, face aos 35 mil euros apurados em A empresa terminou 2011, com um resultado antes de impostos de 911 mil euros, o que configura um crescimento de 38% em relação ao ano anterior. Os proveitos totais atingiriam os do mil euro, verificando-se um aumento de 18,8% face a Apesar do impacto negativo da conjuntura atual e das medidas de austeridade impostas a nível nacional, pode-se considerar que a SEGMA não só conseguiu manter-se estável como também reforçou a sua atividade, dando uma resposta positiva ao presente cenário macroeconómico. Os custos totais, em 2011, alcançaram os mil euros, significando um aumento de 15,2% face a Para este comportamento contribuíram, principalmente, os custos com mercadorias vendidas e consumidas. Os fornecimentos e serviços externos atingiram os mil euros, menos 8,2% que em Na estrutura de gastos da SEGMA, esta rubrica assume particular relevo com um peso de 43% (56% em 2010, 47% em 2009) relativamente às prestações de serviços. A componente com maior expressão diz respeito aos custos com a aquisição de materiais (Subcontratos Materiais), com 47% do total desta categoria de custos, registando uma diminuição de 7% face a Os gastos com subcontratos, que representam 58% do total da rubrica, demonstram uma recorrência significativa a empreiteiros, de forma a responder a obras de maior envergadura com componentes multidisciplinares. Os gastos com o pessoal cedido EDA têm um peso de 12% do total dos fornecimentos de serviços externos, e os gastos com outros fornecimentos e serviços externos representaram 14% do total desta rubrica. Os gastos com pessoal atingiram os 1 093mil euros, menos 4% que o valor de Estes custos absorveram 22% das receitas provenientes das prestações de serviços, contra os 28% verificados em Os Gastos com Pessoal têm diminuído de uma forma consistente, convivendo com o crescimento do volume de negócio e dos resultados. Este facto resulta de uma política de rigor, que prima pela persecução de melhores níveis de produtividade, assente no desenvolvimento de competências e na melhoria constante de processos internos. Os indicadores económico-financeiros apresentaram a seguinte evolução, relativamente ao período de 2007 a 2011: Indicadores Económicos e Financeiros Endividamento Autonomia financeira (%) Solvabilidade (%) Solvabilidade total (nº) Enc.financ./vendas e prest. serv. (%) Resultado Operacional EBIT ( ) 38,9 36,7 32,3 35,8 32,2 61,1 63,3 67,7 64,2 67,8 205,0 229,7 209,5 179,7 210,2 2,6 2,7 3,1 2,8 3,1 0,03 0,04-0,0 0, *De 2007 a 2008 os Indicadores são calculados em base de POC, a partir de 2009 com base em SNC. O reconhecimento alcançado pela SEGMA junto do mercado como uma empresa de engenharia e sede de competências distintivas na RAA implica responsabilidades acrescidas, remetendo a empresa para redobrados esforços em ordem a capacitar-se para dar resposta às novas e crescentes necessidades do mercado. A SEGMA deverá estar preparada para Relatório e Contas

41 assumir um papel ativo na prestação de serviços a empresas com vista ao aumento da sua eficiência energética, quer em edifícios de serviços quer em unidades industriais. A iluminação exterior (pública e decorativa) é hoje um tema de discussão no que respeita à eficiência energética. O fortalecimento das atuais parcerias estratégicas com empresas líderes neste mercado (nacional e internacional) é um fator importante no desenvolvimento e na capacidade da SEGMA em responder às necessidades do mercado. Será concretizada a certificação da empresa de acordo com a versão 2008 da ISO 9001 e mantida a aposta em áreas de negócios como as Auditorias Energéticas, Energias Renováveis, AVAC, Instalações Hidráulicas e Manutenção Integral de Edifícios. Relatório e Contas

42 NORMAAÇORES A NORMAAÇORES tem a sua sede em Ponta Delgada e desenvolve essencialmente a sua atividade nas áreas da Engenharia e Fiscalização e da Consultadoria e Formação no arquipélago dos Açores, detendo para o efeito recursos humanos, pertencentes ao seu quadro permanente, nas ilhas Terceira, São Jorge, Pico Faial e Flores, para além de S. Miguel. Em 2011, o Volume de Negócios da NORMAAÇORES decresceu 5%, tendo atingido o valor de mil euros, resultante da compressão de preços e do decrescimento verificado nas áreas da engenharia e consultadoria. Na área de Engenharia e Fiscalização foram faturados mil euros, menos 9% do que o valor registado no ano anterior e em Consultadoria mil euros, ou seja, um acréscimo de 2%. A NORMAAÇORES, de acordo com o seu historial, apresenta um capital de experiência bastante relevante. De um modo geral trabalha com a Administração Pública Regional, com as Autarquias e com as principais empresas da Região. Pode-se encontrar a sua marca nos setores de Transportes, Aéreo e Marítimo, vias de Comunicação, Educação, Saúde, Agricultura, Ambiente e entre outras, apesar de os mesmos atravessarem um período de acentuada recessão económica. Importa ainda referir o aumento da concorrência por parte dos que procuram nos Açores oportunidades de trabalho, incrementando um nível de oferta que faz ultrapassar em muito a capacidade do mercado da Região, provocando uma grande pressão no fator preço. Ao nível da Engenharia e Fiscalização, durante o ano de 2011, foram prestados serviços de fiscalização de obras e de assistência técnica ou coordenação de segurança, em todas as ilhas do arquipélago dos Açores, à exceção da ilha do Corvo. De realçar os trabalhos efetuados na construção da Pousada da Juventude, nas novas Instalações da Cooperativa Agro Mariense, o Centro de Processamento de Resíduos e do Centro de Valorização Orgânica por Compostagem, assessoria técnica à EUROSCUT AÇORES, a construção da EB2,3 de Água de Pau, Instalação do Parque Eólico do Planalto do Graminhais em S. Miguel. Na Terceira, a construção das novas Instalações do Laboratório Regional de Veterinária dos Açores e da Escola Básica Integrada Francisco Ferreira Drumond. A construção do novo Edifício para o Centro de Saúde da Graciosa, a fiscalização da empreitada de conceção e execução da ampliação e alargamento da Pista do aeroporto da ilha de S. Jorge e o Centro de Processamento de Resíduos e do Centro de Valorização Orgânica por Compostagem, também em S. Jorge e no Pico, a construção do Laboratório Regional de Enologia. Participamos também na requalificação e reordenamento da Frente Marítima da Cidade da Horta-1ª Fase, na Construção do Novo Corpo C do hospital da Horta e na construção da Central Termoelétrica das Lages das Flores. A Consultadoria, os Estudos de Mercado, a Formação, o recrutamento e Seleção de Pessoal, continuam a ser as áreas de atividades que fazem parte do core da empresa. A diminuição do volume de negócios na Metrologia, Ensaios e Inspeções fica a dever-se ao caráter anual/sazonal das mesmas. Contudo, continua a demonstrar potencial de negócio na estratégia de crescimento da NORMAAÇORES, derivado das exigências legais a que as empresas e organismos públicos estão sujeitos. As áreas de Segurança, Ambiente e Saúde, assumem um papel de relevo por estarem associadas às obrigações Relatório e Contas

43 legais dos nossos principais clientes. Estas duas novas áreas de negócio acentuam cada vez mais um papel importante no desenvolvimento estratégico da NORMAAÇORES. Os Custos Totais registaram um decréscimo de 6,1%, ou seja menos 239 mil euros. Os Custos com Pessoal e os Custos com Fornecimentos e Serviços Externos representam a quase totalidade dos custos da empresa. Os Custos com Pessoal diminuíram, 4,4%, relativamente a 2010 e os Custos com Fornecimentos e Serviços Externos apresentam uma diminuição de 81 mil euros, diretamente relacionados com o decréscimo de atividade e assegurados pelos correspondentes proveitos. Os Proveitos Operacionais atingiram os mil euros, menos 223 mil euros comparativamente ao ano transato. Os Custos Operacionais alcançaram os mil euros, traduzindo-se num decréscimo de 6,1% relativamente a Neste sentido, findo 2011, o Resultado Operacional foi de 319 mil euros, mais 15 mil euros do que no período homólogo anterior. O Resultado Líquido do Exercício do ano de 2011 foi de 279 mil euros, o que representa um acréscimo de 4,4% face a Endividamento 42,1 40,9 52,6 42,1 37,7 Autonomia financeira (%) 57,9 59,1 47,4 57,9 62,3 Solvabilidade (%) 193,5 208,3 90,2 137,6 165,6 Solvabilidade total (nº) 2,4 2,4 1,9 2,38 2,66 Enc.financ./vendas e prest. serv. (%) 0,36 0,35 0,00 0,0 0,0 Resultado Operacional EBIT ( ) *De 2007 a 2008 os Indicadores são calculados em base de POC, a partir de 2009 com base em SNC. Perspetivas para 2012 Importa referir que, embora a NORMAAÇORES tenha registado um desempenho favorável em 2011, não podemos concluir pela continuidade deste cenário, pois os sectores em que opera atravessam um período de recessão económica, com especial enfoque para o setor da construção civil, mas também com grandes reflexos na área da Consultadoria, onde a retração do investimento privado e também do investimento público se faz notar na diminuição da procura deste tipo de serviços, entre outros. Associado aos fatores críticos já explanados, há que realçar que a carteira de negócios da NORMAAÇOERS, conhecida para 2012, é cerca de 11% inferior à situação de partida no ano anterior. Pese embora este dado apenas nos indique o volume de trabalho conhecido à data, tal não deixa de se constituir como um indicador merecedor de relevância que obriga a perspetivar o ano de 2012, de acordo com os dados disponíveis, num cenário menos favorável. Relatório e Contas

44 ONIAÇORES, S.A. Constituída em Janeiro de 2000, a ONIAÇORES Infocomunicações, SA é uma empresa participada pela ONITELECOM e EDA que tem como objetivo aproveitar os recursos existentes e o know-how da EDA, SA nas áreas de telecomunicações e sistemas de informação, aliando a experiência, portfólio e posicionamento da ONITELECOM no mercado nacional das telecomunicações. Através desta empresa, a ONITELECOM e a EDA passaram a ter um papel interventivo no desenvolvimento das telecomunicações em geral, considerado um vetor do desenvolvimento económico, com particular importância em regiões periféricas, como é o caso evidente da Região Autónoma dos Açores. A experiência e o conhecimento da EDA no mercado açoriano permitem uma relação privilegiada com a população residente, que propiciou a opção pela diversificação de negócios através de parcerias estratégicas no segmento das telecomunicações. A OniAçores possui duas atividades principais: comercialização de soluções de telecomunicações e integração de equipamentos em Clientes. No primeiro vetor de atividade, comercialização de serviços de telecomunicações, a OniAçores revende as soluções da OniCommunications. O vetor de atividade da integração de equipamentos assume-se como a linha de negócio mais dinâmica da OniAçores, ao nível de oportunidades detetadas, fecho de negócios e faturação. O decréscimo de faturação, face a anos anteriores, é explicado pelo cenário conjuntural de crise económica, com impacto significativo nos orçamentos de tecnologia das empresas da Região Autónoma dos Açores. As vendas resultantes do exercício económico de ascenderam ao valor de 510,5 mil euros e são constituídas por equipamentos informáticos, equipamentos de telecomunicações e software. Ao nível da prestação de serviços, a ONIAÇORES no mesmo período faturou cerca de 130,8 mil euros, provenientes quase exclusivamente do tráfego gerado pelos clientes ONITELECOM angariados pela ONIAÇORES. No que se refere aos custos da empresa em , o custo das mercadorias vendidas resultante das vendas diretas efetuadas traduzem-se num total de 75,1% dos custos operacionais. Salientamos ainda a diminuição de 517,5 mil euros em Fornecimentos e Serviços Externos comparativamente ao período homólogo anterior, atingindo neste ultimo ano 89 mil euros, isto é um peso de 15,3% dos custos operacionais. A OniAçores continua a demonstrar a boa capacidade de faturar com um número de colaboradores bastante reduzido, uma vez que o peso dos custos com pessoal na estrutura de custos operacionais é de apenas 5,6%, ascendendo assim aos 32,7 mil euros. No período em análise registou-se ainda Imparidades de Inventários e de dívidas a receber na ordem dos 22,3 mil euros. Em termos de Resultado Líquido, a ONIAÇORES apresenta o valor de 58,3 mil euros no ano em análise. Os indicadores económico-financeiros da ONIAÇORES evidenciam a seguinte evolução: Relatório e Contas

45 Indicadores Económicos e Financeiros Endividamento 37,0 39,0 21,2 27,8 10,3 Autonomia financeira (%) 63,0 60,8 78,8 72,2 89,7 Solvabilidade (%) 196,9 192,2 372,7 260,1 867,8 Solvabilidade total (nº) 2,7 2,6 4,3 3,6 9,7 Enc.financ./vendas e prest. serv. (%) 0,71 0,36 0,1 0,1 0,0 Resultado Operacional - EBIT ( ) *De 2007 a 2008 os Indicadores são calculados em base de POC, a partir de 2009 com base em SNC. Relatório e Contas

46 CONTROLAUTO AÇORES, Lda. A empresa Controlauto, Lda. dedica-se à atividade de inspeção de veículos automóveis, no âmbito da legislação relativa às Inspeções Periódicas Obrigatórias. O capital social desta empresa é detido em 30% pela EDA, S.A.. A Controlauto desenvolve a sua atividade no centro de inspeções fixo, localizado na Praia da Vitória, e no centro móvel instalado alternativamente nas ilhas do Faial, Pico e São Jorge. A Controlauto Açores, em 2011, efetuou um total de serviços de inspeções e reinspecções, correspondendo ao Centro Fixo e ao Centro Móvel. Estes valores representam uma redução de 30,7% em relação ao total de serviços realizados em 2010, e um aumento de 14,3% em relação às realizadas em O volume dos serviços ultrapassou o inicialmente previsto de inspeções. A atividade de 2011 teve uma redução significativa em relação a Em 2011, a empresa obteve níveis de atividade, equiparados ao ano 2002, em que foram realizadas inspeções. Devido à aplicação do Decreto legislativo Regional n.º 40/2006/A, de 31 de Outubro e a partir da ITVA nº 1/2007/, de 19 de Fevereiro, que introduziu alteração na regulamentação da atividade, esta tem apresentado oscilações entre anos pares e ímpares. As vendas atingiram 724 mil euros, aumentando 15,2%, em relação a 2009, e diminuindo 29,9%, em relação a O volume de vendas atingido é inferior ao valor previsto para 2011, que foi de 792 mil euros. O Resultado Operacional atingiu cerca de 284 mil euros, para a totalidade dos Centros Fixo e Móvel, e o Resultado Líquido positivo ascendeu a 251 mil euros. Os Proveitos Operacionais em 2011 foram de 726 mil euros, verificando-se um decréscimo de 29,5% comparativamente ao ano anterior. Em termos dos custos do exercício, de salientar que, em 2011, os Fornecimentos e Serviços Externos diminuíram 44,5%, comparativamente ao período homólogo. Os Gastos com o Pessoal diminuíram de 278 mil euros, em 2010, para cerca de 260 mil euros, em Esta evolução representa uma diminuição de 6,4%, tendo-se mantido o número de postos de trabalho (12 trabalhadores). O peso relativo dos custos com pessoal em relação ao volume de vendas aumentou em relação a 2010 para 36% (em 2010, representavam 27%). Os indicadores económico-financeiros da CONTROLAUTO evidenciam a seguinte evolução: Indicadores Económicos e Financeiros Endividamento 31,3 31,2 22,9 20,0 19,8 Autonomia financeira (%) 68,7 68,8 77,1 80,0 80,2 Solvabilidade (%) 270,4 246,1 336,6 399,9 405,4 Solvabilidade total (nº) 3,2 3,2 4,4 5,00 5,05 Enc.financ./vendas e prest. serv. (%) 0,11 0, Resultado Operacional EBIT ( ) *De 2007 a 2008 os Indicadores são calculados em base de POC, a partir de 2009 com base em SNC. Relatório e Contas

47 NOVABASE ATLÂNTICO O objeto da Novabase Atlântico consiste na atividade de consultadoria, desenvolvimento e operação de sistemas de informação. A criação da empresa resulta da cisão da Globaleda a 1 de Novembro de 2008, com efeitos a 1 de Janeiro de 2008, constituindo, dessa forma, a Novabase Atlântico, com um capital social de Euros representado por ações no valor nominal de 5 Euros cada. O seu capital Social é detido por 60% pela Novabase Consulting, S.A. e 40% pela EDA SA. Findo 2011, a NovaBase Atlântico apresentou um Resultado Liquido do Exercício negativo de euros, menos euros do que o registado no ano anterior. O decréscimo verificado deve-se essencialmente à diminuição de 33,4% dos Proveitos Operacionais, e por um decréscimo de 22,2% dos Custo Operacionais. O Resultado Operacional, decorrente da evolução referida dos proveitos e gastos operacionais, regista um agravamento do mesmo para euros. Ao nível da estrutura dos Proveitos Operacionais, a rubrica de Vendas e Serviços Prestados detém um peso de 99,8%, terminando 2011 com mil euros, menos 608 mil euros do que No que se refere aos Custos Operacionais, a rubrica de Fornecimentos de Serviços Externos é que apresenta maior peso no total dos custos com 39,9% e os Gastos com o Pessoal com um peso de 36,9%. No fim de 2011 o custo com Fornecimento de Serviços Externos atingiu os 587 mil euros, menos 179 mil euros comparativamente a Relativamente aos Gastos com Pessoal, terminou o ano com menos 30 mil euros comparativamente ao período homólogo anterior, apresentando uma média de 29 colaboradores. Indicadores Económicos e Financeiros Endividamento 79,7 78,1 94,1 Autonomia financeira (%) 20,3 21,9 5,9 Solvabilidade (%) 25,4 28,0 6,3 Solvabilidade total (nº) 1,25 1,28 1,06 Enc.financ./vendas e prest. serv. (%) 0, Resultado Operacional EBIT ( ) Perspetivas para 2012 Para 2012, o grande objetivo da NovaBase Atlântico é a inovação, que é o principal motor da atividade da empresa. Assim e, sendo sempre certos novos desafios no mercado, a Empresa está sempre atenta à renovação da sua oferta. Essa é uma preocupação constante que tem de estar sempre presente a todo o momento e portanto em todos os exercícios. Relatório e Contas

48 III.C - EVOLUÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA Demonstração dos resultados consolidada Rúbricas Var Euros Var. % Vendas e prestações de serviços % Outros rendimentos e ganhos (1 713) -29% Rendimentos operacionais % Custo das Mercadorias Vendidas e das Mat. Consumidas (86 979) (74 005) (12 975) 18% Gastos com o pessoal (32 218) (33 441) % Fornecimentos e serviços externos (26 889) (28 560) % Gastos/ reversões de depreciação e de amortização (28 303) (27 004) (1 299) 5% Outros custos operacionais (16 560) (2 262) (14 298) 632% Gastos operacionais ( ) ( ) (25 676) 16% Resultado operacional (12 970) -32% EBITDA % Resultados financeiros (9 559) (3 684) (5 876) 160% Resultados antes de impostos (18 846) -52% Imposto sobre o rendimento (5 998) (6 182) 184-3% Resultado líquido do exercício (18 662) -62% Rendimento integral do exercício (18 745) -62% Análise dos proveitos e custos operacionais O volume de negócios do Grupo EDA totalizou, em 2011, mil euros, o que representa um aumento de 7% relativamente ao exercício de Esta variação encontra-se fortemente influenciada pelo aumento da compensação tarifária em mil euros, ditada, sobretudo, pela evolução dos custos com combustíveis para produção de energia elétrica que, relativamente a 2010, cresceram 18,9%. Apesar de se ter verificado uma contração da procura global de eletricidade de 1%, a variação positiva do preço médio de venda em 3,2% originou um acréscimo de 2,1% das Vendas de Energia, excluindo compensação tarifária. Relatório e Contas

49 Na estrutura dos Gastos Operacionais, o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas (CMVMC) é o que apresenta maior peso no total (45,6%), seguindo-se os Gastos com o Pessoal, os Gastos de Depreciações e Amortizações, e os Fornecimentos e Serviços Externos. Comparativamente ao ano anterior, os Gastos Operacionais, em termos globais, aumentaram 16% (mais mil euros), totalizando cerca de mil euros. A evolução dos Gastos Operacionais e dos próprios resultados do Grupo encontram-se fortemente influenciados pelo registo de perdas por imparidade no montante global de mil euros. Destes, mil euros respeitam a Imparidades em Investimentos Depreciáveis dos projetos geotérmicos da SOGEO e Geoterceira. Na SOGEO, os problemas encontrados na perfuração do poço geotérmico RG4 inviabilizaram a sua construção e consequente exploração, levando ao registo de perdas no montante global de mil euros. No caso da Geoterceira, o montante reconhecido em perdas por imparidades, mil euros, é referente a gastos incorridos com um poço geotérmico, cuja exploração comercial se revela tecnicamente inviável. Foram ainda registadas perdas por imparidade relativas a contas a receber em cerca de mil euros e que se devem à incerteza quanto ao recebimento dos custos com fuelóleo de 2010 não incluídos nas Tarifas pelo Regulador e faturados ao Governo dos Açores mediante protocolo assinado entre as partes em Excluindo o efeito das imparidades, o acréscimo do CMVMC foi decisivo para a já referida evolução dos Gastos Operacionais. Relativamente a estes, mil euros dizem respeito a gastos com combustíveis para produção de eletricidade. Neste âmbito, é relevante salientar a evolução verificada, durante 2011, nos preços dos combustíveis, gasóleo e fuelóleo, que sofreram um acréscimo bastante significativo, tendo o custo médio do fuelóleo atingido os 559,6 euros por tonelada, mais 104,4 euros por tonelada que em O custo médio do gasóleo foi de 704 euros por quilolitro, mais 29,2% relativamente aos 544,8 euros por quilolitro verificados em Os Gastos com o Pessoal ascendem a mil euros em 2011, representando cerca de 16,9% dos Gastos Operacionais. Em conjunto com os Fornecimentos e Serviços Externos, registaram diminuições face ao ano anterior de 4% e 6%, respetivamente. A aplicação da lei de Orçamento de Estado para 2011, com o congelamento das remunerações base, antiguidades e dos mecanismos de progressão na carreira dos colaboradores e a não atribuição de prémios de desempenho, aliados à estabilização do número de colaboradores no segmento energia, explicam a evolução dos Gastos com Pessoal. Os Fornecimentos e Serviços Externos ascenderam aos mil euros em De salientar, que o valor desta rubrica encontra-se fortemente influenciado pela adoção da IFRIC 12 Contratos de Concessão à semelhança do que foi aplicado no ano anterior. De acordo com esta norma, os gastos com serviços de construção referentes aos investimentos em ativos inseridos nas atividades concessionadas de transporte, distribuição de energia e gestão do sistema elétrico passam a ser incluídos em fornecimentos e serviços externos. Neste âmbito, encontram-se registados mil euros em 2011 e mil euros em Excluindo o efeito da IFRIC, as rubricas incluídas em FSE com maior expressão monetária são a de Trabalhos Especializados, Subcontratos e Conservação e Reparação. Os Trabalhos Especializados incluem maioritariamente custos com serviços informáticos, estudos de monitorização ambiental, e consultorias diversas. Os gastos com subcontratos referem-se, maioritariamente, à contratação de serviços especializados e materiais incorporados na execução de obras de investimento da EDA e SOGEO. A rubrica de Conservação e reparação refere-se essencialmente a gastos com a manutenção e reparação de equipamento básico (centrais, linhas e manutenção dos poços geotérmicos). Estas três Relatório e Contas

50 rubricas apresentam uma redução conjunta de gastos no valor de mil euros, sendo que a maior redução verificou-se em Conservação e Reparação atingindo 682 mil euros e que ficou a dever-se às especificidades do equipamento técnico objeto das revisões programadas para o ano de De referir ainda a evolução crescente dos custos financeiros associados ao agravamento da dívida consolidada, em consequência do investimento realizado pelo Grupo EDA, bem como do agravamento das condições de financiamento na conjuntura atual que se traduzem em spreads elevados. Evolução do Balanço consolidado Apresenta-se de seguida, em termos sintéticos, o Balanço consolidado do Grupo Eda. Rúbricas Var euros Var. % Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis % Ativos por impostos diferidos (421) -4% Clientes e outras contas a receber (21 832) -67% Outros Ativos não Correntes (219) -17% Ativo Não Corrente (14 239) -3% Inventários % Clientes e outras contas a receber % Caixa e equivalentes de caixa (10 519) -87% Outros Ativos Correntes % Ativo Corrente % Ativo Total % Capital Próprio % Empréstimos obtidos (18 020) -6% Obrigações de benefícios de reforma e outros (934) -5% Passivos por impostos diferidos % Outros Passivos não Correntes (532) -100% Passivo Não Corrente (16 979) -5% Fornecedores e outras contas a pagar (20 185) -34% Empréstimos obtidos % Outros Passivos Correntes (2 924) -79% Passivo Corrente % Total Passivo % Total do capital próprio e passivo % Relatório e Contas

51 O Ativo Não Corrente consolidado do grupo, que corresponde a 84% do Ativo Total, ascende a mil euros, com uma diminuição de 3% em Destaca-se a redução do saldo registado em Clientes e outras contas a receber de caracter não corrente em 67%, o correspondente a menos mil euros. Esta diminuição resulta do efeito conjugado da transferência de mil euros da parcela da compensação tarifária de 2009 ainda por receber para ativo corrente e do registo da estimativa de ajustamento à compensação tarifária de 2011 no montante de mil Euros a recuperar nas Tarifas de O total de Ativos Fixos Tangíveis e Intangíveis apresenta um crescimento de mil euros, resultante, essencialmente, do investimento efetuado pela EDA em ativos intangíveis, isto é, ativos incluídos nas atividades concessionadas de Transporte e Distribuição de eletricidade e pela EEG em Centros Produtores assentes em energia eólica e hídrica. Os Capitais Próprios apresentam um acréscimo de 4%, correspondendo a mil euros, por via do efeito conjugado do resultado do exercício de 2011 e dos dividendos distribuídos relativos ao exercício de A evolução registada tem um impacte positivo na autonomia financeira do Grupo EDA, que se cifrou em cerca de 28,3%, mais 2% que em Relativamente ao Passivo, salienta-se a evolução dos Empréstimos Obtidos, que apresentam um aumento de mil euros, considerando passivos correntes e não correntes. Ao nível do Passivo Corrente, há ainda a referir a diminuição de Fornecedores e Outras Contas a Pagar no montante de mil euros. Esta evolução é devida, sobretudo, à devolução às Tarifas, durante o ano em análise, do ajustamento à compensação tarifária de 2009 no valor de mil euros. Resultados do Exercício Rúbricas Var Var. % EBIT (mil euros) (12 970) -32% EBITDA (mil euros) % Resultados financeiros (mil euros) (9 559) (3 684) (5 876) 160% Resultados antes de impostos (mil euros) (18 846) -52% Resultado líquido do exercício (mil euros) (18 662) -62% Resultado por Ação ( /ação) 1,04 2,13 (1,09) -51% O Grupo EDA apresenta, em 2011, um resultado operacional de mil euros, o que representa um decréscimo de 32% face aos mil euros de A evolução dos resultados obtidos foi determinada, em grande parte, pelo registo de mil euros de perdas por imparidade, conforme já mencionado na análise dos gastos operacionais. Por sua vez e tendo em conta que essas imparidades não constituem fluxos monetários, o Cash-flow operacional apresentou um acréscimo de 4%, situando-se nos mil euros. Relatório e Contas

52 Milhares Euros Milhares Euros EBIT EBITDA O resultado líquido do exercício correspondeu a mil euros, menos mil euros que em O correspondente valor antes de impostos foi de mil euros (10 000) Resultados financeiros Resultados antes Resultado Líquido de impostos do exercício Tendo em conta o atual número de ações e rendimentos atingidos em 2011, deduz-se que o resultado por ação foi de 1,04 euros por ação. A diminuição deste indicador resulta do aumento dos gastos operacionais já mencionados, sobretudo no que se refere às imparidades reconhecidas mas também do atual contexto económico que se traduz nas dificuldades que as empresas estão a sentir advenientes da diminuição da procura interna e do aumento das restrições ao financiamento bancário. Relatório e Contas

53 Euros Resultado por Ação ( /ação) 2,50 2,13 2,00 1,50 1,04 1,00 0, Gestão Financeira O exercício de 2011 foi marcado pela turbulência dos mercados financeiros, associada ao arrastamento da resolução da crise da dívida soberana na zona euro e consequentemente pelo agravamento do ambiente de aversão ao risco, por parte dos investidores e da banca, perante a ameaça permanente das agências de rating sobre a possibilidade de novos downagrades. Assistimos ao regresso das tensões no sistema bancário, em consequência da situação da dívida pública, com reflexos nos balanços dos bancos e repercussões negativas sobre o crédito e respetivas notações de risco. Portugal permaneceu sob a pressão crescente dos mercados financeiros, refletindo maiores preocupações sobre a sustentabilidade das suas finanças públicas, já que as fragilidades estruturais da sua base económica agravaram o impacto negativo nas finanças públicas, o que determinou um forte aumento dos spreads públicos. No meio de desvalorizações sucessivas dos títulos públicos portugueses por parte das agências de notação, o país tornou-se incapaz de se refinanciar a taxas compatíveis com uma sustentabilidade orçamental a longo prazo. Paralelamente, o sector bancário, fortemente dependente de financiamento externo, estava cada vez mais afastado do financiamento pelo mercado internacional, dependendo cada vez mais do sistema Europeu para obter fundos. Perante esta grave perturbação da atividade económica e financeira, em 7 de Abril de 2011, Portugal pediu oficialmente assistência financeira à União Europeia, ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta assistência destina-se a apoiar um programa de políticas para restaurar a confiança e permitir o regresso da economia a um crescimento sustentável, preservando a estabilidade financeira do país, na zona euro e na UE. O acordo para concessão do empréstimo a Portugal, foi aprovado e assinado pelo Conselho Europeu em 17 de Maio de 2011, enquanto a aprovação, por parte do conselho de administração do FMI do seu instrumento de financiamento alargado, ocorreu em 20 de Maio de Perante este enquadramento a gestão financeira desenvolvida no decurso de 2011 no Grupo EDA, pautou-se em termos genéricos por medidas reforçadas de prudência na gestão do risco de liquidez, tendo assumido características distintas entre o início do ano e Maio de 2011 e os meses subsequentes. Efetivamente na 1ª parte do ano foi possível renegociar o alongamento da maturidade de um empréstimo obrigacionista, no montante de 50 milhões de euros, por mais 2 anos e negociar com o BEI um novo empréstimo destinado a financiar os investimentos a realizar pelas empresas do negócio da eletricidade. Relatório e Contas

54 Nos meses seguintes, face aos sucessivos downgrade do país e da Região Autónoma dos Açores, a EDA, S.A., na qualidade de empresa de capitais maioritariamente públicos, viu também a sua notação de risco sujeita a sucessivas depreciações, até que em Junho, a sua notação de risco desceu do patamar do Investment grade, na sequência da forte degradação anteriormente anunciada para a Republica Portuguesa e Região Autónoma dos Açores, mantendo-se com uma classificação idêntica à atribuída à República Portuguesa (Ba2) e um nível acima da RAA. Na sequência desta situação, em Julho de 2011, o Banco Europeu de Investimento (BEI) exigiu a garantia do Estado, para um empréstimo contratado em 2009, sem garantias e posteriormente, em Dezembro de 2011, para um outro empréstimo contratado em 2005, já em fase de amortização e que beneficiava da garantia da Região Autónoma dos Açores. As garantias foram concedidas pelo Governo da República com grande celeridade, esperando-se que, a esse respeito, o exercício de 2012 prossiga com normalidade culminando com a contratação do novo empréstimo de 80 milhões de euros, aprovado em Julho de Mantendo uma política de gestão financeira centralizada, no final de 2011, o Grupo EDA dispunha de um montante 132 milhões de euros de linhas de crédito contratadas, dos quais 40 milhões de euros em contas correntes, 80 milhões de euros em Programas de Papel Comercial e 12 milhões de euros, relativos à parcela do empréstimo do BEI, contratado no final de 2009, destinado a financiar os investimentos em curso. Desse montante, no final do exercício de 2011, encontravam-se disponíveis e por utilizar 46,5 milhões de euros. Prosseguindo uma gestão suportada no planeamento rigoroso dos recursos e dos compromissos decorrentes dos planos de negócio de cada empresa do Grupo, entre final de 2010 e Maio de 2011, foi apresentado e negociado com o Banco Europeu de Investimentos, uma nova candidatura destinada a agenciar o financiamento para o programa plurianual de investimentos, a realizar pelas empresas do negócio da eletricidade, entre , operação que ascenderá a 80 milhões de euros e que, como anteriormente referido foi aprovada em Julho de 2011, embora ainda não contratado. Dívida Financeira No final do exercício de 2011, a dívida líquida do Grupo EDA ascendia a 358,6 milhões de euros, mais 27,1 milhões de euros que a dívida reportada no final de Relatório e Contas

