Autorização legislativa lavandarias sociais

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2 Ana Filipa Duarte De: Presidencia - UMP <presidencia@mutualismo.pt> Enviado: segunda-feira, 10 de Fevereiro de :35 Para: Agostinho Branquinho Cc: Rui Pedro Gonçalves Assunto: RJACS - Atividade Funerária Exmo. Sr. Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social Exmo. Sr. Dr. Agostinho Branquinho Acuso e muito agradeço o infra que, desde já, em nome da União das Mutualidades Portuguesas cumpre responder, oferecendo a V. Exas. os nossos comentários e sugestões. Autorização legislativa lavandarias sociais Na lauda 4 da proposta de autorização legislativa fala-se em exploração de lavandarias. Ora bem, há que acautelar que as instituições da economia social solidária igualmente prestam este tipo de serviços de tratamento de roupas e serviços conexos lavandarias sociais - que não devem ser tratados da mesma forma que as lavandarias exploradas pelo setor privado lucrativo. Neste sentido, sugerimos a expressa exclusão da aplicação destes regimes às lavandarias sociais ou estabelecimentos sociais análogos que sejam propriedade e explorados pelas instituições da economia social solidária, na prossecução dos seus fins estatutários. Artigo 2º da proposta de RJACS Nas alíneas ff) e gg) define-se liberdade de estabelecimento e livre prestação de serviços num sentido unicamente dirigido às entidades do sector privado lucrativo existissem. Ora, nos termos da Constituição da República Portuguesa, é garantido igualmente às entidades do sector social o acesso a todas as atividades económicas, em coexistência com o sector público e o sector privado lucrativo. Deste modo, e tratando-se de princípios gerais que, na nossa opinião, devem estar acautelados na lei, sugerimos que aí se coloque, intercalando, a expressão ou entidade da economia social. Artigo 4º da proposta de RJACS 1

3 Trata-se de uma norma geral que, salvo melhor opinião, omite a forma como as instituições da economia social solidária acedem às atividades económicas que lhe possibilitam a sustentabilidade como se indica no nº 2 do artigo 10º da Lei de Bases da Economia Social. Por exemplo, no que às Mutualidades diz respeito, é, em princípio, o registo dos seus Estatutos e Regulamento de Benefícios na Direção-Geral da Segurança Social que lhes permite o acesso às atividades e às prestações de serviços previstas nos seus fins estatutários. O regime da Portaria n.º 135/2007, de 26 de Janeiro que aprovou o Regulamento de Registo das Associações Mutualistas é bem claro quanto a essa matéria ao expressamente estabelecer co fins do registo. Refere o nº 2 da Portaria que o registo tem: nomeadamente, as seguintes finalidades: e) Permitir a criação e funcionamento de serviços e equipamentos e o desenvolvimento de outras formas de apoio e cooperação previstos na lei. Criar outro regime de controlo ou acesso a atividades é, na nossa opinião, de todo a evitar. Neste sentido, sugerimos a adição de uma nova alínea alínea c) - ao nº 1 do artigo 4º com a seguinte redação: c) Tratando-se de entidades da economia social solidária, essa atividade estar prevista nos seus Estatutos e os mesmos estarem registados nos termos da legislação em vigor. Artigo 8º, nº 2 alínea h) da proposta de RJACS Com o devido respeito e salvo melhor opinião, o acesso das entidades da economia social solidária às atividades e às prestações de serviços previstas nos seus fins estatutários, não pode estar dependente de comunicação prévia à DGAE, face ao registo a que estão obrigadas nos termos da Portaria n.º 135/2007, de 26 de Janeiro que aprovou o Regulamento de Registo das Associações Mutualistas, nomeadamente a alínea e) do nº 2. Sugere-se se adicione a seguinte expressão: O acesso das entidades da economia social solidária à atividade funerária opera pelo registo definitivo dos seus Estatutos nos termos da legislação em vigor. Nº 1 do artigo 137º da proposta de RJACS 2

4 O regime previsto de instalação adicional de estabelecimento funerário não se coaduna com a possibilidade das entidades da economia social solidária poderem abrir agências e dependências e aí exercerem todas as suas atividades e valências estatutárias. Propõe-se que se adicione a este nº 1 o seguinte: salvo quanto às entidades da economia social solidária que podem dispor de secções funerárias na sua sede, agências e dependências, em conformidade com o previsto nos seus Estatutos. Com os melhores cumprimentos, Luís Alberto Silva Presidente do C.A. União das Mutualidades Portuguesas presidencia@mutualismo.com uniao@mutualismo.com Tenha o ambiente em consideração: Antes de imprimir este , por favor verifique se necessita da impressão! De: Gab Ministro da Solidariedade Emprego e Segurança Social [mailto:gabinete.ministro@msess.gov.pt] Enviada: terça-feira, 4 de Fevereiro de :14 Para: 'ma.lemos@ump.pt'; 'linomaia@netcabo.pt'; 'presidencia@mutualismo.com' Cc: aferreira@ump.pt; 'cnis.porto@mail.telepac.pt' Assunto: FW: RJACS - Atividade Funerária Importância: Alta Exmo. Senhor Na sequência do infra, solicito a V. Exa., os comentários ao diploma anexo, por parte dessa Instituição, de modo a que os mesmos sejam recepcionados no Gabinete até ao próximo dia 11. Com os melhores cumprimentos, Gabriel Osório de Barros 3

5 Chefe do Gabinete Gabinete do Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social Praça de Londres, 2-16º Lisboa, PORTUGAL TEL FAX A SEAE está a trabalhar num Projeto de Proposta de Lei, em anexo, que estabelece o Regime Jurídico de acesso e exercício das Atividades de Comércio e de Serviços. O projeto integra matérias constantes de medidas do MoU (Ponto 7.15 da oitava e nona revisões). Existem matérias no diploma que têm implicação com as IPSS e a possibilidade de exercerem a atividade funerária. Assim, e para que estejamos totalmente coordenados e em sintonia pedia-te comentários ao Capítulo da Atividade Funerária (artigos 137.º a 150.º), sem prejuízo, claro está, de comentários/sugestões a todo o projecto. Do Gabinete quem está a acompanhar o diploma é o Salvador Sousa Cabral que está obviamente disponível para qualquer esclarecimento, conversa que entendam necessária. Catarina Araújo Chefe do Gabinete Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Economia Rua da Horta Sêca, nº Lisboa, PORTUGAL TEL FAX