GEOMORFOLOGIA GLACIAL : PROCESSOS E FORMAS
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- Gustavo Carvalhal Fortunato
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1 GEOMORFOLOGIA GLACIAL : PROCESSOS E FORMAS
2 Relevo Glacial: Conjunto de formas que tem sua origem associada a climas frios A topografia é resultante das grandes acumulações de gelo, promovendo erosão, transporte e deposição e pela dinâmica do gelo originando formas particulares Geleira (Glacier): são massas de gelo formadas em regiões onde a precipitação de neve é maior que o seu degelo Glaciar Perito Moreno/Argentina
3 CLASSIFICAÇÃO DAS GELEIRAS QUANTO SUA FORMA: Geleira de vale (alpina ou de montanha): confinada em um vale através do qual flui de elevações mais altas para as mais baixas
4 Geleira de Piemonte: são línguas lombadas que se espraiam sobre planícies de sopé de cadeias de montanhas glaciadas
5 Geleiras de Piemontes
6 Geleira Continental (mantos de gelo): cobrem pelo menos 50 mil km2 e não são confinadas pela topografia, isto é, seu formato e movimento não são controladas pela paisagem subjacente. As geleiras continentais fluem para fora das áreas centrais de acumulação, em todas as direções
7 A diferença no deslocamento/fluxo entre os tipos de geleiras: Geleira Continental (Polar): não se move por deslize sobre o embasamento rochoso, mas por deformação plástica do gelo. Por conta disso, realiza pouca erosão e a geleira transporta pequena quantidade de detritos rochosos. Gelo da orla da calota da Antártica é quase livre de fragmentos rochosos Geleira de Vale (Temperada): se movimentam mais depressa porque além da deformação cristalina e fraturas o gelo se deforma por fusão/regelo/deslize
8 Como as geleiras se deslocam: O deslocamento/fluxo das geleiras deve-se à combinação de: deformação plástica interna dos cristais de gelo degelo e regelo deslize basal do gelo sobre as rochas fraturas e falhas no gelo
9 A maioria das geleiras possuem dinâmica Pesquisas realizadas sobre o fluxo das geleiras através de testemunhos e sondagens mostram que: Na ZONA DE ACUMULAÇÃO os vetores de velocidade apontam para baixo; Na ZONA DE ABLAÇÃO (fusão, evaporação, perda por fragmentação de icebergs e deflação) Ablação - Processo que leva à perda de neve ou gelo da geleira (fusão, evaporação, erosão e separação de icebergs)
10 EROSÃO & TRANSPORTE GLACIAL A erosão das rochas pelo gelo, em muitos aspectos, é similar à erosão por água corrente; A geleira conserva as partículas de rocha em contato entre si e com seu leito rochoso; A gelo funde-se e recongela-se durante a passagem por um obstáculo e; Os fragmentos transportados pelas geleiras tendem a marcar o embasamento (sulcos e estrias) e se desgastam adquirindo uma forma plana. Estrias em Witmarsum
11 O transporte glacial propicia: - sulcos (arranhuras, estrias); - seixos achatados (facetados, estriados); - abundância de fragmentos finos de rocha (farinha de rocha); Feições Formadas pela Erosão das Geleiras - Vales Suspensos e Vales em U - Fjords - Horns - Circos Glaciais
12 Vale Suspenso: fundo rochoso da depressão glacial tributária situados em cotas mais altas que o fundo rochoso da geleira principal
13 Vale glacial em U: anfiteatros de erosão glacial Possui margens retas e abruptas, espigões truncados ou obtusos e perfil longitudinal em degraus Vale do rio Saskatchewan, Montanhas Rochosas, Canadá.
14 Fjords: Corredores estreitos e profundos cavados pela erosão glaciária, hoje submersos pelo mar. Exemplos: Litoral da Noruega, Groenlândia, sul do Chile Apresentam costas altas com vales de origem glacial, de paredes abruptas e invadidos pelo mar, avançam 30/40 Km para o interior, profundidade de 400/600 m.
15 Horn: pico elevado de forma piramidal, ao longo das arestas Circo Glacial: cabeceira da geleira, em forma de bacia semicircular (tipo anfiteatro), constitui a zona de acumulação da geleira.