55 De realçar que cerca de 99,6% da dívida se encontra concentrada nas empresas do negócio da eletricidade, as únicas que realizam investimento, referindo-se o remanescente à dívida bancária de c.p. da Globaleda, Norma Açores e Controlauto Açores. Da dívida bancária líquida, 329,7 milhões de euros, ou seja 91,9% do total, correspondem à dívida financeira da EDA, destacando-se dessa dívida o montante de 62,4 milhões de euros relativos a; (i) 6,5 milhões de euros à parcela da cessão de créditos realizada pela EDA em 2003, sobre a dívida do Governo da República, relativa às compensações tarifárias atribuídas no âmbito do processo de harmonização tarifária, ocorrido entre 1998 e 2002 (a esse montante há ainda a adicionar 8,5 milhões de euros da parcela reembolsada diretamente pela EDA ao banco, em substituição do Estado); (ii) 12,3 milhões de euros referentes à operação realizada com ativos de carbono (EUAs e CERs), (iii) 17,8 milhões de euros de um empréstimo cedido à Geoterceira, para financiar, em termos intercalares, o investimento em curso; (iv) e ainda 25,8 milhões de euros relativos a uma parcela das compensações tarifárias relativas ao exercício de 2009, não liquidados até à data. Comparativamente com a dívida registada em 31/12/2010, as empresas responsáveis pelo crescimento do endividamento em valor absoluto, foram a EDA cuja dívida se agravou em termos brutos em 18,69 milhões de euros (+6%), montante inferior ao investimento realizado no exercício, de 24,4 milhões de euros, particularmente se tivermos em conta o facto da empresa ter amortizado, no exercício, cerca de 16 milhões de euros de empréstimos de mlp, a EEG, que registou um aumentou de 7,98 milhões de euros (+156,5%) em consequência do investimento realizado, a Geoterceira com um acréscimo de 1,26 milhões de euros (+77,1%) e a Globaleda com um agravamento de 320 mil euros (+33%). A SOGEO apresenta uma redução de 1,3 milhões de euros (-10,2%). No período e em termos consolidados, foram utilizados pelo Grupo EDA novos empréstimos de M.L.P no total de 8 milhões de euros (CCA e CEA), registando-se um volume de amortizações líquidas dos empréstimos de M.L.P de 17,5 milhões de euros; dos quais 16 milhões de euros foram realizadas pela EDA, 1,3 milhões de euros pela SOGEO e 0,2 milhões de euros pela EEG, correspondendo o montante remanescente a amortizações resultantes da renovação dos programas de papel comercial de mlp. Por fontes de financiamento, destacam-se os empréstimos do BEI e do KfW, que em conjunto representam cerca de 40,2% do total da dívida, as Obrigações 27,9%, os Programas de Papel Comercial de mlp 11,2% e os empréstimos de c.p. 12,7%. Relatório e Contas

56 Os encargos financeiros associados ao serviço da dívida consolidada, totalizaram no período 12,4 milhões de euros iii, sendo 11 milhões de euros, a parcela de custos financeiros registados na EDA, traduzindo um custo total de financiamento, medido através da taxa de juro média ponderada de 3,44% no Grupo e de 3,53% na EDA. Apesar do forte agravamento dos spreads registado, no decurso de 2011 nas linhas de curto prazo e nos PPC, no final de Dezembro, o custo do financiamento, medido através da taxa de juro média ponderada, apresentou um agravamento de 94 pb, na EDA, quando comparado com o custo de 2010, e em termos consolidados agravou-se 92 pb em comparação com o custo médio de Evolução do Custo Médio de Financiamento Ano Grupo EDA EDA ,00% ,69% ,02% ,86% ,47% ,56% ,05% 4,99% ,91% 2,91% ,52% 2,60% ,44% 3,53% Em 2011 o Grupo manteve 92,1% da dívida em taxa variável, indexada à Euribor, não se reconhecendo necessidade de cobrir o risco taxa de juro. iii Dos quais euros referem-se a encargos financeiros capitalizados. Relatório e Contas

57 Gestão dos Riscos Operacionais Seguráveis A gestão dos riscos operacionais continuou a merecer grande atenção por parte da empresa, prosseguindo-se um trabalho de identificação e prevenção dos riscos associados à atividade. As políticas de gestão dos riscos operacionais, assim como a contratação das apólices, são coordenadas pela EDA, estendendo-se a todas as empresas associadas e participadas que integram o grupo dos serviços partilhados. Fundo de Pensões Para cobertura das responsabilidades decorrentes dos dois planos de pensões, em vigor, foram transferidos, em 2011 pela EDA, a título de dotação do exercício, para o Fundo de Pensões-A, um montante de 1,37 milhões de euros e para o Fundo-B 48 mil euros, sendo 31,8 mil euros, a participação da EDA. No final de 2011, o Fundo-A registava um total de ativos de 25,1 milhões de euros, menos 0,8 milhões de euros que o montante registado no final de 2010, não só pelo facto de ter pago no exercício 1,3 milhões de euros de pensões, como ainda em consequência da diferença de 0,8 milhares de euros, entre o rendimento esperado e o rendimento obtido. Apesar dessa redução, assinala-se uma melhoria considerável no nível de solvência do Fundo A, tendo passado de 83,11% em 2010 para 93,2% em 2011, graças à diminuição do valor atual das responsabilidades registada em consequência da redução dos salários reais e do congelamento das progressões automáticas das carreiras, impostas pelo OE. As empresas do Grupo EDA subscrevem ainda e individualmente um Fundo-B de contribuição definida, constituído a partir de Para esse fundo contribuem também em termos complementares os próprios beneficiários. Gestão dos Ativos de Carbono No âmbito do Plano Nacional de Atribuição de Licenças de Emissão para o período de 2008 a 2012 (PNALE II), são atribuídas anualmente de forma gratuita, licenças de emissão de CO2, às centrais electroprodutoras que participam no Relatório e Contas

58 Comércio Europeu de Licenças de Emissão de CO2 (CELE). Nos termos das disposições previstas no Regulamento Tarifário e do consequente Despacho emitido pela ERSE, para regulamentação dos Mecanismos de Otimização da Gestão dos Contratos de Aquisição de Energia e da Gestão das Licenças de Emissão de CO2, procedeu-se, no exercício de 2011 à venda de EUA s excedentárias. Ainda no contexto da gestão de ativos de carbono a EDA mantém uma participação no Luso Carbon Fund, adquirida em 2006 pelo montante de 500 mil euros. O Luso Carbon Fund, é um fundo especial, regulado pela CMVM que investe no mercado de carbono, nomeadamente em projetos geradores de créditos de carbono, no quadro da legislação e regulamentação decorrentes do Protocolo de Quioto, apresentando-se como o primeiro fundo de carbono constituído em Portugal. No final de 2011 este Fundo refletia, em relação ao investimento inicialmente realizado, uma desvalorização de 10%, apresentando a participação da EDA um saldo patrimonial de 449,8 milhares de euros. Esta desvalorização reflete os efeitos esperados na crise da dívida nos países periféricos e as condicionantes ao crescimento económico e à produção industrial em toda a UE. Resulta ainda dos efeitos decorrentes da apresentação da proposta oficial da nova diretiva de eficiência energética pela Comissão Europeia, a qual representará, a médio prazo, uma redução substancial das emissões dos estados membros, e ainda do anúncio da Comissão Europeia de que iria transferir 300 milhões de licenças da reserva de novos entrances para venda pelo Banco Europeu de Investimento. Os preços das EUAs chegaram a mínimos recorde em Dezembro tendo atingido os 6,31, tendo os analistas reduzido, em mais de 30%, as suas previsões de preços para 2012 com as perspetivas de desaceleração da economia global e a possível persistência de excesso de oferta. Relatório e Contas

59 III.D - UNIVERSO DA CONSOLIDAÇÃO 60% 100% 99,31% 100% 50,10% 40% 50,13% 45,04% 40% Relatório e Contas

60 O objecto principal da Eletricidade dos Açores, S.A. e das suas subsidiárias, incluídas na consolidação de contas, é a produção, aquisição, transporte, distribuição e venda de energia elétrica, bem como o exercício de outras atividades relacionadas com aquelas, e também a prestação de serviços de telecomunicações e sistemas de informação e conceção e elaboração de projetos de consultadoria de engenharia, gestão e manutenção de instalações industriais. O capital das Empresas subsidiárias é maioritariamente detido pela Eletricidade dos Açores, SA, com participações diretas de 99,31%, 99,0%, 60%, 90%, 50,04%, 50,13% e 30%, na SOGEO, EEG, GLOBALEDA, SEGMA, GEOTERCEIRA, NORMA AÇORES e CONTROLAUTO, respetivamente. Empresas incluídas na consolidação Capital Próprio (euros) % Detida Grupo Resultado Líquido 2011 Resultado Líquido 2010 Var. 2011/10 (mil ) (mil ) (%) SOGEO Sociedade Geotérmica dos Açores, S.A , , ,8-48,97 EEG - Empresa de Electricidade e Gaz, Lda , , ,3 23,38 GLOBALEDA Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A ,00-691,6-95,0 628,11 SEGMA Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda ,00 726,7 530,3 37,04 GEOTERCEIRA Sociedade Geoeléctrica da Terceira, S.A , ,7-1, ,13 NORMA-AÇORES Soc. de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A , ,3 267,5 4,40 CONTROLAUTO-AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, S.A ,04 251,3 396,3-36,60 Relatório e Contas

61 III.E - PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS No exercício de 2011 a Eletricidade dos Açores, SA apresentou resultados de ,95 euros nas contas societárias preparadas numa base individual de acordo com os SNC. Nas demonstrações financeiras consolidadas, preparadas de acordo com os IFRS, o resultado apurado é de 14,6 milhões de euros. O contributo para este resultado das empresas filiais do grupo foi 3,1 milhões de euros. Nestas circunstâncias, considerando que: 1) O código das sociedades comerciais estipula a aplicação de 5% a reserva legal e o pagamento no mínimo de dividendos de 50% dos resultados apurados distribuíveis, salvo se aprovado em contrário pelos acionistas; 2) Que na Assembleia Geral realizada em 16 Dezembro de 2011 os acionistas aprovaram a Proposta do Plano Plurianual e do Orçamento para 2012 que continha o pressuposto de aplicação duma taxa de 5%, sobre o capital realizado, para efeito de determinação de uma estimativa de dividendos; O Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação de resultados: (i) ,00 euros para reserva legal; (ii) ,00 euros para dividendos, i.e. 0,25 / ação, correspondente a uma remuneração média de 5% do capital social; (iii) o remanescente, de ,95 euros para resultados transitados. Propõe ainda, considerando as dificuldades de financiamento que a empresa atravessa, que o pagamento dos dividendos seja diferido pelo prazo máximo legal. Ponta Delgada, 15 de Maio de 2012 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Duarte José Botelho da Ponte Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães Luís Manuel Meireles Martins Mota João Manuel Bandarra dos Santos Jorge Manuel de Oliveira Godinho António Francisco Paes de Oliveira Goulão Relatório e Contas

62 III.F - CONTAS CONSOLIDADAS Relatório e Contas

63 1 - Índice das demonstrações financeiras consolidadas 62

64 ÍNDICE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS Demonstração da posição financeira consolidada Demonstração do rendimento integral consolidado Demonstração da alteração dos capitais próprios Demonstração dos fluxos de caixa consolidados Anexo às demonstrações financeiras consolidadas Informação geral Informação sobre os contratos de concessão atribuídos Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras Principais políticas contabilísticas Políticas de gestão do risco financeiro Principais estimativas e julgamentos apresentados Informação por segmentos Ativos fixos tangíveis Ativos Intangíveis Interesses em associadas Ativos e passivos por Impostos Diferidos Ativos e passivos financeiros por categoria Ativos financeiros disponíveis para venda Instrumentos financeiros derivados Clientes e outras contas a receber Inventários Imposto sobre o rendimento Caixa e equivalentes de caixa Capital social Outras reservas e resultados acumulados Interesses não controlados Empréstimos Obrigações de benefícios de reforma e outros Fornecedores e outras contas a pagar Vendas e serviços prestados Fornecimentos e serviços externos Gastos com pessoal Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas Gastos e rendimentos financeiros

65 31 Imposto sobre o rendimento Dividendos por ação Compromissos Contingências Empresas Consolidadas Alterações no grupo Partes relacionadas Eventos subsequentes

66 Demonstração da posição financeira consolidada As notas das páginas 7 a 71 constituem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 65

67 Demonstração do rendimento integral consolidado Exercício Nota Vendas e serviços prestados Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas ( ) ( ) Fornecimentos e serviços externos 26 ( ) ( ) Gastos com pessoal 27 ( ) ( ) Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 8,9 ( ) ( ) Imparidade de investimentos não depreciáveis 13 - (14.976) Imparidade de activos depreciáveis/ amortizáveis ( ) ( ) Imparidade inventários 16 (78.808) (72.916) Imparidade de contas a receber 15 ( ) ( ) Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas 29 ( ) ( ) Resultado operacional Custos financeiros 30 ( ) ( ) Proveitos financeiros Ganhos/ (Perdas) de interesses em associadas 10 (51.086) Resultados antes de impostos Imposto sobre o rendimento 31 ( ) ( ) Resultado líquido do exercício Outros rendimentos do exercício: Ganhos/ (perdas) em investimentos disponíveis para venda, valor bruto 13 ( ) (9.893) Imposto sobre os itens registados directamente em capital Outros rendimentos do período - líquidos de imposto (92.459) (9.702) Total do rendimento integral do exercício Resultado líquido do exercício atribuível a: Detentores do capital do Grupo EDA Interesses não controlados ( ) Rendimento integral do exercício atribuível a: Detentores do capital do Grupo EDA Interesses não controlados ( ) Resultado por acção: - básico 1,04 2,13 - diluído 1,04 2,13 As notas das páginas 7 a 71 constituem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 66

68 Demonstração da alteração dos capitais próprios Nota Capital Outras reservas Resultados acumulados Resultado exercício Interesses não controlados Total A 1 de Janeiro de Total do rendimento integral do exercício - (9.702) Variação perímetro Outras variações em capitais próprios - Distribuição de dividendos - - ( ) - (56.336) ( ) Transf. para outras reservas ( ) - - A 31 de Dezembro de Total do rendimento integral do exercício - (92.459) ( ) Variação perímetro Distribuição de dividendos 20, ( ) - ( ) ( ) Transf. para outras reservas ( ) - - A 31 de Dezembro de As notas das páginas 7 a 71 constituem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 67

69 Demonstração de fluxos de caixa consolidados Fluxos de caixa das atividades operacionais 31 de Dezembro 31 de Dezembro Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal ( ) ( ) Outros recebimentos/pagamentos atividade operacional ( ) Pagamento do imposto sobre o rendimento Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais Fluxos de caixa das atividades de investimento Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis e intangíveis Ativos financeiros disponiveis para venda Subsídios ao investimento Dividendos de ativos disponiveis para venda Pagamentos respeitantes a: Aquisição interesse em associadas - (35.000) Ativos fixos tangíveis e intangíveis ( ) ( ) Fluxos de caixa líquidos das atividades de investimento ( ) ( ) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos Juros e custos similares Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos ( ) ( ) Juros e custos similares ( ) ( ) Dividendos ( ) ( ) Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento Variação de perímetro - - Aumento líquido (diminuição) do caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa no início do período Caixa e equivalentes de caixa no final do período ( ) Detalhe da Caixa e equivalentes de caixa Caixa Descobertos bancários Depósitos bancários ( ) (42.837) As notas das páginas 7 a 71 constituem parte integrante destas demonstrações financeiras. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 68

70 Anexo às demonstrações financeiras consolidadas 1. Informação geral A Eletricidade dos Açores, S.A. (referida neste documento como EDA ou Grupo EDA), com sede na Rua Francisco Pereira Ataíde nº1, Ponta Delgada, foi transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, pelo Decreto-Lei nº. 79/97, de 8 de Abril. Em 30 de Novembro de 1999, a Região Autónoma dos Açores transmitiu à EDP Participações, SGPS, SA, um lote de ações correspondentes a 10% do capital social da EDA. Na primeira e segunda fase do processo de reprivatização direta do capital social da EDA, aprovadas pelo Decreto-Lei nº.243/2004, de 31 de Dezembro de 2004, foram alienadas ações representativas de 39,9% do capital social, respetivamente, um lote indivisível de ações (por concurso público) à ESA Energia e Serviços dos Açores, SGPS, SA e um lote de ações através da oferta pública aos trabalhadores, pequenos subscritores e emigrantes. As ações representativas do capital subscritas pela Região Autónoma dos Açores só poderão ser transmitidas para outros entes públicos por deliberação do Governo Regional. A EDA rege-se pelo seu Estatuto, pelas normas reguladoras das sociedades anónimas e por disposições do Governo Regional relacionadas com o sector da eletricidade e com a própria empresa. A transformação da EDA em sociedade anónima introduziu um novo conceito empresarial, o de Grupo EDA, com a aposta na diversificação e desenvolvimento de novos negócios em áreas onde a EDA detinha elevado know-how. O Grupo EDA detém, presentemente, uma área de negócio principal, a Eletricidade, e outras atividades secundárias como a prestação de serviços de telecomunicações e a conceção e elaboração de projetos de consultoria de engenharia, gestão e manutenção de instalações industriais. O Grupo EDA é constituído pelas seguintes entidades: Negócio Eletricidade Eletricidade dos Açores, SA (EDA) Empresa-mãe do Grupo EDA, o seu objeto social é a produção, a aquisição, o transporte, a distribuição e a venda de energia elétrica, bem como o período de outras atividades relacionadas com aquelas. Nos termos do contrato de concessão do transporte e distribuição de energia elétrica celebrado com a Região Autónoma dos Açores, a EDA tem o direito e a responsabilidade de exercer a atividade que é objeto da concessão pelo prazo de 50 anos, contados a partir de 12 de Outubro de Esta atividade está sujeita a regulação por parte da ERSE Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). SOGEO, SA (SOGEO) Empresa responsável pela produção de energia elétrica através de infraestruturas de captação e transformação do calor geotérmico, tendo atribuído o contrato de concessão de exploração de recursos geotérmicos na zona demarcada do Concelho da Ribeira Grande por um período de 25 anos contados a partir de 14 de Julho de A SOGEO tem um contrato de fornecimento de eletricidade com a EDA segundo o qual a EDA compromete-se a adquirir toda a energia elétrica que a SOGEO coloque à sua disposição, aos preços de aquisição fixados anualmente. EEG Eletricidade e Gáz, Lda (EEG) Empresa cujo objeto é a produção de energia elétrica através da utilização de fontes renováveis, nomeadamente hídrica e eólica. A EEG tem um contrato de fornecimento de eletricidade com a EDA segundo o qual a EDA compromete-se a adquirir toda a energia elétrica que a EEG coloque à sua disposição, aos preços de aquisição fixados anualmente. GEOTERCEIRA Sociedade Geoelétrica da Terceira, SA (GEOTERCEIRA) Empresa responsável pelo projeto geotérmico da ilha da Terceira. Em 31 de Dezembro de 2009, encontra-se ainda na fase de prospeção e pesquisa. Apenas após a obtenção da confirmação da 69

71 viabilidade comercial da exploração dos poços, pela GEOTERCEIRA será atribuído um contrato de exploração de recursos geotérmicos. Atividades complementares GLOBALEDA Telecomunicações e Sistemas de Informação, SA Empresa cujo objeto é o aproveitamento dos recursos existentes e o know-how da EDA, SA, nas áreas de telecomunicações e sistemas de informação. Associado à contratualização da prestação de serviços informáticos em regime de outsourcing para o Grupo EDA, foi efetuada a venda de 60% do capital da Globaleda à Novabase Consulting, em Fevereiro de Em Agosto de 2008, com vista à reestruturação dos negócios da Globaleda foi efetuada a cisão do negócio de sistemas de informação para uma nova entidade criada para o efeito, designada por Novabase Atlântico. Esta reestruturação permitiu o realinhamento das participações pela EDA, que passou a deter 60% da Globaleda e 40% da Novabase Atlântico. SEGMA Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda Empresa cujo objeto é a prestação de serviços de engenharia associados a infraestruturas elétricas ao nível dos projetos ou supervisão de execução quer ao Grupo EDA quer a entidades terceiras. Norma Açores Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. Empresa responsável pela prestação de serviços no arquipélago dos Açores em cinco áreas de negócio: i) engenharia (projeto e fiscalização); ii) estudos e consultadoria; iii) segurança, ambiente e inovação; iv) metrologia, calibração e ensaios; e v) grandes projetos. Atualmente a Norma Açores tem como acionista maioritária a EDA Eletricidade dos Açores, SA, que apenas assumiu o controlo da gestão da Norma Açores, em Controlauto Açores Controlo Técnico de Automóveis, Lda Empresa do Grupo Controlauto, cujo objeto é a atividade de inspeção de veículos automóveis, no âmbito da legislação relativa às Inspeções periódicas obrigatórias, para a Região Autónoma dos Açores. A Controlauto-Açores é detida a 30% pela EDA, SA e a 30% pela Norma-Açores, SA. Entidades classificadas como Entidades associadas Novabase Atlântico Sistemas de informação, SA Esta empresa resulta da cisão do negócio de consultoria informática da Globaleda e tem por objeto o período das atividades de consultadoria, desenvolvimento e operação de sistemas de informação. A Novabase Atlântico é detida a 60% pelo Grupo Novabase e a 40% pela EDA. Oniaçores Infocomunicações, SA Empresa do Grupo Oni, participada pela EDA com o objetivo de aproveitar os recursos existentes e o know-how da EDA nas áreas de telecomunicações e sistemas de informação. A Oniaçores é detida a 40% pela EDA, SA. 2. Informação sobre os contratos de concessão atribuídos 2.1 Contrato de concessão de eletricidade A concessão do transporte e distribuição de energia elétrica para Região Autónoma dos Açores foi atribuída à EDA, SA, conforme o Decreto Legislativo Regional nº 15/96/A, de 1 de Agosto, pelo período de 50 anos, a contar da data de12 Outubro de A concessão tem por objeto a gestão técnica global do sistema elétrico de cada uma das ilhas, e o transporte e distribuição de energia elétrica, bem como a construção das infraestruturas que a integram. 70

72 A atividade da concessão compreende: a) A receção da energia elétrica; b) O transporte de energia elétrica; c) A distribuição da energia elétrica; d) A gestão técnica global do sistema elétrico de cada uma das ilhas. A concessão é exercida em regime de serviço público, devendo a EDA (concessionária) adquirir a energia necessária à prestação do serviço público aos produtores, quer vinculados quer não vinculados ao serviço público, em condições não discriminatórias. A concessionária deve assegurar o fornecimento de energia elétrica de forma permanente e contínua. As atividades da concessão são reguladas, estando as competências para o período da atividade da regulação atribuídas à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), através do estabelecimento de disposições aplicáveis aos critérios e métodos para a formulação, cálculo e publicação para a energia elétrica e outros serviços, à definição das tarifas reguladas e despectiva estrutura, à determinação dos proveitos permitidos, às obrigações em matéria de prestação de informação e, ainda, à convergência tarifária dos sistemas elétricos públicos. As tarifas de eletricidade a cobrar aos consumidores são fixadas anualmente pela ERSE em função da regulamentação constante do Regulamento Tarifário, onde para além da metodologia de determinação do nível de proveitos a proporcionar por cada tarifa, se caracteriza a metodologia de cálculo tarifário e a forma de determinação da estrutura das tarifas. A estrutura das tarifas de Venda a Clientes Finais, tanto no Continente como nas Regiões Autónomas resulta da aplicação do princípio da aditividade tarifária que consiste na definição de tarifas de Venda a Clientes Finais com preços que resultam da adição dos preços das tarifas por atividade aplicáveis em cada nível de tensão e opção tarifária aos clientes do comercializador de último recurso, nomeadamente: tarifas de Uso Global do Sistema, Uso da Rede de Transporte, Uso da Rede de Distribuição, Energia e Comercialização. As tarifas são estabelecidas de forma a proporcionar à entidade concessionária da RNT e aos detentores de licença vinculada de distribuição um montante de proveitos calculados de acordo com as disposições constantes no Regulamento Tarifário, sendo construídas com base em estimativas de vendas de energia e custos operacionais e de investimento entregues pelas empresas reguladas, sendo previamente sujeitas a um processo de aceitação pelo regulador. Dado que as tarifas fixadas têm por base estimativas de venda de energia e custos aceites, existe um mecanismo de ajustamento que permite incluir nas tarifas do ano n+2 o valor do respetivo ajustamento e, desta forma, a empresa pode recuperar ou devolver aos consumidores o montante que resulta da aplicação deste mecanismo, referente ao ano n. Os sobrecustos das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são incluídos na Tarifa de Uso Global do Sistema que é aplicada pelos distribuidores vinculados aos fornecimentos a clientes do comercializador de último recurso e às entregas a clientes no mercado liberalizado. Desde 2003, primeiro ano da fixação pela ERSE das tarifas praticadas pela empresa concessionária do transporte e distribuição da Região Autónoma dos Açores (RAA), EDA Eletricidade dos Açores, S.A. tem-se aplicado uma metodologia de regulação por custos aceites para todas as atividades reguladas das empresas, por períodos regulatórios de 3 anos. A partir de 2009, a ERSE alterou a forma de regulação das atividades de Distribuição de Energia Elétrica e de Comercialização de Energia Elétrica, que passou a ser efetuada por price cap, com o objetivo de incentivar a empresa a obter maiores ganhos de eficiência naquelas atividades. Na atividade Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema mantém-se o mesmo tipo de regulação baseada em custos aceites e na aplicação de uma taxa de remuneração sobre os ativos líquidos. 71

73 No final do prazo da concessão, os bens afetos à concessão revertem para a entidade concedente (RAA). A entidade concedente pagará à entidade concessionária uma indemnização pelo valor líquido contabilístico dos investimentos realizados e não amortizados, carecendo de aprovação do concedente os investimentos realizados cujo período de depreciação excedam o prazo da concessão remanescente, à data do investimento Concessão de exploração atribuída à SOGEO A SOGEO tem atribuída a concessão de exploração de recursos geotérmicos na zona situada no Concelho da Ribeira Grande, conforme demarcação, pelo prazo de 25 anos contados a partir de 14 de Julho de No âmbito deste contrato a SOGEO obriga-se a: i) executar os trabalhos de exploração em conformidade com o plano de exploração previamente aprovado; ii) manter permanentemente um serviço de monitorização sísmica e vulcânica; iii) proceder à eliminação dos resíduos de óleos e produtos de limpeza de furos; iv) proceder ou mandar proceder à prospeção e pesquisa de novos aquíferos, dentro da área da concessão; Como compensação pela concessão da exploração a SOGEO deverá pagar à entidade concedente uma taxa anual, a título de compensação, que será incrementada consoante as quantidades extraídas. No decurso do prazo da concessão, os bens afetos à concessão revertem para a entidade concedente, mediante as condições a acordar entre as partes. 3. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras a) Base de Preparação Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas para emissão pelo Conselho de Administração, na reunião de 15 de Maio de É da opinião do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações do Grupo EDA, bem como a sua posição e performance financeira e fluxos de caixa. Estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as IFRS adotadas pela União Europeia (IFRS), emitidas e em vigor ou emitidas e adotadas antecipadamente à data de 31 de Dezembro de Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas a EDA seguiu a convenção do custo histórico, modificada, quando aplicável, pela avaliação dos ativos financeiros disponíveis para venda e instrumentos financeiros derivados ao justo valor. A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adotar pela EDA, com impacto significativo no valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de relato. Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência do Conselho de Administração e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas na Nota 6. 72

74 Novas normas e interpretações i) Os impactos da adoção das normas e interpretações que se tornaram efetivas a 1 de Janeiro de 2011 são os seguintes: Normas: IAS 32 (alteração), Instrumentos financeiros: Apresentação classificação de direitos emitidos. Esta alteração refere-se à contabilização de direitos emitidos denominados numa moeda diferente da moeda funcional do emitente. Se os direitos forem emitidos pro-rata aos acionistas por um montante fixo em qualquer moeda, considera-se que se trata de uma transação com acionistas a registar em Capitais próprios. Caso contrário, os direitos deverão ser classificados como instrumentos derivados passivos. Esta alteração não tem impacto nas demonstrações financeiras da EDA. IFRS 1 (alteração), Adoção pela primeira vez das IFRS. Esta alteração permite às entidades que adotem IFRS pela primeira vez, usufruírem do mesmo regime transitório da IFRS 7 Instrumentos financeiros Divulgações, o qual permite a isenção na divulgação dos comparativos para a classificação do justo valor pelos três níveis exigidos pela IFRS 7. Esta alteração não se aplica ao Grupo EDA, por já reportar em IFRS. IAS 24 (alteração) Partes relacionadas. A alteração à norma elimina os requisitos gerais de divulgação de partes relacionadas para as entidades públicas sendo contudo obrigatória a divulgação da relação da Entidade com o Estado e quaisquer transações significativas que tenham ocorrido com o Estado ou entidades relacionadas com o Estado. Adicionalmente a definição de parte relacionada foi alterada para eliminar inconsistências na identificação e divulgação das partes relacionadas. Esta alteração não teve impacto significativo nas divulgações efetuadas nas Demonstrações financeiras do Grupo EDA (ver nota 36). Melhoria anual das normas em 2010, a aplicar maioritariamente para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de O processo de melhoria anual de 2010 afeta as normas: IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 1, IAS 27, IAS 34 e IFRIC 13. Estas melhorias serão aplicadas pela EDA nos períodos em que se tornem efetivas, exceto quanto às melhorias à IFRS 1 por a EDA já aplicar IFRS. Interpretações: IFRIC 14 (Alteração) 'IAS 19 - Limitação aos ativos decorrentes de planos de benefícios definidos e a sua interação com requisitos de contribuições mínimas'. Esta alteração clarifica que quando é apurado um saldo ativo resultante de pagamentos antecipados voluntários por conta de contribuições mínimas futuras, o excesso positivo pode ser reconhecido como um ativo. Esta alteração não tem impacto nas Demonstrações financeiras da EDA. IFRIC 19, Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital. Esta interpretação clarifica qual o tratamento contabilístico a adotar quando uma entidade renegoceia os termos de uma dívida que resulta no pagamento do passivo através da emissão de instrumentos de capital próprio (ações) ao credor. Um ganho ou uma perda é reconhecido nos resultados do período, tomando por base o justo valor dos instrumentos de capital emitidos e comparando com o valor contabilístico da dívida. A mera reclassificação do valor da dívida para o capital não é permitida. Esta IFRIC não teve aplicação nas demonstrações financeiras da EDA. 73

75 ii) Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas é obrigatória para períodos anuais que se iniciem a partir de 1 de Julho de 2011 ou em data posterior, que a EDA decidiu não adotar antecipadamente: Normas IFRS 1 (alteração), Adoção pela primeira vez das IFRS (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração visa incluir uma isenção específica para as entidades que operavam anteriormente em economias hiperinflacionárias, e adotam pela primeira vez as IFRS. A isenção permite a uma Entidade optar por mensurar determinados ativos e passivos ao justo valor e utilizar o justo valor como custo considerado na demonstração da posição financeira de abertura para as IFRS. Outra alteração introduzida refere-se à substituição das referências a datas específicas por data da transição para as IFRS nas exceções à aplicação retrospetiva da IFRS. Esta alteração não se aplica ao Grupo EDA, por já reportar em IFRS. IRFS 7 (alteração), Instrumentos financeiros: Divulgações Transferência de ativos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2011). Esta alteração à IFRS 7 referese às exigências de divulgação a efetuar relativamente a ativos financeiros transferidos para terceiros mas não desreconhecidos do balanço por a entidade manter obrigações associadas ou envolvimento continuado. Esta alteração não deverá ter em impacto nas Demonstrações financeiras da EDA. IAS 12 (alteração), Impostos sobre o rendimento (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração requer que uma Entidade mensure os impostos diferidos relacionados com ativos dependendo se a Entidade estima recuperar o valor líquido do ativo através do uso ou da venda, exceto para as propriedades de investimento mensuradas de acordo com o modelo do justo valor. Esta alteração incorpora na IAS 12 os princípios incluídos na SIC 21, a qual é revogada. Esta alteração não deverá ter impacto nas Demonstrações financeiras da EDA. IAS 1 (alteração), Apresentação de demonstrações financeiras (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2012). Esta alteração está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração requer que as Entidades apresentem de forma separada os itens contabilizados como Outros rendimentos integrais, consoante estes possam ser reciclados ou não no futuro por resultados do exercício e o respetivo impacto fiscal, se os itens forem apresentados antes de impostos. A EDA aplicará esta alteração quando se tornar efetiva. IFRS 9 (novo), Instrumentos financeiros classificação e mensuração (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2015). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 9 refere-se à primeira parte da nova norma sobre instrumentos financeiros e prevê duas categorias de mensuração: o custo amortizado e o justo valor. Todos os instrumentos de capital são mensurados ao justo valor. Um instrumento financeiro é mensurado ao custo amortizado apenas quando a Entidade o detém para receber os cash-flows contratuais e os cash-flows representam o nominal e juros. Caso contrário os instrumentos financeiros, são valorizados ao justo valor por via de resultados. A EDA aplicará a IFRS 9 no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 10 (novo), Demonstrações financeiras consolidadas (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 10 substitui todos os princípios associados ao controlo e consolidação incluídos na IAS 27 e SIC 12, alterando a definição de controlo e os critérios aplicados para determinar o controlo. O princípio base de que o consolidado apresenta a empresa mãe e as subsidiárias como uma entidade 74

76 única mantém-se inalterado. A EDA aplicará a IFRS 10 no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 11 (novo), Acordos conjuntos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 11 centra-se nos direitos e obrigações dos acordos conjuntos em vez da forma legal. Acordos conjuntos podem ser Operações conjuntas (direitos sobre ativos e obrigações) ou Empreendimentos conjuntos (direitos sobre o ativo líquido por aplicação do método da equivalência patrimonial). A consolidação proporcional deixa de ser permitida. A EDA aplicará a IFRS 11 no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 12 (novo) Divulgação de interesses em outras entidades (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta norma estabelece os requisitos de divulgação para todos os tipos de interesses em outras entidades, incluindo empreendimentos conjuntos, associadas e entidades de fim específico, de forma a avaliar a natureza, o risco e os impactos financeiros associados ao interesse da Entidade. Uma Entidade pode efetuar algumas ou todas as divulgações sem que tenha de aplicar a IFRS 12 na sua totalidade ou as IFRS 10 e 11 e as IAS 27 e 28. A EDA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IFRS 13 (novo) Justo valor: mensuração e divulgação (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IFRS 13 tem como objetivo aumentar a consistência, ao estabelecer uma definição precisa de justo valor e constituir a única fonte dos requisitos de mensuração e divulgação do justo valor a aplicar de forma transversal por todas as IFRSs. A EDA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 27 (revisão 2011) Demonstrações financeiras separadas (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IAS 27 foi revista após a emissão da IFRS 10 e contém os requisitos de contabilização e divulgação para investimentos em subsidiárias, e empreendimentos conjuntos e associadas quando uma Entidade prepara demonstrações financeiras separadas. Esta norma não será aplicada à EDA uma vez que a empresa-mãe (EDA) prepara as demonstrações financeiras em SNC. IAS 28 (revisão 2011) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. A IAS 28 foi revista após a emissão da IFRS 11 e prescreve o tratamento contabilístico dos investimentos em associadas e estabelece os requerimentos para a aplicação do método da equivalência patrimonial. A EDA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 19 (revisão 2011), Benefícios aos empregados (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta revisão introduz diferenças significativas no reconhecimento e mensuração dos gastos com benefícios definidos e benefícios de cessação de emprego, bem como nas divulgações a efetuar para todos os benefícios concedidos aos empregados. Os desvios atuariais passam a ser reconhecidos de imediato e apenas nos Outros rendimentos integrais (não é permitido o método do corredor). O custo financeiro dos planos com fundo constituído é calculado na base líquida da responsabilidade não fundeada. Os Benefícios de cessação de emprego apenas qualificam como tal se não existir qualquer obrigação do empregado prestar serviço futuro. A EDA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. 75

77 IFRS 7 (alteração), Divulgações compensação de ativos e passivos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração é parte do projeto de compensação de ativos e passivos do IASB e introduz novos requisitos de divulgação sobre os direitos de compensação (de ativos e passivos) não contabilizados, os ativos e passivos compensados e o efeito destas compensações na exposição ao risco de crédito. A EDA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. IAS 32 (alteração) Compensação de ativos e passivos financeiros (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2014). Esta norma está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta alteração é parte do projeto de compensação de ativos e passivos do IASB a qual clarifica a expressão deter atualmente o direito legal de compensação e clarifica que alguns sistemas de regularização pelos montantes brutos (câmaras de compensação) podem ser equivalentes à compensação por montantes líquidos A EDA aplicará esta norma no exercício em que a mesma se tornar efetiva. Interpretações IFRIC 20 (nova), Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2013). Esta interpretação está ainda sujeita ao processo de adoção pela União Europeia. Esta interpretação refere-se ao registo dos custos de remoção de resíduos na fase inicial de uma mina de superfície, como um ativo, considerando que a remoção dos resíduos gera dois benefícios potenciais: a extração imediata de recursos minerais e a abertura de acesso a quantidade adicionais de recursos minerais a extrair no futuro. Sem impacto nas demonstrações do Grupo EDA. 4. Principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os períodos apresentados, salvo indicação contrária. a) Consolidação Filiais Filiais são todas as entidades (incluindo as entidades com finalidades especiais) sobre as quais a EDA tem o poder de decidir sobre as políticas financeiras ou operacionais, a que normalmente está associado o controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados quando se avalia se a EDA detém o controlo sobre uma entidade. As filiais são consolidadas a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo EDA sendo excluídas da consolidação a partir da data em que esse controlo cessa. As entidades que se qualificam como filiais encontram-se listadas na Nota 35. A aquisição de filiais é registada pelo método de compra. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial, são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da participação da EDA nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do rendimento integral. 76

78 Os custos diretamente atribuíveis à aquisição são registados diretamente em resultados do exercício. Quando à data da aquisição do controlo a EDA já detém uma participação adquirida previamente, o justo valor dessa participação concorre para a determinação do goodwill ou badwill. Quando a aquisição do controlo é efetuada em percentagem inferior a 100%, na aplicação do método da compra os interesses não controlados podem ser mensurados ao justo valor ou na proporção do justo valor dos ativos e passivos adquiridos, sendo essa opção definida em cada transação. Transações subsequentes de alienação ou de aquisição de participações a interesses não controlados, que não implicam alteração do controlo, não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou goodwill, sendo qualquer diferença apurada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no Capital próprio. Os resultados negativos gerados em cada período pelas filiais com interesses não controlados são alocados na percentagem detida aos interesses não controlados independentemente destes se tornarem negativos. Transações, saldos e ganhos não realizados em transações com empresas do grupo são eliminados. Perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se constituírem uma perda de imparidade no ativo transferido. As políticas contabilísticas das filiais são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente por todas as empresas do Grupo. Associadas Os investimentos em associadas são apresentados pelo valor resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial. Segundo este método, as demonstrações financeiras consolidadas incluem a quota-parte do Grupo no total de ganhos e perdas reconhecidos desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efetivamente termina, bem como nas variações de capital resultantes de registos diretos no capital próprio por parte das Associadas. As associadas são entidades sobre as quais o Grupo tem entre 20% e 50% dos direitos de voto, ou sobre as quais o Grupo tenha influência significativa, mas que não possa exercer o seu controlo. Ganhos ou perdas não realizados em transações entre o Grupo e as suas associadas são eliminados. Os dividendos atribuídos pela participada são considerados reduções do investimento detido. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo EDA nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill, o qual, deduzido de perdas acumuladas de imparidade, está considerado no valor inscrito como investimento do Grupo em associadas. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do rendimento integral. Quando a quota-parte das perdas de uma associada excede o investimento na associada, o Grupo reconhece perdas adicionais se tiver assumido obrigações ou tenha efetuado pagamentos em benefício da associada. As políticas contabilísticas das associadas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente por todas as empresas do Grupo. As entidades que se qualificam como associadas encontram-se listadas na nota

79 b) Relato por segmentos Um segmento operacional é uma componente de uma entidade: a) Que desenvolve atividades de negócio de que obtém réditos e pelas quais incorre em gastos (incluindo réditos e gastos relacionados com transações com outras componentes da mesma entidade); b) Cujos resultados operacionais são regularmente revistos pelo principal responsável pela tomada de decisões operacionais da entidade para efeitos da tomada de decisões sobre a imputação de recursos ao segmento e da avaliação do seu desempenho; c) Sobre a qual esteja disponível informação financeira discreta. O Grupo EDA apresenta como segmento operacional, a Eletricidade e outros. O segmento Eletricidade inclui as empresas de grupo: EDA; EEG; SOGEO e GEOTERCEIRA, agregando o segmento Outros as atividades das empresas do grupo: Segma, Globaleda, Norma Açores e Controlauto Açores. c) Conversão cambial i) Moeda funcional e de apresentação Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo estão mensurados na moeda do ambiente económico em que cada entidade opera (moeda funcional), o euro. As demonstrações financeiras consolidadas da EDA e respetivas notas deste anexo são apresentadas em euros, salvo indicação explícita em contrário, a moeda de apresentação do Grupo. ii) Transações e saldos As transações em moedas diferentes do euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/recebimento das transações bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do relato financeiro, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração do rendimento integral consolidado, na rubrica de custos financeiros, se relacionadas com empréstimos ou em outros rendimentos ou gastos operacionais, para todos os outros saldos/transações. iii) Cotações utilizadas As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue: Cotações de Moeda Estrangeira Moeda USD 1,2939 1,3362 GBP 0,8353 0,8608 Fonte: Cotações do Banco Central Europeu à data de 31 de Dezembro de 2011 d) Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis encontram-se valorizados ao custo deduzido de depreciações e perdas por imparidade acumuladas. Este custo inclui o custo estimado à data de transição para IFRS, e os custos de aquisição para ativos obtidos após essa data. 78

80 O custo de aquisição inclui o preço de compra do ativo, as despesas diretamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do ativo para a sua entrada em funcionamento. Os custos financeiros incorridos com empréstimos obtidos para a construção de ativos tangíveis são reconhecidos como custo da aquisição/construção do ativo. Os custos subsequentes incorridos com renovações e grandes reparações, que façam aumentar a vida útil dos ativos são reconhecidos no custo do ativo. Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como um gasto do período em que são incorridos. Os gastos a suportar com o desmantelamento ou remoção de ativos instalados em propriedade de terceiros são considerados como parte do custo inicial dos respetivos ativos quando se trate de montantes significativos. Os ativos fixos tangíveis são depreciados de forma sistemática com base no método das quotas constantes, pelo período da vida útil estimada. Os terrenos não são depreciados. As vidas úteis estimadas para os ativos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue: Anos Edifícios e outras construções Equipamento básico Produção hidroeléctrica Produção termoeléctrica Produção eólica Produção geotérmica Contadores Outros Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outros activos tangíveis Entre 6 e 60 anos Entre 8 e 20 anos Entre 3 e 40 anos Entre 12 e 24 anos Entre 8 e 20 anos 16 anos Entre 4 e 20 anos Entre 4 e 10 anos Entre 3 e 16 anos Entre 4 e 20 anos Sempre que existam indícios de perda de valor dos ativos fixos tangíveis, são efetuados testes de imparidade, de forma a estimar o valor recuperável do ativo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso do ativo, sendo este último calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do ativo no fim da sua vida útil. As vidas úteis dos ativos são revistas no final do ano para cada ativo, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos ativos. Alterações às vidas úteis são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são aplicadas prospectivamente. Os ganhos ou perdas na alienação dos ativos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do rendimento integral consolidado. e) Ativos intangíveis Os ativos intangíveis registados na Demonstração da posição financeira referem-se a direitos de licenças CO2 atribuídas pelo Estado, direitos de utilização de software, direitos de superfície e direitos de concessão. 79

81 Os dispêndios com estudos e avaliações efetuados no decurso das atividades operacionais são reconhecidos nos resultados do período em que são incorridos, exceto se forem referentes à atividade de exploração e avaliação de recursos minerais. Licenças CO2: Algumas das atividades desenvolvidas pelo Grupo EDA envolvem a queima de combustíveis fósseis com a consequente emissão de gases de carbono (CO2). O Grupo tem atribuídas licenças de emissão de CO2 no âmbito do PNALE Plano nacional de atribuição de licenças de emissão de CO2, plano que transpõe para Portugal as diretivas da União Europeia quanto às metas de redução de emissão de CO2 com vista ao cumprimento do Protocolo de Kyoto. O registo das licenças de CO2, como um ativo intangível, é efetuado na data da sua atribuição ao valor de mercado da data da atribuição e subsequentemente ao custo de aquisição. O registo dos consumos das licenças é efetuado na base FIFO. Software: O Grupo EDA capitaliza na rubrica de software os custos incorridos com o desenvolvimento de aplicações informáticas para uso interno bem como a aquisição de licenças de utilização e de upgrade. Estes ativos são amortizados entre 3 e 5 anos. Direitos superfície: Este montante refere-se a direitos de superfície adquiridos pela empresa do grupo, a EEG, para a construção de parques eólicos. O direito adquirido é amortizado pelo período estimado do contrato. Direitos de concessão: O Grupo tem uma concessão atribuída para as atividades de gestão do sistema, do transporte e distribuição de energia elétrica na RAA. Os ativos adquiridos/construídos pela EDA, ao abrigo destes contratos de concessão, referidos como ativos da concessão, compreendem essencialmente ativos fixos tangíveis cuja construção/aquisição a EDA permuta pelo direito de explorar o serviço público associado. De acordo com a IFRIC 12, um acordo de serviço de concessão envolve uma entidade (o operador) que constrói a infraestrutura utilizada na prestação do serviço público, que a desenvolve (por exemplo, aumento da capacidade existente) e faz a manutenção e operação da mesma por um período específico. O operador é remunerado pelos serviços prestados pelo período do acordo. O acordo de serviço de concessão é regulado por um contrato de concessão que estabelece os níveis de serviço, os mecanismos de ajustamento de preços e a resolução de disputas. Estes contratos de concessão podem ser designados por construir-operar-transferir, reabilitar-operar-transferir ou público-privado. Tendo em conta o disposto no contrato de concessão, a EDA suporta, para além dos riscos associados à construção, o risco de disponibilidade e, nos moldes previstos no regulamento tarifário, os riscos de procura, pelo que o investimento efetuado nos bens da concessão encontra-se registado de acordo com o modelo do ativo intangível. Tendo em conta que: (i) a prossecução do objeto da concessão implica investimento significativo recorrente, e (ii) que as atividades no âmbito da concessão são reguladas pela ERSE, que determina as tarifas a praticar e os montantes de convergência tarifária a faturar em cada ano, considerou-se que era economicamente impraticável aplicar a IFRIC 12 à data de início da concessão pelo que a EDA procedeu à aplicação da IFRIC 12 prospectivamente desde 1 de Janeiro de São classificados como custo do ativo intangível os valores investidos referentes à construção, expansão e requalificação das infraestruturas que constituem o estabelecimento da concessão permutados pelo direito de concessão. Considerando as características das infraestruturas associadas à prestação do serviço público de fornecimento de energia elétrica, parte significativa dos investimentos são referentes à ampliação e remodelação da rede e a equipamentos de contagem e medição do consumo. 80

82 Relativamente aos investimentos de substituição/ renovação das infraestruturas, de acordo com a IFRIC 12 estes custos só são passíveis de registo como parte do direito da concessão, por via da permuta de serviços de construção, na medida em que tenham retribuição associada. No caso da EDA, tendo em conta o modelo regulatório em vigor para o triénio , concorre para a formação das tarifas a que a EDA tem direito para remunerar a sua atividade, o valor da amortização estimada do ativo médio estimado afeto à atividade regulada, com base nos parâmetros definidos pela EDA e aprovados pela ERSE no inicio de cada período regulatório (3 anos), acrescido de uma taxa de remuneração a qual tem por base tanto os investimentos novos e de expansão como os de substituição e renovação. Deste modo, são considerados como custos do ativo intangível tanto os primeiros como os segundos. No que respeita à amortização, a IFRIC 12 remete diretamente para o normativo dos ativos intangíveis, o IAS 38 o qual refere que os ativos intangíveis têm de ser amortizados numa base sistemática que reflita o padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da EDA, o ativo intangível registado corresponde ao direito de explorar o serviço público concessionado, pelo que os benefícios económicos associados são os que advém das tarifas a praticar para o período daquele direito, durante o prazo da concessão. f) Avaliação e exploração de recursos geotérmicos O Grupo EDA inclui no perímetro de consolidação empresas cujo objeto social é o aproveitamento de recursos minerais, através da construção e operação de instalações de produção de energia elétrica ou outra. Estas entidades desenvolvem, para além do aproveitamento dos recursos minerais já instalados, trabalhos de prospeção em novas áreas delimitadas, para as quais ainda não está determinada a viabilidade comercial da exploração dos recursos geotérmicos, embora esta se afigure altamente provável. Desta forma, e ao abrigo da IFRS 6 exploração e avaliação de recursos naturais, os custos incorridos com estudos e testes na fase de prospeção são capitalizados como um ativo intangível em curso e os custos com a construção de poços e estruturas acessórias são capitalizados como ativos tangíveis em curso, até à data em que se determine a sua viabilidade. Durante a fase de prospeção, e sempre que existam indicadores de imparidade, a EDA procede ao cálculo e registo de imparidade. Os principais indicadores de imparidade resultam das seguintes situações: i) a prospeção na área específica não levou à descoberta de quantidades comercialmente viáveis de recursos minerais e a entidade decidiu descontinuar essas atividades na área específica; ou ii) o desenvolvimento na área específica é viável mas estima-se que a quantia escriturada do ativo de exploração e avaliação não seja recuperada na totalidade, no âmbito da exploração efetiva do recurso mineral ou através de alienação. Parte das atividades de prospeção são comparticipadas através de fundos dos programas comunitários para a Região Autónoma dos Açores que se encontram registados na Demonstração da posição financeira a deduzir à respetiva de categoria de ativos, na situação presente Ativos fixos tangíveis. g) Imparidade de ativos Os ativos com vida útil indefinida não estão sujeitos a depreciação/ amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais. Os ativos com vida útil finita são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras consolidadas possa não ser recuperável. 81

83 Assim, sempre que o valor recuperável for inferior ao valor contabilístico dos ativos, a empresa deve registar a respetiva imparidade. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia contabilística do ativo face ao seu valor recuperável, sendo o valor recuperável, o maior entre o justo valor de um ativo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Para a determinação da existência de imparidade, os ativos são alocados ao nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa separados identificáveis (unidades geradoras de caixa). Os Ativos não financeiros, que não o goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade. Para os ativos valorizados de acordo com o modelo do custo depreciado, as perdas por imparidade e as suas reversões, são reconhecidas na demonstração do rendimento consolidado. Quando há lugar ao registo de uma perda por imparidade ou a sua reversão, a depreciação/amortização dos respetivos ativos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável ajustado da imparidade reconhecida. h) Ativos financeiros O Conselho de Administração determina a classificação dos ativos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com o objetivo da sua compra, reavaliando esta classificação a cada data de relato. Os ativos financeiros podem ser classificados como: i) Ativos financeiros ao justo valor por via de resultados - incluem os ativos financeiros, não derivados, detidos para negociação respeitantes a investimentos de curto prazo, e ativos ao justo valor por via de resultados à data do reconhecimento inicial; ii) Empréstimos concedidos e contas a receber inclui os ativos financeiros, não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado ativo; iii) Investimentos detidos até à maturidade incluem os ativos financeiros, não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a entidade tem intenção e capacidade de manter até à maturidade; iv) Ativos financeiros disponíveis para venda incluem os ativos financeiros, não derivados, que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou não se enquadram nas categorias acima referidas. São reconhecidos como ativos não correntes exceto se houver intenção de alienar nos 12 meses seguintes à data do relato financeiro. Compras e vendas de investimentos em ativos financeiros são registadas na data da transação, ou seja, na data em que a EDA se compromete a comprar ou a vender o ativo. Ativos financeiros ao justo valor por via de resultados são reconhecidos inicialmente pelo justo valor, sendo os custos da transação reconhecidos em resultados. Estes ativos são mensurados subsequentemente ao justo valor, sendo os ganhos e perdas resultantes da alteração do justo valor, reconhecidos nos resultados do período em que ocorrem na rubrica de Custos financeiros ou Proveitos financeiros, onde se incluem também os montantes de rendimentos de juros e dividendos obtidos. Ativos disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor acrescido dos custos de transação. Nos períodos subsequentes, são mensurados ao justo valor sendo a variação do justo valor reconhecida na reserva de justo valor, no capital próprio. Os dividendos e juros obtidos dos ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos em resultados do período em que ocorrem, na rubrica de Outros rendimentos operacionais, quando o direito ao recebimento é estabelecido. 82

84 O justo valor de ativos financeiros cotados é baseado em preços de mercado (bid). Se não existir um mercado ativo, a EDA estabelece o justo valor de acordo com a hierarquia do justo valor (ver alínea j)). Relativamente aos ativos financeiros disponíveis para venda não cotados correspondentes a instrumentos de capital, estes são valorizados ao custo quando não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor. Empréstimos concedidos e contas a receber são classificados na Demonstração da posição financeira como Clientes e outras contas a receber (Nota 3l)), e são reconhecidos ao custo amortizado usando a taxa de juro efetiva, deduzidos de qualquer perda de imparidade. O ajustamento pela imparidade de contas a receber é efetuado quando existe evidência objetiva de que o Grupo não terá a capacidade de receber os montantes em dívida de acordo com as condições iniciais das transações que lhe deram origem. Na identificação de situações de imparidade nas rubricas de empréstimos concedidos e contas a receber, são utilizados diversos indicadores, tais como: Análise de incumprimento; Incumprimento há mais de 6 meses; Dificuldades financeiras do devedor; Probabilidade de falência do devedor. A EDA avalia a cada data de relato, se existe evidência objetiva de que os ativos financeiros sofreram perda de valor. No caso de participações de capital classificadas como disponíveis para venda, um decréscimo significativo ou prolongado do justo valor abaixo do seu custo é considerado como um indicador de que o ativo financeiro está em situação de imparidade. Se existir evidência de perda de valor para ativos financeiros disponíveis para venda, a perda acumulada calculada pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor corrente, menos qualquer perda de imparidade desse ativo financeiro reconhecida previamente em resultados é retirada do capital próprio e reconhecida na demonstração do rendimento integral consolidado. As perdas de imparidade de instrumentos de capital reconhecidas em resultados não são reversíveis na demonstração do rendimento integral consolidado. Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse. i) Instrumentos financeiros derivados Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente ao justo valor da data da transação sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se tratem de instrumentos financeiros derivados de negociação, os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do período nas rubricas de custos ou proveitos financeiros. Quando designados com instrumentos financeiros derivados de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor dependem da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa. Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor desse ativo ou passivo, determinado com base na despectiva política contabilística, é ajustado de forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto. 83

85 Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, no Capital próprio, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte ineficaz da cobertura é registada em resultados no momento em que ocorre. j) Justo valor de ativos e passivos financeiros Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo financeiro, se existir um mercado ativo, a cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7, e utilizado pela EDA. No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, são utilizadas técnicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7, e utilizado pela EDA A EDA aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados, instrumentos financeiros ao justo valor através de resultados e para ativos financeiros disponíveis para venda. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado. Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais avançados contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais a EDA utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 7, no entanto a EDA não o utiliza. k) Inventários Os inventários referem-se a materiais utilizados nas atividades internas de manutenção e conservação e na comercialização de telemóveis e acessórios, bem como combustíveis utilizados na produção de energia termoelétrica. Os inventários são mensurados ao custo de aquisição, o qual inclui todos os custos de compra, custos de transformação e outros custos incorridos para colocar os inventários no local e condição necessária para o seu uso/consumo. Os inventários são reduzidos por imparidade quando apresentam sinais de obsolescência técnica ou quando os equipamentos a que se referem são descontinuados. O método de custeio utilizado é o custo médio ponderado. l) Clientes e outras contas a receber As rubricas de Clientes e outras contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade dos clientes e outras contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identificadas são registadas na demonstração do rendimento integral, em Imparidade de contas a receber, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou deixem de existir. 84

86 m) Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses, e descobertos bancários. Os descobertos bancários são apresentados na Demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica Empréstimos obtidos, e são considerados na elaboração da demonstração consolidada dos fluxos de caixa, como parte do valor de Caixa e equivalentes de caixa. n) Capital social O capital social apresentado corresponde ao capital social subscrito e realizado à data do relato financeiro. As ações próprias são registadas ao custo de aquisição, se a compra for efetuada à vista, ou ao justo valor estimado se a compra for diferida. De acordo com o Código das sociedades comerciais a EDA tem de garantir a cada momento a existência de reservas no Capital próprio para cobertura do valor das ações próprias, limitando o valor das reservas a disponíveis para distribuição. o) Passivos financeiros A IAS 39 prevê a classificação dos passivos financeiros em duas categorias: i) Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados; ii) Outros passivos financeiros Os outros passivos financeiros incluem Empréstimos obtidos (Nota 3p)) e Fornecedores e outras contas a pagar. Os fornecedores e outras contas a pagar são reconhecidos inicialmente ao justo valor e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado de acordo com a taxa de juro efetiva. Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram. p) Empréstimos obtidos Os empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido dos custos de transação incorridos. Os financiamentos são subsequentemente apresentados ao custo amortizado sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na demonstração do rendimento integral consolidado ao longo do período do empréstimo, utilizando o método da taxa de juro efetiva. Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se a EDA possuir um direito incondicional de diferir o pagamento do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro, sendo neste caso classificados no passivo não corrente. q) Imposto sobre o rendimento O imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na Demonstração do rendimento integral, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios. 85

87 Imposto corrente O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor. Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autónoma dos Açores a taxa a aplicar para a determinação do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas é reduzida em 30%, correspondendo a uma taxa efetiva de 17,5%. Como estabelecido na lei das Finanças Locais, as empresas que integram o perímetro de consolidação estão sujeitas à derrama fixada pelos Municípios até ao montante máximo de 1,5% do lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Foi ainda considerada a derrama estadual (2,5%) aprovada pela Lei nº 1-A/2010, aplicada às empresas com lucro tributável superior a euros. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte da administração fiscal durante um período de 4 anos. Imposto diferido Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo com base na Demonstração da posição financeira, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores contabilísticos nas demonstrações financeiras. Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já oficialmente comunicada à data do balanço, e que se estima seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data da liquidação dos impostos diferidos passivos. r) Benefícios aos empregados A EDA concede benefícios pós-emprego aos seus empregados sob a forma de: i) plano de complemento de pensões de reforma aos empregados admitidos até 31 de Dezembro de 2002 (o qual inclui o pagamento de reformas aos empregados da Administração Pública ao seu serviço e reformados até Novembro de 1999, na quota-parte dos anos de serviço a si prestados); e ii) plano de contribuição definida para os empregados admitidos a partir de 1 de Janeiro de As empresas do Grupo EDA, a SOGEO, a EEG e a SEGMA aderiram ao fundo de contribuição definida da EDA, a Futuro +, em Novembro de 2007 e inclui todos os empregados efetivos que não estejam abrangidos por qualquer um dos planos de benefício definido. i) Plano de benefícios definidos da Eletricidade dos Açores, S.A. Os complementos de reforma atribuídos aos empregados constituem um plano de benefícios definidos, com fundo autónomo constituído junto da BANIF Pensões, para o qual são transferidas a totalidade das responsabilidades e entregues as dotações necessárias para cobrir os respetivos encargos que se vão vencendo em cada um dos períodos. A responsabilidade com o pagamento de reformas aos empregados da Administração Pública que prestaram serviço à EDA e foram reformados até 30 de Novembro de 1999, na quota-parte dos anos de serviço prestados à EDA, constituem uma responsabilidade equiparável a um benefício definido, para o qual não existe um fundo autónomo constituído, reconhecendo a EDA uma provisão nas suas demonstrações financeiras. As responsabilidades com o pagamento das referidas contribuições são estimadas anualmente por atuários independentes, sendo utilizado o método do crédito da unidade projetada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro de obrigações de rating elevado denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com uma maturidade que se aproxima das da responsabilidade assumida. O passivo reconhecido na Demonstração da posição financeira relativamente a responsabilidades com benefícios de reforma, corresponde ao valor presente da obrigação do benefício determinado à data do 86

88 relato financeiro, deduzido do justo valor dos ativos do plano, juntamente com ajustamentos relativos a custos de serviços passados, quando aplicável. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajustamentos de experiência e alterações aos pressupostos acima do maior valor entre 10% do valor dos ativos do plano ou 10% das responsabilidades são registados nos resultados do período, ao longo do período médio remanescente de vida de trabalho. ii)plano de contribuição definida O plano de contribuição definida denominado por Futuro+ é gerido pela BPI pensões. A EDA foi a primeira entidade a constituir este fundo em Dezembro de 2005, com efeitos retroativos a 1 de Janeiro de 2003 para todos os empregados da EDA admitidos após essa data. Em Novembro de 2007, aderiram a este fundo as empresas do Grupo a SOGEO, a EEG e a SEGMA, abrangendo todos os seus empregados efetivos à data. Em termos de regime de contribuição o plano prevê: a) contribuição base de 1% do salário pensionável pelo Grupo EDA sem qualquer condição; b) contribuição voluntária do empregado que a EDA reforça contribuindo em metade da percentagem da contribuição do empregado até ao limite de 2%; Relativamente a este plano o Grupo EDA não assume qualquer obrigação de pagamento para além das contribuições referidas no parágrafo anterior. As contribuições efetuadas são registadas como custos com o pessoal na demonstração do rendimento integral do período em que ocorrem. s) Provisões As provisões são reconhecidas quando a EDA tem: i) uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável que seja necessário do que não seja, um dispêndio de recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, a EDA divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota. As provisões são mensuradas ao valor presente dos pagamentos estimados para extinguir a obrigação utilizando uma taxa antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa. t) Subsídios do Estado e outros Os subsídios recebidos do Estado português e da União Europeia são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe uma certeza razoável de que as condições para o recebimento do subsídio serão cumpridas. Os subsídios não reembolsáveis obtidos pelo investimento em ativos fixos tangíveis e intangíveis, são reconhecidos como uma dedução ao custo de aquisição dos respetivos ativos consoante a sua natureza (ver Nota 8 e 9), sendo subsequentemente creditados na demonstração do rendimento integral consolidado conjuntamente com os ativos a que estão associados, na rubrica de Gastos/ reversões de depreciação e amortização. Subsídios à exploração não reembolsáveis são reconhecidos na Demonstração do rendimento integral consolidado no mesmo período em que os gastos associados são incorridos. 87

89 u) Especialização de gastos e rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos períodos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidas como ativos ou passivos, se qualificarem como tal. v) Rédito O rédito do Grupo EDA assume diferentes naturezas consoante as áreas de atividade. Eletricidade: O reconhecimento do rédito para as atividades concessionadas é efetuado com base na informação da eletricidade vendida aos consumidores finais, os montantes de convergência tarifária previsionais definidos pela ERSE e os ajustamentos do ano à convergência tarifária estimada, a incorporar nas tarifas do SEP (Sistema elétrico de serviço publico) em anos subsequentes. Os réditos obtidos destas atividades são regulados pela ERSE, a entidade reguladora para o sector da eletricidade, que através da publicação do regulamento tarifário, define as fórmulas de cálculo das tarifas e os mecanismos de recuperação dos desvios que sejam apurados em cada período. As tarifas a serem aplicadas aos clientes finais (domésticos, industriais e outros) são fixadas anualmente pela ERSE, para cada componente do sistema, tais como: produção; transporte e distribuição. Telecomunicações: O rédito reconhecido resulta: i) da comercialização de telemóveis e outros acessórios (em lojas exclusivas sob a insígnia da Vodafone). O rédito é reconhecido quando é efetuada a venda ao cliente final; ii) das comissões obtidas da Vodafone decorrentes da venda de pacotes de comunicações, cartões e ativações; iii) da prestação de serviços de operação e manutenção de redes de telecomunicações. O rédito é reconhecido com base na percentagem de acabamento. Outros: O rédito reconhecido pelas empresas que não pertencem ao segmento da eletricidade refere-se essencialmente à prestação de serviços de conceção de projetos e fiscalização. O rédito é reconhecido com base na percentagem de acabamento à medida que os serviços são prestados. Serviços de construção O Grupo EDA apresenta na sua Demonstração do rendimento integral o rédito associado à aquisição/construção de ativos para a infraestrutura da concessão. Os dispêndios associados à construção de infraestruturas (construção nova, requalificação, substituição/renovação) são registados diretamente, pela sua natureza, nas rubricas de gastos da Demonstração do rendimento integral. Relativamente aos encargos financeiros, uma vez que a atividade de Transporte e Distribuição se encontra, para efeitos regulatórios, num regime do price cap, os encargos financeiros estimados são considerados como uma componente do preço de aquisição/construção. 88