16 Deposição Glacial: As geleiras realizam trabalho de abrasão da superfície rochosa, transportam detritos provenientes das encostas rochosas + altas; Drift glacial: depósito de origem glacial, sem considerar a granulometria do material; Tipos de DRIFT GLACIAL: Till glacial: material rochoso selecionado, não estratificado, depositado por geleiras. Drift estratificado de contato de gelo: ligeiramente estratificado, parcialmente selecionado pela água adjacente do gelo em fusão
17 Formas de deposição glacial: Morainas: depósitos de blocos, cascalhos e areias carreados pelas geleiras. Segundo sua posição podem ser: de fundo, laterais, frontais e medianas Formação: o gelo provoca erosão das rochas. Carrega fragmentos de rocha como instrumentos de abrasão da superfície, com o degelo os drift s acumulam-se, formando as morainas.
18 Exemplos de Morainas
19 Drumlim Colina oval ou elíptica, constituída de material semelhante aos depósitos de moraina, orientada no sentido do movimento do gelo Ocorrem isolas ou em agrupamentos, podendo Atingir até alguns quilômetros e algumas dezenas de metros
20 Drumlin Drumlin pleistocênico recoberto por vegetação, Wisconsin, EUA.
21 Esker: Crista linear de detritos glaciais que acompanha lateralmente a geleira, ou arqueada, junto à margem frontal da geleira, acumulada durante o movimento desta Esker
22 Evolução da Paisagem Glacial Antes da glaciação Durante a glaciação Depois da glaciação
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25 GEOMORFOLOGIA DOS DESERTOS: PROCESSOS E FORMAS
26 Relevo Desértico (Dry Landform): Conjunto de formas que caracterizam as paisagens dos climas áridos e semi-áridos As feições são originárias da exposição das rochas ao contraste de temperatura, a torrencialidade das chuvas e a atuação expressiva dos ventos
27 Desertos Frios: temperatura média < 0ºC. Temperatura do solo varia de 80ºC a -40ºC Desertos Quentes: zonas tropicais e subtropicais
28 CAUSAS DA ARIDEZ Fatores CLIMÁTICOS, OROGRÁFICOS e OCEANOGRÁFICOS FATOR ZONAL: trajetórias das células anticiclônicas. Ex. Deserto do Sahara
29 SAHARA
30 FATOR CONTINENTALIDADE: Distância em relação ao Oceano. Perda de umidade em direção ao continente. EX. desertos da Ásia central FATOR OROGRÁFICO: Se manifesta com a presença de cadeias montanhosas
31 CORRENTES FRIAS OCEÂNICAS: baixa evaporação da superfície do mar
32 MODELADOS EÓLICOS A proximidade do vento à superfície terrestre também influência em sua velocidade devido ao atrito da massa de ar com os obstáculos presentes (ex. vegetação)
33 Fonte: Decifrando a Terra (2002)
34 Fonte: Decifrando a Terra (2002)
35 DEFLAÇÃO: Remoção da areia e poeira da superfície produzindo depressões (bacias de deflação). Produz também PAVIMENTOS DESÉRTICOS (extensas superfícies exibindo cascalho ou substrato rochoso, expostas pela remoção dos sedimentos finos). Mistura de partículas grossas e finas Vento remove gradualmente as partículas finas Pavimento desértico
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38 ABRASÃO: Processo de desgaste e polimento dos materiais devido aos constantes impactos de diferentes partículas em movimentos entre si e com materiais estacionados Formação de VENTIFACTOS
39 REGISTROS DEPOSICIONAIS PRODUZIDOS PELO VENTO Dunas (Dune): Acumulação de areia originada pelo vento, onde existe areia solta sem cobertura vegetal cerrada, o que ocorre normalmente nas praias ou nos desertos Podem atingir alturas elevadas e as formação inicia quando o vento encontra algum tipo de obstáculo Em relação aos seus ângulos é pequeno a barlavento e grande a sotavento
40 Fonte: Decifrando a Terra (2002)
41 As dunas podem ser divididas em tipos principais como: barcana, transversal, parabólica e longitudinal (a) Têm suas pontas voltadas para direção do vento, indicando o sentido do movimento. Ocorrem em áreas com grande quantidade de areia (c) Têm sentido oposto das barcanas. Ocorrem em locais com menor quantidade de areia (b) São alinhadas na forma de ondas separadas por corredores. Suas cristas tendem a formar um ângulo reto (d) Alinhadas paralelamente à direção do vento, têm poucos metros de altura e vários quilômetros de extensão
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