90 w) Locações Locações de ativos fixos tangíveis, relativamente às quais a EDA detém substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo são classificadas como locações financeiras. São igualmente classificados como locações financeiras os acordos em que a análise de uma ou mais situações particulares do contrato aponte para tal natureza. Todas as outras locações são classificadas como locações operacionais. As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, cada um determinado à data de início do contrato. A dívida resultante de um contrato de locação financeira é registada líquida de encargos financeiros, na rubrica de Empréstimos. Os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados, são reconhecidos em resultados na rubrica de Gastos financeiros, no período a que dizem respeito. Os ativos tangíveis adquiridos através de locações financeiras são depreciados pelo menor entre o período de vida útil do ativo e o período da locação quando o Grupo não tem opção de compra no final do contrato, ou pelo período de vida útil estimado quando o Grupo tem a intenção de adquirir os ativos no final do contrato. Nas locações operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração do rendimento integral numa base linear, durante o período da locação. 5. Políticas de gestão do risco financeiro 5.1.Fatores do risco financeiro As atividades da EDA estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro, incluindo os efeitos de alterações de preços de mercado: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, entre outros. A evolução dos mercados é analisada em consonância com a política de gestão de riscos determinada pelo Conselho de Administração. A gestão do risco é conduzida centralmente pelo departamento financeiro com base em políticas aprovadas pela Comissão Executiva. O departamento financeiro identifica, avalia e remete à aprovação da Comissão Executiva, mecanismos de cobertura apropriados a cada exposição com vista à minimização dos riscos financeiros em cooperação com as unidades operacionais da EDA. A Comissão Executiva define os princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros não derivados, bem como o investimento do excesso de liquidez. i. Risco de taxa de câmbio O Grupo EDA não tem operações significativas em moeda estrangeira. ii. Risco de crédito O risco de crédito do Grupo EDA deve ser avaliado por área de negócio: 89

91 Eletricidade: O risco de crédito existe, uma vez que parte significativa da venda de eletricidade resulta da faturação emitida aos consumidores finais de eletricidade. O risco de crédito é contudo ponderado pela natureza essencial do bem fornecido, a energia elétrica, pelos mecanismos legais disponíveis para persuadir ao pagamento e pela dispersão da faturação por um número muito elevado de clientes. Telecomunicações e Outros serviços: Nas empresas do Grupo, com atividades inseridas em sectores de mercado concorrenciais, o risco de crédito de clientes é elevado. No que se refere aos depósitos bancários do grupo, classificadas como Caixa e equivalentes de caixa, estas estão contratadas junto de instituições financeiras com um rating de crédito de Ba3, conforme a classificação da Moody s. iii. Risco de liquidez O Grupo EDA efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento, com compromisso de tomada firme, para garantir o acesso imediato aos fundos. Estas linhas contratadas junto de instituições nacionais são utilizadas em complemento a programas de emissão de papel comercial e emissão de obrigações, assim como de créditos financeiros, contratados junto de instituições nacionais e internacionais, neste caso, quase exclusivamente contratados com o Banco Europeu de Investimento, os quais permitem diversificar as fontes de financiamento de curto e médio e longo prazo do Grupo EDA. A tabela seguinte analisa os passivos financeiros da EDA e os derivados financeiros pelo líquido, por grupos de maturidade relevantes, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual à data do relato financeiro. Os montantes que constam da tabela são cash-flows contratuais não descontados: 31 de Dezembro de 2010 Menos de 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Empréstimos obtidos: - empréstimos bancários empréstimos obrigacionistas papel comercial créditos cedidos descobertos bancários Fornecedores e contas a pagar Instrumentos financeiros derivados

92 31 de Dezembro de 2011 Menos de 1 ano Entre 1 a 5 anos Mais de 5 anos Empréstimos obtidos: - empréstimos bancários empréstimos obrigacionistas papel comercial créditos cedidos descobertos bancários Fornecedores e contas a pagar Instrumentos financeiros derivados iv. Risco de taxa de juro O risco associado à flutuação da taxa de juro tem dois impactos nas contas do Grupo: na remuneração dos ativos da empresa, conforme o regulamento tarifário; e no serviço da dívida contratada. Uma vez que parte significativa dos ativos da EDA tem um rendimento garantido através das tarifas, refletindo tendencialmente a taxa de juro do mercado, os seus fluxos de caixa operacionais são substancialmente afetados pelas alterações da taxa de juro de mercado. Acréscimos desta taxa determinam aumentos substanciais dos fluxos de caixa e vice-versa. A EDA apresenta ainda exposição ao risco de taxa de juro, por via dos empréstimos obtidos pelas empresas do grupo. Os empréstimos emitidos com taxa variável expõem a EDA ao risco associado aos fluxos de caixa, decorrentes de alterações na taxa de juro. Os empréstimos emitidos com taxa fixa expõem a EDA ao risco de justo valor, decorrente de alterações na taxa de juro. Análise de sensibilidade dos custos financeiros a variações na taxa de juro Foi efetuada uma análise de sensibilidade com base na dívida total do Grupo EDA subtraída das aplicações de fundos e das disponibilidades, com referência a 31 de Dezembro de 2010 e de Dezembro de 2010: Tendo por referência a dívida líquida do Grupo Em 31 de Dezembro de 2010 um acréscimo de 1,5% nas taxas de juro resultaria num incremento dos custos financeiros líquidos anuais de milhares de euros. 31 de Dezembro de 2011 Tendo por referência a dívida líquida do Grupo em 31 de Dezembro de 2011, um acréscimo de 0,5% nas taxas de juro resultaria num incremento dos custos financeiros líquidos anuais de milhares de euros. v. Riscos da atividade regulada Os ganhos registados em cada período pela EDA resultam diretamente dos pressupostos considerados pelo regulador, a ERSE, na definição das tarifas Gestão do risco de capital O objetivo do Grupo EDA em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face da Demonstração da posição financeira, é manter uma estrutura de capital ótima, 91

93 através da utilização prudente de dívida e mantendo um rating de crédito sólido que lhe permita reduzir o custo de capital. A contratação de dívida é analisada periodicamente através da ponderação de fatores como: i) as necessidades de construção de ativos para a concessão e ativos de empresas de produção a partir de energias renováveis; ii) a taxa de remuneração dos ativos regulados prevista no regulamento tarifário em vigor; e iii) a política de dividendos definida. A EDA monitoriza ainda o seu capital total com base no rácio de gearing, o qual é determinado como sendo a dívida líquida a dividir pelo capital. A dívida líquida é calculada como o montante total de empréstimos (incluindo os saldos correntes e não-correntes conforme divulgado na Demonstração da posição financeira deduzido dos montantes de caixa e equivalentes de caixa). O capital total é calculado através da soma dos capitais próprios (como divulgado na Demonstração da posição financeira) acrescido da dívida líquida. Em 2011, a estratégia da EDA foi no sentido de reduzir ligeiramente o rácio de gearing, para variar entre 65% e 70%, como medida de prudência e em consequência da decisão de adiamento de investimentos, tendo em conta as fortes restrições de acesso ao crédito. Os rácios de gearing em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 eram os seguintes: Empréstimos totais (nota 22) Menos: Caixa e equivalentes de caixa (nota 18) Dívida líquida Capitais próprios Capital Total Gearing 68% 69% 5.3. Contabilização de instrumentos financeiros derivados Como parte da sua atividade de produção de eletricidade a EDA negoceia contratos forward de licenças de CO2. Estes contratos não qualificam como instrumentos financeiros derivados a registar nas demonstrações financeiras do Grupo, uma vez que qualificam como derivados negociados para uso próprio e a sua liquidação será física e não financeira. Desde Agosto de 2011, a EDA deixou de ter qualquer derivado de cobertura económica no âmbito da gestão de risco de taxa de juro. 6. Principais estimativas e julgamentos apresentados As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo EDA são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passivos no decurso do período seguinte são as que seguem: 92

94 Estimativas contabilísticas relevantes a) Desvios tarifários A EDA estima, a cada data de relato, de acordo com os critérios definidos pelo regulamento tarifário publicado pela ERSE, para a aceitação dos custos operacionais e a determinação dos proveitos permitidos, o valor de correção à convergência tarifária que decorre dos desvios apurados entre os custos reais e estimados. Esta correção é ajustada mediante a aprovação da ERSE no ano seguinte (ano n+1), para incorporação das tarifas do ano a seguir (n+2). b) Imparidade A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência do Grupo EDA, tais como: a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas quer externas, ao Grupo. Relativamente aos ativos tangíveis em curso relacionados com as atividades de prospeção de recursos minerais, a avaliação da capacidade de extração de fluidos de cada poço e da sua potência é efetuada regularmente de forma a determinar a viabilidade de cada poço per si e do projeto como um todo. A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte do Conselho de Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais. c) Provisões A EDA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes. d) Pressupostos atuariais A determinação das responsabilidades com pensões de reforma e assistência médica requer a utilização de pressupostos e estimativas, de natureza demográfica e financeira, que podem condicionar significativamente os montantes de responsabilidades apurados em cada data de relato. As variáveis mais sensíveis referem-se à taxa de atualização das responsabilidades, a taxa de rendimento estimada para os ativos e as tabelas de mortalidade. e) Ativos tangíveis A determinação das vidas úteis dos ativos, bem como o método de depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na demonstração do rendimento integral consolidado de cada período. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do sector ao nível internacional. 93

95 7. Informação por segmentos A informação por segmentos operacionais do Grupo EDA a 31 de Dezembro de 2010 é como segue: Electricidade Outros Não alocado Grupo Total de vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados inter - segmentos ( ) ( ) ( ) ( ) Vendas e serviços prestados ( ) Resultado Operacional por Segmento ( ) Custos financeiros ( ) Proveitos financeiros Ganhos/ (perdas) em Associadas Resultados antes do imposto Imposto do exercicio ( ) Resultado Líquido do exercício total Outros custos: Depreciações e amortizações ( ) ( ) ( ) Imparidade de activos ( ) - ( ) A informação por segmentos operacionais do Grupo EDA a 31 de Dezembro de 2011 é como segue: Electricidade Outros Não alocado Grupo Total de vendas e serviços prestados Vendas e serviços prestados inter - segmentos ( ) (89.518) ( ) ( ) Vendas e serviços prestados ( ) Resultado Operacional por Segmento ( ) Custos financeiros ( ) Proveitos financeiros Ganhos/ (perdas) em Associadas (51.086) Resultados antes do imposto Imposto do exercicio ( ) Resultado Líquido do exercício total Outros custos: Depreciações e amortizações ( ) ( ) ( ) Imparidade de activos ( ) - ( ) As transações inter-segmentos são efetuadas a condições e termos de mercado, equiparáveis às transações efetuadas com entidades terceiras. Os ativos e passivos por segmento, bem como os investimentos em ativos tangíveis para o período de 2010, são como segue: 94

96 Electricidade Outros Não alocados Grupo Activos ( ) Investimentos em associadas Total activos ( ) Passivos ( ) Investimento em activos tangíveis Investimento em activos intangíveis Os ativos e passivos por segmento, bem como os investimentos em ativos fixos (tangíveis e intangíveis) para o período de 2011 são como segue: Electricidade Outros Não alocados Grupo Activos ( ) Investimentos em associadas (5) Total activos ( ) Passivos ( ) Investimento em activos tangíveis Investimento em activos intangíveis Os saldos não alocados referem-se aos saldos em aberto entre as empresas dos dois segmentos operacionais que são anulados no processo de consolidação, a cada data de relato financeiro. 8. Ativos fixos tangíveis Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue: 95

97 Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento transporte Equipamento administrativo Outros activos tangíveis Activos em curso Total 1 de Janeiro de 2010 Custo de aquisição Subsídio ao investimento - ( ) ( ) ( ) ( ) Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortizações subsídio Acum Valor líquido ( ) Movimento do exercício Adições Alienações - (36.285) ( ) ( ) ( ) - - ( ) Transferências e abates ( ) ( ) Imparidade - exercício (EEG) ( ) ( ) Depreciação - exercício - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Depreciação - alienações Reexpressão Aprod-P,Eólicos ( ) Depreciação- transf. e abates Amortização Subsídio Valor líquido ( ) de Dezembro de 2010 Custo de aquisição Imparidade acumulada (EEG) - - ( ) ( ) Subsídio ao investimento - ( ) ( ) ( ) ( ) Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortizações subsídio Acum Valor líquido ( )

98 Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue: Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento transporte Equipamento administrativo Outros activos tangíveis Activos em curso Total 1 de Janeiro de 2011 Custo de aquisição Imparidade acumulada - - ( ) ( ) Subsídio ao investimento - ( ) ( ) ( ) ( ) Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortizações subsídio Acum Valor líquido ( ) Movimento do exercício Adições Reclassificação - ( ) ( ) - ( ) (1) ( ) Alienações - - ( ) (81.560) ( ) (52.007) - ( ) Transferências e abates ( ) ( ) Imparidade - exercício - - ( ) ( ) Adições subsídios (13.002) (58.481) ( ) ( ) Depreciação - exercício - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Depreciação - alienações Reclassificação ( ) Depreciação- transf. e abates Amortização Subsídio Valor líquido ( ) de Dezembro de 2011 Custo de aquisição Imparidade acumulada - - ( ) ( ) Subsídio ao investimento - ( ) ( ) - (13.002) (58.481) ( ) ( ) Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortizações subsídio Acum Valor líquido ( )

99 Adições Os aumentos registados em ativos tangíveis durante o ano de 2011 englobam euros de aquisições diretas e euros de obras em curso concluídas durante o período, que correspondem ao investimento efetuado pelas empresas do segmento da eletricidade em equipamentos de produção, nomeadamente ampliações de centrais termoelétricas, parques eólicos e poços geotérmicos. Ativos tangíveis em curso Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, o valor acumulado dos ativos tangíveis em curso ascende a euros e euros respetivamente. O valor de custos com empréstimos capitalizados nos ativos tangíveis em curso ascende a euros ( euros em 2010). No caso da EDA parte significativa dos ativos tangíveis em curso são obras de média duração relativas à ampliação de potência de centrais produção. EDA Ampliação central térmica das Flores Ampliação central térmica Aeroporto - Grupo IX Ampliação central térmica Aeroporto - Grupo VII e VIII Ampliação central térmica Belo Jardim - Grupo XI Ampliação central térmica Santa Bárbara - Grupo VIII Produção-Outras obras Outras obras Os ativos em curso nas restantes empresas do grupo correspondem essencialmente aos seguintes: EEG Parques eólicos Aproveitamentos hídricos SOGEO Poços geotérmicos Centrais geotérmicas

100 GEOTERCEIRA Execução de furos termométricos Poços de avaliação Execução de poços de produção e injecção Monitorização ambiental (geofísica, geoquímica) No caso da GEOTERCEIRA, esta entidade encontra-se ainda na fase de prospeção, não tendo ainda concluído acerca da viabilidade comercial da exploração dos recursos geotérmicos na área delimitada, embora esta se afigure altamente provável. Desta forma, e ao abrigo da IFRS 6 Exploração e avaliação de recursos minerais, os custos incorridos com estudos e testes são capitalizados como um ativo tangível em curso até à data da conclusão acerca da viabilidade da exploração. As atividades de prospeção foram comparticipadas através de fundos dos programas comunitários para a Região Autónoma dos Açores, no valor de euros. Imparidade A perda por imparidade reconhecida no período, no montante de euros, refere-se às seguintes situações: i) Geoterceira Na sequência dos estudos técnicos realizados durante a fase de prospeção e pesquisa de recursos geotérmicos no Campo Geotérmico do Pico Alto, conclui-se positivamente sobre a existência de um recurso geotérmico produtivo e de alta temperatura na área de concessão. Relativamente aos poços de avaliação construídos, os resultados dos ensaios de monitorização e testes realizados identificaram o poço PA I como não produtivo, não sendo provável que o mesmo possa sustentar produção durante um período de tempo longo e, mesmo que produtivo, não será comercial. Assim, a Administração decidiu reconhecer uma perda por imparidade no montante de euros, correspondentes à totalidade dos gastos imputáveis ao poço PA1 até 3 I de Dezembro de 201 I. ii) Sogeo Associado à expansão da central geotérmica da Ribeira Grande, encontrava-se em curso a construção do poço geotérmico de avaliação RG4, a qual foi iniciada em Agosto de No decorrer de 2011 verificouse não ser possível a sua concretização a nível técnico, e adicionalmente a zona produtiva identificada revelou não ser de interesse comercial, o que levou à decisão de abandono técnico deste poço, através das manobras geralmente previstas na indústria para a selagem de poços geotérmicos. Apesar das manobras de selagem efetuadas, as atividades de perfuração anteriormente desenvolvidas estão associadas ao desenvolvimento de um campo de desgaseificação na área das caldeiras da Ribeira Grande, dos quais poderiam resultar danos ou prejuízos no meio envolvente.. 99

101 Nesta perspetiva a Empresa efetuou o apuramento de todos os gastos já incorridos com este poço de avaliação e os montantes estimados a incorrer até ao seu abandono definitivo, num montante global de euros a totalidade dos quais foi reconhecida como perda por imparidade. As depreciações dos ativos fixos tangíveis estão reconhecidas na rubrica Gastos/reversões de depreciação e de amortização da Demonstração do rendimento integral, pela sua totalidade. 9. Ativos Intangíveis Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o saldo dos intangíveis detalha-se como segue: A 1 de Janeiro de 2010 Licenças CO2 Software Direito de concessão Direitos superfície Custo de aquisição Subsídios ( ) ( ) Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) (6.955) ( ) Amortizações subsídios acumuladas Valor líquido Adições Alienações ( ) ( ) Transferências e abates Adições subsídio ( ) ( ) Amortização - exercício ( ) ( ) ( ) (3.487) ( ) Amortização - abates ( ) ( ) Amortização subsídio - Alienação Amortização subsídio Valor líquido de Dezembro de 2010 Custo de aquisição Subsídios ( ) ( ) Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Amortizações subsídios acumuladas Valor líquido Total 100

102 A 1 de Janeiro de 2011 Licenças CO2 Software Direito de concessão Direitos superfície Ativos em curso Custo de aquisição Subsídios ( ) ( ) Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortizações subsídios acumuladas Valor líquido Adições Alienações ( ) ( ) Transferências e abates (7.863) - ( ) (7.863) Adições subsídio ( ) ( ) Amortização - exercício ( ) ( ) ( ) (7.022) - ( ) Amortização - abates Amortização subsídio - Alienação Amortização subsídio Valor líquido de Dezembro de 2011 Custo de aquisição Subsídios ( ) ( ) Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortizações subsídios acumuladas Valor líquido Total Licenças CO2: No período de 2011, no âmbito do PNALE II a EDA registou as licenças de CO2 correspondentes aos direitos de emissões de toneladas do ano, mensuradas por referência ao preço de mercado na data da atribuição de 3 de Janeiro de 2011, no montante de euros. A amortização (consumo) reconhecida em cada período corresponde à estimativa das emissões de gases de carbono (CO2) ocorridas durante o ano, mensuradas pelo valor de entrada numa base FIFO. O valor do consumo de 2011 ascendeu a euros (em 2010: euros) o que corresponde a toneladas. Em 2011 foram alienadas toneladas das licenças não utilizadas do ano de 2010, pelo valor de euros, tendo gerado um ganho neste montante. De acordo com a cotação da Bluenext a 30 de Dezembro de 2011, o valor das licenças de CO2 (EUA s) era de 6,90 euros/tonelada. Software: O valor capitalizado como software em 2011 refere-se ao upgrade do sistema de informação da área comercial, o SAP-ISU. Direito de Concessão: No período de 2011 a EDA efetuou investimentos em aquisição/construção de ativos para a infraestrutura da concessão no montante de euros (2010: euros). A amortização do ativo intangível, no montante de euros (2010: ), foi efetuada com base nos valores de amortização implícitos na determinação das tarifas do triénio

103 Direitos superfície: Este montante refere-se a direitos de superfície adquiridos para instalação dos aproveitamentos eólicos. 10. Interesses em associadas Em 31 de Dezembro de 2011 o movimento registado no investimento em associadas é como segue: de Janeiro Aquisição de Associadas - - Transferência para filiais - - Ganhos / (Perdas) por equivalência (51.086) Outros movimentos no Capital - - Dividendos recebidos de Dezembro Os ativos e passivos a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 e os rendimentos e gastos gerados, conforme reconhecido nas demonstrações financeiras individuais das empresas associadas, são como segue: 31 de Dezembro de 2010 % capital detido Activos Passivos Rédito (*) Informação financeira relativa ao período de fecho anual da entidade (Junho). Resultado do exercício Oniaçores, SA (*) 40,00% Novabase Atlântico, SA 40,00% (10.239) de Dezembro de 2011 Saldo % capital detido Activos Passivos Rédito Resultado do exercício Oniaçores, SA (*) 40,00% Novabase Atlântico, SA 40,00% ( ) Saldo ( ) Ativos e passivos por Impostos Diferidos Em 31 de Dezembro de 2011 os saldos reconhecidos relativamente a impostos diferidos são apresentados na Demonstração da posição financeira consolidada pelo seu valor bruto. O impacto dos movimentos nas rubricas de impostos diferidos, ocorrido para os períodos apresentados, foi como se segue: 102

104 Capital próprio Imposto diferido Demonstração do rendimento integral Imposto diferido ( ) ( ) Imposto Corrente ( ) ( ) ( ) ( ) Impacto dos movimentos nas rubricas de Impostos diferidos Impacto na demonstração do rendimentos integral Activos por impostos diferidos ( ) ( ) Imposto diferido na reversão da reserva justo valor - - Passivos por impostos diferidos ( ) ( ) ( ) Impactos no Capital próprio Activos por impostos diferidos Passivos por impostos diferidos ( ) ( ) Os movimentos ocorridos nas rubricas de ativos e passivos por impostos diferidos para os períodos apresentados são como se segue: Ativos por impostos diferidos - Movimentos do ano Pensões Convergência tarifária Derivados Prejuízos Fiscais Outros Total A 1 de Janeiro de Constituição/reversão por capital Alteração taxa imposto - por capital Alteração taxa imposto - por resultados Reversão por resultados ( ) ( ) - (64.051) - ( ) Transferência para imposto corrente - - ( ) - - ( ) Movimento do exercício ( ) ( ) (64.051) - ( ) A 31 de Dezembro de

105 Pensões Convergência tarifária Prejuízos Fiscais Imparidade ativos Outros Total A 1 de Janeiro de Constituição/reversão por capital Constituição por resultados Alteração taxa imposto - por capital Alteração taxa imposto - por resultados Reversão por resultados ( ) ( ) - - (13.039) ( ) Transferência para imposto corrente Movimento do exercício ( ) ( ) ( ) A 31 de Dezembro de Passivos por impostos diferidos - Movimentos do ano Reavaliação normativo anterior Mais-valias fiscais Convergência tarifária Revalorização transição Outros Total A 1 de Janeiro de 2010 ( ) (4.596) ( ) ( ) ( ) ( ) Alteração de taxa - por capital (1.936) (1.936) Alteração de taxa - por resultados (48.938) - ( ) (52.471) (35.087) ( ) Constituição/reversão por capital Constituição por resultados - - ( ) - - ( ) Reversão por resultados Movimentos do exercício (43.054) A 31 de Dezembro de 2010 ( ) - ( ) ( ) (37.191) ( ) Reavaliação normativo anterior Mais-valias fiscais Convergência tarifária Revalorização transição Outros Total A 1 de Janeiro de 2011 ( ) - ( ) ( ) (37.191) ( ) Alteração de taxa - por capital Alteração de taxa - por resultados Constituição/reversão por capital Constituição por resultados - - ( ) - - ( ) Reversão por resultados Movimentos do exercício ( ) ( ) A 31 de Dezembro de 2011 ( ) - ( ) ( ) - ( ) 12. Ativos e passivos financeiros por categoria As políticas contabilísticas para instrumentos financeiros de acordo com a IAS 39, foram aplicadas aos seguintes ativos e passivos financeiros: 104

106 Activos 2010 Créditos e valores a receber Activos financeiros disponíveis para venda Activos/ Passivos ao justo valor por via resultados Outros passivos financeiros Activos/ passivos não financeiros Caixa e equivalentes de caixa Clientes e outras contas a receber Instrumentos financeiros derivados Activos financeiros disponíveis p/ venda Total activos financeiros Total Passivos Empréstimos obtidos ( ) - ( ) Instrumentos financeiros derivados - - ( ) - - ( ) Fornecedores e outras contas a pagar ( ) ( ) ( ) Total passivos financeiros - - ( ) ( ) ( ) ( ) Activos 2011 Créditos e valores a receber Activos financeiros disponíveis para venda Activos/ Passivos ao justo valor por via resultados Outros passivos financeiros Activos/ passivos não financeiros Caixa e equivalentes de caixa Clientes e outras contas a receber Instrumentos financeiros derivados Activos financeiros disponíveis p/ venda Total activos financeiros Total Passivos Empréstimos obtidos ( ) - ( ) Instrumentos financeiros derivados Fornecedores e outras contas a pagar ( ) ( ) ( ) Total passivos financeiros ( ) ( ) ( ) O justo valor dos ativos e passivos valorizados ao justo valor corresponde aos seguintes níveis, tal como previsto na IFRS 7 Instrumentos financeiros: Divulgação: Activos financeiros Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Activos financeiros ao justo valor por via de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Passivos financeiros Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados - ( ) - ( ) - ( ) - ( ) 105

107 Activos financeiros Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Activos financeiros ao justo valor por via de resultados Activos financeiros disponíveis para venda Passivos financeiros Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados O saldo remanescente da rubrica de ativos financeiros disponíveis para venda refere-se a investimentos em instrumentos de capital mensurados ao custo por o seu justo valor não ser determinado com fiabilidade. 13. Ativos financeiros disponíveis para venda Em 31 de Dezembro de 2011 os ativos reconhecidos nesta rubrica referem-se a instrumentos de capital detidos nas seguintes entidades: Entidade % detida BANIF Açorpensões, SA 2,70% ZON TV Cabo Açoreana, SA 6,18% I.A.T.H - Indústria Açoreana Turística - Hoteleira, SA 0,12% DTS - Soc. Açoreana de Desenv. Tecn. e Serviços, SA 5,00% Caixa Crédito Agrícola Mútuo dos Açores, C.R.L. 0,00128% Fundação Eng. José Cordeiro i) 60,00% INOVA - Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores 0,77% ENTA - Escola de Novas Tecnologias dos Açores 2,00% GSU Açores Gestão de Sistemas Urbanos dos Açores ii) 50,125% Total participações capital Imparidade em participações de capital - (49.476) Entidade UP's detidas Luso Carbon Fund iii) Total participação UP's Total i) Apesar da percentagem de participação detida na Fundação Engenheiro José Cordeiro corresponder a 60% do capital, a EDA não tem controlo ou influência significativa sobre as atividades exercidas por esta entidade. 106

108 ii) A participação na GSU Açores resulta da aquisição efetuada pela Norma Açores encontrando-se sem atividade razão pela qual não foi incluída no perímetro de consolidação. iii) Em 2011, a variação de justo valor das Unidades de participação no Luso Carbon Fund ascendeu a euros, os quais foram registados na Demonstração do rendimento integral. O valor da cotação de cada UP a 31 de Dezembro de 2011 era de euros (2010: euros). No ano de 2011 foram efetuadas alienações de participações de capital nos termos da Resolução do Conselho do Governo Regional dos Açores nº 132/2011, com o objetivo de se proceder a uma significativa redução das participações sociais detidas pela Região. As participações de capital encontram-se mensuradas ao custo deduzidas de imparidade, por não ser possível determinar com fiabilidade o seu justo valor. 14. Instrumentos financeiros derivados O justo valor dos instrumentos financeiros derivados negociados a 31 de Dezembro de 2011 é como segue: Variação Ativos Passivos Ativos Passivos do ano Swap taxa de juro não corrente Swap taxa de juro corrente ( ) ( ) Em 31 de Dezembro de 2011 a EDA não tem quaisquer instrumentos financeiros derivados contratados. Os dois contratos swap de taxa de juro, contratados pela EDA com o objetivo de reduzir o risco da taxa de juro sobre o empréstimo obrigacionista de euros, expiraram em Agosto de Informação detalhada das características e valor dos 2 swaps contratados: Valor de Referência Períodos de Liquidação Recebimentos/Pagamentos Justo Valor em 31/12/ ,00 Períodos de contagem de juros: 18/Agosto e 18/Fevereiro, com vencimento em Agosto/2011. Liquidação semestral de juros EDA paga juros a 3,87% se a Eur_6M for menor que 4,75%, se não paga Eur_6M menos 0,1% Recebe juros Eur_6M ( ) ,00 Períodos de contagem de juros: 18/Agosto e 18/Fevereiro, com vencimento em Agosto/2011. Liquidação semestral de juros. EDA paga juros mínima [Eur_6M; 3,75%] - 107

109 15. Clientes e outras contas a receber No período findo em 31 de Dezembro de 2011 a decomposição da rubrica de Clientes e outras contas a receber é como se segue: Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total Clientes (i) Clientes de cobrança duvidosa ( ) - ( ) ( ) - ( ) Clientes - Valor líquido Outros devedores (ii) Acréscimo proveitos (iii) Compensação regional ao fuelóleo Estado e Outros Entes Públicos Imparidade devedores acréscimos rendimentos ( ) - ( ) (i) Clientes: Os principais clientes do Grupo EDA têm as seguintes naturezas: euros (2010: euros) referem-se aos valores faturados à REN a título de convergência tarifária e cessão de créditos; euros (2010: euros) referem-se aos saldos a receber de clientes (consumidores domésticos e industriais não associados ao Sector Público Estatal) resultantes do regular fornecimento de energia elétrica; euros (2010: euros) referem-se a valores a faturar no período seguinte aos clientes, com a natureza de eletricidade em contador. Qualidade do crédito A qualidade de crédito dos ativos financeiros que não estão vencidos nem em imparidade podem ser avaliados com referência ao rating de crédito ou informação histórica das entidades a que se referem: Ba Outros sem rating Total de créditos e valores a receber Imparidade de clientes A 31 de Dezembro de 2011, o valor da imparidade de clientes registou os seguintes movimentos: 108

110 A antiguidade dos saldos vencidos com imparidade é a seguinte: Antiguidade saldos vencidos sem imparidade, entre os seguintes períodos: (ii) Outros devedores O saldo corrente inclui pedidos de pagamento, dívidas a receber do Governo e devedores diversos. O saldo não corrente de Outros devedores refere-se ao valor a receber do Governo da República resultante do contrato de convergência tarifária assinado em 2 de Maio de 2003 entre a EDA, o Governo da República e o Fundo Regional de Apoio às Atividades Económicas e no qual se estabelece as condições relativas ao pagamento dos custos acrescidos de produção e distribuição elétrica (convergência tarifária) verificados nos anos de 1998 a O Governo da República comprometeu-se, nos termos do número 4 da cláusula 2ª do contrato de convergência tarifária, a que se as prestações referidas acima não vierem a ser inscritas no Orçamento de Estado pagará à EDA juros de mora a partir da data em vigor de cada ano. Detalhe do saldo a receber do Governo da República: A 1 de Janeiro Aumentos Utilizações ( ) ( ) A 31 de Dezembro de 6 a 12 meses de 12 a 18 meses de 18 a 24 meses superior a 24 meses de 6 a 12 meses de 12 a 18 meses de 18 a 24 meses superior a 24 meses

111 Prestações vencidas Juros mora Adiantamento (74.743) (74.743) Prestações vincendas Outros devedores - Sd Governo Sd Governo - não corrente Sd Governo - corrente (iii) Acréscimos de proveitos: O saldo desta rubrica refere-se ao registo dos desvios apurados entre os custos reais incorridos nas atividades de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema, Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica e os custos estimados incluídos na determinação das tarifas pela ERSE. Os valores apurados no final de cada período correspondem à melhor estimativa do valor a recuperar nos anos seguintes considerando as regras de cálculo dos regulamentos tarifários, contudo poderão existir acertos propostos pela ERSE a estes valores. O mecanismo em vigor para a recuperação destes desvios encontra-se regulamentado pela ERSE e traduz-se na incorporação dos desvios apurados no ano n, nos custos totais que servirão de base à determinação das tarifas do ano n+2. Desta forma, a estimativa do desvio referente ao ano de 2011, no montante de euros constitui um saldo que apenas será recuperado em 2013, enquanto que o montante já aceite do ano de 2010 de euros acrescido de juros de euros será ressarcido em Em conformidade com o acordo celebrado em 18 de Dezembro de 2009 com a Região Autónoma dos Açores relativo ao abastecimento de fuelóleo procedeu-se neste período à quantificação de euros da compensação do diferencial do preço de aquisição do ano de Dada a incerteza sobre a sua efetiva realização foi criada uma imparidade de montante similar. Foi igualmente quantificada a compensação respeitante ao período corrente estimada em euros. O saldo de euros relativo a 2009 respeita à parcela da convergência tarifária desse ano que ainda se encontra por receber. Este valor resulta de um montante global de euros que se destina a financiar os custos com a convergência tarifária de 2009 entre as Regiões Autónomas e o Continente, provenientes da compensação pela utilização do domínio hídrico público a pagar pelas empresas titulares dos centros electroprodutores hídricos. Do montante global referido, cabe à EDA uma parcela de euros, a receber da REN, na qualidade de operador da rede de transporte em Portugal continental, nos termos do artigo 93º do Regulamento Tarifário em vigor. Por a REN não ter recebido os respetivos montantes não foram os mesmos pagos à EDA. Não obstante ter a Empresa direito de ser ressarcida do mesmo, dadas as incertezas subjacentes à forma e momento de regularização deste valor, não se procedeu ao registo da compensação associada à mora. 110

112 16. Inventários O detalhe de inventários em 31 de Dezembro de 2011 é como segue: Mercadorias Materiais diversos Imparidade: Mercadorias - - Materiais diversos (79.968) (78.140) (79.968) (78.140) O saldo de mercadorias em 31 de Dezembro de 2011 refere-se aos telemóveis e acessórios comercializados pela Globaleda, na sua atividade de Telecomunicações. O saldo de materiais diversos refere-se essencialmente a: i) matérias-primas como o fuelóleo e gasóleo; e ii) peças de manutenção e reparação, para substituição corrente nos ativos tangíveis de produção. Evolução da imparidade de inventários: A 1 de Janeiro Aumentos Utilizações (76.979) (32.120) Reduções - - Valor líquido A redução registada nas perdas por imparidade resulta da utilização direta por abate dos ativos. 17. Imposto sobre o rendimento Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os saldos referentes a imposto sobre o rendimento corrente são como segue: 111

113 Pagamentos por conta ( ) ( ) Retenções na fonte ( ) ( ) IRC a recuperar ( ) ( ) Estimativa de IRC Total Imposto s/ rendimento ( ) Saldo activo ( ) (6.458) Saldo passivo ( ) Os saldos devedores referem-se maioritariamente aos pagamentos por conta efetuados pela EDA, que devido às variações dos desvios tarifários registou um prejuízo fiscal no exercício. 18. Caixa e equivalentes de caixa Em 31 de Dezembro de 2011 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa apresentam os seguintes valores: Caixa Depósitos bancários O detalhe do montante considerado como saldo final na rubrica de Caixa e equivalentes de caixa para efeitos da elaboração da demonstração dos fluxos de caixa consolidados para o período findo em 31 de Dezembro de 2011 é como segue: Caixa Depósitos bancários Descobertos bancários ( ) (42.837) Capital social Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o capital social da EDA, encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por ações com o valor nominal de 5 euros cada. O detalhe do capital social a 31 de Dezembro de 2011 é como segue: 112

114 Número de acções Capital Social Capital Social As ações representativas do capital são detidas integralmente pelas seguintes entidades: Nº Acções % detida Região Autónoma dos Açores ,1% ESA - Energia e Serviços dos Açores, SGPS, SA ,7% EDP - Gestão da Produção de Energia, SA ,0% Outros ,2% % A EDA não possui quaisquer ações próprias em carteira à data de 31 de Dezembro de 2011 e Nos termos do artigo 15º do Decreto-Lei nº 243/2004 que aprovou as primeiras fases do processo de reprivatização da EDA, a Região Autónoma dos Açores enquanto detiver pelo menos 5% do capital social da EDA terá: (i) direito de veto em deliberações da Assembleia Geral que tenham por objeto ou como efeito a redução significativa da atividade da empresa na Região Autónoma dos Açores, a fusão, a cisão, a transformação ou a dissolução da sociedade e a alteração dos seus estatutos, incluindo a redução do capital social e a mudança da localização de sede, mas excluindo o aumento do capital social e (ii) e poder de designar um dos membros do Conselho de Administração, que dispõe de direitos de veto nas deliberações do Conselho que tenham objeto idêntico ao referido na alínea anterior. 20. Outras reservas e resultados acumulados Outras reservas: As rubricas Outras reservas registaram os seguintes movimentos durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011: Reserva legal Reservas estatutárias Reserva Justo valor Total A 1 de Janeiro de Total do rendimento integral do exercício - - (9.703) (9.703) Variação perímetro Distribuição de dividendos Aplicação Resultado líquido A 31 de Dezembro de Total do rendimento integral do exercício - - (92.459) (92.459) Variação perímetro Distribuição de dividendos Aplicação Resultado líquido A 31 de Dezembro de (39.447)

115 A Reserva legal não está ainda totalmente constituída nos termos da lei (20% do capital social), pelo que um mínimo de 5% dos resultados é destinado à sua dotação. Esta reserva só pode ser utilizada na cobertura de prejuízos ou no aumento do Capital Social. As Reservas estatutárias referem-se a reservas constituídas em períodos anteriores à data da transformação da EDA em sociedade anónima em Estas reservas não são distribuíveis podendo apenas ser utilizadas para aumentos de capital. Reserva de justo valor: nesta reserva são registadas as variações de justo valor dos ativos financeiros disponíveis para venda. Em 31 de Dezembro de 2011 o valor registado refere-se à flutuação de justo valor da participação no Luso Carbon Fund deduzido do respetivo Imposto diferido. Resultados acumulados: Por deliberação da Assembleia Geral da EDA (contas individuais), de 26 de Maio de 2011, a aplicação do resultado do período findo em 31 de Dezembro de 2010, resultou no reforço da reserva legal em euros e na distribuição a título de dividendos de euros. Na rubrica de resultados acumulados encontram-se incluídos euros decorrentes de excedentes de reavaliação efetuados no âmbito do normativo contabilístico anterior e ainda não realizados por depreciação ou anulação, não sendo passíveis de distribuição aos acionistas, podendo apenas ser utilizadas em futuros aumentos de capital ou em outras situações específicas previstas na legislação. 21. Interesses não controlados O valor de interesses não controlados registou a seguinte evolução: A 1 de Janeiro Dividendos pagos ( ) (56.336) Outros ajustamentos (912) Lucro/(prejuízo) do período: - Sogeo Geoterceira ( ) (704) - Globaleda ( ) (37.995) - Norma Controlauto A 31 de Dezembro O saldo de interesses não controlados inclui o empréstimo de euros concedido pela EDP Participações, SGPS, SA à empresa do grupo GEOTERCEIRA, sem período de reembolso definido e sem vencimento de juros. 114

116 22. Empréstimos A repartição dos empréstimos quanto ao prazo (corrente e não corrente) e por natureza de empréstimo, no final do período, é como segue: Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total Descobertos bancários Papel comercial Empréstimos obrigacionistas Empréstimos bancários Créditos cedidos Outros empréstimos Juros a pagar - Empréstimos Juros pagos (antecipação) - ( ) ( ) - ( ) ( ) O Grupo EDA é subscritor de 3 programas de papel comercial no valor de euros, que se encontravam totalmente utilizados em 31 de Dezembro de O prazo dos programas de emissões de papel comercial é de um ano, renovável automaticamente por iguais períodos (até ao máximo de 5 anos). Esses programas de emissões de papel comercial são evidenciados no passivo não corrente, porque é prática do grupo proceder à renovação desses contratos durante o seu período de vigência. Os dois empréstimos obrigacionistas de euros cada um, referem-se a uma primeira emissão efetuada em 2005 a vencer em 18 de Agosto de 2013, remunerado à taxa Euribor 6 meses + 4,0% e uma segunda emissão, efetuada em 2009, a vencer em 10 de Agosto de 2014, remunerada à taxa Euribor 6 meses + 2,85%. Os empréstimos bancários não têm como garantia real atribuída os ativos da EDA. No entanto alguns empréstimos contratados junto de instituições de crédito especiais, como o KFW e o BEI, beneficiam de aval da Região Autónoma dos Açores e/ou do Governo da República. Os montantes dos empréstimos nessa situação, Em 31 de Dezembro de 2011 eram respetivamente em euros de e Todos os empréstimos estão negociados em euros. Os créditos cedidos no valor de euros (2010: euros) dizem respeito à cessão de créditos realizada em 2003 sobre a dívida do Governo da República, relativa às compensações tarifárias atribuídas à EDA, no âmbito do processo de harmonização tarifária, ocorrido entre 1998 e Nos Outros empréstimos salienta-se a operação realizada com ativos de carbono (EUAs e CERs) no valor de euros (2010: ) No final do período de 2011, o Grupo EDA possuía ainda as seguintes linhas de crédito contratadas e não utilizadas Taxas de juro variáveis correntes não correntes

117 As linhas de crédito com vencimento até 1 ano são renováveis, de forma automática, anual ou trimestralmente. A exposição dos empréstimos do Grupo EDA às alterações das taxas de juro nos períodos contratuais de fixação das taxas são como segue: Até 6 meses Entre 6 e 12 meses - - Entre 1 e 5 anos Superior a 5 anos O valor contabilístico e o justo valor dos empréstimos são como segue: Valor contabilístico Justo valor Papel Comercial Empréstimos Obrigacionistas Empréstimos Bancários Créditos cedidos O justo valor é calculado pelo método dos cash flows descontados, utilizando a taxa de desconto, da data do relato financeiro, de acordo com as características de cada empréstimo. O justo valor dos empréstimos negociados a taxas de juro variáveis aproxima-se ao valor contabilístico dos mesmos. No caso dos empréstimos com taxas de juro fixas (ex: BEI III, BEI VII e KWF III) é calculado o respetivo justo valor, para efeitos de divulgação. 23. Obrigações de benefícios de reforma e outros O Grupo EDA tem as seguintes obrigações pós-emprego: i) benefícios definidos referentes a complementos de pensões de reforma para os empregados admitidos até 31 de Dezembro de 2002 e o pagamento de pensões de reforma a empregados da Administração Pública reformados até 30 de Novembro de 1999, na quota-parte dos anos ao seu serviço; e ii) contribuições definidas para pensões de reforma (empregados admitidos após 1 de Janeiro de 2003 i)plano de benefícios definidos (EDA) Com base no regulamento de ação social em vigor até 31 de Dezembro de 2002, a EDA tem a responsabilidade de complementar até ao máximo de 80% as pensões de reforma atribuídas pelas instituições de segurança social aos seus empregados, admitidos até 31 de Dezembro de 2002, reformados com pelo menos 30 anos de serviço (sendo de 20 anos para os trabalhadores em regime de turnos), sofrendo esse limite uma redução em função do tempo de serviço prestado, se inferior. Para além desta responsabilidade com complementos de pensões de reforma, a EDA tem ainda a responsabilidade de assegurar o pagamento das pensões aos empregados oriundos do sector público e das autarquias locais abrangidos pelo regime da Caixa Geral de Aposentações e reformados até 30 de Novembro de 1999, na parte correspondente ao período em que estiveram ao serviço da EDA. ii)plano de contribuição definida 116

118 As empresas do Grupo EDA, SOGEO, EEG e Segma constituíram um plano de contribuições definidas, o Plano de pensões Futuro+ para os seus empregados não abrangidos por outros planos de benefícios. Este plano é gerido pela BPI Pensões. Em termos globais, o impacto destes planos nas demonstrações financeiras consolidadas é como segue: Obrigações no balanço Plano de pensões Planos contribuições definidas Gastos na demonstração dos resultados Plano de pensões Planos contribuições definidas Os principais pressupostos utilizados no cálculo atuarial, são os abaixo indicados: Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Taxa técnica de rendimento 5,00% 5,00% Taxa técnica de actualização 5,00% 5,00% Taxa de crescimento dos salários 2,50% (*) 2,50% Taxa de crescimento das pensões 2,00% (*) 2,00% Taxa de crescimento das remunerações (S. Social) 2,50% (*) 2,50% Taxa de inflação 1,50% 1,50% (*) Ano 2014 e seguintes. Em 2011, a taxa técnica de atualização usada foi de 5% refletindo a previsão das taxas de juro do mercado no longo prazo. Se a taxa de desconto de 5,25% fosse utilizada para calcular as responsabilidades da EDA à data do relato financeiro, as provisões com o plano de pensões seriam reduzidas em euros. O impacto nos ganhos/(perdas) atuariais diferidos, em 2011, seria superior em euros, não excedendo a base dos 10% da banda do corredor e por sua vez não originando uma amortização dos desvios atuariais em a) Plano de pensões O montante da obrigação reconhecida na Demonstração da posição financeira consolidada é determinado como segue: 117

119 Valor presente da obrigação Justo valor dos ativos do plano ( ) ( ) Ganhos/(perdas) atuariais não reconhecidos ( ) ( ) O movimento ocorrido no valor atual da obrigação subjacente ao plano de pensões foi o seguinte: A 1 de Janeiro Custo serviços correntes Custo dos juros Pagamento de benefícios ( ) ( ) (Ganhos)/perdas atuariais ( ) A 31 de Dezembro O montante registado como (ganhos)/perdas atuariais decorre essencialmente da alteração na taxa de atualização utilizada no cálculo de Os fundos afetos a este plano tiveram a seguinte evolução: A 1 de Janeiro Contribuições entregues Ganhos/ (perdas) atuariais ( ) ( ) Benefícios pagos ( ) ( ) Retorno esperado dos ativos do fundo A 31 de Dezembro Os impactos do plano na demonstração do rendimento integral consolidado são como segue: Custos serviços correntes Custos dos juros Retorno estimado dos ativos do plano ( ) ( ) Amortização do ano - Corredor Os ganhos e perdas atuariais diferidos fora da Demonstração da posição financeira são apurados como segue: 118

120 Saldo a 1 de Janeiro ( ) ( ) Desvios atuariais - Obrigações ( ) Desvios atuariais - Activos do plano ( ) ( ) Amortização corredor ( ) ( ) Limite do corredor: Obrigações a 1 de Janeiro Ativos a 1 de Janeiro ( ) ( ) O valor acumulado de desvios atuariais no final de 2011 excedeu o limite dos 10% do corredor, o que irá originar o reconhecimento de uma amortização no valor de euros na demonstração do rendimento integral em Detalhe da natureza dos ativos que constituem o fundo do plano de pensões: Os ativos do plano de pensões não incluem ações próprias ou ativos não correntes do Grupo EDA. A taxa de retorno esperada dos ativos do plano para 2011 foi determinada, baseada numa estimativa do retorno esperado dos ativos do plano a longo prazo, e a estratégia de investimentos a realizar. A contribuição estimada para o Fundo de pensões, em 2012, ascenderá a euros. b) Contribuição definida Depósitos e outro Fundos Investimento Ações Obrigações Imóveis Em 2011, o valor das contribuições definidas efetuadas pelas empresas do Grupo EDA para o Plano Pensões Futuro+, ascendeu a euros (em 2010: euros). 24. Fornecedores e outras contas a pagar A decomposição da rubrica Fornecedores e outras contas a pagar, Em 31 de Dezembro de 2011 é como segue: 119

121 Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total Fornecedores Fornecedores Outros credores Credores diversos Compensação tarifária Compensação tarifária 2003-IVA a pagar i) Fornecedores de investimentos ii) Empresas do Grupo Estado e outros entes públicos Proveitos diferidos Outros proveitos diferidos Acréscimos de custos Férias e subsídio férias Juros - - Outros Fornecedores e outras contas a pagar (i) Compensação tarifária 2003-IVA a pagar: O aumento verificado em relação ao ano anterior deve-se exclusivamente à alteração da taxa de Iva de 4% para 16%. (ii) Fornecedores de investimentos: saldos relativos às faturas de prestação de serviços e fornecimentos de materiais incorporados nos ativos em construção, classificados como Ativos em curso. 25. Vendas e serviços prestados O montante de vendas e prestações de serviços reconhecido na demonstração do rendimento integral consolidado é detalhado como segue: Vendas de electricidade Em média tensão Em baixa tensão Energia em contadores Ajustamentos de tarifário (i) Vendas de telemóveis e acessórios Serviços prestados De electricidade De outros Serviços de construção IFRIC 12 (ii) i) Ajustamento tarifário: montante estimado dos custos anuais com a convergência tarifária de 2011 e as alterações efetuadas pela ERSE aos desvios de

122 Descrição Convergência Tarifária do período Desvio Tarifário do período (estimativa) Compensação regional do fuelóleo de 2010 e Correcção Desvio Tarifário 2010 (ERSE) ( ) - Correcção Desvio Tarifário 2009 (ERSE) Ajustamento de tarifário Este montante inclui o valor de convergência tarifária faturado em 2011, aprovado em 2010 pela ERSE, de euros, o desvio estimado do exercício de 2011 no montante de , e a compensação regional ao fuelóleo dos anos de 2010 e 2011 de euros. Inclui ainda a correção ao desvio de 2010, no montante de euros, conforme comunicado pela ERSE. ii) Serviços de construção IFRIC 12 - montante associado à aquisição/construção de ativos para a infraestrutura da concessão, o qual pode ser decomposto como segue: Fornecimentos e serviços externos Trabalhos para a própria entidade Fornecimentos e serviços externos O detalhe dos custos com fornecimentos e serviços externos é como segue: Serviços Construção IFRIC 12 i) Trabalhos especializados ii) Subcontratos iii) Conservação e reparação iv) Comunicações v) Seguros Deslocações e estadas Vigilância e segurança Limpeza, higiene e conforto Rendas e alugueres Combustíveis Outros (inferiores a euros) i) Os gastos com serviços de construção prestados no âmbito do contrato de concessão referem-se à subcontratação de entidades terceiras na construção de novas infraestruturas para a concessão. 121

123 ii) Os gastos com Trabalhos especializados incluem maioritariamente custos com serviços informáticos (inclui contrato outsourcing com a Novabase), estudos de monitorização ambiental, recolha de resíduos da produção e consultorias diversas; iii) A rubrica de Subcontratos refere-se maioritariamente à contratação de serviços especializados e materiais incorporados na execução de obras de investimento da EDA e SOGEO, e de empreiteiros para a execução de obras em curso pela SEGMA. iv) A rubrica de Conservação e reparação refere-se essencialmente a gastos com a manutenção e reparação dos ativos técnicos, como: manutenção, desmontagem e alteração de linhas; manutenção dos equipamentos das centrais como as turbinas; e manutenção dos poços geotérmicos. A redução registada face ao ano anterior ficou a dever-se às especificidades do equipamento técnico objeto das revisões programadas para o ano de v) Os gastos com Comunicações referem-se maioritariamente a encargos de correio (expedição de faturação a clientes); e ao aluguer de circuitos à ONI. 27. Gastos com pessoal Os gastos com pessoal, incorridos durante o período de 2011, foram como segue: Remunerações Orgãos sociais Pessoal Encargos sociais Encargos sobre remunerações Prémios para benefícios reforma Subsídio almoço Prémios de desempenho Custos de acção social Outros O número médio de empregados do Grupo EDA em 2011 foi de 924 (2010: 919). A diminuição registada nos gastos com pessoal em 2011 resulta essencialmente da aplicação da Lei do Orçamento do Estado. Os gastos com Prémios para benefícios de reforma incluem os encargos do período com os planos de benefícios de reforma atribuídos aos empregados, euros (2010: euros) relativos ao plano de benefícios definidos, euros (2010: euros) relativos às contribuições para o plano de contribuição definida e euros (em 2010: euros). com pensões de sobrevivência não fundeadas. 122

124 28. Outros rendimentos e ganhos A rubrica de Outros rendimentos e ganhos operacionais pode ser apresentada como segue: Ganhos na alienação de licenças CO2 i) Juros dívida "Compensação financeira" ii) Juros dívida "Convergência tarifária" (Nota 15) iii) Outros juros de mora - clientes e devedores iv) Subsídio à exploração v) Cedência de utilizações linhas vi) Comparticipações Vodafone vii) Venda de sucata viii) Outros (< euros) i) Os ganhos obtidos com a alienação de licenças CO2 do ano de 2010 consideradas excedentárias, tendo por base o número de toneladas atribuídas e a produção de CO2 estimada; ii) A rubrica de Juros dívida Compensação tarifária inclui os ganhos decorrentes da atualização do valor descontado do saldo a receber ( euros), devidos pelas prestações não reembolsadas pelo Estado, tal como previsto no Contrato de Convergência Tarifária assinado em 4 de Maio de 2003; iii) Rendimento relativo aos juros especializados sobre os montantes de compensação financeira de 2009 a receber nas tarifas de Estes juros são calculados à taxa de juro Euribor 3M+0.5pp conforme regulamento tarifário; iv) Inclui os juros cobrados a clientes pelo atraso no pagamento; v) Referente a subsídios atribuídos pelo Fundo Social Europeu no âmbito de formação profissional; vi) Rendimento obtido com a cedência de utilização das linhas e redes da EDA à ZON TV Cabo Açoreana; vii) Referente às compensações relativas à retoma de equipamentos atribuídas pela Vodafone à Globaleda. viii) Inclui os rendimentos obtidos com a venda de sucata e caderno e encargos 29. Outros gastos e perdas O detalhe da rubrica de Outros gastos e perdas operacionais é apresentado no quadro seguinte: 123

125 Taxas de licenciamento Juros sobre desvios tarifários Outros Os outros gastos operacionais referem-se maioritariamente ao valor das taxas pago no âmbito dos licenciamentos atribuídos para o período da atividade de exploração de recursos geotérmicos no valor de euros (em 2010: euros) e hídricos no valor de euros (em 2010: euros). Em 2011, a EDA reconheceu juros a pagar relativos à compensação tarifária do período de 2009, que constitui um montante a devolver às tarifas em Os outros gastos operacionais respeitam a: i) penalidades contratuais suportadas pela EDA no contrato de fornecimento de lubrificantes no valor de euros; ii) indemnizações de exploração de incumprimento de continuidade de serviço no montante de euros que a EDA tem de pagar aos clientes; iii) bem como os juros especializados sobre os montantes de compensação financeira de 2009 a devolver nas tarifas de Gastos e rendimentos financeiros O detalhe dos gastos financeiros incorridos e rendimentos financeiros obtidos é como segue: Gastos financeiros Juros empréstimos i) ( ) ( ) Comissões, taxas aval e outros ( ) ( ) Justo valor swaps taxa juro - - Juros swaps taxa juro - ( ) Rendimentos financeiros ( ) ( ) Justo valor swaps taxa juro Juros swaps taxa juro Juros obtidos Outros i) Juros referentes aos empréstimos contraídos pelo Grupo EDA para o financiamento das suas atividades; 31. Imposto sobre o rendimento A decomposição do montante de imposto do período reconhecido nas demonstrações financeiras consolidadas é conforme segue: 124

126 Imposto s/ rendimento corrente Imposto s/ rendimento diferido A taxa de imposto utilizada para a valorização das diferenças tributárias à data de balanço do período findo em 31 de Dezembro de 2011 foi de 21,5%, que inclui a Derrama Estadual resultante do aditamento ao CIRC aprovado pela Lei nº 1-A/2010 (2010: 21,5%). A reconciliação do montante de imposto do período é conforme segue: Resultado consolidado antes de Imposto Taxa de Imposto 21,5% 21,5% Gastos não dedutíveis/ Rendimentos não tributáveis ( ) Prejuizos fiscais s/imposto diferido Alteração taxa IRC (19% -> 21,5%) (6.079) ( ) Diferença taxa IRC ( ) ( ) Crédito de imposto (RFAI) - ( ) Tributação autónoma Imposto s/ rendimento corrente Imposto s/ rendimento diferido ,3% 17,0% A taxa de imposto adotada na determinação do montante de imposto nas demonstrações financeiras consolidadas é conforme segue: Taxa de imposto 17,50% 17,50% Derrama 1,50% 1,50% Derrama estadual 2,50% * 2,50% 21,50% 21,50% * Lucro tributável acima de euros 125

127 32. Dividendos por ação Os dividendos pagos pela EDA durante os períodos de 2011 e 2010 foram de euros (0,3125 euros por ação) e euros (0,25 euros por ação), respetivamente. Adicionalmente foram distribuídos dividendos pela Norma Açores e Controlauto Açores no valor de euros (2010: euros) e euros (2010: euros) respetivamente, aos seus acionistas minoritários. 33. Compromissos Os compromissos assumidos pelo Grupo EDA, à data do relato financeiro do período findo em 31 de Dezembro de 2011 são como segue: a) Compromissos para investimentos Os investimentos contratados ainda não ocorridos, na data do relato financeiro são como segue: Mercadorias encomendadas a fornecedores Encomendas de equipamentos e empreitadas adjudicadas Contingências Garantias Bancárias: O Grupo EDA tem os seguintes passivos contingentes decorrentes das garantias bancárias prestadas, conforme segue: 126

128 Beneficiário Objecto Início Alfândega Ponta Delgada Licença para importação de Pentano Petrogal Açores Fornecimento de combustiveis MOTOROLA Espanha Prestação de serviços e fornecimento de produtos NAV, E.P.E. Projecto e fiscalização de PT-Sta.Maria/S.Miguel IAMA Matadouro de Santa Maria IAMA Matadouro de Santa Maria Câmara Municipal de Ponta Delgada Câmara Municipal Vila do Porto Execução de abertura de valas destinadas à instalação de cabos de média tensão Iluminação das Muralhas do Forte de S.Brás-Vila do Porto Câmara Municipal da Horta Fornecimento de energia aos furos EDA, S.A. Direcção Regional da Educação Secretaria Regional Agricultura e Florestas - IROA Assembleia Legislativa Regional dos Açores Instalação de gerador de emergência p/ Central Termoeléctrica do Belo Jardim-ilha Terceira Ensino Artistico de Angra do Heroismo Fornecimento energia eléctrica a 12 estruturas Agro- Pecuária bacia leiteira do Paul-Terceira Serviço.de manutenção e assistência técnica instalações eléctricas e de Ar condicionado do edifício sede Fundo Reg. Act. Economicas Imovel Rua de S. João Câmara Municipal da Povoação Instalação equipamentos sistema de doseamento de cloro nos reservatórios de água-concelho de Povoação EDA Central Termoelectrica de Santa Barbara EDIA Empresa de Desenvolvimento Equipamentos de telegestão e televigilância Dir. Reg. Trabalho Edificio Rua Conselheiro Medeiros, Horta EEG Parque Eólico da Serra do Cume Banco Comercial Português Construção do Millennium BCP-Azores Retai Park- Empreitada de instalações eléctricas SATA Estacionamento aerogare aerodromo de S. Jorge Escola Básica Integrada Lagoa Fornecimento e instalação de rede estruturada A e BI de Lagoa Dir. Reg. Trabalho Escola de Formaçao Hoteleira Ilhas de Valor Hotel da Graciosa Sec. Reg. Ambiente e Mar Recuperação do jardim de Santana Escola Secundaria da Ribeira Grande Fornecimento e instalação de diverso equipamento de informática para a rede informática da escola secundária da Ribeira Grande

129 Beneficiário Objecto Início Direcçao Reg. Cultura Recolhimento de Santa Barbara Secretaria Regional da Prestação de serviços para realização de auditorias Economia energéticas a edifícios públicos Euroscut Açores Scuts de S. Miguel NAV, E.P.E. Substituição AVAC SMA-CRX Câmara Municipal de Lagoa Operação, manutenção e acompanhamento técnico das 5 estações elevatórias e do emissário submarino na rede de esgotos domésticos Petrogal Açores Fornecimento e instalação de cablagem estruturada e infraestruturas eléctricas da unidade de saúde de S.José IAMA Águas residuais do aeroporto João Paulo II IAMA Abastecimento água caminhos agricolas Beira/Rosais Direcção Regional da Educação Sondagem pesquisa e captação de água na Zona da Ferraria, Ilha de S.Miguel EDA Projecto SIRESP do Metro de Lisboa Fundo Reg. Act. Economicas Sondagem de captação de água na Ribeira do Engenho, Ilha de S.Maria EEG Monitorização ciclo hidrológico São Miguel e Santa Maria SATA Gestão das Portas do Mar Direcçao Reg. Cultura Portinho de S. Pedro Sec. Reg. Ambiente e Mar Execução de ramal de BT p/ reservatório de águas do salto dos cães-furnas Ilhas de Valor Casa de aprestos da Horta Euroscut Açores Remodelação Termas do Carapacho Dir. Reg. Trabalho Parque de merendas do Rosário Dir. Reg. Trabalho Piscinas Naturais Termas do Carapacho ANA, SA Requal. Margens da Lagoa das Furnas IROA Fornecimento e instalação de posto de transformação na estação da Vista do Rei p/pt Comunicações-DONA APISM Bairro N. Sra. Fatima, Praia da Vitoria Sec. Reg. Economia Const.do PT de 630 KVA-10KV e distribuição de ramais de BT na nova lota de P.Delgada Dir. Reg. Trabalho Duas empreitadas no aeroporto da ilha de S. Jorge SPRaçores Laboratorio Reg. Veterinaria Sec. Reg. Ambiente e Mar Frente Maritima Horta

130 Beneficiário Objecto Início Universidade dos Açores Montagem de grupo electrógeneo 400 KVA destinado ao Departam.de Oceanografia e Pescas-ilha do Faial Lotaçor Posto de recolha dos Mosteiros Dir. Reg. Cultura Museu Industria Baleeira Lotaçor Casa de aprestos em Rabo de Peixe (2ª fase) Assoc. S. João de Deus Creche bê -à-ba Hospital da Horta Hospital da Horta Ministério da Defesa Nacional Remodelação posto de transformação- Quartel S.Gonçalo Sec. Reg. Saude Centro de Saude da Graciosa ANA, S.A. AJPII-Fornecimento e montagem grupo MT PT Comunicações Sec. Reg. Educação e Formação Sec. Reg. Educação e Formação Fornecimento Posto seccionamento e transformador no edifício sede DON-A Processo Escola de Água de Pau Escola Francisco F. Drumond Ministério da Defesa Nacional Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo PM042/P.Delgada (RG2) remodelação das redes eléctricas Implementação de sistema de telegestão da rede de abastecimento de água do concelho de Angra do Heroísmo (1ª fase) APISM Oficinas Gerais Porto de Ponta Delgada Sec. Reg. Ambiente e Mar Muro de suporte Caminho da Laracha - Sta- Maria Sec. Reg. Ciência Beneficiação 17KM estradas Reg. Flores Sec. Reg. Ambiente e Mar Centro de process. e valorizaçao organica de s. Jorge Sec. Reg. Ambiente e Mar Centro de process. e valorizaçao organica de Sta. Maria Hospital da Horta Novo Corpo C do Hospital da Horta Câmara Municipal da Horta Municipio de Sousel Aquisição serv.p/concepção e elaboração dos projectos p/fornecim.instaaç.e mont.todo o equip.eléct.e de constr.civil p/abastec.de energia eléctr.ao furo Maria Dias(Cedros) e instal.ramal de BT entre o furo e o reservatório da fonte do rego Fornecimento, montagem e colocação em funcionamento do equipamento de abastecimento de água e sistema de tele-contagem INSCO Fornecimento e montagem de duas ROOF-Tops Ministério da Defesa Nacional Lennox Tribunal do Trabalho de Ponta Delgada Reparação dos PT's da zona militar dos Açores e remodelação das infraestruturas eléctricas do RG2 Fornecimento de máquinas de ar condicionado para remodelação dos sistemas AVAC Assegurar o bom e integral cumprimento das obrigações assumidas por sentença judicial relativamente aos herdeiros dependentes do funcionário sinistrado João Manuel Raposo Correia

131 35. Empresas Consolidadas As Empresas do grupo incluídas na consolidação à data de 31 de Dezembro de 2010 são as seguintes: Designação / sede Actividade Data de referência Capital próprio Activos Passivos Volume % detida de Lucro/ negócios (prejuízo) Grupo Individual Segmento Electricidade EEG - empresa de Electricidade e Gaz, Lda. Ponta Delgada SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, SA Ponta Delgada GEOTERCEIRA - Sociedade Geoléctrica da Terceira, SA Angra do Heroismo Outros Produção de electricidade a partir de fontes hídricas e eólicas Produção de electricidade a partir de fontes geotérmicas Produção de electricidade a partir de fontes geotérmicas ,00% 99,00% ,31% 99,31% (1.410) 50,10% 50,04% SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda Ponta Delgada GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, SA Ponta Delgada NORMA - AÇORES - Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, SA Ponta Delgada CONTROLAUTO-AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, SA Angra do Heroismo Prestação de serviços especializados em obras eléctricas Prestação de serviços de telecomunicações ,00% 90,00% (94.988) 60,00% 60,00% Prestação de serviços ,13% 50,13% Controlo técnico de Automóveis ,04% 30,00% 130

132 As Empresas do grupo incluídas na consolidação à data de 31 de Dezembro de 2011 são as seguintes: Designação / sede Actividade Data de referência Capital próprio Activos Passivos Volume % detida de Lucro/ negócios (prejuízo) Grupo Individual Segmento Electricidade EEG - empresa de Electricidade e Gaz, Lda. Ponta Delgada SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, SA Ponta Delgada GEOTERCEIRA - Sociedade Geoléctrica da Terceira, SA Angra do Heroismo Outros Produção de electricidade a partir de fontes hídricas e eólicas Produção de electricidade a partir de fontes geotérmicas Produção de electricidade a partir de fontes geotérmicas ,00% 99,00% ,31% 99,31% ( ) ( ) 50,10% 50,04% SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda Ponta Delgada GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, SA Ponta Delgada NORMA - AÇORES - Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, SA Ponta Delgada CONTROLAUTO-AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, SA Angra do Heroismo Prestação de serviços especializados em obras eléctricas Prestação de serviços de telecomunicações ,00% 90,00% ( ) 60,00% 60,00% Prestação de serviços ,13% 50,13% Controlo técnico de Automóveis ,04% 30,00% 131

133 36. Alterações no grupo Nos exercícios de 2011 e 2010 não se verificaram alterações no perímetro de consolidação. 37. Partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2011 a Empresa EDA é controlada pela Região Autónoma dos Açores que detém 50,10% do capital da Empresa. a) Remuneração dos Órgãos de Gestão Como elementos chave da gestão no âmbito da IAS 24 foram considerados os Órgãos de Gestão das empresas do Grupo EDA. Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011, as remunerações auferidas pelos mesmos referem-se às seguintes naturezas: Remunerações Os membros dos Órgãos de Gestão das empresas do Grupo EDA não realizaram qualquer tipo de contrato com as empresas, para os períodos apresentados. Adicionalmente foram ainda pagos aos restantes Órgãos Sociais das empresas do Grupo os seguintes montantes Presidente da Assembleia Geral - - Fiscal Único b) Transações entre partes relacionadas (a) Natureza do relacionamento com as partes relacionadas: Acionistas: - Região Autónoma dos Açores; - ESA - Energia e Serviços dos Açores, SGPS, SA (agrupamento composto pelas sociedades, Bensaúde Participações SGPS, SA, Bensaúde SA, Bentrans Carga e Transitários, SA, Agência Açoreana de Viagens, SA, Banco Espírito Santo, SA, Banco Espírito Santo dos Açores SA e STDP Sociedade Transnacional de Desenvolvimento de Participações SGPS); - EDP - Gestão da Produção de Energia, SA No que se refere às transações efetuadas entre as empresas do Grupo EDA e o principal acionista, a Região Autónoma dos Açores, estas resultam essencialmente de contratos e protocolos estabelecidos entre a Região Autónoma dos Açores enquanto órgão de Governo Regional e o Grupo EDA enquanto produtor de eletricidade. 132

134 i) a EDA, SA tem um protocolo assinado com o Governo Regional relativo aos desvios de preços apurados na aquisição do Fuel óleo utilizado na produção de eletricidade nas centrais termoelétricas (ver Nota 25); ii) a SOGEO tem um contrato de concessão de exploração de recursos minerais, no âmbito do qual se encontra obrigada a pagar uma taxa de compensação. Não tendo havido até à data lugar à liquidação das referidas taxas, a SOGEO tem registado um acréscimo relativo a esta responsabilidade (ver Nota 29). Relativamente ao agrupamento ESA, as empresas do Grupo EDA não realizam transações significativas com as entidades que o compõem, exceto quanto à aquisição de combustíveis à Bencon, SA. Associadas: Oniaçores Infocomunicações, SA Novabase- Atlântico Sistemas de Informação, SA (b) transações e saldos pendentes i) Acionistas e as suas partes relacionadas: Durante o período, o Grupo EDA efetuou as seguintes transações com aquelas entidades: Vendas de produtos e serviços Serviços prestados BENCON Armazenagem e Comércio de Combustíveis SA Varela & Cª., Lda Compras de produtos e serviços Compras de produtos BENCON Armazenagem e Comércio de Combustíveis SA J.H.Ornelas & Cª., Suc., Lda Varela & Cª., Lda Farias, Lda Compras de serviços J.H.Ornelas & Cª., Suc., Lda Varela & Cª., Lda Saldos devedores e credores 133

135 No final do período de 2011, os saldos resultantes de transações efetuadas com partes relacionadas são como segue: Saldos devedores BENCON Armazenagem e Comércio de Combustíveis SA Varela & Cª., Lda Saldos credores BENCON Armazenagem e Comércio de Combustíveis SA J.H.Ornelas & Cª., Suc., Lda Varela & Cª., Lda Farias, Lda ii) Associadas: Durante o período, o Grupo EDA efetuou as seguintes transações com aquelas entidades: Vendas de produtos e serviços Prestação de serviços Oniaçores - Infocomunicações, SA Novabase-Atlântico - Sistemas de Informação, SA Compras de produtos e serviços Compra de serviços Oniaçores - Infocomunicações, SA Novabase-Atlântico - Sistemas de Informação, SA Saldos devedores e credores No final do período de 2011, os saldos resultantes de transações efetuadas com partes relacionadas são como segue: 134

136 Saldos devedores Oniaçores - Infocomunicações, SA Novabase-Atlântico - Sistemas de Informação, SA Saldos credores Oniaçores - Infocomunicações, SA Novabase-Atlântico - Sistemas de Informação, SA Eventos subsequentes Até à data da aprovação destas demonstrações financeiras a Administração não tomou conhecimento de quaisquer eventos subsequente que devam ser alvo de registo ou divulgação nas mesmas. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 135

137 2 - Declaração prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários 136

138 DECLARAÇÃO Com referência ao exercício de 2011 e nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, os signatários, na qualidade de administradores, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação prevista na alínea a) do n.º 1 do artigo supra referido, foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Eletricidade dos Açores, S.A. e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação, contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que estas se defrontam. Ponta Delgada, 15 de Maio de O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Duarte José Botelho da Ponte Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães Luís Manuel Meireles Martins Mota João Manuel Bandarra dos Santos Jorge Manuel de Oliveira Godinho António Francisco Paes de Oliveira Goulão 137

139 3 - Apreciação e certificação de contas consolidadas 138

140 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL EXERCÍCIO DE 2011 Senhores Acionistas: (Contas Consolidadas) 139

141 140

142 & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Av. Infante D. Henrique, 3 2º PONTA DELGADA Telef.: Fax.: mbranco@uhy-portugal.pt Web : CERTIFICAÇÃO LEGAL E RELATÓRIO DE AUDITORIA DAS CONTAS CONSOLIDADAS Introdução 141

143 & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 142

144 & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 143

145 RELATÓRIO DE AUDITORIA 144

146 145

147 IV. DEMONSTRAÇÕES INDIVIDUAIS ELETRICIDADE DOS AÇORES S.A. 31 de Dezembro de

148 1 - Índice das demonstrações financeiras individuais 147

149 Índice das demonstrações financeiras individuais BALANÇO DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INTRODUÇÃO REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS FLUXOS DE CAIXA POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS E ERROS ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO ATIVOS INTANGÍVEIS PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS MÉTODO EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS OUTRAS CONTAS A RECEBER OUTROS ATIVOS FINANCEIROS ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS INVENTÁRIOS CLIENTES ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS DIFERIMENTOS CAPITAL RESERVAS LEGAIS E OUTRAS RESERVAS OUTRAS VARIAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO FINANCIAMENTOS OBTIDOS OBRIGAÇÕES DE BENEFÍCIOS DE REFORMA E OUTROS FORNECEDORES OUTRAS CONTAS A PAGAR VENDAS E SERVIÇOS PRESTADOS TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS GASTOS COM PESSOAL OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS OUTROS GASTOS

150 32 GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DIVIDENDOS COMPROMISSOS CONTINGÊNCIAS MATÉRIAS AMBIENTAIS PARTES RELACIONADAS DISPOSIÇÕES LEGAIS EVENTOS SUBSEQUENTES

151 BALANÇO 31 de Dezembro Nota Ativo Não corrente Ativos fixos tangíveis Propriedades de investimento Ativos intangíveis Participações financeiras - método de equivalência patrimonial Participações financeiras Outras contas a receber Ativos por impostos diferidos Corrente Inventários Clientes Adiantamentos a fornecedores Estado e outros entes públicos Outras contas a receber Diferimentos Caixa e depósitos bancários Total do ativo Capital próprio Capital e reservas atribuíveis aos detentores de capital Capital realizado Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Ajustamento em ativos financeiros Outras variações no capital próprio Resultado líquido do período Total do capital próprio Passivo Não corrente Provisões Financiamentos obtidos Responsabilidades por benefícios pós emprego Passivos por impostos diferidos Corrente Fornecedores Estado e outros entes públicos Financiamentos obtidos Outras contas a pagar Outros passivos financeiros Total do passivo Total do capital próprio e do passivo As notas das páginas 7 a 58 constituem parte integrante das demonstrações financeiras apresentadas. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 150

152 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Período Nota Vendas e serviços prestados Subsídios à exploração Ganhos/ perdas imputados de subsidiárias e associadas Trabalhos para a própria empresa Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 27 ( ) ( ) Fornecimentos e serviços externos 28 ( ) ( ) Gastos com o pessoal 29 ( ) ( ) Imparidade de inventários (perdas/ reversões) 14 (45.733) (59.989) Imparidade de dívidas a receber (perdas/ reversões) 11,15 ( ) ( ) Imparidade de investimentos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/ reversões) - - (4.988) Aumentos/reduções de justo valor 10 ( ) (9.894) Outros rendimentos e ganhos Outros gastos e perdas 31 ( ) ( ) Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6,7,8 ( ) ( ) Imparidade de investimentos depreciáveis/ amortizáveis (perdas/ reversões) Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) Juros e gastos similares obtidos Juros e rendimentos similares suportados 32 ( ) ( ) Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento do período 33 ( ) ( ) Resultado líquido do período Resultado por ação básico 1,039 2,132 As notas das páginas 7 a 58 constituem parte integrante das demonstrações financeiras apresentadas. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 151

153 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO Nota Capital realizado Reservas legais Outras reservas Resultados transitados Ajustamentos em ativos financeiros Outras variações no capital próprio Resultado líquido do período A 1 de Janeiro de Alterações no período Ajustamentos por impostos diferidos ( ) - Outras alterações reconhecidas no capital próprio ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período - Distribuições ( ) ( ) A 31 de Dezembro de Alterações no período Ajustamentos por impostos diferidos Outras alterações reconhecidas no capital próprio ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Resultado líquido do período Resultado integral Operações com detentores de capital no período - Distribuições ( ) ( ) A 31 de Dezembro de As Notas das páginas 7 a 58 constituem parte integrante das demonstrações financeiras apresentadas. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 152

154 DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA Fluxos de caixa das atividades operacionais Período Recebimentos de clientes Pagamentos a fornecedores ( ) ( ) Pagamentos ao pessoal ( ) ( ) Pagamento/ recebimento do imposto sobre o rendimento ( ) Outros recebimentos/ pagamentos Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais Fluxos de caixa das atividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis ( ) ( ) Ativos intangíveis ( ) ( ) Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis Investimentos financeiros Subsídios ao investimento Dividendos Fluxos de caixa líquidos das atividades de investimento ( ) ( ) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Juros e rendimentos similares obtidos Outras operações de financiamento Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos ( ) ( ) Juros e gastos similares suportados ( ) ( ) Dividendos ( ) ( ) Outras operações de financiamento ( ) - Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento Variação de caixa e seus equivalentes ( ) ( ) Caixa e seus equivalentes no início do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 (51.024) As notas das páginas 7 a 58 constituem parte integrante das demonstrações financeiras apresentadas. O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 153

155 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1. Introdução A EDA Eletricidade dos Açores, S.A., (referida neste documento como EDA ou Empresa), foi transformada em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, pelo Decreto-Lei nº. 79/97, de 8 de Abril. Em 30 de Novembro de 1999, a Região Autónoma dos Açores transmitiu à EDP Participações, SGPS, SA, um lote de ações correspondentes a 10% do capital social da EDA. Na primeira e segunda fase do processo de reprivatização direta do capital social da EDA, aprovadas pelo Decreto-Lei nº.243/2004, de 31 de Dezembro de 2004, foram alienadas ações representativas de 39,9% do capital social, respetivamente, um lote indivisível de ações (por concurso público) à ESA Energia e Serviços dos Açores, SGPS, SA e um lote de ações através da oferta pública aos trabalhadores, pequenos subscritores e emigrantes. As ações representativas do capital subscritas pela Região Autónoma dos Açores só poderão ser transmitidas para outros entes públicos por deliberação do Governo Regional. A EDA rege-se pelo seu Estatuto, pelas normas reguladoras das sociedades anónimas e por disposições do Governo Regional relacionadas com o sector da eletricidade e com a própria empresa. A Empresa detém, presentemente, como principais atividades, a produção, a aquisição, o transporte, a distribuição e a venda de energia elétrica, bem como o período de outras atividades relacionadas com aquelas. Nos termos do contrato de concessão da gestão do sistema, o transporte e a distribuição de energia elétrica celebrado com a Região Autónoma dos Açores, a EDA tem a responsabilidade de exercer a atividade que é objeto da concessão pelo prazo de 50 anos, contados a partir de 12 de Outubro de 2000, data da aprovação da Resolução nº 181/2000, publicada no Jornal Oficial, I Série, nº 41/2000. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração, em 15 de Maio de É opinião do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da EDA, bem como a sua posição e performance financeira e fluxos de caixa. Adicionalmente a EDA prepara demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS por imposição do nº 1, do artigo 4º do Decreto-Lei nº. 158/2009, de 13 de Julho, que aprova o Sistema de Normalização Contabilística. 1.1 Atividades concessionadas A concessão do transporte e distribuição de energia elétrica para Região Autónoma dos Açores foi atribuída à EDA, SA, conforme o Decreto Legislativo Regional nº 15/96/A, de 1 de Agosto, pelo período de 50 anos, a contar da data de 12 Outubro de A concessão tem por objeto a gestão técnica global do sistema elétrico de cada uma das ilhas, o transporte e distribuição de energia elétrica, bem como a construção das infraestruturas que a integram. A atividade da concessão compreende: e) A receção da energia elétrica; f) O transporte de energia elétrica; g) A distribuição da energia elétrica; h) A gestão técnica global do sistema elétrico de cada uma das ilhas. 154

156 A concessão é exercida em regime de serviço público, devendo a EDA (concessionária) adquirir a energia necessária à prestação do serviço público aos produtores, quer vinculados quer não vinculados ao serviço público, em condições não discriminatórias. A concessionária deve assegurar o fornecimento de energia elétrica de forma permanente e contínua. As atividades da concessão são reguladas, estando as competências para o período da atividade da regulação atribuídas à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), através do estabelecimento de disposições aplicáveis aos critérios e métodos para a formulação, cálculo e publicação para a energia elétrica e outros serviços, à definição das tarifas reguladas e respetiva estrutura, à determinação dos proveitos permitidos, às obrigações em matéria de prestação de informação e, ainda, à convergência tarifária dos sistemas elétricos públicos. As tarifas de eletricidade a cobrar aos consumidores são fixadas anualmente pela ERSE em função da regulamentação constante do Regulamento Tarifário, onde para além da metodologia de determinação do nível de proveitos a proporcionar por cada tarifa, se caracteriza a metodologia de cálculo tarifário e a forma de determinação da estrutura das tarifas. A estrutura das tarifas de Venda a Clientes Finais, tanto no Continente como nas Regiões Autónomas resulta da aplicação do princípio da aditividade tarifária que consiste na definição de tarifas de Venda a Clientes Finais com preços que resultam da adição dos preços das tarifas por atividade aplicáveis em cada nível de tensão e opção tarifária aos clientes do comercializador de último recurso, nomeadamente: tarifas de Uso Global do Sistema, Uso da Rede de Transporte, Uso da Rede de Distribuição, Energia e Comercialização. As tarifas são estabelecidas de forma a proporcionar à entidade concessionária da RNT e aos detentores de licença vinculada de distribuição um montante de proveitos calculados de acordo com as disposições constantes no Regulamento Tarifário, sendo construídas com base em estimativas de vendas de energia e custos operacionais e de investimento entregues pelas empresas reguladas, sendo previamente sujeitas a um processo de aceitação pelo regulador. Dado que as tarifas fixadas têm por base estimativas de venda de energia e custos aceites, existe um mecanismo de ajustamento que permite incluir nas tarifas do ano n+2 o valor do respetivo ajustamento e, desta forma, a empresa pode recuperar ou devolver aos consumidores o montante que resulta da aplicação deste mecanismo, referente ao ano n. Os valores da convergência tarifária das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são incluídos na Tarifa de Uso Global do Sistema que é aplicada pelos distribuidores vinculados aos fornecimentos a clientes do comercializador de último recurso e às entregas a clientes no mercado liberalizado. Desde 2003, primeiro ano da fixação pela ERSE das tarifas praticadas pela empresa concessionária do transporte e distribuição da Região Autónoma dos Açores (RAA), EDA Eletricidade dos Açores, S.A. tem-se aplicado uma metodologia de regulação por custos aceites para todas as atividades reguladas das empresas, por períodos regulatórios de 3 anos. A partir de 2009, a ERSE alterou a forma de regulação das atividades de Distribuição de Energia Elétrica e de Comercialização de Energia Elétrica, que passou a ser efetuada por price cap, com o objetivo de incentivar a empresa a obter maiores ganhos de eficiência naquelas atividades. Quanto à atividade Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema mantém-se o mesmo tipo de regulação baseada em custos aceites e na aplicação de uma taxa de remuneração sobre os ativos líquidos. Pelo decurso do prazo da concessão, os bens afetos à concessão revertem para a entidade concedente (RAA). A entidade concedente pagará à entidade concessionária uma indemnização pelo valor líquido contabilístico dos investimentos realizados e não amortizados, carecendo de aprovação do concedente os investimentos realizados cujo período de depreciação excedam o prazo da concessão remanescente, à data do investimento. 155

157 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1. Base de preparação Estas demonstrações financeiras foram preparadas pela EDA de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) emitidas e em vigor à data de 31 de Dezembro de A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com o SNC requer o uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adotar pela EDA, com impacto significativo no valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte. Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência da Administração e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras são apresentadas na Nota Derrogação das disposições do SNC Não existiram, no decorrer do período a que respeitam estas demonstrações financeiras, quaisquer casos excecionais que implicassem diretamente a derrogação de qualquer disposição prevista pelo SNC Comparabilidade das demonstrações financeiras Os elementos constantes nas presentes demonstrações financeiras são, na sua totalidade, comparáveis com os do período anterior. 3. Principais políticas contabilísticas As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os períodos apresentados, salvo indicação contrária Participações financeiras Subsidiárias Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades com finalidades especiais) sobre as quais a EDA tem o poder de decidir sobre as políticas financeiras ou operacionais, a que normalmente está associado o controlo, direto ou indireto, de mais de metade dos direitos de voto. Na avaliação de controlo foi considerado para além dos poderes de voto, o poder de definir as políticas financeiras e operacionais, e o poder de nomear a Gestão das subsidiárias. Nas demonstrações financeiras individuais a valorização dos investimentos em subsidiárias é efetuada de acordo com o método de equivalência patrimonial. 156

158 As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente com as da EDA, na aplicação do método da equivalência patrimonial. São também eliminados os ganhos e as perdas não realizados entre a EDA e a subsidiária. A aquisição de subsidiárias é registada pelo método de compra. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição acrescido dos custos diretamente atribuíveis à aquisição. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial, são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses minoritários. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da participação da EDA nos ativos identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na Demonstração dos resultados. Associadas Os investimentos em associadas são apresentados pelo valor resultante da aplicação do método da equivalência patrimonial. Segundo este método, as demonstrações financeiras incluem a quota-parte no total de ganhos e perdas reconhecidos desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efetivamente termina. As associadas são entidades sobre as quais a EDA tem entre 20% e 50% dos direitos de voto, ou sobre as quais a Empresa tenha influência significativa, mas que não possa exercer o seu controlo. Ganhos ou perdas não realizados em transações entre a Empresa e as suas associadas são eliminados. Os dividendos atribuídos pela participada são considerados reduções do investimento detido. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da parcela da EDA nos ativos identificáveis adquiridos é registado como parte do valor inicialmente registado como investimento em associadas. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na Demonstração dos resultados. Quando a quota-parte das perdas de uma associada excede o investimento na associada, a Empresa reconhece perdas adicionais se tiver assumido obrigações ou tenha efetuado pagamentos em benefício da associada Conversão cambial i) Moeda funcional e de apresentação As demonstrações financeiras da EDA e respetivas notas deste anexo são apresentadas em euros (moeda funcional), salvo indicação explícita em contrário. ii) Transações e saldos As transações em moedas diferentes do euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/ recebimento das transações bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do Balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na Demonstração dos resultados, na rubrica de gastos de financiamento, se relacionadas com empréstimos ou em outros ganhos ou perdas operacionais, para todos os outros saldos/transações. iii) Cotações utilizadas 157

159 As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue: Moeda USD 1,2939 1,3362 GBP 0,8353 0, Ativos fixos tangíveis Os ativos fixos tangíveis encontram-se valorizados ao custo deduzido das depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. Este custo inclui o custo considerado à data de transição para o SNC, e o custo de aquisição para ativos adquiridos/ construídos após essa data. O custo de aquisição inclui o preço de compra do ativo, as despesas diretamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do ativo para que se encontre na sua condição de utilização. Os custos com empréstimos obtidos para a construção de ativos fixos tangíveis qualificáveis são reconhecidos como parte do custo de construção do ativo. Os custos subsequentes incorridos com renovações e grandes reparações, que aumentem a vida útil, ou a capacidade dos ativos gerarem benefícios económicos são capitalizados no custo do ativo. Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como um gasto do período em que ocorrem. Os custos a suportar com o desmantelamento ou remoção de ativos instalados em propriedade de terceiros serão considerados como parte do custo inicial dos respetivos ativos quando se traduzam em montantes significativos. Os terrenos não são depreciados. As depreciações nos restantes ativos são calculadas utilizando o método das ações constantes por duodécimos. As vidas úteis estimadas para os ativos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue: Anos Edifícios e outras construções Equipamento básico Produção termoeléctrica Contadores Equipamento de transporte Equipamento administrativo Outras ativos fixos tangíveis Entre 6 e 60 anos Entre 3 e 40 anos 16 anos Entre 4 e 8 anos Entre 3 e 16 anos Entre 4 e 20 anos As vidas úteis dos ativos são revistas em cada data de relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos benefícios económicos gerados pelos ativos. Alterações às vidas úteis são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são aplicadas prospectivamente. Sempre que existam indícios de perda de valor dos ativos fixos tangíveis, são efetuados testes de imparidade, de forma a estimar o valor recuperável do ativo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso do ativo, sendo este último calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do ativo no fim da sua vida útil. 158

160 Os ativos fixos tangíveis para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados, a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade. Quando há lugar ao registo ou reversão de imparidade, a amortização e depreciação dos ativos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável. Os ganhos ou perdas na alienação dos ativos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do ativo, sendo reconhecidos na Demonstração dos resultados Ativos intangíveis Os ativos intangíveis registados no balanço referem-se a direitos de utilização de software, a licenças de emissão de dióxido de carbono (licenças CO2) atribuídas pelo Estado e ao direito de concessão resultante da aplicação da IFRIC 12 Acordos de serviço de concessão. Os ativos intangíveis são inicialmente reconhecidos e mensurados: (i) ao preço de compra, incluindo custos com direitos intelectuais e os impostos sobre as compras não reembolsáveis, após dedução dos descontos comerciais e abatimentos; e (ii) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo, para o seu uso pretendido. A EDA valoriza os seus ativos intangíveis, após o reconhecimento inicial, pelo modelo do custo, sendo o ativo escriturado pelo seu custo deduzido da amortização acumulada e quaisquer perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados numa base sistemática a partir da data em que se encontram disponíveis para uso, durante a vida útil estimada. Programas de computador A EDA capitaliza na rubrica de programas de computador os custos incorridos com o desenvolvimento de aplicações informáticas para uso interno bem como a aquisição de licenças de utilização e de upgrade. Estes ativos são amortizados entre 3 e 5 anos. Licenças emissões de gases (CO2) As atividades desenvolvidas pela EDA envolvem a queima de combustíveis fósseis com a consequente emissão de gases de carbono (CO2). A Empresa tem atribuídas licenças de emissão de CO2 no âmbito do PNALE Plano nacional de atribuição de licenças de emissão de CO2, plano que transpõe para Portugal as diretivas da União Europeia quanto às metas de redução de emissão de CO2 com vista ao cumprimento do Protocolo de Quioto. Estas licenças de carácter ambiental estão mensuradas ao preço de mercado da data de atribuição. Direitos de concessão A empresa tem uma concessão atribuída para as atividades de gestão do sistema, do transporte e distribuição de energia elétrica na RAA. Os ativos adquiridos/construídos pela EDA, ao abrigo destes contratos de concessão, referidos como ativos da concessão, compreendem essencialmente ativos fixos tangíveis cuja construção/aquisição a EDA permuta pelo direito de explorar o serviço público associado. De acordo com a IFRIC 12, um acordo de serviço de concessão envolve normalmente uma entidade (o operador) que constrói a infraestrutura utilizada na prestação do serviço público, que a desenvolve (por exemplo, aumento da capacidade existente) e faz a manutenção e operação da mesma por um período específico. O operador é remunerado pelos serviços prestados pelo período do acordo. O acordo de serviço de concessão é regulado por um contrato de concessão que estabelece os níveis de serviço, os mecanismos de ajustamento de preços e a resolução de disputas. Estes contratos de concessão podem ser designados por construir-operar-transferir, reabilitar-operar-transferir ou público-privado. 159

161 Tendo em conta o disposto no contrato de concessão, a EDA suporta, para além dos riscos associados à construção, o risco de disponibilidade e, nos moldes previstos no regulamento tarifário, os riscos de procura, pelo que o investimento efetuado nos bens da concessão encontra-se registado de acordo com o modelo do ativo intangível. O regime geral subjacente à aplicação da IFRIC 12 é a aplicação retrospetiva desde a data de início da concessão (no caso da EDA o período de 2000), sendo no entanto permitida a aplicação prospetiva quando seja impraticável efetuar a aplicação retrospetiva em particular no que diz respeito às bases de mensuração. Tendo em conta que: (i) a prossecução do objeto da concessão implica investimento significativo recorrente, e (ii) que as atividades no âmbito da concessão são reguladas pela ERSE, que determina as tarifas a praticar e os montantes de convergência tarifária a faturar em cada ano, considerou-se que era economicamente impraticável aplicar a IFRIC 12 à data de início da concessão pelo que a EDA procedeu à aplicação da IFRIC 12 prospectivamente desde 1 de Janeiro de São classificados como custo do ativo intangível os valores investidos referentes à construção, expansão e requalificação das infraestruturas que constituem o estabelecimento da concessão. Considerando as características das infraestruturas associadas à prestação do serviço público de fornecimento de energia elétrica, parte significativa dos investimentos são referentes à ampliação e remodelação da rede e a equipamentos de contagem e medição do consumo. Relativamente aos investimentos de substituição/ renovação das infraestruturas, de acordo com a IFRIC 12 estes custos só são passíveis de registo como parte do direito da concessão, na medida em que tenham retribuição associada. No caso da EDA, tendo em conta o modelo regulatório em vigor para o triénio , e que, a esta data, se estima seja aplicado a período subsequentes concorre para a formação das tarifas a que a EDA tem direito para remunerar a sua atividade, o valor da amortização estimada do ativo médio estimado afeto à atividade regulada, com base nos parâmetros definidos pela EDA e aprovados pela ERSE no inicio de cada período regulatório (3 anos), acrescido de uma taxa de remuneração a qual tem por base tanto os investimentos novos e de expansão como os de substituição e renovação. Deste modo, são considerados como custos do ativo intangível tanto os primeiros como os segundos. No que respeita à amortização, a IFRIC 12 remete diretamente para o normativo dos ativos intangíveis, o IAS 38 o qual refere que os ativos intangíveis têm de ser amortizados numa base sistemática que reflita o padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da EDA, o ativo intangível registado corresponde ao direito de explorar o serviço público concessionado, pelo que os benefícios económicos associados são os que advém das tarifas a praticar para período daquele direito durante o período da concessão Imparidade de ativos não financeiros A Empresa avalia os ativos não financeiros para efeitos de imparidade consoante a sua natureza. Os ativos com vida útil indefinida não estão sujeitos a depreciação/ amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais realizados à data do relato financeiro anual. Os ativos com vida útil definida são revistos quanto à imparidade quando eventos ou alterações nas condições envolventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras possa não ser recuperável. Para efeitos de determinação da existência de imparidade a Empresa calcula o valor recuperável do ativo ou conjunto de ativos. O valor recuperável é o maior entre o justo valor do ativo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Para a determinação da existência de imparidade, os ativos são alocados ao nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa separados identificáveis (unidades geradoras de caixa). Sempre que o valor recuperável determinado é inferior ao valor contabilístico dos ativos, a Empresa regista a despectiva perda por imparidade. 160

162 Os ativos não financeiros, que não o goodwill, para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade são avaliados, a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade. Quando há lugar ao registo ou reversão de imparidade, a amortização e depreciação dos ativos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável Ativos financeiros A Administração determina a classificação dos ativos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com a NCRF 27 Instrumentos financeiros. Os ativos financeiros são classificados/ mensurados como: (a) Ao custo ou custo amortizado menos qualquer perda por imparidade; ou (b) Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na Demonstração dos resultados. A EDA classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os ativos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cujo retorno seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar a perda do valor nominal e do juro acumulado. Para os ativos registados ao custo amortizado, os juros obtidos a reconhecer em cada período são determinados de acordo com o método da taxa de juro efetiva. São registados ao custo ou custo amortizado os ativos financeiros que constituem empréstimos concedidos, contas a receber (clientes, outros devedores, etc.) e instrumentos de capital próprio bem como quaisquer contratos derivados associados, que não sejam negociados em mercado ativo ou cujo justo valor não possa ser determinado de forma fiável. A EDA classifica e mensura ao justo valor os ativos financeiros que não cumpram com as condições para ser mensurados ao custo ou custo amortizado. São registados ao justo valor os ativos financeiros que constituem instrumentos de capital próprio cotados em mercado ativo, contratos derivados e ativos financeiros detidos para negociação. As variações de justo valor são registadas nos resultados de período, exceto no que se refere aos instrumentos financeiros derivados que qualifiquem como relação de cobertura de fluxos de caixa. A EDA avalia a cada data de relato financeiro a existência de indicadores de perda de valor para os ativos financeiros que não sejam mensurados ao justo valor através de resultados. Se existir uma evidência objetiva de imparidade, a EDA reconhece uma perda por imparidade na Demonstração dos resultados. Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse Instrumentos financeiros derivados Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente ao justo valor da data da transação sendo valorizados subsequentemente ao justo valor. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se tratem de instrumentos financeiros derivados de negociação, os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do período nas rubricas de custos ou proveitos financeiros. Quando designados como instrumentos financeiros derivados de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor dependem da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor ou de uma cobertura de fluxos de caixa. 161

163 Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado de forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura de justo valor são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos coberto atribuíveis ao risco coberto. Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas no Capital próprio, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte ineficaz da cobertura é registada em resultados no momento em que ocorre. A EDA contrata instrumentos financeiros derivados como forma de gerir o risco de flutuação dos custos do financiamento em consequência da volatilidade das taxas de mercado, nomeadamente contratos de permuta de juro (swaps) e opções sobre a taxa de juro (opções). A EDA regista em resultados os juros dos swaps e os ganhos e perdas das opções nos períodos em que estes são gerados, uma vez que os derivados negociados não qualificam como de cobertura Inventários Os inventários referem-se a materiais utilizados nas atividades internas de manutenção e conservação, assim como combustíveis utilizados na produção de energia termelétrica. Os inventários são mensurados ao custo de aquisição, o qual inclui todos os custos de compra, custos de transformação e outros custos incorridos para colocar os inventários no local e condição necessária para a sua uso/consumo. Os inventários são reduzidos por imparidade quando apresentam sinais de obsolescência técnica ou há lugar à descontinuação dos equipamentos a que se referem. O método de custeio utilizado é o custo médio ponderado Clientes e Outras contas a receber As rubricas de Clientes e Outras contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequentemente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade quando aplicável. As perdas por imparidade dos clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identificadas são registadas na Demonstração dos resultados, em Imparidade de dívidas a receber, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou desapareçam. O montante de perda por imparidade para um instrumento mensurado ao custo ou ao custo amortizado é a diferença entre a quantia escriturada e o valor presente (atual) dos fluxos de caixa estimados descontados à taxa de juro efetiva inicial do ativo financeiro. Os ativos financeiros são desreconhecidos quando: (a) Os direitos contratuais aos fluxos de caixa resultantes do ativo financeiro expiram; ou (b) A entidade transfere para outra parte todos os riscos significativos e benefícios relacionados com o ativo financeiro; ou (c) A entidade, apesar de reter alguns riscos significativos e benefícios relacionados com o ativo financeiro, tenha transferido o controlo do ativo para uma outra parte e esta tenha a capacidade prática de vender o ativo na sua totalidade a uma terceira parte não relacionada e a possibilidade de período 162

164 dessa capacidade unilateralmente sem necessidade de impor restrições adicionais à transferência. Se tal for o caso a entidade deve: (i) desreconhecer o ativo; e (ii) reconhecer separadamente qualquer direito e obrigação criada ou retida na transferência Caixa e equivalentes de caixa O Caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses, e descobertos bancários. Os descobertos bancários são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica Financiamentos obtidos, e são considerados na elaboração da Demonstração dos fluxos de caixa, como Caixa e equivalentes de caixa Capital O capital realizado corresponde à diferença entre a quantia de capital estatutário da Empresa e a parte não realizada pelos acionistas. O capital estatutário da Empresa corresponde às ações subscritas pelos acionistas. Os gastos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações são apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante emitido Passivos financeiros O Conselho de Administração determina a classificação dos passivos financeiros, na data do reconhecimento inicial de acordo com a NCRF 27 Instrumentos financeiros. Os passivos financeiros são classificados/ mensurados como: (a) Ao custo ou custo amortizado; ou (b) Ao justo valor com as alterações de justo valor a ser reconhecidas na Demonstração dos resultados. A EDA classifica e mensura ao custo ou ao custo amortizado, os passivos financeiros: i) que em termos de prazo sejam à vista ou tenham maturidade definida; ii) cuja remuneração seja de montante fixo, de taxa de juro fixa ou de taxa variável correspondente a um indexante de mercado; e iii) que não possuam nenhuma cláusula contratual da qual possa resultar uma alteração à responsabilidade pelo reembolso do valor nominal e do juro acumulado a pagar. Para os passivos registados ao custo amortizado, os juros a pagar a reconhecer em cada período são determinados de acordo com o método da taxa de juro efetiva, que corresponde à taxa que desconta exatamente os recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro. São registados ao custo ou custo amortizado os passivos financeiros que constituem financiamentos obtidos, contas a pagar (fornecedores, outros credores, etc.). Uma entidade deve desreconhecer um passivo financeiro (ou parte de um passivo financeiro) apenas quando este se extinguir, isto é, quando a obrigação estabelecida no contrato seja paga, cancelada ou expire Financiamentos obtidos Os financiamentos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação e montagem incorridos. Os financiamentos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na Demonstração dos resultados ao longo do período do financiamento, utilizando o método da taxa de juro efetiva. 163

165 Os financiamentos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se a EDA possuir um direito incondicional de diferir o pagamento do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço, sendo neste caso classificados no passivo não corrente Imposto sobre o rendimento O imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na Demonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios. Imposto corrente O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor. Em conformidade com a legislação em vigor na Região Autónoma dos Açores a taxa a aplicar para a determinação do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas é reduzida em 30%, correspondendo a uma taxa efetiva de 17,5%. Como estabelecido na lei das Finanças Locais a Empresa está sujeita à derrama fixada pelos Municípios até ao montante máximo de 1,5% do lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Foi ainda considerada a derrama estadual (2,5%) aprovada pela Lei nº 1-A/2010. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte da administração fiscal durante um período de 4 anos. Imposto diferido Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo com base no Balanço, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras. Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já oficialmente comunicada à data do balanço, e que se estima seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data da liquidação dos impostos diferidos passivos Benefícios aos empregados A EDA concede benefícios pós-emprego aos seus empregados sob a forma de: i) plano de complemento de pensões de reforma aos empregados admitidos até 31 de Dezembro de 2002 (o qual inclui o pagamento de reformas aos empregados da Administração Pública ao seu serviço e reformados até Novembro de 1999, na quota-parte dos anos de serviço a si prestados); e ii) plano de contribuição definida para os empregados admitidos a partir de 1 de Janeiro de i) Plano de benefícios definidos da Eletricidade dos Açores, S.A. Os complementos de reforma atribuídos aos empregados constituem um plano de benefícios definidos, com fundo autónomo constituído junto da BANIF Pensões, para o qual são transferidas a totalidade das responsabilidades e entregues as dotações necessárias para cobrir os respetivos encargos que se vão vencendo em cada um dos períodos. A responsabilidade com o pagamento de reformas aos empregados da Administração Pública que prestaram serviço à EDA e foram reformados até 30 de Novembro de 1999, na quota-parte dos anos de serviço prestados à EDA, constituem uma responsabilidade equiparável a um benefício definido, para o qual não existe um fundo autónomo constituído, reconhecendo a EDA uma provisão nas suas demonstrações financeiras. As responsabilidades com o pagamento das referidas contribuições são estimadas anualmente por atuários independentes, sendo utilizado o método do crédito da unidade projetada. O valor presente da 164

166 obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro de obrigações de rating elevado denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com uma maturidade que se aproxima das da responsabilidade assumida. O passivo reconhecido no Balanço relativamente a responsabilidades com benefícios de reforma, corresponde ao valor presente da obrigação do benefício determinado à data do relato financeiro, deduzido do justo valor dos ativos do plano, juntamente com ajustamentos relativos a custos de serviços passados. Os ganhos e perdas atuariais decorrentes de ajustamentos de experiência e alterações aos pressupostos acima do maior valor entre 10% do valor dos ativos do plano ou 10% das responsabilidades são registados nos resultados do período, ao longo do período médio remanescente de vida de trabalho. ii)plano de contribuição definida O plano de contribuição definida denominado por Futuro+ é gerido pela BPI pensões. A EDA constituiu o fundo em Dezembro de 2005, com efeitos retroativos a 1 de Janeiro de 2003 para todos os empregados da EDA admitidos após essa data. Em termos de regime de contribuição o plano prevê: a) contribuição base de 1% do salário pensionável pela Empresa sem qualquer condição; b) contribuição voluntária do empregado que a EDA reforça contribuindo em metade da percentagem da contribuição do empregado até ao limite de 2%; Relativamente a este plano a Empresa não assume qualquer obrigação de pagamento para além das contribuições, conforme as condições estabelecidas no plano. As contribuições efetuadas são registadas como Gastos com o pessoal na Demonstração dos resultados, no período em que ocorrem Provisões As provisões são reconhecidas quando a EDA tem: i) uma obrigação presente legal ou construtiva resultante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável que seja necessário do que não seja um dispêndio de recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, a EDA divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibilidade da saída de recursos para pagamento do mesmo seja considerada remota. As provisões são mensuradas ao valor presente dos dispêndios estimados para liquidar a obrigação utilizando uma taxa antes de desconto, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa Subsídios e apoios do Governo A EDA reconhece os subsídios do Estado Português, do Governo Regional e da União Europeia ou organismos semelhantes pelo seu justo valor quando existe uma certeza razoável de que o subsídio será recebido. As comparticipações atribuídas à EDA, a fundo perdido, por conta dos projetos de investimento em ativos tangíveis de uso próprio, são contabilizadas na rubrica de Outras variações de capital próprio, quando seja expectável que todas as condições para a sua atribuição sejam cumpridas. Os subsídios são subsequentemente creditados na Demonstração dos resultados numa base pro-rata da depreciação dos ativos a que estão associados, na rubrica de Outros rendimentos e ganhos. Os subsídios obtidos para financiar a construção de infraestruturas para a concessão de serviço público são deduzidos diretamente ao valor do ativo intangível reconhecido como direito de concessão. 165

167 Os subsídios à exploração são reconhecidos como rendimentos na Demonstração dos resultados no mesmo período em que os gastos associados são incorridos e registados Locações Locações de ativos fixos tangíveis, relativamente às quais a EDA detém substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo são classificadas como locações financeiras. São igualmente classificados como locações financeiras os acordos em que a análise de uma ou mais situações particulares do contrato aponte para tal natureza. Todas as outras locações são classificadas como locações operacionais. As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, determinados à data de início do contrato. O valor a pagar resultante de um contrato de locação financeira é registado líquido de encargos financeiros, na rubrica de Financiamentos obtidos. Os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos na Demonstração dos resultados, no período a que dizem respeito. Os ativos fixos tangíveis adquiridos através de locações financeiras são depreciados pelo menor entre o período de vida útil do ativo e o período da locação quando a EDA não tem opção de compra no final do contrato, ou pelo período de vida útil estimado quando a EDA tem a intenção de adquirir os ativos no final do contrato. Nas locações consideradas operacionais, as rendas a pagar são reconhecidas como gasto na Demonstração dos resultados numa base linear, durante o período da locação Gastos e Rendimentos Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos períodos. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidas como ativos ou passivos, se qualificarem como tal Rédito O Rédito corresponde ao justo valor do montante recebido ou a receber relativo à venda ou permuta dissemelhante de produtos e/ ou serviços no decurso normal da atividade da EDA. O rédito é registado líquido de quaisquer impostos e descontos comerciais atribuídos. No caso da EDA, para as atividades englobadas no contrato de concessão, é necessário apresentar de forma individualizada o rédito proveniente dos serviços de construção e dos serviços de exploração. Eletricidade A faturação de eletricidade é efetuada numa base mensal, em contagens reais de consumos ou em consumos estimados através dos dados históricos de cada consumidor. Os consumos ocorridos e não lidos até à data do balanço são estimados e registados em Outras contas a receber - Devedores por acréscimos de rendimentos. O reconhecimento do rédito para as atividades reguladas é efetuado com base na informação da eletricidade vendida aos consumidores finais, os montantes de convergência tarifária previsionais definidos pela ERSE e os ajustamentos do ano à convergência tarifária estimada, a incorporar nas tarifas do SEP (Sistema elétrico de serviço público) em anos subsequentes. 166

168 Os réditos obtidos destas atividades são regulados pela ERSE, a entidade reguladora para o sector da eletricidade, que através da publicação do regulamento tarifário, define as fórmulas de cálculo das tarifas e os mecanismos de recuperação dos desvios que sejam apurados em cada período. As tarifas a serem aplicadas aos clientes finais (domésticos, industriais e outros) são fixados anualmente pela ERSE, para cada componente do sistema, tais como: produção; transporte e distribuição. Serviços de construção A EDA apresenta na sua Demonstração dos resultados o rédito associado à aquisição/construção de ativos para a infraestrutura da concessão. Os dispêndios associados à construção de infraestruturas (construção nova, requalificação, substituição/renovação) são registados diretamente, pela sua natureza, nas rubricas de gastos da Demonstração dos resultados. Relativamente aos encargos financeiros, uma vez que a atividade de Transporte e Distribuição se encontra, para efeitos regulatórios, num regime do price cap, os encargos financeiros estimados são considerados como uma componente do preço de aquisição/construção Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos aos acionistas da EDA é reconhecida como uma responsabilidade nas demonstrações financeiras no período em que os dividendos são aprovados pelos seus acionistas Compensação de saldos e transações Os ativos, passivos, rendimentos e gastos não são compensados, salvo se exigido ou permitido pelas NCRF Matérias ambientais A EDA reconhece os dispêndios de carácter ambiental, bem como os passivos e ativos com eles relacionados. Os dispêndios são reconhecidos como gastos no período em que são incorridos, exceto se forem realizados para evitar ou reduzir danos futuros e proporcionem benefícios económicos no futuro, sendo nesse caso capitalizados e amortizados sistematicamente ao longo das suas vidas económicas. São reconhecidas provisões para matérias ambientais sempre que a EDA tenha uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados, relativamente à qual seja provável que uma saída de recursos se torne necessária para pagar, e possa ser efetuada uma estimativa fiável do montante dessa obrigação Principais estimativas e julgamentos apresentados As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da EDA são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passivos no decurso do período seguinte são as que seguem: 167

169 Estimativas contabilísticas relevantes Compensações financeiras A EDA estima, a cada data de relato, de acordo com os critérios definidos pelo regulamento tarifário publicado pela ERSE, para a aceitação dos custos operacionais e a determinação dos proveitos permitidos, o valor de correção à convergência tarifária que decorre dos desvios apurados entre os custos reais e estimados. Esta correção é ajustada mediante a aprovação da ERSE no ano seguinte (ano n+1), para incorporação das tarifas do ano a seguir (n+2) Provisões A EDA analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação. A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes Pressupostos atuariais A determinação das responsabilidades com pensões de reforma e assistência médica requer a utilização de pressupostos e estimativas, de natureza demográfica e financeira, que podem condicionar significativamente os montantes de responsabilidades apurados em cada data de relato. As variáveis mais sensíveis referem-se à taxa de atualização das responsabilidades, a taxa de rendimento estimada para os ativos e as tabelas de mortalidade Ativos tangíveis e intangíveis A determinação das vidas úteis dos ativos e do consumo dos benefícios económicos subjacentes, bem como o método a aplicar é essencial para determinar o montante das amortizações e depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados de cada período. Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento da Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do sector ao nível internacional Imparidade A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da EDA, tais como: a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas quer externas, à empresa. A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte do Conselho de Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais Acontecimentos após a data de balanço Os eventos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data das demonstrações financeiras são refletidos nas demonstrações financeiras da Empresa. Os eventos após a data das demonstrações financeiras que proporcionem 168

170 informação sobre condições que ocorram após a data das demonstrações financeiras são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se considerados materiais. 4. Fluxos de caixa Caixa e seus equivalentes que não estão disponíveis para uso A EDA não possui qualquer saldo de Caixa ou equivalente de caixa com restrições de utilização, para os períodos apresentados Detalhe da rubrica de caixa e depósitos bancários Em 31 de Dezembro de 2011 o detalhe de Caixa e equivalentes de caixa apresenta os seguintes valores: Caixa Depósitos bancários Os valores considerados para efeitos da elaboração da Demonstração dos fluxos de caixa para o período findo em 31 de Dezembro de 2011, foram os seguintes: Numerário - Caixa Depósitos bancários - Depósitos à ordem Caixa e equivalentes de caixa (ativo) Equivalentes de caixa (passivo) ( ) - ( ) - (51.024) Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros 5.1. Alterações às normas Não foram publicadas no presente período novas normas, alterações ou interpretações efetuadas a normas existentes que devessem ser consideradas pela Empresa Alterações nas políticas contabilísticas 169

171 Não se verificaram quaisquer alterações às políticas contabilísticas adotadas pela EDA, para os períodos apresentados Alterações nas estimativas contabilísticas A EDA não procedeu à alteração dos procedimentos de determinação das estimativas contabilísticas, que possam ter impacto no período ou em períodos futuros Erros de períodos anteriores Não se verificou no período qualquer erro relativo a períodos anteriores passível de correção, de acordo com os princípios da NCRF

172 6. Ativos fixos tangíveis Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue: Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento transporte Equipamento administrativo Outros ativos tangíveis Ativos em curso Total 1 de Janeiro de 2010 Custo de aquisição Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Valor líquido Movimento do exercício Adições Alienações ( ) (36.285) ( ) ( ) ( ) - - ( ) Transferências e abates ( ) ( ) (23.250) Depreciação - período - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Depreciação - alienações Depreciação- transf. e abates Valor líquido de Dezembro de 2010 Custo de aquisição Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Valor líquido

173 Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue: Terrenos Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento transporte Equipamento administrativo Outros ativos tangíveis Ativos em curso Total 1 de Janeiro de 2011 Custo de aquisição Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Valor líquido Movimento do exercício Adições Reclassificações ( ) ( ) (1) ( ) Alienações - ( ) (65.920) ( ) (52.007) - ( ) Transferências e abates ( ) - Depreciação - período - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Depreciação - alienações Reclassificações Depreciação- transf. e abates Valor líquido de Dezembro de 2011 Custo de aquisição Depreciações acumuladas - ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) - ( ) Valor líquido

174 Adições: Os aumentos registados em ativos tangíveis durante o ano de 2011 englobam euros de aquisições diretas e euros de obras em curso concluídas durante o período, que correspondem maioritariamente ao investimento efetuado pela EDA em equipamentos de produção, nomeadamente ampliações de centrais termoelétricas. Em curso: Os valores mais significativos incluídos na rubrica de Ativos em curso referem-se aos seguintes projetos: Ampliação central térmica das Flores Ampliação central térmica Aeroporto - Grupo IX Ampliação central térmica Aeroporto - Grupo VII e VIII Ampliação central térmica Belo Jardim - Grupo XI Ampliação central térmica Santa Bárbara - Grupo VIII Produção-Outras obras Outras obras As transferências de Ativos em curso para Ativos fixos tangíveis ocorridas em 2011 referem-se essencialmente a obras de ampliações de centros produtores das ilhas de Santa Maria e Flores, e ainda à remodelação dos sistemas de combate a incêndios e de monitorização do sistema de controle da Central Térmica do Caldeirão. As depreciações dos ativos fixos tangíveis estão reconhecidas na rubrica Gastos/reversões de depreciação e de amortização da Demonstração dos resultados pela sua totalidade. Alienações Em 2010 e 2011 as alienações referem-se essencialmente a contadores e disjuntores obsoletos cujos valores não são significativos. Reclassificações Os montantes evidenciados nas linhas de reclassificações resultam de uma revisão da alocação entre as diversas linhas de Ativos tangíveis. 7. Propriedades de investimento O saldo desta rubrica refere-se ao antigo edifício sede da EDA na Calheta, o qual se encontra totalmente arrendado a entidades do grupo: 173

175 A 1 de Janeiro Valor bruto Depreciações acumuladas ( ) ( ) Valor líquido Transferências - - Alienações - - Depreciações - Período (70.047) (70.047) Imparidade - - A 31 de Dezembro (70.047) (70.047) Valor bruto Depreciações acumuladas ( ) ( ) Valor líquido Conforme determinado à data do Balanço, os ativos classificados como propriedades de investimento, possuem o seguinte justo valor: Terrenos Edificios Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os rendimentos e gastos operacionais diretos associados às propriedades de investimento são os seguintes: Rendas Gastos Gastos Rendas Directos Directos Edificios Calheta Ativos intangíveis O valor dos intangíveis refere-se a licenças de CO2, software e ao contrato de concessão. A evolução registada para os períodos apresentados é como segue: 174

176 A 1 de Janeiro de 2010 Licenças CO2 Software Contratos de concessão Custo de aquisição Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) Valor líquido Adições Alienações ( ) - - ( ) Transferências e abates Amortização - período ( ) ( ) ( ) ( ) Amortização - alienações Amortização - abates Total Valor líquido de Dezembro de 2010 Custo de aquisição Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) Valor líquido A 1 de Janeiro de 2011 Licenças CO2 Software Contratos de concessão Ativos em curso Custo de aquisição Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) - ( ) Valor líquido Adições Alienações ( ) ( ) Transferências e abates (7.862) ( ) (7.862) Amortização - período ( ) ( ) ( ) - ( ) Amortização - alienações Amortização - abates Total Valor líquido de Dezembro de 2011 Custo de aquisição Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) - ( ) Valor líquido Licenças CO2: No período de 2011, no âmbito do PNALE II a EDA registou as licenças de CO2 correspondentes aos direitos de emissões de toneladas do ano, mensuradas por referência ao preço de mercado na data da atribuição de 3 de Janeiro de 2011, no montante de euros. 175

177 A amortização (consumo) reconhecida em cada período corresponde à estimativa das emissões de gases de carbono (CO2) ocorridas durante o ano, mensuradas pelo valor de entrada numa base FIFO. O valor do consumo de 2011 ascendeu a euros (em 2010: euros) o que corresponde a toneladas. Em 2011 foram alienadas toneladas das licenças não utilizadas do ano de 2010, pelo valor de euros. De acordo com a cotação da Bluenext a 30 de Dezembro de 2011 o valor das licenças de CO2 (EUA s) era de 6,90 euros/tonelada. Software: O valor capitalizado como software em 2011 refere-se ao upgrade do sistema de informação da área comercial, o SAP-ISU. Contrato de Concessão: No período de 2011 a EDA efetuou investimentos em aquisição/construção de ativos para a infraestrutura da concessão no montante de euros (2010: euros). A amortização do ativo intangível, no montante de euros (2010: ), foi efetuada com base nos valores de amortização implícitos na determinação das tarifas do triénio Participações financeiras método equivalência patrimonial Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o investimento em subsidiárias e associadas é como segue: Subsidiárias Associadas Total 1 de Janeiro de Aquisições Ganhos/(Perdas) Outros movimentos no Capital ( ) - ( ) Alienações Dividendos recebidos (47.646) - (47.646) 31 de Dezembro de Aquisições Ganhos/(Perdas) (51.086) Outros movimentos no Capital ( ) - ( ) Transferência para Provisões Alienações Dividendos recebidos ( ) - ( ) 31 de Dezembro de Dado que o investimento financeiro da subsidiária Geoterceira ficou reduzido a zero, parte dos prejuízos apurados no período, no montante de euros, foi reconhecida na rubrica de Provisões. 176

178 Os ativos e passivos a 31 de Dezembro de 2010 e 2011, e os rendimentos e gastos gerados no período, conforme reconhecido nas demonstrações financeiras individuais das empresas subsidiárias e associadas, são como segue: Ativos Passivos % detida Valor contabilístico Não correntes Correntes Não correntes Correntes Capital Próprio Rendimentos Gastos Resultado líquido Empresas subsidiárias EEG - Empresa de Electricidade e Gáz, Lda 99,00% SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, SA 99,31% GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, SA 60,00% (94.988) SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda 90,00% NORMA AÇORES - Soc. De Estudos e Apoio no Desenvolvimento Regional, SA 50,13% CONTROLAUTO - AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, SA 30,00% GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira, SA 50,04% (1.410) Empresas associadas ONIAÇORES - Infocomunicações, SA 40,00% NOVABASE ATLÂNTICO - Sistemas de Informação, SA 40,00% (10.239) Total

179 Empresas subsidiárias % detida Valor contabilístico Ativos Não correntes Correntes Passivos Não correntes Correntes Capital Próprio Rendimentos Gastos Resultado líquido EEG - Empresa de Electricidade e Gáz, Lda 99,00% SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores, SA 99,31% GLOBALEDA - Telecomunicações e Sistemas de Informação, SA 60,00% ( ) SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda 90,00% NORMA AÇORES - Soc. De Estudos e Apoio no Desenvolvimento Regional, SA 50,13% CONTROLAUTO - AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, SA 30,00% GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira, SA 50,04% ( ) ( ) Empresas associadas ONIAÇORES - Infocomunicações, SA 40,00% NOVABASE ATLÂNTICO - Sistemas de Informação, SA 40,00% ( ) Total

180 Nas situações em que para além da participação detida diretamente também existem participações cruzadas, como é o caso das empresas EEG e SEGMA foi incorporada a percentagem detida por cada uma daquelas empresas, que serve de base para o cálculo do método de equivalência patrimonial. 10. Participações financeiras Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os ativos reconhecidos nesta rubrica referem-se a participações em instrumentos de capital, sobre os quais a Empresa não tem controlo ou influência significativa: % detida Participações financeiras - método do custo Banif Açor Penções, SA 2,70% ZON TV Cabo Açoreana, SA 6,18% I.A.T.H, SA 0,12% DTS, SA 2,50% CACM dos Açores, CRL 0,00124% Fundação Engenheiro José Cordeiro i) 33,68% INOVA 0,77% ENTA 2,00% Imparidade de Outros Investimentos - (44.488) Participações financeiras - método do justo valor Luso Carbon Fund ii) 10 UP's i) Apesar da percentagem de participação detida na Fundação Engenheiro José Cordeiro corresponder a 33,68% do Património social, a EDA não tem controlo ou influência significativa sobre as atividades exercidas por esta entidade; ii) Em 2011, a variação de justo valor das unidades de participação no Luso Carbon Fund ascendeu a euros, os quais foram registados na Demonstração dos resultados. O valor da cotação de cada UP a 31 de Dezembro de 2011 era de euros (2010: euros). Em 2011 o movimento ocorrido nesta rúbrica pode ser assim resumido:

181 1 de Janeiro de Aquisições - Ganhos / (Perdas) (9.894) Outros movimentos no Capital - Alienações - Ajustamentos (4.988) 31 de Dezembro de Aquisições - Ganhos / (Perdas) ( ) Outros movimentos no Capital - Alienações (94.492) Reversão de Ajustamentos de Dezembro de As mais-valias resultantes das alienações das participações totalizaram euros e foram reconhecidas em Outros rendimentos e ganhos. Em 2011 a EDA recebeu dividendos das subsidiárias Norma e Controlauto no montante total de euros. 11. Outras contas a receber Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os saldos a receber de outros devedores é como segue: Corrente Não Não corrente Total Corrente corrente Total Outros devedores Adiantamentos ao pessoal Total Outros devedores i) Empresas do grupo ii) Devedores acréscimos rendimentos iii) Energia a facturar Convergência tarifária: Ano de Ano de Ano de Proveitos financeiros e Outros Compensação regional ao fuelóleo Imparidade devedores acréscimos rendimentos ( ) - ( ) i) Outros devedores O saldo corrente inclui pedidos de pagamento, dívidas a receber do Governo e devedores diversos. O saldo não corrente de Outros devedores refere-se ao valor a receber do Governo da República resultante do contrato de convergência tarifária assinado em 2 de Maio de 2003 entre a EDA, o Governo da República e o Fundo Regional de Apoio às Atividades Económicas e no qual se estabelece as condições relativas ao pagamento dos custos acrescidos de produção e distribuição elétrica (convergência tarifária) verificados nos anos de 1998 a O Governo da República comprometeu-se, nos termos do número 4 da cláusula 2ª do contrato de convergência tarifária, a que se as prestações referidas acima não vierem a ser inscritas no Orçamento de Estado pagará à EDA juros de mora a partir da data em vigor de cada ano. 180

182 Detalhe do saldo a receber do Governo da República: Dívidas a receber do Governo Prestações vencidas Juros mora Adiantamento (74.743) (74.743) Prestações vincendas Saldo Governo - não corrente Saldo Governo - corrente ii) Empresas grupo: Esta rubrica refere-se a suprimentos efetuados à Geoterceira para financiamento da atividade de prospeção do novo campo geotérmico na ilha da Terceira. Estes suprimentos não têm data de reembolso prevista e vencem juro à taxa Euribor 6M + 3,253%; iii) Devedores por acréscimos de rendimento: A rubrica de energia a faturar no montante de euros (2010: euros) respeita a valores a faturar em 2012 aos clientes. O saldo de euros relativo a 2009 respeita à parcela da convergência tarifária desse ano que ainda se encontra por receber. Este valor resulta de um montante global de euros que se destina a financiar os custos com a convergência tarifária de 2009 entre as Regiões Autónomas e o Continente, provenientes da compensação pela utilização do domínio hídrico público a pagar pelas empresas titulares dos centros electroprodutores hídricos. Do montante global referido, cabe à EDA uma parcela de euros, a receber da REN, na qualidade de operador da rede de transporte em Portugal continental, nos termos do artigo 93º do Regulamento tarifário em vigor. Por a REN não ter recebido os respetivos montantes não foram os mesmos pagos à EDA. Não obstante ter a Empresa direito de ser ressarcida do mesmo, dadas as incertezas subjacentes à forma e momento de regularização deste valor, não se procedeu ao registo da compensação associada à mora. A rubrica de convergência tarifária refere-se ao registo dos desvios apurados entre os custos reais incorridos nas atividades de Aquisição de Energia Elétrica e Gestão do Sistema, Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica e os custos estimados incluídos na determinação das tarifas pela ERSE. Os valores apurados no final de cada período correspondem à melhor estimativa do valor a recuperar nos anos seguintes considerando as regras de cálculo dos regulamentos tarifários, contudo poderão existir acertos propostos pela ERSE a estes valores. O mecanismo em vigor para a recuperação destes desvios encontra-se regulamentado pela ERSE e traduz-se na incorporação dos desvios apurados no ano n, nos custos totais que servirão de base à determinação das tarifas do ano n+2. Desta forma, a estimativa do desvio referente ao ano de 2011, no montante de euros constitui um saldo que apenas será recuperado em 2013, enquanto que o montante já aceite do ano de 2010 de euros acrescido de juros de euros será ressarcido em Em conformidade com o acordo celebrado em 18 de Dezembro de 2009 com a Região Autónoma dos Açores relativo ao abastecimento de fuelóleo procedeu-se neste período à quantificação de euros da compensação do diferencial do preço de aquisição do ano de Dada a incerteza sobre a sua efetiva realização foi registada uma imparidade de montante similar. Foi igualmente quantificada a compensação respeitante ao período corrente estimada em euros. 181

183 Para os períodos apresentados não existem diferenças entre os valores contabilísticos e o seu justo valor. Os saldos a receber não correntes têm remunerações mínimas iguais ou superiores às taxas de mercado. 12. Outros ativos financeiros O justo valor dos instrumentos financeiros derivados é como segue: Ativos Passivos Ativos Passivos Swap taxa de juro não corrente Swap taxa de juro corrente ( ) ( ) Em 31 de Dezembro de 2011 a EDA não tinha qualquer instrumento financeiro derivado contratado. 13. Ativos e passivos por impostos diferidos Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os saldos reconhecidos relativamente a impostos diferidos são apresentados no balanço pelo seu valor bruto. O impacto dos movimentos nas rubricas de impostos diferidos para os períodos apresentados é como se segue: Impactos na demonstração dos resultados Ativos por impostos diferidos ( ) ( ) Transferência de capital próprio - subsídios ( ) ( ) Passivos por impostos diferidos ( ) ( ) ( ) Impactos no capital próprio Passivos por impostos diferidos - ( ) - ( ) Impacto líquido dos impostos diferidos ( ) ( ) Os movimentos ocorridos nas rubricas de ativos e passivos por impostos diferidos para os períodos apresentados são como se segue: 182

184 Ativos por impostos diferidos - Movimentos do período Pensões Convergência tarifária Prejuízos fiscais Outros Total A 1 de Janeiro de Alteração taxa - por resultados Reversão por resultados ( ) ( ) - - ( ) Transferência para imposto corrente ( ) ( ) Movimento do exercício ( ) - ( ) ( ) A 31 de Dezembro de Pensões Convergência tarifária Prejuízos fiscais Outros Total A 1 de Janeiro de Constituição por resultados Reversão por resultados ( ) ( ) - - ( ) Transferência para imposto corrente Movimento do exercício ( ) ( ) ( ) A 31 de Dezembro de Passivos por impostos diferidos - Movimentos do período Reavaliação normativo anterior Mais-valias fiscais Convergência tarifária Subsídios ao investimento e Licenças CO2 Outros Total A 1 de Janeiro de 2010 ( ) (4.596) ( ) ( ) ( ) ( ) Alteração de taxa - por capital ( ) ( ) Alteração de taxa - por resultados (48.938) - ( ) - (89.494) ( ) Constituição por resultados - - ( ) - - ( ) Transferência Imposto Corrente Reversão por resultados Movimentos do exercício ( ) A 31 de Dezembro de 2010 ( ) - ( ) ( ) ( ) ( ) Reavaliação normativo anterior Mais-valias fiscais Convergência tarifária Subsídios ao investimento e Licenças CO2 Outros Total A 1 de Janeiro de 2011 ( ) - ( ) ( ) ( ) ( ) Constituição por resultados - - ( ) - - ( ) Reversão por resultados Movimentos do exercício ( ) ( ) A 31 de Dezembro de 2011 ( ) - ( ) ( ) ( ) ( ) O montante de Outros está relacionado com a revalorização do terreno e edifícios da Calheta. 183

185 14. Inventários O detalhe de inventários em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue: Matérias primas Matérias subsidiárias Materiais diversos Materiais em trânsito Imparidade de inventários (45.738) (59.989) O saldo de materiais diversos refere-se essencialmente a: i) matérias-primas como o fuel óleo e gasóleo; e ii) peças de manutenção e reparação, para substituição corrente nos ativos tangíveis de produção. O custo dos inventários reconhecidos em 2011 como gasto e incluído na rubrica custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas totalizou euros (2010: euros). Imparidade de inventários A 1 de Janeiro Aumentos Reduções (59.983) - A 31 de Dezembro Clientes No período findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a decomposição da rubrica de Clientes é como se segue: Corrente Não Não corrente Total Corrente corrente Clientes - gerais i) Clientes - grupo ii) i) Clientes - gerais: nesta rubrica encontram-se registados os saldos a receber de clientes decorrentes da venda de eletricidade. ii) Clientes grupo: esta rubrica refere-se aos saldos a receber por conta dos serviços prestados das áreas administrativas a empresas do grupo e ainda juros faturadas à subsidiária Geoterceira. Total Imparidade de clientes ( ) - ( ) ( ) - ( )

186 Imparidade de clientes A 1 de Janeiro Aumentos Utilizações ( ) ( ) A 31 de Dezembro A variação ocorrida na rubrica de imparidade de clientes deveu-se à utilização direta no montante de euros e ao reforço da imparidade na rubrica de clientes. Para os períodos apresentados não existem diferenças entre os valores contabilísticos e o seu justo valor. Os saldos a receber não correntes vencem juros a taxas de mercado. 16. Estado e outros entes públicos Nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os saldos de impostos a liquidar/recuperar referem-se a: Devedor Credor Devedor Credor Imposto s/ rendimento - IRC ( ) Impostos s/ rendimento - IRS - ( ) - ( ) Imposto s/ valor acrescentado - IVA ( ) Contribuições p/ segurança social - ( ) - ( ) Outros impostos - (60.825) - (48.083) ( ) ( ) Para os períodos apresentados o saldo de IRC tem a seguinte decomposição: Pagamentos por conta ( ) ( ) Retenções na fonte ( ) ( ) IRC a recuperar ( ) ( ) Estimativa de IRC ( ) O saldo devedor de IVA evidenciado em 2011 é referente ao pedido de reembolso efetuado no mês de Novembro, tendo já sido recebido em Março de Em 2010 este saldo incluía dois pedidos de reembolso efetuados nos meses de Novembro e Dezembro, que totalizavam euros, os quais foram recebidos durante os primeiros cinco meses de Diferimentos Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a EDA tem registado na rubrica Diferimentos Gastos a reconhecer os montantes pagos antecipadamente por conta de bens ou serviços a receber em períodos subsequentes, como os prémios de seguro. 185

187 18. Capital Seguros e outros serviços Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o capital social da EDA, encontra-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por ações com o valor nominal de 5 euros cada. O detalhe do capital social a 31 de Dezembro de 2011 é como segue: Capital Número de ações Capital Social As ações representativas do capital são detidas integralmente pelas seguintes entidades: Nº Ações % detida Região Autónoma dos Açores ,1% ESA - Energia e Serviços dos Açores, SGPS, SA ,7% EDP - Gestão da Produção de Energia, SA ,0% Outros ,2% % A EDA não possui quaisquer ações próprias em carteira à data de 31 de Dezembro de 2011 e Nos termos do artigo 15º do Decreto-Lei nº 243/2004 que aprovou as primeiras fases do processo de reprivatização da EDA, a Região Autónoma dos Açores enquanto detiver pelo menos 5% do capital social da EDA terá: (i) direito de veto em deliberações da Assembleia Geral que tenham por objeto ou como efeito a redução significativa da atividade da empresa na Região Autónoma dos Açores, a fusão, a cisão, a transformação ou a dissolução da sociedade e a alteração dos seus estatutos, incluindo a redução do capital social e a mudança da localização de sede, mas excluindo o aumento do capital social e (ii) e poder de designar um dos membros do Conselho de Administração, que dispõe de direitos de veto nas deliberações do Conselho que tenham objeto idêntico ao referido na alínea anterior. 19. Reservas legais e outras reservas Reserva Legal Reserva para investimentos Reserva para fins sociais Reservas especiais Ajustamentos em ativos financeiros Total 1 de Janeiro de Aplicação do Resultado do exercício Ajustamento capital próprio subsidiária ( ) ( ) 31 de Dezembro de Aplicação do Resultado do período Ajustamento capital próprio subsidiária ( ) ( ) 31 de Dezembro de

188 Os valores registados como ajustamentos em capitais próprios das subsidiárias resultam essencialmente das movimentações associadas aos subsídios ao investimento em cada uma delas. 20. Outras variações no capital próprio A rubrica de Outras variações no capital próprio inclui os montantes reconhecidos a título de subsídios ao investimento não reembolsáveis e licenças CO2, que registaram os seguintes movimentos durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010: de Janeiro Atribuição de subsídios Amortização ( ) ( ) Alienação ( ) ( ) Imposto diferido ( ) 31 de Dezembro A decomposição deste saldo pelas respetivas naturezas é a seguinte: Comparticipações recebidas do Governo Regional e de terceiros no custo de empreendimentos Comparticipações comunitárias Licenças de CO Imposto diferido subsídios ( ) ( ) Financiamentos obtidos O detalhe dos financiamentos quanto ao prazo (corrente e não corrente) e por natureza de empréstimo, no final do período, é como segue: Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total Descobertos bancários Papel Comecial Empréstimos obrigacionistas Empréstimos bancários Créditos cedidos Outros empréstimos Juros a pagar - Empréstimos Juros pagos (antecipação) - ( ) ( ) - ( ) ( ) A EDA é subscritora de 3 programas de papel comercial no valor total de euros, que se encontravam utilizados em 31 de Dezembro de O prazo dos programas de emissões de papel comercial é de um ano, renovável 187

189 automaticamente por iguais períodos (até ao máximo de 5 anos). Esses programas de emissões de papel comercial são evidenciados no passivo não corrente, porque é prática do grupo proceder à renovação desses contratos durante o seu período de vigência. Os dois empréstimos obrigacionista de euros, cada um, referem-se a uma primeira emissão efetuada em 2005 a vencer em 18 de Agosto de 2013, remunerado à taxa Euribor 6 meses + 4,0% e uma segunda emissão, efetuada em 2009, a vencer em 10 de Agosto de 2014, remunerada à taxa Euribor 6 meses + 2,85%. Os empréstimos bancários não têm como garantia real atribuída os ativos da EDA. No entanto alguns empréstimos contratados junto de instituições de crédito especiais, como sejam o BEI e o KfW beneficiam de aval da Região Autónoma dos Açores e/ou do Governo da República. Os montantes dos empréstimos nessa situação, em 31 de Dezembro de 2011, eram respetivamente de euros (2010: euros) e euros (2010: euros). Todos os empréstimos estão negociados em euros. Os créditos cedidos no valor de euros (2010: euros) dizem respeito à cessão de créditos realizada em 2003 sobre a dívida do Governo da República, relativa às compensações tarifárias atribuídas à EDA, no âmbito do processo de harmonização tarifária, ocorrido entre 1998 e Nos Outros empréstimos são englobados a cedência de fundos das participadas no montante de euros, e a operação realizada com ativos de carbono (EUAs e CERs) no valor de euros (2010: ). No final do período de 2011 e 2010 a EDA possuía ainda as seguintes linhas de crédito contratadas e não utilizadas Taxas de juro variáveis correntes não correntes As linhas de crédito com vencimento até 1 ano são renováveis, de forma automática, anual ou trimestralmente. As linhas de crédito com vencimento após 1 ano não têm limite definido. 22. Obrigações de benefícios de reforma e outros A EDA tem as seguintes obrigações pós-emprego: i) benefícios definidos referentes a complementos de pensões de reforma para os empregados admitidos até 31 de Dezembro de 2002 e o pagamento de pensões de reforma a empregados da Administração Pública reformados até 30 de Novembro de 1999, na quota-parte dos anos ao seu serviço; e ii) contribuições definidas para pensões de reforma (empregados admitidos após 1 de Janeiro de 2003). i) Plano de benefícios definidos Com base no regulamento de ação social em vigor até 31 de Dezembro de 2002, a EDA tem a responsabilidade de complementar até ao máximo de 80% as pensões de reforma atribuídas pelas instituições de segurança social aos seus empregados, admitidos até 31 de Dezembro de 2002, reformados com pelo menos 30 anos de serviço (sendo de 20 anos para os trabalhadores em regime de turnos), sofrendo esse limite uma redução em função do tempo de serviço prestado, se inferior. Para além desta responsabilidade com complementos de pensões de reforma, a EDA tem ainda a responsabilidade de assegurar o pagamento das pensões aos empregados oriundos do sector público e das autarquias locais abrangidos pelo regime da Caixa Geral de Aposentações e reformados até 30 de Novembro de 1999, na parte correspondente ao período em que estiveram ao serviço da EDA. ii) Plano de contribuição definida A EDA constituiu um plano de contribuições definidas, o Plano de pensões Futuro+ para os seus empregados não abrangidos por outros planos de benefícios. Este plano é gerido pela BPI Pensões. 188

190 Em termos globais, o impacto destes planos nas demonstrações financeiras é como segue: Obrigações no balanço Plano de benefícios definidos Plano de contribuições definidas Gastos na demonstração dos resultados Plano de benefícios definidos Plano de contribuições definidas Os principais pressupostos utilizados no cálculo atuarial são os abaixo indicados: Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80 Taxa técnica de rendimento 5,00% 5,00% Taxa técnica de actualização 5,00% 5,00% Taxa de crescimento dos salários 2,50% (*) 2,50% Taxa de crescimento das pensões 2,00% (*) 2,00% Taxa de crescimento das remunerações (S. Social) 2,50% (*) 2,50% Taxa de inflação 1,50% 1,50% (*) Ano 2014 e seguintes. Em 2010, a taxa técnica de atualização usada foi de 5% refletindo a previsão das taxas de juro do mercado no longo prazo. Se a taxa de desconto de 4,75% fosse utilizada para calcular as responsabilidades da EDA à data do relato financeiro, as provisões com o plano de pensões seriam mais elevadas em euros. O impacto nos ganhos/(perdas) atuariais diferidos, em 2010, seria superior em ( ) euros, excedendo a base dos 10% da banda do corredor em euros e originando uma amortização dos desvios atuariais em 2011 de euros. Em 2011, a taxa técnica de atualização usada foi de 5% refletindo a previsão das taxas de juro do mercado no longo prazo. Se a taxa de desconto de 5,25% fosse utilizada para calcular as responsabilidades da EDA à data do relato financeiro, as provisões com o plano de pensões seriam reduzidas em euros. O impacto nos ganhos/(perdas) atuariais diferidos, em 2011, seria superior em euros, não excedendo a base dos 10% da banda do corredor e por sua vez não originando uma amortização dos desvios atuariais em Plano de pensões O montante da obrigação reconhecida no Balanço é determinado como segue: 189

191 Valor presente da obrigação Justo valor dos ativos do plano ( ) ( ) Ganhos/(perdas) atuariais não reconhecidos ( ) ( ) Obrigação no balanço O movimento ocorrido no valor atual da obrigação subjacente ao plano de pensões foi o seguinte: A 1 de Janeiro Custo serviços correntes Custo dos juros Pagamento de benefícios ( ) ( ) (Ganhos)/perdas atuariais ( ) A 31 de Dezembro O montante registado como (ganhos)/perdas atuariais decorre essencialmente da redução de ativos de 625 para 615, quando os pensionistas passaram de 159 para 162. Os fundos afetos a este plano tiveram a seguinte evolução: A 1 de Janeiro Contribuições entregues Ganhos/ (perdas) atuariais ( ) ( ) Benefícios pagos ( ) ( ) Retorno esperado dos ativos do fundo A 31 de Dezembro Os impactos do plano na demonstração de resultados são como segue: Custos serviços correntes Custos dos juros Retorno estimado dos ativos do plano ( ) ( ) Amortização do ano - Corredor Os ganhos e perdas atuariais diferidos fora do Balanço são apurados como segue: 190

192 Saldo a 1 de Janeiro ( ) ( ) Desvios atuariais - Obrigações ( ) Desvios atuariais - Ativos do plano ( ) ( ) Amortização corredor ( ) ( ) Limite do corredor: Obrigações a 1 de Janeiro Ativos a 1 de Janeiro ( ) ( ) O valor acumulado de desvios atuariais no início de 2011 excede o limite dos 10% do corredor, o que originou o reconhecimento de uma amortização no valor de euros na demonstração de resultados. Detalhe da natureza dos ativos que constituem o fundo do plano de pensões: Depósitos e outro Fundos Investimento Ações Obrigações Imóveis Os ativos do plano de pensões não incluem ações próprias ou ativos não correntes da Empresa. A taxa de retorno esperada dos ativos do plano para 2011 foi determinada, baseada numa estimativa do retorno esperado dos ativos do plano a longo prazo, e a estratégia de investimentos a realizar Contribuição definida Em 2011, o valor das contribuições definidas efetuadas pela EDA para o Plano Pensões Futuro+, ascendeu a euros (2010: euros). 23. Fornecedores Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 os saldos de fornecedores são os seguintes: Descrição Fornecedores - Gerais i) Fornecedores - Grupo ii) Fornecedores - Faturas em receção e conferência Total saldo fornecedores - correntes i) Fornecedores gerais: parte significativa deste saldo refere-se aos saldos a pagar pela aquisição de fuel para a produção de energia nas centrais termelétricas e da prestação dos serviços informáticos, ii) Fornecedores Grupo: saldo referente à aquisição de energia elétrica à Sogeo e à EEG e de serviços técnicos à Segma. 191

193 24. Outras contas a pagar Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o detalhe da rubrica de Outras contas a pagar é como segue: Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Fornecedores investimentos Fornecedores de investimentos - Gerais Fornecedores de investimentos - Grupo i) Outros credores Convergência tarifária 2003-IVA a pagar ii) Credores diversos iii) Credores por acréscimos de gastos Encargos com remunerações Gratificações ao pessoal Juros de empréstimos a liquidar Ajustamento da compensação tarifária iv) Outros acréscimos de custo Total Outras contas a pagar i) Fornecedor de investimentos esta rubrica refere-se maioritariamente aos saldos relativos às faturas de prestação de serviços e fornecimentos de materiais incorporados nos ativos em construção, classificados como ativos tangíveis em curso e ativos da concessão. Neste valor estão incluídos euros de fornecimentos de subsidiárias (2010: euros); ii) O aumento verificado em relação ao ano anterior deve-se exclusivamente à alteração da taxa de IVA de 4% para 16%; iii) Outros credores referem-se essencialmente ao valor de cauções de clientes de energia; iv) Compensações tarifárias - O saldo de 31 de Dezembro de 2010 referia-se ao desvio apurado entre os custos reais e os custos estimados imputados na fixação das tarifas de 2009 e pagas em 2011 através da dedução às tarifas. 25. Vendas e serviços prestados O montante de vendas e serviços prestados reconhecido na Demonstração dos resultados, é detalhado como segue: 192

194 Vendas de eletricidade Em média tensão Em baixa tensão Energia em contadores Ajustamentos de tarifário i) Serviços prestados De eletricidade De outros Serviços de construção IFRIC 12 ii) i) Ajustamento tarifário: montante estimado dos custos anuais com a convergência tarifária de 2011 e as correções efetuadas pela ERSE aos desvios de Descrição Convergência Tarifária do período Desvio Tarifário do período (estimativa) Compensação regional do fuelóleo de 2010 e Correcção Desvio Tarifário 2010 (ERSE) ( ) - Correcção Desvio Tarifário 2009 (ERSE) ii) Serviços de construção IFRIC 12 - montante associado à aquisição/construção de ativos para a infraestrutura da concessão, o qual pode ser decomposto como segue: Fornecimentos e serviços externos Trabalhos para a própria entidade Trabalhos para a própria empresa O detalhe dos trabalhos para a própria empresa para os períodos apresentados refere-se à seguinte natureza de gastos incorridos: 193

195 Materiais Fornecimentos e serviços externos Impostos Pessoal Encargos financeiros Os valores mais significativos capitalizados referem-se aos custos com empreitadas contratadas para a realização de ampliações nos centros produtores. 27. Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas O detalhe do custo das mercadorias vendidas demonstra-se como segue: Inventários iniciais Compras Inventários finais ( ) ( ) Fornecimentos e serviços externos O detalhe dos gastos com fornecimentos e serviços externos é como segue: Serviços de construção IFRIC 12 i) Trabalhos especializados ii) Conservação e reparação iii) Comunicações iv) Deslocações e estadas Seguros Vigilância e segurança Limpeza, higiene e conforto Combustíveis Comissões Cursos de formação profissional Honorários Publicidade e propaganda Outros (inferiores a euros) i) Os serviços de construção incluem essencialmente gastos com aquisição de serviços e equipamentos para as infraestruturas afetas à concessão; 194

196 ii) Os gastos com Trabalhos especializados incluem maioritariamente gastos com serviços informáticos, recolha de resíduos da produção e consultorias diversas; iii) A rubrica de Conservação e reparação refere-se essencialmente a gastos com a manutenção e reparação dos ativos técnicos, como: manutenção, desmontagem e alteração de linhas, manutenção dos equipamentos das centrais; vi) Os gastos com Comunicações referem-se maioritariamente a gastos de correio (expedição de faturação a clientes); ao aluguer de circuitos à ONI e a gastos com comunicações telefónicas. 29. Gastos com pessoal Os Gastos com pessoal incorridos durante os períodos de 2011 e 2010 foram como segue: Remunerações Orgãos sociais Pessoal Outros gastos Encargos sobre remunerações Benefícios pós-emprego Seguros acid.trabalho e doenças profissionais Gastos de ação social Outros O número médio de empregados em 2011 foi de 699 (2010: 687) Os gastos com prémios para benefícios de reforma incluem os encargos do período com os planos de benefícios de reforma atribuídos aos empregados no montante de euros (2010: euros) relativos ao plano de benefícios definidos e euros (2010: euros) relativos às contribuições para o plano de contribuição definida. 30. Outros rendimentos e ganhos A rubrica de Outros rendimentos e ganhos pode ser apresentada como segue: Outros rendimentos operacionais i) Amortização subsídios ao investimento ii) Benefícios e penalidades contratuais Ganhos na alienação de ativos financeiros Ganhos na alienação de ativos tangiveis Excesso para estimativa de imposto Correções relativas a exercícios anteriores Recuperação de dívidas Outros

197 i) A rubrica de Outros rendimentos operacionais inclui: (i) os juros cobrados a clientes pelo atraso no pagamento; (ii) os juros especializados sobre os montantes de compensação tarifária de 2010; (iii) o valor respeitante ao juro efetivo do ano do saldo a receber registado ao custo amortizado da dívida do Governo da República; (iv) a alienação de parte das licenças CO2 consideradas excedentárias; e (v) o rendimento obtido com a cedência de utilização das linhas e redes da EDA à ZON TV Cabo Açoreana; ii) Esta rubrica de outros proveitos contempla o valor das comparticipações financeiras (subsídios ao investimento) registada em resultado no período. 31. Outros gastos O detalhe da rubrica de Outros gastos operacionais é apresentado no quadro seguinte: Juros ajustamento tarifário i) Outros gastos operacionais ii) Impostos Insuficiência da estimativa para impostos Donativos Multas e penalidades iii) Outras perdas i) Em 2011 a EDA reconheceu juros relativos à compensação tarifária do período de 2009; ii) Os outros gastos operacionais respeitam a indemnizações de exploração de incumprimento de continuidade de serviço que a EDA tem de pagar aos clientes; iii) Em 2011 as penalidades contratuais suportadas pela EDA no contrato de fornecimento de lubrificantes ascendeu a euros (2010: euros). 32. Gastos e rendimentos financeiros O detalhe dos gastos e rendimentos financeiros dos períodos de 2011 e 2010 é como segue: 196

198 Juros e gastos similares Encargos financeiros suportados i) Justo valor swaps taxa juro De empresas do grupo Outros gastos e perdas financeiros ii) Juros e rendimentos similares Juros obtidos: De empresas do grupo iii) Juros swaps iv) Rendimentos de participações de capital - Dividendos Outros rendimentos e ganhos financeiros i) Juros referentes aos empréstimos contraídos pela EDA para o financiamento das suas atividades; ii) Os Outros gastos e perdas financeiras incluem essencialmente comissões associadas aos financiamentos contraídos, relativas nomeadamente à reestruturação dos empréstimos obrigacionistas, no montante de euros; iii) Juros faturados à subsidiária Geoterceira dos suprimentos efetuados a esta empresa para financiamento da atividade de prospeção de novo campo geotérmico na ilha da Terceira. Estes suprimentos não têm data de reembolso prevista e vencem juro à taxa Euribor 6M + 3,253%; iv) Juros swaps de taxa de juro: refere-se ao valor líquido dos cupões de juros pagos/recebidos no âmbito dos contratos de swap de taxa de juro, ativos durante o período de 2011; 33. Imposto sobre o rendimento A decomposição do montante de imposto sobre o rendimento reconhecido nas demonstrações financeiras é conforme segue: Imposto s/ rendimento corrente Imposto s/ rendimento diferido A taxa de imposto utilizada para a valorização das diferenças tributárias à data de Balanço do período findo em 31 de Dezembro de 2011 foi de 21,5% (2010: 21,5%),que inclui a derrama estadual resultante do aditamento ao CIRC aprovado pela Lei nº 1-A/2010. A reconciliação do montante de imposto do período é conforme segue: 197

199 Resultado antes de Imposto Taxa de Imposto 21,5% 21,5% Gastos não dedutíveis Rendimentos não tributáveis ( ) ( ) Alteração taxa IRC nos Impostos diferidos - ( ) Efeito correcção imposto diferido ( ) Crédito imposto - RFAI - ( ) Tributação autónoma Imposto s/ rendimento corrente Imposto s/ rendimento diferido Taxa efetiva de imposto 23,1% 10,6% A taxa de imposto adotada na determinação do montante de imposto nas demonstrações financeiras é conforme segue: Taxa de imposto 17,50% 17,50% Derrama 1,50% 1,50% Derrama estadual 2,50% 2,50% 21,50% 21,50% 34. Dividendos Os dividendos pagos durante os períodos de 2011 e 2010 foram de euros e euros, respetivamente. 35. Compromissos Os compromissos assumidos pela empresa à data do Balanço dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são como segue: Compromissos para investimentos Os investimentos contratados ainda não ocorridos, na data do Balanço são como segue: Mercadorias encomendadas a fornecedores Encomendas equipamentos e empreitadas adjudicadas Contingências A EDA tem os seguintes passivos contingentes decorrentes das garantias bancárias prestadas, conforme segue: 198

200 Beneficiário Objecto Início Câmara Municipal de Ponta Delgada Tribunal do Trabalho de Ponta Delgada Execução de abertura de valas destinadas à instalação de cabos de média tensão Assegurar o bom e integral cumprimento das obrigações assumidas por sentença judicial relativamente aos herdeiros dependentes do funcionário sinistrado João Manuel Raposo Correia Passivos contingentes Em 31 de Dezembro de 2011 a EDA não tinha identificado outros passivos contingentes. Ativos contingentes Em 31 de Dezembro de 2011 a EDA não tinha identificado ativos contingentes. 37. Matérias Ambientais Em 2008, e para o quinquénio , o Governo Português procedeu à entrega de toneladas a título gratuito das licenças de emissão de CO2 à EDA, sendo que os valores de emissões apresentados pelas empresas estão sujeitos a certificação por uma entidade independente. Caso as licenças de emissão de CO2 atribuídas sejam inferiores às necessárias em face das emissões reais, as empresas terão de, para além das coimas que lhe sejam aplicadas, adquirir as licenças em falta no mercado a preço corrente. No período de 2011, as licenças atribuídas correspondem à emissão de toneladas de CO2 (quantidade anual acordada com o Governo) e as emissões realizadas totalizam cerca de toneladas, sendo reconhecido o valor de mercado (spot) de 13,90 euros/tonelada à data da atribuição. Durante o período findo a 31 de Dezembro de 2011, a EDA, no âmbito do desenvolvimento da sua atividade, não incorreu em encargos significativos de carácter ambiental. Em 31 de Dezembro de 2011 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer passivo de carácter ambiental nem é divulgada qualquer contingência, por ser convicção da Administração que não existem, a essa data, obrigações ou contingências provenientes de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa. 38. Partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2011, a EDA é controlada pela Região Autónoma dos Açores que detém 50,1% do capital da empresa. O restante é detido pela ESA Energia e Serviços dos Açores, SGPS (39,7%), EDP Gestão da Produção de Energia (10%) e o restante por pequenos acionistas Remuneração dos órgãos sociais O Conselho de Administração da EDA foi considerado de acordo com a NCRF 5 Partes relacionadas como sendo os únicos elementos chave da gestão da Empresa. Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011 as remunerações auferidas pelos mesmos são conforme segue: 199

201 Remunerações Os membros dos Órgãos de Gestão da EDA não realizaram qualquer tipo de contrato com a empresa, para os períodos apresentados. Adicionalmente foram pagos aos restantes Órgãos Sociais os seguintes montantes: Presidente da Assembleia Geral - - Conselho Fiscal Transações entre partes relacionadas (a) Natureza do relacionamento com as partes relacionadas: Acionistas: Região Autónoma dos Açores (50,1%) ESA Energia e Serviços dos Açores, SGPS (39,7%) EDP Gestão e Produção de Energia, S.A.(10%) Pequenos acionistas e Emigrantes (0,2%) Por via dos acionistas: BENCOM - Armazenazem e Comércio de Combustíveis, S.A. J.H.Ornelas & Cª.Suc., Lda. Varela & Cª., Lda. Farias, Lda. Subsidiárias: SOGEO Sociedade Geotérmica dos Açores EEG Empresa de Eletricidade e Gaz, Lda. GLOBALEDA Telecomunicações e Sistemas de Informação, S.A. SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção, Lda. NORMA - AÇORES - Sociedade de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Regional, S.A. CONTROLAUTO-AÇORES - Controlo Técnico de Automóveis, S.A. GEOTERCEIRA - Sociedade Geolétrica da Terceira, S.A. Associadas: ONIAÇORES Infocomunicações, S.A. NOVABASE ATLÂNTICO Sistemas de Informação, S.A. 200

202 (b) Transações e Saldos Pendentes i) Acionistas: Durante o período não foram efetuadas quaisquer transações com os acionistas. ii) Partes relacionadas por via de acionistas: Durante o período a EDA efetuou as seguintes transações com aquelas entidades: Compras de produtos BENCOM - Armazenazem e Comércio de Combustíveis, SA J.H.Ornelas & Cª.Suc., Lda Varela & Cª., Lda Farias, Lda Compras de serviços J.H.Ornelas & Cª.Suc., Lda Varela & Cª., Lda Saldos devedores e credores No final do período de 2011 e 2010 os saldos resultantes de transações efetuadas com partes relacionadas por via de acionistas são como segue: Saldos credores BENCON - Armazenazem e Comércio de Combustíveis, SA J.H.Ornelas & Cª.Suc., Lda Varela & Cª., Lda Farias, Lda iii) Associadas/Subsidiárias: Durante o período a EDA efetuou as seguintes transações com aquelas entidades: 201

203 Vendas de produtos e serviços SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores EEG - Empresa de Electricidade e Gaz GLOBALEDA - Telecomun. e Sistemas de Informação SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção NORMA - Soc. Estudos e Apoio Desenvolvimento Regional CONTROLAUTO - Controlo Técnico de Automóveis GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira ONIAÇORES - Infocomunicações NOVABASE ATLÂNTICO - Sistemas de Informação Compra de energia SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores EEG - Empresa de Electricidade e Gaz Compras de produtos e serviços GLOBALEDA - Telecomun. e Sistemas de Informação SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção NORMA - Soc. Estudos e Apoio Desenvolvimento Regional CONTROLAUTO - Controlo Técnico de Automóveis GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira ONIAÇORES - Infocomunicações NOVABASE ATLÂNTICO - Sistemas de Informação Juros e rendimentos similares GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira Juros e gastos similares SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores EEG - Empresa de Electricidade e Gaz SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção

204 Saldos devedores e credores No final do período de 2011 e 2010 os saldos resultantes de transações efetuadas com associadas e subsidiárias são como segue: Saldos devedores SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores EEG - Empresa de Electricidade e Gaz GLOBALEDA - Telecomun. e Sistemas de Informação SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção NORMA - Soc. Estudos e Apoio Desenvolvimento Regional CONTROLAUTO - Controlo Técnico de Automóveis GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira ONIAÇORES - Infocomunicações NOVABASE ATLÂNTICO - Sistemas de Informação Saldos credores SOGEO - Sociedade Geotérmica dos Açores EEG - Empresa de Electricidade e Gaz GLOBALEDA - Telecomun. e Sistemas de Informação SEGMA - Serviços de Engenharia, Gestão e Manutenção NORMA - Soc. Estudos e Apoio Desenvolvimento Regional GEOTERCEIRA - Sociedade Geoeléctrica da Terceira ONIAÇORES - Infocomunicações NOVABASE ATLÂNTICO - Sistemas de Informação Disposições legais Em 31 de Dezembro de 2011 não existiam valores em dívida à Segurança Social nem à Administração Fiscal. 40. Eventos subsequentes Até à data da aprovação destas demonstrações financeiras a Administração não tomou conhecimento de quaisquer eventos subsequentes que devam ser alvo de registo ou divulgação nas mesmas. 203

205 O Técnico de Contas O Conselho de Administração Duarte José Botelho da Ponte Maria Manuela C. P. Furtado Francisco Manuel Sousa Botelho Maria do Carmo Cabrita Matias Marques Martins Jaime Carvalho de Medeiros Luis Manuel Meireles Martins Mota Jorge Manuel de Oliveira Godinho Maria de Fátima A. Bicudo Candelária Guimarães João Manuel Bandarra dos Santos António Francisco Paes de Oliveira Goulão 204

206 2 - Apreciação e certificação de contas individuais 205

207 RELATÓRIO E PARECER DO CONSELHO FISCAL EXERCÍCIO DE 2011 Senhores Acionistas: 206

208 207

209 Introdução CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 208 A member of UHY, an international association of independent accounting and consulting firms Registada na C.M.V.M. com o nº 8782 Sede: Rua da Carreira, 138 2º Funchal Inscrita na L.R.O.C. sob o nº 164 NIPC nº C.R.C. Funchal nº 09372/ Capital Social: Euros

210 & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 209

211 & Associados Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 210

212 RELATÓRIO DE AUDITORIA 211

213 212

214 VI - INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SEGMENTO ELETRICIDADE Santa Maria Superfície (km2) 97,1 97,1 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 4 4 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Gasóleo Eólica Outras Renováveis (5) nd 13 Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 76,5 79,7 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) (5) Micro geração fotovoltaica 213 Relatório e Contas 2009

215 São Miguel Superfície (km2) 746,8 746,8 População Residente (3) (habitantes) Nº de Instalações (5) (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 8 12 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo Hídrica Geotérmica Eólica nd 286 Biogás Outras Renováveis (4) nd 68 Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (**) (kva) Redes de Transporte e Distribuição (MT/AT) (km) 691,0 731,5 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) (5) Micro geração fotovoltaica e Eólica e produção independente Fotovoltaica Relatório e Contas

216 Terceira Superfície (km2) 399,8 399,8 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 4 4 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo Hídrica Eólica nd Outras Renováveis (5) nd 20 Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 338,5 388,3 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) (5) Micro geração fotovoltaica Relatório e Contas

217 Graciosa Superfície (km2) 60,9 60,9 População Residente (3) (habitantes) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 4 5 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Gasóleo Eólica Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 58,2 62,1 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) Relatório e Contas

218 São Jorge Superfície (km2) 245,6 245,6 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 3 3 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Gasóleo Eólica Outras Renováveis (5) nd 1 Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (6) (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 117,0 124,2 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) (5) Micro geração fotovoltaica (6) Inclui Centrais Comunitárias Relatório e Contas

219 Pico Superfície (km2) 450,7 450,7 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 5 5 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo 16 2 Eólica Outras Renováveis (5) nd 9 Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 201,6 213,3 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) (5) Micro geração fotovoltaica e central das Ondas Relatório e Contas

220 Faial Superfície (km2) 169,9 169,9 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 2 2 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (MWh) Térmica a Fuel Térmica a Gasóleo Hídrica Eólica Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 109,8 131,0 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) Relatório e Contas

221 Flores Superfície (km2) 141,7 141,7 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Média Tensão Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 7 7 IP Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais Iluminação Pública Produção (6) (MWh) Térmica a Gasóleo Hídrica Eólica Outras Renováveis (5) nd 2 Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 69,9 73,6 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) (5) Micro geração fotovoltaica (6) Incluí produção da fase de testes da nova central termoeletrica Relatório e Contas

222 Corvo Superfície (km2) 17,1 17,1 População Residente (3) (habitantes) (4) Nº de Instalações (nº) Baixa Tensão Instalações de consumo próprio 2 2 IP 2 2 Consumo de Energia (1) (MWh) Domésticos Comércio/Serviços Serviços Públicos Industriais 49 7 Iluminação Pública Produção Térmica a Gasóleo (MWh) Ponta (kw) Vendas de Energia (2) (euros) Trabalhadores (nº) 6 5 Potência Instalada em Centrais (kw) Redes de Transporte e Distribuição (MT) (km) 1,0 1,0 Potência Instalada em Postos de Transformação (kva) (1) Inclui Consumos Próprios (2) Inclui Compensação Tarifária. (3) Estimativa da população residente publicada pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (4) Resultados preliminares dos Censos 2011 (SREA 2012) Relatório e Contas

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